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TRAUMATISMO CONTUSO TRAUMATISMO DAS PÁLPEBRAS Hematoma periocular Um olho negro que consiste em um hematoma e/ou equimose periocular e edema DO GLOBO OCULAR Compressão do diâmetro anteroposterior com expansão simultânea do plano equatorial, associada ao aumento transitório da PIO A extensão da lesão depende da gravidade do traumatismo O traumatismo contuso ocasiona efeitos em longo prazo; o prognostico é reservado CÓRNEA Abrasão corneana envolve uma lesão do epitélio Edema corneano agudo – pode ser observado subjacente a uma abrasão de grandes dimensões Lacerações na membrana de Descemet são verticais e mais frequentemente associadas ao traumatismo do parto HIFEMA Hemorragia na câmara anterior; a fonte do sangramento é a raiz da íris ou a porção mais anterior do corpo ciliar – o sangue forma um “nível de fluido”, exceto quando o hifema é total Tratamento – visa a prevenção de hemorragia secundaria e ao controle de qualquer elevação na PIO, que pode ocasionar tingimento dos tecidos oculares UVEA ANTERIOR PUPILA A íris pode ser comprimida contra a superfície anterior do cristalino causando a impressão de pigmentos da margem da pupila Pode resultar em midríase traumática temporária ou permanente; a pupila reage lentamente ou não reage à luz Iridodialise é uma deiscência da íris em relação ao corpo ciliar na sua raiz; apresenta aspecto em forma de D; pode originar diplopia monocular CRISTALINO Rupturas mínimas da capsula do cristalino com entrada de humor aquoso, hidratação das fibras do cristalino e sua consequente opacificação A opacidade ocorre no córtex subcapsular, resultando em opacidade em forma de flor; pode desaparece em seguida, permanecer estacionaria ou progredir até a maturidade Pode ser feita a cirurgia de catarata nas opacidades exacerbadas; a subluxação do cristalino pode ocorrer secundariamente à ruptura do ligamento suspensor Visualizada sob midríase, e observado tremor da íris ou do cristalino Pode resultar em diplopia monocular se for muito intenso; astigmatismo lenticular devido à inclinação do cristalino RUPTURA DO GLOBO OCULAR Pode resultar de traumatismo contuso muito grave; prognostico ruim se o nível inicial se limitar à percepção da luz A ruptura é geralmente anterior, com prolapso de estruturas como o cristalino, íris, corpo ciliar e vítreo; pode ser encoberta por hemorragia subconjuntival extensa Uma ruptura posterior oculta deve ser suspeitada se houver assimetria na profundidade da câmara anterior e baixa PIO no olho afetado HEMORRAGIA VÍTREA Descolamento posterior do vítreo – células pigmentadas (poeira de tabaco) podem ser observadas flutuando no vítreo anterior e, podem não estar associadas à ruptura retiniana COMMOTIO RETINAE Concussão a retina sensorial que gera edema de aspecto turvo, dando aparência acinzentada Se a macula for envolvida, uma “mancha cor de cereja” poderá ser observada na fóvea, o comprometimento grave – hemorragia intrarretiniana, que pode afetar a macula Prognostico em casos leves – bom; resolução espontânea em 6 semanas Prognostico em casos graves – degeneração pigmentar progressiva e formação de buraco macular RUPTURA COROIDENA Envolve a coroide, a membrana de Bruch e o epitélio pigmentar da retina 1. Diretas – localizadas anteriormente no local do impacto e são paralelas à ora serrata 2. Indiretas – ocorrem no lado oposto ao do impacto Após semanas ou meses – estria vertical crescente branca de esclera exposta subjacente, concêntrica com o disco optico Prognostico ruim se fóvea envolvida RUPTURAS E DESCOLAMENTO DA RETINA Na ora serrata, causada por tração do gel vítreo relativamente inelástico ao longo da face posterior da base do vítreo Descolamento – fluido sub-retiniano pode se desenvolver lentamente NEUROPATIA OPTICA TRAUMÁTICA Pós traumatismo ocular, orbitário ou craniano, com uma perda súbita de visão que não pode ser explicada por outra patologia ocular Direta – decorrente de lesão contusa ou incisa do nervo optico por fragmentos ósseos deslocados, um projetil ou hematoma local Indireta – força do impacto é transmitida secundariamente ao nervo, devido ao impacto em olho, orbita ou estruturas cranianas TRAUMATISMO CRANIANO POR MAUS- TRATOS “Síndrome do bebe sacudido” – maus-tratos físicos em crianças < 2 anos Causada por sacudidas violentas; padrão de lesão decorre da aceleração e desaceleração rotacional da cabeça, ao contrário das lesões geradas por quedas Irritabilidade, letargia e vômitos – gastroenterite ou outra histórico de lesão é negado CORPO ESTRANHO NA CORNEA E NA CONJUNTIVA Quando um organismo estranho atinge córnea ou conjuntiva – epitélio da córnea e na conjuntiva tarsal, além do estroma corneano, conjuntiva bulbar e fornices Trauma mais prevalente nas urgências oftalmológicas; lesão conjuntival mais comum – uma das causas mais importantes de trauma ocular ocupacional MANIFESTAÇÃO CLINICA FISIOPATOLOGIA No primeiro momento – filme lacrimal vai lavar o corpo estranho e depois pode dividir em: 1. O CE pode ser transportada para o sistema de drenagem lacrimal e sair espontaneamente 2. O CE pode aderir a conjuntiva tarsal superior no sulco subtarsal (muito comum); ali alojado, toda vez que o paciente piscar teremos a abrasão da córnea; como não houve saída espontânea será necessário intervenção medica para sua remoção É comum que o corpo estranho se encontre na córnea, causando irritação ao paciente. Pode acontecer de ter infiltrações leucociticas ao redor do CE formando um anel de coloração Complicações – risco aumentado de infecção secundaria, uveites e ulceração corneana em caso de demora para retirar Teste de seidel – a fluoresceína é um corante que cora a membrana basal exposta a uma lesão epitelial e pode evidenciar vazamento de humor aquoso por ferimentos penetrantes; um padrão de marcas de arranhaduras verticais na córnea que indica corpos estranhos embutidos na superfície da conjuntiva tarsal da pálpebra superior Retirada do corpo estranho CORPO ESTRANHO NA CÓRNEA 1° tenta-se remover por irrigação com solução salina; se falhar – cotonete esterilizado com ponta de algodão é usado Se falhar – agulha hipodérmica sob anestesia tópica; se for uma substancia magnética, um ima portátil pode ser usado para remove-lo; se for impactado no estroma, ele deverá ser removido usando um microscópio operatório No caso de corpos metálicos – pode formar um círculo oxidado na córnea; esses anéis podem ser removidos por raspagem com agulha ou por uma broca ou um ima CORPO ESTRANHO NA CONJUNTIVA No fornice ou conjuntiva tarsal – remover com swab com ou sem anestesia Conjuntiva bulbar – remover com agulha hipodérmica sob anestesia tópica Tratamento – aplicar anestésico tópico em forma de colírio a fim de aliviar a dor do paciente; é removido sob visualização com lâmpada de fenda utilizando-se uma agulha estéril calibre 26 Quando um anel de ferrugem residual facilmente removível com uma lanceta estéril; pomada antibiótica é instilada, sendo sua duração dependente de gravidade como a epitezan; um ciclopegico e AINEs tópicos podem ser prescritos, se necessário, para proporcionar conforto Corpos estranhos intraoculares Pode traumatizar o olho mecanicamente, introduzir infecção ou exercer outros efeitos tóxicos sobre as estruturas intraoculares O corpo estranho pode se alojar em qualquer estrutura Diagnostico – anamnese, fluoresceína tópica pode ser útil para ferida de entrada; a projeção da ferida identificada pode permitir uma dedução logica da provável localização do corpo estranho; gonioscopia e fundoscopia devem ser consideradas, tendo o cuidado de minimizar a pressão sobre oolho A TC com cortes axiais e coronais é usada para detectar e localizar um CEIO Siderose – um CEIO ferroso sofre dissociação, acarretando deposito de ferro em estruturas epiteliais intraoculares, principalmente no epitélio do cristalino, da íris e do corpo ciliar e retina sensorial Exerce efeito toxico nos sistemas enzimáticos celulares, resultando em morte celular; os sinais incluem catarata capsular anterior – depósitos radiais de ferro na capsula anterior do cristalino Calcose – a reação ocular a um CEIO com alto conteúdo de cobre envolve um quadro violento de semelhante à endoftalmite se desenvolve em 1/10 casos de traumatismo penetrante com retração de corpo estranho. Os FR – tratamento primário, retenção do CEIO e posição e extensão da laceração Tratamento – antibióticos profiláticos (ciprofloxacina ou moxifloxacina) em lesões abertas do globo ocular, junto com antibióticos e esteroides tópicos e cicloplegia; remoção dos CEIOs retidos; antibióticos intravitreos profiláticos; cultura dos CEIOs removidos TRAUMA OCULAR PERFURANTE Laceração – defeito que afeta espessura da parede do olho, produzido por um ferimento em rasgo, geralmente resultante de impacto direto Lesão penetrante – ferimento simples que afeta toda a espessura e é causada por um ferimento pontiagudo, sem um ferimento de saída Perfuração – dois ferimentos que afetam toda a espessura, sendo um de entrada e outro de saída (projetil) Objetivo do tratamento é manter a integridade do globo ocular e sua topografia Nas lesões associadas a outros ferimentos – a cirurgia oftalmológica é prioridade e outras lesões como rupturas geralmente são objetivos secundários FR – demora no tratamento, ruptura da capsula do cristalino e contaminação do ferimento qualquer olho com traumatismo aberto deve ser coberto por um escudo protetor, no momento do diagnostico Atinge mais homens, entre os 15 a 34 anos; avaliar o estado de imunidade antitetânica Somente depois de excluída a presença de perfuração ocular é que as pálpebras deverão ser evertidas para a procura de possíveis corpos estranhos Corneana – sinais chave = afinamento da pupila e estreitamento da câmara anterior Lacerações pequenas – câmara anterior formada, pode ou não precisar de sutura; cicatrizam-se espontaneamente ou com auxílio de lente de contato terapêutica Lacerações mediais – quase sempre sutura, principalmente se câmara anterior estreita ou rasa; lente de contato terapêutica pós-operatório manter a câmara anterior profunda Laceração corneana Com envolvimento da íris – abscisão da porção da íris que estiver exteriorizada é necessária; principalmente se necrosada ou risco de contaminação Com lesão do cristalino – sutura da laceração e remoção do cristalino, implantação de lente intraocular Laceração escleral Sinais vistos em lesão contusa do globo ocular Laceração escleral anterior – melhor prognostico; pode associar-se a complicações serias como prolapso iridociliar e encarceramento vítreo Lacerações esclerais posteriores – associadas a lesões na retina; prioridade tratamento da esclera para restaurar integridade do globo ocular Tratamento 1. Curativo oclusivo com pomada antibiótica (epitezan) 2. Grandes lacerações – sutura; a maioria – sem cirurgia 3. Uso profilático de antibióticos – associação de aminoglicosideo e cefalosporina de 3 a 5 dias Complicações Prolapso de íris, hemorragia, catarata, perda vítrea, glaucoma e descolamento de retina Deiscência de sutura e má-posição das margens da ferida – maior opacificação da córnea, vascularização, invasão epitelial, sinequias periféricas e proliferação fibrosa Descolamento da retina devido a encarceramento vítreo na lesão, com proliferação fibroelastica associada, podendo se desenvolver várias semanas depois Glaucoma secundário – perda do olho por alterações das estruturas do ângulo ou por obstrução causada por debris, ou hemácias, ou glaucoma de células-fantasmas Risco de infecção Endoftalmite é sempre uma possibilidade – presença de corpo estranho intra-ocular Uveites crônicas também podem ocorrer principalmente se o cristalino sofreu rotura e perda de se conteúdo, e também encarceramento de íris ou tecido uveal, e hemorragia Enucleação Evisceração do globo ocular estão raramente indicadas numa primeira cirurgia e o risco de oftalmia simpática não é suficiente para sua indicação Mesmo quando não tem visão mínima útil – importante tentar preservar o olho do ponto-de-vista psicológico para o paciente, e a conduta definitiva pode ser tomada alguns dias após o seu melhor restabelecimento OLHOS VERMELHOS – DIAGNOSTICOS DIFERENCIAIS Pode ser causada por múltiplas condições e doenças que podem levar à irritação, presença de sangue no olho ou edema dos vasos sanguíneos ABRASÃO DA CÓRNEA Arranhão na superfície da córnea causado por unha, pincel de maquiagem, cocar os olhos Sensação de corpo estranho, dor, lacrimejamento, visão embaçada ou turva, fotossensibilidade ULCERA DA CÓRNEA Ferida aberta na córnea Dor intensa, lacrimejamento, secreção (purulenta ou não), visão turva, fotossensibilidade, edema palpebral, presença de ponto branco na córnea EPISCLERITE / ESCLERITE Inflamação/congestão dos vasos da episclera/esclera Rápida instalação da vermelhidão, dor e sensibilidade à palpação CERATITE Infecção ou inflamação da córnea Fotossensibilidade, dor e lacrimejamento excessivo Causas – fungica, herpética, fotoceratite e bacteriana PINGUÉCULA / PTERÍGEO 1. Degeneração “elastótica” do estroma conjuntival 2. Crescimento subendotelial fibrovascular de tecido conjuntival bulbar HEMORRAGIA SUBCONJUNTIVAL Ruptura de um ou mais vasos da conjuntiva, provocando extravasamento de sangue entre a conjuntiva e a esclera CONJUNTIVITES Irritação da conjuntiva, causada por inflamações ou alergias Lacrimejamento, sensação de areia, ardor, queimação Dor significativa, fotofobia ou sensação de corpo estranho – sugestivo de envolvimento da córnea Características da secreção Aquosa – viral / aguda / alérgica Mucosa – alérgica crônica / olho seco Mucopurulenta – bacteriana aguda REAÇÃO CONJUNTIVAL Hiperemia difusa – bacteriana Hemorragias tipo petequia – viral Hemorragias maiores e difusas – bacteriana grave Quemose (edema de conjuntiva) – local (alérgica crônica), aumento da permeabilidade vascular (alérgica / infecciosa Formação de membranas – adenovírus / bacteriana Folículos – viral / por clamídia Papilas – bacteriana /alérgica UVEITES Inflamação da uvea – espondiloatrias, enterocolites, doenças renais e infecções virais e fungicas Mais no trabalho de uveite QUEIMADURAS OCULARES QUIMICAS Maioria das lesões acidentais, podendo resultar em dano permanente na visão AGENTE CAUSADOR Base – mais importante! Substancia mais comum e penetração rápida (hipoclorito de sódio, hidróxido de sódio e hidróxido de cálcio) Ácido – os mais nocivos são os ácidos inorgânicos (ácido fluorídrico, ácido sulfúrico e ácido acético) As lesões ocorrem por necrose dos epitélios da conjuntiva e da córnea, com interrupção dos vasos do limbo Por base – necrose por liquefação Por ácido – necrose por homogeneização dos tecidos superficiais A penetração do agente químico quebra e precipita glicosaminoglicanos, tornando o estroma corneano opaco; quando penetra na câmara anterior – lesão no cristalino e íris A produção de colágeno e a cicatrização da córnea são prejudicadas com a lesão do epitélio ciliar e o impedimento da secreção de ascorbato A cicatrização ocorre por migração de células epiteliais originadas das células do tronco do limbo; o colágeno danificado é fagocitado e um novo é sintetizado Gravidade e classificação A gravidade depende da propriedade doagente químico e sua concentração, área afetada, danos secundários e tempo de exposição A classificação por Roper-Hall – determina transparência da córnea e gravidade da isquemia límbica Tratamento Objetiva reduzir a inflamação, promover a regeneração e prevenir ulceração Imediato – lavagem abundante, manter pálpebras abertas, chamar serviço de urgência e buscar centro especializado Especializado – administração de analgésico tópico, medir ph lacrimal, irrigação continua, eversao palpebral e medir acuidade visual Após atendimento inicial – realizar anamnese detalhada e exames oftalmológicos, para avaliar lesões e definir conduta Quando necessário – desbridamento das áreas necrosadas para remoção de resíduos remanescentes Tratamento cirúrgico inicial – transplante de membrana amniótica humana, transplante de células tronco, ceratoplastia ou avanço da capsula de Tenon Tratamento cirúrgico tardio – divisão das camadas da conjuntiva e simbléfaro, ceratoprotese, enxerto da conjuntiva, correção de deformidade da pálpebra ou ceratoplastia com cicatrização corneana Prognostico e recuperação Os epitélios corneados e conjuntivais proliferam – restaura estrutura e função Casos leves – reepitalização completa 21 dias após lesão e nos casos graves – meses e deixar deficiência mucilia e das células caliciformes Pior nos casos de grau III e IV, anestesia ou edema de córnea, midríase, alteração da cor da íris e exsudatos inflamatórios Nos primeiros dias, paciente pode apresentar quemose, injeção ciliar, palidez do limpo, diminuição da transparência da córnea, dor, fotofobia, visão diminuída e uveite anterior ABRASÕES CORNEANAS Lesão do epitélio; desgaste da córnea por fricção ou raspagem, com eliminação de fragmentos; não acomete todas as camadas Trauma leve, unhas, LC, coçar, retirada de corpo estranho ou queimadura Dor, hiperemia, lacrimejamento, incomodo ao piscar, visão turva e fotossensível Diagnostico – anamnese, exame oftalmológico de acuidade visual, biomicroscopia, investigar sinal de Seidel Tratamento – curativo oclusivo de 24 horas, pomada tópica cicatrizante, cicloplegico (dor) e colírio antibiótico BLEFARITE Infecção da margem palpebral e anexos, causando desconforto e irritação ocular; geralmente bilateral e simétrico, muitas vezes – características de anterior e posterior presentes Alteração da função normal da superfície ocular e redução da estabilidade lacrimal, queimação, sensação de areia e fotofobia leve ANTERIOR Afeta área ao redor das bases dos cílios Estafilococica – resposta anormal aos componentes da parede celular da bactéria Sthaphilococcus aureus Crostas duras, conjuntivite papilar leve e hiperemia conjuntival Ulcerações, cicatrização, madarose, calázios Olho seco e instabilidade lacrimal Seborreica – excesso de produção lipídica pelas glândulas de Zeiss; seborreica generalizada que pode envolver couro cabeludo e pregas nasolabiais Margens palpebrais hiperemiadas e oleosas, crostas moles localizadas na margem anterior palpebral e nos cílios POSTERIOR Lamela posterior da pálpebra; disfunção da glândula Meibomiana e alterações nas suas secreções Secreção excessiva e anormal da glândula Meibominana, com hiperemia e telangiectasias da margem palpebral posterior, expressão de fluido meibomiano (turvo / pasta de dente) BLEFARITE POR DEMODEX E FITIRIASE PALPEBRAL Demodex – acaro residente no folículo piloso e na glândula sebácea blefarite reação ao acaro Fitiriase – presença do parasita Phthirus púbis na pálpebra, apto a habitar pelos pubianos – retirada mecânica dos piolhos e cílios com pinça fina Tratamento blefarites Higiene palpebral; antibióticos (eritromicina, ácido fusidico, bacitracina ou cloranfenicol tópicos) antibiótico oral – tetraciclina ou azitromicina; esteroides tópicos – fluorometolona ou loteprednol (curto tempo) OBSTRUÇÃO E INFECÇÃO DAS VIAS LACRIMAIS ADQUIRIDA Estenose do ponto lacrimal Primaria – ausência de eversao do ponto lacrimal; causada por blefarite crônica, estenose primaria idiopática, infecção palpebral por herpes, radioterapia, conjuntivite cicatrizante, drogas, afecções raras Tratamento – dilatação do ponto lacrimal; punctoplastia (abertura do ponto lacrimal) Secundaria – eversão do ponto lacrimal insuficiência crônica de entrada do fluxo lacrimal Tratamento – aplicação de queimadura na conjuntiva palpebral (cautério de Ziegler); conjuntivoplastia medial Obstrução canalicular Causas – congênitas, traumas, infecção por herpes simples, medicação e radiação Tratamento depende do local e grau de obstrução Obstrução parcial e total individual ou comum ou mesmo em qualquer local do sistema de drenagem nasolacrimal: Intubação simples com stents de silicone, 3-6 meses Na total: também pode fazer anastomose entre a porção pérvia do canalículo e o saco lacrimal (canaliculodacriocistorrinostomia) OBSTRUÇÃO DO DUCTO NASOLACRIMAL Causas – estenose idiopática, trauma nasorbitario, cirurgia nasal e sinusal previa, doença granulomatosa, infiltração por tumores nasofaringeos Tratamento dacriocistorrinostomia (anastomose do saco lacrimal à mucosa nasal no meato médio da cavidade nasal) DACRIOLITÍASE Concreções lacrimais em qualquer parte do sistema lacrimal Epifora intermitente, episódios recorrentes de dacriocistite aguda e distensão do saco lacrimal Tratamento – dacriocistorrinostomia (DCR) CONGENITA OBSTRUÇÃO DO DUCTO NASOLACRIMAL Em geral – resolução espontânea Epifora e junção dos cílios podem ser constantes, extravasamento e material purulento quando pressão sobre o saco lacrimal tratamento massagem no saco lacrimal; sondagem Objetivo – romper a membrana obstrutiva na válvula de Hasner DACRIOCELE CONGÊNITA Coleção de líquido amniótico ou muco no saco lacrimal, causada por uma válvula de Hasner imperfurada Apresentação perinatal com tumefação cística azulada no canto medial ou abaixo deste, acompanhada por epifora Tratamento – conservador, mas se não funcionar: sondagem INFECÇÕES DE VIAS LACRIMAIS CANALICULITE CRÔNICA Rara, causada pelo Actinomyces israelii, gram-positivo; ocasionalmente – cicatrizes e obstrução canalicular Apresentação – epifora, unilateral associada à conjuntivite mucopurulenta crônica, edema e hiperemia pericanalicular, com descarga mucopurulenta sobre canalículo Não há envolvimento do saco lacrimal Tratamento antibióticos tópicos e canaliculotomia DACRIOCISTITE Aguda – início da dor subaguda na área do canto medial, associada à epifora e edema sensível, tenso e vermelho Tratamento – compressas mornas, antibióticos orais, tratamento definitivo – cirurgia após infecção aguda ter sido controlada Crônica – epifora crônica, pode estar associada a uma conjuntivite crônica unilateral recorrente Tratamento – dacriocistorrinostomia
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