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CONSTRUÇÃO CIVIL 1 
Execução de estruturas de concreto armado 
Aula 05 
Ana Larissa Dal Piva Argenta, MSc 
Universidade Federal de Goiás 
Regional Catalão 
Unidade Acadêmica Especial de Engenharia 
Departamento de Engenharia Civil 
 O concreto é uma mistura de cimento, água e materiais inertes. 
CONCRETO 
A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 
2 
Cimento Portland 
(aglomerante) 
agregado 
miúdo (areia 
natural ou 
artificial) 
agregado 
graúdo 
(brita ou 
seixo rolado) 
Água Materiais inertes 
Agregados miúdos: 0,075 mm < f < 4,8 mm 
Agregados graúdos: 4,8 mm < f < 152 mm 
 Empregado em estado plástico, endurece com o passar do tempo, 
devido à hidratação do cimento. 
 
 Adquire, com o passar dos dias, resistência suficiente para resistir aos 
esforços que o solicitam. 
 
 Esse aumento de resistência é qualidade peculiar do concreto que o 
distingue dos demais materiais de construção. 
CONCRETO 
A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 
3 
 Nos concretos podem ser usadas adições, com a finalidade de 
melhorar algumas propriedades, tais como: 
o Resistência à compressão: sílica ativa. 
o Resistência à tração: fibras metálicas. 
o Diminuição da retração: fibras plásticas. 
o Aumento da densidade: minério de ferro. 
CONCRETO 
A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 
4 
 É possível o uso de aditivos químicos, em função do tipo de utilização, 
cuja função pode ser melhorar ou modificar o comportamento do 
concreto, tais como: 
o Acelerador de pega. 
o Retardador de pega. 
o Incorporador de ar. 
o Etc. 
CONCRETO 
A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 
5 
CONCRETO 
A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 
6 
Cimento Portland Água Pasta de cimento 
Pasta de cimento Agregado miúdo Argamassa 
Argamassa Agregado graúdo Concreto 
 O concreto (simples) é um material com bom comportamento à 
compressão, mas que deixa a desejar quando solicitado à tração. 
 Dessa forma, sua utilização fica condicionada à associação a uma 
armadura sempre que houver tensão de tração a ser absorvida, 
resultando no concreto armado. 
CONCRETO ARMADO 
A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 
7 
Solução 
 Resistência 
o A resistência de um material é definida como a capacidade deste resistir à 
tensão sem ruptura (Mehta e Monteiro, 1994). 
o A resistência do concreto à compressão é medida através de ensaios de 
compressão axial em corpos-de-prova. 
o Esses ensaios são utilizados para o controle de qualidade e a aceitação do 
concreto utilizado na estrutura. 
PROPRIEDADES DO CONCRETO 
A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 
8 
NBR 5739:2007 
Concreto - Ensaios de 
compressão de corpos-
de-prova cilíndricos 
 Resistência 
o A resistência do concreto desenvolve-se rapidamente nos primeiros dias. 
o O valor atingido aos 28 dias, que se convencionou como o valor da 
resistência nominal do concreto, representa cerca de 90% do valor final 
esperado. 
PROPRIEDADES DO CONCRETO 
A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 
9 
dias
fc/fc28
1,0
28
NBR 12142:2010 
Concreto - Determinação da 
resistência à tração na flexão 
de corpos de prova prismáticos 
 Resistência 
o A resistência característica à tração pode ser determinada pelos ensaios 
de tração axial, flexão e compressão diametral. 
PROPRIEDADES DO CONCRETO 
A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 
10 
Tração axial 
Flexão 
 Resistência 
o A resistência característica à tração pode ser determinada pelos ensaios 
de tração axial, flexão e compressão diametral. 
PROPRIEDADES DO CONCRETO 
A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 
11 
Compressão diametral 
NBR 7222:2011 
Concreto e argamassa - 
Determinação da resistência à 
tração por compressão diametral 
de corpos de prova cilíndricos 
Caso esses resultados não estejam disponíveis, pode-se assumir para a 
resistência característica à tração cerca de 10% do valor à compressão. 
 Resistência 
o Dentre os fatores que influenciam na resistência do concreto, pode-se 
citar: 
• Fator água/cimento: 
 Mede a relação entre o peso da água e o do cimento utilizado no 
traço do concreto. 
 Determina a porosidade do concreto endurecido, que por sua vez 
afeta na resistência do mesmo. 
 É o principal responsável pela resistência à compressão do 
concreto. 
PROPRIEDADES DO CONCRETO 
A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 
12 
 Resistência 
o Dentre os fatores que influenciam na resistência do concreto, pode-se 
citar: 
• Cura: 
 A cura inadequada ou a alta temperatura pode ocasionar uma 
perda de água prematura do concreto, deixando espaços vazios, 
reduzindo assim a sua resistência. 
• Adensamento 
 Realizado através da vibração do concreto, imediatamente após o 
seu lançamento. 
 Visa eliminar os vazios existentes no concreto. 
PROPRIEDADES DO CONCRETO 
A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 
13 
 Resistência 
o Dentre os fatores que influenciam na resistência do concreto, pode-se 
citar: 
• Idade do concreto 
 A resistência do concreto à compressão cresce em função do 
tempo decorrido da concretagem. 
 Esse crescimento se dá mais rapidamente nas primeiras idades e 
mais lentamente a partir do nonagésimo dia. 
 Os ensaios feitos no concreto levam em consideração a idade de 
28 dias. 
PROPRIEDADES DO CONCRETO 
A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 
14 
 Módulo de elasticidade 
o É a relação entre a tensão atuante e a deformação longitudinal resultante 
desta tensão. 
o Definido como a tangente à curva tensão x deformação obtida nos ensaios 
à compressão em corpos-de-prova padronizados. 
PROPRIEDADES DO CONCRETO 
A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 
15 
 E
NBR 8522:2008 
Concreto - Determinação do módulo 
estático de elasticidade à compressão 
 Retração 
o É a redução de volume do concreto devido à perda de água. 
o No processo de retração, a água é inicialmente expulsa das fibras externas 
do concreto, criando deformações diferenciais que, por sua vez, geram 
tensões capazes de provocar fissuração nas peças de concreto armado. 
o Para se minimizar os efeitos da retração, deve ser efetuado um processo 
adequado de cura no concreto, por pelo menos sete dias. 
PROPRIEDADES DO CONCRETO 
A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 
16 
 Fluência 
o É o fenômeno que faz com que, sob a ação de carregamentos constantes 
de longa duração, o concreto apresente deformações crescentes, que 
tendem a um valor final após um tempo bastante longo. 
o A consequência mais visível disso está no aumento das flechas de vigas 
com o tempo, o que pode causar problemas se esse fato não for levado em 
conta. 
PROPRIEDADES DO CONCRETO 
A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 
17 
 A execução das estruturas de concreto armado pode ser dividida nas 
seguintes etapas: 
o Execução das fôrmas e escoramento; 
o Armação das peças; 
o Concretagem e adensamento das peças; 
o Cura do concreto; 
o Desforma das peças; 
o Reescoramento. 
ETAPAS DE EXECUÇÃO 
A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 
18 
 A execução das estruturas de concreto armado pode ser dividida nas 
seguintes etapas: 
o Execução das fôrmas e escoramento; 
o Armação das peças; 
o Concretagem e adensamento das peças; 
o Cura do concreto; 
o Desforma das peças; 
o Reescoramento. 
ETAPAS DE EXECUÇÃO 
A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 
19 
 São estruturas provisórias destinadas a dar forma e suporte aos 
elementos de concreto até a sua solidificação. 
 Precisam ser executadas antes do lançamento do concreto. 
FÔRMAS 
A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 
20 
 Suas funções principais são: 
FÔRMAS 
A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 
21 
Moldar as peças de concreto. 
Conter o concreto fresco e 
sustentá-lo até que tenha 
resistência suficiente para 
se sustentar por si só. 
 Suas funções principais são: 
FÔRMAS 
A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 
22 
Servir de suporte para o 
posicionamento da armação, 
permitindo acolocação de 
espaçadores para garantir os 
cobrimentos. 
Servir de suporte para o 
posicionamento de elementos 
das instalações e outros itens 
embutidos. 
 Suas funções principais são: 
FÔRMAS 
A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 
23 
Servir de estrutura provisória 
para as atividades de armação 
e concretagem, devendo 
resistir às cargas provenientes 
do seu peso próprio, além das 
de serviço, tais como o peso 
de pessoas, equipamentos e 
materiais . 
 Atualmente é de fundamental importância o dimensionamento das 
fôrmas e escoramentos provisórios, devido: 
o Ao alto custo da madeira; 
o À necessidade de maior qualidade (controle tecnológico dos materiais); 
o À redução das perdas (materiais e produtividade da mão-de-obra); 
o À redução de prazos de entrega (competitividade) . 
 
 Para esse dimensionamento devem ser considerados os planos de 
montagem e desmontagem e o reaproveitamento dos elementos na 
obra. 
FÔRMAS 
A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 
24 
 Custo das fôrmas na obra: 
FÔRMAS 
A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 
25 
Em orçamentos
Estruturas de Concreto Armado
Estruturas
Superestrutura
Supraestrutura
Concreto armado
Formas m2
armaduras kg
Concreto m3
Custo das formas na obra 6%
Custo da estrutura 15% do custo da obra
Armaduras 30%
Concreto 30%
formas 40% (até 6 reaproveitamentos)
1 m3
 Classificação das fôrmas: 
FÔRMAS 
A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 
26 
Tipos de fôrmas Material Indicação 
Convencional Madeira 
Pequenas obras e 
detalhes específicos 
Moduladas Madeira e mistas 
Obras repetitivas e 
edifícios altos 
Trepantes 
Madeira, metálicas e 
mistas 
Torres, barragens e silos 
Deslizantes verticais 
Madeira, metálicas e 
mistas 
Torres e pilares altos de 
grande seção 
Deslizantes horizontais Metálicas 
Barreiras, defensas e 
guias 
 Elementos constituintes de um sistema de fôrmas: 
o Molde; 
o Estrutura do molde; 
o Escoramento ou cimbramento; 
o Peças acessórias. 
FÔRMAS 
A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 
27 
 Elementos constituintes de um sistema de fôrmas: 
o Molde 
• Caracteriza a forma da peça. Pode ser confeccionado com madeira 
(tábuas ou compensados) ou materiais metálicos (alumínio e aço). 
• Constituído por painéis de laje, fundos e faces de vigas e faces de 
pilares. 
FÔRMAS 
A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 
28 
Painéis de laje Faces de vigas Faces de pilares 
 Elementos constituintes de um sistema de fôrmas: 
o Molde – Tábuas 
• As tábuas são normalmente extraídas de pinho, cedrinho e jatobá. 
FÔRMAS 
A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 
29 
L
E
C
Dimensões usuais das tábuas
1x4
1x6
1x9
1x12
Espessura (E)
polegada (cm)Nomenclatura
1 (2,54)
Largura L
polegada (cm)
4 (10,16)
6 (15,24)
9 (22,86)
12 (30,48)
Comprimento C
(metro)
Básico 4,20
comercial 3,90
comercial 3,60
comercial 3,30
 Elementos constituintes de um sistema de fôrmas: 
o Molde – Compensado 
• O corte do compensado deve ser otimizado de maneira a reduzir as 
perdas. As bordas cortadas devem ser pintadas com tinta apropriada 
para evitar a infiltração de umidade e elementos químicos do concreto. 
FÔRMAS 
A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 
30 
Dimensões das chapas compensadas
Padrão alemão = 1,10 m x 2,20 m
Padrão inglês = 1,22 m x 2,44 m (4’x8’)
Espessuras comerciais (mm)
6, 8, 10, 12, 15, 20
Número de reaproveitamentos
Resinados
Plastificados
mais de 5 por face (10x)
mais de 15 por face (30x)
 Elementos constituintes de um sistema de fôrmas: 
o Estrutura do molde 
• Dá sustentação e travamento ao molde. 
• Destinada a enrijecer o molde, garantindo que ele não se deforme 
quando submetido aos esforços originados pelas atividades de armação 
e concretagem. 
• Podem ser de madeira aparelhada, metálicos (perfil dobrado de aço, 
perfil de alumínio ou treliças) ou mistos (combinação de elementos de 
madeira e elementos metálicos). 
• Constituído comumente por gravatas, travessas e travessões. 
FÔRMAS 
A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 
31 
 Elementos constituintes de um sistema de fôrmas: 
o Estrutura do molde 
FÔRMAS 
A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 
32 
Travessão 
Gravata 
Travessa 
 Elementos constituintes de um sistema de fôrmas: 
o Estrutura do molde – Compensado 
• Quando são utilizadas chapas de compensado para moldar paredes, 
vigas altas, pilares de grandes dimensões e lajes será conveniente 
reforçar as chapas. Para isso pode-se utilizar reforços de madeira, 
peças metálicas ou ainda sistemas mistos de peças de madeira e 
metálicas. 
FÔRMAS 
A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 
33 Ripas de 1”x2”
A
A
Corte AA
Chapa compensada 1,10x2,20 m
 Elementos constituintes de um sistema de fôrmas: 
o Escoramento ou cimbramento 
• Dá apoio à estrutura da fôrma. 
• É o elemento destinado a transmitir os esforços da estrutura do molde 
para algum ponto de suporte. 
• Constituído por guias, pontaletes e pés-direitos. 
• É comum o emprego de madeira bruta ou aparelhada, aço na forma 
de perfis tubulares extensíveis e torres. 
FÔRMAS 
A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 
34 
 Elementos constituintes de um sistema de fôrmas: 
o Escoramento ou cimbramento de madeira 
FÔRMAS 
A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 
35 
H
H/ 3
H/ 3
H/ 3
Detalhe das cunhas
pontalete
cunhas
calço
Facilita a desforma 
e a execução de 
contra-flechas 
 Elementos constituintes de um sistema de fôrmas: 
o Escoramento ou cimbramento metálico 
FÔRMAS 
A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 
36 
Forcado p/ caibros
e
x
te
n
sí
v
e
l
H
Altura (H) variando de
1,80m a 3,30 m
Verificar a necessidade de travamentos 
horizontais e contraventamentos para 
evitar flambagem. 
 Elementos constituintes de um sistema de fôrmas: 
o Peças acessórias 
• Componentes utilizados para nivelamento, prumo e locação das 
peças, sendo constituídos comumente por aprumadores, sarrafos de pé-
de-pilar e cunhas. 
• É comum a utilização de elementos metálicos (aço) e cunhas de 
madeira. 
FÔRMAS 
A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 
37 
Aprumador 
 Elementos constituintes de um sistema de fôrmas: 
o Peças acessórias 
• Outros complementos são utilizados para reforçar e sustentar 
(solidarizar) os painéis de tábuas e de chapas compensadas. 
FÔRMAS 
A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 
38 
 Elementos constituintes de um sistema de fôrmas: 
FÔRMAS 
A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 
39 
 Elementos constituintes de um sistema de fôrmas: 
FÔRMAS 
A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 
40 
Fonte: Madeirit
longarina
cunha
escora
tirante
cunha
Mão-francesa
prumo
tensor
gastalho
Sarrafo
nivelamento
Painel da
laje
garfo
guia
gravata
 Elementos constituintes de um sistema de fôrmas: 
FÔRMAS 
A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 
41 
 Execução das fôrmas: 
o Previamente à execução das fôrmas, deve-se considerar alguns aspectos: 
• O recebimento e a estocagem das peças brutas de madeira e dos 
compensados; 
• A existência do projeto estrutural completo com a indicação das 
prumadas e embutidos das instalações prediais e do projeto de fôrmas; 
• A existência de uma central de fôrmas com todos os equipamentos e 
bancadas necessários. 
FÔRMAS 
A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 
42 
 Execução das fôrmas: 
o Central de fôrmas: 
FÔRMAS 
A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 
43 
Bancada com gabarito para montagem dos 
painéis das fôrmas 
Disco para corte das 
tábuas e chapas 
compensadas 
 Execução das fôrmas: 
o A execução deve obedecer criteriosamente à planta de fôrmas do projeto 
estrutural. 
o As fôrmas devem ser dimensionadas para resistir aos esforços: 
• Peso próprio das fôrmas, das armaduras e do concreto; 
• Peso próprio dos operários e equipamentos; 
• Vibrações devido ao adensamento. 
o As fôrmas devem ser estanques. 
o A execução deve se feita de modoa possibilitar o maior número possível 
de reutilizações, proporcionando economia de material e mão-de-obra. 
FÔRMAS 
A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 
44 
 Execução das fôrmas dos pilares: 
o Deve-se atentar à transferência dos eixos do piso anterior para a laje em 
execução, quando necessário, e do nível de referência. 
o Sequência executiva: 
FÔRMAS 
A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 
45 
1. A locação dos pilares do primeiro pavimento deve ser 
feita a partir dos eixos definidos no gabarito, devendo-
se conferir o posicionamento dos arranques. O 
posicionamento dos pilares dos demais pavimentos deve 
tomar como parâmetro os eixos de referência 
previamente definidos. 
 Execução das fôrmas dos pilares: 
o Sequência executiva: 
FÔRMAS 
A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 
46 
2. Locar e fixar o gastalho de pé de pilar, o qual deverá circunscrever os quatro 
painéis, devendo ser devidamente nivelado e unido. 
Proteção do ferro de 
arranque (espera) 
Gastalho 
 Execução das fôrmas dos pilares: 
o Sequência executiva: 
FÔRMAS 
A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 
47 
3. Apicoar o concreto na base do gastalho a fim de remover a nata de cimento. 
Aprumador 
4. Fixar pontaletes guias, travando os no gastalho e 
aprumando os mesmos. 
5. Posicionar os moldes de três faces do pilar, cuidando para que fiquem 
solidarizadas no gastalho, niveladas, aprumadas e ortogonais. 
 Execução das fôrmas dos pilares: 
o Sequência executiva: 
FÔRMAS 
A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 
48 
6. Passar desmoldante nas faces internas dos painéis. 
7. Posicionar a armadura segundo o projeto, com os 
espaçadores e pastilhas devidamente colocados. 
8. Executar o fechamento da fôrma (nivelamento, prumo e 
escoramento da quarta face). 
Prever janela de inspeção e limpeza em 
pilares com mais de 2,5 m de altura. 
FÔRMAS 
A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 
49 
 Execução das fôrmas dos pilares: 
o Sequência executiva: 
• Conferir todo o conjunto para liberação para concretagem. 
 Execução das fôrmas das vigas e das lajes: 
o Usualmente, depois de concretados os pilares, tem início a montagem das 
fôrmas das vigas e das lajes. 
o Sequência executiva: 
FÔRMAS 
A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 
50 
1. Montar os fundos das vigas apoiados sobre cavaletes. 
Fixar os encontros dos painéis de fundo das vigas nos 
pilares cuidando pra que não ocorram folgas. 
2. Nivelar os painéis de fundo com cunhas aplicadas nas 
bases dos cavaletes. 
 Execução das fôrmas das vigas e das lajes: 
o Sequência executiva: 
FÔRMAS 
A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 
51 
3. Posicionar e fixar as laterais das vigas apoiadas sobre 
garfos. 
.. .
.. .
.. .
. .
Fôrma p/ viga intermediária
Pontalete
3”x3”
Escora
1”x3”
Travessa
1”x2”, 1”x3”
Painel
lateral
1”x9”, 1”x12”
Painel
de fundo
1”x9”, 1”x12”
Gravata
1”x2”, 1”x3”
. .
. .
Tala
1”x3”
Painel
da laje
.. .
.. .
.. .
. .
Fôrma p/ viga periférica
. .
. .
.. .
Chapuz
1”x4”
Escora
1”x3”
Nível da laje
 Execução das fôrmas das vigas e das lajes: 
o Sequência executiva: 
FÔRMAS 
A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 
52 
4. Posicionar as guias, travessões e pés-direitos de apoio dos painéis de laje. 
Guia 
Travessão 
5. Distribuir os painéis sobre os travessões. 
 Execução das fôrmas das vigas e das lajes: 
o Sequência executiva: 
FÔRMAS 
A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 
53 
7. Fixar os painéis de laje nos travessões. 
6. Transferir os eixos de referência do pavimento inferior. 
 Execução das fôrmas das vigas e das lajes: 
o Sequência executiva: 
FÔRMAS 
A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 
54 
0,80 < 1,00 m
Pontaletes
ou pés-direitos
Guia c/ tábua
1”x6”, 1”x9”
talas
Guia
3”x4”
Travessões
2”x3”, 3”x3”, 3’x4”
Painel da laje
tábuas de 1”x12”
 Execução das fôrmas das vigas e das lajes: 
o Sequência executiva: 
FÔRMAS 
A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 
55 
9. Conferir o nível dos painéis do assoalho fazendo os ajustes por meio da 
colocação de cunhas nas escoras. 
8. Colocar as escoras das faixas de laje. 
10. Limpar e passar desmoldante nas peças (vigas e lajes). 
 Execução das fôrmas das vigas e das lajes: 
o Sequência executiva: 
FÔRMAS 
A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 
56 
11. Executar, de acordo com os projetos das instalações, os pontos de 
passagens, prumadas, caixas, embutidos, etc. 
12. Conferir e liberar as fôrmas para a colocação da armadura e concretagem. 
 Execução das fôrmas: 
o As principais verificações que devem ser efetuadas antes da liberação 
para concretagem são: 
• Prumo; 
• Nível; 
• Esquadro; 
• Imobilidade; 
FÔRMAS 
A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 
57 
• Estanqueidade; 
• Armaduras; 
• Espaçadores; 
• Limpeza do fundo. 
 A execução das estruturas de concreto armado pode ser dividida nas 
seguintes etapas: 
o Execução das fôrmas e escoramento; 
o Armação das peças; 
o Concretagem e adensamento das peças; 
o Cura do concreto; 
o Desforma das peças; 
o Reescoramento. 
ETAPAS DE EXECUÇÃO 
A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 
58 
 Após a execução da fôrma, se inicia a montagem das armaduras. 
 
 Essa montagem se dá de acordo com as informações contidas no 
projeto estrutural: 
o Bitolas do aço; 
o Espaçamentos entre as barras de aço; 
o Cobrimentos, esperas, emendas ou traspasses. 
ARMAÇÃO 
A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 
59 
 Procedimentos preliminares à execução das armaduras: 
o Aquisição do aço. 
o Fiscalização na entrega do material. 
o Preparação da área de corte, dobramento e montagem do aço. 
o Contratação da mão-de-obra para os trabalhos de armação. 
ARMAÇÃO 
A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 
60 
 Procedimentos preliminares à execução das armaduras: 
o Fiscalização na entrega do material: 
• Recomenda-se retirar amostras para realização de ensaios de tração e 
dobramento em laboratório. 
 NBR ISO 6892-1:2013 - Materiais metálicos - Ensaio de Tração - 
Parte 1: Método de ensaio à temperatura ambiente. 
 NBR 6153:1988 - Produtos metálicos - Ensaio de dobramento 
semi-guiado. 
• Pode ser entregue, junto com a aço, o certificado de qualidade, que 
atesta que o produto foi testado nos laboratórios da própria 
fornecedora ou de certificadora conveniada. 
ARMAÇÃO 
A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 
61 
 Tipos de aço para a construção civil: 
o São classificados de acordo com suas características mecânicas (tensão de 
escoamento) e conforme o processo de fabricação . 
ARMAÇÃO 
A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 
62 
CA 25 - liso (ainda é encontrado nervurado)
CA 50 - nervurado
CA 60 - liso e com entalhes
Arame recozido - amarração de vergalhões
Telas soldadas 
barras e rolos
barras de 12 m
barras rolos ou barras de 12 m
rolos de 60, 35 ou 1 kg
painéis ou rolos e 60 e 120 m 
 Execução da armadura: 
o Corte dos ferros: 
ARMAÇÃO 
A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 
63 
Bancada de corte 
 Execução da armadura: 
o Dobra dos ferros: 
ARMAÇÃO 
A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 
64 
Bancada de dobra 
Pinos de dobragem
Chapa
Pranchão
Pino 
Chapa 
 Execução da armadura: 
o Dobra dos ferros: 
ARMAÇÃO 
A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 
65 
Diâmetro do aço
Menos de 10 mm
10 a 20 mm
Mais de 20 mm
CA 25
3 Ø
4 Ø
5 Ø
CA 50
3 Ø
5 Ø
8 Ø
CA 60
3 Ø
6 Ø
Diâmetro do pino de dobra
 Execução da armadura: 
o Montagem da armadura: 
• Depois de cortadas e dobradas, as barras soltas podem ser 
imediatamente montadas ou amarradas em feixes, chamados kits de 
armaduras, para serem transportadas para a obra, quando montadas 
em central, ou do local de corte e dobra para o local de aplicação. 
ARMAÇÃO 
A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 
66 
Etiqueta de identificação
Kit de armadura
 Execução da armadura: 
o Montagem da armadura: 
ARMAÇÃO 
A. L. D. P. ARGENTA ConstruçãoCivil 1 
67 
Bancada de montagem 
 Execução da armadura: 
o Montagem da armadura: 
• A ligação das barras e entre barras e estribos é feita através da 
utilização de arame recozido. Normalmente são usados os arames 
recozidos nº 18 (maior espessura) ou nº 20 (menor espessura). 
ARMAÇÃO 
A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 
68 
Torquês 
 Execução da armadura: 
o Montagem da armadura: 
• Emenda por traspasse: 
 Deve ser desalinhada. 
 O comprimento de traspasse depende da bitola do aço. 
ARMAÇÃO 
A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 
69 
 Execução da armadura: 
o Montagem da armadura: 
• Emenda com luva: 
 Podem ser utilizadas luvas prensadas ou rosqueadas. 
 Deve ser feito cálculo específico para cada situação e executadas 
com equipamentos apropriados. 
ARMAÇÃO 
A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 
70 
 Execução da armadura: 
o Montagem da armadura: 
• Emenda por solda: 
 Pode ser por caldeamento, com eletrodo, por traspasse e com 
barras justapostas. 
ARMAÇÃO 
A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 
71 
 Execução da armadura: 
o Montagem da armadura: 
• As armaduras podem ser pré montadas na central de armação e 
levadas ao seu local de aplicação ou montadas na própria fôrma. 
• Para essa escolha são considerados diversos fatores: 
 As dimensões das peças; 
 O sistema de transporte disponível na obra; 
 A resistência das barras aos esforços de transporte da peça 
montada; 
 Entre outros. 
ARMAÇÃO 
A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 
72 
 Execução da armadura: 
o Montagem da armadura: 
ARMAÇÃO 
A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 
73 
Colocação da 
armação do pilar 
Montagem da 
armação da laje 
 Execução da armadura: 
o Montagem da armadura: 
• Quando da colocação das armaduras nas fôrmas todo o cuidado deve 
ser tomado de modo a garantir o perfeito posicionamento da armadura 
no elemento final a ser concretado. 
• Os dois problemas fundamentais a serem evitados são: 
 A falta de cobrimento do concreto. 
 
 O posicionamento incorreto da armadura negativa. 
ARMAÇÃO 
A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 
74 
Resolvido com a colocação de espaçadores e pastilhas 
Resolvido com a colocação de “caranguejos” 
 Execução da armadura: 
o Montagem da armadura: 
ARMAÇÃO 
A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 
75 
Espaçadores plásticos 
“Caranguejos” 
Pastilhas de concreto 
 Execução da armadura: 
o Colocação dos embutidos (caixas, tubulação): 
ARMAÇÃO 
A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 
76 
 A execução das estruturas de concreto armado pode ser dividida nas 
seguintes etapas: 
o Execução das fôrmas e escoramento; 
o Armação das peças; 
o Concretagem e adensamento das peças; 
o Cura do concreto; 
o Desforma das peças; 
o Reescoramento. 
ETAPAS DE EXECUÇÃO 
A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 
77 
 É a etapa de colocação do concreto no local de aplicação, ou seja, 
dentro das fôrmas. 
 A concretagem somente pode ser liberada para execução depois de 
verificado se: 
• As fôrmas estão consolidadas e limpas; 
• As armaduras estão corretamente dispostas; 
• As instalações embutidas estão devidamente posicionadas. 
CONCRETAGEM 
A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 
78 
 Procedimentos preliminares à execução da concretagem: 
• Verificar se as estruturas concretadas anteriormente estão consolidadas e 
escoradas o suficiente para receber esse novo carregamento. 
• Verificar as condições de acesso dos equipamentos, em função do tipo de 
concreto empregado. 
• Garantir que os materiais utilizados no controle tecnológico do concreto 
estejam disponíveis e em perfeitas condições. 
• Prever a possibilidade de interrupção da concretagem e a necessidade da 
criação de juntas frias. 
CONCRETAGEM 
A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 
79 
 Procedimentos preliminares à execução da concretagem: 
• Cuidar para que não haja deslocamento de armadura pela passagem dos 
carrinhos e pessoas. 
• Estabelecer um plano prévio de concretagem, os intervalos entre os 
caminhões e/ou betonadas e reprogramar em função do ritmo. 
• Planejar e acompanhar a sequência de concretagem anotando o local onde 
foi lançado o material de cada caminhão e terminar a concretagem no 
ponto de saída da laje. 
CONCRETAGEM 
A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 
80 
 Preparação do concreto 
• Concreto misturado manualmente 
CONCRETAGEM 
A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 
81 
Deve-se estar ciente de que o concreto 
resultante é de qualidade apenas razoável. 
Superfície resistente, plana, 
limpa e impermeável 
 Preparação do concreto 
• Concreto misturado em betoneira 
CONCRETAGEM 
A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 
82 
 Preparação do concreto 
• Concreto dosado em central 
 Dentre as vantagens do uso de concreto usinado pode-se destacar: 
 Economia de materiais; 
 Maior controle tecnológico, com melhoria da qualidade; 
 Racionalização do número de ajudantes na obra; 
 Melhor produtividade da equipe; 
 Eliminação de áreas de estoque no canteiro; 
 Redução do custo da obra. 
CONCRETAGEM 
A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 
83 
 Controle tecnológico do concreto 
• O concreto utilizado poderá, como visto, ser produzido na obra ou 
comprado de alguma central de produção. 
• No entanto, seja qual for a sua procedência, deverá ser devidamente 
controlado antes de sua aplicação. 
• Os ensaios mais comuns para o controle de recebimento do concreto são: 
 O ensaio de abatimento (slump test); 
 O ensaio de resistência à compressão. 
CONCRETAGEM 
A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 
84 
 Controle tecnológico do concreto 
• Ensaio de abatimento do tronco de cone (slump test) 
 Utilizado a fim de se verificar a consistência do concreto. 
CONCRETAGEM 
A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 
85 
Consistência é a maior ou menor facilidade com que o concreto 
se deforma sob ação de cargas, inclusive seu próprio peso. 
 Controle tecnológico do concreto 
• Ensaio de abatimento do tronco de cone (slump test) 
 Coletar diretamente da calha do caminhão uma amostra de concreto. 
Não retirar a amostra de concreto já lançado na fôrma; 
 Colocar a amostra em um carrinho e misturar para assegurar a 
homogeneidade; 
 Colocar o cone sobre a placa metálica nivelada, apoiando firmemente 
os pés sobre as abas inferiores do cone; 
 Preencher o cone em 3 camadas iguais e aplicar um apiloamento de 
25 golpes em cada camada em toda a seção do cone, adensando 
cuidadosamente com a haste sem que esta penetre na camada inferior; 
CONCRETAGEM 
A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 
86 
 Controle tecnológico do concreto 
• Ensaio de abatimento do tronco de cone (slump test) 
 Retirar o excesso de material da última camada com a régua, alisando 
a superfície; 
 Içar o cone verticalmente, com cuidado; 
 Colocar a haste sobre o cone invertido ao lado da massa abatida, 
medindo a distância entre o ponto médio do material e a parte inferior 
da haste, expressando o resultado em centímetros. 
CONCRETAGEM 
A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 
87 
NBR NM 67:1998 
Concreto - Determinação da consistência pelo 
abatimento do tronco de cone 
 Controle tecnológico do concreto 
• Ensaio de abatimento do tronco de cone (slump test) 
CONCRETAGEM 
A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 
88 
 Controle tecnológico do concreto 
• Ensaio de abatimento do tronco de cone (slump test) 
CONCRETAGEM 
A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 
89 
 Controle tecnológico do concreto 
• Ensaio de resistência à compressão 
 Retirar a amostra do terço médio da mistura, evitando as primeiras e 
as últimas partes do material lançado; 
 Retirar o material direto da calha do caminhão, misturando tudo em 
um carrinho para assegurar a homogeneidade; 
 Preencher os moldes em quatro camadas iguais, apiloando cada uma 
delas com 30 golpes com a haste metálica, evitando penetrara haste 
na camada inferior já adensada; 
CONCRETAGEM 
A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 
90 
fck 
 Controle tecnológico do concreto 
• Ensaio de resistência à compressão 
 Proceder o acabamento da superfície com uma régua metálica, 
retirando o excesso de material; 
 Deixar o molde em repouso, em temperatura ambiente, por 24 horas; 
 Enviar ao laboratório os corpos-de-prova, devidamente identificados. 
CONCRETAGEM 
A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 
91 
NBR 12655:2006 
Concreto de cimento Portland - Preparo, controle e 
recebimento - Procedimento 
 Controle tecnológico do concreto 
• Ensaio de resistência à compressão 
CONCRETAGEM 
A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 
92 
 Transporte do concreto 
• Uma vez liberado, o concreto deverá ser transportado para o pavimento 
em que está ocorrendo a concretagem. 
• Transporte convencional: 
CONCRETAGEM 
A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 
93 
Carrinhos e jericas 
Grua com caçamba 
 Transporte do concreto 
• Transporte por bombeamento: 
CONCRETAGEM 
A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 
94 
Mangote 
 Lançamento do concreto 
• Alguns cuidados que devem ser tomados no momento da concretagem: 
 Evitar o acúmulo de concreto em determinados pontos, distribuindo a 
massa sobre a fôrma; 
 Lançar o concreto em camadas horizontais, a partir das extremidades 
para o centro das fôrmas; 
 Lançar nova camada antes do início de pega da camada inferior; 
 Limitar o transporte interno do concreto com carrinhos ou jericas 
para evitar a segregação e perda de consistência. 
CONCRETAGEM 
A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 
95 
 Lançamento do concreto 
• Em vigas e lajes o concreto é lançado diretamente sobre a fôrma. 
CONCRETAGEM 
A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 
96 
 Lançamento do concreto 
• Quando o transporte é realizado com bomba, o lançamento do concreto no 
pilar é realizado diretamente, com o auxílio de um funil. 
• Quando o transporte é feito através de caçambas ou jericas, é comum 
primeiro colocar o concreto sobre uma chapa de compensado junto à "boca" 
do pilar e, em seguida, lançar o concreto para dentro dele. 
CONCRETAGEM 
A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 
97 
 Compactação da massa de concreto, procurando retirar dela o maior 
volume possível de vazios, incorporado nas fases de mistura, transporte 
e lançamento, visando promover um ganho de resistência. 
 O adensamento pode ser executado de maneira manual ou mecânica, 
com o uso de vibradores de imersão ou de superfície. 
ADENSAMENTO 
A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 
98 
Vibrador de imersão Vibrador de superfície 
 Alguns cuidados que devem ser tomados no adensamento: 
• Aplicar o vibrador sempre na vertical; 
• Introduzir e retirar o vibrador lentamente, fazendo com que a cavidade 
deixada pela agulha se feche novamente; 
• Evitar encostar o vibrador na armadura, pois isso acarretará problemas de 
aderência entre a barra e o concreto; 
• Não aproximar muito a agulha das paredes da fôrma, para evitar danos na 
madeira e formação de bolhas de ar. 
ADENSAMENTO 
A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 
99 
Tanto a falta de vibração como o excesso pode 
causar sérios problemas para o concreto. 
 A execução das estruturas de concreto armado pode ser dividida nas 
seguintes etapas: 
o Execução das fôrmas e escoramento; 
o Armação das peças; 
o Concretagem e adensamento das peças; 
o Cura do concreto; 
o Desforma das peças; 
o Reescoramento. 
ETAPAS DE EXECUÇÃO 
A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 
100 
 O concreto deve ser protegido durante o processo de endurecimento 
contra secagem rápida e mudanças bruscas de temperatura. 
 Tendo em vista garantir essa proteção, é realizada a cura do concreto. 
• A cura é um conjunto de medidas para evitar a perda de água 
(evaporação) pelo concreto nos primeiros dias de idade. 
• A cura garante a existência da água necessária para a hidratação do 
cimento (reações químicas). 
• A cura evita a retração e, consequentemente, o surgimento de fissuras no 
concreto. 
 A cura inicia-se logo que for possível andar sobre o concreto. 
CURA 
A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 
101 
 Os métodos mais comuns para a cura do concreto são: 
o Molhagem frequente, mantendo sempre que possível uma lâmina de água 
sobre a superfície. 
o Aplicação de sacos de arroz, cimento ou estopa, mantendo-os umedecidos 
(aniagem). 
o Aplicação de lonas ou lençóis plásticos impermeáveis sobre lâmina de 
água. 
CURA 
A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 
102 
 O tempo de cura é função: 
o Das condições ambientais locais (temperatura, umidade, ventos, etc.) ; 
o Da composição do concreto; 
o Da agressividade do meio ambiente (esgoto, contato com água do mar, 
etc.). 
CURA 
A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 
Tipo de 
cimento 
Relação a/c 
0,35 0,55 0,65 0,70 
CP I e CP II 2 3 7 10 
CP IV 2 3 7 10 
CP III 2 5 7 10 
CP V-ARI 2 3 5 5 
Tempo mínimo de cura (em dias) 
103 
 A execução das estruturas de concreto armado pode ser dividida nas 
seguintes etapas: 
o Execução das fôrmas e escoramento; 
o Armação das peças; 
o Concretagem e adensamento das peças; 
o Cura do concreto; 
o Desforma das peças; 
o Reescoramento. 
ETAPAS DE EXECUÇÃO 
A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 
104 
 Para o início da desforma deve-se respeitar o tempo de cura e no 
mínimo: 
o 3 dias para retirada de fôrmas de faces laterais; 
o 7 dias para a retirada de fôrmas de fundo, deixando-se algumas escoras 
bem encunhadas; 
o 21 dias para retirada total do escoramento. 
DESFORMA 
A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 
105 
DESFORMA 
A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 
Elemento a ser 
desmoldado 
Prazo para desforma 
Concreto Armado 
Comum 
Concreto Armado + 
Aditivos 
Faces laterais de vigas 
e pilares 
3 dias - 
Faces inferiores de 
vigas e lajes (retirada 
de algumas escoras e 
encunhamentos) 
7 dias - 
Faces inferiores de 
vigas (desmoldagem 
quase total e retirada 
de escoras esparsas) 
14 dias 7 dias 
Desmoldagem total 21 dias 11 dias 
Vigas e arcos com vão 
maior que 10 m 
28 dias 21 dias 
106 
DESFORMA 
A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 
Elemento a ser 
desmoldado 
Prazo para desforma 
Concreto comum Concreto com ARI 
Paredes, pilares e faces 
laterais de vigas 
3 dias 2 dias 
Lajes até 10 cm de 
espessura 
7 dias 3 dias 
Faces inferiores de vigas 
com reescoramento 
14 dias 7 dias 
Lajes com mais de 10 cm 
de espessura e faces 
inferiores de vigas com 
menos de 10 m de vão 
21 dias 7 dias 
Arcos e faces inferiores 
de vigas com mais de 10 
m de vão 
28 dias 10 dias 
107 
 A desforma consiste na: 
o Execução do reescoramento (antes do início da desforma propriamente 
dita); 
o Retirada dos painéis com cuidado para não haver queda e danificá-los; 
o Limpeza dos painéis; 
o Transporte dos painéis para o local de armazenamento e/ou montagem. 
DESFORMA 
A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 
108 
 A execução das estruturas de concreto armado pode ser dividida nas 
seguintes etapas: 
o Execução das fôrmas e escoramento; 
o Armação das peças; 
o Concretagem e adensamento das peças; 
o Cura do concreto; 
o Desforma das peças; 
o Reescoramento. 
ETAPAS DE EXECUÇÃO 
A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 
109 
 É o processo de retirada da fôrma e do escoramento de uma laje e/ou 
viga e a substituição por um escoramento reduzido. 
 O reescoramento é necessário por dois motivos: 
o Economia na execução da estrutura; 
o Absorção das cargas do escoramento da próxima laje e/ou viga. 
REESCORAMENTO 
A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 
O reescoramento evita que a estrutura 
sofra deformações (flechas) excessivas, já 
que é mantido até os 28 dias, quando a 
estrutura ganhou a resistência suficiente. 
110 
REESCORAMENTO 
A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 
Reescoramento(após retirada 
da fôrma) 
Retirada total das 
reescoras (28 dias) 
Escoramento 
(etapa da fôrma) 
111

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