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Esquizofrenia: Sintomas e Epidemiologia

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Esses transtornos são definidos por anormalidades em um ou mais dos cinco domínios a 
seguir: 
o Delírios - são crenças fixas, não passíveis de mudança à luz de evidências conflitantes 
o Alucinações - são experiências semelhantes à percepção que ocorrem sem um estímulo 
externo. São vívidas e claras, com toda a força e o impacto das percepções normais, não 
estando sob controle voluntário. 
o Pensamento (discurso) desorganizado - costuma ser inferida a partir do discurso do 
indivíduo. Este pode mudar de um tópico an outro (descarrilamento ou afrouxamento das 
associações), as respostas a perguntas podem ter uma relação oblíqua ou não ter relação 
alguma (tangencialidade)… 
o Comportamento motor grosseiramente desorganizado ou anormal (incluindo 
catatonia) - pode se manifestar de várias formas, desde o comportamento “tolo e pueril” 
até a agitação imprevisível. Os problemas podem ser observados em qualquer forma de 
comportamento dirigido a um objetivo, levando a dificuldades na realização das atividades 
cotidianas. É uma redução acentuada na reatividade ao ambiente. Varia da resistência a 
instruções (negativismo), passando por manutenção de postura rígida, inapropriada ou 
bizarra, até a falta total de respostas verbais e motoras (mutismo e estupor) 
o Sintomas negativos - respondem por uma porção substancial da morbidade associada à 
esquizofrenia, embora sejam menos proeminentes em outros transtornos psicóticos. Dois 
sintomas negativos são especialmente proeminentes na esquizofrenia: expressão 
emocional diminuída e avolia. 
 A esquizofrenia é um transtorno psiquiátrico crônico que se manifesta como uma combinação 
de múltiplos sintomas psicóticos (delírios, alucinações e desorganização) e disfunções 
motivacionais e cognitivas 
 O espectro da esquizofrenia constituem um grupo de distúrbios mentais graves, sem sintomas 
patognomônicos, mas caracterizados por distorções do pensamento e da percepção, por 
inadequação e embotamento do afeto sem prejuízo da capacidade intelectual (embora ao 
longo do tempo possam aparecer prejuízos cognitivos). 
 Seu curso é variável, aproximadamente 30% dos casos apresentam recuperação completa ou 
quase completa, cerca de 30% com remissão incompleta e prejuízo parcial de funcionamento 
e cerca de 30% com deterioração importante e persistente da capacidade de funcionamento 
profissional, social e afetivo 
 Embora seja discutida como se fosse uma única doença, a esquizofrenia engloba um grupo de 
transtornos com etiologias heterogêneas e inclui pacientes com apresentações clínicas, 
resposta ao tratamento e cursos da doença variáveis. 
 A esquizofrenia é um dos mais comuns dos transtornos mentais graves, mas sua natureza 
essencial ainda não foi esclarecida; portanto, às vezes, ela é referida como uma síndrome, 
 
 
como o grupo de esquizofrenias ou, como na quinta edição do Manual diagnóstico e estatístico 
de transtornos mentais (DSM-5), o espectro da esquizofrenia. 
EPIDEMIOLOGIA 
• A incidência de esquizofrenia varia entre os países, sendo sua mediana em torno de 15,2/100.000/ano, com 
uma proporção maior para os homens que para as mulheres (1,4 para 1), havendo maior incidência no 
grupo de migrantes e predominância em áreas urbanas, quando comparadas às rurais e em latitudes mais 
elevadas do globo terrestre 
• afetam aproximadamente 0,6% da população (com variação de 0,6%-3%, dependendo dos critérios 
diagnósticos utilizados), não havendo evidência de diferença entre os sexos. 
• Existe uma discussão em relação ao início da doença entre o homem e a mulher, em geral nos homens os 
sintomas tendem a aparecer entre 18-25 anos e as mulheres em torno de 25-35 anos. 
• No início da adolescência o índice entre homem e mulher é 2:1, entretanto quando são avaliados os 
pacientes acima de 50 anos esse índice percentual tende a se inverter sendo que aproximadamente 3% a 
10% das mulheres desenvolvem a doença após os 45 anos 
• No Brasil, no estudo epidemiológico encontrou uma prevalência ao longo da vida de 1,9% para as chamadas 
psicoses não afetivas, o que, teoricamente, pode representar uma estimativa da prevalência de 
esquizofrenia no Brasil. 
• As pessoas com esquizofrenia têm uma expectativa de vida menor que a população geral; o suicídio é um 
fator que contribui para maior mortalidade na idade jovem e a doença cardiovascular é o fator de maior 
impacto na mortalidade em fases mais tardias. Paciente com esquizofrenia apresentam um risco durante a 
vida de 5%, sobretudo nos primeiros anos da doença. 
o Diversos fatores contribuem para a alta incidência de doença cardiovascular nas pessoas com 
esquizofrenia: estilo de vida sedentário, uso de medicamentos antipsicóticos e alto índice de tabagismo 
• As idades de pico do início são entre 10 e 25 anos para os homens e entre 25 e 35 anos para as mulheres. 
Diferentemente deles, as mulheres exibem distribuição etária bimodal, com um segundo pico ocorrendo na 
meia-idade. 
• O início da esquizofrenia antes dos 10 anos ou após os 60 anos é extremamente raro. 
FATORES DE RISCO 
• Genéticos: Há uma série de genes que podem ser responsáveis pela etiologia da esquizofrenia: neurorregulina 1 
(cromossomo 8p), disbindina (6p), catecol-ortometiltransferase (COMT) (22q), receptor 5HT2a (13q), proteína G72 (13q) 
e DISC (disrupted in schizophrenia). 
• Complicações obstétricas: há predominância de complicações obstétricas em pacientes com diagnóstico de 
esquizofrenia quando comparados com controles. 
• Infecções pré-natais: houve aumento de diagnóstico de esquizofrenia após epidemia de gripe asiática em 1957. 
Influenza materna e rubéola também foram associadas a um maior risco de esquizofrenia. 
• Abuso de substâncias, principalmente maconha: o uso persistente de anfetaminas, metanfetaminas e 
cocaína produzem estados psicóticos semelhantes à esquizofrenia. Além disso, o consumo de Cannabis, ou de seu 
ingrediente ativo o tetraidrocanabinol (THC) pode precipitar um quadro psicótico transitório. Além disso, é fato conhecido 
que fumar maconha pode exacerbar doença psicótica preexistente. Estudos prospectivos têm um risco maior de 
 
 
desenvolver esquizofrenia em fumadores pesados de Cannabis, de maneira dose-dependente. O risco é ainda maior 
em indivíduos que começam a fumar Cannabis no início da adolescência, em comparação a usuários mais tardios. 
• Migração: observou-se que a população afro-caribenha, em Londres, apresentava risco de desenvolvimento de 
esquizofrenia muitas vezes maior que a população local; este risco aumentado continuava mesmo na segunda geração. 
Um fato interessante é que os parentes que continuaram vivendo no Caribe apresentavam risco muito menor que os 
que viviam em Londres, mostrando que deve um haver um importante fator ambiental. 
• Nascimento no inverno no hemisfério norte: crianças nascidas no inverno tem maior risco de 
desenvolverem esquizofrenia, porém não há evidencias que isto ocorra no hemisfério sul. 
• Viver no meio urbano: viver em grandes cidades representa risco maior de esquizofrenia do que viver no campo. 
• Trauma na infância: acontecimentos traumáticos na infância podem aumentar em quase 3 vezes os riscos de 
uma pessoa desenvolver esquizofrenia 
 
FISIOPATOLOGIA 
• ALTERAÇÕES CEREBRAIS ESTRUTURAIS E FUNCIONAIS 
o Dilatação ventricular e atrofia cortical 
o Alargamento do sistema ventricular, principalmente ventrículos laterais e terceiro ventrículo 
o Argumentos favoráveis à hipótese do neurodesenvolvimento e consequentemente desfavoráveis à 
hipótese da neurodegeneração: 
− Presença de alterações cerebrais estruturais não progressivas e que são identificáveis já nas 
primeiras manifestações da doença. 
− Ausência de gliose, que é uma alteração específica associada à neurodegeneração (p. ex., 
Alzheimer). 
− Alterações da girificação cerebral. 
− Redução da arborização com aumento de densidade neuronal em áreas pré-frontais (áreas 9 e 
46), também chamada hipóteseda redução do “neuropil”. 
− Maior frequência de complicações obstétricas em pacientes em relação a controles. 
− Pessoas com diagnóstico de esquizofrenia apresentam na infância maiores déficits no 
desenvolvimento cognitivo e motor em relação aos controles. 
− Maior frequência de pequenas anomalias físicas. 
− Associação com síndromes disgenéticas conhecidas (p. ex., síndrome velocardiofacial) 
o Reduções do volume cerebral total e de substância cinzenta cerebral. 
− Reduções volumétricas em regiões como córtex frontal, amígdala, cíngulo, hipocampo e giro para-
hipocampal, regiões mesiais do lobo temporal e giro temporal superior 
o Menor fluxo sanguíneo em regiões cerebrais frontais (“hipofrontalidade”) 
 
 
− A diminuição do fluxo no córtex pré-frontal esquerdo e medial correlacionou-se com a gravidade da 
síndrome negativa e foi relacionada a uma diminuição de atividade dopaminérgica, levando a 
prejuízos em função executiva, memória e atenção sustentada. 
− O aumento do fluxo na região medial pré-frontal direita e a diminuição na área de Broca 
correlacionaram-se com a gravidade da síndrome de desorganização. 
− O aumento do fluxo em áreas límbicas apresentou correlação com a gravidade dos sintomas 
psicóticos. 
• HIPÓTESE DOPAMINÉRGICA 
o Os sintomas psicóticos estariam associados a um excesso de dopamina. 
o A melhora dos sintomas psicóticos seria devida a um bloqueio da dopamina. 
o A síndrome extrapiramidal (SEP) traduziria o bloqueio dopaminérgico. 
• HIPÓTESE GLUTAMATÉRGICA 
o Os receptores de N-metil-D-aspartato (NMDA) são um subtipo de receptores de glutamato, com papel 
importante no aprendizado e memória. 
o Os antagonistas de NMDA (ex.: cetamina) podem induzir estados psicóticos, déficits cognitivos e 
comportamentos que podem se assemelhar a quadros de esquizofrenia. 
• HIPÓTESE GABAÉRGICO 
o Embora os neurônios gabaérgicos não estejam diminuídos em quantidade, a expressão do gene 
glutamato descarboxilase 1 (GAD1), que codifica a síntese do GABA, está alterada; 
o os marcadores relacionados à atividade neuronal do GABA encontram-se diminuídos no tecido e 
neurônios de cérebros de pessoas com esquizofrenia. 
o Embora as evidências de alterações de marcadores de atividade molecular de GABA sejam fortes, a 
implicação destas alterações na fisiopatologia da esquizofrenia é incerta. 
• HIPÓTESE SEROTONINÉRGICA 
o A serotonina é o terceiro neurotransmissor associado a gênese das psicoses. 
o Substâncias serotoninérgicas como LSD estão associadas a eclosão de psicoses e, por outro lado, já 
está bem estabelecido que os antipsicóticos de segunda geração têm importante ação serotoninérgica, 
reduzindo o risco de desenvolvimento de sintomas extrapiramidais e ação sobre os sintomas negativos 
• HIPÓTRSE DA ACETILCOLINA E NICOTINA 
o na esquizofrenia demonstraram aumento dos receptores muscarínicos e nicotínicos no caudado-
putame, no hipocampo e em regiões selecionadas do córtex pré-frontal. 
 
 
 
 
 
 
ESQUIZOFRENIA 
 A via mesocortical normalmente está hipoativada ou sem alteração. O bloqueio de dopamina pode ser 
prejudicial para os sintomas negativos (pouca expressão do afeto, embotado). 
 A via mesolímbica está hiperativa, sendo assim o bloqueio dos receptores de dopamina nessa via tratam 
os sintomas positivos. 
 Via nigroestriada e via tuberoinfundibular: normalmente não estão alteradas na esquizofrenia, mas com 
o bloqueio da dopamina temos efeitos colaterais antipsicóticos; o Nigroestriada: sintomas motores 
(parkinsonismo) 
 Tuberoinfundibular: hiperprolactinemia. 
 
 
 
SUBTIPOS 
• O DSM-5 não usa mais subtipos, mas eles são listados no CID- 10 com base predominantemente na 
apresentação clínica 
o F20.0 Esquizofrenia paranoide 
− caracteriza-se pela preocupação com um ou mais delírios ou alucinações auditivas frequentes. 
− Classicamente, esse tipo é marcado sobretudo pela presença de delírios de perseguição ou 
grandeza 
− Indivíduos com esquizofrenia paranoide tendem a ser tensos, desconfiados, cautelosos, reservados 
e, às vezes, hostis ou agressivos, mas também ocasionalmente capazes de se comportar de forma 
adequada em algumas situações sociais. 
o F20.1 Esquizofrenia Desorganizado 
− caracterizado por regressão acentuada para um comportamento primitivo, desinibido e desordenado 
e pela ausência de sintomas que satisfaçam os critérios para o tipo catatônico. 
− Os pacientes desorganizados em geral são ativos, mas de uma forma não construtiva, sem objetivo. 
− Sua aparência pessoal é desleixada, e o comportamento social e as respostas emocionais são 
inadequados, com frequência explodindo em risos sem nenhuma razão aparente. 
− Sorrisos e caretas incongruentes também são comuns nesses pacientes, cujo comportamento pode 
ser mais bem descrito como tolo ou insensato. 
o F20.2 Esquizofrenia Catatônico 
− Sua característica clássica é um distúrbio acentuado da função motora, que pode envolver estupor, 
negativismo, rigidez, excitação ou posturas bizarras. 
− O paciente exibe alternância rápida entre extremos de excitação e estupor. 
− As características associadas incluem estereotipias, maneirismos e flexibilidade cérea. 
− O mutismo é particularmente comum. 
o F20.3 Esquizofrenia Indiferenciado 
− Com frequência, pacientes que claramente têm esquizofrenia não podem ser enquadrados em um 
subtipo com tanta facilidade. Eles são classificados com esquizofrenia do tipo indiferenciado. 
o F20.5 Esquizofrenia Residual 
− Caracteriza-se por evidências contínuas do transtorno na ausência de um conjunto completo de 
sintomas ativos ou de sintomas suficientes para satisfazer o diagnóstico de outro tipo de 
esquizofrenia. 
− Embotamento emocional, retraimento social, comportamento excêntrico, pensamento ilógico e 
frouxidão leve das associações são comuns nesse tipo. 
• É importante enfatizar no entanto que o DSM-5 aboliu os subtipos da esquizofrenia dada a constatação de 
que estes não têm estabilidade diagnóstica, não têm valor prognóstico para resposta a tratamento e não 
são associados a fatores hereditário, tendo sido substituídos pelas dimensões psicopatológicas e que a 11ª 
versão da CID (CID-11), a ser implantada em 2022, seguirá no mesmo caminho, abolindo os subtipos da 
esquizofrenia, pelas mesmas razões anteriormente descritas. Portanto, os subtipos da esquizofrenia não 
têm utilidade clínica ou valor prognóstico, sendo mencionados neste capítulo porque ainda constam na CID-
10. 
 
 
QUADRO CLINICO 
NENHUM SINAL OU SINTOMA CLÍNICO É PATOGNOMÔNICO PARA ESQUIZOFRENIA 
Os sintomas da esquizofrenia podem ser agrupados em dimensões definidas em “positiva”, 
“negativa” e “cognitiva”. Além dessas três dimensões, pessoas com diagnóstico de 
esquizofrenia podem apresentar sintomas de depressão e ansiedade, e declínio de certas 
funções cognitivas, como a perda da capacidade de insight e de abstração conceitual. 
• POSITIVO OU PSICÓTICA 
o Representam distorções da realidade, como os delírios e as alucinações 
o Os sintomas positivos são os mais facilmente percebidos e respondem melhor ao tratamento 
farmacológico 
• NEGATIVO 
o Sintomas negativos ou deficitários são o distanciamento ou embotamento afetivo, o retraimento social, 
a redução de interesse pelas atividades habituais e o pensamento estereotipado e/ou empobrecido. 
o Tendem a intensificar-se com a evolução da doença e respondem pior ao tratamento farmacológico. 
 
• COGNITIVO 
o Entre os sintomas cognitivos, estão o déficit de atenção, a dificuldade de abstração e alterações do 
pensamento, como a perda de associações, neologismos, tangencialidade e circunstancialidade 
 
 
 
• HUMOR (alteração do humor e da ansiedade) 
o Pacientes com esquizofrenia podem apresentar alterações de humor, como disforia e depressão, que 
podem ser secundárias às vivências psicóticas ou uma consequência das dificuldades impostas pela 
doença na vida dos indivíduos. 
SINTOMASDE PRIMEIRA E DE SEGUNDA ORDEM, SEGUNDO KURT SCHNEIDER 
PRIMEIRA OREDEM 
− Percepção delirante 
− Alucinações auditivas na forma de vozes que acompanham a própria atividade com comentários 
alucinações auditivas na forma de vozes que dialogam entre si 
− Sonorização do pensamento (gedankenlautwerden) 
− Vivências de influência corporal 
− Vivências de influência sobre o pensamento 
− Difusão do pensamento 
SEGUNDA ORDEM 
− Tudo aquilo que é feito ou influenciado por outro no campo dos sentimentos, dos impulsos e da vontade 
outros distúrbios sensoperceptivos 
− Intuição delirante 
− Perplexidade 
− Disposições de ânimo depressivas ou maníacas 
− Vivência de empobrecimento afetivo 
− Outros sintomas 
MÉTODOS DIAGNÓSTICOS 
• O diagnóstico de esquizofrenia é principalmente clínico 
• É prioritária uma detalhada anamnese do paciente, incluindo estado psicopatológico atual e histórico, 
personalidade pré-mórbida, antecedentes pessoais e familiares (clínicos e psiquiátricos) e abuso de 
substâncias. 
• Exames laboratoriais e de imagens, ajudará a definir o diagnóstico e, principalmente estes últimos, a 
descartar causas orgânicas de psicoses. 
• Embora a esquizofrenia apresente uma gama de sintomas, não há nenhum sintoma patognomônico da 
esquizofrenia. 
 
 
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS DA ESQUIZOFRENIA DA FUTURA 11ª REVISÃO DA CLASSIFICAÇÃO 
INTERNACIONAL DAS DOENÇAS (CID-11) 
Pelo menos 2 dos seguintes 7 sintomas devem estar presentes pelo período de um mês, sendo que, 
necessariamente, um deles deve situar-se entre os itens a-d 
a) Delírios persistentes 
b) Alucinações persistentes 
c) Pensamento desorganizado 
d) Experiências de influência, passividade e controle 
e) Sintomas negativos 
f) Comportamento desorganizado ou bizarro 
g) Distúrbios psicomotores (agitação, inquietação catatônica, negativismo, flexibilidade cérea, negativismo, 
mutismo ou estupor) 
 
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS DE ESQUIZOFRENIA DE ACORDO COM O DSM-5 
A. No mínimo dois dos seguintes sintomas, cada qual presentes por uma porção significativa de tempo durante 
o período de 1 mês (ou menos, se tratado com sucesso). Ao menos um destes deve ser (1), (2) ou (3): 
1. Delírios 
2. Alucinações 
3. Discurso desorganizado ou incoerente (descarrilamentos ou incoerência) 
4. Comportamento desorganizado ou catatônico 
5. Sintomas negativos (diminuição da expressão emocional ou avolição) 
B. Disfunção social/ocupacional: uma porção significativa do tempo desde o início do transtorno, uma ou mais 
áreas, tais como trabalho, relações interpessoais ou cuidados pessoais, relações interpessoais estão 
acentuadamente abaixo do nível alcançado antes do início do transtorno (quando o início se dá na infância 
ou na adolescência, incapacidade de atingir o nível esperado de realização interpessoal, acadêmica ou 
profissional) 
C. Sinais contínuos pelo período de 6 meses. Este período deve incluir 1 mês (ou menos, se tratado com 
sucesso) de sintomas do critério A, podendo incluir sintomas prodrômicos ou residuais. Sintomas prodrômicos 
ou residuais podem incluir sintomas negativos ou dois ou mais sintomas presentes no critério “A” de forma 
atenuada (por ex., crenças estranhas, experiências perceptuais incomuns) 
D. Transtorno esquizoafetivo ou transtorno de humor depressivo ou bipolar psicótico devem ser excluídos devido 
a: (1): nenhum episódio depressivo maior, maníaco ou misto ocorreu durante a fase ativa (“A”); (2) se os 
episódios de humor ocorreram durante a fase ativa (sintomas “A”), a duração foi breve com relação à duração 
dos períodos ativo e residual 
E. O transtorno não pode ser atribuído aos efeitos fisiológicos de substâncias (abuso de drogas, medicações) 
ou qualquer outra condição médica. Se existir história de transtorno do espectro do autismo ou de transtorno 
de comunicação de início na infância, o diagnóstico adicional de esquizofrenia pode ser feito somente se 
houver alucinações ou delírios proeminentes e se os outros sintomas requeridos para o diagnóstico de 
esquizofrenia estiverem presentes há pelo menos um mês (ou menos se tratados com sucesso) 
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL 
• Psicose atípica 
• Transtorno autista 
 
 
• Transtorno psicótico breve 
• Transtorno delirante 
• Transtorno factício com sinais e sintomas predominantemente 
• psicológicos 
• Simulação 
• Transtornos do humor 
• Adolescência normal 
• Transtorno obsessivo-compulsivo 
• Transtornos da personalidade – esquizotípica, esquizoide, borderline, 
• paranoide 
• Transtorno esquizoafetivo 
• Esquizofrenia 
• Transtorno esquizofreniforme 
CURSO E EVOLUÇÃO 
• Fase pré-mórbida 
o É uma fase importante e desafiadora, pois raramente se procura ajuda nesta fase, e intervir em fatores 
de risco para surtos psicóticos pode ter grande impacto na vida do indivíduo. 
• Fase prodrômica 
o precede o início da doença. 
o Nessa fase já são observadas alterações como atrasos no desenvolvimento motor ou retardo na 
aquisição da fala, surgindo sintomas como alterações de personalidade, de pensamento e do humor, 
muitas vezes não detectáveis. 
o É comum nesse período que a família procure ajuda de profissionais por causa do aparecimento de 
sintomas depressivos, que o quadro seja diagnosticado como um transtorno do humor e, como 
consequência, o paciente é tratado com antidepressivos, sem resultados. 
• Período prodrômico 
o culmina muitas vezes no primeiro episódio de psicose, e nesse ponto inicia-se a chamada fase 
progressiva do transtorno. 
• Fase de estabilidade ou crônica 
o ainda sujeita a recaídas (isto é, piora da sintomatologia) 
o É importante lembrar que, na esquizofrenia, os sintomas negativos são detectados muitas vezes desde 
o princípio, ao passo que os sintomas positivos ou psicóticos ocorrem durante os episódios de 
exacerbação (“surtos”). 
 
 
 
 
CONDUTA TERAPÊUTICA 
• Embora os medicamentos antipsicóticos sejam o pilar do tratamento para a esquizofrenia, pesquisas 
revelaram que intervenções psicossociais, incluindo psicoterapia, podem contribuir para a melhora clínica 
• Os pacientes com esquizofrenia beneficiam-se mais da combinação de uso de medicamentos antipsicóticos 
e tratamento psicossocial do que de um ou outro tratamento usado de forma única. 
• A hospitalização é indicada para fins de diagnóstico; estabilização da medicação; segurança do paciente 
devido a ideação suicida ou homicida; e comportamento flagrantemente desorganizado ou inadequado, 
incluindo a incapacidade de cuidar das necessidades básicas, como alimentação, vestuário e abrigo. 
• Hospitalizações curtas de 4 a 6 semanas são tão eficazes quanto as longas, e o ambiente hospitalar com 
abordagens comportamentais ativas produz melhores resultados do que as instituições de custódia. 
FARMACOTERAPIA 
• Os antipsicóticos diminuem a expressão do sintoma psicótico e reduzem as taxas de recaída. 
Aproximadamente 70% de pacientes tratados com qualquer antipsicótico alcançam a remissão. 
• Os medicamentos usados para tratar a esquizofrenia têm uma ampla variedade de propriedades 
farmacológicas, mas todos têm em comum a capacidade de antagonizar os receptores de dopamina pós-
sinápticos no cérebro. 
• Os antipsicóticos podem ser classificados em dois grupos principais: 
o Antipsicóticos de primeira geração, ou antagonistas do receptor de dopamina 
− o são os que mais provavelmente causam transtornos de movimento conhecido como sintomas 
extrapiramidais (SEPs), particularmente os fármacos que se ligam fortemente aos neurorreceptores 
da dopamina, como o haloperidol. 
o Antipsicóticos de segunda geração, ou antagonistas de serotonina e dopamina (ASDs) 
− Os fármacos de segunda geração são usa- dos como tratamento de primeira escolha contra 
esquizofrenia para minimizar o risco de SEP debilitante, associado com os de primeira geração, que 
atuam primariamente no receptor D2 da do- pamina.FASES DO TRATAMENTO NA ESQUIZOFRENIA 
TRATAMENTO DA PSICOSE AGUDA 
• O tratamento durante a fase aguda concentra-se em aliviar os sintomas psicóticos mais graves. Essa fase 
em geral dura de 4 a 8 semanas. 
• A esquizofrenia aguda normalmente está associada com agitação grave, que pode resultar de sintomas 
como delírios assustadores, alucinações ou desconfiança ou de outras causas (incluindo abuso de 
estimulantes). 
• Os antipsicóticos e os benzodiazepínicos podem acalmar os pacientes com bastante rapidez. Com aqueles 
muito agitados, a administração intramuscular de antipsicóticos produz um efeito mais rápido. 
• Uma vantagem dos antipsicóticos é que uma única injeção intramuscular de haloperidol, flufenazina, 
olanzapina ou ziprasidona, muitas vezes, resultará em efeito calmante sem sedação excessiva. 
• Os antipsicóticos de baixa potência estão com frequência associados com sedação e hipotensão postural, 
particularmente quando são administrados por via intramuscular. 
o Ziprasidona e olanzapina intramusculares são semelhantes a seus equivalentes orais em não causar 
efeitos colaterais extrapiramidais substanciais durante o tratamento agudo. Isso pode ser uma vantagem 
importante em relação ao haloperidol ou à flufenazina, que podem causar distonias ou acatisia 
assustadoras em alguns pacientes. 
ANTIPSICÓTICOS 
❖ Mecanismo De Ação 
− Antagonismo da dopamina: Todos os antipsicóticos de primeira e a maioria dos de segunda geração bloqueiam 
os receptores D2 da dopamina no cérebro e na periferia. 
− Atividade bloqueadora do receptor de serotonina: A maioria dos fármacos de segunda geração parece exercer 
parte da sua ação singular pela inibição de receptores de serotonina, em particular 5-HT2A. 
 A clozapina tem alta afinidade pelos receptores D1, D4, 5-HT2, muscarínicos e adrenérgicos α, mas também 
é um antagonista fraco no receptor D2. 
 A risperidona bloqueia os receptores 5-HT2A mais intensamente do que o receptor D2, assim como a 
olanzapina. 
 O antipsicótico de segunda geração aripiprazol é um agonista parcial nos receptores D2 e 5-HT1A, bem 
como é antagonista dos receptores 5-HT2A. 
 A quetiapina bloqueia receptores D2 com mais potência do que os receptores 5-HT2A, mas é relativamente 
fraca no bloqueio de ambos. 
❖ Efeitos Adversos 
− Efeitos extrapiramidais, Discinesia tardia, Parkinsonismo, Aumento da massa corporal, Convulsões, 
hiperprolactinemia, sialorreia, piora dos sintomas negativos, sedações, Hipotensão postural, Disfunção sexual, 
Arritmias, Xerostomia 
❖ Contraindicações E Cautela 
− Todos os antipsicóticos podem baixar o limiar convulsivo e devem ser usados cautelosamente em pacientes com 
convulsões ou que têm esse risco aumentado, como na abstinência ao álcool. Esses fármacos também recebem 
a advertência de que aumentam a mortalidade quando usados em pacientes idosos com transtornos 
comportamentais relacionados à demência e à psicose. O uso de antipsicóticos em pacientes com transtornos do 
humor deve ser monitorado quanto ao agravamento do transtorno e às ideias e aos comportamentos suicidas 
 
 
 
• Os benzodiazepínicos também são eficazes para agitação durante a psicose aguda. O lorazepam tem a 
vantagem de uma absorção confiável quando administrado por via oral ou intramuscular. O uso de 
benzodiazepínicos também pode reduzir a quantidade de antipsicótico necessária para controlar pacientes 
psicóticos. 
TRATAMENTO DURANTE AS FASES DE ESTABILIZAÇÃO E MANUTENÇÃO 
• Na fase estável ou de manutenção, a doença está em um estágio relativo de remissão. 
• Os objetivos durante essa fase são prevenir recaída psicótica e ajudar os pacientes a melhorar seu nível de 
funcionamento. 
• Nessa fase, os pacientes em geral estão em um estado relativo de remissão, apenas com sintomas 
psicóticos mínimos. 
• pacientes estáveis que são mantidos com um antipsicótico têm uma taxa de recaída muito mais baixa do 
que aqueles que têm seus medicamentos descontinuados. 
• Em geral, é recomendado que pacientes com episódios múltiplos recebam tratamento de manutenção por 
pelo menos cinco anos, e muitos especialistas recomendam a farmacoterapia por tempo indeterminado. 
• Ao iniciar medicamentos de ação prolongada, alguma suplementação oral é necessária enquanto os níveis 
plasmáticos máximos estão sendo alcançados. Flufenazina e haloperidol têm formulações de ação 
prolongada injetáveis. Formulações de longa ação de risperidona, paliperidona, aripiprazol e olanzapina 
também estão disponíveis. 
TRATAMENTO DOS EFEITOS COLATERAIS 
• Efeitos Colaterais Extrapiramidais 
o Reduzir a dose do antipsicótico (que é mais comumente um ARD), adicionar um medicamento 
antiparkinsoniano, e mudar o paciente para um ASD, que tem menos probabilidade de causar esses 
efeitos. 
o Os medicamentos antiparkinsonianos mais eficazes são os anticolinérgicos. Entretanto, estes têm seus 
próprios efeitos colaterais, incluindo boca seca, constipação, visão turva e, com frequência, perda de 
memória. 
o Os beta-bloqueadores de ação central, como o propranolol, também costumam ser eficazes para tratar 
acatisia. A maioria dos pacientes responde a dosagens de 30 e 90 mg por dia. 
o No caso de antipsicóticos convencionais estarem sendo prescritos, os médicos podem considerar 
prescrever medicamentos antiparkinsonianos profiláticos para pacientes com probabilidade de 
experimentar efeitos colaterais extrapiramidais perturbadores. 
o Estes incluem os que têm uma história de sensibilidade a esses efeitos e aqueles que estão sendo 
tratados com doses relativamente altas de agentes de alta potência. 
o Medicamentos antiparkinsonianos profiláticos também podem ser indicados quando agentes de alta 
potência são prescritos para homens jovens que apresentam maior vulnerabilidade ao desenvolvimento 
de distonias. 
• Discinesia Tardia 
o Embora discinesia gravemente incapacitante seja incomum, quando ocorre ela pode afetar a 
capacidade de caminhar, respirar, alimentar-se e falar. 
o Indivíduos que são mais sensíveis aos efeitos colaterais extrapiramidais parecem ser mais vulneráveis 
a desenvolvê-la. 
 
 
o O início dos movimentos anormais em geral ocorre ou enquanto o paciente está recebendo um 
antipsicótico, ou no período de quatro semanas após a descontinuação de um antipsicótico oral, ou oito 
semanas após a retirada de um antipsicótico de depósito. 
o Há um risco ligeiramente mais baixo desse problema com agentes da nova geração. Entretanto, o risco 
não é ausente com os ASDs. 
o As recomendações para prevenir e tratar discinesia tardia incluem 
− Usar a dose efetiva mais baixa de antipsicótico 
− Prescrever com cautela para crianças, idosos e indivíduos com transtornos do humor 
− Examinar os pacientes regularmente para evidência desse efeito colateral 
− Considerar alternativas ao antipsicótico que está sendo utilizado e considerar redução da dosagem 
quando a condição for diagnosticada 
− Considerar uma série de opções se ela piorar, incluindo a descontinuação do antipsicótico ou 
mudança para um agente diferente 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TRATAMENTO NÃO MEDICAMENTOSO 
TERAPIA INDIVIDUAL, GRUPAL OU FAMILIAR - Auxilia o paciente e a família a compreender a doença e os 
que causam os sintomas 
- Ensina aptidões de comunicação as famílias 
- Proporciona recursos para lidar com os desafios emocionais 
e práticos 
TREINAMENTO DE APTIDÕES SOCIAIS - Pode ocorrer em ambiente hospitalar ou comunitário 
- Ensina ao portador do transtorno aptidões de ordem social, 
cuidados pessoais e vocacionais 
CAPS 
Os Centros de Atenção Psicossocial (Caps) são unidades especializadas em saúde mental para tratamento 
e reinserção social de pessoas com transtorno mental grave e persistente. Os centros oferecem um atendimento 
ESTRATÉGIAS PARA PACIENTES RESISTENTES AO TRATAMENTO 
 Antes de considerar um paciente resistente a determinada droga, é importante assegurar-se de que ele tenha 
recebidouma tentativa adequada do medicamento. 
 Uma tentativa de 4 a 6 semanas em uma dose adequada de um antipsicótico é considerada apropriada para a 
maioria das pessoas. 
 Pacientes que demonstram mesmo uma leve melhora durante esse período pode continuar a melhorar a uma taxa 
constante por 3 a 6 meses. 
 Pode ser útil confirmar que o paciente esteja recebendo uma quantidade adequada do medicamento por meio da 
monitoração da concentração plasmática. 
 Se o paciente estiver respondendo mal, pode-se aumentar a dose acima do nível terapêutico habitual; entretanto, 
dosagens mais altas em geral não estão associadas com melhor resposta do que doses convencionais. Mudar para 
outro medicamento é preferível a titular para uma dose alta. 
 Se um paciente respondeu mal a um ARD convencional, é improvável que responda bem a outro ARD. 
Provavelmente seja mais útil mudar para um ASD. 
 
 
 
interdisciplinar, composto por uma equipe multiprofissional que reúne médicos, assistentes sociais, psicólogos, 
psiquiatras, entre outros especialistas. 
Eles surgiram, no Brasil, num cenário de luta por justiça e redemocratização social na segunda metade do 
século XX, o qual era rico em debates sobre os direitos humanos. Tendo seu início somente em 19 de fevereiro de 
2002, através da Portaria Nº 336 do Ministério da Saúde, que ele foi formalizado, tendo sido seu funcionamento 
direcionado para áreas físicas específicas de maneira independente de qualquer estrutura hospitalar. Esse novo 
modelo de atenção à saúde mental visa a desospitalização e a quebra do pensamento “asilar”, tendo os pacientes 
maior liberdade e proximidade com amigos e familiares, facilitando e fomentando a inclusão social. 
• Atribuições do CAPS 
o Acolhimento universal e diário; 
o Atendimento individual, em grupos, à família e em oficinas terapêuticas; 
o Elaboração de um diagnóstico situacional e clínico de cada usuário que acessa o serviço; 
o Formulação de estratégias de cuidado e/ou do projeto terapêutico, adequados à necessidade de cada 
usuário; 
o Agenciamento e encaminhamento dos casos que não sejam compatíveis com o trabalho de CAPS, mas 
que requeiram outra modalidade de cuidado; 
o Visitas domiciliares e atividades comunitárias; 
o Supervisionar e capacitar as equipes de atenção básica, serviços e programas de saúde mental no 
âmbito do seu território e/ou do módulo assistencial, entre outras funções. 
• Modalidades 
o CAPS I: Atendimento a todas as faixas etárias, para transtornos mentais graves e persistentes, inclusive 
pelo uso de substâncias psicoativas, atende cidades e ou regiões com pelo menos 15 mil habitantes. 
o CAPS II: Atendimento a todas as faixas etárias, para transtornos mentais graves e persistentes, inclusive 
pelo uso de substâncias psicoativas, atende cidades e ou regiões com pelo menos 70 mil habitantes. 
o CAPS i: Atendimento a crianças e adolescentes, para transtornos mentais graves e persistentes, 
inclusive pelo uso de substâncias psicoativas, atende cidades e ou regiões com pelo menos 70 mil 
habitantes. 
o CAPS ad Álcool e Drogas: Atendimento a todas faixas etárias, especializado em transtornos pelo uso 
de álcool e outras drogas, atende cidades e ou regiões com pelo menos 70 mil habitantes. 
o CAPS III: Atendimento com até 5 vagas de acolhimento noturno e observação; todas faixas etárias; 
transtornos mentais graves e persistentes inclusive pelo uso de substâncias psicoativas, atende cidades 
e ou regiões com pelo menos 150 mil habitantes. 
o CAPS ad III Álcool e Drogas: Atendimento e 8 a 12 vagas de acolhimento noturno e observação; 
funcionamento 24h; todas faixas etárias; transtornos pelo uso de álcool e outras drogas, atende cidades 
e ou regiões com pelo menos 150 mil habitantes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
1. DSM-V 
2. Compêndio de psiquiatria: ciência do comportamento e psiquiatria clínica (Kaplan,11. Ed. 2017) 
3. Atualização terapêutica: manual prático de diagnóstico e tratamento. 23.ed. 2014. 
4. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas. ESQUIZOFRENIA. Portaria SAS/MS nº 364, de 9 de abril de 
2013 
5. Clínica psiquiátrica: as grandes síndromes psiquiátricas, volume 2. 2021 
6. Esquizofrenia: teoria e clínica. Ary Gadelha, Antonio Egidio Nardi, Antônio Geraldo da Silva. – 2. ed. – Porto 
Alegre: 2021. 
7. Farmacologia ilustrada. Karen Whalen, Richard Finkel, Thomas A. 6. ed. – Porto Alegre: 2016. 
8. https://www.gov.br/saude/pt-br/acesso-a-informacao/acoes-e-programas/centro-de-atencao-psicossocial-
caps 
 
 
 
 
 
https://www.gov.br/saude/pt-br/acesso-a-informacao/acoes-e-programas/centro-de-atencao-psicossocial-caps
https://www.gov.br/saude/pt-br/acesso-a-informacao/acoes-e-programas/centro-de-atencao-psicossocial-caps

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