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Projeto Finalizado Centro De Desenvolvimento para Autistas

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Á VOSSA SRA. 
DEPUTADA ESTADUAL PATRÍCIA BEZERRA
Projeto:
CENTRO DE APOIO PARA O DESENVOLVIMENTO DE PESSOAS COM AUTISMO 
PSICÓLOGA NAYARA MARIA SPÓSITO AZEDIAS - CRP 06/105362
Equoterapeuta / Método ABA
POMPÉIA/SP
2022
Á VOSSA SRA. 
PREFEITA ISABEL CRISTINA ESCORCE JANUÁRIO
Projeto:
CENTRO DE APOIO PARA O DESENVOLVIMENTO DE PESSOAS COM AUTISMO 
PSICÓLOGA NAYARA MARIA SPÓSITO AZEDIAS - CRP 06/105362
Equoterapeuta / Método ABA
POMPÉIA/SP
2022
Psicóloga Nayara Maria Spósito Azedias – CRP06/105362
Equoterapeuta/ Método ABA
Este trabalho foi desenvolvido com grupo de apoio as Mães Atípicas da cidade de Pompéia/SP juntamente com as nossas queridas Vereadora e Psicóloga Sra. Claudia Gomes Da Silva Oliveira Bento do Partido PTB e Assistente Social Manuela Soares Savério e apresentado à Sra. Deputada Patrícia Bezerra do Partido PSDB – como parte dos requisitos para obtenção do CENTRO DE APOIO PARA O DESENVOLVIMENTO DE PESSOAS COM AUTISMO.
Pompéia/ SP
2022
Agradecimentos
Tudo em nossa vida tem um propósito e tudo tem um tempo certo para acontecer. Não adianta apressar o passo nem inquietar o coração. Só chega no tempo certo e só acontece quando tem que ser. É assim o agir de Deus, Ele faz acontecer o melhor e nada será antes nem depois. Quem confia nos desígnios de Deus é surpreendido e jamais decepcionado. E assim concluo mais um projeto em minha vida. Onde o principal autor é Deus. A Ele todo meu agradecimento, pela força, por ter me dado ânimo e determinação até aqui. Sem Ele eu não chegaria até aqui. Agradecimento em especial aos meus queridos orientadores, e incentivo que foram fundamentais para realizar e prosseguir este trabalho. Saliento o apoio incondicional prestado, a forma interessada, extraordinária e pertinente como acompanhou a realização deste trabalho. Não posso esquecer a sua grande contribuição para o meu crescimento Eternamente grata por todo o apoio. Agradeço aos meus familiares o apoio e força, em especial meu noivo Luis Fernando Silva Domingues que me ajudou até o último tempo. E não desistiu de mim. A ele também meus mais sinceros agradecimentos. Serei eternamente grata a sua ajuda em minha caminhada neste projeto. Agradeço também a minha mãe Maria de Lourdes, que com as suas orações, apoio e incentivo me trouxe até aqui. Sem seu amor e cuidado eu não seria nada. Agradeço ao meus filhos Ana Luiza e Lucas, que mesmo pequenos sempre me deram forças para conseguir o novo, pelo simples fato de existirem. E me mostrar como podemos amar o outro mais do que a nós mesmo. Obrigada por existir em minha vida. Ao meu pai José Luis, pelo encorajamento, conselhos de persistência , e disponibilidade demonstrados durante a realização deste trabalho. Muito obrigada pelo apoio constante nas grandes e pequenas coisas. 
Aos demais, meu muito obrigada.
Psicóloga Nayara Maria Spósito Azedias – CRP06/105362
Equoterapeuta/ Método ABA
Resumo
O presente trabalho contempla a elaboração de uma proposta projetual de um Centro de Apoio para autistas, que será situado no município de Pompéia/SP e atenderá pessoas de cidades próximas também. A questão da inclusão é um tema contemporâneo e recorrente na sociedade atual, desta forma, a criação de um espaço para interação e trabalhos realizados com autistas pode contribuir para a efetivação do processo de inclusão educacional e na melhora do futuro na saúde dos autistas e na vida social, pois no espaço proposto estes serão estimulados. A estrutura do trabalho conta com a revisão bibliográfica sobre o autismo dentro de um contexto geral; os desafios presentes no processo de inclusão escolar, o processo de aprendizagem e normas que devem ser seguidas e respeitadas para a elaboração ideal do espaço que será proposto. A inserção deste espaço destinado a atender autistas e suas famílias, poderá contribuir de forma positiva para que um maior número de pessoas tenha a oportunidade de conviver entre si, podendo ainda usufruir de um espaço adequado às suas necessidades e assim contribuindo para a melhoria de vida no futuro.
Palavras chave: Autismo. Inclusão. Proposta Projetual. Desenvolvimento.
Sumário
Justificativa 
Temática
. 	Temática: Saúde O autismo no Brasil
O autismo no Brasil
.	Histórico
Equoterapia : O que é a Equoterapia?
. 	Histórico
Proposta de Centro Avançado para Autismo:
.	Centro de apoio ao Autismo com Equoterapia
Usuários 
Diretrizes Projetuais:
Programas de Necessidades
Introdução
O trabalho presente consiste no estudo da síndrome de autismo, a compreensão de suas características, sua constituição e os mecanismos para minimizar os impactos que afetam a percepção dos portadores na sua interação com os ambientes. A sua aplicação servirá para desenvolver um Centro de apoio inclusivo com enfoque nas crianças com autismo e o seu tratamento por meio de terapias focadas no desenvolvimento e independência dos portadores. Além disso, o trabalho surge como resposta a uma necessidade enfrentada pela cidade, que é criar um espaço maior e planejado para oferecer melhores serviços e condições no suporte aos pacientes e sus familiares. 
A proposta do trabalho busca promover a população o desenvolvimento, interação e o aprimoramento de suas habilidades, em uma questão tão presente e cada vez mais comum na sociedade, que é o Transtorno do Espectro Autista. 
O autismo é caracterizado como um tipo de síndrome que afeta diretamente o comportamento dos indivíduos. A síndrome foi descrita pela primeira vez por Kanner em 1943, ao observar que algumas crianças acompanhadas por ele apresentavam características pouco peculiares às demais, tais como: a incapacidade de estabelecer relacionamentos com outras pessoas; distúrbios graves de linguagem e, além disso, apresentavam-se muito preocupados com coisas que eram imutáveis. Kanner denominou este conjunto de características como autismo infantil precoce (PAPIM; SANCHES, 2013).
As crianças que apresentam o Transtorno do Espectro Autista, possuem dificuldade para assimilar regras básicas necessárias ao convívio com o outro, somam-se a isto, a sua dificuldade em se comunicar verbalmente, não compreendendo o que os outros que estão à sua volta esperam dela. Dentro deste contexto, a definição dos quadros de Autismo Infantil foi atualizada e, passou a ser denominada por Transtornos de Neurodesenvolvimento, os quais englobam os processos de comunicação, socialização e aprendizagem, que são prejudicados durante o processo de desenvolvimento da criança (SANTOS; SANTOS; SANTANA, 2010).
Justificativa 
De acordo com o governo dos Estados Unidos em publicação feita pelo CDC no ano de 2016, no país 1 em cada 54 crianças está dentro do que chamamos de TEA (Transtorno do Espectro Autista). Esse valor, em relação a publicação do ano de 2012 revela um aumento de 15% de casos no país.
Em relação a relevância dos casos de autismo pelo mundo, a OPAS (Organização Pan-Americana da Saúde) estima que, globalmente, 1 em cada 160 crianças possui o transtorno do espectro autista. Essa estimativa justificativa representa um valor médio, podendo variar significativamente entre estudos, que feitos em diversas partes do mundo estimam que cerca de 1-2% da população mundial possua TEA.
Ainda de acordo com a OPAS (Organização Pan-Americana da Saúde), em estudos epidemiológicos conduzidos nos últimos 50 anos, a prevalência de TEA mostra estar aumentando expressivamente, em âmbito global, sem apresentar relação com raça, etnia ou grupo social. 
No Brasil não existe um censo oficial para informar o número de pessoas com autismo, apenas algumas estimativas. Em comparação a outros lugares que desenvolve pesquisas e levantamentos de dados desde a década de 1980, é visível que no país existe uma precariedade e um o atraso sobre o assunto. Além disso o número de instituições para atendimento aos indivíduos com TEA é insuficiente e distribuído de modo irregular no país (PORTOLESE, J. et al., 2017). 
Segundo a OMS (Organizaçãomundial da Saúde - 2007), estima-se que, mundialmente, existem 70 milhões de autistas diagnosticados. 
Nacional No livro “Retrato do Autismo no Brasil”, estima-se que, em 2010, cerca de 1,2 milhões de pessoas no país possuíam autismo (Melo et al., 2013). Segundo as análises da ONU, esses números podem chegar a 2milhões. 
Regional O Estado de São Paulo não possui um Censo oficial que quantifique os habitantes autistas, porém a pesquisa de Carolina Vieira (VIEIRA, Carolina et al., 2013) acredita que o número chegue a quase 300mil pessoas dentro do espectro. Contudo, apesar de numerosos, os milhões de brasileiros autistas ainda sofrem para encontrar tratamento adequado. Informações sobre o transtorno ainda são vagas e pacientes têm dificuldades em obter diagnóstico precoce e tratamento
No ano passado, o presidente Jair Bolsonaro sancionou a Lei 13.861/2019, que obriga a inclusão, nos censos demográficos, de informações específicas sobre pessoas com autismo. O motivo é a inexistência de dados oficiais sobre as pessoas com transtorno do espectro autista (TEA) no Brasil.
De acordo com os dados levantados, Pompéia apresenta 1 instituição que é a APAE (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) especializada no tratamento de autismo. Dessa forma a criação de um centro de apoio especializado no atendimento as pessoas com TEA e seus familiares, tendo como enfoque a equoterapia, vem da necessidade real da população pompeense por assistência terapêutica.
Campanha por apoios
Está pronto para votação no Plenário do Senado um projeto de lei que cria Centros de Atendimento Integral para Autistas pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A proposta (PLS 169/2018) é fruto de uma ideia legislativa apresentada ao Senado pela mãe de uma jovem autista. 
Autora da ideia juntamente com outros pais de crianças e jovens com transtorno do espectro autista (TEA), a assistente social Irene Jucá conta que procurou diversos especialistas (psicólogos, neurologistas, fonoaudiólogos) quando começou a notar alguns atrasos no desenvolvimento de sua filha Letícia Aguiar, na década de 1990. 
“Alguns disseram que eu estava me preocupando demais” — lembra Irene.
Letícia passou por tratamentos, mas apenas em 2014, quando tinha 21 anos, recebeu o diagnóstico de transtorno do espectro autista.
“Se hoje o acesso a profissionais especializados é difícil, imagine naquela época”.  
O diagnóstico e o tratamento do autismo exigem uma análise multidisciplinar, e a imensa maioria dos brasileiros não tem acesso a esse direito. Irene conta que, quando morou no interior do Ceará, conheceu mães que passavam o dia viajando de carro — “subindo e descendo as serras” — para levar seus filhos para a escola, para psicólogos, médicos e outros profissionais de saúde, simplesmente porque não conseguiam todos os atendimentos em uma mesma cidade.
“ Era desgastante para as crianças, que são mais sensíveis a quebras de rotina” — diz Irene.
Em 2017, Irene e alguns familiares de jovens e crianças autistas de Fortaleza decidiram se juntar para tentar fazer algo que mudasse aquela situação. Depois de algumas reuniões, as famílias resolveram propor uma mudança de legislação pelo Portal e-Cidadania do Senado Federal. Redigiram a várias mãos uma ideia legislativa: a proposta de criação de Centros de Atendimento Integral para Autistas pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Hoje os centros especializados são tão poucos que algumas famílias até mudam de cidade para que seus filhos tenham acesso aos melhores tratamentos.
Depois de cadastrar a ideia no portal, o grupo de Fortaleza criou uma página de Facebook, mandou mensagens e saiu às ruas pedindo apoios para a ideia. Conseguiram alcançar os 20 mil exigidos para que a proposta fosse transformada em sugestão legislativa e encaminhada à Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH).
Em 2018, a CDH aprovou a sugestão, que passou a tramitar como Projeto de Lei (PLS) 169/2018, que prevê a obrigatoriedade da prestação de assistência integral à pessoa com autismo pelo SUS. No último 21 de setembro, a Comissão de Assuntos Sociais (CAS) aprovou o parecer do relator, o senador Fabiano Contarato (Rede-ES), e o projeto agora segue para votação em Plenário.
 “Em nosso país, as iniciativas governamentais direcionadas ao acolhimento de pessoas com transtorno do espectro autista desenvolveram-se tardiamente. A aprovação desse projeto que vai beneficiar milhares de pessoas” — disse Contarato.
A ideia de Irene é um avanço em relação à Lei 12.764, de 2012, que instituiu a Política Nacional dos Direitos da Pessoa Com Transtorno de Espectro Autista, conhecida como "Lei Berenice Piana". Em entrevistas, Berenice Piana, mãe de um jovem autista, declarou que “o autista vivia em um limbo. Ele não era nem uma pessoa neurotípica nem uma pessoa com deficiência”. A lei reconhece que a pessoa com TEA é considerada pessoa com deficiência, para todos os efeitos legais. Também determina o direito dos autistas a diagnóstico precoce, tratamento, terapias e medicamentos pelo SUS, além de acesso à educação e proteção social. 
Irene acredita que a criação dos centros é um passo indispensável:
“Fala-se em incapacidade, mas as pessoas autistas são obrigadas a conviver em ambientes que não favorecem seu desenvolvimento” — enfatiza a assistente social.
(Fonte: Agência Senado)
O que é o Autismo?
Autismo é derivado do grego “autós”, que tem o significado de “por si mesmo” ou “de si mesmo”, a palavra foi pela primeira vez utilizada pelo psiquiatra Eugen Bleuler afim de descrever “a fuga da realidade para um mundo interior” em pacientes esquizofrênicos (AUSTISMO&REALIDADE). 
Classificado como “transtorno de desenvolvimento intelectual, permanente, que afeta o funcionamento do cérebro” (ASSOCIAÇÃO AMERICANA DE AUTISMO,1978), é também nomeado transtorno do espectro autista (TEA), ou ainda ASD – Autism Spectrum Disorder. O TEA de modo geral é reconhecido por alguns sinais e sintomas, como deficiência intelectual, dificuldades de coordenação motora e de atenção. Apesar de serem características do transtorno, o comprometimento dessas funções varia muito de pessoa para pessoa e seus níveis também são variáveis. 
Há ainda uma classificação dos autistas referente a esse nível, sendo ela: 1. Indivíduos com alta funcionalidade; são aqueles que tem pouco comprometimento de suas funções, tendo assim, maior facilidade em manter uma vida ativa nos estudos, trabalho e relacionamentos interpessoais. 2. Indivíduos com média funcionalidade; neste caso, o autista requer auxílio em seu cotidiano e em seus afazeres simples, como tomar banho. 3. Indivíduos com baixa funcionalidade; de modo geral, são dependentes de assistência e acompanhamento ao longo de toda a vida.
As características mais marcantes e que são critério para definição do TEA, são , deficiência social e de comunicação e comportamentos repetitivos e estereotipados. Tem-se ainda dentro das características citadas, disfunções comuns, apesar de haverem variantes de níveis e recorrência entre os indivíduos encontrados no espectro. São elas: 
• Dificuldade de interagir socialmente, os autistas podem ser confundidos com pessoas tímidas, por normalmente terem dificuldades em manter contato visual, expressar suas emoções e fazer amigos.
 • Dificuldade na comunicação, são conhecidos por terem fala repetitiva e grande dificuldade em iniciar conversas e manter diálogos.
 • Alterações comportamentais, são indivíduos extremamente apegados a rotina, têm manias, ações repetitivas, hipo ou hiper sensibilidade sensorial e de modo geral têm interesse excessivo em temáticas específicas
Histórico
1911 - Eugen Bleuler, psiquiatra austriaco, usa a palavra autismo pela primeira vez associada a uma forma de esquizofrenia.
1943 - Leo Kanner, psiquiatra austriaco, publica um estudo no qual observa 11 crianças possivelmente autistas e cria o conceito de “mãe geladeira” relacionando os casos de autismo a uma relação parental distante.
1944 - Hans Asperger, pesquisador austríaco, publica“A psicopatia autista da infância”, fazendo um estudo de observação com mais de 400 crianças. Acabou chamando as crianças de “pequenos mestres”.
1960 - Lorna Wing descreve a tríade de sintomas do TEA: alterações na sociabilidade, comunicação/lingualidade e padrão alterado de comportamento.
1980 - Autismo passa a ser visto como uma síndrome, como um distúrbio do desenvolvimento e não mas como um quadro de esquizofrenia/psicose.
2007 - ONU decreta o dia 2 de abril como o dia mundial de conscientização do Autismo.
Temática: Saúde 
LEI Nº 13.146, DE 6 DE JULHO DE 2015. Institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência). Art. 18. É assegurada atenção integral à saúde da pessoa com deficiência em todos os níveis de complexidade, por intermédio do SUS, garantido acesso universal e igualitário. 
A Organização Mundial de Saúde (OMS) define saúde não apenas como a ausência de doença, mas como a situação de perfeito bem-estar físico, mental e social. No Brasil, o órgão responsável pela administração e manutenção da Saúde pública do país (Ministério da Saúde) afirma que sua função é dispor de condições para a proteção e recuperação da saúde da população, dando, assim, mais qualidade de vida ao brasileiro. 
Como vemos, essa é uma temática essencial para qualquer país, ainda mais no Brasil, onde a carência nessa área é alarmante. É através dela que se pode garantir e respeitar a dignidade de cada cidadão que integra e constrói a sociedade. Atualmente, o Estado brasileiro tem buscado, por meio de formulação de políticas públicas, garantir a ampliação do acesso à saúde, com objetivo de melhorar as condições de vida das pessoas com deficiência, mas mesmo assim, quando se trata de saúde pública em relação ao tratamento de autismo, a situação é ainda um pouco mais delicada.
Medicação no Autismo
Quando se fala em tratamento para autismo, as possibilidades podem direcionar tanto para terapias como no uso de medicamentos. É importante salientar que um não isenta o outro de sua eficácia. Ambos se complementam e isso deve ser levado com total seriedade pelos pais. O assunto de hoje, porém, será o uso de medicamentos para amenizar e tratar o Transtorno do Espectro Autista (TEA).
Qual o primeiro passo deve ser tomado?
Antes de tudo, a iniciativa que deve ser tomada no começo é a procura por um profissional da área médica, sobretudo um neuropediatra. Embora o autismo seja tratado sob o auxílio de uma equipe multidisciplinar, no qual a composição conta com terapeutas ocupacionais, psicólogos comportamentais, psiquiatras, fonoaudiólogos, psicopedagogos, entre outros; o médico conhece o remédio mais indicado para ser adicionado às intervenções propostas.
Logo após esses contatos iniciais, o profissional da saúde saberá indicar qual o medicamento mais apropriado para o uso regular da criança, do jovem e do adulto que convive com o TEA. O tratamento para autista é fundamental para diminuir muitas características que só tendem a provocar prejuízos na vida funcional do paciente.
O tratamento para autismo com remédios
Quando um neuropediatra indica um medicamento para seu filho com autismo, por exemplo, o uso da substância visa a uma maneira de tratar os sintomas que estão ligados ao transtorno, tais quais: a irritabilidade, a hipersensibilidade, os comportamentos repetitivos, a impulsividade, entre outros diversos que afetam as pessoas. No entanto, vale lembrar que o medicamento não acaba com as características citadas acima, mas ameniza de forma considerável.
Os remédios também são excelentes na estimulação de fatores que são imprescindíveis para o desenvolvimento pessoal e social das crianças, como a concentração e a comunicação. Por meio deles, os pacientes conseguem unir o progresso que as terapias que lhes proporcionam ao efeito tranquilizante estimulador dos produtos prescritos pelos médicos.
Existe algum receio por parte dos pais?
Sim. Importante salientar como muitos pais vivem cheios de dúvidas. Portanto, é absolutamente normal que eles também sintam medo acerca dos medicamentos que a criança com autismo deve usar. Isso acontece porque os responsáveis pelo paciente têm suas resistências aos remédios pelos motivos abaixo:
– modificações negativas;
– efeitos colaterais a curto ou em longo prazo;
– estímulo de vícios;
– mudança de personalidade;
– risco de dopar quem se submete às substâncias.
Por isso é fundamental que se estabeleça uma relação de periodicidade com o médico responsável pelo tratamento de seu filho. As visitas aos consultórios devem ser feitas regularmente a fim de que haja uma troca de informações constantes em prol da criança, do jovem ou do adulto.
O resultado é o mesmo para todos os casos?
Não. É importante ressaltar que em se tratando de autismo, as generalizações não devem ser consideradas, pois cada paciente apresenta uma demanda. Isso significa que os remédios usados no tratamento para autismo têm resultados diversos, mas com a vantagem em comum de diminuir traços prejudiciais e desenvolver aspectos benéficos. Converse com um especialista.
Proposta de Centro Avançado para Autismo:
Segue composto por 3 núcleos, sendo eles: 
. Núcleo de convivência, 
. Núcleo de tratamento e
. Núcleo esportivo.
 Esses espaços são rigorosamente divididos de acordo com o potencial sensorial de suas funções, podendo variar de áreas muito estimulantes até áreas pouco estimulantes, sendo que as zonas de transições são pensadas como ponte de conexão dessas áreas.
 As atividades presentes dentro do programa são inúmeras, sendo as atividades divididas entre relacionamento público e tratamento para autistas. Apesar de não possuir um espaço neurologicamente típico, a integração para pessoas com autismo é facilitada por muitas salas de terapia especificas, como salas de terapia individual e coletiva complexas, salas de esporte, jardins de estimulação sensorial.
O projeto apresenta questões com: organização espacial, acústica bem projetada, elementos de textura, cor, padrões e iluminação, que contribuem para que o edifício atenda às necessidades sensoriais do autismo. A materialidade utilizada no Centro também influencia na tranquilidade dos alunos, devido ao uso de texturas e cores adequadas para cada necessidade sensorial. Sendo assim, o complexo acolhe crianças autistas de forma confortável eficiente e segura.
A proposta consiste em desenvolver um espaço que consiga compreender as características e particularidades das pessoas com TEA. Promovendo aqueles que irão frequentar o equipamento, uma sensação de estar em seu mundo interior.
 Para isso quatro pontos norteiam o projeto, sendo eles: 
. Integração sensorial; 
. Relação espaço e natureza; 
. Racionalidade construtiva; 
. Zoneamento.
 Esses pilares são importantes para que o pacientes do Centro se sintam compreendidas e acolhidas dentro do ambiente em que estão inseridos.
Programa de Necessidades:
Setor Administrativo: recepção, área de convivência cozinha, coordenação geral diretor técnico, diretor financeiro, sala de reunião, tesouraria, suporte técnico , central de processamento de dados assessoria de comunicação, assistência jurídica, recursos humanos, e arquivo.
Serviços: depósito/almoxarifado ,carga e descarga, estacionamento 
(Foto Ilustrativa)
Setor Diagnóstico: assistência social - atenção aos pais, avaliação e diagnóstico consultório médico (Psiquiatria - Neuropediatra) sala de fonoaudiologia, sala de psicoterapia ,sala espelho estúdio de arte , brinquedoteca , assistência social , sala de fisioterapia, sala de psicopedagogo ( brinquedoteca , laboratório de informática), enfermagem, picadeiro e redondel (se houver a Equoterapia), banheiro masculino, banheiro feminino e banheiro PNE
(Foto Ilustrativa)
Diretrizes Projetuais:
As diretrizes projetuais precisam ser pensadas de forma a atender as características e especificidades das pessoas autistas. Para isso o projeto o projeto deve buscar as seguintes implantações de:
 Zonas sensoriais: que tem como intuito organizar os espaçosde acordo com suas características sensoriais. Dividindo os espações com atividades muito estimulantes, pouco estimulantes e entre elas, as zonas de transição. 
Espaços de interação: que são espaços que permitem a oportunidade de construção habilidades sociais, de preferência nas zonas de transições. 
Materiais e cores: pensar no projeto com elementos que tragam conforto e aconchego, usando cores e texturas para a edificação. 
Segurança: obter de soluções arquitetônicas que gerem segurança nos indivíduos que estarem nele. Como por exemplo: optar por uma construção horizontal, com pouca utilização de escadas e entre outros elementos que possa expor a criança um perigo.
(Espaço Montessori) - (Foto Ilustrativa)
Usuários 
O autismo pode ser diagnosticado antes dos 03 (três) anos de idade, podendo ser percebido, em alguns casos, já nos primeiros meses de vida. Através de dados levantados percebemos que a idade de pessoas autistas em Pompéia - SP está em média entre 2 a 10 anos, o programa é para ser voltado para essa faixa etária.
Centro de Apoio para o desenvolvimento de pessoas com autismo:
Equipe Multiprofissional 
Neuropediatra
O acesso a informações sobre o Transtorno do Espectro Autista está cada vez maior, o que tem feito com que a busca por um diagnóstico seja feita cada vez mais cedo, o que favorece muito a criança.
“Os pais e a escola estão melhor informados e atentos aos sinais do TEA. E vale ressaltar que, quanto mais cedo fecharmos o diagnóstico e iniciarmos o tratamento, melhor a resposta da criança”, lembra Dra. Daniela
A neuropediatria é responsável por fechar o diagnóstico de TEA, mas as terapias envolvem outras especialidades, como psicologia, fonoaudiologia, psicopedagogia, educador físicos, terapia ocupacional, etc
Se os pais perceberem que a criança, mesmo muito pequena, entre 1 e 2 anos de idade, não está se desenvolvendo ou está apresentando um comportamento não esperado, é indicada a avaliação de um neuropediatra”, explica.
Os casos mais indicados são:
– Regressão ou atraso de fala
– Dificuldade de interação com outras crianças ou adultos
– Olhar pouco nos olhos
– Incômodo com o contato físico
– Realizar movimentos repetitivos
– Apresentar interesses muito restritos e exagerados por determinado objeto ou atividade (água, objetos que rodam, seletividade por uma cor específica)
– Manias (enfileirar objetos, fazer determinado som)
– Estereotipias
– Brincar apenas com parte de um brinquedo (rodar a roda do carrinho, por exemplo)
– Compulsão ou seletividade alimentar (só come alimentos de determinada consistência ou cor, rejeitar algo novo)
– Distúrbios do sono (geralmente agitação).
A especialista esclarece que esses sintomas podem instigar os pais a visitarem um neuropediatra, mas não necessariamente significam que a criança é autista. “Pode não se tratar de TEA, uma vez que há diversos quadros comportamentais possíveis dentro destas características”. E completa: “O diagnóstico fechado de TEA é dado geralmente pelo neuropediatra ou psiquiatra.”
Em certos casos, o neuropediatra inclui medicamentos no processo de tratamento de TEA. “A indicação dos medicamentos tem como objetivo atuar nos sintomas quando estão muito acentuados e não são atenuados com as terapias. Entre esses sintomas estão irritabilidade, agressividade, distúrbios do sono, labilidade emocional, estereotipias (movimentos repetitivos) importantes etc.”, esclarece a neuropediatra.
A neuropediatria é o primeiro profissional que os pais devem procurar ao perceberem alguma alteração no desenvolvimento da criança. Lembrando que um diagnóstico precoce tende a trazer resultados mais efetivos para o bom desenvolvimento dos filhos.
“Diante de qualquer suspeita de que algo não vai bem com a criança, os pais devem procurar um especialista. Mesmo diante de um diagnóstico de TEA, há muito a ser feito. As crianças sempre nos surpreendem com os progressos que alcançam”, comenta Dra. Daniela.
Psiquiatra
Os psiquiatras, por exemplo, vão aprender a identificar as nuances de cada distúrbio mental e a observar os sinais de melhora e piora para adequar o tratamento de cada caso.
A função do psiquiatra transcende ao diagnóstico e ao ato de medicar. A função do psiquiatra é avaliar as capacidades e necessidades do indivíduo afetado pelo TEA, ou por qualquer outro transtorno, e discriminar qual das técnicas já conhecidas cientificamente propicia mais chances de melhoras e quais são os profissionais disponíveis e experientes para o trabalho.
Para as pessoas com TEA, a técnica de psicoterapia denominada Treinamento de Pais (de familiares em geral) é de extrema importância. A técnica de Estimulação e Integração Sensorial (realizada pela Terapia Ocupacional) é fundamental para a organização psíquica das crianças e consequentemente sua melhoria clínica. A Comunicação verbal e não verbal é outro pilar do processo terapêutico dessa população. É na escola que a criança encontrará seus pares, que a estimularão todas as áreas citadas anteriormente, acrescida da interação social.
Cabe ao psiquiatra o maior conhecimento possível do processo do desenvolvimento infantil, da dinâmica familiar, da psiquiatria infantil, de todas as áreas de trabalho que poderão favorecer o desenvolvimento (melhora clínica) da criança e, por último, da psicofarmacologia.
Não há uma técnica melhor que a outra, o que existe são indicações mais precisas e mais específicas para que aquela pessoa melhore mais e mais rapidamente e profissionais mais experientes. As indicações terapêuticas e as prioridades mudam com o tempo e há necessidade da participação de um técnico com uma visão bem ampla que possa orientar essa família e a pessoa (que pode ser um/a adulto/a) no percurso do tempo.
A função final do psiquiatra não é só diagnosticar bem, nem só medicar bem e nem orientar bem as pessoas, mas melhorar a qualidade de vida das pessoas 
Psicólogo – Método Aba
Fundamentado na observação e investigação, o método tem aplicação dinâmica e mostra tendência ao descobrimento de novos princípios comportamentais, o que contribui de forma efetiva para o desenvolvimento de estudos. Definimos aplicação da terapia ABA para crianças autistas como "aprendizagem sem erro".
De crianças à adultos, a terapia ABA contribui para melhorar comportamentos socialmente importantes e, assim, permitir àquele que está no espectro ter suas habilidades aperfeiçoadas, bem como manejar suas limitações, contribuindo com seu desenvolvimento e independência.
Este é, hoje, um dos modelos de terapia mais populares no tratamento do autismo. No meio de tantos tratamentos disponíveis, é imprescindível conhecer aquilo que, de fato, pode trazer um resultado relevante para a pessoa com TEA, dentro das suas necessidades
O método ABA busca trabalhar o impacto da condição autista em situações reais. O objetivo é fazer os comportamentos desejáveis e úteis serem ampliados e diminuir aqueles que são prejudiciais ou que estão afetando negativamente o processo de aprendizagem.
Ele pode ajudar
. Criar ou melhorar as habilidades do autista na linguagem e na comunicação
. Aperfeiçoar a atenção, o foco, a interação social e os estudos
. Reduzir os comportamentos problemáticos, como crises de desregulação emocional, agressividade e comportamentos autolesivos
Características mais marcantes do tratamento ABA:
. Adaptação do programa às necessidades de cada pessoa; Em síntese os comportamentos que se deseja ampliar ou reduzir
. Pode ser feito individual ou em grupo.
. Pode ser feito em casa, na escola, em clínicas e até em espaços compartilhados.
. Ensina habilidades úteis para o dia a dia.
O ABA parte de dois princípios bem universais: aprendizagem e comportamento. 
Educador físico
A educação física é mais uma ferramenta que pode auxiliar no desenvolvimento de habilidades na criança com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA), em especial, no que cabe às aptidões sociais e motoras. Ela contribui com a melhora do condicionamento físico e saúde de seus praticantes. Inclusive, essa é uma dasdisciplinas que integra a grade curricular de grande parte das escolas de ensino do País .
A Educação Física oferece às autistas novas formas de expressão, além de obter um grande beneficio à saúde e melhora nas áreas psicomotora, social e cardiovascular, diminuindo comportamentos como: falta de atenção, impulsividade e hiperatividade.
O esporte também é parte importante nesse processo durante o exercício são liberadas substâncias no cérebro (especialmente a dopamina), que geram a sensação de bem-estar e diminuem a ansiedade.
A criança tem a oportunidade de desenvolver a interação com os demais, aprende a seguir regras e limites e explora o meio. Sempre que possível, a prática de atividade física deve ser estimulada pelos pais 
Assim como o organismo é nutrido pela alimentação, o corpo (músculos e etc.) é fortalecido por meio de atividades, como fazer algum esporte, dançar, correr, nadar, andar. No caso de crianças com TEA, exercícios podem contribuir para vencer as fragilidades que apresentam no equilíbrio, coordenação, flexibilidade e planejamento motor. A ausência de atividade física na rotina do autista pode impactar na sua autonomia para realizar tarefas como caminhar, virar-se, vestir uma roupa.
Como benefícios ainda é possível citar melhora na resistência, força, flexibilidade, manutenção e perda de peso. Já no aspecto comportamental, pode se observar redução de movimentos estereotipados do autista, bem como diminuição de comportamentos agressivos.
Fonoaudiólogo
Os fonoaudiólogos são terapeutas especializados no tratamento de problemas de linguagem e distúrbios da fala.  Ele desempenha um papel importante na inclusão e reabilitação dos indivíduos com autismo. Após uma avaliação, o especialista trabalhará as habilidades sociais e de comunicação de cada individuo, o que possibilitará identificar as dificuldades que serão estimuladas durante o processo terapêutico.
Uma vez que o autismo é diagnosticado, os fonoaudiólogos avaliam as melhores formas de contribuir com a comunicação e a qualidade de vida da pessoa. Ao longo da terapia, o fonoaudiólogo também trabalha em estreita colaboração com a família, a escola e outros profissionais.
O fonoaudiólogo atua no desenvolvimento da criança com autismo contribuindo para reduzir os impactos do TEA na audição e fala, além de ampliar a independência cognitiva e funcional do autista, o que facilita a sua interação social. O objetivo é ajudar a pessoa a se comunicar de maneiras mais úteis e funcionais.
Os desafios relacionados à comunicação e à fala variam de pessoa para pessoa com o TEA. Alguns indivíduos no espectro do autismo não são capazes de falar. Outros gostam de conversar, mas têm dificuldade em manter uma conversa ou entender linguagem corporal e expressões faciais quando conversam com outras pessoas.
Segue alguns exemplos das habilidades que a fonoaudiologia pode trabalhar com as pessoas com o TEA:
. Fortalecer os músculos da boca, mandíbula e pescoço;
. Treinar os sons para deixar a fala mais clara;
. Combinar as emoções com a expressão facial correta;
. Compreender a linguagem corporal;
. Ensinar a conversar e a responder as perguntas;
. Combinar uma imagem com o seu significado.
. Contribuir com o tom de voz.
O especialista deve ser consultado logo que surgir atrasos ou dificuldade de comunicação na criança. Assim que for detectado o déficit de linguagem já é possível introduzir ações para desenvolver as habilidades da pessoa com o TEA. Com a atuação do fonoaudiólogo, a criança passará a entender e a usar as palavras. Sendo assim, conseguirá fazer perguntar e responder, conseguirá pedir ajuda e saber quando e como começar uma conversa.
O fonoaudiólogo pode também contribuir com o aprendizado do autista. Ele consegue trabalhar a leitura e escrita da criança e o ajuda a ler e a escrever. Além disso, há uma técnica chamada Comunicação Ampliada e Alternativa (CAA) que inclui todas as formas de interlocução que podem ser usadas para expressar pensamentos, necessidades, desejos e ideias.
O fonoaudiólogo pode trabalhar a linguagem corporal do autista e ensinar a criança a reconhecer alguns sinais corporais que podem ser bastante sutis. Pode também ajudar o autista a desenvolver as habilidades de conversação, saber quando perguntar, quando dar bom dia, por exemplo.
A terapia fonoaudiológica pode acontecer em casa, na escola ou em um consultório. O autista pode fazer essa terapia sozinho ou em pequenos grupos. O fonoaudiólogo desenvolverá atividades lúdicas e dirigidas sempre enfocando o uso da linguagem no contexto correto. 
Por ser o Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) um distúrbio do neurodesenvolvimento que afeta as pessoas de diferentes formas na área da sociabilização, comunicação e comportamento, o fonoaudiólogo deve preferencialmente atuar em conjunto com uma equipe multidisciplinar que reúna especialistas como pediatras, neurologistas, psicólogos, terapeutas ocupacionais, entre outros.
Terapeuta Ocupacional
Os terapeutas ocupacionais estudam o desenvolvimento humano e a interação da pessoa com o meio ambiente através de atividades diárias. Eles são especialistas nos efeitos sociais, emocionais e fisiológicos de doenças e lesões. Esse conhecimento os ajuda a promover habilidades para uma vida independente em crianças com autismo e outros transtornos de desenvolvimento.
Os terapeutas ocupacionais trabalham como parte de uma equipe multidisciplinar incluindo pais, professores e outros profissionais. Eles ajudam a definir metas específicas para a criança com autismo que envolvem interação social, comportamento e desempenho em sala de aula.
Os terapeutas ocupacionais podem ajudar de duas maneiras: avaliação e terapia.
Terapia ocupacional e a avaliação do TEA
O terapeuta ocupacional observa as crianças para ver se elas conseguem realizar as tarefas esperadas na sua idade — como vestir-se ou jogar um jogo. Às vezes, o terapeuta vai filmar a criança durante o dia para ver como ela interage com o ambiente para que possa avaliar melhor o cuidado que precisa. O terapeuta ocupacional irá observar:
. Capacidade de atenção e resistência.
. Transição para novas atividades.
. Habilidades de jogo.
. Necessidade de espaço pessoal.
. Respostas ao toque ou outros estímulos.
. Habilidades motoras, como postura, equilíbrio ou manipulação de pequenos objetos.
. Agressividade e comportamentos estereotipados e repetitivos.
. Interações entre a criança e os cuidadores.
Uma vez que o terapeuta ocupacional reúna essas informações, ele irá desenvolver um programa específico para aquela criança com autismo. Não existe um único tratamento ideal para todas as crianças. No entanto, o atendimento precoce, estruturado e individualizado é muito eficaz.
A terapia ocupacional combina uma variedade de estratégias que ajudam a criança com autismo a responder melhor ao ambiente. Essas estratégias incluem:
. Atividades físicas, como amarrar cadarços ou quebra-cabeças, para ajudar a criança a desenvolver a coordenação e a consciência corporal.
. Atividades lúdicas para ajudar na interação e comunicação.
. Atividades de autocuidado, como escovar os dentes e pentear o cabelo.
. Estratégias adaptativas, incluindo lidar com as transições de atividades.
O objetivo da terapia ocupacional é ajudar a criança com autismo a melhorar sua qualidade de vida em casa e na escola. O terapeuta ajuda a introduzir, manter e melhorar as habilidades para que as crianças com autismo possam ser o mais independentes possível.
É muito importante buscar por profissionais especializados para que possam trabalhar em conjunto com outros profissionais que atendam a criança com autismo. Pais e professores devem participar do processo de diagnóstico e elaboração de estratégias, pontuando as principais características e dificuldades de cada criança.
Psicopedagogo 
O psicopedagogo busca compreender como a aprendizagem ocorre para cada indivíduo e as dificuldades que a pessoa encontra nesse processo.
Sendo assim, sua atuação é bastante abrangente e o profissional lidacom questões psicológicas, pedagógicas, afetivas e cognitivas. Por isso, ele acompanha a criança ou adolescente com TEA e avalia como está sua aprendizagem, investiga os seus comportamentos e até mesmo elabora estratégias para realizar intervenções sempre que necessário.
Cabe ao psicopedagogo, impulsionar e facilitar o desenvolvimento cognitivo da pessoa com TEA. Ele consegue por meio de diversas técnicas contribuir para que o autista entenda melhor as regras sociais e melhorar a sua convivência com as pessoas da sociedade. Ele também atua na orientação dos familiares quanto as suas posturas e também com os profissionais envolvidos diretamente com o aluno autista.
O profissional reforça a ideia de que a aprendizagem é um processo de construção. Por isso, avalia todos os comportamentos, como curiosidades, ações e interações do indivíduo com autismo para elaborar um plano de aprendizagem. É importante e necessário que o psicopedagogo aborde cada caso individualmente, respeitando as particularidades e individualidade do autista. Essa é a melhor forma para que as intervenções pedagógicas sejam eficazes e o autista consiga se desenvolver, compreender e assimilar a interação com outras pessoas.
A Equoterapia no Autismo
A Equoterapia no Centro de Apoio ao Autista será desenvolvido como uma ponte entre o mundo autista e o mundo animal, como forma de responder às necessidades existentes e expressivas da sociedade atual e como um marco na maior compreensão a respeito deste tema.
 A ênfase neste trabalho vem através de estudos feitos e que apontam que esse método terapêutico pode ser também utilizado como um processo inclusivo e benéfico, possibilitando o desenvolvimento biopsicossocial para os indivíduos que apresentam algum tipo de distúrbio dentro do espectro autista, permitindo inúmeros ganhos pessoais e sociais.
Após acompanhar quatro crianças diagnosticadas com o Transtorno do Espectro Autista (TEA) que participaram de sessões de equoterapia, a Psicóloga/ Equoterapeuta Nayara Maria S. Azedias concluiu que o cavalo exerceu diversos papéis importantes para os pacientes. Para Nayara Azedias , que é equoterapeuta e desenvolveu estudos observatórios sobre o tema, contrariamente ao que propõe a literatura da área, o cavalo não funcionou apenas como um instrumento, mas sim, em alguns casos, foi o próprio agente terapêutico transformador.
Durante as sessões, foi possível observar que o animal, normalmente reduzido a um instrumento que intermedia a transferência do vínculo da criança para mim, trouxe benefícios do ponto de vista da aquisição de percepção e o reconhecimento do próprio corpo pela criança.
Além disso, outros benefícios foram o estímulo ao tato e ao chamado sistema vestibular, responsável pela manutenção do equilíbrio. O estímulo ocorre devido ao efeito cinesioterápico promovido pelo passo do cavalo. Os resultados ainda demonstraram que a equoterapia contribuiu para que as crianças compreendessem o próprio corpo psiquicamente, o que chamamos de conformação corporal psíquica.
“Observamos nas crianças diagnosticadas com esse transtorno autista que o animal proporciona novas sensações e interações de diversas maneiras. E, a partir disso, podendo ocorrer desenvolvimentos relacionados a socialização, linguagem, interação, noção temporal, organização, diminuição de ansiedade, equilíbrio, coordenação motora, rotina, entre outros
As crianças com o Transtorno do Espectro Autista (TEA) apresentam dificuldades de interação social, alterações comportamentais, deficiências no domínio da linguagem e comunicação, além de sensibilidades sensoriais. 
“Estas dificuldades citadas acima são cruciais para o diagnóstico de TEA, representando um aspecto clínico fundamental no acompanhamento das crianças. É, sobretudo, com o objetivo de buscar a aquisição no desenvolvimento do comportamento que os médicos recomendam terapias que possam auxiliar no percurso do filho com essa patologia. Nas observações de campo procurei compreender, portanto, o funcionamento destas crianças que passam por sessões de equoterapia”, explica.
Nayara Azedias é Psicóloga há 12 anos que atendo no Método ABA e há 8 anos atua como Equoterapeuta. As crianças analisadas no estudo, que não tiveram a identidade revelada, participaram de atendimentos no “Projeto: Terapia Sobre quatro patas”, localizado na rua Francisco Colabono S/N, antigo “Banespinha” da cidade de Pompéia/SP. Os pacientes foram analisados por períodos que variam de 1 ano.
 
Histórico:
351 a.C - Hipócretes, faz referência à equitação com o fator regenerador da saúde.
130-199 d.C - Benefícios da atividade equestre são enfatizados por galeno.
1734 - Charles S. Castel, inventa a “tremoussoir”.
1890 - Gustavo Zander afirma que vibrações estimulam o sistema nervoso simpático.
1917 - Primeiro grupo equoterápico foi fundado
1965 - Universidade na França inclui equoterapia como matéria didática.
1971 - Chega no Brasil as primeiras experiências na área.
1984 - Dr. Detlev Rieder confirma afirmações de Gustavo Zander, ou seja, afirma que vibrações estimulam o sistema nervoso simpático.
1989 - Fundação da ANDE - BRASIL.
1997 - Equoterapia é reconhecida no Brasil pelo conselho federal de medicina como método terapêutico.
Conclusão
O processo de inclusão deve ser implementado, dando às crianças autistas ou com algumas limitações a oportunidade de prepara-las para conviver de modo igualitário na sociedade na qual está inserida e, as tecnologias assistidas são uma oportunidade de realizar um trabalho efetivo com este público. Diante disso, pretende-se com este projeto, sistematizar o assunto para melhor compreendê-lo, impulsionando o desenvolvimento destas pessoas e assim poder contribuir para a comunidade, promovendo discussões sobre o transtorno autista, sua complexidade, e as diversas formas de promoção da integração do autista por meio de espaços voltados para seu atendimento, pois como destacado por Cunha (2014), o autismo é uma síndrome que possui um entendimento complexo, pois afeta áreas voltadas para o desenvolvimento humano geral, devido à dificuldade de socialização do indivíduo. 
Por este motivo o presente projeto realizado na cidade de Pompéia/SP surgiu como uma proposta de inclusão e construção de um CENTRO DE APOIO PARA O DESENVOLVIMENTO DE PESSOAS COM AUTISMO. 
Cronograma de Execuções
Foram realizadas encontros mensais, palestras, dinâmicas, trocas de suma importância, onde mães se descobriram que não estão sozinhas nesta batalha diária que é ser mãe/família atípica, foi possível notoriamente perceber a necessidade que estas pessoas tem de falar sobre os seus enfrentamentos em relação a seus filhos.
Podemos assim, descrever algumas das ações citadas pelos participantes:
.Adesivo nos carros e nas lojas do comércio
.Reuniões com agentes Comunitários
.Centro de apoio para o desenvolvimento de pessoas com Autismo
Profissionais especializados: (Neurologista, Fonoaudióloga, Psicóloga, Terapeuta Ocupacional, Psicopedagoga e Equoterapeuta)
.Projetos para o contraturno das aulas
.Vagas nas ruas para Autistas
.Aumentar a quantidade de parquinhos fechados
.Pulseira de Silicone com o Símbolo Autistas para identificar
.Relatos referente a rojões com som, se NÃO pode soltar, então porque podem vender?
.Divulgação a causa Autista nos Eventos
.Empresas que se preparam para receber colaboradores Autistas
.Orientar as monitoras de ônibus para esperar o ônibus parar
.Fazer camisetas Autistas para eventos (Buscar patrocínio)
.Divulgação da causa dos Autista nos envelopes de remédio do DHS
Referências: 
. PORTOLESE, J. et al. MAPEAMENTO DOS SERVIÇOS QUE PRESTAM ATENDIMENTO A PESSOAS COM TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA NO BRASIL. Cadernos de Pós-Graduação em Distúrbios do Desenvolvimento, v. 17, n. 2, 2017. 
. Retratos do autismo no Brasil. [s.l.] , [s.d.]. Disponível em: https://www.ama.org.br/site/wp-content/uploads/2017/08/RetratoDoAutismo.pdf
 . MINISTÉRIO DA SAÚDE Brasília -DF 2014. [s.l.] , [s.d.]. Disponível em: . ANDE-BRASIL. O Método| O Método. Disponível em: .https://www.bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/diretrizes_atencao_reabilitacao_pessoas_autismo.pdf.
. ANDE-BRASIL. O Método | O Método. Disponível em:< http://equoterapia.org.br/articles/index/article_detail/142/2022>. 
. https://institutoneurosaber.com.br/como-funciona-o-tratamento-para-o-autismo-com-remedios/
. https://www.esporteeinclusao.com.br/tea/neuropediatria-no-diagnostico-do-tea/
. :https://especialdeadamantina.files.wordpress.com/2014/09/tgd_manejo- comportamental.pdf
. http://www.scielo.br/pdf/rbp/v28s1/a07v28s1.pdf
. https://www.autismoemdia.com.br/blog/metodo-aba-conheca-uma-das-terapias-mais-eficazes-no-tratamento-do-autismo/ 
. https://neuroconecta.com.br/educacao-fisica-e-seu-papel-no-autismo/

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