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RESUMO OFTALMOLOGIA AP2 Diagnóstico Diferencial do Olho Vermelho 1. Conjuntivites: É a inflamação da conjuntiva ocular, cuja etiologia pode ser viral, bacteriana, fúngica, autoimune, alérgica ou química. Dividem-se em hiperagudas (até 12h pra iniciar sintomas), aguda (evolução de até 3 semanas) e crônica (> 3 semanas). Avaliação do paciente: avaliar a secreção – mucóide, aquosa, purulenta (bactérias? Quantidade?) -, tipo de reação conjuntival e sua localização – reação focal (corpo estranho?), só na fenda entre as pálpebras (exposição?), geral (hiperemia conjuntival), comprometimento corneano (ceratoconjuntivite, com blefaroespasmo, vasos radiais e tortuosos formando a injeção ciliar); se hiperemia conjuntival + injeção ciliar = reação mista. Presença ou ausência de linfadenopatia (sugere etiologia viral, principalmente em crianças – lembrando que a pálpebra superior e o canto temporal drenam para linfonodos pré-auriculares, e a p. Inf. e o canto nasal para os submandibulares). Outros sintomas são altamente inespecíficos (dor, fotofobia, sensação de areia nos olhos, etc). Principais doenças: Conjuntivite Bacteriana Simples Staphylo aureus e epidermidis, pneumococo, haemophilus, moraxella. Inflamação, hiperemia e secreção purulenta; subaguda Higiene ocular (Ex: água boricada, soro fisiológico) + colírio antibiótico – gatifloxacino 1 gota 12/12h por 7 dias. Outros – ciprofloxacina, moxifloxacino (de 6/6h), tobramicina (crianças) Conjuntivite Gonocócica do Adulto Neisseria gonorrhea, diplococo gram negativo; evolução hiperaguda, MUITA secreção purulenta (você limpa e logo surge mais), alto poder destrutivo – pode ulcerar a córnea de epitélio previamente são Higiene ocular + Antibioticoterapia sistêmica (Ceftriaxona) + Colírio antibiótico (ataque nos primeiros dias, pingando até de 1/1h – depois pode reduzir para até 6/6h) + acompanhamento diário + medidas gerais (analgesia) Ceratoconjuntivite por Adenovírus Altamente contagiosa; pode dar linfonodomegalia reativa dolorosa. Duas síndromes: 1. Febre faringoconjuntival – paciente pediátrico, que fez um faringite e 2-3 dias depois evolui com conjuntivite (e ceratite em 30%); 2. Ceratoconjuntivite epidérmica – sem quadro geral, 80% tem fotofobia pela ceratite *Rosetas virais � infiltrados subepiteliais de leucócitos após uma conjuntivite viral – trata com corticóide (Fluormetolona) se atrapalar a visão, ou seja, coalescerem em frente à pupila Higiene ocular + lágrimas artificiais (reduzir atrito) + Aines colírio (cetarolaco ou diclofenaco) +- Corticóide (altas doses por poucos dias, 5-7 dias) + pomada oftálmica de antibiótico a noite Infecções por Chlamydia 1. Tracoma – subtipos A, B, Ba e C; associada à pobreza e má higiene; vetor – musca domestica e lambe-olho; 5-12 dias de incubação (diferencial da conj. neonatal); evolui de forma crônica, podendo levar à alterações cicatriciais, com triquíase (folículos que viram os cílios pra dentro) e entrópio (eversão pálpebral) – arranham a córnea tornando-a opaca; achado patognomônico = Fosseta de Herbert (folículos no limbo); Linhas de Arlt (cicatriz de folículos rompidos, forma uma linha clara, fase inicial da doença) 2. Conjuntive te inclusão do adulto: subtipos D a K; é uma DST, subaguda mas pode cronificar; menos grave 1. Higiene ocular + Azitromicina 1g VO DU (ou 20mg/kg para crianças, que são mais susceptíveis à doença, porém ninguém é imune ou adquire imunidade) + Tetraciclina pomada por 40 dias + cirurgia de sequelas + tratar familiares (pomada oftalmica) 2. Higiene + Tetraciclina pomada 40 dias + Azitro 1g VO DU (tratar parceiros tb) Conjuntivite Alérgica Pacientes com rinite – rinoconjuntivite; coceira, principalmente nos cantos, hiperemia, sensaçao de corpo estranho, lacrimejamento; papilas gigantes – ocorrem nos usuários de lentes de contato que fazem mal uso (proteínas desnaturadas pelo uso da lente geram um reação imune, fazendo as papilas hexagonais na conjuntiva tarsal superior – que inclusive ficam “puxando” a lente pra cima; a conjuntivite primaveril (associada à antígenos ambientais tb pode dar papilas gigantes sem ter uso de lentes de contato, em crianças); outros sinais – quemose (edema de conjuntiva), hiperemia rosada Tratamento – não comentou, mas creio ser com antialérgicos, corticóide nasal, higiene ocular, terapia imune, corrigir o uso de lentes. Conjuntivites Auto-imunes 1. Pênfigo cicatricial: doença idiopática, com uma forma ocular e uma sistêmica; reação hipersens tipo iii (imunocomplexos), mais comom em mulheres de meia idade. Conjuntivite cronica, com fibrose e alterações cicatriciais, olhos secos, sinéquia de pálpebra com conjuntiva (simbléfaro), entrópios, ceratopatia e queratinização da córnea 2. Stevens-Johnson – reação do tipo iii também, mas comum em homens, vasculite de pele e mucosas (acomete conjuntiva em 90%), olho seco, simbléfaro, entrópio Não comentou, mas creio que é sentar e chorar/mandar pro reumato Conjuntive Química 1. Por ácidos – menos grave � ácido cauteriza e coagula os tecidos, formando uma placa dura que impede a penetração mais profunda; danos principalmente em pálpebras, conjuntiva e córnea (mais superficiais) 2. Por álcalis – mais grave � derrete os tecidos e penetra, gerando endoftalmite; catarata, uveíte e glaucoma secundários Lavar coposamente, retirar resíduos do fundo de saco; 1ª semana = corticóide; 2ª e 3ª = nunca usar corticóide (impede a síntese de colágeno), lágrimas artificiais/lentes terapeuticas/tampões = facilitar cicatrização; cirurgia de complicações. Conjuntivite neonata Contaminação no canal de parto; destaque para Chlamydia (5-14 dias, menos grave, pode ter pneumonia atípica associada) e gonococo (1-3 dias, mais grave, prevenível através do método de credé; Química – método de credé (nitrato de prata a 1%, o que deve ser acondicianado à temperatura ambiente e em vidro escuro, protegido do sol ;) Para a etiologia. Chlamydia � eritromicina; gonococo � penicilina sistêmica e tópica 2. Ceratites: Inflamações da córnea. Quadro agudo, sensação de que um “cisco caiu no olho”, dor de moderada à severa, história geralmente positiva de corpo estranho ou trauma, edema palpebral; redução na acuidade se no centro da pupila (periféricas nao atrapalham); se o processo se aprofunda e deixa cicatriz, o dano pode ser permanente. Várias etiologias: a) Bactérias (pneumococo; pseudomonas � altamente agressivas, seu objetivo é controlar a infecção pra salvar o olho – às vezes até com um Tx temporário de córnea sem vitalidade – e depois transplantar uma córnea com vitalidade; b) Fungos – grande vascularização (injeção ciliar), incidiosa, infecção subepitelial, trata com Natamicina (anti-micótico); c) Acanthamoeba – pega-se em piscinas, raro; d) Viral – herpes vírus simple, sinal patognomônico = úlcera dendrítica ou geográfica; tratamento – aciclovir VO nas reicidivas e tópico (pomada oftálmica) sempre, manter até 1 semana após resolução das lesões; e) Exposicional – paciente que ficam com o olho aberto tempo demais (paciente em UTI, paralisia do sétimo nervo) – usar lágrimas artificiais pra garantir a lubrificação. 3. Uveítes: Inflamações do trato uveal, sendo anteriores (iridociclite, da pars plicata), intermediária (pars planite), posterior (coriorretinite) ou pan-uveíte/uveíte total. Essa classificação anatômica tem importantes implicações terapêuticas! Uveíte Anterior Clínica: dor, fotofobia, pode ter redução da acuidade; ao exame – injeção ciliar sempre presente, precipitado cerático (células que estão no suspensas no humor aquoso ao colidirem com o epitélio “grudam” (precipitam) nele pelo choque térmico – podem ficar isoladas em coalescer em pequenas ou grandes placas (sugestivo de processo granulomatoso – TB, hansen, toxo); podem precipitar tb pigmentos); reação de câmara anterior – ao colocar a lâmpada de fenda na câmara anterior, objetos antes invisíveis tornam-se visívels: se forem vistas células, há um Tindel celular, se forem vistas proteínas há um tindel proteico; nódulos irianos (De Cup e Bessart), sugeremtb processo granulomatoso; PIO normal, elevada (células podem entupir o seio camerular) ou baixa (pars plicata inflamada pode reduzir a produção de aquoso). O objetivo do tratamento é melhorar os sintomas e evitar as sinéquias. Sinéquias: anteriores (entre córnea e íris), posteriores (entre íris e cristalino, podem impedir a circulação do aquoso fazendo um glaucoma agudo, mas com o ângulo aberto, principalmente se a sinéqua for de 360º - sinéquias localizadas geral discoria ao dilatar a pupila) Tratamento: Sempre corticóide, quanto pior a uveíte, maior a dose deve ser (Acetato de prednisolona), podendo até mesmo associar prednisona VO + Midriático (atropina é o mais forte, resolve as sinéquias) + AINES para a dor. Proceder à investigação etiológica – doenças reumatológicas, p. Ex. Uveíte Intermediária (pars planite) Clínica: moscas volantes que pioram, gerando uma “fumaça” na visão. Ao exame – use uma lente de gonioscopia mas ao invés de olhar o seio camerular, veja a pars plana -� snow balls ou snow bank fecham o diagnóstico; se houver vitreíte anterior, a celularidade alta deixa tudo turvo e impede a visualização Não especificou Uveíte Posterior A clínica é igual à da intermediária, com comprometimento da visão variando conforme a localização do processo; obrigatoriamente deve- se visualizar lesão da retina (a vitreíte pode dificultar) Cada etiologia tem a sua. Pedir Rx de Tórax pensando em TB e sarcoidose (Granulomatosas) Principais doenças associadas à uveítes: a) Espondiloartropatias soronegativas (para mais detalhes, conferir a apostila “RESUMÃO DE REUMATOLOGIA – Tópico de Espondiloartropatias): espondilite anquilosante (30% tem uveíte), síndrome de reiter, artrite psoriásica, artrite idiopática juvenil (principalmente a pauciarticular). Em comum, o HLA B27 positivo; b) Sarcoidose – granulomas não caseantes, adenite, vasculite, quadro polimorfo e grave c) Doença de behçet – homens, HLA B5, confunde com doenças venéreas (úlceras orais + genitais que não melhoram com tratamento pra DST), lesões de pele. Associação com uveí anterior com hipópio e tbm com uveíte posterior; d) Toxoplasmose – sempre lembrar nas uveítes posteriores (até 80% das uveítes posteriores; reatividade sorológica de até 60% da população brasileira); se ocorrer na mácula pode levar a cegueira irreversível, em outro locais não altera a acuidade (exceto na fase aguda, onde a vitreíte deixa tudo turvo e você não consegue focar e visualizar as lesões). Lesões satélites são comuns (Se houver, apostar em toxo e iniciar tratamento), inicialmente a lesão é branca (corrói coróide e retina, e se visualiza a esclera que é branca), mas com a deposição de pigmento enegrece as margens e por fim toda a lesão (cor da idéia de tempo de lesão); as formas congenitas são as piores, sendo bilaterais e centrais. Tratamento – grávida: espiramicina se não houve infecção fetal; não grávidas/infecção fetal – sulfadiazina + pirimetamina + ácido fólico + prednisona e) Toxocaríase – homem como hospedeiro acidental; importante reação granulomatosa com grande inflação e destruição de tecidos adjacentes; tratar só com corticóide mesmo; f) Uveíte e Aids – principais agentes: toxoplasma, cmv (uveíte aguda, hemorrágica e sem inflamação ou vitreíte – porque o paciente não consegue ter imunidade), cândida e criptococos. Resumo - Diagnótico dife… https://drive.google.com/?usp=docs_web https://v3.camscanner.com/user/download
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