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Aula 1- Avaliação Sistêmica dos pacientes cirúrgicos-ambulatoriais Em um procedimento cirúrgico é necessário prever: 1- pré-operatório→ começa no momento em que o dentista avalia o paciente; Estabelece o diagnóstico; Identifica as condições médicas pré-existentes ou de doenças que podem impedir que o procedimento cirúrgico ocorra, até a melhora da condição sistêmica. 2- trans-operatório 3- pós-operatório Roteiro do Pré-operatório: Exame clínico → Anamnese: identificação; queixa principal; HDA (história da doença atual): quando? Como? Onde? características?; História médica: revisão dos sistemas; SN, SR, renal, endócrino. → Exame físico Extra e Intrabucal → Inspeção; palpação; percussão; auscultação; olfação → Exame complementar→ Raio-x; tomografia; laboratoriais. Obs: Emergência: Rápida intervenção→ Hemorragia, infecção Urgência: tem que fazer o procedimento entretanto não tem risco de morte. Seletiva: procedimento planejado. Às vezes a cirurgia é necessária mas não oportuna, deve ser avaliado Terapêutica cirúrgica X Terapêutica não cirúrgica. 1-Exame Clínico Sinal: característica objetiva o que pode ser visto Sintoma: subjetivo, depende da descrição do paciente sobre determinada condição Pulso: mensuração periférica da frequência e do ritmo do coração P.A: paciente pode ser normotenso, hipertenso ou hipotenso. Temperatura: importante principalmente em casos de infecção Frequência respiratória: entre 12 a 18 2- Exames complementares: Hemograma→ Eritrócitos, Leucograma, Plaqueta Coagulograma Glicemia e Hb glicosada→ glicemia < 115mg/dL Hb glicosilada 3,6-5,3% Como solicitar? Nome do paciente; solicitação de exame; data e carimbo. Doenças Sistêmicas - Cardiovasculares: Hipertensão (40%), Anginina pectoris, Infarto do miocárdio. - Doenças endócrinas: Diabetes mellitus→ Sintomatologia: poliúria, polifagia, perda de peso Tireóide→ alteração do processo de reparo Glândulas adrenais e corticoterapia - Doenças pulmonares: Doença pulmonar obstrutiva crônica Asma; Bronquite e enfisema -Doenças neurológicas→ Doença cerebro-vascular Convulsões- 1- Grande mal: 2 a 5 min, perda da consciência e atividade motora; 2- Pequeno mal. - Doenças hematológicas→ anemias- redução das hemácias. Tratamento: alimentação, medicação. Conduta: encaminhar para ao hematologista. Aula 2- Paramentação e montagem da mesa A finalidade é criar uma barreira contra a entrada e a ação de MO. Ao entrar na clínica é necessário estar de jaleco, touca, pro-pé e o paciente com touca e pro-pé. Operador→ Lavar a mão, usar máscara,passa PVPI, secar a mão com a compressa, colocar o capote, luva cirúrgica, arrumar o box, posteriormente a mesa cirúrgica. Assistente→ Apresentar o capote e o campo ao operador, amarrar o capote do operador, apresentar a luva estéril, pegar anestésico tópico (jogar na mesa arrumada), pegar o anestésico (passar álcool 70% no tubete jogar na mesa também) buscar soro e clorexidina a 2% colocar nas cubas, inserir a agulha na carpule auxiliando o operador a rosquear (passar álcool 70%na tampa e jogar na mesa), chamar o paciente entregar toca, pro-pé e clorexidina a 0,12% bochecho por 1 min, após isso lavar a mão, jogar PVPI, colocar campo (pedir para um circulante amarrar), colocar luva estéril, arrumar a mangueira de silicone e sugador. Mesa Cirúrgica: 1-Diérese→ Separação que pode ser por Incisão (corte 90°-45°-90°, requisitos: Tecido ósseo sadio, base ampla, visibilidade, em uma única linha) ou por divulsão (sem corte). Instrumentos: molt, bisturi- lâmina 2- Exérese→ Osteomia (desgaste ósseo); Ostectomia (remoção fragmento), curetagem. Instrumentos: elevadores (alavanca), fórceps, cureta de Lucas 85/86 3- Hemostasia→ Conter o sangramento. Instrumentos: Pinça hemostática, esponja, colágeno 4- Síntese→ Une o tecido que foi separado. Instrumentos: sutura, fio de aço, placa, parafuso. A sutura é importante para manter o coágulo, não pode ser muito justa ou bastante puxada (isquemia). Início do procedimento: após o paciente fazer o bochecho com clorexidina, o operador realiza assepsia da face do paciente com clorexidina 2% da linha média em direção ao trágos, importante fazer em uma única direção e com as duas superfícies da gaze cada uma correspondendo a parte superior e inferior respectivamente, utiliza-se duas gaze, uma para o lado direito e outra para o lado esquerdo, faço esse passo com a pinça de Allis que deve ser isolada, depois disso coloco o campo fenestrado no paciente e prendo com a pinça Backaus, quanto mais aberto for maior a chance de contaminação. Anestesia→ Anestésico tópico, secar a região com gaze, seringa carpule com o tubete anestésico. Aplico a técnica necessária para aquele procedimento. Regras: bisel sempre voltado para o osso, inserir apenas ⅔ da agulha, olhar a janela da carpule, nunca forçar a agulha dentro do tecido, após 3-4 aplicações trocar de agulha, aplicar de forma lenta e a medida que se vai entrando vai descarregando o anestésico. Usar o Sindesmotomo para fazer a diérese do tecido, descolar por todas as faces do dente, rompendo as fibras, percebe-se a região bastante isquêmica, paciente sente a pressão e não dor. Molt descola o tecido Exérese: faz-se os movimentos adequadamente do elevador e do forceps. - Alavanca é constituída por lâmina; haste e cabo. Empunhadura: indicador na haste, palma da mão o cabo. Movimento: Cunha no meio do dente, região de furca; alavanca; rotação. Apoiar sempre em tecido ósseo sadio. - Fórceps é constituído por ponta ativa, articulação e cabo. Empunhadura: haste polegar ao meio, restante cabo. Movimento: apreensão do dente, intrusão, pressão vestíbulo-lingual ● Maxila: Fórceps molar superior direto - 18 R Fórceps molar superior esquerdo - 18 L Fórceps pré-molar superior 150 Fórceps incisivos e caninos superiores 1 Fórceps raiz superior posterior 65 Fórceps raiz superior anterior 69 ● Mandíbula: Fórceps molares inferiores 17 Fórceps pré-molares inferiores 151 Fórceps chifre de touro utilizada para molares com destruição de coroa 16 Fórceps raízes de pré-molares inferiores 68 -Curetagem e/ou limagem se necessário, se o procedimento for invasivo fazer irrigação, entretanto não realizar diretamente no alvéolo pois pode atrapalhar o processo de reparo. - Síntese→ uso de porta agulha, agulha e fio de sutura, pinça de Dietrich ou dente de rato. Empunhadura do pinça porta agulha: passar o polegar e o dedo anelar no orifício da pinça com o indicador posicionar no intermediário para dar maior estabilidade. Ao suturar é necessário que a agulha esteja presa na parte ativa do pinça a um ⅓ do final, ou seja, nao muito para a frente e nem muito para trás. Movimento da agulha: pronação e supinação Pontos de Sutura: 1- Nó simples: ao passar pelo tecido, puxa a linha, com a outra ponta da duas voltas em uma direção pega a outra extremidade e passa por dentro, posteriormente a volta é para o lado oposto repete o passo descrito e por fim da uma volta na direção inicial e passa por dentro, corta a linha remanescente, não deixando muito grande. 2- Ponto em X 3- Ponto em Espiral (sutura contínua) Aula 3- Exodontia ou Extração Dental Simples Combina os princípios da cirurgia, mecânica e física. Remoção de um dente exige técnica e delicadeza, força excessiva um trans-operatório e pós-operatório ruim pois pode lesar mucosa, osso ou dente vizinho. Quando isso ocorre há uma transformação de uma exo simples para uma complexa, onde há procedimentos abertos. Análise do elemento dentário a ser extraído para ver se haverá necessidade de fazer força excessiva ou não, se tiver é preciso aplicar outra técnica cirúrgica. Indicaçõessão diretrizes para a extração do dente: 1- Cáries: que não podem ser restaurados, ou seja, coroa destruída que ao remover a cárie não tem condições de ser restaurado tanto no ponto de vista da dentística quanto em relação a prótese, deve ser removido ; 2- Necrose Pulpar: que não é passível de tratamento endodontico, quando existe uma atresia de canal onde a lima não chega na área desejada, tratamento endo insatisfatório com a lesão não regredida e o paciente continua com dor; 3- DP: dentes com hipermobilidade onde através do tratamento periodontal não se consegue restabelecer a quantidade óssea e inserção; 4- Indicação ortodôntica: sempre vir encaminhado do orto e anexar ao prontuário, como por exemplo os terceiros molares para o reposicionamento dos dentes,dentes impactados; 5- Dentes mal posicionados: totalmente fora da arcada dentária o orto não consegue posicionar na arcada dentária 6- Dentes fraturados: fraturas longitudinal normalmente exigem exo, se a fratura for horizontal muitas vezes depende da altura da fratura. 7- Dentes impactados: indicação exodontica 8- Supranumerários sem função são removidos 9- Dentes associados a lesões patológicas: patologia provocada pela presença do dente, comum em cistos dentígeros, tem que saber de qual lesão se trata. Se for um tumor maligno não se pode só tirar o dente pois pode disseminar células metastáticas para o organismo. 10- Radioterapia que possuem elementos dentários em posição duvidosa onde o prognóstico é ruim deve ser extraídos, pois pode provocar osteorradionecrose. Por isso antes de começar esse procedimento, principalmente envolvendo cabeça e pescoço, é necessário que o paciente vá ao CD para avaliar os dentes que possuem um mau prognóstico, esse dente deve ser extraído para não ser submetido posteriormente a uma extração. Ideal é que o paciente esteja bem preparado antes, só depois de 5 anos pode ser realizado extrações. 11- Dentes envolvidos em fraturas: como a fratura mandibular, ao se fazer a aproximação das estruturas o dente será um empecilho para a redução da fratura 12- Questão financeira: outras alternativas como tratamento endo, prótese, tracionamento orto são procedimentos mais caros e o dente está em uma situação que não está fazendo bem para a saúde do paciente. Contra-indicações: Sistêmicas e Locais. 1- Sistêmica: Saúde em que a possibilidade de resistir ao trauma cirúrgico pode estar comprometida, por exemplo pacientes com doenças metabólicas descompensadas e severas. Quadro sistêmico do paciente é ruim e complica para realizar uma cirurgia. - Paciente com diabetes não controlada, pode ser feita uma cirurgia emergencial neste paciente desde que se realize uma profilaxia antibiótica. - Paciente que tem falência renal como uremia severa - Leucemia→ paciente imunodeprimido e plaquetas alteradas, isso dificulta a coagulação sanguínea; linfoma - Doença cardíaca severa não controlada, isquemia no miocárdio, infarto recente, angininia, arritmia cardíaca não controlada, todos esses pacientes possuem uma contra-indicação relativa, a partir do momento que passa a ser compensado ou tratado pode ser realizado a exo. - Grávidas: normalmente as gestantes não podem fazer exo do 1° ao 3° mês e após ao 7°, pois a situação do estresse e medicação pode comprometer o feto ou acelerar o parto. Tenta evitar o procedimento cirúrgico, realizar após o nascimento do bebê. - Problema da coagulação sanguínea severa - Pacientes que usam corticoides, comum o uso de pessoas que apresentam doenças auto-imune, esses medicamentos causam imunossupressão isso complica o procedimento cirúrgico, analisar o sistema imunológico, máximo cuidado em pacientes que possuem o número de leucócitos abaixo de 3.500, em casos emergenciais usar antibioticoterapia profilática. -Pacientes que usam bifosfonato, aqueles que possuem osteoporose, primeiro são encaminhados ao CD,onde será realizado uma avaliação clínica e cirúrgica após isso, esses pacientes são liberados a utilizar esse medicamento. Paciente que tomam bifosfonato principalmente IV, pode provocar um caso de osteonecrose. Locais: Radiação terapêutica contra câncer (osteorradionecrose); dentes dentro de áreas de tumor maligno (disseminar células metastática no organismo do paciente); pericoronarite severa (deve ser tratada primeiro quando não tiver mais edema e substância purulenta pode ser fazer a exo). Todo paciente que vai fazer uma extração dentária é imprescindível um exame radiográfico, que pode ser: periapical do elemento dentário; panorâmica (3° M). Importância: observar fatores e situações que podem intervir na técnica cirúrgica: 1- Observar a configuração das raízes→ número, curvatura, forma, tamanho, presença de cáries radiculares, presença de tratamento endodôntico, todas essas situações vão interferir no procedimento exodôntico. 2- Verificar o espaço do ligamento periodontal, dentes que possuem um LP grande (mm) é mais fácil de extrair, dentes que possuem espaço reduzido ou anquilose é mais difícil a extração em função da espessura, pode existir uma união cemento-osso. 3- Condição do osso adjacente, a quantidade óssea é importante, ossos compactos (grande radiopacidade) são mais difíceis de serem extraídos por que a dilatação da tábua óssea é complicada. 4- Relação com estruturas adjacentes: canal mandibular (nível de pré); forame mentoniano; alveolar inferior; seio maxilar; fossa nasal. Todas essas estruturas devem ser analisadas pois as vezes as raízes do elemento dentário é bastante relativa pode estar dentro do seio, casos em que é necessário uma incisão que pode ser sob o forame mentoniano→ hemorragia, lesão do nervo (parestesia). Posição do elemento dentário em relação a essas estruturas descritas. 5- Presença de lesões patológicas que devem ser removidas 6- Remoção de dente decíduo importante analisar a relação como o dente permanente, pois o as raízes podem estar abraçando o germe do permanente, que quando extraído pode extrai os dois dentes 7- Região de retenção, importante no planejamento, o eixo de saída do dente influência como deve ser o movimento de extração Problemas mecânicos da Exodontia: 1- Tecido ósseo, parede óssea e septo interradicular: pode ser retentivo, expulsivo, filiforme e supra-alveolar. Quando termina uma exodontia é importante verificar o septo supra alveolar, pois isso deve ser limado, o septo nunca pode ficar acima do processo alveolar pois o pós-operatório é ruim entra em um processo de necrose (nesses casos pode se utiliza pinça goiva ou lima). 2- Diferenças de espessura das paredes ósseas vestibular e lingual→ REGRA: A tábua óssea vestibular em toda a cavidade bucal é mais fina na vestibular do que na lingual por isso na hora da extração o movimento de lateralidade vai ser muito mais acentuado para a face vestibular do que para lingual. EXCEÇÃO: molares inferiores, a parede óssea vestibular é mais espessa. 3- Morfologia radicular 4- Forma, comprimento e inclinação dos dentes, a perda dentária da coroa via influenciar a exodontia, assim como, cáries extensas, coroa artificiais. Planejamento da Exodontia: Classificação do seccionamento: depende do planejamento - Paralelo ao longo eixo do dente→ separa M e D - Perpendicular ao longo eixo do dente → Separa coroa da raiz - Oblíquo ao longo eixo do dente. Existe vários tipo de exo que podem ser realizadas: - Exo simples ou fechada→ pela via alveolar sem seccionamento corono-radicular no sentido do longo eixo. - Exo pela via alveolar com seccionamento corono-radicula no sentido do longo eixo - Exo pela via não alveolar por alveolectomia parcial, retira-se parte da parte ossea (alvéolo) V - Exo pela via não alveolar por alveolectomia total da parede V - Exo pela via não alveolar por osteotomia→ dente sepulto dentro do osso sem alvéolo→ impactado Classificação: 1- Simples 2- Após alveolectomia: parcial, total ou apical da parede óssea V em função daanatomia dentária. 3- Exodontia após seccionamento 4- Exodontia após osteotomia, ostectomia ou ambas. Obs: Osteotomia→ Corte do osso; Ostectomia→ corte e remoção parcial do osso. Indicações Exodontia Simples: extrair coroa total ou parcial íntegra e a raiz ou raízes permitem ponto de apoio para as pontas ativas dos instrumentos. Exodontia por alveolectomia parcial: dentes portadores de coroas totais onde a resistência da coroa está diminuída, raízes residuais abaixo da crista óssea, diminuição do espaço impedindo a extração pela via de implantação. ] Exodontia por alveolectomia total: dilaceração apical, hipercementose, casos de anquilose. Exodontia por seccionamento: Dentes multirradiculares com raízes divergentes ou convergentes, coroas totalmente destruídas sem ponto de apoio para os extratores e o fórceps, restauração extensa, hipercementose. Exodontia após osteotomia ou ostectomia: por não possuir alvéolo, e ser necessário a remoção ou desgaste ósseo para a extração dentária, realizada em dentes inclusos ou resíduos de raízes que não puderam ser extraídos por outras técnicas. Obs: A espícula óssea remanescente, que passa o alvéolo deve ser limada, finalidade de regularizar deixando uniforme o rebordo. Posição operatória: Paciente: - Dentes inferiores: plano oclusal paralelo ao solo, altura do cotovelo do CD - Dentes superiores: plano oclusal 45º ou 60º com o solo, pouco acima do cotovelo. CD: em pé ou sentado, na posição de 9h Escolha do instrumental para a exodontia Tempos da exodontia 1º - SINDESMOTOMIA: corte das fibras gengivais e crestos-dentais em todas as faces,deve ser descolado as papilas dos dentes adjacentes também, isso descola a gengiva e facilita a apreensão e aplicação do fórceps,que deve ser posicionado no colo dental o mais apical possível, primeiro se posiciona na face lingual e depois vestibular. Se essa sindesmotomia não for efetiva é possível que parte da gengiva seja dilacerada na hora de extrair o dente. Pode ser usado o sindesmotomo, bisturi (intra-sulcular), molt, espátula 7 ou periótomo (descola a gengiva e já vai separando o osso do dente, cortando o LP. Indicado principalmente em dentes que será feito implante). 2º - ALAVANCA: utilizada para luxar o dente, dilatar a tábua óssea, ou quando o fórceps não possui apoio: dentes unirradiculares, coroas com grande destruição. Ações da alavanca: Cunha→ Alavanca entra paralelo ao longo eixo do dente no espaço do LP,. “ Dois corpos não ocupam o mesmo lugar no espaço”. Elevadores→ Grande braço da potência, pequeno braço de resistência e ponto de apoio. Associação desses movimentos em uma extração. Sarilho (eixo-roda) → Após a inserção perpendicular ao longo eixo do dente no espaço do LP na região mesial ou distal apoiada no dente e na parte óssea, SEM APOIAR NO DENTE VIZINHO, gira para luxar, cabo funciona como eixo e a lâmina como roda, dente sobe ou é jogado para a distal. Comum na alavanca reta ou bandeirinha. Empunhadura: digito palmar, dedo indicador sobre a haste próximo a lâmina, mão oposta está protegendo a região vizinha tanto na tábua óssea V e L, pois se escapar vai bater no dedo e não da boca do paciente. Princípio de Uso: Achar um ponto de apoio posição vestíbulo-distal ou vestíbulo-mesial, quase nunca por lingual pois a tábua óssea lingual é muito fina e pode fraturar; A lâmina da parte ativa é voltada para o dente a ser extraído (côncava). 3º - FÓRCEPS: expansão e ruptura do ligamento periodontal e extração do dente. Adapta-se primeiro por lingual e depois vestibular, sendo a vestibular a região que recebe o mordente. O movimento de extração do dente é realizado pelo braço e ombro, contínuo e progressivo, lembrando que o movimento deve ser maior para V (exceto molares inf). Quanto mais se dilata a tábua óssea, mais apical o fórceps deve ser inserido. A mão oposta deve estar apoiada na tábua óssea tanto por vestibular quanto por lingual, servindo de sensor da expansão óssea e estabilizar a boca do paciente. Ações: Impulsão: pressão apical desloca o centro de rotação para apical, evitando fratura e esmaga o LP Lateralidade: causa expansão das tábuas ósseas do alvéolo, lenta, gradual e progressivo. Dentes unirradiculares com raízes cônicas SEM DILACERAÇÃO APICAL pode se fazer rotação→ rompimento das fibras do LP Tração: remoção do elemento dentário Obs: movimenta-se mais para a vestibular, exceto nos molares inferiores que a movimentação será maior para lingual. Obs: É importante uma boa iluminação, afastamento, anestesia e sindesmotomia. Cuidados com o alvéolo: Após a extração deve-se inspecionar o alvéolo com a cureta, não quer dizer raspar as paredes do alvéolo e remover as fibras do LP, pois nessa região há células importantes para o reparo, verificar com o dedo a presença de espículas ósseas, e a presença de tecido mole em excesso que deve ser removido para não necrosar aquela região. Sempre ao terminar uma extração o alvéolo tem que ter sangue (coágulo). - SOMENTE cureta o alvéolo se tem processo INFECCIOSO, lesões apicais ou periodontais. Se o dente é hígido não há necessidade de curetar a região. - Se há espículas ósseas é necessário limar ou remover com a pinça goiva. - Excesso de tecido mole ou papila pode cortar com a tesoura goldman fox (gengivectomia) Irrigação do alvéolo que deve ser intensa quando há processo infeccioso, se for hígido irriga para lavar a cavidade oral (Não remover coágulo→ se não pode causar alveolite e interfere no processo de reparo); remoção de corpos estranhos. Manobra de Champret: compressão do alvéolo para as tábuas ósseas voltarem ao lugar, essa técnica não é mais utilizada pois ao apertar o alvéolo pode diminuir a espessura óssea e isso é prejudicial a colocação de implante. Somente inspeção. Sutura: estabilização do coágulo, promove hemostasia e proteção do osso, servindo para o reparo e formação de osso, importante comprimir o retalho. Pode ser fio de seda ou nylon, o melhor é o nylon em meio de cultura, mas em região de mandíbula é melhor seda, pois as pontas que o fio de nylon deixa pode cortar a língua, dessa forma, deve-se cuidar para não deixar pontas. Colocação de uma gaze estéril úmida, pede para o paciente moder. Remoção dos pontos de 7 a 10 dias. Paciente começa bochechando clorexidina, corta o fio próximo a superfície da mucosa para não contaminar passar pouco fio por dentro, se cortar o fio no meio, esse fio passa por tudo dentro da ferida. Kit de remoção de sutura: tesoura de ponta fina, pinça e espelho. Aula 4- Exodontia ou Extração Dental Complexa→ Não são removidas pelo longo eixo do dente, remove-se por outro sentido. É considerada uma cirurgia aberta, sendo necessário um retalho cirúrgico. São feitas quando o não se consegue extrair pelas formas convencionais, ou seja, com fórceps ou extratores, comum também em extrações múltiplas onde tem que abrir um retalho para regularizar o osso. Sempre que for fazer uma exodontia inicia-se com uma exo simples (fechada), se por um caso, na radiografia verificar que a extração será difícil ou vai lesar tecido o próximo passo é uma exodontia aberta ou complexa. Princípios de um retalho: 1- Base do retalho maior que a margem livre→ nutrição, quanto maior a base maior suprimento sanguíneo 2- Todo retalho tem que ter um tamanho adequado para permitir uma boa visualização→ isso evita dilacerações posteriormente 3- Retalho será mantido afastado apoiado em osso sadio→ sem pressão, maior delicadeza para não haver maceração 4- Retalho não pode ficar sob tensão, esticado→ risco de necrose 5- Incisão deve ser reta, contínua e longa insere a 90º, percorre em 45º e sai em 90º, deve tocar no osso, é uma incisão mucoperiostal→ para evitar dilaceração do tecido e complicação no pós-operatório 6- Retalho mais conservador→ Retalho em envelope, sem incisões relaxantes, apenas sulcular. Bisturi a nível desulco, corre com a lâmina de bisturi nas áreas da região do sulco, sente tocar na crista óssea, é o tipo menos traumático de incisão. Obs: Exo fechada (se não der) → Exo aberta - incisão sulcular/ envelope → 2 dentes ant e 1 post ao dente a ser extraído. Se tiver que fazer uma relaxante→ 1 dente ant e 1 post. 7- Espessura total do retalho, significa que o retalho é feito de mucosa, submucosa e periósteo (mucoperiostal), se o periósteo fica dilacerado retarda o processo de cicatrização e aumenta o sangramento da área, é importante que na hora que levanta o retalho, faz a incisão fique bem nítida, englobando todo esses componentes, na hora do descolamento da gengiva do osso, esse periósteo deve ser descolado também em toda a porção da incisão 8- Início o deslocamento pela porção papilar da incisão ou onde há a relaxante 9- Incisão 6-8 mm de distância da perda de tecido ósseo, isso evita a deiscência de tecido, pois se fazer uma incisão remover muito osso nao tem suporte ósseo para suportar o retalho e há essa deiscência. Retalho tem que repousar em tecido ósseo sadio na sutura, por isso, essa distância do tecido ósseo removido, para não afundar, tendo essa margem de segurança. 10- Evitar lesão de estruturas vitais→ nervo lingual e nervo mentoniano (parestesia) 11- Palatina sempre é uma incisão sulcular, ou seja, retalho em envelope, não se faz relaxante, pois a tábua óssea é extremamente densa, risco de lesionar palatino maior (post), nervo incisivo (ant), provocando uma parestesia e hemorragia. Obs: Relaxante é uma incisão oblíqua, isso garante uma base maior que a porção livre do retalho. Toda vez que se faz uma incisão deve-se trocar a lâmina, vai perdendo o corte e com isso dilacerando tecido. REGRA: Nunca seccionar a papila ao meio, ou a papila está dentro do retalho ou fora. Pois a papila necrosa, difícil reconstrução. Tipos de retalhos: 1- Retalho em envelope→ Incisão sulcular 2- Retalho Triangular→ Incisão Sulcular + 1 Relaxante 3- Retalho Quadrangular→ Incisão Sulcular + 2 Relaxantes 4- Incisão Semi-lunar→ Meia lua a nível do ápice dentário 5- Incisão em Y→ Remoção de torus palatino Nomes Consagrados 1- Retalho em envelope→ 2- Retalho Triangular→ Monoangular Baixa→Neumann (“Nóimann”) Monoangular Alta→ Portland, raramente usada. 3- Retalho Quadrangular→ Biangular Baixa→ Novak- Peter Biangular Alta→ Wasmund. Deixa uma faixa de gengiva inserida, remoção de um cisto, tumor, previne a recessão gengival se o paciente possuir perda óssea. 4- Incisão Semi-lunar→ Partsch (“Parche”). No ápice do dente, com a concavidade localizada para cima, pode ser usada em casos de dilacerações apicais Obs: toda incisão por mais conservadora ou correta que for provoca uma ligeira recessão gengival. Ao se fazer a sutura é importante posicionar e comprimir o retalho de encontro ao osso para evitar espaços mortos que ficam entre o osso e o retalho, facilitando e melhorando a cicatrização. Princípios da Técnica da Extração Aberta: Às vezes pode ser mais conservadora, menos danosa, do que uma cirurgia fechada. Indicações: - Força excessiva; - Tentativa inicial fechada com o uso de fórceps; - Osso muito denso, principalmente idoso, dilata menos; - Pacientes com bruxismo e hábito de apertar dente, provocando anquilose, dificuldade; - Dentes decíduos em infra-oclusão que passou o período de esfoliação também anquilosa; - Hipercementose, a raiz fica larga e bulbosa; - Raízes divergentes, convergentes com dilacerações; - Dentes com coroa destruída; - Grandes restaurações de Amálgama; - Raízes residuais. * Técnica para extração aberta de dentes unirradiculares: 1- Abrir o retalho, normalmente começa-se com o envelope, se não permite uma visão adequada, faz o triangular e mesmo assim pode ser feito o quadrangular. 2- Descolo gengiva do osso 3- Tento usar o fórceps e a alavanca (lembrando do princípio de ação de cada), se não conseguir, inicia-se uma alveolectomia. Utiliza-se cinzel na maxila, por ser um osso mais esponjoso, pode ser usado broca na vestibular (pode ser usado os dois, inicia com a broca e finaliza com o cinzel). Alveolectomia pode ser parcial ou total, a partir do momento em que se conseguir um ponto de apoio utiliza-se alavanca. Se ficar difícil a criação de um ponto de apoio pode ser feito um ponto de apoio na raiz com a broca (perfuração). Toda vez que se utilizar broca tem que haver uma irrigação assistida, porque se não pode necrosar o osso, pós-operatório ruim. 4- Após fazer a alveolectomia é necessário inspecionar o osso, para ver se não ficou espículas ósseas, realizada com o tato para remover as irregularidades ósseas. A remoção é feita com a lima para osso. 5- O retalho repousa em tecido ósseo sadio, para não ocorrer deiscência do tecido. 6- Sutura * Técnica para extração aberta de dentes multi radiculares A diferença da técnica vista até agora é que o dente será dividido com broca esférica ou tronco-cônica 702, para transformá-lo em um dente uni praticamente. Molar Inferior sentido vestíbulo-lingual, já que esse dente possui duas raizes (M e D) ou pode ser removido coroa e raiz D (mais calibrosa) e depois M. Passo a broca perpendicular ao longo eixo do dente, separado a raiz M da D e da coroa do dente. Molar Superior secção da raiz palatina das vestibulares e depois a separação MV e DV, transformando em três porções uni ou pode ser removido a coroa e raiz P (mais calibrosa) e posteriormente as outras raízes vestibulares Após a secção dos dentes, se ainda existir dificuldade de remoção realiza-se alveolectomia 1- Incisão → Envelope - Neumann- Novak-Peter; 2- Sindesmotomia 3- Odontosecção (transforma em porções uni) → Até região de furca 4- Alavanca e Fórceps 5- Alveolectomia (começa com a parcial e pode chegar a total) Obs: Ao utilizar a broca para fazer odontosecção, pode haver dúvida se separou ou não as raízes, pode-se colocar a alavanca e rodar, esse movimento acaba separando, caso não tenha separado as raízes, ou quebrando a coroa. Critérios para permanência de fragmentos radiculares: 1- Benefício X Risco 2- Condições do fragmento, se for pequeno pode deixar 3- Raiz inserida no osso 4- Dente livre de infecção, sem área radiolúcida ao redor do ápice Obs: Informar o paciente (prontuário), manter documentação radiográfica, controle do caso. Aula 05- Princípios da Técnica Cirúrgica→ Diérese; Síntese; Hemostasia *Diérese: é o tempo operatório que reune em si manobra cirúrgica destinadas a separar os tecidos, rompe ou interrompe a integridade tecidual, toda vez que se separa o tecido está fazendo uma diérese. Essa separação pode ser de: tecido mole ou tecido duro. - Tecido mole: Incisão→ Separação de tecido mole pela ação da lâmina de bisturi. Existem várias lâminas de bisturi que podem ser usadas, as mais utilizadas são: L10- pele, usadas em cirúrgias médicas; L11- parece uma lança usada para incisão intra-bucal a nível de sulco principalmente para drenagem de abscesso; L12- incisões para regiões posteriores é curva; L15- Incisões intra-bucais, mais utilizadas; L15C tem sua ponta ativa menor que a L15, utilizada mais em perio por ser mais delicada, refina mais. O ideal que começa em 90°, corra em 45° e termine em 90°, a lâmina de bisturi deve ser colocada e retirada com a pinça hemostática, a cada incisão trocar a lâmina, a empunhadura é de caneta ou de arco de violino mais comum na área médica. Princípios de Incisão coincide com os princípios do retalho, pois ao se fazer uma incisão termina em retalho. O retalho é uma consequência de uma incisão. 1- Conhecimento anatômico da região para não lesar nervo, artéria, regiões importantes. 2- Incisão ampla com boa exposição do campo operatório entretanto não poder ser desnecessariamente extensa. O retalho tem que repousar em tecido ósseosadio, espaço de 6-8mm. Se a incisão for conservadora de mais corre o risco de dilacerar o tecido. 3- Retalho tem que ser bem irrigado para evitar necrose por deficiência irrigadora, para que o retalho tenha boa nutrição é importante que a base seja ampla do que a porção apical (terminal). 4- Incisões sempre nítidas, papila ou está dentro ou fora do retalho 5- Incisões sobre tecido ósseo tem que envolver mucosa, submucosa e periósteo. Tem que tocar no periósteo e correr de forma retilínea, se não atingir periósteo fica dilacerado e o pós-operatório é ruim, paciente sente mais dor quando o periósteo não é levantado com o retalho. 6- Incisão extra-bucal, casos de abscesso, acompanha as linhas e rugas da face, para uma melhor cicatrização 7- Não deixar sob tensão pois pode necrosar, por exemplo, quando for perto do lábio ao se movimentar o retalho tem que permanecer estático pois se mexer indica que está sob tensão, e isso pode romper a sutura. Corte ou secção→ Manobra cirúrgica na qual os tecidos são separados pela ponta ativa da tesoura, normalmente a mais usada é Goldman Fox (serrilhada), feito em casos que existe um excesso de tecido mole, caso de cirurgia de torus, para reposicionar o retalho de forma correta. Empunhadura deve-se segurar com indicador a bifurcação. Exérese→ Manobra em que se elimina totalmente o tecido enfermo, ou mesmo um órgão, comum em biópsia exérese. Instrumento usado é o Punch e cureta para remoção de tecido. Divulsão→ Separação de tecidos com a pinça ou com a tesoura de ponta romba, separa os tecidos sem lesar. A tesoura entra fechada, abre dentro do tecido e sai aberta. Feito em casos por exemplo quando o paciente possui tumor para remover de forma íntegra; mucocele e rânula pois se o líquido extravasa perde-se os limites da extensão; drenagem de lesões purulentas em sua profundidade. - Tecido Duro: Manobra em que se separa, remove parcialmente ou totalmente o tecido ósseo de uma região. Osteotomia → Corte do osso. Ex: levantamento de seio maxilar. Ostectomia → Corte e remoção do osso. Por exemplo regularização de rebordo, remoção de um torus. Instrumentos: Broca; Pinça goiva; Cinzel→ desgaste removendo estrutura óssea em fragmento mais comum em maxila por ser mais esponjoso, pode ser por pressão manual ou com martelo (mand); Trefinas são brocas com furo e ponta denteada, mais comum em implante; Disco de carborundum; serra de gigli usada em traumatologia em cirurgia ortognática. * Síntese ou Sutura→ Manobra que o cirurgião realiza para aproximar os tecidos, coapta-los melhor os tecidos favorecendo uma perfeita e rápida cicatrização, tem por finalidade permitir uma cicatrização por primeira intenção, se os retalhos ficarem afastado será por segunda intenção o que é muito pior. Uma reposição precisa do retalho é importante para a hemostasia manter o coágulo e evitar uma destruição óssea desnecessária, nunca deixar osso exposto na cavidade oral. Obs: Alveolite é uma consequência de uma má esterilização do material, quebra das barreiras de biossegurança e principalmente quando o alvéolo está seco sem coágulo, causando dor pós-operatória. Curetagem é importante para duas coisas: remoção de tecido contaminado e formação de coágulo. Instrumental usado para síntese: porta-agulha, agulha, fio de sutura, pinça de dissecção, tesouras. Osteossíntese: une dois fragmentos ósseos com fio ou placas metálicas que foram separados por fraturas. Finalidade de um síntese: 1- Evitar a hemorragia pós-operatória; 2- Manter o coágulo formação e manutenção; 3- Mantém o retalho em posição; 4- Previne a entrada de microorganismo na ferida cirúrgica, impedindo a contaminação. Qualidade de uma boa síntese: 1- Tecidos suturados tem que estar com vitalidade; 2- Coaptar plano a plano; 3- Bordas nítidos e regulares com tecidos íntegros; 4- Remover corpo estranho como gaze ou fio de gaze; 5- Correta assepsia; 6- Quanto menos hematoma melhor, pois isso pode gerar edema e romper a sutura; 7- Tração moderada dos retalhos; 8- Agulha e fio de sutura adequadas, melhor pontos separados para não abrir a sutura inteira. Classificação quanto ao tipo de sutura: - Localização: superficial→ plano dos tegumentos, pode ser visualizado. Fio não absorvível. profunda → sob tecido subcutâneo, intradérmica, feita em vários planos. Fio reabsorvivel - Disposição dos fios: contínua→ espiral; festonada; em U; Interrompida→ simples Vantagem da simples: o afrouxamento do nó não interfere em toda a extensão da sutura, menor quantidade de corpos estranhos no fio, pontos menos isquemiantes. Única desvantagem é o tempo. O que costuma-se fazer quando a incisão foi muito extensa é uma contínua e coloca algumas interrompidas para segurar caso rompa o fio. Dentre as contínuas é preferível a festonada pois a qualidade e estética da sutura é melhor. - Quanto ao material utilizado: Absorvíveis Não absorvíveis - Classificação dos fios: Orgânicos→ Origem animal→Seda lisura do fio, elasticidade e o nó da uma boa segurança, não abre, desvantagem atrai microorganismo e fluidos para a região da ferida. Utilizada em regiões de mandíbula onde o fio pode machucar a língua como nas regiões posteriores. Crina de animal; Catgut simples ou cromado→ absorção por fagocitose, usado em suturas gastrointestinais, vasos, tecidos subcutâneos, cirurgias ginecológicas. Fascia membrana que recobre musculos → Origem vegetal→ Linho e algodão. Não são bons porém são baratos. Metálicos → fios de tântalo; Aço inoxidável; Grampos de níquel. Usado principalmente em osteossíntese. Sintéticos→ Mersilene; Poliester- nylon monofilamento; PGA- ácido poliglicólico→ Dexon e ácido poliglactina→ Vicryl são reabsorvíveis absorção por hidrólise, usados em perio para fazer enxerto de tecido conjuntivo -Tamanho da sutura: refere-se ao tamanho do material é mensurado de 1-0 à 10-0. Quanto maior a quantidade de 0 mais fino é, por exemplo 10-0, menor resistência à tração. Na odonto é comum: 5-0; 4-0; 3-0 que são fios com um diâmetro maior e com maior resistência também. - Quanto ao ponto empregado→ Nó simples; Nó de cirurgião. Em odonto quase sempre é o nó de cirurgião que pode ser com a mão ou porta-agulha. - Quanto a permanência dos fios→ Temporária (7-10 dias); Definitiva (osteossíntese). - Partes do nó: laçada→ fio que passa no tecido; chicote→ porção que fica livre a partir do ponto que fica a laçada; nó→ intercruzamento dos chicotes. - Agulha podem ser traumáticas ou atraumáticas que possuem o fio montado da agulha já sai o fio. As traumáticas possuem um “olho” onde o fio vai ser inserido portanto são mais largas e ao passar no tecido traumatiza. Constituição da agulha: ponta ativa; corpo e olho. Forma: reta; semi-curva; curva (⅜ e ½ circulo). Tipos de ponta: cônica, triângular ou prismática. Princípios gerais da sutura: 1- Plano de sutura profunda e não deve exteriorizar-se, usam-se agulhas curvas, a sutura deve ser iniciada da esquerda para direita de acordo com a posição da ferida; 2- Não deixar o nó na linha de sutura, pois causa deiscência da sutura ou retração gengival e o nó serve como estrutura retentiva, deslocar para direita ou esquerda; 3- Não deixar tecido ósseo exposto ou desprotegido; 4- A sutura deve vir do retalho para a parte fixa; 5- Ferida extensa, aconselha-se primeiro ponto na metade para facilitar a perfeita coaptação dos seus lados, além da sutura, em seguida são aplicados pontos em cada um dos segmentos formados. Ponto no meio dividindo, ponto nas extremidades e depois intercalados em cada metade, para que os ponto fiquem harmônicos e não desiguais no final. 6- Dentes vizinhos podem servir de âncora do fio, como se fosse um suspensório, reposição do retalho coronariamente; 7- Deve-se pegar a mesma quantidade de tecido nas duas bordas da ferida2-3 mm, se ficar muito próximo com o edema rompe; 8- sutura vai depender de uma boa incisão; 9- retalhos não deve ficar esbranquiçados * Hemostasia → previne ou coíbe hemorragias, preservando o coágulo que é fundamental para o processo de reparo. Hemorragia: prolongado ou incontrolado sangramento, depende da quantidade de sangue. - Classificação quanto à localização: Externa→ quando exterioriza na superfície da área que se intervém, fácil diagnóstico; Interna→ ocorre em uma cavidade do organismo. - Natureza do vaso: Arterial→ quando o sangue flui em jatos intermitentes, acompanha a pulsação arterial, do paciente e a coloração desse sangue é vermelho. Venosa→ flui de forma contínua e sua coloração é um vermelho mais escuro Capilar ou em lençol→ sangue flui na superfície de forma difusa e contínua. - Com relação ao ato cirúrgico ou traumatismo: Imediata→ ocorre durante a cirurgia; Mediata→ Secundária consequência do rompimento de sutura após dias ou horas a intervenção. Recorrência→ Após algumas horas provocadas por técnicas hemostáticas imperfeitas. - Causas: traumatismo, cirurgicas, hipertensão, neoplasia, arteriosclerose, discrasia sanguínea, leucemia… Por isso é importante a anamnese. - Tratamento da hemorragia: Profilático→ antes do ato cirúrgico para suprir a ausência de elementos responsáveis pela coagulação sanguínea. Ex: paciente possui deficiência do fator 9 da coagulação sanguínea vai dar o fator 9. Curativo realizado após a hemorragia. Geral→ Transfusão sanguínea de sangue integral ou parcial; antibioticoterapia quando a hemorragia está desencadeando um quadro de infecção ou medicação anti-hemorrágica como vitamina k, protrombina (área médica) Local→ mecânico- tamponamento realizado com uma gaze úmida, eletrocoagulação, pinçar se for possível visualizar, laquear fazendo um nó na ponta do vaso; compressão do osso macerando para conseguir fechar a luz do vaso; compressas geladas. Vasos intra-ósseos→ compressão Hemostáticos Locais→ Ác tânico 10% coloco no local da hemorragia para cessar o sangramento; Esponja de gelatina absorve o sangue e tampona; Espuma de fibrina com trombina; Celulose oxidada absorvível estéril; Água oxigenada; Adrenalina umedecer a gaze. Hemostático Geral→ Soro, vitamina, uso hospitalar Conduta para pacientes com hemorragia: Preparar instrumental e medicamento tão logo quando perceber esse quadro de hemorragia, tranquilizar o paciente ao mesmo tempo que vai limpando o sangramento, se realizou a sutura é necessário removê-la, localize o ponto de sangramento avaliar o sangramento, anestesia com mep 2% com adrenalina infiltrativa até mesmo para provocar uma vasoconstrição, comprima ou tampone o local por 5 min (umedecida com ác tânico, adrenalina ou oxigenada), avaliar a PA do paciente, às vezes, pode estar sendo provocada pq a PA subiu muito, auxílio médico para baixar PA. Caso de melhora sutura a ferida, se persistir tamponar com um hemostático local, pedir para o paciente morder a gaze sob o local e observe por 15 min, somente libere o paciente quando a hemorragia estiver totalmente estancada, pedir para o paciente fazer uma dieta líquida fria, não fazer esforço físico, evitar exposição ao sol, marcar retorno de 5-7 dias mantendo contato com o paciente. Se a hemorragia persistir encaminhar ao hospital, pois o problema é sistêmico. O mais importante é saber o paciente que está atendendo e como agir quando isso ocorrer, por isso, é fundamental a anamnese, saber PA do paciente, se possui problema de ordem sistêmica, qual medicação ele toma e as interações que pode ser provocado. Aula 06- Complicações da Cirurgia Se tiver possibilidade de complicação é necessário que o paciente seja avisado, se possível ele assine um termo de conscientização se for uma cirurgia complexa, para depois não haver mais problemas, importante avisar quando o ato cirúrgico traz risco para o paciente ou alguma complicação. O melhor é prevenir a complicação, através de uma minuciosa avaliação cirúrgica, com planejamento; cuidado na execução do procedimento para evitar acidentes; realize cirurgia que estão dentro das limitações das suas habilidades, necessário encaminhar para quem saiba; história médica, monitoramento, saber toda as medicações que usa; analisar as radiografias (densidade óssea, posição das raízes, relação desse dente com as estruturas anatômicas); planejamento pré-operatório (plano cirúrgico e de instrumentação); controle medicamentoso desse paciente (paciente nervoso→ sedar, edema→ analgesia perioperatória: anti-inflamatório antes e depois da cirurgia; simples → analgésico e anti-inflamatório no pós operatório). 1- Lesão dos tecidos moles: Normalmente se da pela falta de atenção da natureza delicada da mucosa. Na hora que está fazendo a sindesmotomia pode de maneira intempestiva lesionar o tecido. Cirurgia pode ter acesso inadequado, não respeitando as regras de incisão e retalho, podendo dilacerar os tecidos. Outra causa de lesão é o uso excessivo e incontrolável da força, exige habilidade uso da física para posicionar corretamente o fórceps e alavanca para realizar o movimento. A outra mão do operador deve estar protegendo para não provocar lesão das estruturas enquanto a outra realiza os movimentos para extração. - Lesão do retalho mucoso→ resulta do inadequado tamanho do retalho afastado além da capacidade do tecido estirar. Retalho em envelope começou descolar não ocorreu uma incisão adequada e por isso houve um rasgo, não foi dado tamanho adequado, forçar com o descolador tudo isso pode dilacerar a mucosa. Não começa o descolamento pelo meio do retalho e sim pelas extremidades, ou seja, nas papilas indo para as regiões centrais. Quando ocorre dilaceração do retalho da uma maio morbidade, pior pós-operatório. Para prevenir uma lesão é um tamanho adequado para não fazer muita tensão; quantidade de força que deve ser controlada, se houver necessidade fazer relaxante, às vezes, por mais que o retalho envelope é o mais conservador, quando houver necessidade de relaxante deve ser feito para lesar menos o tecido. - Formação de feridas perfurantes→ Instrumentos como alavanca ou descolador escorregam e podem perfurar ou lacerar tecido adjacente, por isso que os dedos da mão esquerda do operador deve estar protegendo a região. Apoio e proteção nos tecidos - Esgarçamento ou abrasão→ resulta do atrito dos instrumentos rotatórios nos tecidos moles ou do afastador de metal. Quando não faço um planejamento correto, broca está rodando pode enroscar no retalho dilacerando-o, outro cuidado é não encostar no lábio. O afastador de metal não pode ser puxado com força pois pode provocar lesões, o afastador sempre deve estar apoiado sobre o osso e não apoiado em mucosa. Essa área deve ser tratada com bochecho com clorexidina 0,12% (bactericida). Se a lesão for intra-oral deve ser usado pomada local com corticoide (oncilon A/ genérico→ triancinolona) após as refeições, se a abrasão ocorreu na pele tem que deixar uma pomada antibiótica pode ser nebacetin. - Fratura da raiz→ geralmente em raiz longa, curva, divergentes e em osso denso, maior probabilidade. Nesse caso muda a técnica de extração, pode ser usada aberta, para evitar força excessiva e isso é uma das causas - Deslocamento de raiz→ raiz de molar superior, quando fraturada ou quando faz a remoção de resíduo de raiz, o extrator vai fazer o movimento de cunha e elevador, e com essa movimentação a raiz corre o risco de ir para o seio maxilar, cai no vazio, quando acontecer isso deve-se avaliar o tamanho da raiz desse dente; avaliar se o dente que está sendo extraído possuía infecção nos tecidos periapicais; condição do seio maxilar se é infectado (sinusite crônica) ou não, caso tenha é mais difícil o tratamento. O que deve ser feito: irrigar com soro fisiológico a área e sugar, as vezes, é um fragmento pequeno e acaba sendo removido com o próprio sugador. Não conseguindo remover, sefor um fragmento pequeno e não infectada, é melhor deixar e monitorar a raiz e o seio maxilar, informando o paciente. O que é necessário é fechar a comunicação buco-sinusal, pode-se colocar um esponja e fazer uma boa sutura. Se a raiz está infectada e o paciente tem sinusite crônica deve-se fazer um encaminhamento para o buco-maxilo, para abrir e remover a raiz. Acesso Caldwell-Luc→ Acesso pela fossa canina, isso ocorre quando vai um grande fragmento da raiz ou o dente inteiro. Abre-se essa região e tem um acesso direto ao seio maxilar , pois rompe-se a porção anterior do seio, às vezes, quando a pessoa vai colocar implante e não possui quantidade de osso suficiente, faz uma cirurgia chamado de levantamento do seio maxilar, faz com esse mesmo acesso. Pode acontecer também um deslocamento para trás quando se extrai o 3° molar superior, infra-temporal se perde abaixo do músculo ptérigo-lateral, isso ocorre quando for muito tempestivo ou com força excessiva, deve ser jogado para sentido oclusal e ir luxando de vagar. O que devemos fazer a princípio procura-se o dente com uma pinça, se não achar, radiográfica a área e encaminha para o buco-maxilo. Outro acidente é fratura da raiz de um terceiro molar inferior perfura a lâmina óssea lingual que na mandíbula é muito fina e delicada e a raiz desce para o espaço submandibular. Com o dedo indicador e polegar da mão esquerda eu aperto a tábua óssea para tentar voltar a raiz para o lugar, se isso acontecer tem que remover com a pinça, puxar com a alavanca do tipo bandeira no sentido do longo eixo, se não conseguir, encaminhar para o buco-maxilo. - Dente na faringe→ colocar rapidamente o paciente com a boca em direção ao chão, virando o paciente, estimulando a tosse ou cuspir, também pode-se colocar o sugador ao máximo que conseguir e tentar puxar o dente ou pedaço de raiz. É comum em implante em profissionais que não tomam o devido cuidados o paciente engolir a chavinha de apertar parafuso, uma das maneiras de manter mais seguro é amarrar um fio dental. - Dente nos brônquios→ se o paciente não tiver problemas respiratório é porque deglutiu o dente, normalmente faz um encaminhamento médico, onde o paciente vai fazer Raio X, tórax e abdômen para localizar o dente ou instrumento. Respiração curta ou tosse é sinal que houve uma aspiração do dente, podendo chegar aos brônquicos, esse paciente pode fazer oxigenoterapia, alguns casos de traqueostomia e tentar retirar o elemento dentário através de uma broncoscopia. Isso é feito na área médica. Melhor coisa é prevenção, ter cuidado quando extrair o dente, a outra mão deve estar na região para pegar o dente. - Cuidado com o dente adjacente→ ao se extrair um dente deve se ter muito cuidado com as estruturas adjacentes pois pode fraturar ou remover uma restauração, evita-se a instrumentação e força da restauração vizinha não apoiando nessas regiões para não lesar. Até mesmo no dente antagonista, que pode ser fraturado com uma força excessiva da extração e o fórceps acaba atingindo o dente. Por isso deve ser uma ação delicada e feita com muita atenção. Outro cuidado é não luxar o dente adjacente com a alavanca, deve ser apoiado no dente a ser extraído. Se ao luxar o dente vizinho começa a ficar com mobilidade deve ser recolocado na posição, caso o dente seja extraído tem que ser reimplantado no alvéolo e faz contenções nesse dente, assim como, se for extraído o dente errado. Quando reimplantar o dente pode ocorrer duas situações o dente pode anquilosar ou reabsorver +-10 anos. - Lesão de estrutura óssea, fratura do processo alveolar→ mais comum na lâmina vestibular do canino, molares superiores, assoalho do seio maxilar, tuberosidade e vestibular do incisivo inferior. Normalmente é lesão óssea causada por força excessiva do fórceps, comum em pacientes mais velhos que possuem osso menos elástico. Ao se extrair o dente e percebe que a minha mão contrária que serve de sustentação e sente a dilatação da tábua óssea percebe que ocorreu a fratura, se a tábua ficou grudado ao dente deve-se primeiro pegar um instrumento e lentamente soltar e deixar no local, tirar o dente e posteriormente suturar. Se o dente foi extraído mas a tábua ficou presa ao periósteo também deve ser deixado no local e suturado. Se sair o dente junto com o processo alveolar não tem mais jeito, tem que regularizar o rebordo se ficou alguma espícula óssea e suturar. Fratura do túber da maxila, se o osso estiver unido ao periósteo ele permanece, mas se estiver totalmente solto e saiu, não tem o que fazer. Isso resulta em uma deiscência do tecido. Não pode fazer força excessiva, tem que ter uma boa sindesmotomia, luxação e um adequado planejamento. - Lesão de estruturas nervosas→ mais comum é mentoniano, nervo lingual e alveolar inferior. Sequelas: Extração de pré deve ser feito com cuidado para não lesar mentoniano que causaria uma parestesia no mento e na região de comissura labial. Se for necessário fazer relaxande na região de pré tem que ser realizada quanto mais longe do mentoniano, tem que ser a partir do canino e não entre os prés. Lingual geralmente é cirurgia de 3° molares inferior, se for fazer incisão tem que ser feito mais para mesial, se for seccionado causa parestesia do lingual e com isso o paciente pode ficar babando, ficar sem sentir gosto de alimento, morder a língua. Lesar o alveolar inferior vai parecer a mesma coisa que o mentoniano, já que a nível de pré ele se ramifica, comum em extração de terceiro molar inferior e implante. Pode-se lesar também o bucal e o nasopalatino, porém as sequelas são menores e não da tanto complicação, e em algumas vezes esses nervos são reparados e regenerados. Quando a raiz está formada é que possui um problema, uma vez, que a raiz pode “abraçar” o alveolar inferior, e ao ser extraído acaba puxando o nervo, assim para ser extraído tem que ter um seccionamento da coroa e raízes. - Lesão de ATM → controle da força e apoio da mandíbula, deve ser segurada, pois se a mandíbula começar a lesionar a ATM, vai gerar dor, nesses casos tem que se fazer fisioterapia com calor úmido, anti-inflamatório, repouso da mandíbula e alimentação pastosa.Comum em regiões de molares. - Comunicação bucosinusal, boca com seio maxilar→ sinusite ou fístula (comunicação do seio com a cavidade oral). Tem que fazer uma cirurgia para fechar, pode ser colocado um esponja de fibrina, manter o coágulo e suturar bem a região e por si só fecha a comunicação, orientar o paciente sobre tossir e espirrar. - Infecção→ é uma das complicações mais comum. A infecção pode ser deiscência da ferida, tem que ficar sob tecido sadio; sutura sob tensão. Após a extração a infecção que pode ocorrer é a alveolite ou osteíte alveolar, onde há um desintegração do coágulo, ou seja, o alvéolo fica vazio, recoberto por uma camada amarelo-acinzentada constituída de detritos e tecido necrótico. Caracterizada por dor intensa, cheiro ruim. Tratamento: enxaguatório bucal Pode ser considerada consequência de um processo inflamatório anterior, como em dentes que tiveram uma pericoronarite em ter um alveolite posteriormente. Alveolite seca (sem secreção acesso direto ao osso) mais comum e pode se transformar em úmida, onde se tem coágulo e há infecção por objetos contaminados, a diferença é que há secreção purulento dentro do alvéolo. Seca é causada por um trauma do local, fratura do osso alveolar, ausência de ponto e não formação e permanência do coágulo, displicência do paciente acúmulo de sujeira no alvéolo pois a higiene falha. A seca ocorre de 3-5 dias dor intensa e pulsátil, mal-cheiro, pode haver resto de coágulo lá dentro, já a úmida, há febre, dor intensa e pus. Quando há essa evolução para a úmida e presença de febre deve ser usado antibiótico, na seca não há sintoma e nem sinal de inflamação por isso não precisa de antibiótico. Existe trabalhos que alguns pacientes possuem maior probabilidade de apresentar esse quadro de alveolitecomo pacientes fumante, uma vez que, o cigarro provoca uma vasoconstrição e isso diminui a quantidade de células de defesa naquele local, maior chance de infecção. Assim como quem está sob o uso de contraceptivo oral, pois existe uma alteração hormonal que prejudica o sistema imunológico e pessoas que fazem o uso contínuo de corticóides que apresentam uma imunossupressão e pode acontecer uma alveolite. Fatores etiológicos: trauma, anestésico local (excesso de anestésico→ vasoconstrição), problemas sistêmicos e quebra da cadeia asséptica como instrumental mal esterilizado, contaminado, quebra da barreira de biossegurança, não usar EPI. O tratamento visa curar a infecção, fazer uma regeneração do alvéolo e aliviar a dor do paciente. Protocolo de tratamento de alveolite: 1- Anestesiar o local pela técnica de bloqueio dos nervos, seguida de uma infiltração no fundo do vestíbulo 2- Remoção grosseira de cálculo ou placa das áreas envolvidas, com delicadeza 3- Irrigação abundante com soro e bochecho com clorexidina 0,12% 4- Prescrever bochecho diário com clorexidina 12h por uma semana, 30 min após a escovação 5- Não é feita sutura 6- Para alívio da dor pode ser prescrito dipirona de 4-4h e AINES 7- Remarcar uma reavaliação acompanhando a evolução do quadro, se persistir completa o tratamento dando uma ligeira curetada para formar coágulo, auxiliando essa regeneração 8- Pode colocar dentro do alvéolo uma pasta de metronidazol 10%, lidocaína 2%, essência de menta, carboximetilcelulose, que são os veículos devem ser manipuladas. Isso é feito se a dor continua intensa e quando já foi feito os outros procedimentos, caso refratário, o ideal mesmo é não colocar nada dentro do alvéolo. Pode ser usado pastas prontas (alveolex, alveosan…). Passa a dor mais demora um pouco para cicatrizar. 9- Fratura da mandíbula, quando há um força intempestiva. Se acontecer isso encaminha para o buco para fazer um osteossíntese e unir as estruturas, comum em casos de 3°M. Para não acontecer isso tem que ter planejamento, quanto mais complexo mais cuidado tem que ter, em caso de ostectomia com uso de broca tem que ser feita com irrigação para não necrosar o osso. Aula 07- Reparo Ósseo Tecido Ósseo→ Funções: sustentação, proteção e locomoção. Sistemicamente sofre ação de fatores hormonais e localmente por fatores de crescimento, citocinas, forças mecânicas. É formado por composto celulares→ Osteoblasto, osteoclasto e osteócito; Compostos não celulares como matriz não mineralizada (osteóide) e matriz mineralizada. O reparo ósseo é um processo que leva ao todo 64 dias para ocorrer pois se trata de uma série de eventos: 1- Proliferação Celular: Após a extração dentária inicia-se o processo de coágulo, que contem as células de reparo, pois é invadido por células do ligamento periodontal e fibroblasto e concomitantemente os tecidos epiteliais formam vasos sanguíneos (angiogênese). 2- Desenvolvimento de tecido conjuntivo: O fibroblastos vão sintetizar substância fundamental amorfa (tecido conjuntivo neoformado) 3- Maturação do tecido conjuntivo: nessa fase há um aumento de fibras colágenas e uma diminuição celular e de vasos sanguíneos 4- Diferenciação óssea ou mineralização: nessa fase há a presença de osteoblasto proveniente de célula osteoprogenitora, que vão depositar uma matriz orgânica, que se transformará em uma matriz osteóide, que vai sofrer processo de calcificação mineralizando e formando trabécula óssea. - Influência de fatores locais: presença de fragmentos ósseos, irregularidade do contorno e altura dos alvéolos, presença de restos de raiz e corpos estranhos. Cuidados a serem tomados: Irrigação e curetagem; alveolectomia e espículas ósseas; uso de brocas sem irrigação e uso de cinzel; suturas- fio e deiscência. Alguns fatores podem gerara um atraso no processo de reparo alveolar→ idade, vascularização, oxigenação tecidual, alteração sistêmica. A principal complicação é uma alveolite. Aula 08- Exames Complementares: Hemograma e Coagulograma Os exames complementares são de fundamental importância para em conjunto com exame físico e história clínica chegar a um diagnóstico concreto. Muitas vezes, pode-se descobrir alguma complicação, alterar prognóstico ou até mesmo contra-indicar a realização de algum procedimento cirúrgico. De acordo com os dados obtidos e a correta interpretação o profissional pode prevenir situações de infecções secundárias, má cicatrização, hemorragias e complicações nos procedimentos odontológicos, oferecendo maior segurança. Ao solicitar exames complementares: Hemograma e Coagulograma completo, tem que levar em conta as indicações: idades limítrofes; problemas sistêmicos comprovados; suspeita de problema sistêmicos. É importante que ao se pegar os valores obtidos nos exames realiza-se uma correta interpretação, sabendo o que significa cada alteração encontrada e o que isso pode acarretar no procedimento cirúrgico, seja ele invasivo ou não, ou ainda que medidas pré-operatórias deverão ser tomadas para evitar uma intercorrência. - Hemograma é composto por: 1-Eritrograma: relata as alterações das hemácias, através da contagem de hemácias (E) → quantidade de cél em um m cúbico de sangue total , contagem de hemoglobina (Hgb) → presença de hemoglobina que se encontra na hemácia que possui o ferro e é responsável pelo transporte de ferro e hematócrito (Hct) → trata-se da porcentagem que os eritrócitos ocupam no sangue, além de outros componentes de detecção como VCM, HCM, VDW (anisocitose) que estão relacionados com a conformação das células do sangue e sua coloração, importante para o diagnóstico de anemia ou policitemias. 2-Série Plaquetária: consiste na contagem de plaquetas ou trombócitos por mm3, a faixa aceitável é de 150.000-450.000 mm3, quando há um valor menor que o de referência é chamado de trombocitopenia: aumenta o risco de sangramento peri-operatório e pós-operatório; quando o valor é aumentado ao valor de referência ocorre trombocitose: desencadeando um maior risco de desenvolver trombose. 3-Leucograma: trata-se de uma análise quantitativa e qualitativa dos glóbulos brancos, que são células responsáveis pela defesa do corpo. A variação é de 4.000 a 11.000 mm3, quando há um aumento desse valor → leucocitose, compatível com alguma infecção e diminuição→ leucopenia, indicando que a resposta do paciente encontra-se baixa, podendo levar a uma infecção pós-operatória. Os Neutrófilos, são responsáveis pela primeira linha de defesa, quando encontra-se aumentado pode ser um indicativo de infecção bacteriana; Eosinófilos têm suas taxas aumentada quando há um processo alérgico ou parasitário, os Basófilos possuem relação com alergia e os Monócitos são precursores dos macrófagos quando, aumentado pode ser por um infecção bacteriana ou viral e os Linfócitos se relacionam a uma infecção viral. - Riscos em procedimentos cirurgicos de acordo com o resultado: ANEMIA pode desencadear um maior sangramento durante a cirurgia, pois aumenta TS, má cicatrização e aumentar o risco de infecção local. Não podem ser usado PRILOCAÍNA em pacientes anêmicos→ Metemoglobinemia, em procedimentos cruentos deve-se realizar antibioticoterapia profilática, não usar dipirona como analgésico (depressão medular) POLICITEMIA pode haver um aumento de trombócito decorrente devido a densidade podendo levar a AVE e eventos hemorrágicos. LEUCOPENIA paciente propenso a desencadear uma infecção pós-operatória. - Coagulograma Completo: 1- Tempo de Sangramento-TS: verificação do número de plaquetas e função plaquetária, 3-7 min 2- Tempo de Coagulação-TC: 3-9 min 3- Tempo de protrombina- TP: tempo em que o plasma leva para forma coágulo, Via extrínseca. 4- Tempo de tromboplastina parcial ativada- TTPa: avalia a formação de coágulo de fibrina pela Via Intrínseca. 5- Índice de normalização internacional-INR: encontra-se em função de anticoagulantes Podelevar a um quadro de trombose ou hemorragia. Aula 09- Dentes Retidos ou Impactados São aqueles dentes que não consegue erupcionar na arcada dentro do tempo esperado, ou seja, passou o período normal de aparecer na cavidade por que algum fator não possibilitou isso, diferentemente do que se denomina por dente incluso→ Dente que não erupcionou. Por exemplo, uma criança de 12 anos possui o 3° Molar incluso, mas isso não significa impactado. Um dente incluso encontra-se dentro do rebordo alveolar, não apareceu na cavidade mas muitas vezes não está sendo bloqueado de erupcionar, diferente de um dente retido ou impactado. Dependendo da idade pode-se ter um dente retido ou só incluso. Um dente impactado é um dente incluso, pois não apareceu na cavidade oral, mas nem todo dente incluso é impactado. O termo incluso é um termo genérico, que significa que o dente não apareceu na cavidade. - Tornam-se impactados: 1- Dentes adjacentes, impedindo a erupção do outro dente. Durante o processo de crescimento da mandíbula em erupção o 3° molar encontra-se na posição horizontal, conforme se dá esse processo de crescimento ele vai tomando uma posição vertical, mas pode ser que isso não ocorra essa total verticalização tomando outras posições e impactação. 2- Mésio-dentes, pode impedir a erupção de incisivos centrais/ laterais e caninos. 3- Recobrimento por osso denso, pode ser que o dente possui uma boa posição de erupção, mas a compacta tábua óssea que o circunda não possibilita essa erupção dentária. 4- Excesso de tecido mole, muito comum criança que sofreu trauma e perda precoce de dente decíduo, o germe pode estar até em posição mas não consegue aparecer na cavidade oral, pois a gengiva encontra-se espessa não deixando irromper o dente, sendo nesses casos, necessário uma ulectomia ou gengivectomia (cortar a gengiva para que o dente irrompa). 5- Existem anomalias genéticas que impedem a erupção dental como por exemplo: Disostose Cleidocranial. Há um comprimento do arco ósseo menor que o arco dental, desencadeando dentes apinhados “herdou a mandíbula da mãe e o volume dos dentes do pai” → Comum na raça japonesa. Tanto que normalmente os dentes que mais sofrem impactação são os últimos dentes, pois quanto mais tarde maior a chance de ter fechado o espaço para ele erupcionar. - Maior frequência de impactação de dentes: 3° molares; Caninos superiores (último dente da arcada superior a irromper na troca de dentição); Pré-molares inferiores (último dente da arcada inferior a irromper na troca de dentição); supranumerários. Regra Geral→ Todo dente impactado deve ser removido, a menos que essa remoção seja contra-indicada, problemas devem ser sempre prevenidos. Obs: Dentes inclusos não remove-se a menos que esteja impactado, pelo menos teoricamente. Exodontia de 3°M retido é um dos procedimentos mais comum que existe em cirurgia, a incidência de complicações são baixas mas pode acontecer, existe um trabalho que mostra que quanto mais inexperiente o operador maior são as complicações. Sequelas pós-operatória: dor, trismo e edema. Fatores que influenciam: 1- Técnica cirúrgica→ quanto melhor for melhor é o pós-operatório; 2- Gênero→ mais comum sequelas em mulheres isso se dá por fatores hormonais, pílula anticoncepcional e TPM; 3- Estresse, todo paciente de preferência quando o procedimento for muito invasivo deve ser sedado; 4- Idade→ Quanto mais jovem o paciente melhor é o pós-operatório, osso mais plástico, melhor remoção que de uma pessoa idosa que possui um osso mais denso ocasionando uma maior morbidade; 5- pericoronarite→ Inflamação e infecção do tecido que recobre o dente (Regra: NUNCA extrair um dente com pericoronarite→ sepsemia, morte), a maioria dos casos em que o paciente possui sequelas a chance é maior caso ele já tenha desenvolvido uma pericoronarite prévia, mesmo tratada pois há bactérias patológicas remanescente no local; 6- Cigarro; 7- tipo de impactação. - Indicação para remoção de dente impactado (principalmente): 1- Prevenção de doença periodontal, é muito comum até mesmo pelo própria posição do 3° molar ou do dente impactado, propiciar um acúmulo de bactérias, perda óssea e doença periodontal. Obs: Regra extrair de 15-25 anos, melhor morbidade, a menos que possua alguma complicação. Ideal é que a raiz esteja com ⅓ ou ⅔ de formação são melhores, pois pode ser divergente; convergente; dilacerada. 2- Prevenção de cárie, muito comum no dente impactado ou no dente vizinho. 3- Processos patológicos como: pericoronarite, cistos, tumores odontogênicos. A partir do momento que o folículo adquire uma espessura maior de 4 mm, já há possibilidade de um cisto com área radiopaca ao redor. - Pericoronarite: é uma infecção do tecido mole que circunda o dente parcialmente irrompido, há uma comunicação do folículo com a cavidade oral podendo ter acúmulo de alimento e proliferação bacteriana. Opérculo→ tecido mole que recobre um dente impactado. Muitas vezes a pericoronarite pode ser provocada por que debaixo desse opérculo há um acúmulo de resíduo e provoca essa inflamação e infecção. Sinais e sintomas de uma pericoronarite: edema, trismo, gânglio infartado, sangramento local, presença de coleção purulenta, dor espontânea ou ao toque, hipertermia→ Sinais e sintomas de uma INFLAMAÇÃO e INFECÇÃO que está ocorrendo no capuz pericoronário. Obs: verificar a presença de detritos embaixo no opérculo, muitas vezes, é agravado pelo edema, onde o dente superior começa a pressionar esse local e provoca maior edema, se for observado isso é necessário tratar a pericoronarite com o uso de medicação e desgastar a cúspide superior para evitar o trauma e progressão do edema. Etiologia: Streptoccocus Viridans; Fusobacterium; Veionella, Sobrecarga emocional, infecção recente das vias superiores. Tipos - Aguda: sintomatologia dolorosa intensa, edema, lesão vermelha, trismo e presença de secreção purulenta. - Crônica: dor obtusa, leve desconforto, dura 1 dia, remissão e halitose. Sem secreção purulenta, estado mais estável. Tratamento: todas é necessário fazer tratamento, uma vez que, ambas possuem bactérias.Tratamento depende do tamanho, antibiótico é usado quando se tem sinal e sintoma de infecção, irrigação com soro fisiológico, bochecho com clorexidina, uso de água oxigenada 10 volumes (colocar no local após a alimentação, ela entra por baixo do opérculo remove as bactérias), penicilina ou amoxicilina; se o caso for muito grave associa-se amoxicilina + metronidazol, analgésico e caso necessário um alívio funcional fazendo um desgaste do dente superior, para não ficar traumatizando o local. Se o paciente teve pericoronarite e realiza-se uma operlectomia sem o devido tratamento pode haver recidiva, principalmente se o dente encontra-se impactado, que deve ser extraído, agora se o dente estiver incluso pode-se remover esse tecido mole (opérculo). 4- Reabsorção radicular, causada pela pressão do dente impactado causando reabsorção do dente vizinho (como se fosse um decíduo). 5- Dentes impactados sob prótese dentária, todo o rebordo desdentado é clinicamente suspeito. Se for muito pra baixo é melhor avaliar a situação e ver se compensa deixar e analisar idade (densidade óssea). Pressão da prótese pode reabsorvendo o osso até chegar aonde encontra-se o dente, nesses casos pode-se extrair o dente, dependendo do caso pode deixar um alívio na prótese, sepulta a raiz com o tratamento endodôntico realizado… 6- Recomendação ortodôntica, acompanhado de indicação assinada, anexado ao prontuário. 7-Tratamento de dores sem origem aparente, como dor de cabeça, dor na articulação, pode ser ou não essa causa, deixar isso claro para o paciente. 8- Prevenção de fraturas mandibulares, quando o paciente faz radio e o osso mais friável remove-se antes para evitar fratura mandibular; é muito comum em casos de acidente quando o paciente tem dente impactado ocorre a fratura mandibular,pois nesse local a espessura da tábua óssea é menor, possibilitando maior propensão de fratura. Em casos de fratura mandibular→ remoção do dente impactado, e realiza-se a osteossíntese. - Extração do 3° M retido ideal é remoção em paciente jovem 15-25 anos: A coroa encontra-se envolvido por um folículo de 3mm de espessura, acima disso já se trata de um cisto; O espaço do ligamento periodontal é mais volumoso isso facilita a extração; formação de ⅓ a ⅔ das raízes, ou seja, não foram totalmente desenvolvidas; as raízes não possuem dilaceração, raro hipercementose, raro a proximidade com nervo alveolar inferior, diminuindo assim o risco de parestesia. Obs: Raíz dilacerada→ toma uma posição fora do comum, maior risco de fratura. Paciente idoso: espaço folicular é ocupado por osso; ligamento periodontal estreito, difícil dilatar o osso e ele encontra-se totalmente compacto. Só realiza-se extração desse dente caso há alguma patologia envolvida. Não remove-se acima dos 25 anos mesmo impactado, tem que se levado em conta todo o caso. - Contra-indicações: 1- Extremo de idade 2- Condição médica comprometida 3- Danos excessivos para estrutura adjacente, analisar cada caso - Radiografia: Importante é um correto exame radiográfico, a principal técnica é a panorâmica, algumas vezes é necessário lançar mão de outra técnica radiográficas como o método de Clark (o que ta longe acompanha o que ta perto move-se ao contrário→ “Lua e árvore na estrada”). - Classificação do dente Impactado Molares inferiores: 1- Angulação Mésio-angular→ (43%)- 4° dificuldade. Dente não possui uma verticalização completa. Vertical→ (38%) 2° dificuldade devido a grande densidade do osso ao redor Horizontal→ (3%)- 3° dificuldade Disto-angular (6%)-1° dificuldade encontra-se voltado para o ramo mandibular, grande densidade óssea. 2- Posição: Vestibularizado, lingualizado ou transversal. Obs: longo eixo do 3° retido tendo como referência ao longo eixo do 2°M adjacente. Molares superiores:1- Angulação Vertical (63%) Disto-angular (25%) Mésio-angular (12)- 1° dificuldade, encontra-se travado no 2°M 2- Posição: Vestibularizado, palatina, invertida ou transversal. Classificação de Pell- Gregori→ relação do 3° M com o bordo anterior do ramo da mandíbula: - Classe I→ toda a face O do 3°M está fora do ramo da mandíbula; - Classe II→ aproximadamente a ½ da face O está dentro do ramo da mandíbula; - Classe III→ toda a face O está dentro do ramo da mandíbula. Relação com o plano oclusal - Classe A: superfície O do 3°M está ao mesmo nível que a superfície do 2°M; - Classe B: superfície O do 3°M está entre a O e C do 2°M; - Classe C: superfície O do 3°M está abaixo da C do 2°M. Obs: O pior dente para extrair é o III C. Morfologia Radicular e Dificuldade: 1- Comprimento→ quanto maior o comprimento maior dificuldade assim como a curvatura, raízes fusionadas e cônicas→ são mais fáceis de extrair, e ligamento periodontal quanto mais espesso melhor. 2- Tamanho do saco folicular→ quanto maior melhor 3- Densidade óssea 4- Contato com o 2° molar → em caso de 3°M inf distoangular, a raiz encontra-se em contato com o 2°M 5- Relação com o nervo alveolar inferior → melhor extrair enquanto a raiz não está formado ⅓ a ⅔, outro fator é que o pacientes jovens podem recuperar mais rápido da parestesia 6- Natureza dos tecidos subjacentes 7- Se está causando reabsorção ou não Remoção de outros dentes 1- Caninos retidos→ tracionamento do canino, após indicação ortodôntica. 2- Supranumerários Aula 10- Técnicas Cirúrgicas Para extrair um dente impactado deve-se visualizar muito bem o local que o dente está, tem que abrir um retalho que proporcione uma boa visualização, logo em seguida deve-se avaliar a necessidade de remoção de osso, uma ostectomia e retirar uma quantidade suficiente não muito exagerado e nem muito conservador, é necessário que o dente passe pela loja cirúrgica criada, odontosecção em seguida, pois na maioria das vezes o elemento dentário encontra-se em uma posição ou morfologia que faz com que para sua remoção o dente precisa ser seccionado, logo em seguida, o dente seccionado, ou não, se só com a ação do fórceps ou alavanca já consegue remover o dente sem nenhuma barreira mecânica impedindo, pode remover o elemento dentário inteiro, após a remoção avalia a condição do dente, se encontra-se íntegro, limagem para regularizar as bordas da ferida cirúrgica com a lima para osso, muita vezes se não for feita essa limagem pode ocorrer do paciente voltar reclamando que tem algum fragmento ósseo no local que está incomodando, então ao acabar uma extração deve ser feito a regularização da borda óssea, irrigar para remover fragmentos de tecido ósseo e aqui poderia ser acrescentado uma ligeira curetagem tendo como objetivo formar coágulo, nesse caso não teria que remover tecido necrótico, granulação ou infectado pois o dente impactado normalmente é um dente hígido, o que tem que se preocupar em remover na hora dessa curetagem é o capuz pericoronário que é removido com o auxílio da pinça hemostática, pois poderá dar origem a tumores se não for removido, pois é um capuz cheio de restos epiteliais que poderão dar origem a um ameloblastoma ou mesmo a um ceratocisto. Quando parte do dente irrompe na cavidade oral, parte desse capuz já desapareceu, mas quando está totalmente impactado pode existir esse capuz, que deve ser removido, pois pode gerar processos patológicos, por último realiza-se a sutura que é a coaptação dos bordos da ferida. - Procedimento cirurgicos: 1- Antissepsia extra com solução de clorexidina a 2% e intra-oral com clorexidina a 0,12%. Terceiro molar impactado a morbidade e traumatismo é muito maior, é interessante muitas vezes que o bochecho inicia-se 2-3 dias antes, ao se fazer isso reduz quase 90% das bactérias da boca então a chance de uma infecção, complicação é muito menor. 2- Técnica anestésica bem feita para poder fazer o procedimento de forma tranquila, não ficar reaplicando para evitar a taquifilaxia, deixar o paciente tolerante a anestesia devido ao edema, grande quantidade de sódio, pH baixo, então a anestesia dada durante o ato cirúrgico ela não é tão efetiva se eu anestesiar bem antes de forma correta; 3- Instrumentais: afastador de minissota, broca n° 8 ou 702 de haste longa→ ostectomia e odontossecção; 4- Incisão tipo Avellanal, mais ampla e usada em casos complexos ou Incisão por Envelope quando for um caso mais simples. Incisão em envelope pega 1M, 2M sob o sulco e continua sob o rebordo na porção posterior. Obs: a incisão sob o rebordo tem que ser feita mais para a vestibular, pois se for feita muito para lingual pode ocorrer uma secção do nervo lingual, causando uma parestesia no paciente, além do mais, se for feita para a lingual cai no vazio pois a própria anatomia da mandíbula faz uma curvatura nesta região. Indicada: 3°M impactado mais simples, quando sobre o dente só possui mucosa, não tem osso em cima, sem necessidade de um campo muito grande para visualização. Avellanal ou em L → Impactação maior, com a presença de osso, precisa de uma maior área de visibilidade. Faz uma incisão sob o rebordo voltado mais para vestibular (3-4mm) indo até o ramo da mandíbula, contorna o 2°M e desce uma relaxante que fica na mesial do 2°M, incluindo ou não a papila no retalho. Obs: Apesar de a incisão com relaxante possuir maior morbidade que a sulcular ou envelope ela deve ser usada em casos mais complexos, pois passa até a ser mais conservadora. Princípios da Incisão coincide com os princípios do retalho, pois ao se fazer uma incisão termina em retalho. O retalho é uma consequência de uma incisão. Conhecimento anatômico da região para não lesar nervo, artéria, regiões importantes; Incisão ampla com boa exposição do campo operatório entretanto não poder ser desnecessariamente extensa; O retalho tem que repousar em tecido ósseo sadio,
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