Buscar

Biodisponibilidade e Absorção de Medicamentos

Prévia do material em texto

Farmacologia (02/10/2018)
A biodisponibilidade é a concentração encontrada ou disponível na corrente sanguínea que será responsável por produzir o efeito desejado. A via como falado antes que terá sempre 100% de biodisponibilidade é a via venosa e isso acontece pois o medicamento é administrado diretamente na corrente sanguina.
Para a produção do efeito necessita de uma concentração terapêutica que se encontra disponível no sangue onde essa concentração vai chegar até o local de ação esperado, caso isso não ocorra não terá a integração do fármaco com o receptor e consequentemente não terá efeito. Os efeitos de altas e baixas concentrações serão sempre analisados a partir de estudos pré clínicos e estudos clínicos, porém esses estudos não são responsáveis por prever as individualidades, ou seja, o mesmo medicamento vai ter efeitos diferentes pois cada pessoa apresenta uma genética, um tipo de alimentação, um tipo de vida.
O medicamento precisa ser mantido na janela/faixa/zona terapêutica para surgir efeito. No momento em que sua concentração diminui seu efeito também e em alguns casos não tem efeito nenhum, porem no momento em que eu aumento essa concentração automaticamente ocorre um aumento do seu efeito levando assim a uma situação de toxicidade. 
A posologia tem que ser obedecida, caso isso não aconteça pode alterar a concentração do medicamento do organismo. A primeira dose muitas vezes não atinge a faixa terapêutica, já na segunda dose consegue atingir essa faixa e as demais doses serão responsáveis por manter o medicamento nessa faixa. A cada pico desse medicamento ocorre absorção, distribuição e excreção. Em casos que a pessoa necessita de um tratamento emergencial pode ser administrada um dose maior da considerada normal para essa já atingir a janela terapêutica sem precisar da segunda dose e após isso essa dose vai diminuindo e pode começar a acontecer o controle.
EXEMPLO: Suponhamos que tenha um antibiótico que deve ser tomado três dias seguidos. No primeiro dia ocorreu sua administração correta; no segundo dia esse medicamento não foi administrado, ou seja, tomado; no terceiro dia o indivíduo tomou novamente esse medicamento. Aquele período em que deveria ter medicamento circulante ele não se encontra agindo e sua concentração estava abaixo da janela terapêutica. Nesse caso, o antibiótico que seria responsável por acabar com as bactérias não terá efeito e essas bactérias irão começar a se multiplicar, criando assim uma resistência aquele antibiótico.
Outro exemplo é quem tem pressão alto e faz uso de medicamentos para aumentar a glicemia. Caso esse medicamento se encontre na janela abaixo da terapêutica, ou seja, na subterapeutica não apresentará efeito nenhum, aumentando assim a pressão.
Algumas vezes a metabolização do medicamento não será de forma adequada. Quando a metabolização se encontra muito lenta vai causar um efeito toxico no organismo em que não vai acontecer a redução da quantidade adequada do medicamento e cada vez que ocorrer a ingestão/administração de outra dose vai aumentar essa concentração circulante aumentando assim o efeito do medicamento. Outras vezes a metabolização pode se encontrar tão rápida que o medicamento não consegue chegar a faixa terapêutica mesmo após várias doses administradas, onde isso pode resultar na ausência do seu efeito. A metabolização rápida e lenta pode ser interferida por fatores genéticos, ou seja, herança genética, por conta de uma alteração no fígado, por conta de integração medicamentosa, alimentação, bebida, entre outros fatores.
Fatores que podem interferir na absorção
Alguns fatores podem interferir na absorção de um medicamento, como:
· Concentração: maior absorção quando se tem uma maior concentração; menor absorção quando se tem uma menor concentração. São proporcionais.
· Fator de lipossolubilidade.
· Ionização: onde Ph ácido com PKA ácido vai ser facilmente absorvido, assim como Ph básico e PKA básico; Já Ph ácido com PKA básico ou ao contrário não será absorvido e ficara retiro no ambiente. 
· Forma farmacêutica: forma liquida é melhor absorvida. 
· Área de absorção: quanto maior essa área maior será a absorção; menor a área menor será absorção. São proporcionais.
· Circulação: maior a circulação do sangue no local maior será sua absorção; menor circulação do sangue no local menor será absorção. São proporcionais.
· Condições patologias: temos como exemplo a inflamação onde aquela sem a presença de pus terá uma absorção maior. A presença de tecido necrosado também irá alterar a absorção.
As vias de administração também alteram a absorção do medicamento, onde a intradermica vai ser diferente da intramuscular e essa será diferente da subcutânea. Essa diferença vai ser por causa da quantidade de camadas e vasos sanguíneos presente em cada uma. 
Outros fatores serão responsáveis por alterar a velocidade, como:
· Tempo de esvaziamento gástrico: menor o tempo maior será a absorção; maior o tempo menor a absorção. São inversamente proporcionais. 
· Motilidade intestinal: a absorção será maior se a motilidade for menor ou normal; menor absorção quando a motilidade for maior. São inversamente proporcionais.
· Alimento: dependendo do medicamento na ausência de alimento poderá ter maior absorção ou menor e o mesmo acontece na presença de alimento onde o medicamento pode ter uma maior ou menor absorção.
Fatores de formulação pode ajudar a melhorar ou interferir na absorção. Temos a Metapropamina que aumenta a velocidade do esvaziamento gástrico e a Propapemina que diminui ou dificulta a velocidade do esvaziamento gástrico.
Com a metapropamina vai acontecer um aumento no tempo do esvaziamento gástrico levando assim a uma absorção muito rápida ou seja, uma menor absorção. Já a propapemia vai ser responsável por diminuir a velocidade do esvaziamento gástrico onde vai ocasionar em uma absorção mais lenta, ou seja, uma absorção maior e tendo uma duração muito maior do efeito do medicamento.
O efeito do volume de agua
Vamos começar utilizando o exemplo da aspirina onde sua absorção vai mudar dependendo da quantidade de agua ingerida juntamente com esse medicamento. 
A agua vai ajudar no processo de dissolução do medicamento, ou seja, sua desintegração dentro do organismo, vai auxiliar no processo de deglutição, vai ajudar o medicamento chegar até o local onde ele tem que se dissolver e além disso, a agua vai atuar no processo de absorção desse medicamento.
Quando ingerimos um medicamento com pouca quantidade de agua sua desintegração demora levando assim em uma absorção muito menor. Podemos dizer então, que a pouca quantidade de agua leva a uma absorção menor do medicamento quando se comparado ao medicamento ingerido da presença de uma quantidade de agua adequada (25mL).
Pouca agua – absorção menor.
Muita agua – absorção maior.
Distribuição
 Fatores que podem interferir na distribuição do medicamento:
· Problemas farmacocinéticos: passagem através das membranas (se o fármaco não passa pelas membranas ele não é absorvido e se não é absorvido não passa para corrente sanguínea para ser distribuído).
· Metabolismo sistêmico: efeito de primeira passagem, pois o medicamento passa pelo fígado ates de chegar na circulação tendo assim uma redução grande na sua concentração.
· Fatores Fisiológicos
· Fatores Patológicos: distúrbios hepáticos, distúrbios renais, distúrbios cardíacos, distúrbios tireoidianos.
· Carga elétrica
· pH e pKa
· Afinidade a proteínas plasmáticas
Farmacologia (04/10/2018)
Para distribuição do medicamento precisamos da Albumina e Alfa1 (lipoproteína acida) em que ambas são consideradas proteínas. A albumina vai ser responsável pelo transporte de fármacos ácidos já a alfa1 vai ser responsável pelo transporte de fármacos básicos. São proteínas fundamentais para o processo de distribuição dos fármacos.
O volume de distribuição pode ser modificado/alterado dependendo da condição em que o indivíduo se encontra, pode mudar de acordo com as características do medicamento e a idade do indivíduo também vai ter ser um fator que iráinfluência de maneira significativa. 
Na distribuição gráfica temos que ter em mente a diferença de tecidos, em que o corpo da criança vai ser apresentar uma quantidade maior de agua e uma quantidade menor de tecido adiposo, além disso na criança temos a presença da bilirrubina que é considerada como uma proteína de transporte. Todo esquema terapêutico para as crianças tem que ser adaptado tendo que realizar do cálculo da massa da concentração do medicamento para realizar a administração deste, temos que levar em conta também que na criança o fígado não está totalmente maduro suficiente para fazer o processo metabólico. 
A formação do complexo droga e proteína tem que estar em constante equilíbrio. A proteína pode ficar livre do medicamento liberando ele para ação, como também pode se encontrar ligada a esse medicamento diminuindo seu feito. Na diminuição de proteínas terá uma maior concentração de drogas livres o que ocasiona um processo de super. dosagem ou intoxicação, onde dependendo do medicamento pode levar até a morte. 
Outra coisa que pode interferir no processo de distribuição são as barreiras fisiológicas que então presentes no organismo e que servem para impedir invasores. Alguns exemplos são:
· Barreira Macrocefálica: está localizada no cérebro e na medula espinal. Essa barreira tem a função de proteger as áreas mais nobres do organismo e sua ausência pode ser responsável por influenciar invasão de vírus, bactérias, microorganismos, fungos. A barreira funciona selecionando o que vai passar ou não pro tecido cerebral a partir das junções estreitas decorrentes de células justapostas e para que um medicamento consiga passar por essa barreira ele tem que apresentar algumas características, como: apolar, ou seja, altamente lipossolúvel (medicamentos polares –hidrofílicos- não conseguem atravessar esse barreira); drogas lipossolúveis são obrigadas a terem um peso molecular muito baixo; alto coeficiente de partição óleo e agua (tem que se dissolver muito mais no óleo). Alguns medicamentos que atuam no SNC como os antidepressivos e antiepiléticos apresentam um caráter lipossolúvel e ficam durante muito tempo disponíveis no organismo, ou seja, se um indivíduo se encontra tomado um medicamento antidepressivo por exemplo ele vai demorar um bom tempo para ser depurado o organismo por conta da sua característica ele consegue ultrapassar barreiras para ter seu efeito e fica acumulado no tecido adiposo. DICA: a meningite só irá acontecer quando essa barreira macrocefálica for transporta por um microorganismo, bactéria, fungo. 
· Barreira Placentária: a placenta é considerada uma barreira apenas para algumas coisas, mas ocorre uma troca de sangue muito íntima entre o bebe e a mãe onde tudo que a mãe ingere/toma passa para a criança a partir do processo de maturação desse feto. Nessa barreira apresenta a presença de vários vasos sanguíneos comunicantes que é responsável por fazer essa troca levando tudo que a mãe consume para a criança. Por isso existe casos de crianças que nascem de mães fumantes e na maternidade precisa receber adesivo de nicotina porque vai sofrer uma crise de abstinência dessa substancia. Nessa barreira o fármaco para passar também precisa ser apolar e de baixo peso molecular. Nessa barreira também é comum acontecer o sequestro ou aprisionamento iônico, tendo o plasma fetal classificado mais ácido do que da mãe e após a mãe administrar um medicamento básico vai para o bebe em um sangue básico tendo a ionização desse medicamento. Então o medicamento fica preso na placenta juntamente com a criança agravando mais ainda a situação. Se a mãe ingerir um medicamento ácido ele vai chegar, passar pela criança e retornar. 
O fígado com falência hepática causada por excesso de álcool, viris da hepatite apresenta uma diminuição na sua capacidade de produção de albumina, onde sua concentração inadequada leva uma fração de medicamentos livres muito maior do que o esperado. O indivíduo classificado como alcoólatra apresenta um efeito toxico do medicamento por uma maior concentração de droga livre; o medicamento pode ter efeito nenhum se precisar do fígado para ser metabolizado e rápido (lembrando que esse indivíduo por causa do excesso de álcool causou uma falência hepática danificando a maior parte das funções do seu fígado); o medicamento por ser metabolizado de forma muito rápida em decorrência da super. ativação das enzimas o que leva a ausência do seu efeito. Não é só o excesso de álcool que pode ocasionar problemas no fígado, comidas super. gordurosas podem sobrecarregar esse órgão fazendo com que ele diminuía a produção de albumina. 
Após a distribuição o medicamento vai para alguns reservatórios que podem ser encontrados no tecido ósseo, adiposo e esses reservatórios serão responsáveis por abrigar restos de medicamentos e prolonga seus efeitos. É importante saber que no momento de receitar um medicamento que ele pode causar um efeito toxico por um prolongamento devido ao seu acúmulo no reservatório. 
DICA: O excesso de Vitamina A vai causar um efeito toxico. Essa vitamina é caracterizada como lipossolúvel onde seu excesso faz com que essa vitamina se acumule nos tecidos causando assim danos, e esse excesso de Vitamina A pode causar um processo de HiperVitaminose. Já a Vitamina C apresenta uma característica hidrossolúvel e seu excesso não vai causar dando tendo ele eliminado pela urina.
Redistribuição
O efeito do medicamento termina devido a sua metabolização e excreção do corpo. Após tomar um medicamento e este for distribuído o seu efeito só irá terminar quando chega ao local de ação. No metabolismo esse medicamento vai ser inativado e depois excretado. As moléculas presentes nesse processo vão sendo aos poucos levadas para a corrente sanguínea. O reservatório mantem o efeito do medicamento em que algumas situações mesmo após a parada da ingestão do medicamento ele se encontra disponível no corpo. Ou seja, se um indivíduo para de tomar um medicamento nesse exato momento ele vai estar disponível no corpo por mais alguns dias, onde nessa situação é importante lembrar que pode ter interação se o indivíduo resolver depois de dois dias voltar a tomar o medicamento, essa interação vaia acontecer entre o restos de medicamentos que estavam no reservatórios mas essa nova dosagem. 
RESUMINDO: Mesmo após uma parada do medicamento ainda tem restos dele presente no reservatório, lembrando que quanto mais lipossolúvel esse medicamento é maior sua capacidade de armazenamento.
OBS: O medicamento lipossolúvel vai ser excretado, onde o fígado vai fazer ao máximo para transformar em hidrossolúvel e este ser eliminado pela urina. Se esse medicamento não consegui ele vai se ligar com a bile. Em casos de pessoas que apresentam o intestino preso o medicamento vai continuar no organismo junto com todos os elementos tóxicos que estão presentes no intestino.
Metabolismo e excreção
Já ocorreu a liberação do princípio ativo do medicamento, ele vai ser absorvido, distribuição para ser metabolizado e excretado. 
A biotransformação é responsável por fazer o medicamento ficar na forma polar, ou seja, vai ser o processo responsável por modificar a característica do medicamento que era apolar (lipossolúvel) para polar (hidrossolúvel). Temos que entender que o medicamento ele vai ser absorvido, distribuído, ter seu efeito/ação, metabolizado e excretado. O medicamento vai ser metabolizado pelo fígado a parir de duas fases:
I. A primeira fase é Convertem o fármaco original em um metabólito mais polar por meio de reações de oxidação, redução ou hidrólise. Nessa fase podemos dizer que tem uma reação catabolica, onde vai ocorrer a quebra de algum agrupamento do medicamento. Os metabolitos produzidos por essa fase podem ser inativos ou ativos (voltam pro sangue)
II. A segunda fase o medicamento sofre uma conjugação e nessa fase ele fica muito mais polar conseguindo ser facilmente elimando pela urina. Nessa fase podemos dizer que tem uma reação anabólica (síntese), onde o medicamento inicial não se encontra hidrossolúvelo bastante por isso vai ser modificado nessa fase se transformando em uma outra substancia para ser facilmente elimando. 
Nem sempre todos os fármacos passam pelas duas fases. Alguns vão direto para Fase II de metabolização e alguns por serem altamente hidrossolúveis são eliminados sem a necessidade de metabolização. Porem mesmo alguns fármacos sendo hidrossolúveis os mesmo passam pelo processo de metabolização da Fase I para serem inativos. Os medicamentos são metabolizados para serem inativados e metabolizados.
EXEMPLO: A aspirina na Fase I sofre uma modificação sendo transformada em ácido salicílico e esse entra na Fase II no processo de conjugação com o ácido glicuronico e essa conjugação vai facilitar a excreção desse medicamento. 
Interferência no processo de biotransofrmação de um medicamento por levar ao seu acumulo.
Farmacologia (09/10/2018)
 
Resumindo: a biotranformação são consideradas alterações que um agente químico sofre no organismo para aumentar ou diminuir sua atividade e apresenta como função ativar ou inativar um fármaco e facilitar o processo de excreção a partir da mudança de polaridade, transformando uma substancia apolar (lipossolúvel) em polar (hidrossolúvel).
Na biotransformação teremos uma Pro-Droga que será transformada em uma droga ativa, teremos um Metabolito ativo sendo transformado em um inativo e teremos por final um Efeito toxico que vai ocorrer a partir da produção de uma substância toxica decorrente do medicamento. 
Os sistemas envolvidos no processo de biotransformação além de ser usado por um medicamento também é utilizado por alimentos, onde no momento de administração de um medicamento temos que levar em consideração que está utilizando o sistema de uma outra sustância levando assim a uma competição por essa enzima o que muitas vezes leva ao acumulo de um medicamento e a baixa metabolização de um alimento. Por isso é importante saber qual sistema vai estar envolvido na biotransformação de um medicamento para saber qual alimento pode ou não ser ingerido. Temos como por exemplo o queijo que tem a presença de Tiramina e para sua metabolização precisa das enzimas denominadas Monamioxidases (Mal), após ingerir um medicamento que inibe essas enzimas ocorre um acúmulo de Tiramina e esse acumulo vai levar a picos de pressão alta, pois essa tiramina não está sendo metabolizada. 
Os sistemas mais comuns envolvidos no processo de metabolização do medicamento são:
1. Sistema Reticulo Endoplasmático Liso do Fígado;
2. Rins;
3. Epitélio Intestinal;
4. Pulmão (não são todos os medicamentos);
5. Outros tecidos em menor escala.
Em primeiro lugar podemos notar que é o Fígado, em que lá nesse reticulo endoplasmático liso temos a presença de enzimas que irão atuar no processo de metabolização e transformação do medicamento, tanto na fase I como na fase II. Quando o medicamento é administrado por via endovenosa ele não passa pelo fígado porque já foi administrado na corrente sanguínea tendo assim 100% de biodisponibilidade ocasionando em uma rápida absorção e um efeito muito mais rápido. Mas quando um medicamento é administrado por via oral ele passa pelo fígado e lá sofre o que podemos chamar de Efeito de Primeira Passagem perdendo assim um pouco da sua biodisponibilidade. Porem precisamos ter em mente que esse efeito de primeira passagem não ocorre em todos os medicamentos.
Relembrado que na Fase I terei uma modificação na estrutura do medicamento onde ocorre a quebra de uma molécula (mais precisamente um grupo funcional) por reações de oxidação, hidrolise e redução. A perda esse agrupamento faz com que o medicamento perca sua função. Se esse medicamento for classificado como um fármaco e ocorre a perca desse agrupamento ele se torna ativo porem se não for se torna inativo. 
Na Fase II temos a atuação das enzimas do Sistema Microcional Oxidativo e elas são denominadas como CitoprolP450 (CPY450) e dentre essas as mais importantes são: CY1, CY2 e CY3. Essas enzimas estão responsáveis ou envolvidas no processo de metabolização de substâncias como alimentos, medicamentos. Se tomar um medicamento que usa o sistema CP450 precisamos ter em mente que esse sistema é fundamental para uma via metabólica do organismo e que vai ter interferência nessa via, faltando enzima para seguir a rota certa. Por outro lado, pode até provocar um efeito danoso se junto com o medicamento consumir um alimento que utiliza desse mesmo sistema. EXEMPLO: Tomei um medicamento que precisa de determinadas enzimas pertencentes a família CP450 e consumi um alimento que também precisa dessas enzimas. Vai ter um competição por essa enzima para que ambos os processos aconteçam, muitas vezes terei acumulo do medicamento e baixa metabolização do alimento.
Na fase II dizemos que ocorre a formação de uma substância nova que vai receber um novo agrupamento transformando assim sua polaridade para facilitar sua excreção.
Vias de excreção da bilirrubina através do metabolismo hepático
O acumulo de bilirrubina no sangue deixa a pessoa amarela, assim como os olhos. Isso ocorre porque o fígado não está sendo capaz de excretar a bilirrubina por causa de problemas, onde isso leva a não conversão e a não retirada dessa bilirrubina pelas fezes e urina. Quando uma pessoa apresenta hiperecia (primeiro sinal de hepatite) mais precisamente dos recém nascidos é recomendável que tenha banho de sol pois esse sol será responsável por degradar essa bilirrubina. 
 Todos os dias o sistema recicla novas células, em que o baço é responsável principalmente por realizar a reciclagem nas hemácias. Esse processo é denominado Heritrocatrese que vai ser o culpado por causar a destruição de uma hemácia velha. Com essa destruição da hemácia velha será liberado o ferro que irá se ligar a peritina. Outra estrutura presente dentro das hemácias será quebrada e responsável por liberar Bilirrubina e essa não consegue circular sozinha pelo organismo. A bilirrubina é metabolizada no fígado mas quando é liberada pelo baço se liga a albumina para chegar até no fígado, em que no fígado sofre uma reação de fase I e se liga ao Acido Glicuronico sendo levado até o intestino. Já no intestino esse complexo de ácido glicuronico e bilirrubina sofre ação de bactérias em que vai produzir Esterobilinogenio (vai para as fezes por apresentar uma caracteriza mais apolar) e Urobilinogenio (vai para urina por apresentar uma característica mais polar).
ESQUEMA:
Esse mesmo processo acontece com um medicamento, em que ele vai ser ingerido, dissolvido, desintegrado e absorvido. Depois se ligara a albumina e encaminhado até no fígado. No fígado sofre reação de fase I e II, se ligando assim com o ácido glicuronico ficando mais polar e sendo eliminado pela urina. 
ESQUEMA:
Ao analisar esses dois eventos notamos que a albumina não está presente apenas para transportar medicamentos mas também para realizar transporte de outras substancias. Então após tomar um medicamento precisamos ter em mente que uma parte dessa albumina também está sendo utilizada por processos metabolitos.
Farmacologia (11/10/2018)
Medicamentos lipossolúveis são reabsorvidos e os hidrossolúveis são excretados facilmente pela urina. No processo de caracterização de um medicamento quando ele é ionizado se transforma em hidrossolúvel sendo assim melhor excretado, mas quando não ocorre a ionização esse medicamento se encontra lipossolúvel sendo assim reabsorvido pelo organismo. Todo medicamento de caráter lipofílico (lipossolúvel) contém uma meia vida maior pois apresentam maior capacidade de armazenamento e uma maior quantidade nos depósitos, ao contrário de um medicamento hidrofílico (hidrossolúvel) que apresenta uma meia vida menor pois é facilmente excretado. 
Podemos dizer que o medicamento hidrossolúvel vai ser administrado, distribuído, absorvido e excretado facilmente pela urina em que ela para eliminar um medicamento ácido precisa estar básica (alcalina) e para eliminar um medicamento básico ela precisa se encontrar acida.
As fezes é uma forma de eliminação de um medicamento que contema característica lipossolúvel (apolar), em que esses medicamentos serão metabolizados pelo fígado e junto com a bile reabsorvidos novamente e mandado para as fezes. O medicamento lipofílico (lipossolúvel) ele se encontra circulante no organismo realizando o processo de redistribuição e recirculação. Se a pessoa apresenta o intestino preso esse medicamento ficara dentro do organismo por muito mais tempo e é por conta desse motivo que utiliza-se de fármacos ou substâncias que vão modificar o medicamento ou aumentar a atividade do fígado sobre esse medicamento.
Se um medicamento lipossolúvel passa pelo fico e tem uma modificação parcial ele vai demorar para ser excretado quando se é comparado com um medicamento da mesma característica que foi totalmente modificado pela ação do fígado.
DICA: Os medicamentos realizados a depressão atuam por acumulação, então se um medicamento desse tipo for administrado no dia de hoje só após 10 dias que o efeito desejado vai acontecer. No caso de uma troca de medicamento após um ano usando um tipo para o tratamento a pessoa precisa ficar no mínimo uma semana sem fazer a ingestão de qualquer medicamento para evitar reações adversas. 
RESUMINDO PARA FECHAR COM A BIOTRANSFORMAÇÃO E EXCREÇÃO: Na fase I temos administração do medicamento; fase II temos absorção e distribuição (o medicamento vai passar por todas as camadas e membranas para chegar até o compartimento central que é o sague e que de la vai ser distribuído) e depois será encaminhado para receptores e reservatórios, após isso vai metabolizado pelo fígado e eliminado pela urina ou pelas fezes.
Farmacodinâmica
Especificidade é a capacidade do medicamento em se ligar ao receptor especifico para a função que ira exercer. Para entender melhor bastar lembras das enzimas e seus receptivos substratos, em que cada enzima apresenta um substrato especifico/perfeito. Quanto mais especifico um medicamento for com seu receptor ou mais atividade produzir melhor será seu efeito e menor vai ser sua capacidade de produzir reações adversas.
Precisamos lembrar que em nosso organismo teremos medicamentos ligados a proteínas que não produziram efeitos e medicamentos livres que vai ser responsável por produzir efeito, porem devemos ter em mente que o medicamento livre só vai produzir um efeito se ele estiver ligado com o receptor.
No organismos temos receptores distribuídos por toda parte e podem estar localizado em órgãos ou células. Quando se toma um medicamento muitas vezes ele irá se ligar a receptores que estarão presentes em outros tecidos ou órgãos, causando assim uma reação inesperada. Isso acontece por causa da inespecificidade do medicamento, por exemplo: muitas vezes o alvo do medicamento é o coração mas por conta da presença desse mesmo tipo de receptor pode causar reações no fígado, no rim, entre outros tipos de efeito. 
Se o medicamento não consegue chegar até o receptor alvo que é responsável por sinalizar o processo não tem efeito nenhum. Por exemplo: se uma pessoa apresenta picos de pressão alta deve tomar um medicamento que vai interagir com os receptores responsáveis por diminuir essa pressão, se o medicamento não chegar nesses receptores não tem efeito.
O medicamento vai agir por causa da interação química com o receptor e não por forças do além. As moléculas serão responsáveis por influenciar uma interação em um ou mais constituintes das células para realizar uma resposta farmacológica. EXEMPLO: Se tenho uma célula que tem um receptor extracelular e esse se liga a um medicamento vai sinalizar para que aconteça reações no interior dessa célula que vão modificar uma determinada situação, como por exemplo inibição de substâncias inflamatórias o que vai diminuir a inflamação. 
Alguns receptores não irão agir apenas para medicamentos e sim para diversas substâncias químicas e alimentos. Nenhum medicamento é totalmente especifico em suas ações mesmo que esse seja apenas um comprimido simples vai apresentar efeitos secundários. Um mesmo medicamento pode ter diversas funções dependendo da quantidade da dose que foi administrada e do alvo/receptor que ele se ligar.
No processo de interação algumas substancia química podem se liga perfeitamente ao receptores e outras podem não apresentar essa capacidade. Muitas vezes quando o receptor recebe um bloqueio temporariamente e por conta desse bloqueio substâncias químicas e medicamentos não conseguem interagir com esse receptor. 
Com base nisso podemos imaginar duas situações:
1. Quando uma substância ou medicamento se liga a um receptor e promove uma ação ou efeito classificamos essa substancia como Agonista.
2. Quando essa substancia ou medicamento se liga ao receptor e não promove nenhum efeito ou resposta e sim um bloqueio classificamos como Antagonista.
Drogas que atuam no mesmo receptor 
Temos na superfície da célula um receptor e dois medicamentos, um vermelho e outro azul. O vermelho vai se ligar ao receptor e não vai produzir efeito, então vai ser classificado como antagonista. Já o medicamento azul ao se ligar com o receptor apresenta um efeito caracterizado como parcial apresentando assim um efeito de baixa eficiência e de baixa intensidade, porem em outros casos ao se ligar no receptor se inicia uma cascata de sinalização que vai promover um efeito eficiente e de alta intensidade e esse efeito é caracterizado como total. 
OBS: O mesmo receptor pode apresentar uma resposta/efeito diferente dependendo do medicamento ou sustância que liga a ele; O agonista pode ter um efeito total e parcial em que a única diferença entre eles é a intensidade desse efeito.
Farmacologia (16/10/2018)
Afinidade é a capacidade do medicamento em interagir com o receptor, podendo ser definida como a tendência do medicamento ou substancia em interagir com determinado receptor, podendo assim ser maior ou menor porem isso deve ser analisado com relação a eficácia em que nem sempre aquele medicamento que se liga vai ter uma boa eficácia.
A eficácia é indicada pela capacidade do medicamento em atingir o receptor, significa que é a capacidade para fazer com que aquele receptor produza um sinal (efeito).
Quando uma substancia apresenta uma alta afinidade com um receptor e não produz efeito denominamos antagonista. Muitas vezes utiliza-se de dois medicamentos para ter um efeito médio (mediano), ou seja no momento em que se usa um agonista parcial e total ambos iram disputar o mesmo receptor, causando assim um efeito médio. Por exemplo, existe uma quantidade de dez receptores e utiliza de um agonista total e parcial esses receptores serão divididos tendo alguns interação com o agonista parcial e outros interação com o agonista total. 
Se for utilizado somente o agonista parcial todos os receptores se ligaram a ele tendo um efeito considerado baixo, mas se utiliza-se apenas o agonista total todos os receptores também se ligaram nele criando assim um efeito máximo.
A taxa de ocupação de receptores do agonista parcial é menor resultando em um efeito menor, já a taxa de ocupação de um agonista total é maior e produz um efeito muito grande. Lembrando que agonista é aquele responsável por produzir efeito e antagonista não tem efeito. 
O medicamento para ser melhor distribuído precisa de proteínas como albumina e alfa1. As proteínas iram ajudar no processo de distribuição e quando esse medicamento está ligado a essas proteínas não produz efeito. Mas quando esse mesmo medicamento se encontra livre vai produzir efeito porque tem a capacidade de se ligar com seu receptor.
O medicamento se liga ao receptor formando um complexo denominado Droga-Receptor, essa ligação ocorre por afinidade e tem um efeito. Quanto mais droga ligada ao receptor mais efeito vai ter. Se um medicamento por exemplo tem 99% de afinidade com a proteína seu efeito é consideravelmente baixo pois a maior concentração fica com a proteína e fármacos ligados a proteínas não produz efeito.
K1 é o medicamento ligado ao complexo.
K2 é a droga livre; é a droga dissociada do complexo.
KD é considerada a contestante de dissociação. Quanto mais KDmenor será o efeito, ou seja quanto maior a constante de dissociação menor será o efeito produzido pelo medicamento. Essa constante é responsável por mostrar quanto o medicamento fica ligado ao receptor. Quanto maior a KD menor o efeito; quanto menor a KD maior o efeito.
OBS: Um medicamento não pode ficar ligado a vida inteira com um mesmo receptor, ele precisa se ligar, produzir efeito e se desligar para sofrer a biotransformação e assim ser eliminado. Se por alguma ventura essa droga fica ligada ao receptor prejudica as funções fisiológicas.
 
Agonista e Antagonista 
Agonista são substancias que irão se ligar ao receptor e ser responsável por produzir um efeito considerado positivo. O Agonista Alosterico vai modificar o receptor que fica próximo dele e esse receptor através da membrana emite um sinal para o receptor principal para ter uma modificação para receber o medicamento, essa alteração é considerada uma mudança molecular que vai ser responsável por melhorar a eficácia do receptor; lembrando que o agonista alosterico ele não vai produzir um efeito e sim melhorar o receptor para que o medicamento induza um efeito melhor.
Antagonista são substancias que se ligam ao receptores porem não produz nenhum efeito. Podem ser divididos em:
· Alosterico: aquele que se liga em um sitio próximo e impede a ligação do agonista por conta da modificação feito por ele no receptor; é responsável por diminuir a eficácia do medicamento; vai agir a distância destruindo o receptor.
· Competitivo: é quando dois medicamentos competem pelo mesmo receptor; é considerada uma substancia que vai bloquear do receptor; essa ligação é reversível e normalmente precisa de muitas doses do agonista para deslocar/retirar o antagonista do local; 
· Não competitivo irreversível: não compete pelo receptor, apenas ocupa; não é deslocado no momento que aumenta a dose do agonista, tendo assim um efeito diferente; só vai ser deslocado/retirado a partir da reciclagem do receptor feita pelo próprio corpo.
O Antagonismo pode acontecer entre medicamentos e como exemplos temos:
· Químico: substancias misturadas em uma solução que causa inativação.
· Farmacocinético: quando tem um medicamento que vai interferir nos processos da farmacocinética (absorção, distribuição, biotransformação e excreção); medicamento responsável por diminuir a biodisponibilidade. 
· Bloqueio: pode ser por medicamentos ou substancias consideradas competitivas e não competitivas irreversível.
· Bloqueio fisiológico: ocorre quando tem uma substância sendo produzida dentro do organismo que vai bloquear a função de alguma atividade, como a produção do suco gástrico.
Tolerância 
A tolerância é considerada a diminuição da resposta de um medicamento e vai ser usada com um termo similar denominado refretariedade (aquilo que não reage). O indivíduo percebe que se encontra tolerante a tal medicamento quando a dose que era administrada com frequência não produz efeito, nesse caso o receptor para de funcionar por causa de uma exposição prolongada deixando-o exausto. 
A tolerância pode ser revertida com uma alteração no receptor fazendo com que tal medicamento não atue mais naquele receptor, translocação de receptores (mudança de receptor realizado pelo próprio organismo).
Farmacologia (25/10/2018)
O medicamento não tem 100% de especificidade, podendo assim interagir com receptores específicos levando ao efeito desejado do medicamento e com estruturas inespecíficas, levando a uma reação desagradável. 
A farmacodinâmica é o estudo dos efeitos do medicamento após sua ligação com o receptor. Quando estudamos farmacodinâmica analisamos os locais de ação, os mecanismos de ação, os efeitos (terapêuticos ou tóxicos). 
A estrutura química do medicamento precisa ter afinidade com o receptor mas precisamos ter em mente que afinidade nem sempre vai garantir uma eficácia porem é um elemento importante, caso o receptor não consiga receber o fármaco de uma forma efetora obviamente o medicamento não vai funcionar. Essa estrutura química é definida logo no inicio em que temos a purificação do princípio ativo e a partir disso conseguimos entender como esse medicamento se liga a determinados receptores.
O medicamento só vai ativar um sinal por transdução (leitura de sinal). Quando um ligante seja esse medicamento ou uma substancia qualquer se liga em um receptor vai ocasionar um processo de transdução de sinal que é responsável por gerar um efeito. 
Existe quatro mecanismos importantes para a transdução do sinal que ocorre após a ligação do medicamento com o receptor, e são: Especificidade e Complementariedade, Amplificação de sinal, Dessensibilizarão e Integração.
· Especificidade e complementariedade: quanto maior a interação com o receptor melhor vai ser sua ativação e produção do efeito; a complementariedade é a questão de realizar uma integração om vários receptores e essa vai produzir uma atividade final.
· Amplificação de sinal: acontece a todo momento; preciso de uma concentração baixar de qualquer ativador para no final ter um efeito maior, ou seja irá acontecer várias reações responsáveis por ampliar o sinal até chegar ao efeito final. EX: uma dose pequena do medicamento vai ser responsável por causar um efeito muito maior.
· Dessensibilizarão: é caracterizado como uma manutenção da homeostasia; a proteína Arestina (Bestarestina) vai se ligar ao um receptor que se encontra ativado e realizar um processo de endocitose, levando assim esse receptor até o núcleo para ocorrer uma reciclagem e logo após é devolvido para um citoplasma um novo receptor. DICA: algumas pessoas apresentam uma reciclagem exagerada de receptores que pode ocorrer por conta de uma alteração genética e por causa dessa exagerada reciclagem muitas vezes não ocorre a ligação para produzir o efeito.
· Integração: é a ligação de receptores próximos que vão produzir uma resposta mediana. EX: temos duas proteínas G (1 e 2), e a proteína G1 vai ser responsável por ter um efeito ativador e G2 por ter um efeito inibidor, quando ocorre o uso de determinados medicamentos simultaneamente pode ter ativação do receptor 1 e a inibição do receptor 2, causando um efeito médio integrado.
Os alvos terapêuticos são: receptores, transportadores de substancias, enzimas, genes e membrana/parede celular. 
Os medicamentos que atuam na parede celular são os antibióticos e por conta da diferença entre as paredes celulares de bactérias gram. positivas e negativas vamos apresentar um mecanismo de ação totalmente diferente. Os antibióticos que vão atuar contra a parede celular bacteriana vão destruir essa parede deixando assim apenas a membrana o que por sua vez causa a morte das baterias; esse tipo de antibiótico não é tóxico para o organismo porque as células do corpo não apresenta peptidiclano. Já os antibióticos que atuam na membrana celular podem causar um efeito toxico no organismo porque conseguem também interagir com a células do corpo.
As forças químicas nos receptores podem ser por ligação iônica, atração, de polo permanente (ligação mais estável), pontes de hidrogênio (se quebram fácil mas são estáveis) e por conta das forças de Valderval.
Os receptores podem ser intracelular e extracelular.
· Intracelular: o medicamento tem que ser obrigatoriamente lipossolúvel e deve conter um baixo peso molecular; vão atuar no citoplasma ou no núcleo.
· Extracelular: o medicamento tem que ser hidrossolúvel e podem conter um peso molecular maior; vão atuar em receptores externos transumindo um sinal dentro da célula. 
Temos receptores de canal iônico, catalíticos (são de atividade enzimática), citoplasmáticos (precisam de um medicamento lipossolúvel para ativar o receptor lá dentro), acoplados a proteína G.
· Inotrópicos: são responsáveis por regular canais iônicos; apresentam cinco subunidades como duas alfas, uma beta, uma gama e uma delta. As alfas recebem o medicamento ou substancia e quando ocorre essa ligação o canal exte4rno se abre e ocorre o influxo de íons para dentro da célula. 
· Tirosina Acnase: age por ação enzimática; receptorexterno que tem duas subunidades transmembranares (que vai do citoplasma até o exterior da célula) e duas que ficam somente fora da célula; quando ocorre uma ligação com qualquer substância agonista sucede a emissão de sinal que vai atravessar a membrana em que os radicais de tirosina no final dessa cadeia são fosforizados, tendo assim a ativação do receptor e quando ocorre essa ativação esse receptor é fosforizado também emitindo o sinal na célula. EX: A insulina se liga aos receptores alfa ativando assim os receptores beta que vão atravessar a membrana, ocorre a fosforização dos radicais de tirosina e a insulina segue tendo efeito na célula.
· Proteína G: são regulados por um mensageiro secundário dentro da célula; ela se desloca pela membrana e por conta de um estimulo é atraída a um receptor tendo assim a ativação deste fazendo com que a subunidade AlfaGTB volte e ative um efeito em que este vai depender da proteína G que foi ativada. Temos proteína G estimuladora (ativa canais de cálcio); proteína G inibitória (vai ativar canais de cálcio e inibir a adenilase); proteína G0 (inibe canais de cálcio) e a proteína GT (ativa a fosfolipáse). 
Farmacologia (30/10/2018 e 01/11/2018)
Anti-inflamatório
É um grupo de medicamento que vão ser responsáveis por controlar o processo patológico de inflamação. A inflamação é um processo importante que existe no organismo para que ocorra o equilíbrio, porem muitas vezes os efeitos dessas inflamações levam a uma má disposição, dificuldade na qualidade de vida, entre outros efeitos. No processo inflamatório temos um aumento do fluxo sanguíneo e consequentemente um aumento na temperatura naquele local, e teremos uma vasodilatação com a liberação de fluido aumentando assim a permeabilidade. 
Durante o processo inflamatório uma enzima denominada FosfolipaseA2 age sobre a membrana das células ocasionando assim a produção de uma substancia chamada Acido Araquidônico e esse quando sofre ação de grupos de enzimas específicos levam a produção de substancias farmacologicamente ativas.
SITUAÇÃO 1: O grupo de enzimas denominadas Ciclooxigenase (COX) atua sobre o Ácido Aracutônico produzindo substancias como Prostaglandinas (apresenta vários tipos como B2, FA2, E2), prostaciclinas (produzida pelo endotélio), tromboxeno (produzida pelas plaquetas.
SITUAÇÃO 2: O grupo de enzimas denominadas Lipoxigenase atua sobre o Ácido Araquidônico ocorre a produção de Leucotrienos que vai causar uma vasodilatação, constrição muscular e aumento da permeabilidade.
A diferença entre esses processos inflamatórios é que a primeira situação é a mais comum, já a segunda situação tem relação com reações alergias (pulmonares ou sistêmicas). Na situação dois temos o exemplo de indivíduos asmáticos que quando entram em um ambiente que tem uma quantidade significativa de acaro/fungo vai aspirar esse fundo que vai induzir o processo imunológico de hipersensibilidade e isso vai gerar uma inflamação. 
Processo inflamatório
Todo processo anti-inflamatório vai gerar uma ação sobre a membrana celular e essa membrana sobre ação basicamente pelo intermédio da ProteínaG, em que vai ser ativada por mediadores da inflamação ativando assim outras substâncias da membrana e fazendo com que essa membrana seja atacada pela Fosfolipase e essa libere ácido araquidônico e esse ácido sobre ação da Cox e Lox liberam mediadores diferentes da inflamação. 
Ciclooxigenase (COX)
Temos a Cox 1,2 e 3. A Cox 1 é constitutiva e sua produção ocorre a todo momento no estomago, rim, útero e S.N.C. A Cox 2 é produzida apenas quando tem inflamação mas ela é constitutiva também no rim e S.N.C. e a Cox 3 é considerada uma variante da 2.
Se tenho as 3 Cox constitutivas significa que de alguma forma precisa do sistema enzimático para o funcionamento do sistema imunológico. Quando ocorre administração de um anti-inflamatório não esteroidal que inibe a Cox 1 e 2 provavelmente vai interferir no equilíbrio que é mantido pela 1. Se tem uma inflamação ocorrendo deve-se lembrar que apenas a Cox2 está sendo produzida o que logicamente leva ao desejo que o medicamento realize uma inibição somente dela, deixando as outras serem produzidas de acordo com as necessidades do organismo. Os anti-inflamatórios esteroidais mais novos são mais seletivos e por conta disso vão inibir mais a Cox2 que é a induzida pela inflamação, causando assim menos efeitos colaterais.
Ciclo costadi enocidol
A ProteínaG nesse caso induz a inflamação por um processo X. A ProteínaG ativada vai ser responsável por ativar a enzima Fosfolipase e essa vai agir na membrana que por consequência passa a liberar Lifosfato FosfatizilEnocitol (denominado como Pibi2) e essa substancia vai liberar o Diacil Glicerol no processo de quebra, e esse vai sofrer ação da enzima Fosfolipase A2, tendo assim a produção de Ácido Araquidônico. Esse ácido sofre ação da Lipogenase produzindo Endonutrieno. Tudo isso ocorre a partir de uma ativação de um receptor superficial celular que foi ativado por uma substancia inflamatória simples.
Tipos de anti-inflamatórios
Temos os anti-inflamatórios sintéticos que são produzidos em laboratórios. Temos os anti-inflamatórios naturais como açafrão, romam, pimentas. Temos os anti-inflamatórios não esteroidais e os esteroidais.
Os anti-inflamatórios não esteroidais são os mais comuns e causam uma inibição não seletiva da Cox1 e Cox2 inibindo assim a produção de prostaglandinas, prostaciclinas e tromboxenos. Podem causar efeitos: analgésicos (tem a redução de prostaglandina diminuindo assim a sensibilização, levando a redução da dor); antipiréticos (são substancias que reduzem a temperatura, vai agir no hipotálamo e vai reduzir a produção de prostaglandina E2 e com isso o centro termorregulador vai diminuir a temperatura); anti-inflamatórios (vai reduzir a vasodilatação ocasionando uma diminuição do edema e com isso um alivio da dor); anti agregador plaquetário. 
DICA: Quando ocorre a produção de um injetável este precisa passar por um teste pirogênico para verificar se a substância que foi injetada no individuo vai causar ou não febre. Um pirogênio é qualquer substância que pode causar febre e dentre essas temos bactérias, LPS bacteriano.
DICA: O Ácido Salicílico (AS) é responsável por inibir Cox1 e Cox2 e antigamente fazia com que a mucosa gástrica sofresse uma ação agressiva por conta desse ácido, levando assim a formação de úlceras e problemas como gastrite. A estratégia utilizada foi associar o ácido salicílico com o ácido acético produzindo assim o Ácido Acetil Salicílico (AAS) e partir disso pessoas que não podiam utilizar o AS passaram a poder. 
Os anti-inflamatórios esteroidais são usados com a intenção de reduzir o processo inflamatório mas que foi desenvolvido pela via relacionada com as reações alérgicas e não com a via relacionada com a ação das enzimas ciclooxigenases. O uso dos anti-inflamatórios esteroidais são direcionados para ação de enzimas como lipooxigenase sobre o ácido araquidônico que vão gerar substâncias denominadas leucotrienos.
Os anti-inflamatórios esteroidais vão causar uma inibição das enzimas lipooxigenases levando assim a diminuição da imunidade.
SITUAÇÃO: o mecanismo que apresenta mastócito e basófilo está envolvido com a reação imune, então é necessário a utilização de um anti-inflamatório esteroidal para fazer com que esse processo imunológico que está induzindo a inflamação seja controlado, e para isso nada melhor que a utilização de um imunossupressor. 
Os anti-inflamatórios esteroidais vão reduzir a transcrição de genes que realizam fatores de adesão, vão atuar no núcleo da célula, reduzem a ativação de macrofilos, reduz atividade de células como Derrepel (é a célula alvo do HIV que no momento em que o vírus invade o organismo procura destruir esse tipo de célula; célula responsável pela ativação do sistema imune e por conta disso pessoas com HIV apresentam uma baixa imunidade) e células NK (Natural Kirl; também uma célula inflamatória que é responsável pela vigilância imunológica; é especialista em analisar célulasque estão se dividindo errado); tem redução da atividade dos osteoclastos. 
DICA: O colesterol é considerado um percursor tanto do cortisol quanto do esteroide, em que o cortisol altera o metabolismo das proteínas, carboidratos, reduz atividade imunológica e os corticosteroides são mineralocorticoide alteram todo metabolismo de íons que o rim precisa realizar. Antigamente os anti-inflamatórios esteroidais eram derivados ou parecidos com os mineralocorticoide e por consequência disso ocorria um inchaço nas pessoas porque a ação mineral do corticóide é de retenção, ou seja ela altera a concentração de sódio e potássio. Os glicocorticoides provem também uma retenção desses íons mas essa retenção é considerada inferior. Os medicamentos derivados dos mineralocorticoide são responsáveis por realizar uma maior retenção hídrica nos pacientes. O excesso na produção de cortisol vai favorecer doenças oportunistas porque esse excesso vai ser responsável por abalar a imunidade. 
DICA: Os glicocorticóides são hormônios esteróides, sintetizados no córtex da glândula adrenal, que afetam o metabolismo dos carboidratos e reduzem a resposta inflamatória. Medicamentos contendo glicocorticóides são utilizados para terapia de reposição hormonal (em caso de problemas no córtex supra-renal), terapias de imunossupressão, terapia antialérgica e anti-inflamatória. Os fármacos glicocorticóides, de uma maneira geral, apresentam vários efeitos adversos, uma vez que eles interferem no metabolismo geral do organismo. Estes compostos são capazes de reduzir a captação e utilização da glicose e aumentar a gliconeogênese, desencadeando glicemia de rebote, com conseqüente glicosúria, além de aumentar o catabolismo e reduzir o anabolismo protéico. Outros efeitos adversos da terapia com glicocorticóides são a redução da absorção de cálcio no trato gastrintestinal e o aumento da excreção deste cátion pelos rins, podendo resultar, assim, em osteoporose. Estes fármacos, também, alteram o metabolismo e a redistribuição das gorduras, característica da síndrome de Cushing, um freqüente efeito adverso da terapia com glicocorticóides
DICA: Produzidos na zona glomerulosa do córtex das glândulas suprarrenais, os mineralocorticoides são responsáveis pela regulação da pressão sanguínea e do equilíbrio eletrolítico do corpo. Regulam os níveis dos íons de sódio e potássio dessa forma modificando a reabsorção de água pelos rins. Um dos mineralocorticoides mais importantes é a aldosterona, regulado pelos níveis de potássio e pelo nível de atividade do sistema renina-angiotensina, é um hormônio responsável pelo aumento da concentração de sódio e pela diminuição dos níveis de potássio. São também mineralocorticoides: corticosterona, cortisona e prednisolona, bem como a fludrocortisona (corticoide sintético indicado para pessoas com insuficiência adrenal).

Continue navegando