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Roteiro de aula- Bens Públicos -

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ROTEIRO DE AULA
Tema: Bens Públicos 
1. Considerações Iniciais
Bens Públicos ou Domínio Público: Conjunto de bens móveis e imóveis destinados ao uso direto do Poder Público ou à utilização direta ou indireta da coletividade, regulamentados pela Administração e submetidos a regime de direito público.
Art. 98. São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de direito público interno; todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa a que pertencerem.
domínio eminente faz referência ao poder político que permite ao Estado, de forma geral, submeter à sua vontade todos os bens situados em seu território. Não tem relação patrimonial. Refere-se ao poder geral do estado sobre tudo que o é jurisdicionado. Jus imperii. Todas as formas de domínio (inclusive as privadas) se submetem a tal espécie de domínio.
# Não apenas os bens públicos de que trata o art. 98 seguem o regime jurídico público, mas os bens privados de empresas delegatárias de serviço público também são afetados e, por conseguinte, estão sob o manto desse regime (que enseja a impenhorabilidade, por exemplo). 
Doutrina: Deve-se compreender como bens públicos todos os demais bens, mesmo que pertencentes a pessoas de direito privado, que estejam destinados à prestação de um serviço público.
Ex. Empresas públicas, SEM e delegatárias.
Assim, são bens privados, mas que possuem regime derrogado. Veja a lição de Vicente Paulo: 
Ao lado dessa orientação, e sem prejuízo de sua aplicação pelos tribunais pátrios, deve-se registrar que a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal é ainda mais extremada de empresas públicas e sociedades de economia mista que prestem serviços públicos essenciais e próprios do Estado, em condições não concorrenciais (sem competição com o setor privado). Para o STF, entidades que reúnam essas caracteristicas estão sujeitas ao regime de precatórios previsto no art. 100 da Constituição da República. (RE 220960). Vale repetir: conforme o STF, as dívidas das empresas públicas e sociedade de economia mista que prestem serviços públicos essenciais e próprios do Estado, em condições não concorrenciais, são pagas segundo o regime de precatórios regulado no art. 100 da Constituição, o que significa que todos os bens dessas entidades, embora privados, são impenhoráveis (e não podem ser gravados com ônus reais para garantia das suas dívidas).
2. Espécies de Bens 
2.1. Bens Imóveis: 
Definição legal expressa no Código Civil, neste termos: 
Art. 79. São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou artificialmente.
Art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais:
I - os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram;
II - o direito à sucessão aberta.
Art. 81. Não perdem o caráter de imóveis:
I - as edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade, forem removidas para outro local;
II - os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem.
2.2. Bens Móveis
Art. 82. São móveis os bens suscetíveis de movimento próprio, ou de remoção por força alheia, sem alteração da substância ou da destinação econômico-social.
Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais:
I - as energias que tenham valor econômico;
II - os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes;
III - os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações.
Art. 84. Os materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem empregados, conservam sua qualidade de móveis; readquirem essa qualidade os provenientes da demolição de algum prédio.
2.3. Bens Públicos (entre os artigos 98 a 103) do CC/02. 
Art. 98. São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de direito público interno; todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa a que pertencerem.
Art. 99. São bens públicos:
I - os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças;
II - os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias;
III - os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades.
Parágrafo único. Não dispondo a lei em contrário, consideram-se dominicais os bens pertencentes às pessoas jurídicas de direito público a que se tenha dado estrutura de direito privado.
Art. 100. Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis, enquanto conservarem a sua qualificação, na forma que a lei determinar.
Art. 101. Os bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as exigências da lei.
Art. 102. Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião.
Art. 103. O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou retribuído, conforme for estabelecido legalmente pela entidade a cuja administração pertencerem.
SÚMULA 479 As margens dos rios navegáveis são de domínio público, insuscetíveis de expropriação e, por isso mesmo, excluídas de indenização.
SÚMULA 480 Pertencem ao domínio e administração da União, nos termos dos arts. 4º, IV e 186, da Constituição Federal de 1967, as terras ocupadas por silvícolas
SÚMULA 650 Os incisos I e XI do art. 20 da CF não alcançam terras de aldeamentos extintos, ainda que ocupadas por indígenas em passado remoto.
Súmula 103 - Incluem-se entre os imóveis funcionais que podem ser vendidos os administrados pelas forças armadas e ocupados pelos servidores civis. (Súmula 103, TERCEIRA SEÇÃO, julgado em 19/05/1994, DJ 26/05/1994 p. 13088)
Súmula 496 - Os registros de propriedade particular de imóveis situados em terrenos de marinha não são oponíveis à União. (Súmula 496, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 08/08/2012, DJe 13/08/2012)
Súmula 619 - A ocupação indevida de bem público configura mera detenção, de natureza precária, insuscetível de retenção ou indenização por acessões e benfeitorias. (Súmula 619, CORTE ESPECIAL, julgado em 24/10/2018, DJe 30/10/2018)
Leis para análise individual.
LEI Nº 8.987, DE 13 DE FEVEREIRO DE 1995.
Dispõe sobre o regime de concessão e permissão da prestação de serviços públicos previsto no art. 175 da Constituição Federal, e dá outras providências
DECRETO-LEI Nº 271, DE 28 DE FEVEREIRO DE 1967. 
Dispõe sobre loteamento urbano, responsabilidade do Ioteador concessão de uso e espaço aéreo e dá outras providências.
LEI Nº 9.636, DE 15 DE MAIO DE 1998.
Dispõe sobre a regularização, administração, aforamento e alienação de bens imóveis de domínio da União, altera dispositivos dos Decretos-Leis nos9.760, de 5 de setembro de 1946, e 2.398, de 21 de dezembro de 1987, regulamenta o § 2o do art. 49 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, e dá outras providências.
3. Classificação
3.1. Quanto a Titularidade do Bem 
3.1.1. Bens Federais 
Art. 20. São bens da União:
I - os que atualmente lhe pertencem e os que lhe vierem a ser atribuídos;
II - as terras devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras, das fortificações e construções militares, das vias federais de comunicação e à preservação ambiental, definidas em lei; Somente nesses casos. Terras devolutas em regra geral pertencem aos Estados
III - os lagos, rios e quaisquer correntes de água em terrenos de seu domínio, ou que banhem mais de um Estado, sirvam de limites com outros países, ou se estendam a território estrangeiro ou dele provenham, bem como os terrenos marginais e as praias fluviais 
IV as ilhas fluviais e lacustres nas zonas limítrofes com outros países; as praias marítimas; as ilhas oceânicas e as costeiras, excluídas, destas, as que contenham a sede de Municípios, exceto aquelas áreas afetadas ao serviço público e a unidade ambiental federal, e as referidas no art. 26, II; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 46, de 2005) Toda praia marítima e ilha oceânica pertencem à União. Ilha costeira com sede de Município pertence a este.
UAM(unidade ambiental federal) e SP(serviços públicos federal)
Código florestal lei. 12.651
APPHospitais Federais
V - os recursos naturais da plataforma continental e da zona econômica exclusiva;
VI - o mar territorial;
VII - os terrenos de marinha e seus acrescidos;
VIII - os potenciais de energia hidráulica;
IX - os recursos minerais, inclusive os do subsolo;
X - as cavidades naturais subterrâneas e os sítios arqueológicos e pré-históricos;
XI - as terras tradicionalmente ocupadas pelos índios.
Os bens da União estão descritos no Decreto 9760/1946 que Dispõe sobre os bens imóveis da União e dá outras providências
Art. 2º São terrenos de marinha, em uma profundidade de 33 (trinta e três) metros, metros horizontalmente, para a parte da terra, da posição da linha do preamar-medido de 1831: 
a) os situados no continente, na costa marítima e nas margens dos rios e lagoas, até onde se faça sentir a influência das marés; 
b) os que contornam as ilhas situadas em zona onde se faça sentir a influência das marés. 
Parágrafo único. Para os efeitos deste artigo a influência das marés é caracterizada pela oscilação periódica de 5 (cinco) centímetros pelo menos, do nível das águas, que ocorra qualquer época do ano. 
Art. 3º São terrenos acrescidos de marinha os que se tiverem formado natural ou artificialmente, Para o lado do mar ou dos rios e lagoas, em seguimento aos terrenos de marinha. 
Art. 4º São terrenos marginais os que banhados pelas correntes navegáveis, fora do alcance das marés, vão até a distância de 15 (quinze) metros, medidos horizontalmente para a parte da terra, contados desde a linha média das enchentes ordinárias. 
Art. 5º São devolutas, na faixa da fronteira, nos Territórios Federais e no Distrito Federal, as terras que, não sendo próprios nem aplicadas a algum uso público federal, estadual territorial ou municipal, não se incorporaram ao domínio privado: 
a) por força da Lei nº 601, de 18 de setembro de 1850, Decreto nº 1.318, de 30 de janeiro de 1854, e outras leis e decretos gerais, federais e estaduais, 
b) em virtude de alienação, concessão ou reconhecimento por parte da União ou dos Estados; 
c) em virtude de lei ou concessão emanada de governo estrangeiro e ratificada ou reconhecida, expressa ou implicitamente, pelo Brasil, em tratado ou convenção de limites: 
d) em virtude de sentença judicial com força de coisa julgada; 
e) por se acharem em posse contínua e incontestada com justo título e boa-fé, por termo superior a 20 (vinte) anos; 
f) por se acharem em posse pacífica e ininterrupta, por 30 (trinta) anos, independentemente de justo título e boa fé; 
g) por força de sentença declaratória proferida nos termos do art. 148 da Constituição Federal, de 10 de Novembro de 1937. 
Parágrafo único. A posse a que a União condiciona a sua liberalidade não pode constituir latifúndio e depende do efetivo aproveitamento e morada do possuidor ou do seu preposto, integralmente satisfeitas por estes, no caso de posse de terras situadas na faixa da fronteira, as condições especiais impostas na lei.
3.2. Bens Estaduais
Art. 26. Incluem-se entre os bens dos Estados:
I - as águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e em depósito, ressalvadas, neste caso, na forma da lei, as decorrentes de obras da União;
II - as áreas, nas ilhas oceânicas e costeiras, que estiverem no seu domínio, excluídas aquelas sob domínio da União, Municípios ou terceiros;
III - as ilhas fluviais e lacustres não pertencentes à União;
IV - as terras devolutas não compreendidas entre as da União.
Obs.:
Lacustre: referente a lago
Fluvial: referente a rio
Limites do Mar
Plataforma continental:
Compreende o solo e subsola das áreas:
· Linha base
· Mar territorial:12 milhas (22km) *
· Zona Econômica Exclusiva 200 milhas (370 km)
ZEE até planície abissal
3.3. bens municipais e Distrito Federal 
São aquele que atualmente lhe pertencem e os que vierem a ser atribuídos, porém não estabelecidos na CF, como as ruas, praças, os jardins públicos e os edifícios públicos. 
ADCT art. 16 §3º -Incluem-se entre os bens do Distrito Federal aqueles que lhe vierem a ser atribuídos pela União na forma da lei.
LODF –art. 46 – São bens do DF
Art. 46. São bens do Distrito Federal:
I - os que atualmente lhe pertencem, que vier a adquirir ou forem atribuídos;
II - as águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e em depósito, ressalvadas, neste caso, na forma da lei, as decorrentes de obras da União;
III - a rede viária do Distrito Federal, sua infraestrutura e bens acessórios.
Art. 47. Os bens do Distrito Federal declarados inservíveis em processo regular poderão ser alienados, mediante licitação, cabendo doação somente nos casos que lei especificar.
As leis orgânicas municipais disporão sobre seus respectivos bens.
4. Quanto à destinação
Quanto ao uso ou destinação os bens públicos são classificados como: 
CC. Art. 99. São bens públicos:
I - os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças;
II - os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias;
III - os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades.
Parágrafo único. Não dispondo a lei em contrário, consideram-se dominicais os bens pertencentes às pessoas jurídicas de direito público a que se tenha dado estrutura de direito privado.
a) Bens de uso comum do povo, em geral, são gratuitos. Nada impede, porém, que o Estado estipule uma remuneração pelo uso. Destinados à sociedade em geral- absolutamente inalienável - afetados
b) Bens de uso especial, registre-se que não perdem a característica de bens de uso especial aqueles que, objetivando a prestação de serviços públicos, estejam sendo utilizados por particulares, sobretudo no regime de delegação. (serviços administrativos – absolutamente inalienável – afetados) 
c) Bens dominicais ou dominiais, são aqueles que integram o estoque imobiliário do ente público, sem destinação específica. 
Exemplo clássico de bens dominicais são as terras devolutas, terras de marinha e seus acrescidos e terrenos reservados). 
* Terras devolutas são terras públicas sem destinação pelo Poder Público e que em nenhum momento integraram o patrimônio de um particular, ainda que estejam irregularmente sob sua posse. 
O termo “devoluta” relaciona-se ao conceito de terra devolvida ou a ser devolvida ao Estado pelo colonizadores em razão da reversão e que com independência do Brasil, passaram a integrar o domínio público. 
Para estabelecer o real domínio da terra, ou seja, se é particular ou devoluta, o Estado propõe ações judiciais chamadas ações discriminatórias, que são reguladas pela Lei 6383/76.
5. Quanto à disponibilidade
Em regra, os bens públicos não podem ser alienados, salvo os bens desafetados (sem destinação pública específica), no entanto, deverão respeitar critérios legais, com base na lei de licitações 8.666/1993 
a) Bens públicos indisponíveis por natureza: 
Ex: o espaço aéreo
b) Bens públicos indisponíveis: 
os de bens de uso comum do povo e os de natureza não patrimonial, cuja alienação e oneração encontram-se expressamente proibidas aos entes estatais. 
CC. Art. 100. Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis, enquanto conservarem a sua qualificação, na forma que a lei determinar
Mas, veja-se o que dispõe o art. 225, §5º. da CF/88 expressamente afirma que que as terras devolutas ou arrecadas, necessárias à proteção dos ecossistemas naturais são indisponíveis, sendo, portanto, impossível que tais bens sejam alienados. 
Art. 225
(...) 
§ 5º - São indisponíveis as terras devolutas ou arrecadadas pelos Estados, por ações discriminatórias, necessárias à proteção dos ecossistemas naturais.
DL. Art. 203. Fora dos casos expressos em lei, não poderão as terras devolutas da União ser alienadas ou concedidas senão a título oneroso. 
Parágrafo único. Até que sejam regularmente instalados nos Territórios Federais os órgãos locaisdo S. P. U., continuarão os Governadores a exercer as atribuições que a lei lhes confere, no que respeita às concessões de terras. 
A alienação sempre pressupõe interesse público.
No caso de imóveis, a alienação dependerá de autorização legislativa, de avaliação prévia e de licitação, na modalidade de concorrência, ressalvado os bens adquiridos através de procedimentos judiciais ou dação em pagamento, que poderão ser alienados também por leilão. 
Se for bem imóvel da União, dependerá de autorização do Presidente da República (art. 23 da Lei n. 9636).
Se o bem público for móvel, a alienação dependerá tão-somente de avaliação prévia e de licitação cuja modalidade é o leilão. 
c) bens patrimoniais disponíveis: 
São aqueles bens que aqueles que não sofrem desafetação, por lei ou por ato ou fato administrativo: 
Art. 101. Os bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as exigências da lei.
5.1. Afetação e Desafetação 
Afetação e desafetação são os fatos administrativos dinâmicos que indicam a alteração das finalidades do bem público. 
Afetação é a destinação do bem público a um fim (uso) específico e desafetação é a disponibilidade do bem no estoque imobiliário do Poder Público sem destinação específica. 
Assim ocorrerá a desafetação quando o bem afetado deixar de ser utilizado naquele finalidade pública e, se ao contrário, o bem estando desafetado, passar a ter alguma utilização pública, ocorrerá sua afetação.
Afetação -> Fato administrativo pelo qual se atribui ao bem público uma destinação pública especial de interesse direto ou indireto da Administração. 
Lembra CARVALHO FILHO que os bens de uso comum do povo podem sofrer alteração em sua finalidade, como é o caso, por exemplo, de uma praça pública que desaparece, dando lugar a um terreno público sem movimentação. 
A afetação/desafetação podem ser expressas ou tácitas. Serão expressas quando decorrerem de lei ou de ato administrativo. Serão tácitas quando resultarem da atuação da administração pública, porém sem sua manifestação expressa a respeito. 
Não há uniformidade de pensamento entre os doutrinadores a respeito da possibilidade de a desafetação decorrer de um fato ou de um ato. Carvalho Filho entende o seguinte: 
A afetação e a desafetação constituem fatos administrativos, independentemente da forma com que se apresentem. Embora alguns autores entendam a necessidade de haver ato administrativo para consumar-se a afetação ou a desafetação, não é essa realmente a melhor doutrina.” Todavia, SILVIA acentua que “O que é inaceitável é a desafetação pelo não-uso, ainda que prolongado, como, por exemplo, no caso de uma rua que deixa de ser utiliza. Em hipótese como essa, torna-se necessário um ato expresso de desafetação, pois inexiste a fixação de um momento a partir do qual o não uso pudesse significar desafetação. Sem essa restrição, a cessação da dominialidade pública poderia ocorrer arbitrariamente, em prejuízo do interesse coletivo”
Quando se fala que o bem de uso especial está afetado à realização do serviço público, este termo deve ser entendido amplamente, conforme leciona SILVIA, para abranger atividade de interesse geral entendida sob autoridade ou sob fiscalização do poder público. Pode ser de uso direto de particular, como mercado público. 
6. Características ( Regime Jurídico dos Bens Públicos)
5.1. Impenhorabilidade
Os bens públicos não se sujeitam a constrição judicial através da penhora, devendo eventuais dívidas da fazenda pública serem submetidas ao regime de RPV ou Precatórios.
Eis a razão do regime de precatórios, previsto no art. 100 da CF/88
Art. 100. Os pagamentos devidos pelas Fazendas Públicas Federal, Estaduais, Distrital e Municipais, em virtude de sentença judiciária, far-se-ão exclusivamente na ordem cronológica de apresentação dos precatórios e à conta dos créditos respectivos, proibida a designação de casos ou de pessoas nas dotações orçamentárias e nos créditos adicionais abertos para este fim
§ 1º Os débitos de natureza alimentícia compreendem aqueles decorrentes de salários, vencimentos, proventos, pensões e suas complementações, benefícios previdenciários e indenizações por morte ou por invalidez, fundadas em responsabilidade civil, em virtude de sentença judicial transitada em julgado, e serão pagos com preferência sobre todos os demais débitos, exceto sobre aqueles referidos no § 2º deste artigo
§ 2º Os débitos de natureza alimentícia cujos titulares, originários ou por sucessão hereditária, tenham 60 (sessenta) anos de idade, ou sejam portadores de doença grave, ou pessoas com deficiência, assim definidos na forma da lei, serão pagos com preferência sobre todos os demais débitos, até o valor equivalente ao triplo fixado em lei para os fins do disposto no § 3º deste artigo, admitido o fracionamento para essa finalidade, sendo que o restante será pago na ordem cronológica de apresentação do precatório
§ 3º O disposto no caput deste artigo relativamente à expedição de precatórios não se aplica aos pagamentos de obrigações definidas em leis como de pequeno valor que as Fazendas referidas devam fazer em virtude de sentença judicial transitada em julgado. 
§ 4º Para os fins do disposto no § 3º, poderão ser fixados, por leis próprias, valores distintos às entidades de direito público, segundo as diferentes capacidades econômicas, sendo o mínimo igual ao valor do maior benefício do regime geral de previdência social.
5.2. Imprescritibilidade 
Os bens públicos não podem ser adquiridos por usucapião, forma de aquisição originário de propriedade, haja vista o caráter indisponível, art. 37 da CF/1988.
Em que pese a previsão constitucional de que o imóvel deve cumprir uma função social, tal instrumento legitimador da função social da propriedade se restringisse apenas ao âmbito privado, não sendo, portanto, passíveis de usucapião, os bens públicos.
Neste sentido determinam os artigos 183, § 3º da CF e 102 d0 Código Civil, vejamos: 
Art. 183. Aquele que possuir como sua área urbana de até duzentos e cinquenta metros quadrados, por cinco anos, ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural.
(...) 
§ 3º Os imóveis públicos não serão adquiridos por usucapião.
Art. 102. Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião.
Súmulas STF
Súmula 340 Desde a vigência do Código Civil, os bens dominicais, como os demais bens públicos, não podem ser adquiridos por usucapião.
A vedação absoluta da aquisição por usucapião de bem público, tem como premissa o princípio da supremacia do interesse público, em que se tem como base, a ideia de que conflitos entre interesses individuais e coletivos devem resultar na prevalência do coletivo em detrimento do interesse individual.
OBS: a CF só foi expressa para bens imóveis, entretanto o CC foi mais abrangente. 
5.3. Impossibilidade de Oneração
Os bens públicos não podem ser submetidos ao regime de garantia (penhor, hipoteca e anticrese), por inexistir a característica de domínio privado e a impossibilidade de constrição judicial por ordem de preferência.
Os bens púbicos não podem ser dados em garantia de dívida (penhora e hipoteca). Observação: a impossibilidade de oneração é decorrência direta da impenhorabilidade.
7. Bens públicos e Espécie 
a) Terras Devolutas: São as áreas que, integrando o patrimônio das pessoas federativas, não são utilizadas para quaisquer finalidades públicas específicas.
Há caso em que as terras devolutas não podem ser vendidas: as que são necessárias à proteção dos ecossistemas naturais (art. 225, §5º. CF). 
Na verdade, o que aconteceu é que os Estados transferiram a muitos municípios parte de suas terras devolutas. 
Processo Discriminatório, cujo desfecho é o definir as linhas demarcatórias do domínio público e privado, é regulado pela Lei 6383, que dispõe sobre o Processo Discriminatório de Terras Devolutas da União, e dá outras Providências. 
Há uma fase administrativa e uma judicial. Em ambascompreende-se uma fase de chamamento dos interessados e uma fase de demarcação. 
Art. 19 - O processo discriminatório judicial será promovido: 
I - quando o processo discriminatório administrativo for dispensado ou interrompido por presumida ineficácia; 
II - contra aqueles que não atenderem ao edital de convocação ou à notificação (artigos 4º e 10 da presente Lei); e 
III - quando configurada a hipótese do art. 25 desta Lei. (O caso do atentado – alteração de divisas, derrubadas de coberturas vegetais, etc.) 
Parágrafo único. Compete à Justiça Federal processar e julgar o processo discriminatório judicial regulado nesta Lei. 
Art. 20 - No processo discriminatório judicial será observado o procedimento sumaríssimo de que trata o Código de Processo Civil. 
§ 1º - A petição inicial será instruída com o memorial descritivo da área, de que trata o art. 3º desta Lei. 
§ 2º - A citação será feita por edital, observados os prazos e condições estabelecidos no art. 4º desta Lei. 
Art. 21 - Da sentença proferida caberá apelação somente no efeito devolutivo, facultada a execução provisória. 
Art. 22 - A demarcação da área será procedida, ainda que em execução provisória da sentença, valendo esta, para efeitos de registro, como título de propriedade. 
Parágrafo único. Na demarcação observar-se-á, no que couber, o procedimento prescrito nos artigos 959 a 966 do Código de Processo Civil. 
Art. 23 - O processo discriminatório judicial tem caráter preferencial e prejudicial em relação às ações em andamento, referentes a domínio ou posse de imóveis situados, no todo ou em parte, na área discriminada, determinando o imediato deslocamento da competência para a Justiça Federal. 
Parágrafo único. Nas ações em que a União não for parte, dar-se-á, para os efeitos previstos neste artigo, a sua intervenção. 
b) Terrenos de Marinha: São as áreas que, banhadas pelas águas do mar ou dos rios navegáveis, em sua foz, se estendem à distância de 33 metros para a área terrestre, contados da linha do preamar média de 1831. 
Essas áreas pertencem à União, que cobra a chamada “taxa de ocupação”, foro do regime de enfiteuse.
- Dispositivos importantes do DL 9760 - comentários
Art. 101. Os terrenos aforados pela União ficam sujeitos ao fôro de 0,6% (seis décimos por cento) do valor do respectivo domínio pleno, anualmente atualizado, sendo que o não pagamento por três anos consecutivos ou quatro intercalados importará a caducidade do aforamento. 
Art. 116. Efetuada a transação e transcrito o título no Registro de imóveis, o adquirente, exibindo os documentos comprobatórios, deverá requerer, no prazo de 60 (sessenta) dias, que para o seu nome se transfiram as obrigações enfitêuticas. 
§ 1º A transferência das obrigações será feita mediante averbação, no órgão local do S.P.U., do título de aquisição devidamente transcrito no Registro de Imóveis, ou, em caso de transmissão parcial do terreno mediante têrmo. 
§ 2º O adquirente ficará sujeito à multa 0,05% (cinco centésimos por cento), por mês ou fração sôbre o valor do terreno e benfeitorias nele existentes, se não requerer a transferência dentro do prazo estipulado no persente artigo. 
Além do foro anual, existe o laudêmio. O DL 2398/1987 trata dos dois. Lá consta várias obrigações acessórias no instante da escritura dos imóveis.
Têm a natureza de bens dominicais, uma vez que podem ser objeto de exploração pelo Poder Público, para obtenção de Renda (SILVIA)
Os acréscimos pertencem ao particular ou constituir patrimônio público. Na redação do CC 16 ( e no código civil de 2002, vale aditar), pertencem aos donos dos terrenos marginais (UNIÃO, no caso). Porém, o Código das Águas faz a seguinte distinção: Os acréscimos que se formarem nas águas públicas dominicais são públicos dominicais se não estiverem destinados ao uso comum ou se por algum título legítimo não forem do domínio particular, e os acréscimos formados às margens das correntes comuns ou das correntes públicas de uso comum pertencem aos proprietários ribeirinhos. 
Súmula 496 STJ: registros de propriedade do particular nessas áreas não são oponíveis à União. 
c) Terrenos Reservados
Também chamados terrenos marginais, são aqueles que, banhados pelas correntes navegáveis, fora do alcance das marés (Assim, segundo Silvia del Pietro e o art. 13 dos Códigos das Águas, se o terreno marginal ao rio estiver sob influência da maré, como praticamente toda a cidade de Recife, é terreno de marinha), se estende até a distância de 15 metros para a parte da terra, contados desde a linha média das enchentes ordinárias.
Lavra grande controvérsia sobre o domínio dos terrenos reservados. Carvalho Filho entende que o ponto nodal para análise é o art. 31 do Código de Águas, pelo qual pertencem aos Estados os terrenos reservados às margens das correntes e lagos navegáveis, isso se, por algum título, não estiverem no domínio federal, municipal ou particular. Diante desse texto legal, ter-se-á que considerar, no concernenete aos rios navegáveis, que a regra é que tais terrenso pertencem aos Estados, só não lhes pertencendos se foram municipais, federais ou particulares. Em relação aos rios não navegáveis, dispõe o art. 12 do Código das Águas que , dentro de 10 metros, fica estabelecida servidão de transito para os agentes da Administração, quando na execução de serviço. 
- Diante desse exposto, nos termos da súmula 479 do STF (As margens dos rios navegáveis são do domínio público, insuscetíveis de expropriação, e por isso mesmo, excluídas de indenização) e consoante o entendimento de Carvalho Filho e Zanella, conclui-se que os terrenos marginais podem ser de domínio público, que é a regra geral, ou de domínio privado, quando provada a transmissão legítima da área. Em entendimento contrário a tudo isso, é a lição de Hely Lopes, que sempre entendeu que os terrenos reservados são de domínio privado. 
- São bens públicos dominicais. E ver p. 582 de Silvia de Pietro – é muito importante. – os terrenos marginais é que pertencem à União. 
d) Terras Ocupadas por Índios
Definição legal das terras indígenas está no artigo 231 § 1º da CF/88, vejamos: 
Art. 231
(...) 
§1º. São terras tradicionalmente ocupadas por índios as por eles habitadas em caráter permanente, as utilizadas para suas atividades produtivas, as imprescindíveis à preservação dos recursos ambientais necessários a seu bem-estar e as necessárias a sua reprodução física e cultural, segundo seus usos, costumes e tradições. 
Segundo Carvalho Filho, são bens de uso especial, pois estão afetados a uma finalidade pública, a de proteger os índios. 
e) Plataforma Continental
Extensão das áreas continentais sob o mar até a profundidade de duzentos metros 
f) Ilhas 
Bens dominicais. Nada impede que a propriedade parcial ou integral de tais ilhas por particulares, desde que a União lhes tenha transferido regularmente o domínio e que se reserve o domínio federal dos terrenos de marinha, relacionados, como vimos, no art. 20, VII da CF.
g) Faixa de Fronteiras 
Área de cerca de 150 km de largura, que corre paralelamente à linha terrestre demarcatória da divisa entre o território nacional e países estrangeiros, considerada fundamental para a defesa do território nacional. Não são bens de domínio público, mas área de segurança nacional. 
h) Águas Públicas
O código das águas, Decreto nº. 24.643 de 10 de julho de 1934, classifica as águas em quatro categorias, sendo, águas públicas, comuns, particulares e comuns de todos.
a) Águas Públicas
Art. 1º As águas públicas podem ser de uso comum ou dominicais.
Art. 2º São águas públicas de uso comum:
a) os mares territoriais, nos mesmos incluídos os golfos, bahias, enseadas e portos;
b) as correntes, canais, lagos e lagoas navegáveis ou flutuáveis;
c) as correntes de que se façam estas águas;
d) as fontes e reservatórios públicos;
e) as nascentes quando forem de tal modo consideráveis que, por si só, constituam o "caput fluminis";
f) os braços de quaisquer correntes públicas, desde que os mesmos influam na navegabilidade ou flutuabilidade.
(...)
Art.5º Ainda se consideram públicas, de uso comum todas as águas situadas nas zonas periodicamente assoladas pelas secas, nos termos e de acordo com a legislação especial sobre a matéria.
Art. 6º São públicas dominicais todas as águas situadas em terrenos que também o sejam, quando as mesmas não forem do domínio público de uso comum, ou não forem comum. 
b) Águas Comuns 
Art. 7º São comuns as correntes não navegáveis ou flutuáveis e de que essas não se façam. 
c) Águas Particulares 
Art. 8º São particulares as nascentes e todas as águas situadas em terrenos que também o sejam, quando as mesmas não estiverem classificadas entre as águas comuns de todos, as águas públicas ou as águas comuns. 
8. Gestão de Bens Públicos
Os bens públicos podem ser usados pela pessoa jurídica de direito público a que pertencem, independentemente de serem de uso comum, de uso especial ou dominicais. Essa é a regra geral. Se os bens pertencem a tais pessoas, nada mais normal que elas mesmas os utilizem.
Todavia a utilização dos bens públicos pode ser realizada pelos particulares. 
8.1. Formas de Uso Privativo 
É possível o uso do bem público por particular mediante: 
a) Autorização de Uso: Ato administrativo pelo qual o Poder Público consente que determinado indivíduo utilize bem público de modo privativo, atendendo primordialmente a seu próprio interesse. É unilateral, discricionário e precário. 
Só atende remotamente ao interesse público. Dispensa licitação e autorização legislativa.
Em regra, não se estipula prazo (autorização simples – com prazo autorização qualificada), pois com o prazo poderá dar ensejo à indenização.
- Ex: Fechamento de ruas para festividades, área para estacionamento etc.
b) Permissão de Uso: ato administrativo pelo qual a Administração consente que certa pessoa utilize privativamente bem público, atendendo ao mesmo tempo os particulares e a coisa pública. 
Tirando a questão do maior interesse público, é a mesma coisa da autorização: unilateral, discricionário e precário. 
O ato de permissão de uso é praticado intuiti personae, razão por que sua transferência a terceiros só se legitima se houver consentimento expresso da entidade permitente.
Exemplo clássico é a permissão para montagem de feira em praça ou rua.
c) Concessão de Uso: Contrato administrativo pelo qual o Poder Público confere a pessoa determinada o uso privativo de bem público independentemente do maior ou menor interesse público da pessoa concedente. 
O contrato confere ao titular da concessão de uso, um direito pessoal de uso especial sobre o bem público, privativo e intransferível sem prévio consentimento da Administração.
Para Hely Lopes Meirelles a “concessão de direito real de uso é o contrato pelo qual a Administração transfere o uso remunerado ou gratuito de terreno público a particular, como direito real resolúvel, para que dele se utilize em fins específicos de urbanização, industrialização, edificação, cultivo ou qualquer outra exploração de interesse social”.
EX: concessão de uso remunerado de um hotel municipal, de áreas em mercado ou de locais para bares e restaurantes em edifícios ou logradouros públicos
Ato bilateral – contrato; entretanto, não dispõe de precariedade.
	
	Autorização de Uso
	Permissão de Uso
	Concessão de Uso
	Natureza
	Ato administrativo
	Ato administrativos
	Contrato administrativo
	Força vinculativa
	Discricionário e precário
	Discricionário e Precário (ex. prazo determinado)
	Sinalagma e vinculativo com prazo 
	Meio de celebração
	Ato de gestão
	Contrato de adesão. Lei 8.987/1995
	Contrato administrativo
8.666/1993
	Forma de celebração
	Prescinde Licitação
	Imprescindível Licitação – qualquer modalidade
	Imprescindível Licitação
	Relação Jurídica
	Predominante interesse privado-unilateral
	Predominante interesse público-unilateral
	Predominante interesse público-bilateral
	Responsabilização
	Sem dever de indenizar
	Sem dever de indenizar. Exceção
	Variável.
Fato príncipe, Fato Adm., rescisão antecipada
Será possível a concessão remunerada de uso de bem público e a concessão gratuita de uso de bem público. 
d)Concessão de Direito Real de Uso: Contrato Administrativo pelo qual o Poder Público confere ao particular o direito real resolúvel de uso de terreno público ou sobre o espaço aéreo que o recobre, para os fins que, prévia e determinadamente, o justificaram. 
A diferença com a concessão de uso é que nesta há relação meramente obrigacional, enquanto na de Direito Real de Uso é outorgado direito real. 
Na concessão de direito real de uso o terreno não possui benfeitorias; o direito real de uso é transmissível por ato inter vivos ou causa mortis; em regra há licitação (na modalidade concorrência), salvo se o uso for concedido a outro órgão de administrativo (art. 7º, &2º. Lei n 8666) e o concessionário deverá dar ao uso a destinação prevista na lei que faculta tal direito real. 
DL 271 (Houve mudança com a Lei 11.478. O que mudou está sublinhado.
Art 7º É instituída a concessão de uso de terrenos públicos ou particulares remunerada ou gratuita, por tempo certo ou indeterminado, como direito real resolúvel, para fins específicos de urbanização, industrialização, edificação, cultivo da terra, aproveitamento sustentável das várzeas, preservação das comunidades tradicionais e seus meios de subsistência ou outras modalidade de interesse social em áreas urbanas.
§ 1º A concessão de uso poderá ser contratada, por instrumento público ou particular, ou por simples têrmo administrativo, e será inscrita e cancelada em livro especial. 
§ 2º Desde a inscrição da concessão de uso, o concessionário fruirá plenamente do terreno para os fins estabelecidos no contrato e responderá por todos os encargos civis, administrativos e tributários que venham a incidir sôbre o imóvel e suas rendas. 
§ 3º Resolve-se a concessão antes de seu têrmo, desde que o concessionário dê ao imóvel destinação diversa da estabelecida no contrato ou têrmo, ou descumpra cláusula resolutória do ajuste, perdendo, neste caso, as benfeitorias de qualquer natureza.
Art 8º É permitida a concessão de uso do espaço aéreo sôbre a superfície de terrenos públicos ou particulares, tomada em projeção vertical, nos têrmos e para os fins do artigo anterior e na forma que fôr regulamentada. 
d) concessão de Uso Especial para Fins de Moradia
Carvalho Filho entende que, conquanto se tenha omitido o legislador, a concessão de uso especial para fins de moradia tem a natureza de direito real, à semelhança do que ocorre com o direito real de uso, sendo transferível por ato intervivos ou causa mortis. 
e) Cessão de Uso -> Aquela em que o Poder Público consente o uso gratuito de bem público por órgãos da mesma pessoa ou de pessoa diversa, incumbida de desenvolver atividade que, de algum modo, traduza interesse para a coletividade. 
- Hely Lopes limita a cessão de uso às entidades públicas. Outros a admitem para entidades da Administração Pública. Carvalho Filho entende que pode ser cedido, inclusive, para pessoas privadas, desde que desempenhem atividades não lucrativas que vise a beneficiar, geral ou parcialmente, a coletividade, como exemplo a Assejuf em Campina Grande. 
- a formalização da cessão de uso se efetiva por instrumento firmado entre os representantes das pessoas cedente e cessionária, normalmente denominado de ‘termo de cessao’ ou ‘termos de cessão de uso’. 
- não depende de lei autorizadora.
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