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NOME: GIOVANNA LOPES PINHO RA: 919122265 TURMA: 7A Noturno memorial - QUINTA-FEIRA FS um homem de 28 anos de idade apresenta uma história de 5 anos de esquizofrenia e foi internado em uma unidade de saúde mental para adultos. Recentemente, trocou o uso da olanzapina pelo uso de quetiapina. A olanzapina foi descontinuada devido ao ganho de peso. A dose da quetiapina, titulada, foi aumentada para até 300 mg/dia após 5 dias do início da tomada. Infelizmente o estado mental de FS tem se deteriorado, sendo indicada "quando necessário" injeção intramuscular de haloperidol (10mg) pelo menos uma vez ao dia. Observações de rotina mostraram que FS apresenta taquicardia e que sua pressão sanguínea tem oscilado. Às vezes, ele parece confuso e muito sedado. Exames revelaram que sua temperatura está aumentada (39,5 graus Celsius) e que há indícios de rigidez muscular. Avaliando com critério a farmacoterapia utilizada e os sinais e sintomas apresentados pelo paciente, responda as questões abaixo: A) Quais são as áreas do Sistema Nervoso Central que apresentam alterações de neurotransmissores na esquizofrenia? Explique qual (is) o(s) neurotransmissor(es) envolvidos e o que acontece com as quantidades dessa(s) substância(s) na esquizofrenia resposta: A esquizofrenia reduz a substância branca e muda sua densidade, além de estreitar a massa cinzenta em diferentes partes do córtex, camada mais superficial do cérebro. Laruelle et al (1996) em seu estudo com tomografia computadorizada por emissão de fóton único (SPECT) ou imagem de PET revelou que pessoas com esquizofrenia, durante as fases agudas da doença, têm uma liberação aumentada de dopamina à sinapse em resposta a provocação de anfetamina, comparados com indivíduos de controle saudáveis. Sabe-se que o bloqueio da neurotransmissão medida por dopamina melhora os sintomas da esquizofrenia. B) Explique o que são sintomas extrapiramidais e porque estes sintomas podem ser considerados efeitos adversos de antipsicóticos Resposta: Os sintomas extrapiramidais diz respeito a sintomas que geralmente aparecem em distúrbios ou doenças que comprometem esse sistema neuronal, que está envolvido no controle do tônus e da postura. Alguns antipsicóticos convencionais agem bloqueando o receptor de dopamina do tipo II e esse bloqueio pode pode provocar distúrbios dos movimentos, chamado de movimento induzido por fármaco. Sabe-se, por estudos com PET e SPECT, que o bloqueio dopaminérgico D2 de até cerca de 70% é suficiente para pacientes que responderão ao tratamento neuroléptico convencional, enquanto níveis acima desse limiar levam ao surgimento desnecessário de efeitos extrapiramidais (BUSATTO, 2000). C) Identifique os sinais de toxicidade devido ao uso conjunto entre os fármacos haloperidol e quetiapina, assim como os riscos que o paciente está correndo Resposta: Os efeitos adversos de haloperidol constituem predominantemente reações graves do tipo extrapiramidal, hipotensão e sedação. No caso da quetiapina, os riscos envolvidos é de desenvolver diabetes, alterações nos níveis de triglicérides e colesterol, doença cardíaca ou outras condições que predisponham a queda da pressão arterial, histórico de convulsões e etc. D) Explique a utilização de antipsicóticos atípicos no tratamento da mania no transtorno bipolar Resposta: Segundo Remington & Kapur apud Lacerda (2002) embora não haja um consenso acerca da conceituação de atipia, alguns critérios se encontram comumente presentes nos estudos desenvolvidos por diversos autores: baixa incidência de efeitos colaterais, como sintomas extrapiramidais e hiperprolactinemia, ao lado de uma maior eficácia no tratamento dos sintomas negativos da esquizofrenia. No entanto, é importante ressaltar que esse grupo de medicações, que inclui clozapina, risperidona, olanzapina, quetiapina, sertindole e ziprasidone, é bastante heterogêneo, mesmo havendo uma concordância em torno desses critérios de atipia. Poucos foram os estudos controlados utilizando os antipsicóticos atípicos no tratamento dos transtornos afetivos. A olanzapina é o antipsicótico atípico mais bem estudado no tratamento do transtorno bipolar, tendo sido, inclusive, aprovada recentemente pelo Food and Drug Administration (FDA), assim como pelo Ministério da Saúde, no Brasil, para o tratamento da mania aguda. REFERÊNCIAS Busatto, G. F. (2000). A anatomia estrutural e funcional da esquizofrenia: achados de neuropatologia e neuroimagem. Revista Brasileira de Psiquiatria, 22, 9-11. Laruelle, M. et al. - Single Photon Emission Computerized Tomography imaging of amphetamine-induced dopamine release in drug-free schizophrenic subjects. Proc Natl Acad Sci USA 93: 9235-9240, 1996. Lacerda, Acioly LT, Soares, Jair C e Tohen, Mauricio. O papel dos antipsicóticos atípicos no tratamento do transtorno bipolar: revisão da literatura. Brazilian Journal of Psychiatry [online]. 2002, v. 24, n. 1 [Acessado 17 Maio 2022] , pp. 34-43. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S1516-44462002000100010>. Epub 23 Ago 2002. ISSN 1809-452X. https://doi.org/10.1590/S1516-44462002000100010.
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