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CONSTRUÇÃO CIVIL 1 Execução de estruturas de concreto armado Aula 05 Ana Larissa Dal Piva Argenta, MSc Universidade Federal de Goiás Regional Catalão Unidade Acadêmica Especial de Engenharia Departamento de Engenharia Civil O concreto é uma mistura de cimento, água e materiais inertes. CONCRETO A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 2 Cimento Portland (aglomerante) agregado miúdo (areia natural ou artificial) agregado graúdo (brita ou seixo rolado) Água Materiais inertes Agregados miúdos: 0,075 mm < f < 4,8 mm Agregados graúdos: 4,8 mm < f < 152 mm Empregado em estado plástico, endurece com o passar do tempo, devido à hidratação do cimento. Adquire, com o passar dos dias, resistência suficiente para resistir aos esforços que o solicitam. Esse aumento de resistência é qualidade peculiar do concreto que o distingue dos demais materiais de construção. CONCRETO A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 3 Nos concretos podem ser usadas adições, com a finalidade de melhorar algumas propriedades, tais como: o Resistência à compressão: sílica ativa. o Resistência à tração: fibras metálicas. o Diminuição da retração: fibras plásticas. o Aumento da densidade: minério de ferro. CONCRETO A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 4 É possível o uso de aditivos químicos, em função do tipo de utilização, cuja função pode ser melhorar ou modificar o comportamento do concreto, tais como: o Acelerador de pega. o Retardador de pega. o Incorporador de ar. o Etc. CONCRETO A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 5 CONCRETO A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 6 Cimento Portland Água Pasta de cimento Pasta de cimento Agregado miúdo Argamassa Argamassa Agregado graúdo Concreto O concreto (simples) é um material com bom comportamento à compressão, mas que deixa a desejar quando solicitado à tração. Dessa forma, sua utilização fica condicionada à associação a uma armadura sempre que houver tensão de tração a ser absorvida, resultando no concreto armado. CONCRETO ARMADO A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 7 Solução Resistência o A resistência de um material é definida como a capacidade deste resistir à tensão sem ruptura (Mehta e Monteiro, 1994). o A resistência do concreto à compressão é medida através de ensaios de compressão axial em corpos-de-prova. o Esses ensaios são utilizados para o controle de qualidade e a aceitação do concreto utilizado na estrutura. PROPRIEDADES DO CONCRETO A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 8 NBR 5739:2007 Concreto - Ensaios de compressão de corpos- de-prova cilíndricos Resistência o A resistência do concreto desenvolve-se rapidamente nos primeiros dias. o O valor atingido aos 28 dias, que se convencionou como o valor da resistência nominal do concreto, representa cerca de 90% do valor final esperado. PROPRIEDADES DO CONCRETO A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 9 dias fc/fc28 1,0 28 NBR 12142:2010 Concreto - Determinação da resistência à tração na flexão de corpos de prova prismáticos Resistência o A resistência característica à tração pode ser determinada pelos ensaios de tração axial, flexão e compressão diametral. PROPRIEDADES DO CONCRETO A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 10 Tração axial Flexão Resistência o A resistência característica à tração pode ser determinada pelos ensaios de tração axial, flexão e compressão diametral. PROPRIEDADES DO CONCRETO A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 11 Compressão diametral NBR 7222:2011 Concreto e argamassa - Determinação da resistência à tração por compressão diametral de corpos de prova cilíndricos Caso esses resultados não estejam disponíveis, pode-se assumir para a resistência característica à tração cerca de 10% do valor à compressão. Resistência o Dentre os fatores que influenciam na resistência do concreto, pode-se citar: • Fator água/cimento: Mede a relação entre o peso da água e o do cimento utilizado no traço do concreto. Determina a porosidade do concreto endurecido, que por sua vez afeta na resistência do mesmo. É o principal responsável pela resistência à compressão do concreto. PROPRIEDADES DO CONCRETO A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 12 Resistência o Dentre os fatores que influenciam na resistência do concreto, pode-se citar: • Cura: A cura inadequada ou a alta temperatura pode ocasionar uma perda de água prematura do concreto, deixando espaços vazios, reduzindo assim a sua resistência. • Adensamento Realizado através da vibração do concreto, imediatamente após o seu lançamento. Visa eliminar os vazios existentes no concreto. PROPRIEDADES DO CONCRETO A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 13 Resistência o Dentre os fatores que influenciam na resistência do concreto, pode-se citar: • Idade do concreto A resistência do concreto à compressão cresce em função do tempo decorrido da concretagem. Esse crescimento se dá mais rapidamente nas primeiras idades e mais lentamente a partir do nonagésimo dia. Os ensaios feitos no concreto levam em consideração a idade de 28 dias. PROPRIEDADES DO CONCRETO A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 14 Módulo de elasticidade o É a relação entre a tensão atuante e a deformação longitudinal resultante desta tensão. o Definido como a tangente à curva tensão x deformação obtida nos ensaios à compressão em corpos-de-prova padronizados. PROPRIEDADES DO CONCRETO A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 15 E NBR 8522:2008 Concreto - Determinação do módulo estático de elasticidade à compressão Retração o É a redução de volume do concreto devido à perda de água. o No processo de retração, a água é inicialmente expulsa das fibras externas do concreto, criando deformações diferenciais que, por sua vez, geram tensões capazes de provocar fissuração nas peças de concreto armado. o Para se minimizar os efeitos da retração, deve ser efetuado um processo adequado de cura no concreto, por pelo menos sete dias. PROPRIEDADES DO CONCRETO A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 16 Fluência o É o fenômeno que faz com que, sob a ação de carregamentos constantes de longa duração, o concreto apresente deformações crescentes, que tendem a um valor final após um tempo bastante longo. o A consequência mais visível disso está no aumento das flechas de vigas com o tempo, o que pode causar problemas se esse fato não for levado em conta. PROPRIEDADES DO CONCRETO A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 17 A execução das estruturas de concreto armado pode ser dividida nas seguintes etapas: o Execução das fôrmas e escoramento; o Armação das peças; o Concretagem e adensamento das peças; o Cura do concreto; o Desforma das peças; o Reescoramento. ETAPAS DE EXECUÇÃO A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 18 A execução das estruturas de concreto armado pode ser dividida nas seguintes etapas: o Execução das fôrmas e escoramento; o Armação das peças; o Concretagem e adensamento das peças; o Cura do concreto; o Desforma das peças; o Reescoramento. ETAPAS DE EXECUÇÃO A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 19 São estruturas provisórias destinadas a dar forma e suporte aos elementos de concreto até a sua solidificação. Precisam ser executadas antes do lançamento do concreto. FÔRMAS A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 20 Suas funções principais são: FÔRMAS A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 21 Moldar as peças de concreto. Conter o concreto fresco e sustentá-lo até que tenha resistência suficiente para se sustentar por si só. Suas funções principais são: FÔRMAS A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 22 Servir de suporte para o posicionamento da armação, permitindo acolocação de espaçadores para garantir os cobrimentos. Servir de suporte para o posicionamento de elementos das instalações e outros itens embutidos. Suas funções principais são: FÔRMAS A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 23 Servir de estrutura provisória para as atividades de armação e concretagem, devendo resistir às cargas provenientes do seu peso próprio, além das de serviço, tais como o peso de pessoas, equipamentos e materiais . Atualmente é de fundamental importância o dimensionamento das fôrmas e escoramentos provisórios, devido: o Ao alto custo da madeira; o À necessidade de maior qualidade (controle tecnológico dos materiais); o À redução das perdas (materiais e produtividade da mão-de-obra); o À redução de prazos de entrega (competitividade) . Para esse dimensionamento devem ser considerados os planos de montagem e desmontagem e o reaproveitamento dos elementos na obra. FÔRMAS A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 24 Custo das fôrmas na obra: FÔRMAS A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 25 Em orçamentos Estruturas de Concreto Armado Estruturas Superestrutura Supraestrutura Concreto armado Formas m2 armaduras kg Concreto m3 Custo das formas na obra 6% Custo da estrutura 15% do custo da obra Armaduras 30% Concreto 30% formas 40% (até 6 reaproveitamentos) 1 m3 Classificação das fôrmas: FÔRMAS A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 26 Tipos de fôrmas Material Indicação Convencional Madeira Pequenas obras e detalhes específicos Moduladas Madeira e mistas Obras repetitivas e edifícios altos Trepantes Madeira, metálicas e mistas Torres, barragens e silos Deslizantes verticais Madeira, metálicas e mistas Torres e pilares altos de grande seção Deslizantes horizontais Metálicas Barreiras, defensas e guias Elementos constituintes de um sistema de fôrmas: o Molde; o Estrutura do molde; o Escoramento ou cimbramento; o Peças acessórias. FÔRMAS A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 27 Elementos constituintes de um sistema de fôrmas: o Molde • Caracteriza a forma da peça. Pode ser confeccionado com madeira (tábuas ou compensados) ou materiais metálicos (alumínio e aço). • Constituído por painéis de laje, fundos e faces de vigas e faces de pilares. FÔRMAS A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 28 Painéis de laje Faces de vigas Faces de pilares Elementos constituintes de um sistema de fôrmas: o Molde – Tábuas • As tábuas são normalmente extraídas de pinho, cedrinho e jatobá. FÔRMAS A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 29 L E C Dimensões usuais das tábuas 1x4 1x6 1x9 1x12 Espessura (E) polegada (cm)Nomenclatura 1 (2,54) Largura L polegada (cm) 4 (10,16) 6 (15,24) 9 (22,86) 12 (30,48) Comprimento C (metro) Básico 4,20 comercial 3,90 comercial 3,60 comercial 3,30 Elementos constituintes de um sistema de fôrmas: o Molde – Compensado • O corte do compensado deve ser otimizado de maneira a reduzir as perdas. As bordas cortadas devem ser pintadas com tinta apropriada para evitar a infiltração de umidade e elementos químicos do concreto. FÔRMAS A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 30 Dimensões das chapas compensadas Padrão alemão = 1,10 m x 2,20 m Padrão inglês = 1,22 m x 2,44 m (4’x8’) Espessuras comerciais (mm) 6, 8, 10, 12, 15, 20 Número de reaproveitamentos Resinados Plastificados mais de 5 por face (10x) mais de 15 por face (30x) Elementos constituintes de um sistema de fôrmas: o Estrutura do molde • Dá sustentação e travamento ao molde. • Destinada a enrijecer o molde, garantindo que ele não se deforme quando submetido aos esforços originados pelas atividades de armação e concretagem. • Podem ser de madeira aparelhada, metálicos (perfil dobrado de aço, perfil de alumínio ou treliças) ou mistos (combinação de elementos de madeira e elementos metálicos). • Constituído comumente por gravatas, travessas e travessões. FÔRMAS A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 31 Elementos constituintes de um sistema de fôrmas: o Estrutura do molde FÔRMAS A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 32 Travessão Gravata Travessa Elementos constituintes de um sistema de fôrmas: o Estrutura do molde – Compensado • Quando são utilizadas chapas de compensado para moldar paredes, vigas altas, pilares de grandes dimensões e lajes será conveniente reforçar as chapas. Para isso pode-se utilizar reforços de madeira, peças metálicas ou ainda sistemas mistos de peças de madeira e metálicas. FÔRMAS A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 33 Ripas de 1”x2” A A Corte AA Chapa compensada 1,10x2,20 m Elementos constituintes de um sistema de fôrmas: o Escoramento ou cimbramento • Dá apoio à estrutura da fôrma. • É o elemento destinado a transmitir os esforços da estrutura do molde para algum ponto de suporte. • Constituído por guias, pontaletes e pés-direitos. • É comum o emprego de madeira bruta ou aparelhada, aço na forma de perfis tubulares extensíveis e torres. FÔRMAS A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 34 Elementos constituintes de um sistema de fôrmas: o Escoramento ou cimbramento de madeira FÔRMAS A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 35 H H/ 3 H/ 3 H/ 3 Detalhe das cunhas pontalete cunhas calço Facilita a desforma e a execução de contra-flechas Elementos constituintes de um sistema de fôrmas: o Escoramento ou cimbramento metálico FÔRMAS A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 36 Forcado p/ caibros e x te n sí v e l H Altura (H) variando de 1,80m a 3,30 m Verificar a necessidade de travamentos horizontais e contraventamentos para evitar flambagem. Elementos constituintes de um sistema de fôrmas: o Peças acessórias • Componentes utilizados para nivelamento, prumo e locação das peças, sendo constituídos comumente por aprumadores, sarrafos de pé- de-pilar e cunhas. • É comum a utilização de elementos metálicos (aço) e cunhas de madeira. FÔRMAS A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 37 Aprumador Elementos constituintes de um sistema de fôrmas: o Peças acessórias • Outros complementos são utilizados para reforçar e sustentar (solidarizar) os painéis de tábuas e de chapas compensadas. FÔRMAS A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 38 Elementos constituintes de um sistema de fôrmas: FÔRMAS A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 39 Elementos constituintes de um sistema de fôrmas: FÔRMAS A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 40 Fonte: Madeirit longarina cunha escora tirante cunha Mão-francesa prumo tensor gastalho Sarrafo nivelamento Painel da laje garfo guia gravata Elementos constituintes de um sistema de fôrmas: FÔRMAS A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 41 Execução das fôrmas: o Previamente à execução das fôrmas, deve-se considerar alguns aspectos: • O recebimento e a estocagem das peças brutas de madeira e dos compensados; • A existência do projeto estrutural completo com a indicação das prumadas e embutidos das instalações prediais e do projeto de fôrmas; • A existência de uma central de fôrmas com todos os equipamentos e bancadas necessários. FÔRMAS A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 42 Execução das fôrmas: o Central de fôrmas: FÔRMAS A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 43 Bancada com gabarito para montagem dos painéis das fôrmas Disco para corte das tábuas e chapas compensadas Execução das fôrmas: o A execução deve obedecer criteriosamente à planta de fôrmas do projeto estrutural. o As fôrmas devem ser dimensionadas para resistir aos esforços: • Peso próprio das fôrmas, das armaduras e do concreto; • Peso próprio dos operários e equipamentos; • Vibrações devido ao adensamento. o As fôrmas devem ser estanques. o A execução deve se feita de modoa possibilitar o maior número possível de reutilizações, proporcionando economia de material e mão-de-obra. FÔRMAS A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 44 Execução das fôrmas dos pilares: o Deve-se atentar à transferência dos eixos do piso anterior para a laje em execução, quando necessário, e do nível de referência. o Sequência executiva: FÔRMAS A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 45 1. A locação dos pilares do primeiro pavimento deve ser feita a partir dos eixos definidos no gabarito, devendo- se conferir o posicionamento dos arranques. O posicionamento dos pilares dos demais pavimentos deve tomar como parâmetro os eixos de referência previamente definidos. Execução das fôrmas dos pilares: o Sequência executiva: FÔRMAS A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 46 2. Locar e fixar o gastalho de pé de pilar, o qual deverá circunscrever os quatro painéis, devendo ser devidamente nivelado e unido. Proteção do ferro de arranque (espera) Gastalho Execução das fôrmas dos pilares: o Sequência executiva: FÔRMAS A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 47 3. Apicoar o concreto na base do gastalho a fim de remover a nata de cimento. Aprumador 4. Fixar pontaletes guias, travando os no gastalho e aprumando os mesmos. 5. Posicionar os moldes de três faces do pilar, cuidando para que fiquem solidarizadas no gastalho, niveladas, aprumadas e ortogonais. Execução das fôrmas dos pilares: o Sequência executiva: FÔRMAS A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 48 6. Passar desmoldante nas faces internas dos painéis. 7. Posicionar a armadura segundo o projeto, com os espaçadores e pastilhas devidamente colocados. 8. Executar o fechamento da fôrma (nivelamento, prumo e escoramento da quarta face). Prever janela de inspeção e limpeza em pilares com mais de 2,5 m de altura. FÔRMAS A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 49 Execução das fôrmas dos pilares: o Sequência executiva: • Conferir todo o conjunto para liberação para concretagem. Execução das fôrmas das vigas e das lajes: o Usualmente, depois de concretados os pilares, tem início a montagem das fôrmas das vigas e das lajes. o Sequência executiva: FÔRMAS A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 50 1. Montar os fundos das vigas apoiados sobre cavaletes. Fixar os encontros dos painéis de fundo das vigas nos pilares cuidando pra que não ocorram folgas. 2. Nivelar os painéis de fundo com cunhas aplicadas nas bases dos cavaletes. Execução das fôrmas das vigas e das lajes: o Sequência executiva: FÔRMAS A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 51 3. Posicionar e fixar as laterais das vigas apoiadas sobre garfos. .. . .. . .. . . . Fôrma p/ viga intermediária Pontalete 3”x3” Escora 1”x3” Travessa 1”x2”, 1”x3” Painel lateral 1”x9”, 1”x12” Painel de fundo 1”x9”, 1”x12” Gravata 1”x2”, 1”x3” . . . . Tala 1”x3” Painel da laje .. . .. . .. . . . Fôrma p/ viga periférica . . . . .. . Chapuz 1”x4” Escora 1”x3” Nível da laje Execução das fôrmas das vigas e das lajes: o Sequência executiva: FÔRMAS A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 52 4. Posicionar as guias, travessões e pés-direitos de apoio dos painéis de laje. Guia Travessão 5. Distribuir os painéis sobre os travessões. Execução das fôrmas das vigas e das lajes: o Sequência executiva: FÔRMAS A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 53 7. Fixar os painéis de laje nos travessões. 6. Transferir os eixos de referência do pavimento inferior. Execução das fôrmas das vigas e das lajes: o Sequência executiva: FÔRMAS A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 54 0,80 < 1,00 m Pontaletes ou pés-direitos Guia c/ tábua 1”x6”, 1”x9” talas Guia 3”x4” Travessões 2”x3”, 3”x3”, 3’x4” Painel da laje tábuas de 1”x12” Execução das fôrmas das vigas e das lajes: o Sequência executiva: FÔRMAS A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 55 9. Conferir o nível dos painéis do assoalho fazendo os ajustes por meio da colocação de cunhas nas escoras. 8. Colocar as escoras das faixas de laje. 10. Limpar e passar desmoldante nas peças (vigas e lajes). Execução das fôrmas das vigas e das lajes: o Sequência executiva: FÔRMAS A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 56 11. Executar, de acordo com os projetos das instalações, os pontos de passagens, prumadas, caixas, embutidos, etc. 12. Conferir e liberar as fôrmas para a colocação da armadura e concretagem. Execução das fôrmas: o As principais verificações que devem ser efetuadas antes da liberação para concretagem são: • Prumo; • Nível; • Esquadro; • Imobilidade; FÔRMAS A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 57 • Estanqueidade; • Armaduras; • Espaçadores; • Limpeza do fundo. A execução das estruturas de concreto armado pode ser dividida nas seguintes etapas: o Execução das fôrmas e escoramento; o Armação das peças; o Concretagem e adensamento das peças; o Cura do concreto; o Desforma das peças; o Reescoramento. ETAPAS DE EXECUÇÃO A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 58 Após a execução da fôrma, se inicia a montagem das armaduras. Essa montagem se dá de acordo com as informações contidas no projeto estrutural: o Bitolas do aço; o Espaçamentos entre as barras de aço; o Cobrimentos, esperas, emendas ou traspasses. ARMAÇÃO A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 59 Procedimentos preliminares à execução das armaduras: o Aquisição do aço. o Fiscalização na entrega do material. o Preparação da área de corte, dobramento e montagem do aço. o Contratação da mão-de-obra para os trabalhos de armação. ARMAÇÃO A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 60 Procedimentos preliminares à execução das armaduras: o Fiscalização na entrega do material: • Recomenda-se retirar amostras para realização de ensaios de tração e dobramento em laboratório. NBR ISO 6892-1:2013 - Materiais metálicos - Ensaio de Tração - Parte 1: Método de ensaio à temperatura ambiente. NBR 6153:1988 - Produtos metálicos - Ensaio de dobramento semi-guiado. • Pode ser entregue, junto com a aço, o certificado de qualidade, que atesta que o produto foi testado nos laboratórios da própria fornecedora ou de certificadora conveniada. ARMAÇÃO A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 61 Tipos de aço para a construção civil: o São classificados de acordo com suas características mecânicas (tensão de escoamento) e conforme o processo de fabricação . ARMAÇÃO A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 62 CA 25 - liso (ainda é encontrado nervurado) CA 50 - nervurado CA 60 - liso e com entalhes Arame recozido - amarração de vergalhões Telas soldadas barras e rolos barras de 12 m barras rolos ou barras de 12 m rolos de 60, 35 ou 1 kg painéis ou rolos e 60 e 120 m Execução da armadura: o Corte dos ferros: ARMAÇÃO A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 63 Bancada de corte Execução da armadura: o Dobra dos ferros: ARMAÇÃO A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 64 Bancada de dobra Pinos de dobragem Chapa Pranchão Pino Chapa Execução da armadura: o Dobra dos ferros: ARMAÇÃO A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 65 Diâmetro do aço Menos de 10 mm 10 a 20 mm Mais de 20 mm CA 25 3 Ø 4 Ø 5 Ø CA 50 3 Ø 5 Ø 8 Ø CA 60 3 Ø 6 Ø Diâmetro do pino de dobra Execução da armadura: o Montagem da armadura: • Depois de cortadas e dobradas, as barras soltas podem ser imediatamente montadas ou amarradas em feixes, chamados kits de armaduras, para serem transportadas para a obra, quando montadas em central, ou do local de corte e dobra para o local de aplicação. ARMAÇÃO A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 66 Etiqueta de identificação Kit de armadura Execução da armadura: o Montagem da armadura: ARMAÇÃO A. L. D. P. ARGENTA ConstruçãoCivil 1 67 Bancada de montagem Execução da armadura: o Montagem da armadura: • A ligação das barras e entre barras e estribos é feita através da utilização de arame recozido. Normalmente são usados os arames recozidos nº 18 (maior espessura) ou nº 20 (menor espessura). ARMAÇÃO A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 68 Torquês Execução da armadura: o Montagem da armadura: • Emenda por traspasse: Deve ser desalinhada. O comprimento de traspasse depende da bitola do aço. ARMAÇÃO A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 69 Execução da armadura: o Montagem da armadura: • Emenda com luva: Podem ser utilizadas luvas prensadas ou rosqueadas. Deve ser feito cálculo específico para cada situação e executadas com equipamentos apropriados. ARMAÇÃO A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 70 Execução da armadura: o Montagem da armadura: • Emenda por solda: Pode ser por caldeamento, com eletrodo, por traspasse e com barras justapostas. ARMAÇÃO A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 71 Execução da armadura: o Montagem da armadura: • As armaduras podem ser pré montadas na central de armação e levadas ao seu local de aplicação ou montadas na própria fôrma. • Para essa escolha são considerados diversos fatores: As dimensões das peças; O sistema de transporte disponível na obra; A resistência das barras aos esforços de transporte da peça montada; Entre outros. ARMAÇÃO A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 72 Execução da armadura: o Montagem da armadura: ARMAÇÃO A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 73 Colocação da armação do pilar Montagem da armação da laje Execução da armadura: o Montagem da armadura: • Quando da colocação das armaduras nas fôrmas todo o cuidado deve ser tomado de modo a garantir o perfeito posicionamento da armadura no elemento final a ser concretado. • Os dois problemas fundamentais a serem evitados são: A falta de cobrimento do concreto. O posicionamento incorreto da armadura negativa. ARMAÇÃO A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 74 Resolvido com a colocação de espaçadores e pastilhas Resolvido com a colocação de “caranguejos” Execução da armadura: o Montagem da armadura: ARMAÇÃO A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 75 Espaçadores plásticos “Caranguejos” Pastilhas de concreto Execução da armadura: o Colocação dos embutidos (caixas, tubulação): ARMAÇÃO A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 76 A execução das estruturas de concreto armado pode ser dividida nas seguintes etapas: o Execução das fôrmas e escoramento; o Armação das peças; o Concretagem e adensamento das peças; o Cura do concreto; o Desforma das peças; o Reescoramento. ETAPAS DE EXECUÇÃO A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 77 É a etapa de colocação do concreto no local de aplicação, ou seja, dentro das fôrmas. A concretagem somente pode ser liberada para execução depois de verificado se: • As fôrmas estão consolidadas e limpas; • As armaduras estão corretamente dispostas; • As instalações embutidas estão devidamente posicionadas. CONCRETAGEM A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 78 Procedimentos preliminares à execução da concretagem: • Verificar se as estruturas concretadas anteriormente estão consolidadas e escoradas o suficiente para receber esse novo carregamento. • Verificar as condições de acesso dos equipamentos, em função do tipo de concreto empregado. • Garantir que os materiais utilizados no controle tecnológico do concreto estejam disponíveis e em perfeitas condições. • Prever a possibilidade de interrupção da concretagem e a necessidade da criação de juntas frias. CONCRETAGEM A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 79 Procedimentos preliminares à execução da concretagem: • Cuidar para que não haja deslocamento de armadura pela passagem dos carrinhos e pessoas. • Estabelecer um plano prévio de concretagem, os intervalos entre os caminhões e/ou betonadas e reprogramar em função do ritmo. • Planejar e acompanhar a sequência de concretagem anotando o local onde foi lançado o material de cada caminhão e terminar a concretagem no ponto de saída da laje. CONCRETAGEM A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 80 Preparação do concreto • Concreto misturado manualmente CONCRETAGEM A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 81 Deve-se estar ciente de que o concreto resultante é de qualidade apenas razoável. Superfície resistente, plana, limpa e impermeável Preparação do concreto • Concreto misturado em betoneira CONCRETAGEM A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 82 Preparação do concreto • Concreto dosado em central Dentre as vantagens do uso de concreto usinado pode-se destacar: Economia de materiais; Maior controle tecnológico, com melhoria da qualidade; Racionalização do número de ajudantes na obra; Melhor produtividade da equipe; Eliminação de áreas de estoque no canteiro; Redução do custo da obra. CONCRETAGEM A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 83 Controle tecnológico do concreto • O concreto utilizado poderá, como visto, ser produzido na obra ou comprado de alguma central de produção. • No entanto, seja qual for a sua procedência, deverá ser devidamente controlado antes de sua aplicação. • Os ensaios mais comuns para o controle de recebimento do concreto são: O ensaio de abatimento (slump test); O ensaio de resistência à compressão. CONCRETAGEM A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 84 Controle tecnológico do concreto • Ensaio de abatimento do tronco de cone (slump test) Utilizado a fim de se verificar a consistência do concreto. CONCRETAGEM A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 85 Consistência é a maior ou menor facilidade com que o concreto se deforma sob ação de cargas, inclusive seu próprio peso. Controle tecnológico do concreto • Ensaio de abatimento do tronco de cone (slump test) Coletar diretamente da calha do caminhão uma amostra de concreto. Não retirar a amostra de concreto já lançado na fôrma; Colocar a amostra em um carrinho e misturar para assegurar a homogeneidade; Colocar o cone sobre a placa metálica nivelada, apoiando firmemente os pés sobre as abas inferiores do cone; Preencher o cone em 3 camadas iguais e aplicar um apiloamento de 25 golpes em cada camada em toda a seção do cone, adensando cuidadosamente com a haste sem que esta penetre na camada inferior; CONCRETAGEM A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 86 Controle tecnológico do concreto • Ensaio de abatimento do tronco de cone (slump test) Retirar o excesso de material da última camada com a régua, alisando a superfície; Içar o cone verticalmente, com cuidado; Colocar a haste sobre o cone invertido ao lado da massa abatida, medindo a distância entre o ponto médio do material e a parte inferior da haste, expressando o resultado em centímetros. CONCRETAGEM A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 87 NBR NM 67:1998 Concreto - Determinação da consistência pelo abatimento do tronco de cone Controle tecnológico do concreto • Ensaio de abatimento do tronco de cone (slump test) CONCRETAGEM A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 88 Controle tecnológico do concreto • Ensaio de abatimento do tronco de cone (slump test) CONCRETAGEM A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 89 Controle tecnológico do concreto • Ensaio de resistência à compressão Retirar a amostra do terço médio da mistura, evitando as primeiras e as últimas partes do material lançado; Retirar o material direto da calha do caminhão, misturando tudo em um carrinho para assegurar a homogeneidade; Preencher os moldes em quatro camadas iguais, apiloando cada uma delas com 30 golpes com a haste metálica, evitando penetrara haste na camada inferior já adensada; CONCRETAGEM A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 90 fck Controle tecnológico do concreto • Ensaio de resistência à compressão Proceder o acabamento da superfície com uma régua metálica, retirando o excesso de material; Deixar o molde em repouso, em temperatura ambiente, por 24 horas; Enviar ao laboratório os corpos-de-prova, devidamente identificados. CONCRETAGEM A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 91 NBR 12655:2006 Concreto de cimento Portland - Preparo, controle e recebimento - Procedimento Controle tecnológico do concreto • Ensaio de resistência à compressão CONCRETAGEM A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 92 Transporte do concreto • Uma vez liberado, o concreto deverá ser transportado para o pavimento em que está ocorrendo a concretagem. • Transporte convencional: CONCRETAGEM A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 93 Carrinhos e jericas Grua com caçamba Transporte do concreto • Transporte por bombeamento: CONCRETAGEM A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 94 Mangote Lançamento do concreto • Alguns cuidados que devem ser tomados no momento da concretagem: Evitar o acúmulo de concreto em determinados pontos, distribuindo a massa sobre a fôrma; Lançar o concreto em camadas horizontais, a partir das extremidades para o centro das fôrmas; Lançar nova camada antes do início de pega da camada inferior; Limitar o transporte interno do concreto com carrinhos ou jericas para evitar a segregação e perda de consistência. CONCRETAGEM A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 95 Lançamento do concreto • Em vigas e lajes o concreto é lançado diretamente sobre a fôrma. CONCRETAGEM A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 96 Lançamento do concreto • Quando o transporte é realizado com bomba, o lançamento do concreto no pilar é realizado diretamente, com o auxílio de um funil. • Quando o transporte é feito através de caçambas ou jericas, é comum primeiro colocar o concreto sobre uma chapa de compensado junto à "boca" do pilar e, em seguida, lançar o concreto para dentro dele. CONCRETAGEM A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 97 Compactação da massa de concreto, procurando retirar dela o maior volume possível de vazios, incorporado nas fases de mistura, transporte e lançamento, visando promover um ganho de resistência. O adensamento pode ser executado de maneira manual ou mecânica, com o uso de vibradores de imersão ou de superfície. ADENSAMENTO A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 98 Vibrador de imersão Vibrador de superfície Alguns cuidados que devem ser tomados no adensamento: • Aplicar o vibrador sempre na vertical; • Introduzir e retirar o vibrador lentamente, fazendo com que a cavidade deixada pela agulha se feche novamente; • Evitar encostar o vibrador na armadura, pois isso acarretará problemas de aderência entre a barra e o concreto; • Não aproximar muito a agulha das paredes da fôrma, para evitar danos na madeira e formação de bolhas de ar. ADENSAMENTO A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 99 Tanto a falta de vibração como o excesso pode causar sérios problemas para o concreto. A execução das estruturas de concreto armado pode ser dividida nas seguintes etapas: o Execução das fôrmas e escoramento; o Armação das peças; o Concretagem e adensamento das peças; o Cura do concreto; o Desforma das peças; o Reescoramento. ETAPAS DE EXECUÇÃO A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 100 O concreto deve ser protegido durante o processo de endurecimento contra secagem rápida e mudanças bruscas de temperatura. Tendo em vista garantir essa proteção, é realizada a cura do concreto. • A cura é um conjunto de medidas para evitar a perda de água (evaporação) pelo concreto nos primeiros dias de idade. • A cura garante a existência da água necessária para a hidratação do cimento (reações químicas). • A cura evita a retração e, consequentemente, o surgimento de fissuras no concreto. A cura inicia-se logo que for possível andar sobre o concreto. CURA A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 101 Os métodos mais comuns para a cura do concreto são: o Molhagem frequente, mantendo sempre que possível uma lâmina de água sobre a superfície. o Aplicação de sacos de arroz, cimento ou estopa, mantendo-os umedecidos (aniagem). o Aplicação de lonas ou lençóis plásticos impermeáveis sobre lâmina de água. CURA A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 102 O tempo de cura é função: o Das condições ambientais locais (temperatura, umidade, ventos, etc.) ; o Da composição do concreto; o Da agressividade do meio ambiente (esgoto, contato com água do mar, etc.). CURA A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 Tipo de cimento Relação a/c 0,35 0,55 0,65 0,70 CP I e CP II 2 3 7 10 CP IV 2 3 7 10 CP III 2 5 7 10 CP V-ARI 2 3 5 5 Tempo mínimo de cura (em dias) 103 A execução das estruturas de concreto armado pode ser dividida nas seguintes etapas: o Execução das fôrmas e escoramento; o Armação das peças; o Concretagem e adensamento das peças; o Cura do concreto; o Desforma das peças; o Reescoramento. ETAPAS DE EXECUÇÃO A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 104 Para o início da desforma deve-se respeitar o tempo de cura e no mínimo: o 3 dias para retirada de fôrmas de faces laterais; o 7 dias para a retirada de fôrmas de fundo, deixando-se algumas escoras bem encunhadas; o 21 dias para retirada total do escoramento. DESFORMA A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 105 DESFORMA A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 Elemento a ser desmoldado Prazo para desforma Concreto Armado Comum Concreto Armado + Aditivos Faces laterais de vigas e pilares 3 dias - Faces inferiores de vigas e lajes (retirada de algumas escoras e encunhamentos) 7 dias - Faces inferiores de vigas (desmoldagem quase total e retirada de escoras esparsas) 14 dias 7 dias Desmoldagem total 21 dias 11 dias Vigas e arcos com vão maior que 10 m 28 dias 21 dias 106 DESFORMA A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 Elemento a ser desmoldado Prazo para desforma Concreto comum Concreto com ARI Paredes, pilares e faces laterais de vigas 3 dias 2 dias Lajes até 10 cm de espessura 7 dias 3 dias Faces inferiores de vigas com reescoramento 14 dias 7 dias Lajes com mais de 10 cm de espessura e faces inferiores de vigas com menos de 10 m de vão 21 dias 7 dias Arcos e faces inferiores de vigas com mais de 10 m de vão 28 dias 10 dias 107 A desforma consiste na: o Execução do reescoramento (antes do início da desforma propriamente dita); o Retirada dos painéis com cuidado para não haver queda e danificá-los; o Limpeza dos painéis; o Transporte dos painéis para o local de armazenamento e/ou montagem. DESFORMA A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 108 A execução das estruturas de concreto armado pode ser dividida nas seguintes etapas: o Execução das fôrmas e escoramento; o Armação das peças; o Concretagem e adensamento das peças; o Cura do concreto; o Desforma das peças; o Reescoramento. ETAPAS DE EXECUÇÃO A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 109 É o processo de retirada da fôrma e do escoramento de uma laje e/ou viga e a substituição por um escoramento reduzido. O reescoramento é necessário por dois motivos: o Economia na execução da estrutura; o Absorção das cargas do escoramento da próxima laje e/ou viga. REESCORAMENTO A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 O reescoramento evita que a estrutura sofra deformações (flechas) excessivas, já que é mantido até os 28 dias, quando a estrutura ganhou a resistência suficiente. 110 REESCORAMENTO A. L. D. P. ARGENTA Construção Civil 1 Reescoramento(após retirada da fôrma) Retirada total das reescoras (28 dias) Escoramento (etapa da fôrma) 111