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Contestação_Tecelagem Fio de Ouro (

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AO JUÍZO DA 80ª VARA DO TRABALHO DE CUIABÁ – ... REGIÃO
Autos do Processo Nº 1000/2018.
TECELAGEM FIO DE OURO S.A., pessoa jurídica de direito privado inscrita no CNPJ sob nº ..., representada por seu sócio gerente, cuja sede se localiza em..., por seu advogado que esta subscreve, conforme instrumento de procuração anexo, vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, com fundamento no art. 847 da CLT, combinado com o art. 336 do CPC, apresentar sua resposta em forma de CONTESTAÇÃO
na Reclamação Trabalhista que lhe move JOANA DA SILVA, já qualificado na inicial, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas:
· 
I. RESUMO DA EXORDIAL
Conforme se extrai da exordial, a reclamada, Joana da Silva, foi admitida pela reclamada, Tecelagem Fio de Ouro S.A., de 10/05/2008 a 29/09/2018, ajuizando reclamação trabalhista em face da sociedade empresária, em 15/10/2018.
II. DA PRELIMINAR DE MÉRITO
· INÉPCIA AO PEDIDO
Inicialmente, cumpre destacar que na inicial o reclamante requer a condenação ao pagamento de adicional de periculosidade. Contudo, o reclamante não o fundamentou na causa de pedir. Logo, configurada está a sua inépcia, na forma do art. 330, § 1º, inciso I, e do art. 485, inciso I, ambos do CPC/2015.
Nestes termos, requer que seja declarada a inépcia em relação ao pedido de adicional de periculosidade, com a consequente extinção do processo sem resolução do mérito.
III. PREJUDICIAL DE MÉRITO 
· PRESCRIÇÃO PARCIAL (Quinquenal)
Quanto a prejudicial de mérito, evidencia o fenômeno da prescrição parcial. Tanto os artigos 7º, XXIX, da Constituição Federal, 11 da CLT e Súmula 308 do TST, são uníssonos no sentido de estabelecer a prescrição quinquenal. 
Nesse sentido, está positivado que prescreve em 5 anos a pretensão de se obter algum direito decorrente às relações de trabalho. Portanto, requer que seja reconhecida a prescrição de todos os pedidos suscitados anteriores a 15/10/2013.
IV. MÉRITO
· DA INDENIZAÇÃO POR DOENÇA DEGENERATIVA
Conforme descrito no resumo da exordial, a reclamante alega ser vítima de doença profissional, uma vez que, no seu entender, o mobiliário da empresa não estava de acordo com as normas de ergonomia de segurança no trabalho.
No que concerne à legislação, o art. 20, § 1º, alínea a, da Lei nº 8.213/1991, dispõe que doenças degenerativas não são consideradas como doença do trabalho. Dessa forma, não há respaldo legal para sustentar este pleito da reclamante.
Diante do exposto, requer a improcedência do pedido formulado.
· DO PLANO ODONTOLÓGICO
Aduz a Reclamante em sua exordial que a empresa fornecia plano odontológico gratuitamente, requerendo, então, a sua integração, para todos os fins, como salário-utilidade.
Contudo, tal pleito não está com consonância com a lei. A assistências médica, hospitalar e odontológica prestadas diretamente ou mediante seguro-saúde não são consideradas como salário concedido pelo empregador, conforme inteligência do § 2º do art. 458 da CLT.
Nesse sentido, não há razão para que esse benefício ser enquadrado como salário-utilidade por expressa vedação legal.
Diante do exposto, requer a improcedência do pedido.
· ULTRATIVIDADE DO PEDIDO DE CESTA BÁSICA
Dos documentos juntados, contata-se que a norma coletiva apresentada como meio de prova quanto ao pedido de cesta básica findou-se em 07/2018. 
Do art.614, § 3º da CLT extrai-se que será permitido estipular duração de convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho superior a dois anos, sendo vedada a ultratividade
 Logo, roga-se pela improcedência do pedido formulado.
· DO TEMPO À DISPOSIÇÃO DO EMPREGADOR
A reclamante afirma que permanecia, duas vezes na semana, por mais uma hora, na sede da sociedade empresária para participar de um culto ecumênico, caracterizando tempo à disposição do empregador, requerendo, assim, o pagamento de horas extras.
Entretanto, notadamente, a participação voluntária do empregado em práticas religiosas dentro da empresa não pode ser caracterizada como tempo à disposição em serviço efetivo, e, consequentemente, não será computado como período extraordinário, nos termos do art. 4º, § 2º, inciso I, da CLT.
· PEDIDO DE DEMISSÃO
A reclamada impugna a narrativa da reclamante acerca da suposta coação moral visando o pedido de demissão, pois, caso contrário, seria dispensada por justa causa. No entanto, junta-se a defesa da reclamada o pedido de demissão escrito de próprio punho pela autora, demonstrado a improcedência de sua narrativa.
Destaca-se ainda que a CLT, em seu artigo 818, distribuindo o ônus das provas entre os sujeitos processuais, incumbiu o ônus da prova ao reclamante, quanto a matéria alegada versar sobre fato constitutivo de direito.
Por conseguinte, a prova sobre o alegado vício de consentimento pertence à reclamante e não à reclamada.
· DO ACÚMULO DE FUNÇÃO
Quanto ao pedido de acúmulo de função, impugnam-se as alegações da Reclamante, dado que a atividade executada pela autora era compatível com a sua condição pessoal e profissional, na forma do art. 456, parágrafo único, da CLT.
V. OS REQUERIMENTOS
Isto posto, aguarda-se o acolhimento da preliminar arguida, qual seja: inépcia da inicial, na forma do art. 330, § 1º, inciso I, e do art. 485, inciso I, ambos do CPC/2015; ou a pronúncia da prejudicial de mérito quanto à prescrição parcial, sendo reconhecida a prescrição de todos os pedidos suscitados anteriores a 15/10/2013, nos termos dos artigos 7º, XXIX, da Constituição Federal, 11 da CLT e Súmula 308 do TST; ou, ainda, se assim não entender Vossa Excelência, que no mérito sejam os pedidos julgados improcedentes nos termos da legislação em vigor e conforme fundamentação apresentada,
Reque a condenação da Reclamante ao pagamento de honorários sucumbenciais 15%, conforme art. 791-A, da CLT.
Requer ainda, provar o alegado por todos os meios de prova em Direito admitido, especialmente pelo depoimento pessoal do Reclamante, bem como oitiva de testemunhas, perícias e o que mais se fizer necessário ao justo deslinde do feito.
Requer por fim, por medida de cautela, sejam compensadas eventuais verbas já pagas no decorrer do pacto laboral.
Pede e aguarda deferimento.
Local... data...
Nome do advogado
OAB/... nº.

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