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trabalho de psicologia final

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2
UNIVERSIDADE ESTACIO DE SÁ
CURSO DE GRADUAÇÃO EM FORMAÇÃO PEDAGÓGICA
JULIANA DE FREITAS SANTOS
PRÁTICA COMO COMPONENTE CURRICULAR (PCC)
PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO E DA APRENDIZAGEM - CEL0241
Sumário
1.	TÍTULO	2
2.	Introdução	2
3.	DESENVOLVIMENTO	2
2.1	GESTAÇÃO	2
2.2	ATENÇÃO	4
2.3	MATERNIDADE X TRABALHO	5
2.4	HORA DA REFEIÇÃO 	8
2.5	A HORA DO BANHO	9
2.6	HORA DE DORMIR	10
2.7	OUTRAS INTERAÇÕES	10
2.8	APRENDIZAGEM	11
2.9	ONDE A CRIANÇA APRENDE	12
2.10	CONVERSAR E CANTAR	14
2.11	A criança e a interações sociais	16
2.12	BRINCADEIRAS	17
2.13	REGRAS E LIMITES	19
2.14	FORMAÇÃO E INFORMAÇÃO	22
3.	CONCLUSÃO	23
4.	REFERENCIAS	25
1. TÍTULO 
Primeiríssima infância – interações Comportamentos de pais e cuidadores de crianças de 0 a 3 anos
2. Introdução
A primeira infância abrange do nascimento da criança até os 6 anos de vida, é onde a criança vai se desenvolver como ser humano, é a base para que se desenvolva as suas habilidades.
E a primeiríssima infância vai de 0 a 3 anos.
Neste período é importante que haja interação entre a criança e o adulto responsável por ela. O desenvolvimento infantil está pautado na interação com o meio, segundo Vygotsky a criança aprende e depois se desenvolve, deste modo, o desenvolvimento de um ser humano se dá pela aquisição/aprendizagem de tudo aquilo que o ser humano construiu socialmente ao longo da história da humanidade. 
São as interações sociais que transformam em conexões especiais que vão ajudar o processo de aprendizagem e desenvolvimento da criança tanto no aspecto: psicológicos, intelectual e social por isso deve ser de forma positiva pois terá impacto significante ao longo da vida do ser humano.
3. DESENVOLVIMENTO
GESTAÇÃO
A gravidez é o momento que inicia o vínculo entre a mãe e o bebê.
Nos primeiros três meses de gestação, o embrião já sente um desconforto sempre que sua mãe tem sentimentos negativos, percebendo desde muito cedo o amor e a rejeição. Com a evolução da gestação, o bebê aprende a dar significado aos sentimentos maternos, e é por volta do terceiro trimestre da gravidez que ele começa a formar sua personalidade.
Os sentimentos maternos causam alterações no ambiente intrauterino que podem ser percebidas pelo bebê como agradáveis ou desagradáveis. Apenas as emoções mais fortes, como o estresse, que são capazes de estimular a liberação de hormônios chegam até o bebê.
Eu tive uma gravidez muito triste, cheio de sentimentos de abandono onde muitas vezes a minha companhia era interagir com a minha filha na barriga, através de músicas clássicas para deixar o bebê mais tranquilo, lia historinhas para ela, era a forma que eu encontrava para sentir ela, mas perto de mim. 
Durante o trabalho de parto o corpo feminino produz altas doses de ocitocina, um hormônio responsável por estimular as contrações uterinas, promover a dilatação do colo uterino e expulsar o bebê para fora do canal pélvico. A ocitocina é conhecida ainda como o hormônio do amor. Mas, eu tive esta experiência, mas não foi nada agradável, tomei está injeção, é uma dor insuportável e traumatizante para muitas mães.
Após o nascimento do bebê, a ocitocina endógena que estava sendo produzida para aliviar a dor, especialmente no parto pélvico, passa a ser produzida sem que haja dor e, por isso, esse é considerado o momento ideal para estabelecer o vínculo mãe e bebê. A mãe que recebe o seu filho assim que ele nasce é apresentada ao pequeno ainda sobre forte influência desse hormônio, o que a faz se apaixonar por ele, fortalecer esse vínculo e tornando menos problemática a quebra da idealização do bebê que estava na barriga para o reconhecimento do bebê real.
Por isso, cada vez mais mulheres tem optado pelo parto humanizado, pois a terá o controle sobre como e em qual posição deseja e se sente confortável para o nascimento do seu bebê. A escolha de que o parto seja na cama, piscina, sentada ou de pé, e todos os outros detalhes da evolução do trabalho de parto como o tipo de anestesia, luz, som ou a presença de familiares, é inteiramente decidido pela gestante, por meio do plano de parto feito.
As vantagens do parto humanizado:
· Nível de estresse e ansiedade reduzidos;
· Recém-nascido calmo;
· Aleitamento prolongado; 
· Reduz risco de depressão pós parto; 
· Laço afetivo forte;
· Reduz o risco de infecção.
A escolha do parto é muito importante, eu optei pelo parto normal, mas foi um dos momentos mais traumatizante para mim, sofri muito com as dores do parto, entrei no hospital às 13 horas e a minha filha só nasceu as 21h. Mas, a vantagem que em 24 horas, eu já estava em casa com a minha filha nos braços. Eu tive depressão pós parto e foi muito difícil enfrentar tudo sozinha.
É muito importante para a mulher que seu companheiro, ou sua família estejam presentes neste momento de maternidade e de mudanças porque o corpo passa por grandes transformações, o mundo se modifica do dia para a noite e uma base familiar nesta hora, ajuda muito a equilibrar a vida até que se adeque a uma rotina com o bebê.
ATENÇÃO
O bebê é totalmente dependente desde o seu nascimento, só se desenvolverá se forem dadas condições necessárias para se desenvolver em todos aspectos: físico, intelectual e psicológico e social. Então entra o papel do cuidador que são os pais e mães, ou quem couber o papel de cuidar.
Os cuidados da primeiríssima infância desde a gestação aos três anos, fazem toda a diferença no desenvolvimento da criança.
Sendo os cuidados responsabilidade da mãe ou do pai, contam uma rede de apoio da Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA, Lei nº 8.069/1990). Em vigor desde 1990, o ECA é considerado um marco na proteção da infância e tem como base a doutrina de proteção integral, reforçando a ideia de “prioridade absoluta” da Constituição.
Dentre os artigos mais importantes do ECA, se destaca o art. 4º:
Art. 4º É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária.
Parágrafo único. A garantia de prioridade compreende:
a) primazia de receber proteção e socorro em quaisquer circunstâncias;
b) precedência de atendimento nos serviços públicos ou de relevância pública;
c) preferência na formulação e na execução das políticas sociais públicas;
d) destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas com a proteção à infância e à juventude.
MATERNIDADE X TRABALHO
Para ajudar o cuidador a cuidar das crianças, ele precisa de condições estruturais para conseguir dar o bem estar a criança pequena, desde o seu nascimento.
O que possibilita estes cuidados é tirar licença-maternidade e licença- paternidade até a retomada ao trabalho.
Graças a Deus, eu tive o privilégio de estar com o meu bebê até quase dois anos de vida, onde estabeleceu um forte vínculo entre nós e na amamentação que foram 9 meses de aleitamento.
O que é licença-maternidade? 
É um período em que a mulher que está para prestes a ter um filho, acabou de ganhar um bebê ou adotou uma criança permanece afastada do trabalho.
A licença-maternidade surgiu no Brasil em 1943 com a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho). Inicialmente, o afastamento era de 84 dias, e era pago pelo empregador. Com o passar dos anos, a OIT (Organização Internacional do Trabalho) começou a recomendar que os custos com a licença-maternidade fossem pagos pelos sistemas de previdência social. No Brasil, isso ocorreu em 1973. A licença-maternidade de 120 dias, como é hoje, foi garantida pela Constituição Federal, em 1988.
Temos neste ano tramitando na Câmara dos deputados o :Projeto de Lei 5373/20 prevê que a trabalhadora mãe ou adotante possa optar por 120 dias de licença-maternidade com salário integral, como é a regra geral atualmente vigente, ou então por 240 dias de afastamento com a metade da remuneração.
O que é Licença Paternidade?
Esse direito surgiu em 1988, inicialmente para permitir queo pai pudesse registrar seu filho, sendo assim, o prazo era de apenas dois dias.
Mas ao longo do tempo, foram feitas alterações na legislação que passou a disponibilizar 5 dias corridos, que são contados logo a partir do primeiro dia útil após o nascimento de seus filhos. 
Assim, a intenção é permitir que os pais possam acompanhar de perto os primeiros dias do bebê, além de ajudar na recuperação da mãe e participar da adaptação da criança recém nascida.
No entanto, caso a empresa onde atua o trabalhador, faça a adesão ao Programa Empresa Cidadã, esse prazo pode aumentar. 
Este programa foi criado em 2008, com a intenção de promover a participação dos pais no dia a dia da família, sendo assim, prevê a ampliação de 15 dias para o período de licença paternidade, além dos 5 dias previstos por lei.
Por que estas licenças são necessárias para o desenvolvimento da criança?
Pois se uma mãe consegue estar de licença maternidade por seis meses, ela consegue completar o período de aleitamento materno recomendado e a separação da mãe-bebê vai ocorrendo de forma gradativa, menos traumática. Levando em conta, para que haja um melhor desenvolvimento da criança é recomendado que este vínculo seja pleno até os seis meses de idade. 
A licença paternidade também tem a sua importância sendo que neste período do nascimento da criança, após o parto, a mulher vai precisar de todo apoio no processo de adaptação que a chegada de um novo membro na família.
2.4 A AMAMENTAÇÃO
O desenvolvimento da primeira infância tem base nos bons relacionamentos que começa na gestação onde a mãe e o bebê começar a ter uma comunicação fisiológica e emocional, mas na hora do nascimento que estabelece o vínculo mais importante entre eles. E através da amamentação e o cuidado recebido pela criança que este vínculo vai se intensificando.
“O psiquiatra inglês John Bowlby estudou a relação inicial entre o bebê e seu cuidador principal em sua Teoria do Apego. Ele demonstrou que o apego oferece as bases para o desenvolvimento socioemocional e também cognitivo, daí a importância de que um recém-nascido tenha uma relação de apego com pelo menos um adulto. “
Sobre a questão da retomada ao trabalho, entra em um paradoxo, entre a necessidade da criança x as condições para atender esta necessidade, pois a maioria das mães não tem condições de pararem de trabalhar e somente cuidar de seus filhos. A classe mais pobre apresenta dados que a maioria deste segmento, tem dificuldades de acesso a uma creche e uma rede de apoio como: babá, amigos, família e ainda são obrigados a fazer o desmame antes dos seis meses de vida da sua criança., E os bebês são prejudicados pois muitas vezes pela a mãe não tem acesso a uma alimentação saudável, no desmame, não tem condições de substituir o leite materno por alguma fórmula nutritiva e acabam usando o leite de vaca convencional. E uma alimentação baseada somente neste tipo de leite sem nenhum enriquecimento nutricional faz com que muitas destas crianças apresentem um quadro de desnutrição. A falta de informação ocasiona o desmame precoce, pois no momento que as mães deixam a maternidade, já são orientadas caso o leite não seja o suficiente que usem fórmula na mamadeira ao invés de buscarem um banco de leite ou direcionadas para uma especialista de amamentação.
Eu amamentei até os 9 meses de vida da minha filha, ela adorava aquele momento e mesmo que os bicos dos seios rachando, eu tentei aleitar até o momento que ela não quis mais. Entrei com o leite comum, mas nesta idade o meu bebê já se alimentava sopinhas, vitaminas, sucos de frutas entre outros que supriam a nutrição necessária. Graças a deus, ela foi um bebê muito saudável!
 HORA DA REFEIÇÃO 
Após o desmame da criança, ela passa por uma fase de introdução a novos alimentos, novas texturas, novos sabores no cardápio do bebê, os filhos aprendem observando os pais. Então esta fase é muito importante que os pais participem deste processo: a hora do almoço e a hora do jantar pois ambas as horas contribuem para que o bebê se integre na vida social da família, experimentando momentos de prazer a mesa com qualidades nutritivas.
Alimentar uma criança vai além de ser uma hora só de refeição, “Do ponto de vista de desenvolvimento, é importante reforçar que conversar com a criança enquanto ela se alimenta implica um aumento grande de estimulação da linguagem”.
Já alimentar a criança assistindo televisão e vídeo é um hábito alimentar ruim, porque a família não participa, a criança se distrai com as imagens da TV e não presta atenção nos sabores da comida, ela alimenta automaticamente. À medida que a criança cresce, a estratégia das conversas e brincadeiras perde espaço na refeição e, com maior frequência, a criança é incentivada a comer sozinha.
“A hora da alimentação é um momento trabalhoso e quem não tem tempo nem rede de apoio certamente fará uso da televisão para reduzir o período despendido, como a própria estatística mostra”, O ganho de autonomia na alimentação é um processo complexo e gradual que começa no aleitamento, passa pela fase do alimento amassado e, com o apoio da dentição e o desenvolvimento da coordenação neuromotora, evolui para a ingestão da comida sólida. O desenvolvimento da coordenação neuromotora tem papel fundamental nesse processo, dando conta das funções de sugar, mastigar, engolir e deglutir propriamente, sem que ocorra o engasgo, bem como das tarefas de levar o alimento à boca e, mais tarde, fazer uso dos instrumentos adequados para isso. Por todos esses motivos, e também pela troca afetiva com o cuidador e tudo o que se pode aprender sobre hábitos alimentares, a hora da refeição da criança pequena é tão importante e demanda presença de todos os envolvidos. 
Eu tive muita dificuldade com esta hora da refeição, minha filha era muito difícil para comer, você dava, ela cuspia a comida, eu perdia a paciência, a única forma que encontrei para ela se alimentar melhor, era colocar na frente da TV e distrair para comer assistindo desenhos. Hoje eu vejo como este tipo de decisão teve consequência, mesmo sendo uma adulta agora, ela tem hábito alimentares muito ruins, continua comendo em frente ao celular ou a distraindo com a TV. Não foi uma boa escolha. Infelizmente nós os adultos tomamos decisões baseados no que é mais fácil para nós, do que o que é melhor para as crianças.
A HORA DO BANHO 
Um bom banho é a receita de muita gente para relaxar depois de um dia de trabalho. Para quem tem filhos pequenos, um bom banho no bebê pode ser uma excelente oportunidade de interação familiar e de reforço ao desenvolvimento multissensorial das crianças.
Nesta hora os comportamentos de atenção e cuidado na hora do banho são associados as conversas e brincadeiras, mas, nem toda a família tem a chance de estabelecer algum vínculo nesta hora, a maioria de nós escravos do tempo principalmente a população de baixa renda, o horário do banho é cronometrado no chuveiro, bem rápida pois é o horário que cuidador chega em casa tem de preparar jantar, arrumar a casa não conseguem ter um momento de interação. 
As pessoas de classes altas podem dar o bebê este momento de interação, de divertimento porque contam com a ajuda de babás que auxiliam do cuidado do pequeno enquanto a família trabalha fora, muitos deles terceirizam esta hora pois chegam em casa e a criança já tomou banho e já está pronta para dormir.
Na minha casa eu tive a chance de dar banho na minha filha e fazer daquele momento algo divertido, interativo, pois levávamos as bonecas para tomar banho, ou bichinhos e fazíamos uma hora de prazer entre mãe e filha.
Depois eu fui ensinando a tomar banho sozinha, conhecer o corpo, os rituais de limpeza como ela sempre tiveram a imagem que era momento divertido, sempre que pedia para tomar banho, ia para debaixo do chuveiro sem nenhum esforço.
HORA DE DORMIR 
“Segundo a National Sleep Foundation (Fundação Nacional do Sono), dormir é tão importante quanto a alimentação e higiene do bebê, pois além de ajudar no desenvolvimento intelectual, é nesse período de descanso que o corpolibera os hormônios de crescimento.”
Entre os hábitos na hora de dormir, a tendência é a de fazer a criança dormir no colo, balançando-a até que pegue no sono. Em segundo lugar, está a prática de colocar a criança no berço ou na cama para ela pegar no sono tranquilamente. Os comportamentos de que tirem a atenção nesta hora, podem tirar o sono e prejudicar a qualidade do mesmo como: tablets, tv, telefones. Agora as cantigas de ninar são ótimas para dormir. Mas, infelizmente não é um hábito comum, em países como o nosso que tem baixos índices de leitura.
OUTRAS INTERAÇÕES
O cuidador pode desenvolver outras interações para o desenvolvimento da criança como narrar tudo que está sendo feito, dando nomes aos objetos que estão em casa cômodo da casa, explicar como a comida é feita, favorecem a estimulação da linguagem.
APRENDIZAGEM 
Desde o útero da mãe a aprendizagem é iniciada, através do reconhecimento de sons e não só a partir do momento do nascimento.
A falta de conhecimento das mães no geral, pensam que os bebês somente se desenvolvem a partir de seis meses, mas desde o útero materno ele tem interagido com o ambiente interno através do reconhecimento de sons como a voz da mãe. Principalmente a classe pobre, menos favorecida com informações pensa que as crianças só se desenvolvem após 02 anos de idade e não oferecem estímulos para os seus bebês retardando o seu desenvolvimento.
Os brinquedos educativos não são tão importantes como parecem, às vezes uma criança interagir com uma embalagem, com uma colher de pau ou com uma panela, criar objetos aleatórios é mais importante pois abrem o campo de exploração, de criatividade. Brincadeiras simples ao ar livre, como jogar bola, rolar na grama.
A classe mais alta, tende a comprar brinquedos elaborados, eletrônicos que não possibilitam a criança explorar.
As crianças devem receber mais estímulos dependendo da forma que respondem cada criança tem o seu tempo. 
” O pediatra lembrou que a infância não é período de construir currículo, mas um tempo de liberdade. “A gente está transformando a infância num grande treinamento e os pais viraram coachees. Precisamos tomar muito cuidado com esse tipo de exagero”,
O resultado da pesquisa mostrou que as três atividades realizadas com maior frequência nos diferentes segmentos sociodemográficos. 
· Brincar com a criança, 
· estimular que ela brinque com outras crianças e levar para passear em lugares públicos (parques, praças e shoppings) foram as formas recorrentes.
· Ler para as crianças 
A interação com computadores, tablets foram menos, inclusive o aprendizado através de programas infantis na Tv que por um lado é bom porque estes recursos digitais são usados como babá eletrônica dos pais, enquanto os cuidadores podem trabalhar ou simplesmente descansar da função de cuidar.
As mães são apontadas com aquelas mais realizam atividades com os filhos, enquanto os pais tem o papel apenas de comprar brinquedos, uma forma de compensar o tempo não gasto com os filhos. Já os avós e avôs interagem com as crianças, levando-as para passear, ler para a criança, oferecer revistas/livros. 
 “Para os cuidadores avós, fica de novo a sugestão para que se enfatize a contação de histórias. Ela dispensa a presença do livro, amplia o repertório de atividades e é um recurso muito poderoso para o desenvolvimento.” 
O papel da contação de histórias é como um resgate à memória e estímulo à imaginação.
A minha filha aprendeu muito com livros, desde pequena eu contava história e as narrava cada dia de uma forma diferente, interagindo com ela produzindo diálogos, sons que a deixavam mais motivadas com a hora do livro. Tanto que ela criou fortes hábitos de leitura, hoje que é adulta. 
Também gostava muito deixar a minha filha explorar nos parques, brincar com areia, criar cenários, brincadeira lúdicas e curtir o ar livre através dos balanços, escorregados, correr de pés no chão. Sentir as várias formas de explorações, até hoje ela tem como hobbies ir até os parques, relaxar ao ar livre.
ONDE A CRIANÇA APRENDE 
Formas de aprender:
· A maioria dos pais acham que a criança aprende tanto em casa quanto na escola;
· Em casa com os adultos;
· E na escola com a professora.
Segundo pesquisas chega-se à conclusão que a visão que os pais tem de educação infantil, é que as crianças só vão para a escola para brincar. A creche só serve para cuidar da criança pequena e não educa., A creche é um espaço educativo e não um lugar de escolarização, é uma instituição com vigilância maior, um espaço estrutura que promove a socialização da criança e a sua estimulação.
As creches são serviços de baixíssimo custo que oferecem cuidado básico. Algumas dessas pequenas iniciativas locais acabam sendo formalizadas pelas prefeituras, tornando-se creches públicas conveniadas muito importantes para as pessoas de baixa renda pois funcionam como uma base de apoio, pois a alimentação provida pela creche, as vezes é a única refeição que a criança tem.
Por que muitas crianças não estão em creches?
· O baixo número de crianças em creche reflete a falta de vagas nas mesmas, a falta de creches para as classes mais pobres denota problemas logísticos de acesso, devido à má distribuição deste tipo de equipamento público em bairros periféricos;
· Falta de conhecimento da importância da creche pelas famílias; 
· Falta de meios, de um modo mais amplo, para a obtenção de uma vaga;
· Filhos de pais que teriam condições de pagar por uma creche particular, ocupam lugares dos menos favorecidos.
· Pessoas que querem estar com os filhos durante o primeiro ano de vida
Os contra de uma creche
“Becker também abordou a controvérsia em torno do assunto casa- -creche, especialmente quando se fala em bebês. Ele reforçou as vantagens da creche que foram citadas por, mas mencionou que a exposição àquele ambiente na faixa etária antes de 1 ano leva a muitas doenças infecciosas virais, que muitas vezes se complicam e geram internações. “Do ponto de vista da pediatria, a creche não é recomendada nessa faixa etária.”
Na pesquisa Primeiríssima Infância Interações, os índices de frequência à creche (pública ou particular), conforme a idade, foram os seguintes: 
· 42%, de 0 a 6 meses;
· 52%, de 7 meses a 1 ano; 
· 46%, de 1 ano e 1 mês até 2 anos; 
· 62%, de 2 anos e 1 mês até 3 anos.
A FAMÍLIA NA ESCOLA
Segundo dados estatísticos:
· 69% das crianças vinculadas à educação infantil têm sua vida escolar acompanhada no dia a dia pelos adultos “sempre”;
· 54% das crianças vinculadas à educação infantil contam com a participação presencial dos adultos nas atividades realizadas na escola “sempre que a creche convida;
· 21% possuem acompanhamento eventual, “apenas quando a escola chama por conta de algum problema com a criança;
· 31% “na maioria das vezes
“Uma boa creche deveria convocar os pais e formar uma cultura de participação na vida escolar das crianças desde cedo. É difícil para os pais, mas é uma medida que deveria, inclusive, ser recomendada como política pública”, defendeu Becker. Conforme assinalou o médico, as redes de pais podem ser úteis em muitos sentidos: troca de experiências, capacitação para a parentalidade, informações sobre desenvolvimento, discussões sobre higiene e saúde, rede de apoio etc., além da função de acompanhamento da evolução da criança na creche. “Essa é uma cultura que precisa ser fomentada e é papel da política pública fazer isso”.
“Jean Piaget (1896-1980) demonstrou que a construção do conhecimento está fundada na interação do indivíduo com outras pessoas e o seu meio. Na visão de Piaget, referendada pelos estudos recentes da neurociência, a interação é tida como condição do desenvolvimento cognitivo e, por extensão, da aprendizagem. A pesquisa Primeiríssima Infância – Interações investigou como agem os adultos quanto a formas de interação com a criança que são fontes de estímulo conhecidas no desenvolvimento infantil: conversar, cantar, passear, ler e brincar”
CONVERSAR E CANTAR 
Conversar e cantar são muito importantes para crianças se desenvolverem, pois, a partir disto elas sãocapazes de perceberem sons, aprenderem a pronúncia das palavras e formarem o seu vocabulário. Mesmo que a criança não entenda o sentido das palavras, aos poucos ela vai construindo associações e significados para esta comunicação.
 O ato de cantar para a criança é bastante popular e tradicional, porém revelou-se que as que residem nas capitais e são das classes mais pobres, o corre corre do dia a dia, altas cargas horárias de trabalho tem feito cada vez menos estas pessoas tenham menos tempo para estimular as crianças para auxiliarem no seu desenvolvimento.
Cantar fortalece os vínculos com as crianças por ser um elemento afetivo, que ajuda nas rotinas de cuidado como dormir, comer e se banhar, ensinando de um jeito lúdico uma previsibilidade cotidiana que promove confiança aos pequenos; e possibilita a transmissão cultural, sobretudo quando envolve cantigas populares.
Eu costumava muito cantar para a minha desde o início da gestação, gostava de músicas clássicas que eu sentia que era uma forma mais calma de relacionar com ela. Depois, ela nasceu continuei com cantigas de ninar até passar para historinhas na hora de dormir, sempre gostei de ler os clássicos para ela e narrar os personagens, isso sempre me fazia sentir mais próxima, era a hora do momento mãe e filha. Sentia que estes momentos de interação criavam mais laços entre nós pois faz daquele momento algo divertido, prazeroso, permite que o bebe uma materialidade e a dimensão visual da história. 
Realmente estes velhos hábitos que tínhamos com os nossos filhos, estão desaparecendo e sendo substituídos por aplicativos, redes sociais, esqueceu-se que aquele momento que estamos com os pequeninos é um momento único que cria afetividade e demostra o amor que vocês têm por eles.
 “Ler para a criança desde cedo fortalece o vínculo do seu cuidador com ela, o que favorece seu desenvolvimento integral; aumenta sua capacidade de concentração e disciplina; estimula a imaginação e a criatividade; e atua em sua formação como um leitor autônomo”
Infelizmente, a população de baixa renda tem falta de recursos que impulsionem a prática da leitura, é preciso que haja livros de todos os tipos à disposição e que este seja um hábito incentivado no ambiente familiar, escolar e social. É muito importante o livro para a criança pequena, para que adquira o prazer da leitura, através da observação, de folhear um livro, interagir com adulto aprendendo a compreender o texto a partir das gravuras. A leitura impulsiona um aumento da capacidade da criança aprender novas palavras.
“Se você considerar que ter ou não ter livro à disposição interfere de forma significativa no repertório linguístico de uma pessoa, pode compreender por que é tão injusto pensar em meritocracia em um país tão desigual como o Brasil.” Juliana Prates Santana
A criança e a interações sociais
“A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) recomenda que se evite a exposição de crianças de menos de 2 anos às telas e que se limite o chamado “tempo de tela” ao máximo de uma hora por dia para crianças com idades entre 2 e 5 anos.”
Mas estamos longe da média diária permitida a crianças para ficarem expostas aos meios de comunicação, a interação social, hoje dia tem sido substituída por vídeos, tv, tablet, smartphones pois é forma de distrair a criança.
Pelo que eu tenho observado nos tempos atuais que a criança praticamente já nasce com um tablet ou um celular nas mãos, aprende a manuseá-los antes de pronunciarem a primeira palavra.
O afeto tem sido substituído pelas telas de interação social.
” A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) produziu em 2016 o primeiro documento sobre Saúde de Crianças e Adolescentes na Era Digital a respeito das demandas das tecnologias da informação e comunicação (TICs), redes sociais e Internet, com recomendações para pediatras, pais e educadores na era digital., A seguir, o alerta sobre a criança menor de 3 anos e o mundo digital e a prevenção da intoxicação digital.
“O documento recomenda que se evite a exposição de crianças de menos de 2 anos às telas e que se limite o chamado “tempo de tela” ao máximo de uma hora por dia para crianças com idades entre 2 e 5 anos, podendo chegar a duas horas para crianças de 6 anos, sempre com a supervisão de um adulto. O manual alerta para o fato de crianças em idades cada vez mais precoces terem acesso aos celulares/smartphones, notebooks e computadores pessoais usados pelos familiares em casa, ou mesmo em creches, escolas, restaurantes ou meios de transporte com o objetivo de fazer com que a criança fique quieta. “Isto é denominado distração passiva, resultado da pressão pelo consumismo dos joguinhos e vídeos nas telas e da publicidade das indústrias de entretenimento, o que é muito diferente do brincar ativamente, um direito universal e temporal de todas as crianças e adolescentes, em fase do desenvolvimento cerebral e mental”, publicou a SBP”
Infelizmente são recursos que o mundo moderno nos trouxe e uma forma dos pais inverterem as crianças pela falta de tempo, eu fiz muito isso com a minha filha, introduzi o mundo digital na vida dela já tinha 3 anos, trazia joguinhos com estímulos de coordenação motora, aprendizado de outras línguas, historinhas em vídeo cassete na hora. Por um lado, eu me arrependo porque ela perdeu está capacidade de interagir com pessoas que a minha geração tinha, hoje é tudo online, são mensagens, amigos são virtuais, o contato humano faz muita falta na vida de uma criança.
BRINCADEIRAS
Interações genuínas e essenciais para o desenvolvimento da criança.
“A brincadeira é importante para a criança porque é a coisa que a criança faz”, psicóloga Juliana Prates Santana
Segundo especialistas, na primeira infância o brincar é fundamental. As conquistas motoras, o desenvolvimento da linguagem verbal e não verbal, a percepção do que a criança sente e a percepção do outro são alguns dos elementos favorecidos por meio do brincar livre.
“A combinação dos momentos de brincar junto e brincar sozinho traz benefícios para a criança em termos de autonomia, criatividade, imaginação e da capacidade de estar consigo mesma”.
“Até os 2 anos de idade do bebê, é muito mais o adulto que escolhe a brincadeira. A partir daí, brincar implica deixar que a criança conduza – começa o jogo simbólico, um tipo de brincadeira que exige uma disponibilidade maior, por isso a participação do adulto vai diminuindo”. “Não dá para brincar de faz de conta se você não parar para isso, então é uma interação que vai demandando mais do adulto. Os dados sobre a frequência do brincar geraram muitas reflexões entre os debatedores: sobre o entendimento que os adultos têm da brincadeira, seu real envolvimento, sentimento de autocobrança e culpa, pais que usam despertador para controlar o tempo de brincar, e também a influência que o pensamento politicamente correto “Esse é mais um paradoxo no desenvolvimento infantil: a gente sabe da importância do brincar, mas não tem o tempo e a disponibilidade que o brincar exige. Acho que as pessoas afirmam ‘brinco todo dia’ quase como um descargo de consciência”. “As pessoas dizem: ‘eu não fico muito com meu filho, mas dou um tempo de qualidade’. Ocorre que, efetivamente, a gente sabe que o brincar da criança precisa de hora de relógio, porque o brincar da criança é longo. Além da participação dos adultos na brincadeira, a pesquisa aferiu os tipos de brinquedo utilizados pelas diferentes crianças sob seus cuidados. Verificou-se tendência de comportamento similar entre os pais de todas classes sociais, com percentuais maiores de crianças usando brinquedos de uma loja ou fabricados, seguidos por brinquedos caseiros (como bonecas, carros ou outros brinquedos feitos em casa), objetos domésticos (como bacias ou vasos) ou encontrados no ambiente externo (paus, pedras, folhas etc.) e, por fim, brinquedos eletrônicos (videogame, smartphone ou tablet). Por fim, o uso de brinquedos eletrônicos, bastante preterido nas respostas dos cinco segmentos, foi levemente superior entre as crianças da classe mais alta. 
“Para o pediatra DanielBecker, a alta presença dos brinquedos de loja ou fabricados na vida das crianças – aqueles supostamente mais avançados e que se veem na TV – sugere o entendimento, por parte das pessoas, de que esses instrumentos seriam capazes de estimular mais do que outros. “Isso é especialmente cruel no contexto de desigualdade que a gente vive, porque essa ideia é comprada sobretudo pelas pessoas que têm menor possibilidade financeira. Elas ficam desesperadas para dar aos filhos aqueles brinquedos especializados que piscam luzinhas, achando consideram pessoas criativas. Neste sentido, a oportunidade de interagir por meio de um “brincar inventado” tem um brilho adicional porque traria benefícios tanto à criança quanto ao adulto. 
“Na visão da economista Flávia Ávila, em um 2020 pandêmico, surgiram mais indícios de que o comportamento dos adultos em relação às brincadeiras pode estar se transformando. “A Covid-19 foi uma coisa ruim que aconteceu para todos, mas ela teve esse efeito de deixar os pais em casa com as crianças. E a gente vê que tem muitos brinquedos e brincadeiras sendo criados no cotidiano das famílias, permitindo que elas percebam que existem outras formas de estimular as crianças”, disse. Juliana lamentou que este efeito da maior proximidade entre crianças e famílias por causa da pandemia não tenha se espraiado de forma linear na sociedade, uma vez que a Covid-19 não atingiu da mesma maneira todos os segmentos populacionais, tendo acentuado as desigualdades de gênero, classe e raça. 
REGRAS E LIMITES
Nem só de estímulos vive a primeiríssima infância. Ensinar as crianças a seguir regras que favoreçam a convivência social e a obedecer a limites que lhes tragam autorregulação e segurança faz parte das atribuições dos pais e cuidadores. Essa é a sua forma de expressão”, tornar a brincadeira um meio pedagógico para a criança aprender faz com que o brincar perca seu potencial,”
 “Se o brincar virar obrigação, ele cansa a criança, as relações entre pais e filhos ficam tensas, porque a lógica da brincadeira é um brincar desproposital, é o brincar pelo brincar.” “Não se pode mais imaginar uma criança parada assistindo Sessão da Tarde sem que ela aproveite todo o seu potencial cognitivo, já que naquele momento ela é igual a uma esponja que aprende muito, então eu [pai/mãe] atolo essa esponja”, enfatizou Juliana. Como consequência desse tipo de situação, disse, veem-se muitas crianças cansadas, estafadas e com patologias típicas dos adultos porque elas estão estressadas. 
Baseado em pesquisa de comportamento dos respondentes quanto às estratégias de disciplina, a pesquisa Primeiríssima Infância – Interações perguntou aos responsáveis por crianças de 7 meses a 3 anos quais eram suas atitudes num momento de birra ou desobediência da criança. No rol das estratégias de disciplina tidas como aceitáveis, a prática de conversar calmamente com a criança foi citada por entre 24% e 44% dos respondentes. Hoje em dia, as pessoas já sabem que castigar, gritar ou bater são formas ruins de lidar com o comportamento negativo da criança”, cogitou Becker
 “O emprego da palavra birra tem problemas porque é como se a criança quisesse intencionalmente pirraçar o adulto quando ela demonstra irritabilidade ou frustração. Mas esse comportamento tomado como inadequado pelo adulto pode ser simplesmente chorar, estar aborrecido”, interpretou. Por outro lado, prosseguiu, o uso de estratégias disciplinares agressivas revela mais o descontrole de quem as inflige do que da criança.
Como saber se é birra ou manha?
      A birra costuma ser passageira e acontece quando a criança ainda não consegue assimilar o motivo da negação de suas vontades, e começa a gritar e a chorar sem necessidade. A partir dos 18 meses, ela começa a perceber que é uma pessoa diferente de seus pais. As birras, por mais que não façam sentido, são as formas que a criança encontrou para começar a manifestar suas vontades;
      A manha é quando os pequenos querem chamar a atenção e pode durar a vida toda. Pode ocorrer por causa da chegada de um irmãozinho ou em um período em que estejam doentinhos, por exemplo.
Como lidar com a birra da criança?
· Antes de sair, converse com seu filho e diga que não poderá comprar o brinquedo que ele tanto quer naquele momento. Ouça-o também, e ajude-o a lidar com a frustração;
· Se a birra for em casa, deixe-o à vontade para extravasar a raiva. Às vezes, é só isso de que ele precisa. Apenas diga que está ali, caso ele precise;
· Tente fazer a criança tirar o foco da birra, com algum objeto que você tenha na bolsa ou dando alguma tarefa;
· Por mais que a birra também deixe você com os nervos à flor da pele, um abraço pode ser um ótimo calmante. Simplesmente envolver a criança em seus braços já ajuda. 
Hoje observando muitos pais, vejo que a falta de paciência impera na criação dos pequenos, muitas mães ou pais tem o comportamento de deixar para lá no momento de birra, ou simplesmente puni-las, como vemos através dos noticiários que muitas vezes as punições nestas situações são severas, levando até a atos de crueldade.
Quando minha filha fazia birra, o meu comportamento era ignorar até ela perceber que não adiantava gritar ou berrar para conseguir algo, que com este jeito, ela não ia conseguir nada, a resposta que eu tinha dela que parava de chorar, uma vez que percebia que não ia ser do jeito dela.
No entanto, o castigo funciona desde que tenha uma correspondência direta com o erro. Deve ser educativo e não punitivo. “A partir dos 3 anos, a criança já fica mais solta e tem percepção do que agrada ou não os pais. Antes disso, o “não” é muito importante, porque é o primeiro organizador psíquico. Até os 4, 5 anos de idade, a criança é naturalmente oposicionista. Em outras palavras, é do contra. Acha que é o centro do universo e as pessoas estão ali para servi-la”, explica Betty. Quantas vezes por dia seu filho diz “Mãe, tô com fome”, “Mãe, pega isso pra mim”, “Mãe, vem aqui”?
Muitos pais usam recursos para corrigir os filhos como palmadas, chineladas, tendo em vista foi criada a lei por persistência dos comportamentos de espancamento no Brasil, que deveriam ter sido abolidos com a promulgação da Lei Menino Bernardo, a Lei nº 13.010/2014, também conhecida como Lei da Palmada. “A cultura da palmada é muito arraigada e vai levar muito tempo para a gente mudar isso”. O menino Bernardo Boldrini foi assassinado em abril de 2014, quando tinha somente 11 anos de idade. De forma cruel, uma mistura de sedativos aplicada culminou em overdose por superdosagem do medicamento Midazolam. Em decorrência da morte do menino, a justiça brasileira ganhou a Lei do Menino Bernardo. 
” Estudos indicam que a palmada leve, as táticas de castigo e a violência verbal podem se configurar como um padrão de comportamento dentro das famílias e crescer exponencialmente em intensidade. “Se você dá um tapa numa criança que quebra um copo, o que vai fazer com a criança que quebra a TV?”, especulou a psicóloga. Em geral, reforçou, a pessoa que aplica a punição com castigo físico, tratamento cruel ou degradante não se encontra em estado de calma.” Existem várias evidências dos malefícios das estratégias mais punitivas ou agressivas sobre as crianças. Na prática, a criança vai aprendendo esse repertório de comportamento e vai usa -ló quando entrar na escola, na relação com outras crianças etc. “É um padrão de comportamento que tende a fazer com que haja mais aumento de violência”. “E o pior é quando a criança associa que amor implica violência, que é muitas vezes o que os pais dizem: ‘Te bati porque eu te amo, te corrigi porque eu quero te ensinar’ – e o quanto isso fica associado à nossa concepção de um relacionamento abusivo.” 
FORMAÇÃO E INFORMAÇÃO
As principais fontes de informação que atuam na formação dos adultos responsáveis em sua tarefa de estimular o desenvolvimento das crianças. Tende que a maioria dos cuidadores de crianças, tende a repetir o comportamento da forma que foram criados. “Em meu entendimento, as respostas sobre as fontes de aprendizado do respondenteabarcam toda a questão cultural”. A maioria das famílias também buscam informações de como criarem seus filhos através da internet “É sabido o fato de a internet ser hoje uma referência para as pessoas em relação ao desenvolvimento infantil, incluindo a escuta a influenciadores, instagramers, e a mídia formal, com os jornais e as revistas especializadas”. “A influência da internet é muito clara para mudanças de comportamento importantes que a gente vem acompanhando: o parto natural, a amamentação, os grupos de mães nas redes sociais. 
Outra fonte de pesquisas principalmente nas classes mais baixa é a Caderneta da Criança a última versão da Caderneta da Criança é um excelente recurso para as famílias no que se refere ao cuidado com a saúde e o estímulo ao desenvolvimento da criança. A Caderneta da Criança - Passaporte da Cidadania (2ª edição), versão menino e menina, é fruto de um convênio de cooperação do Ministério da Saúde (MS), através da Coordenação de Saúde da Criança e Aleitamento Materno (Cocam) e do Departamento de Ações Programáticas e Estratégicas (Dapes) da Secretaria de Atenção Primária à Saúde (Saps), com o Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz), e traz orientações sobre: os cuidados com a criança para que ela cresça e se desenvolva de forma saudável; os direitos e deveres das crianças e dos pais; aleitamento materno; alimentação complementar saudável; vacinas; saúde bucal; marcos do desenvolvimento; consumo; e informa sobre o acesso aos equipamentos e programas sociais e de educação.
CONCLUSÃO
Como foi percebido durante a pesquisa a todas as ferramentas oferecidas e comparadas através da observação do desenvolvimento da minha filha durante a infância, criar crianças não é um trabalho fácil. Exige tempo, dedicação, apoio físico e emocional para a mãe desde a gestação até os primeiros anos de vida da criança. São necessárias um trabalho fácil uma logística, uma organização de tempo para ajudar as crianças com os estímulos e estabelecer o vínculo de pais e filhos
Como podemos analisar a classe mais pobre é a que mais sofre na hora de cuidar das crianças e acompanha-las sozinhas. Com a renda reduzida, elas dependem dos familiares para ajudar na criação dos filhos e muitas vezes, nem conseguem vaga em creche, comprometendo o desenvolvimento da criança.
A classe alta é a que podem contar com um suporte extra como às babás, estes pais terceirizam todo cuidados dos pequenos para as suas cuidadoras e para os meios eletrônicos como: computadores, tablets, smartphones entre outros.
O fator comum entre todas as famílias seja pobre, sejam ricas é que todas estão sofrendo nesta pandemia.
Embora necessárias, as medidas impostas pelos nossos governantes, sejam necessárias, elas têm efeitos colaterais, especialmente o aumento do desemprego, cortes salariais e queda na demanda por serviços informais, o que prejudica a obtenção de renda principalmente entre as famílias mais vulneráveis. Além disso, o fechamento de escolas leva à suspensão das refeições nutritivas e balanceadas.
O estresse surge da confrontação entre uma situação desconfortável e os recursos que o indivíduo tem para lidar com eles. A avaliação da situação e os recursos para enfrentá-la são muito difíceis para uma criança pequena, sobretudo se os seus pais não puderem ajudá-la. Sem compreender direito a situação, reagindo principalmente às mudanças que percebem no comportamento dos familiares e em sua rotina de vida, é natural que as crianças pequenas passem a dormir mal, não comer, chorar, morder, demonstrar apatia ou distanciamento: são as formas delas lidarem com esta situação. Porém, são formas ineficientes, que prejudicam seus processos de aprendizagem, desenvolvimento e convivência. E o fechamento das escolas na rede pública, afetando a nutrição das crianças das camadas mais pobres e aumentando os gastos das famílias com alimentação.
Sabe-se que a qualidade do cuidado familiar, fator essencial para o crescimento e desenvolvimento das crianças, depende de boas condições psicossociais, sanitárias e econômicas. A precariedade do contexto familiar pode promover riscos ao desenvolvimento infantil, com a fragilidade nos vínculos afetivos. A convivência de vários familiares sob estresse psicológico em um mesmo domicílio, pode aumentar a tensão no ambiente, os casos de violência doméstica e a experiência de estresse tóxico nas crianças, com consequências potencialmente de longo prazo.
Exemplo disso: é a violência doméstica. O cenário da pandemia e do isolamento social tem intensificado sentimentos básicos de medo, desamparo e raiva e aumentado a frequência de reações violentas. Em consequência o auto índice de casos de violência contra mulheres e crianças.: física, psicológica, sexual e moral. Em relação a crianças, existem o abuso sexual, os maus-tratos físicos e emocionais e a negligência. Os efeitos negativos da violência no desenvolvimento infantil são avassaladores. Se considerarmos a importância dos primeiros anos de vida e a situação dos domicílios em que a mulher está grávida e sofre violência, o feto está sujeito a ter seu desenvolvimento comprometido. Além disso, no ambiente familiar em que a criança presencia atos de violência. contra a mãe ou onde ela mesma é a vítima, o estresse tóxico exerce um efeito negativo no desenvolvimento.
Outro motivo de preocupação é a interrupção de cuidados com a saúde, como a falta ponto de atenção refere-se à saúde mental materna. A depressão é um problema frequente entre as mulheres, ela ocorre normalmente num contexto de fatores de risco sociais e familiares, tais como baixo nível socioeconômico, desemprego, falta de apoio conjugal entre outros fatores A depressão materna exerce uma potente influência ambiental na vida familiar, afeta negativamente as relações familiares e prejudica o cuidado dos filhos as crianças pequenas, são extremamente sensíveis às emoções de seus cuidadores.
Os efeitos negativos da depressão materna sobre a saúde mental dos filhos pequenos podem ser reduzidos quando as crianças frequentam centros de educação infantil, como creches ou pré-escolas. O fechamento de creches e escolas podem agravar ou aumentar a ocorrência de crises nas mães.
O desenvolvimento infantil das nossas crianças é um desafio nesta era de mudanças e acontecimentos.
4. REFERENCIAS
· https://www.sbp.com.br/imprensa/detalhe/nid/menos-telas-mais-saude/
· https://mundoemcores.com/como-lidar-com-as-birras-da-crianca/
· https://paisefilhos.uol.com.br/familia/colocar-a-crianca-de-castigo-para-pensar-nao/
· https://naobataeduque.org.br/lei-menino-bernardo/
· http://bvsms.saude.gov.br/ultimas-noticias/3300-ms-e-fiocruz-apresentam-nova-versao-da-caderneta-da-crianca 
· https://www.tuasaude.com/como-e-um-parto-humanizado/#:~:text=Parto%20humanizado%20%C3%A9%20a%20express%C3%A3o,o%20nascimento%20do%20seu%20beb%C3%AA. 
· https://www.fmcsv.org.br/pt-BR/biblioteca/primeirissima-infancia-interacoes-comportamentos-pais-cuidadores-criancas-0-3-anos/?fbclid=IwAR2iekCmXWg_hw8uOyHoOfAws_e7ySCOlrCSLctXK72qH-sPqm1oxPd_sEo

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