Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
TREPANAÇÃO DOS SEIOS NAIS Definição: É a abordagem cirúrgica das cavidades existentes nos ossos frontal, maxilar e cavidade nasal, realizada com auxílio de um instrumental cirúrgico específico chamado TRÉPANO, que produz corte circular do osso sítio da intervenção. Indicações da trepanação: Com o intuito de drenagem e curetagem em sinusites catarrais crônicas, empiema acúmulo de pus que pode ser depositado nas bolsas guturais caos não tratado, extração pré-molares como nos casos de fratura de raiz, exploração para a remoção de neoplasias e cistos. Anatomia dos ossos da face: Os ossos envolvidos nessa abordagem são os ossos maxilar, ossos nasais e frontais. Toda a região acima da arcada dentária está predisposta a essa abordagem, principalmente nos casos de extração dentária. Assim como, os ossos nasais e frontais, sendo os sítios de trepanação para casos de sinusite, drenagem e curetagem de muco. Anestesia: Pode ser volátil, podendo também ser realizada com o animal em estação sob tranquilização, depende da região do osso; anestesia infiltrativa ou de condução (troncular), nos nervos frontal e infraorbitário, na dependência da localização da abordagem no osso frontal ou maxilar respectivamente, no lado sede da intervenção ou bilateralmente quando a abordagem está localizada na porção média. Pré-operatório É importante a cultura da infecção, antibiograma, jejum hídrico e alimentar de doze horas, antibioticoterapia, depilação, tranquilização e anestesia local Trans-operatório O animal é anestesiado e tombado sobre o lado que não está afetado, procurando posicionar a cabeça em um nível mais baixo, facilitando a drenagem de conteúdo líquido evitando a inalação. A abordagem do seio frontal consiste em uma incisão que deve ser realizada a aproximadamente 3cm da linha média da cabeça sobre uma linha horizontal que une o centro do arco superciliar de ambos os olhos. Abordagem dos seios maxilares: o tabique de separação de ambas as cavidades se encontra situado no centro da trepanação, de maneira que se aborda as duas cavidades a uma só vez. O ponto central da trepanação está localizado entre o segundo e o terceiro terço de uma linha traçada entre a comissura medial do olho e o extremo rostral da crista facial. Abordagem para extração dentária: a incisão deve estar posicionada em local próximo ao dente que será extraído, estando todos eles posicionados sobre uma linha imaginária que discorre desde o bordo inferior da órbita nasal ate o bordo inferior do forame infraorbitário prolongando-se em direção rostral. Nos animais acima de 13 anos, a abordagem deve ser realizada cerca de 1cm abaixo do especificado acima, considerando-se que as raízes dos dentes são mais curtas Abordagem da cavidade nasal: varia segundo o sítio da enfermidade, podendo ser feita imendiatamente ao lado da linha média, até cerca de 4cm lateralmente à mesma. Em todas as abordagens, deve-se tomar cuidado para evitar a incisão acidental da artéria e veia angulares do olho, que estão localizadas no ângulo medial do olho. Produzem um grau de hemorragia consideravelmente grande. Desenvolvimento do ato cirúrgico: após a incisão da pele com aproximadamente 6cm de comprimento, emprega-se o perióstomo para elevação do periósteo o suficiente para a colocação da coroa do trépano de ¾ de polegada de diâmetro diretamente sobre o osso realizando a seguir movimentos de rotação até que o retalho ósseo de forma circular se desprenda expondo a cavidade a ser realizada a trepanação. Nas sinusites realiza-se a curetagem dos seios, removendo o material líquido e necrótico, devendo-se lavar a cavidade com solução fisiológica, auxiliando na homeostasia, e sempre tomando os cuidados para evitar a aspiração. Para a extração dos dentes ou exodontia, identifica-se a raiz do dente afetado e com um repulsor (cilindro de aço mais fino que o orifício que o trépano produziu) aplicado sobre o ápice da raiz do dente e o martelo cirúrgico com um peso de 500gr, procede-se a propulsão do dente até que um auxiliar possa retirá-lo, introduzindo uma pinça longa na cavidade oral do animal, devendo o animal ser estimulado a levantar-se em aproximadamente 10 minutos para evitar a aspiração de sangue. Pacientes em estação não correm tanto risco de aspiração. O orifício produzido pelo trépano, assim que controlada a hemorragia, deve ser tamponado com gaze e banhado no iodo, suturando o tecido subcutâneo (intradérmica) com categute n0 ou poligalactina, e a pele com fio de nylon n0 ou n1. Pós-Operatório Lavagem diária da cavidade com soluções anti-sépticas (iodopovidona; clorexidina em solução salina e permanganato de potássio a 1:1000; nitrofurazona), a antibioticoterapia imprescindível local e sistêmica, anti inflamatórios, os tampões de gaze introduzidos na cavidade respiratórios, podem ser retirados com 24 horas e substituídos de acordo com a evolução do quadro. Após uma semana ou 10 dias, os curativos poderão ser trocados a cada 3 dias.
Compartilhar