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TBL 6 – INSUFICIÊNCIA CARDÍACA AGUDA DANIELA FRANCO DEFINIÇÃO Insuficiência cardíaca (IC) é uma síndrome clínica definida como alteração funcional ou estrutural cardíaca que ocasiona suprimento sanguíneo inadequado para atender às necessidades metabólicas do organismo ou o faz às custas de altas pressões de enchimento cardíaco. As alterações hemodinâmicas comumente encontradas na IC envolvem resposta inadequada do débito cardíaco e elevação das pressões pulmonar e venosa sistêmica. A IC aguda é definida como aparecimento de IC com sintomas agudos em pacientes sem diagnóstico prévio, ou a descompensação aguda dos sintomas em pacientes com IC conhecida. FISIOPATOLOGIA - Relembrar a fisiopatologia da Insuficiência cardíaca (vasoconstrição periférica, hipertensão venosa pulmonar secundária, ativação de Sistema Renina Angiotensina, aldosterona, hiperatividade adrenérgica, etc). A IC é a via final comum da maioria das doenças que acometem o coração. As etiologias da IC são diversas e incluem doenças que afetam o miocárdio, pericárdio, endocárdio, válvulas cardíacas e metabolismo. A causa mais comum de IC, na prática clínica, é a redução da contratilidade miocárdica, frequentemente associada a cardiopatia isquêmica, miocardiopatia dilatada idiopática, hipertensiva, ou doença de Chagas. Também são causas de IC as condições nas quais o coração é submetido a sobrecarga hemodinâmica ( sobrecarga de volume ou de pressão), distúrbios de frequência cardíaca ou condições que interfiram com o enchimento ventricular. A inapropriada perfusão tecidual é consequente à redução do débito cardíaco (DC). A fisiopatologia da IC marca seu início a partir de um dano miocárdico primário que gera disfunção ventricular. Essa disfunção ventricular deflagra mecanismos adaptativos associados à ativação neuro-humoral, gerando alterações na forma e eficiência mecânica do coração (remodelamento ventricular) e alterações periféricas circulatórias, havendo também danos secundários em razão do aumento do estresse oxidativo, inflamação e morte celular (apoptose) Na maioria das formas de IC, a redução do débito cardíaco é responsável pela inapropriada perfusão tecidual (IC com débito cardíaco reduzido). De início, esse comprometimento do débito cardíaco se manifesta durante o esforço, e com a progressão da doença ele diminui até ser observada sua redução no repouso. Existem condições nas quais o débito cardíaco poderá ser normal ou até elevado, como em condições de pós- carga diminuída ou hipermetabolismo, porém inadequado à demanda metabólica tecidual, caracterizando a IC com débito cardíaco elevado (IC alto débito). A maioria dos pacientes apresentam IC sistólica e apenas 30% dos pacientes apresentam IC diastólica. Tipicamente, na IC diastólica há um baixo débito cardíaco resultado de um ventrículo espessado e rígido, com tempo de relaxamento reduzido e com uma cavidade ventricular pequena. O VE com disfunção diastólica oferece maior resistência ao enchimento e aumento das pressões diastólicas que é transmitido retrogradamente. ATIVAÇÃO NEURO-HORMONAL Na insuficiência cardíaca, independentemente da causa, ocorre queda do volume circulante efetivo que é detectado pelo sistema barorreceptor renal e extrarrenal, desencadeando a ativação de potentes vasoconstritores e a subsequente retenção de sódio SISTEMA RENINA-ANGIOTENSINA-ALDOSTERONA O SRAA, em condições normais, tem um importante papel na manutenção da homeostase de sal e água, e, portanto, no controle da pressão arterial e da perfusão tecidual. Na IC, ocorre aumento da produção de renina pelo aparelho justaglomerular renal por duas vias principais: estimulação dos adrenorreceptores-beta-1 do aparelho justaglomerular, secundário ao aumento da atividade simpática, e ativação dos barorreceptores renais pela queda da pressão hidrostática no glomérulo e na arteríola aferente. Outros mecanismos que interferem no controle da renina são a carga de sódio que chega à mácula densa e a própria retroalimentação negativa proveniente dos níveis de angiotensina A renina atua sobre o angiotensinogênio transformando-o em angiotensina I, que é convertida em angiotensina II pela enzima conversora da angiotensina (ECA). A ação da angiotensina II sobre os vasos produz potente vasoconstrição e contribui, juntamente do sistema nervoso simpático, para excessiva elevação da resistência vascular na IC. Ela aumenta também a liberação de noradrenalina pelo sistema simpático e estimula a secreção de aldosterona pela glândula suprarrenal, aumentando, em consequência, a reabsorção de sódio no nível de túbulo contornado distal. Ativação do SRAA na insuficiência cardíaca, que, a princípio, promove efeitos benéficos para a manutenção do débito cardíaco, acaba sendo deletéria em longo prazo pela estimulação do remodelamento ventricular, sobrepondo maior deteriorização a um coração já debilitado SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO Na insuficiência cardíaca ocorre ativação adrenérgica generalizada e retração do sistema parassimpático. A falta de estiramento dos mecanorreceptores situados no arco aórtico, nas artérias carótidas, nas arteríolas aferentes renais e no ventrículo esquerdo por causa da queda da pressão arterial ou do volume sistólico diminui o influxo inibitório para o sistema nervoso autônomo, que ativa vias eferentes simpáticas, promovendo vasoconstrição periférica, aumento da contratilidade cardíaca e taquicardia. O sistema adrenérgico é o integrador da resposta vasoconstritora neuro-hormonal por ação direta na vasoconstrição periférica com redistribuição do fluxo sanguíneo para áreas nobres, como cérebro e coração, além do efeito de estímulo à liberação de vasopressina e renina. Apesar dos efeitos benéficos desses mecanismos, a fim de preservar o fluxo sanguíneo para áreas nobres, suas consequências são prejudiciais. A vasoconstrição generalizada promove aumento da resistência vascular sistêmica e aumento da pós-carga ao ventrículo esquerdo, sobrecarregando um ventrículo já insuficiente. A hipoperfusão da musculatura esquelética leva ao metabolismo anaeróbico, à produção de ácido lático, gerando fraqueza e fadiga. A hipoperfusão esplâncnica promove retenção de nitrogênio e sódio, disfunção hepática e isquemia mesentérica. A hiperativação simpática promove a diminuição tanto no número como na sensibilidade dos receptores beta -1-adrenérgicos miocárdicos, contribuindo à dessensibilização miocárdica ao estímulo adrenérgico. A noradrenalina é diretamente tóxica para as células miocárdicas, efeito mediado pela sobrecarga de cálcio ou pela indução da apoptose. VASOPRESSINA ARGININA A vasopressina arginina (AVP) é um hormônio pituitário que age na regulação da água livre e osmolaridade plasmática. Em pacientes com IC, o nível desse hormônio é, constantemente, elevado e, apesar da osmolaridade normal ou baixa sentida pelos osmorreceptores centrais, está associado com elevação dos níveis de renina e catecolaminas, que desempenham o papel de estimular a secreção da vasopressina pela neuro-hipófise. Essa secreção não osmótica de AVP é desencadeada pelo estímulo dos barorreceptores arteriais que sentem a redução do enchimento do leito arterial na I C. A vasopressina causa vasoconstrição periférica, retenção de água livre por meio de sua ação nos túbulos coletores renais e, consequentemente, hiponatremia. ENDOTELINA é um potente peptídio vasoconstritor liberado pelas células endoteliais. A angiotensina II, a noradrenalina, a vasopressina arginina e a interleucina -1 estimulam a produção da endotelina, que, por sua vez, ativa receptores de endotelina tipo A, que causam vasoconstrição da musculatura lisa. A endotelina também tem potencial de estimular o crescimento e atuarno remodelamento cardíaco. PEPTÍDIOS NATRIURÉTICOS O ANP é sintetizado nos átrios e liberado em resposta à distensão deles. Em contraste, o BNP é sintetizado nos ventrículos e secretado em vigência de sobrecargas pressórica ou volumétrica para esses ventrículos. Embora tanto o ANP quanto o BNP se elevem na I C, o BNP se correlaciona melhor com o grau da IC. Os peptídios natriuréticos inibem, também, a ação vasoconstritora do SNS, do SRAA, da AVP e da endotelina e agem no sistema nervoso central modulando o tônus vasomotor, a sede e a liberação de AVP. Apesar de sua ação vasodilatadora e natriurética, os peptídios não conseguem se opor efetivamente à vasoconstrição e à retenção hidrossalina da IC. Em resumo, o papel dos peptídios natriuréticos na IC é no sentido de contrabalançar os efeitos de retenção de sal e água e vasoconstrição estimulados pelo SNS, pelo SRAA e pela vasopressina. Apesar de ser um mecanismo compensatório importante, os peptídios natriuréticos são insuficientes para superar a intensa vasoconstrição instalada na IC. CITOCINAS PRÓ-INFLAMATÓRIAS A insuficiência cardíaca pode ser considerada um estado de ativação imune e inflamação persistente expressa pelo aumento dos níveis de várias citocinas pró- inflamatórias. Entre elas, o fator de necrose tumoral alfa (TNF-alfa), a interleucina 1 (IL-1) e a interleucina -6 (IL-6) estão aumentados na IC. Alguns autores postulam que a IC progride, ao menos em parte, como resultado do efeito tóxico exercido pelas citocinas no coração e na circulação periférica. REMODELAMENTO CARDÍACO Remodelamento ventricular é o processo pelo qual fatores mecânicos, neuro-hormonais e genéticos alteram o tamanho, a forma e a função ventricular. Os principais pontos do remodelamento cardíaco são a hipertrofia de miócitos e a dilatação cardíaca, com aumento da formação de matriz intersticial. Esse processo adaptativo inicia-se como mecanismo compensatório a fim de manter a força contrátil e preservar o estresse da parede. Entretanto, com a progressão da degeneração miocárdica, esse processo torna -se mal adaptado e contribui para a piora da IC. O remodelamento cardíaco é estimulado primariamente pelo estiramento mecânico, porém, vários fatores, incluindo isquemia, hormônios e peptídios vasoativos, podem modificar os efeitos do fator mecânico. A hipertrofia miocárdica é causada pelo aumento de miofibrilas e mitocôndrias. Conforme o tipo de estímulo, o remodelamento ventricular pode ocorrer de duas maneiras distintas. Na sobrecarga pressórica, ocorre desenvolvimento de sarcômeros em paralelo, criando remodelamento ventricular concêntrico, com maior aumento da massa em relação ao volume ventricular. No caso da sobrecarga volumétrica, ocorre hipertrofia de sarcômeros em série, o que provoca remodelamento ventricular excêntrico, com maior aumento do volume ventricular em relação à massa. CONCEITOS - Relembrar os conceitos de débito cardíaco, pré- carga e pós-carga Considera-se a insuficiência cardíaca (IC) uma síndrome em que o coração se torna incapaz de ofertar oxigênio aos tecidos em taxa adequada às suas demandas, ou o faz à custa de elevação da sua pressão de enchimento (pré-carga). Geralmente, resulta de disfunção estrutural ou funcional do coração que compromete a sua capacidade de se encher de sangue ou de ejetá-lo. Salienta-se a diferenciação entre "insuficiência miocárdicà' quando a contração miocárdica é comprometida, e insuficiência circulatórià quando uma anormalidade de algum componente da circulação é responsável pela manifestação da IC. Débito Cardíaco (DC) Caracterizado pelo volume sanguíneo bombeado pelo coração em 1 minuto. DC = FC x VS. Pré-carga É a pressão que o sangue faz no ventrículo quando está cheio antes da contração, ou seja, antes da sístole. Quanto maior ou menor a tensão, maior ou menor é a pré-carga. Pós-Carga É a resistência enfrentada durante a ejeção do ventrículo; o sangue enfrenta dificuldades de seguir no momento em que ele é expelido para as respectivas artérias. CLASSIFICAÇÃO - Classificar classes funcionais de IC (NYHA) – Classe I, II, III, IV e os perfis hemodinâmicos de descompensação da IC (frio x quente // úmido x seco) Utilizada na prática clínica, a classificação proposta pela New York Heart Association (NYHA) avalia a presença e intensidade da dispneia em pacientes com IC. Posteriormente foi proposto novo sistema de estadiamento baseado na evolução e progressão da IC. Essa forma de categorização reflete o modelo fisiopatológico da IC que considera essa síndrome como a via final comum de diferentes doenças cardíacas em indivíduos com fatores de risco. Por fim, para pacientes com quadro de descompensação de IC, foi proposta classificação que prevê quatro situações clínicas distintas, que refletem diferentes padrões hemodinâmicos. Tal categorização tem implicação terapêutica e prognóstica em pacientes com IC descompensada IC DESCOMPENSADA - Identificar os fatores que descompensam o paciente com IC (infecção, nova isquemia, baixa aderência ao tratamento, arritmias, evolução natural da doença) O primeiro passo no manejo dos pacientes com IC aguda é determinar a etiologia e o motivo da descompensação. A principal causa de descompensação da IC é má adesão ao tratamento e a segunda é infecção. ABORDAGEM INICIAL - Esquematizar a abordagem inicial do paciente com IC Descompensada Os pacientes com ICAD geralmente apresentam-se como dispneia, fadiga, sobrecarga de volume, hipotensão e disfunção de órgãos-alvo. A ortopneia e a dispneia paroxística noturna são os achados mais específicos para diagnóstico de ICAD. Ao exame físico, estertores crepitantes são frequentes, e se ocupam todos os campos pulmonares sugerem congestão significativa; os pacientes podem apresentar sibilância devido a edema peribronquiolar simulando asma e outras causas de broncoespasmo. Ainda podem evoluir com presença de B3 ou B4 (ritmo de galope). Sopros cardíacos novos podem ocorrer. Sinais de edema periférico como edema de membros inferiores e estase venosa jugular também podem estar presentes. Em casos extremos, os pacientes apresentam hipotensão e má perfusão de órgãos- alvo com livedo reticular e cianose de extremidades Diagnóstico definitivo de insuficiência cardíaca (IC): 8 a 12 pontos; diagnóstico possível de IC: 5 a 7 pontos; diagnóstico improvável: 4 ou menos pontos. Os exames séricos de maior valor para o diagnóstico de IC são o peptídeo natriurético cerebral (BNP) e o N-terminal pro-BNP (NT-pro- BNP), que podem ser interpretados da seguinte forma: • BNP < 100 ou NT-pro-BNP < 400 pg/mL tornam o diagnóstico de IC improvável, praticamente excluindo o diagnóstico. • BNP > 400 pg/mL ou NT-pro-BNP > 2.000 pg/mL tornam o diagnóstico muito provável. Alternativamente, podem-se usar limites baseados em idade para o NT-pro-BNP. O diagnóstico de IC é provável: • menos de 50 anos quando o NT-pro-BNP é maior que 450 pg/mL • entre 50 e 75 anos quando o NT-pro-BNP é maior que 900 pg/mL • mais de 75 anos quando o NT-pro-BNP é maior que 1.800 pg/mL. TRATAMENTO - Entender o tratamento medicamentoso da IC (enfatizar medicamentos que reduzem mortalidade) e terapia não medicamentosa (reabilitação cardiopulmonar, importância da equipe multidisciplinar, restrição hídrica, etc). Constitui a base do tratamento moderno da IC os betabloqueadores, os inibidores da ECA e os antagonistas dos receptores mineralocorticoides. Nos pacientes que persistem sintomáticos com o tratamento prescrito e encontram-se em ritmo sinusal com frequência cardíaca acima de 70 bpm, deve-se prescrever a ivabradina Para os pacientes sintomáticos, acrescentam-sediuréticos e digoxina. Hidralazina e nitrato são também de auxílio nos pacientes que persistem sintomáticos e naqueles com insuficiência renal Inibidores da ECA principal medicamento para o tratamento da IC. Para os pacientes sintomáticos, devem ser prescritos para reduzir sintomas e a alta mortalidade que caracterizam essa fase da doença e nos assintomáticos para prevenir o aparecimento das formas sintomáticas e também reduzir a mortalidade. ➔ captopril 50 mg, três vezes ao dia, ➔ enalapril ou lisinopril 20 mg, uma ou duas vezes ao dia ➔ ramipril 10 mg/dia As principais causas de intolerância aos inibidores da ECA são a tosse, hipotensão, insuficiência renal e hiperpotassemia. Para os pacientes que apresentaram tosse, recomenda-se prescrever os bloqueadores dos receptores da angiotensina II, nos casos de hipotensão a redução da dose e a revisão das doses de diuréticos controla o quadro da maioria. Nos casos de elevação de creatinina a níveis acima de 3,0 mg/dl, a redução da dose pode controlar o quadro. Persistindo essa elevação, deve-se dar preferência para o tratamento com drogas como hidralazina e nitratos, que não alteram a função renal. Bloqueadores dos receptores da angiotensina II Os estudos que compararam os inibidores da ECA e os bloqueadores dos receptores da angiotensina II (BRA) mostraram que os dois medicamentos promovem resultados muito semelhantes na redução da morbidade e mortalidade em pacientes com IC. São os fármacos de escolha para substituir os inibidores da ECA quando esse medicamento provoca tosse nos pacientes. Em pacientes que apresentam piora da função renal ou hiperpotassemia com os inibidores da ECA, é muito provável que esse efeito colateral seja também observado com os BRA, uma vez que seu mecanismo de ação nos rins é muito parecido. ➔ losartana 150 mg/dia ➔ valsartana 320 mg/dia ➔ candesartana 32 mg/dia A associação de BRA com inibidor da ECA promove resultados mais expressivos do que os observados com a sua prescrição isolada. No entanto, a associação com maior frequência promove elevação dos níveis de ureia e creatinina e deve ser empregada com cuidado. A associação pode ser considerada quando os pacientes persistem sintomáticos apesar do tratamento otimizado. Beta bloqueador no momento, o principal medicamento para o tratamento da IC. Sua indicação é fundamentada em inúmeros ensaios clínicos que demonstraram que os beta- bloqueadores, associados aos inibidores da ECA, reduzem ainda mais a morbidade e mortalidade decorrente da doença. A redução de mortalidade observada é superior a 30%, valor duas vezes superior ao observado com os inibidores da ECA. Essa importante redução é um dos fatores que transformaram os betabloqueadores no principal medicamento do tratamento da IC Os betabloqueadores vêm se mostrando capazes de reduzir a dilatação cardíaca e de aumentar a fração de ejeção de modo expressivo. Os betabloqueadores, diferentemente do que o descrito para os diuréticos, digoxina, inibidores da ECA e BRA, não devem ser prescritos para pacientes descompensados. O medicamento deve ser iniciado após a compensação cardíaca, sempre com doses baixas e progressivamente aumentadas até se atingir as doses preconizadas. No início do tratamento, os betabloqueadores podem piorar a função cardíaca, mas em longo prazo melhoraram expressivamente. Para minimizar esse efeito inotrópico negativo, inicia-se o trata mento com doses baixas. Antagonistas dos receptores mineralocorticoides (espironolactona ou eplerenona) são medicamentos que também promovem redução da mortabilidade. O uso conjunto do inibidor da ECA, betabloqueador e a espironolactona pode ser acompanhado de quadros de hiperpotassemia, sendo mandatório o controle sanguíneo no início do tratamento para verificar se ela está ocorrendo.
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