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3ª SEMANA DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO Gastrulação No fim da 2ª semana, havia o disco bilaminar e no final do 7º dia surgiu a linha primitiva (uma invaginação que forma um sulco de células do hepiblasto). O que é gastrulação? Gastrulação é um conjunto de movimentos celulares que levarão a formação das camadas germinativas: ectoderma, mesoderma e endoderma A gastrulação começa com a formação da linha primitiva, que é induzida pelos tecidos extraembrionários. A partir do momento em que estes folhetos se formam, é estabelecida a orientação axial do embrião, ou seja, o eixo de sustentação do embrião se forma Disco Tridérmico ECTODERMA: Origina epiderme e anexos, SNC, SNP, epitélios sensoriais do olho, orelha e nariz, glândulas mamárias, hipófise, esmalte dentário, medular da supra renal, meninges, etc. MESODERMA: Origina tecido conjuntivo, cartilagem, osso, músculos estriado e liso, coração, endotélios, rins, ovários, testículos, ductos genitais, serosas, baço, cortical da supra renal. ENDODERMA: Origina epitélio gastrointestinal e respiratório, parênquima das tonsilas, tireoide e paratireoide, timo, fígado, pâncreas, epitélio da bexiga e da maior parte da uretra, revestimento timpânico e da tuba auditiva. Depois que a linha primitiva se forma, o sulco começa uma série de migrações celulares para todos os sentidos. A linha passa a liberar o Fator de Crescimento Fibroblástico 8 (FGF8 na imagem). Na ponta da linha primita, há um aumento do volume dessas células que forma o Nó de Hensen/ Nó Primitivo. OBS: A linha pontilhada representa o corte que será demonstrado na próxima imagem Endoderma Embrionário Pode-se perceber que o epiblasto, a partir do FGF8, começa a enviar algumas células que passam a substituir as células do hipoblasto. Gradualmente mas rapidamente, o hipoblasto é substituído por células diferenciadas do epiblasto, que agora formarão o Endoderma Embrionário. Esse movimento se segue e formarão várias estruturas simultaneamente: 1. Proliferação das células do epiblasto que avançam para a linha primitiva produzindo hormônios como epinefrina (adrenalina), norepinefrina (noradrenalina) e serotonina. 2. Na invaginação elas se fusionam e migram para os lados 3. Dirigem-se para a região cefálica 4. Algumas células epiblásticas ingressam no nível do nó de Hensen 5. Na invaginação da fosseta primitiva formam o processo notocordal, que cresce em direção cefálica Mesoderma Intraembrionário As células epiblásticas mudam de forma no momento da invaginação (garrafa), perdem as moléculas de adesão e adquirem características de células mesenquimais (estreladas ou com vários prolongamentos) formando o Mesoderma Intraembrionário. A partir do momento em que essas células se formam: O FGF8 controla o movimento celular por infrarregulação da caderina E. Logo começa a produção de ácido hialurônico, que irá permitir a fixação da água, mantendo as células separadas e em movimento. O ácido hialurônico forma uma camada de solvatação que permitirá que as células permaneçam distantes umas das outras. Assim, aumenta a difusão de nutrientes entre as células. Portanto, a partir do 16º dia, há a formação do Disco Tridérmico. EB: Epiblasto. O Nodal está envolvido na iniciação, manutenção da linha primitiva e supra regula vários genes responsáveis pela formação dos mesodermas ventral (anterior) e dorsal (posterior) e das estruturas da cabeça e da cauda, OU SEJA, DOS EIXOS DO CORPO. Eixos do Corpo Formação começa antes e durante a gastrulação. A formação do eixo é complexa. Eixo Cefalocaudal: Eixo Dorsoventral: Os fatores de transcrição: ● Fator Sonic hedgehog (SHH) ▪ Fator Sonic hedgehog (SHH) ● LIM1 ▪ Fator de crescimento fibroblástico 8 (FGF-8) ● HESX1 ▪ Lefty-1 ● Fator Segregado Cerberus ▪ Lefty-2 ● Família do TGF-β (fator Nodal, ativina, BMP-4) ● Fator de crescimento fibroblástico OS GENES antagonizam a atividade da BMP4: ▪ Cordina (ativado pelo fator de transcrição Goosecoid) ▪ Noguina ▪ Folistatina O eixo anteroposterior é controlado pelas células da margem anterior (cranial) do embrião no endoderma visceral anterior (EVA) pela interação dos fatores de transcrição de diferentes genes expressados no EVA. Ao lado, há a imagem de um corte sagital através do nó de Hensen e da linha primitiva, mostrando o padrão de expressão dos genes que regulam os eixos cefalocaudal e dorsoventral. Sirenomelia ou disgenesia caudal: Os indivíduos afetados exibem uma gama variável de defeitos: Hipoplasia e fusão dos membros inferiores; Anormalidades vertebrais; Agenesia renal; Ânus imperfurado; Anormalidades dos órgãos genitais; Nos humanos pode estar associado a diabete materna e outras causas. (Imagem 1). Gêmeos unidos pela superexpressão do gene Goosecoid (ativa os inibidores da BMP4, contribuindo para o desenvolvimento da cabeça em animais em laboratório). (Imagem2) Eixo cefalocaudal ou Anteroposterior ESTIMULADORES AÇÃO OTX2 LIM1 HESX1 Fator segregado cerberus e lefty Inibem a atividade Nodal na extremidade cranial antes da gastrulação Expressão de fator Nodal membro da família do fator de transformação do crescimento β (TGF-β) Iniciam e mantém a atividade celular da linha primitiva, controlando sua posição correta no disco embrionário Ativina (família do TGF-β) Estímulo da linha primitiva Proteína morfogenética óssea-4 (BMP-4) (família do TGF-β) fator de crescimento de fibroblástico (FGF) Estimulam o mesoderma a formar estruturas derivadas de suas porções intermediárias (gononefrótomo ou mesoderma intermediário - região das gônadas e rins); do sangue e da parede do corpo (mesoderma da placa lateral) Cordina (regulada pelo fator de transcrição Goosecoid) Noguina Folistatina Bloqueiam a ação da BMP-4 Expressão do Nodal para os lados do corpo FGF-8 produzido pelo Nó e linha primitiva induz a expressão de Nodal, apenas no lado esquerdo. Ainda não se sabe o porquê da cascata de reações iniciar pelo lado esquerdo, talvez o movimento ciliar das células do Nó possam gerar um gradiente de NODAL para a esquerda ou um gradiente de sinalização feito pelas GAP junctions 1. HNF-3β (fator nuclear hepático): Mantém ativo o Nó de Hensen, sem ele a gastrulação não ocorre, Também induz a formação do prosencéfalo e mesencéfalo. 2. FGF8 Estimula o Nodal que se junta ao LEFTY-2 e fazem a indução da placa neural no mesoderma da placa lateral e regulam a expressão do PITX2, que define o lado esquerdo. 3. Estes sinais dependem da concentração de serotonina (5HT) que é clivada pela MAO (monoamina oxidase) 4. LEFTY-1 É expresso no lado esquerdo do assoalho do tubo neural que faz barreira para que os sinais da esquerda não atravessem para a direita 5. SHH Faz barreira na linha média e reprime a expressão no lado direito dos genes do lado esquerdo. 6. Fator de transcrição Snail , talvez regule os genes efetores pelo estabelecimento do lado direito Eixo dorsoventral (assimetria direita-esquerda) ESTIMULADORES AÇÃO Expressão do fator de crescimento de fibroblástico 8 (FGF-8) Induz a produção de Nodal, só do lado esquerdo Mantém a expressão de Nodal no mesoderma da placa lateral esquerda, junto com o Lefty-2 Expressão do FGF-8 + Lefty-2 Regulam o fator de transcrição PITX2, que estabelece a lateralidade esquerda Expressão do Lefty-1 e Sonic hedgehog (SHH) Serve como barreira, impede que sinais de lateralidade esquerda passem para o outro lado Expressão do fator Sonic hedgehog (SHH) Reprime a expressão dos genes do lado esquerdo no lado DIREITO Expressão do gene Brachyury (T) Regula a formação do mesoderma dorsal nas regiões média e caudal. É essencial para a expressão de Nodal, Lefty-1 e Lefty-2 Bloqueio da ação do SHH União dos receptores IIa com a ativinaExpressão do fator de transcrição NKX 3.2 Restringe o mesoderma DIREITO, e regula os genes efetores responsáveis pelo lado DIREITO Destino das células: À medida que o mesoderma se forma logo abaixo do ectoderma, as células do nó de Hensen e da Linha Primitiva tornam-se responsáveis por determinadas zonas do embrião para formar os diferentes componentes do mesoderma. ➢ Cél região cefálica do nó → Notocorda ➢ Cél bordas laterais do nó e da extremidade cefálica da linha → Mesoderma Paraxial ➢ Cél região média da linha → Mesoderma Intermediário ➢ Cél parte caudal da linha → Mesoderma da Placa Lateral ➢ Cél extremo caudal da linha → Mesoderma Extraembrionário Alongamento do disco embrionário na 3ª semana O disco embrionário cresce e ao fim da 3ªsemana, ele deixa de ser um disco. No 15º dia há o início da linha primitiva e à medida em que ele cresce, sua forma muda (17º dia) com a linha primitiva crescendo em direção cefálica (pois há adição células na extremidade caudal, que empurram a linha para frente). As células do nó de Hensen, então, formam o processo notocordal (se alonga pela migração de células do nó primitivo) e simultaneamente a isso, no ectoderma, inicia a formação da placa neural. Pelo 18º dia, O processo notocordal e o mesoderma adjacente induzem o ectoderma embrionário sobrejacente a formar a placa neural. Quando o processo notocordal se alonga, a linha primitiva fica mais curta. No fim da 3ª semana (21º dia), a forma do embrião já mudou completamente, tornando-se piriforme. Destino da linha primitiva 1. Formar o mesoderma 2. É ativa até o início da 4ª semana 3. Depois da 4ª semana a linha primitiva regride e torna- se uma estrutura insignificante na região sacrococcígea do embrião, até desaparecer no final da 4ª semana Teratoma sacrococcígeo: Geralmente são benignos, são formados pelos restos da linha primitiva (pluripotentes), 80% são em meninas. Processo Notocordal Algumas células mesenquimais migram através da linha primitiva e, como consequência, adquirem os destinos de célula mesodérmica embrionária. Essas células então migram cefalicamente do nó e da fosseta primitiva, formando um cordão celular mediano, o processo notocordal. Esse processo logo adquire um lúmen, quando passa a se chamar de canal notocordal. Esse processo adquire uma luz - canal notocordal - e cresce até alcançar a placa precordal, área de células endodérmicas firmemente aderidas a ectoderma. O processo notocordal cresce entre o ectoderma e o endoderma até alcançar a placa pré-cordal, uma pequena área circular de células endodérmicas de aspecto cilíndrico, através das quais o ectoderma e o endoderma se fundem. Estas camadas fundidas formam a membrana bucofaríngea (boca). Caudalmente a linha primitiva há uma área circular também com disco bilaminar, a membrana cloacal (ânus). A porção ventral do processo notocordal se funde com o endoderma. As 2 camadas começam a desagregar, formando canais de comunicação entre o canal notocordal e o saco vitelino. O assoalho do conduto notocordal desaparece. A cavidade amniótica comunica-se transitoriamente com o saco vitelino, por meio do canal neuroentérico, que se fecha no final do desenvolvimento da notocorda. O processo notocordal agora é uma lâmina achatada, em baixo do neuroectoderma (sulco neural). O processo notocordal se dobra até se fechar e formar a notocorda. O endoderma se reconstitui. Os sinais enviados da região da linha primitiva produzem indução celular, de modo que as células precursoras notocordais passam a formar a notocorda, uma estrutura celular semelhante a um bastão. A notocorda surge pela transformação do bastão celular do processo notocordal. O assoalho do processo notocordal funde-se com o endoderma e degeneram. Ocorre então a proliferação de células notocordais a partir da extremidade cefálica, a placa notocordal se dobra e forma a notocorda. Notocorda: É um tubo celular com um canal interno que se forma a partir do processo notocordal, por estímulos de sinais indutores na linha primitiva. Define o eixo primitivo do embrião, dando uma certa rigidez. Serve de base para o desenvolvimento do esqueleto axial (ossos da cabeça e da coluna vertebral) Indica o local dos futuros corpos vertebrais A notocorda é a estrutura básica dos vertebrados, lhes conferindo o nome de Cordados (Chordata). A notocorda emite sinais que: ➔ Estimulam a transformação do ectoderma superficial em tecido neural ➔ Controlam a identidade de células do tubo neural ➔ Induzem a formação dos corpos vertebrais ➔ Estimulam os primeiros eventos do desenvolvimento do pâncreas Alantoide: É uma evaginação tubular do saco vitelino na região caudal em direção ao pedículo embrionário, formado pelo endoderma extra-embrionário. Nos embriões humanos o alantoide é pouco desenvolvido, parece que induz a formação dos vasos do cordão umbilical. Em embriões de répteis e aves é uma estrutura grande, em forma de saco, tem função respiratória e de reservatório de urina. Neurulação É a formação da placa neural, pregas neurais, fechamento das pregas para formação do tubo neural. A placa neural se forma a partir do ectoderma, que fica mais espesso. Simultaneamente, a placa neural se estende cranialmente em relação ao nó de Hensen. A notocorda induz a formação da placa neural. Enquanto a notocorda se alonga, a placa neural só irá se espessar cefalicamente até a membrana bucofaríngea enquanto o ectoderma estiver protegido da exposição à BMP, para se diferenciar em tecido neural. O nó primitivo libera noggin, chordin e follistatin que inibem a BMP, formando o prosencéfalo e o mesencéfalo. As estruturas caudais (rombencéfalo e medula espinhal) dependem do gene WNT3a e da proteína FGF. O ácido retinoico auxilia na organização do eixo craniocaudal. As pregas neurais se tornam proeminentes na extremidade cefálica e formam os primeiros sinais do desenvolvimento do encéfalo. No final da 3ª semana as pregas neurais se aproximam para formar o tubo neural, a fusão inicia na região cervical, acima do quinto somito. Passa a apresentar 3 pares de somitos e o celma já está praticamente formado. Formação da Crista Neural: Algumas células neuroectodérmicas se desprendem do tubo neural e do ectoderma de superfície e formam a crista neural. As células da crista neural sofrem uma transição epiteliomesenquimal, quando deixam o neuroectoderma e penetram no mesoderma. As células do tubo neural formarão quase todos os elementos do Sistema Nervoso Central (com algumas excessões da neuróglia). Crista Neural: As cristas neurais se dispersam no interior do mesênquima e migram em 2 direções (ventral e dorsal). 1. Via Ventral pela metade anterior de cada somito: ● Gânglios espinhais (Neurônios, células de Schwann e Células satélites) ● Gânglios do SNA (nervoso autônomo) ● Bainhas de neurilema dos nervos periféricos ● Meninges (pia-máter e aracnoide = leptomeninges) ● Células da medula da suprarenal ● Vários componentes musculares e esqueléticos da cabeça 2. Via dorsal através da derme: Chegam ao ectoderma por orifícios na lâmina basal dando origem aos melanócitos na pele e do folículo piloso (pelos) Na região da cabeça as células das cristas neurais irão formar estruturas da face e do pescoço. Já vimos que placa neural dá origem ao sulco neural e que bordas elevadas do sulco, formam as pregas neurais. Simultaneamente em direção cefálica, elevações produzidas pelo mesoderma subjacente, dos dois lados da linha média, formam o primeiro par de somitos. Somitos No início da terceira semana começa a formação dos somitômeros (precursores dos somitos) que são segmentos pares do mesoderma paraxial, formados por cordões espirais concêntricos de células mesenquimais, densamente agrupadas. Essa diferenciação celular começa a partir da região cefálica e em direção caudal, diferente do tubo neural e da notocorda. Na 3ª semana, chega-se a 44/45 pares de somitos, passa pela 4ª e termina na 5ª semana, quando termina a formação dos somitos. À medida que eles descem em direção caudal, a Linha Primitiva e o Nó deHensen regridem. Somitos são segmentos pareados, compostos por esferas de células mesenquimais com características epiteliais e que estabelecem contatos intercelulares, dispostas ao longo do tubo neural e notocorda, a partir do mesoderma paraxial. Elas precisam dessa comunicação e dos estímulos porque formarão as vértebras, músculos das costas e da parede do corpo, e a derme. Para isso, o mesoderma intraembrionário prolifera, formando duas colunas longitudinais denominadas mesoderma paraxial.(Fig. 1) O mesoderma paraxial se segmenta em blocos ou massas que são os somitos. Os somitos estão conectados com o mesoderma lateral de aspecto laminar. O mesoderma lateral apresenta cavidades que formarão o celoma intraembrionário.O mesoderma embrionário é continuo com o mesoderma extraembrionário. (Fig. 2) Nesse período a idade do embrião é expressa pelo número de somitos. Os somitos estão conectados com o mesoderma lateral através do mesoderma intermediário ou gononefrótomo. Eles continuam sua formação até substituir o último par de somitômeros caudais. Regulação Molecular dos Somitos: Os estímulos originam dos vizinhos: notocorda (ventral), tubo neural (dorsal), epiderme e mesoderma lateral. Há a liberação de Sonic hedgehog (pela porção ventral do tubo neural) e noggin (notocorda). Eles agem na parte ventral do somito para formar o esclerótomo que irão expressar o PAX1 PAX1 controla a condrogênese e a formação das vértebras. ● A proteína WNT (Wingless) produzida pelo tubo neural dorsal ativa o PAX3, que demarca o dermomiótono do somito ● A neurotrofina 3 (NT-3) da porção dorsal do tubo neural direciona a parte dorsal média do somito para formar a derme ● A WNT dirige a parte dorsomedial do somito a diferenciar-se em células precursoras musculares e a expressar o gene específico dos músculos MYF5,para formar os músculos epaxiais (das costas) ● O conjunto das ações da proteína BMP-4 (inibindo) liberada pelo mesoderma lateral + a proteína WNT (ativando) liberada pela epiderme, as duas juntas irão ativar a expressão de MYOD (gene específico dos músculos) dorsolateral do somito formando os músculos hipaxiais (parede do corpo e membros) Celoma Intraembrionário O celoma (cavidade) intra-embrionário como espaços celômicos isolados no mesoderma lateral e no mesoderma cardiogênico que se unem, formando uma cavidade em forma de ferradura. Termina a formação do celoma intraembrionário, que se comunica com o celoma extraembrionário. O celoma intraembrionário é limitado por 2 folhetos do mesoderma lateral Da separação do mesoderma lateral se formam: somatopleura (parede do corpo embrião), esplancnopleura (intestino do embrião). Formação das Ilhotas Hemangiogênicas: AKA formação do sangue. A vasculogênese e angiogênese começam no início da 3ª semana no Mesoderma extraembrionário, no saco vitelino, no pedículo do embrião e no córion. No final da 2ª sem o sangue materno já nutre o embrião, por difusão através do celoma extraembrionário e do saco vitelino. Na 3ª sem. aparece o primórdio da circulação uteroplacentária. No embrião a formação dos vasos começa 2 dias depois. As Ilhotas sanguíneas são formadas por angioblastos que se diferenciam em hemangioblastos. A hematogênese começa na 5ª semana. Vasculogênese Formação de vasos a partir das células mesodérmicas das Ilhotas sanguíneas a partir do saco vitelino. Os hemangioblastos apresentam dois receptores para o VEGF: Angiogênese: Continuação da formação dos vasos sanguíneos a partir de vasos pré-existentes. Hemangiomas capilares: São vasos sanguíneos capilares que formam os tumores mais comuns dos recém nascidos (10%). Podem ocorrer em qualquer lugar, mas são mais frequentes nas estruturas craniofaciais. Ilhotas Hemangiogênicas e Vasos Fora do Embrião: A partir das ilhotas hemangiogênicas, temos a formação dos vasos embrionários. Esses vasos começam a se formar no saco vitelino, vão para o pedículo para formação do cordão umbilical e também chegam até o cório, onde inicia-se a formação de vilosidades coriônicas para formação da placenta. Formação de vasos sanguíneos extraembrionários nas vilosidades coriônicas, no cório, no pedículo embrionário e na parede da vesícula vitelina em um embrião pré-somítico de aproximadamente 19 dias (Fig. 1) Anexos Embrionários aos 21 dias: O sangue fetal nos capilares está separado do sangue materno que banha a vilosidade pelo endotélio do mesoderma extra-embrionário, pelo citotrofoblasto e pelo sinciciotrofoblasto. Concepto: composto pelo embrião e seus anexos ou membranas associadas. O concepto inclui todas as estruturas embrionárias e extra-embrionárias que se desenvolvem a partir do zigoto. Portanto, inclui o embrião e também a parte embrionária da placenta e suas membranas associadas — âmnio, saco coriônico e saco vitelino. Sistema Cardiovascular Primitivo A fusão dos tubos cardíacos formam o tubo cardíaco primitivo. No fim da 3ª semana o sangue circula e o coração começa a bater (21- 22º dia), mesmo ainda não estando 100% formado. O sistema cardiovascular é o primeiro sistema de órgãos que alcança um estado funcional Os batimentos cardíacos podem ser detectados por ultrassonografia, a partir da 5ª semana. Primórdio cardíaco e vasos arteriais e venosos do embrião e anexos (Fig. 1) Sistema cardiovascular primitivo aos 21 dias (Fig. 2) Resumo da 3ª Semana 1. Aparecimento da linha primitiva 2. Formação da notocorda 3. Formação do tubo neural 4. Formação da crista neural 5. Formação dos somitos 6. Formação do celoma intraembrionário 7. Término da formação das vilosidades coriônicas 8. Formação de vasos sanguíneos e do sangue
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