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UNP(4)- Unidade 3

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RECURSOS HÍDRICOS
UNIDADE 3 - EXERCÍCIOS, ALONGAMENTO E
RELAXAMENTO EM AMBIENTE AQUÁTICO
Autoria: Andréia Lara Lopatko Kantoviscki - Revisão técnica: Rodrigo de
Oliveira Carvalho
Introdução
A respeito dos processos hidroterápicos, a realização de exercícios variados — sejam eles de melhora da
flexibilidade articular e alongamento muscular, sejam visando ao relaxamento — promovem uma
reconhecida melhoria terapêutica nos pacientes em geral. É, inclusive, uma prática considerada
estratégica e positiva devido aos benefícios físicos envolvidos.
Em caso da existência de patologias agudas, os exercícios hidroterápicos podem ser iniciados antes
mesmo das atividades de fisioterapia em solo, indicados para pessoas que apresentam a necessidade
do aumento do fluxo sanguíneo, melhora da força muscula e da flexibilidade, aumento dos movimentos
articulares e melhora do condicionamento cardiorrespiratório.
No entanto, você consegue imaginar quais seriam os exercícios mais indicados para cada tipo de
patologia? Quais seriam as habilidades aquáticas e as restrições que devem ser avaliadas antes do
início do tratamento? Aliás, qual é a diferença entre alongamento e relaxamento em água?
Ao longo desta unidade, aprenderemos os principais tipos de exercícios, alongamentos e atividades de
relaxamento que podem ser realizados em ambiente aquático, fazendo a conexão com a aplicação
terapêutica.
Bons estudos!
3.1 Exercícios hidroterápicos 
Após diagnosticada pelo fisioterapeuta a necessidade da realização de exercícios aquáticos para
determinado paciente, assim que este chega ao local de realização do tratamento, a primeira coisa que
deve ser feita é uma observação técnica a respeito das normas de segurança, tanto do ambiente
aquático em questão quanto do indivíduo beneficiado.
Devem ser previstas ambientações em uma fase de ajuste inicial, a fim de aumentar a segurança e
confiança do paciente. Ademais, é preciso ser implantado um processo de comunicação efetivo entre a
pessoa e o fisioterapeuta responsável.
#PraCegoVer: na figura, temos a fotografia de uma idosa fazendo hidroterapia. Ela está dentro da água,
levemente virada para a esquerda, mas do lado direito da foto. Segura uma boia em formato de
macarrão e está sorrindo. Na sua frente, mais para a esquerda, há uma hidroterapeuta. Ela está de
costas, com o rosto levemente virado para a direita, observando a senhora.
 
De modo geral, para que o início do tratamento aquático seja possível, o paciente deve apresentar
condição clínica estável e, se for o caso, boa estabilidade pós-operatória. É de extrema importância que
esses fatores também estejam integrados aos tratamentos realizados em solo.
Além disso, temos que todo programa de tratamento hidroterapêutico é mais eficiente quando obedece
a uma sequência lógica: aquecimento, alongamento, exercícios de resistência ou força e atividades
finais de relaxamento muscular. Para cada tipo de ação, é requerido determinado tempo.
Para uma compreensão mais aprofundada e correta de alguns dos elementos citados, vamos entender
sobre cada um deles neste primeiro tópico. Acompanhe o conteúdo com atenção!
3.1.1 Exercícios de aquecimento em ambiente aquático  
Os exercícios de aquecimento são efetuados sempre de forma gradual e progressiva, no início da
sessão terapêutica, objetivando ajustar a adaptação corporal à atividade física.
Essa atividade inicial prepara o sistema muscular para o alongamento e as atividades específicas. O
aquecimento também gera um aumento do fluxo sanguíneo nos músculos trabalhados e da temperatura
corporal, sem, contudo, haver fadiga ou gasto energético excessivo. 
Figura 1 - Hidroterapia como método terapêutico
Fonte: Monkey Business Images, Shutterstock, 2020.
Na etapa inicial de preparação, devem ser observadas as condições gerais do paciente, sendo que a
intensidade do aquecimento dependerá do perfil do indivíduo e da temperatura da água.
Segundo Bates e Hanson (1998), na prática, a progressão dos exercícios dependerá, fundamentalmente,
das características do paciente e do seu domínio do meio, assim como dos materiais disponíveis e das
instalações.
Existem vantagens efetivas, pois a hidroterapia, no caso, constitui-se como um elemento ideal para a
progressão dos tratamentos terapêuticos. 
VOCÊ QUER VER?
No vídeo Saúde na TV – Fisioterapia Aquática, Ana Lúcia Di Gianni, a fisioterapeuta e
especialista em hidroterapia, aborda de maneira clara e objetiva as vantagens, os
benefícios e as estratégias de tratamentos associados à fisioterapia aquática. Para
assistir ao vídeo na íntegra, acesse o link: https://www.youtube.com/watch?
v=iFxeeROwo_8 (https://www.youtube.com/watch?v=iFxeeROwo_8).
Figura 2 - A fisioterapia aquática traz diversas melhorias para o paciente
Fonte: Tyler Olson, Shutterstock, 2020.
https://www.youtube.com/watch?v=iFxeeROwo_8
#PraCegoVer: na figura, temos a fotografia de parte de uma piscina. O paciente está sentado dentro na
água, do lado esquerdo, com as mãos apoiadas no chão e uma boia em forma de macarrão no joelho
direito. Ao seu lado, na direita da foto, há a fisioterapeuta ajustando o item para o homem. Ela está
ajoelhada dentro da água, levemente virada para a esquerda.
 
O processo de aquecimento deve ser efetuado para que os movimentos iniciais dentro da água sejam
lentos. O segmento corporal que necessita ser recuperado deve estar em uma posição aquadinâmica, de
modo a oferecer a mínima resistência aos movimentos. Com o passar do tempo, pode-se aumentar
gradativamente a velocidade dos exercícios.   
De acordo com Silva e Branco (2011), benefícios terapêuticos são promovidos pelas modificações
fisiológicas durante a realização de exercícios em ambiente aquático aquecido. Isso devido ao desvio de
calor, somado aos princípios físicos da água, sendo que a redistribuição sanguínea é considerada a base
para essas alterações.  
3.1.2 Exercícios de alongamento 
Dentro das áreas de fisioterapia e educação física, os alongamentos musculares são entendidos como
exercícios de flexibilidade, os quais servem para ajudar o organismo a estar preparado para as suas
respectivas atividades. Ao mesmo tempo, favorecem uma recuperação ativa, previnem lesões e abrem
um leque muito maior de repertório de movimentos (DULL, 2001).
O alongamento muscular é uma atividade normalmente realizada após a etapa de aquecimento. Trata-se
do tipo de exercício em que músculos, tendões, fáscias e articulações são submetidos a forças de
tensão, que são externas ao próprio músculo. Portanto, os alongamentos são tensões mantidas sobre
os eles, no sentido oposto à sua contração (SILVA; BRANCO, 2011).
Na prática, o processo de alongamento também é de treinamento do corpo. Ele serve tanto para a
reabilitação quanto para o treinamento desportivo de alto nível. Nesse sentido, em qualquer rotina
fisioterapêutica ou dentro de qualquer disciplina esportiva, ele é fundamental, especialmente por
proporcionar melhoras da flexibilidade corporal, que é a capacidade de movimento das articulações de
modo efetivo e completo.
A flexibilidade estaria, na prática, associada à capacidade de se realizar movimentos conscientes, com
grande amplitude, em certas articulações. Apesar de que a amplitude de movimento não ser um fator
significativo nas atividades diárias, na maioria das pessoas, a inatividade causa aumento da rigidez
articular. Este faz com que os indivíduos adotem posturas antinaturais em termos de biomecânica dos
movimentos do corpo, podendo gerar estresse nas articulações e nos músculos. Assim, os exercícios de
alongamento podem ajudar a garantir e a melhorar a amplitude dos movimentos, o que pode ser
saudável para as articulações em geral.  
Quando os músculos e outros tecidos que suportam uma articulação são apertados, a junta articular
fica sujeita a um estresse anormal, causando deficiência articular de compressão de tecido mole e até
perda de lubrificação da junta articular. Portanto, a flexibilidade limitada aumenta o risco de lesão. 
#PraCegoVer: na figura, temos a fotografia de parte de uma piscina.No centro, mais para a esquerda, há
uma mulher, da cintura para cima. Ela está com a mão esquerda passando por cima da cabeça,
pendendo para o lado direito. A mão direita está na cintura. A mulher está virada para frente, sorrindo.
 
Os exercícios de alongamento e flexibilidade também ajudam a aliviar dores causadas por estresse ou
posição de estaticidade, já que aliviam a tensão. Ainda auxiliam na manutenção da simetria corporal e
da postura correta, sendo que articulações e músculos mais flexíveis permitem movimentos fluídos.
Importante destacar que o tipo de alongamento a ser realizado por cada paciente será em função do seu
estado geral de saúde, das suas condições biomecânicas e do tipo de articulação que se deseja
trabalhar. 
Figura 3 - O alongamento lateral dentro da água é muito eficaz
Fonte: Victoria Denisova, Shutterstock, 2020.
Dentro da água, todos os exercícios de flexibilidade devem ser realizados em posição neutra, ou seja, a
água deve estar na altura do peito, enquanto o paciente deve tocar o solo com as solas dos pés. A maior
parte da massa corporal deve estar dentro da água, sendo que, realizando movimentos em qualquer
direção, percebe-se a ação de pressão e resistência.
Na sequência, destacamos as principais técnicas de alongamentos que podem ser executadas pelos
pacientes em hidroterapia:
alongamento dos glúteos: usando os braços e com o quadril e os
joelhos dobrados, o paciente deve segurar a frente de um dos
joelhos, de modo a provocar o alongamento. O paciente deve se
manter na posição por cerca de 30 segundos em cada lado;
alongamento dos músculos isquiotibiais: olhando para a parede
da piscina, o indivíduo deve esticar uma das pernas para a frente e
colocar o pé na altura do quadril, tentando manter a coluna reta.
Quando sentir um leve estiramento na parte de trás da coxa,
precisa manter a posição por 30 segundos para cada perna;
alongamento do quadríceps: em posição vertical, o paciente se
agarra à borda da piscina e flexiona o joelho, segurando o pé com
a mão do mesmo lado. O joelho oposto deve permanecer
estendido, a pelve deve permanecer em uma posição neutra e a
coluna reta;
VOCÊ SABIA?
Procurando a melhoria da qualidade de vida dos indivíduos portadores de
Síndrome de Down, a fisioterapia aquática está sendo cada vez incluída como
parte dos programas de atendimento multiprofissional do portador da SD.
Nesse caso, a fisioterapia aquática colabora de forma significativa no
tratamento do baixo tônus muscular, que dificulta os processos e a aquisição
do controle dos movimentos voluntários contra a gravidade. Também é
indicada para melhorar a capacidade respiratória, a força muscular, a
coordenação motora e a forma física (CASTOLDI; PÉRICO; GRAVE, 2012).
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#PraCegoVer: na figura, temos a fotografia de parte de uma piscina. Há quatro pessoas se alongando,
todos virados para frente, com os braços direitos sobrepostos por suas cabeças, pendendo para o lado
esquerdo. Há uma mulher mais jovem do lado esquerdo e uma idosa ao seu lado. Atrás da mulher, há
um homem mais jovem e, ao lado deste, um senhor.
 
alongamento da panturrilha: ereto, o paciente deve segurar a
borda da piscina e ficar apoiado em um único pé, com o joelho e
os dedos dos pés voltados para frente. O joelho deve ser
ligeiramente flexionado. A outra perna deverá ser esticada para
trás, tocando o chão, primeiro com os dedos, depois com a planta
do pé. O indivíduo deve manter a posição por 30 segundos em
cada perna;
alongamento tibial anterior: na mesma posição citada para o
alongamento de panturrilha, o paciente deve apoiar todo o peso
do corpo na perna da frente, mantendo o pé da perna de trás
repousado no fundo da piscina. É preciso pressionar levemente
para frente e para trás, a fim de alongar, e manter a posição por 30
segundos em cada lado;
alongamento do tríceps braquial: o indivíduo deve levantar um
dos braços para cima, deixando as mãos na altura da cabeça, de
modo que o cotovelo aponte para cima. Com o braço livre,
Figura 4 - O alongamento em água pode ser causar bem-estar
Fonte: Robert Kneschke, Shutterstock, 2020.
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pressiona-se ligeiramente o braço dobrado para trás, para alongar
o tríceps. O tempo de exercício em cada braço é o mesmo dos
demais exercícios;
alongamento do deltoide posterior: deve-se esticar os dois
braços para a frente, na altura do ombro, levantando um cotovelo
e trazendo um braço em direção ao ombro. O paciente irá sentir o
alongamento no deltoide posterior e na parte superior das costas;
alongamento do trapézio: com os braços esticados para frente,
na altura dos ombros, o paciente deve segurar um dos pulsos e
descer os braços suavemente, até sentir o alongamento na
superior das costas; 
alongamento do peitoral: estica-se os braços para atrás do
corpo, pressionando os ombros para trás e para baixo, durante 30
segundos;
alongamento lateral: o paciente deve se posicionar de modo que
seus pés fiquem alinhados com os ombros, com os joelhos
relaxados. Estende-se um dos braços para cima, mantendo os
calcanhares no chão. O indivíduo deve estar com o outro braço na
altura das costelas, sentindo o alongamento do quadril, passando
pelo dorsal e chegando até o braço. Mantém-se a posição por 30
segundos em cada lado. 
 
Entendido melhor a respeito do alongamento e suas possibilidades, vamos passar ao estudo dos
exercícios de força. Confira o próximo item!
3.1.3 Exercícios de força 
A força muscular é medida da quantidade de tensão ou trabalho mecânico que um músculo pode
produzir com esforço máximo. Nesse sentido, ter uma musculatura forte e treinada é essencial para a
execução de atividades da vida cotidiana, como transportar objetos, levantar pesos, subir escadas e até
para situações de emergência. Portanto, manter o sistema muscular forte é vital para um
envelhecimento saudável. 
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#PraCegoVer: na figura, temos a fotografia de parte de uma piscina. Na frente, mais à direita, há uma
moça de costas, segurando dois pesos de piscina. Na sua frente, mas ainda fundo da foto, há dois
idosos. Do lado esquerdo, há uma senhora sorrindo, virada para frente, também segurando dois pesos
em cada mão. Ao seu lado, na direita, há um senhor na mesma posição.
 
Inclusive, com o fator tempo, as pessoas tendem a perder células musculares, tanto em número quanto
em tamanho. Muitas das musculares que permanecem ficam mais lentas, enquanto algumas se tornam
disfuncionais porque perdem sua ligação com o sistema nervoso.
Exercícios de força em geral e aqueles realizados em água durante os processos de hidroterapia, por
exemplo, ajudam a manter a massa muscular e suas funções, contribuindo para o bom alinhamento do
sistema musculoesquelético, prevenindo dores nas costas e pernas, fornecendo o suporte muscular
necessário para uma postura adequada, evitando a ameaça de lesões e melhorando de forma
significativa a qualidade de vida.  
Figura 5 - Exercícios de força em ambiente aquático podem ser realizados por idosos
Fonte: Rido, Shutterstock, 2020.
Becker (2000) complementa a ideia trazendo que um programa regular de exercícios de força realizados
em ambiente aquático previne a degeneração de nervos e músculos, o que poderia comprometer a
qualidade de vida do indivíduo e aumentar o risco de fraturas de quadril e outras lesões potenciais. 
CASO
No Brasil, dentro do Sistema Único de Saúde (SUS), podem ser identificadas
diversas pessoas acima dos 60 anos diagnosticadas com osteoartrite crônica.
Nesse contexto, um grupo de pesquisadores da Bahia desdobrou um estudo para
entender a efetiva contribuição dos saberes e cuidados da hidroterapia no
processo de viver-adoecer das pessoas em enfrentamento da doença.
A equipe fez uso de um dos métodos de avaliação de pacientes, chamado de
questionário WOMAC, que é padronizado e avalia a qualidade de vida de modo
específico e focado na osteoartrite, a partir de três dimensões: dor, rigidez articular
e incapacidade física. Estas são analisadas em cinco questões sobre dor, duas
sobre rigidez articular e 17 sobre incapacidade física.A intervenção foi composta por três atendimentos semanais, realizados no
período vespertino, em observância aos ritmos circadianos, ou seja, no melhor
horário para aproveitamento psicofuncional da atividade física.
Ao todo, foram 35 atendimentos hidroterápicos no estudo, com duração de 50
minutos cada, distribuídos em 10 minutos de alongamentos, somados a um breve
aquecimento, 30 minutos de atividade hidroterápica e, ao término, 10 minutos de
desaquecimento.
O questionário foi aplicado antes e depois do tratamento com fisioterapia
aquática. Os resultados demonstram que, após o tratamento, a maioria dos
pacientes tiveram sensação de bem-estar em relação às consequências da
patologia. Além disso, a hidroterapia foi promotora de uma melhor percepção de
bem-estar físico e emocional (DUARTE et al., 2019).
VAMOS PRATICAR?
Fazer exercícios físicos é uma questão de atitude! Segundo a ANS 
conforme o Manual Técnico de Promoção da Saúde e Prevenção de R
Doenças na Saúde Suplementar, a prática de exercícios físicos gera in
benefícios, entre eles a melhora da qualidade do sono e da autoestima.
Com base nisso, realize na prática a lista de alongamentos citados nest
por, pelo menos, uma semana. Perceba suas variações em term
exercícios, objetivando compreender as técnicas. Depois, anote o qu
notou de diferente em seu corpo e compartilhe com seus colegas!
3.2 Métodos especiais de hidroterapia  
Em seus estudos, Degani (1998) cita como em todo programa de saúde, a hidroterapia objetiva o bem-
estar social do indivíduo. Para ele, a hidroterapia se constitui como um conjunto de técnicas terapêuticas
fundamentadas no movimento humano. É, portanto, a fisioterapia na água ou a prática de exercícios
terapêuticos em piscinas, associada ou não a manuseios, manipulações, hidromassagem e
massoterapia, configurada em programas de tratamento específicos para cada paciente.
Os métodos terapêuticos específicos para a fisioterapia aquática que surgiram na Europa e nos Estados
Unidos vêm auxiliando na recuperação de diversos pacientes, sendo que três métodos ou técnicas de
aplicação se destacaram em pesquisas realizadas: Método Halliwick, Método Watsu e Método Bad
Ragaz.   
Assim, para uma compreensão mais aprofundada a respeito desses três métodos, acompanhe o
conteúdo das próximas páginas! 
3.2.1 Método Halliwick
Segundo Santana et al. (2014), o Método Halliwick foi desenvolvido em 1949, na Halliwick School for
Girls, em Southgate, Londres. James McMillan foi o criador da técnica. Ele desenvolveu, inicialmente,
uma atividade recreativa que visava dar independência individual na água para pacientes com
incapacidade, além de treiná-los a nadar. Com o passar dos anos, foi aperfeiçoando o método original e
adotou técnicas adicionais.
Tais técnicas foram estabelecidas a partir dos seguintes princípios:
Adaptação ambiental 
Envolve o reconhecimento de duas forças (gravidade e empuxo) que, quando combinados,
levam ao movimento rotacional.
Restauração do equilíbrio 
Enfatiza a utilização de grandes padrões de movimento, principalmente com os braços,
para mover o corpo em diferentes posturas e, ao mesmo tempo, manter o equilíbrio.
Inibição 
É a capacidade de criar e manter uma posição ou postura desejada, a partir da inibição de
padrões posturais patológicos.
Esse aprendizado é graduado por um “programa de 10 pontos”, o qual utiliza a seqüência do
desenvolvimento do movimento físico pelo córtex cerebral.
Essas técnicas têm sido utilizadas para tratar terapeuticamente pacientes pediátricos ou adultos com
distintas alterações de desenvolvimento e disfunções neurológicas.
3.2.2 Método Watsu 
Santana et al. (2014) também citam o Método Watsu, conhecido como Water Shiatsu, Aquashiatsu ou
Hidroshiatsu. Ele foi criado por Harold Dull, em 1980.
A técnica consiste em alongamentos e movimentos do Zen Shiatsu na água, incluindo alongamentos
passivos, mobilização de articulações e hara-trabalho (termo utilizado nas tradições orientais japonesas,
associado aos exercícios do abdômen), bem como pressão sobre tsubos (acupontos) para equilibrar
fluxos de energia por meio dos meridianos (caminhos de energia). 
Facilitação 
É a capacidade de criar um movimento que desejamos mentalmente e controlá-lo
fisicamente, por outros meios, sem utilizar a flutuação.
Existem dois tipos de posições no Watsu: as simples e as complexas. As posições simples incluem os
movimentos básicos e os de livre flutuação realizados dentro da técnica. Por outro lado, as posições
mais complexas são chamadas “berços”, em que o hidroterapeuta pode ajudar na execução efetiva dos
movimentos.
O chamado fluxo de transição dentro do Watsu consiste em uma abertura para a execução dos
movimentos básicos e, posteriormente, são realizadas três sessões: berço de cabeça; embaixo da perna
distante, ombro e quadril; berço da perna próxima; e uma conclusão. 
VOCÊ O CONHECE?
Foi Harold Dull (1935-2019) quem criou as técnicas do Watsu, adaptando as
técnicas do Zen Shiatsu japonês para a água e incorporando padrões de utilização
de fontes naturais de água quente, de respiração, meditação e alongamentos. Seus
estudos e suas experiências mostram que a aplicação das técnicas provoca
relaxamento, com profundos efeitos positivos nos aspectos físicos e emocionais
dos pacientes. Vale pesquisar sobre essa personalidade!
VOCÊ QUER LER?
O livro Watsu: Exercícios para O Corpo na Água, de Harold Dull, traz detalhes de todo
o processo de concepção de trabalhos corporais na água, os quais embasaram a
criação do Método Watsu. O livro ainda mostra vários tipos de exercícios relaxantes
para serem executados em água, objetivando a harmonia e busca dos equilíbrios
físico e emocional. Vale a leitura!
Com a Associação Mundial de Trabalho Corporal Aquático, o Watsu vem se difundindo pelo mundo. No
Brasil, existe uma crescente utilização da técnica nas áreas de naturologia, fisioterapia, educação física
e enfermagem, assim como nos estudos avançados de terapias corporais.
3.2.3 Método Bad Ragaz  
Por fim, temos o Método Bad Ragaz. O nome deriva de uma cidade suíça construída em torno de um spa
de água morna natural, com três modernas piscinas cobertas. Em 1930, o espaço começou a realizar
exercícios aquáticos.
A técnica se originou na Alemanha, pelo Dr. Knupfer Ipsen, cujo objetivo era promover a estabilização do
tronco e das extremidades a partir de padrões de movimentos básicos e, às vezes, resistidos, realizados
segundo os planos anatômicos (CAMPION, 2000).
No caso, o paciente é posicionado em decúbito dorsal, com o auxílio de flutuadores ou “anéis” no
pescoço, na pelve e nos tornozelos. Por isso, a técnica também é designada de Método dos Anéis
(CAMPION, 2000).
Campion (2000) cita que, em 1967, Bridgt Davis incorporou o Método de Facilitação Neuromuscular
Proprioceptiva ao Método Bad Ragaz. Beatice Egger, por sua vez, desenvolveu ainda mais a técnica,
publicando-a em alemão. Atualmente, o método é constituído de técnicas de movimentos com padrões
em planos anatômicos e diagonais, com resistência e estabilização fornecidos pelo terapeuta.
O posicionamento do indivíduo em decúbito dorsal é mantido com flutuadores nos seguimentos
anatômicos já mencionados anteriormente.  
#PraCegoVer: na figura, temos a fotografia de duas pessoas mais velhas. Elas estão dentro da água, em
uma piscina. O senhor está deitado, flutuando com a ajuda de uma boia em formato de macarrão, na
posição horizontal, quase no centro da foto. Atrás, porém do seu lado esquerdo, há uma senhora
sorrindo levemente, olhando para o homem.
 
Figura 6 - O Método Bad Ragaz pode ser aplicado em pessoas idosas
Fonte: Robert Kneschke, Shutterstock, 2020.
O método pode ser utilizado passiva ou ativamente em pacientes ortopédicos, reumáticos ou
neurológicos. Os objetivos terapêuticos incluem a redução do tônus muscular, o pré-treinamento de
marcha, a estabilização do tronco, o fortalecimento muscular e a melhora da amplitude articular.
VAMOS PRATICAR?
Muito se discute da necessidade e importância da realização de ativid
aquecimento,alongamento e exercícios de relaxamento como
sequencial, sejam eles de intensidade leve, sejam de alta intensidade.
Com base nisso, escolha um tipo de exercício de baixa intesidade e 
agrade. Realize na prática a sequência recomendada de aquec
alongamento, exercício e relaxamento. Programe ao menos 45 minutos
dia para a prática e sinta a evolução que ocorre no seu corpo em ter
temperatura corporal e preparo atlético.
Depois, anote o que você percebeu e compartilhe com seus colegas!
Conclusão
Chegamos ao fim de mais uma unidade de estudos. Aqui, pudemos nos aprofundar quanto a algumas
das técnicas hidroterápicas mais difundidas atualmente em termos de aquecimento, alongamento,
aumento de força muscular, relaxamento e reabilitação. 
Nesta unidade, você teve a oportunidade de:
conhecer alguns métodos de alongamento muscular utilizados
em membros superiores e inferiores;
entender a importância do aquecimento muscular dos pacientes
antes da realização de exercícios hidroterapêuticos;
observar a importância dos exercícios de força muscular
realizados dentro das atividades de hidroterapia, como método de
prevenção a lesões e patologias;
•
•
•
conhecer algumas das principais técnicas mundialmente
conhecidas de atividades associadas à fisioterapia aquática.
•
Bibliografia
ANS. Agência Nacional de Saúde Suplementar. Manual técnico de promoção da saúde e prevenção de
riscos e doenças na saúde suplementar. 4. ed. Rio de Janeiro: ANS, 2011. Disponível em:
http://www.ans.gov.br/images/stories/Materiais_para_pesquisa/Materiais_por_assunto/manual_promo
prev_web.pdf
(http://www.ans.gov.br/images/stories/Materiais_para_pesquisa/Materiais_por_assunto/manual_promo
prev_web.pdf). Acesso em: 17 set. 2020. 
BATES, A.; HANSON, B. Exercícios aquáticos terapêuticos. São Paulo: Manole, 1998.  
BECKER, B. E. Aspectos biofisiológicos da hidroterapia. In: BECKER, B. E.; COLE, A. J. Terapia aquática
moderna. São Paulo: Manole, 2000.
CAMPION, M. R. Hidroterapia: princípios e prática. São Paulo: Manole, 2000.
CASTOLDI, A.; PÉRICO, E.; GRAVE, M. Avaliação da força muscular e capacidade respiratória em
pacientes com Síndrome de Down após Bad Ragaz. Revista Neurociências, São Paulo, v. 20, n. 3, p. 386-
391, 2012. Disponível em:
https://periodicos.unifesp.br/index.php/neurociencias/article/view/8254/5785
(https://periodicos.unifesp.br/index.php/neurociencias/article/view/8254/5785). Acesso em: 17 set.
2020.
DEGANI, A. M. Hidroterapia: os efeitos físicos, fisiológicos e terapêuticos da água. Fisioterapia em
Movimento, Curitiba, v. 11, n. 1, p. 93-105, abr./set. 1998. 
DUARTE, H. D. et al. Hidroterapia no tratamento de pessoas idosas em enfrentamento por osteoartrite.
In: DLOUHY, A. L. P. G. Tópicos especiais em fisioterapia aquática. Pernambuco: Universidade Católica
de Pernambuco; Fundação Antônio Santos Abranches (FASA), 2019. Disponível em:
https://educapes.capes.gov.br/handle/capes/559861
(https://educapes.capes.gov.br/handle/capes/559861). Acesso em: 17 set. 2020. 
DULL, H. Watsu: exercícios para o corpo na água. São Paulo: Summus, 2001. 
SANTANA, C. A. B. de. Análise da hidroterapia em mulheres com dor lombar e relação com as atividades
da vida diária. Fisioterapia Brasil, [s. l.], v. 15, n. 4, p. 263-268, jul./ago. 2014. Disponível em:
https://portalatlanticaeditora.com.br/index.php/fisioterapiabrasil/article/viewFile/352/617
(https://portalatlanticaeditora.com.br/index.php/fisioterapiabrasil/article/viewFile/352/617). Acesso
em: 17 set. 2020.
SAÚDE na TV - Fisioterapia aquática. [S. l.], 26 jun. 2018. 1 vídeo (25 min). Publicado pelo canal Saúde na
TV. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=iFxeeROwo_8 (https://www.youtube.com/watch?
v=iFxeeROwo_8). Acesso em: 17 set. 2020.
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