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CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS ALESSANDRO LUÍS NEVES - RA 1870137 JAÍLSON VILAR DA SILVA- RA 1864072 JANAY SILVA ALVES – RA 1859073 BASES ESTRUTURAIS E FUNCIONAIS DO COMPORTAMENTO HUMANO. AGONIA DA ESPERA São Paulo- SP 2022 ALESSANDRO LUÍS NEVES - RA 1870137 JAÍLSON VILAR DA SILVA- RA 1864072 JANAY SILVA ALVES – RA 1859073 BASES ESTRUTURAIS E FUNCIONAIS DO COMPORTAMENTO HUMANO. AGONIA DA ESPERA Trabalho apresentado a FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS como requisito parcial a aprovação da avaliação N1, no primeiro semestre do curso superior de Psicologia, para a disciplina: Bases Estruturais e Funcionais do Comportamento Humano. Professora : Leila Frayman São Paulo- SP 2022 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO .......................................................................................... 3 2 —BASES E FUNDAMENTOS BIOLÓGICOS DA AGONIA E ESPERA .. 3 2.1 PREOCUPAÇÃO COM O TEMPO DE ESPERA ...................................... 6 3 — COMO MINIMIZAR AS CONSEQUÊNCIAS DE UMA CRISE DE ANSIEDADE? ............................................................................................................ 7 4 COMO O PSICÓLOGO PODE AUXILIAR NA PSICOTERAPIA DA ANSIEDADE? ............................................................................................................ 8 5 -CONCLUSÃO ........................................................................................ 10 REFERÊNCIAS ....................................................................................... 12 3 1 INTRODUÇÃO Este trabalho foi desenvolvido a partir do artigo “Agonia da Espera” redigido pelo Dr. Drauzio Varella, onde foi realizado um experimento com um grupo de pessoas visando analisar suas reações a uma situação de ansiedade enquanto esperavam um evento. Por dedução, podemos compreender que a ansiedade é uma resposta natural e saudável do nosso corpo que serve, entre outras coisas, para nos manter alerta em situações de risco ou mesmo diante de certas necessidades fisiológicas básicas do corpo humano como a fome., porque a ansiedade, afinal, vem de processos químicos que se originam em nosso sistema nervoso central. Contudo, se exagerada e não tratada, pode se tornar um distúrbio causando muitos problemas para o indivíduo. Assim, a ansiedade patológica pode ser trabalhada com psicólogos, nas chamadas psicoterapias ou, em casos mais graves, pode ser necessário medicar o indivíduo para que suas crises se equilibrem e sua mente recupere, para viver sua vida em uma forma saudável sendo e forte para superar obstáculos, além de ter clareza mental para viver. 2 —BASES E FUNDAMENTOS BIOLÓGICOS DA AGONIA E ESPERA As emoções são grupos de respostas químicas e neuronais que emergem quando o cérebro experimenta um estímulo ambiental, dependendo de diferentes 4 níveis de neurotransmissores que incitam a ativação de diferentes partes do cérebro responsáveis por desencadear diversos estímulos do sistema nervoso autônomo. Os neurotransmissores são moléculas construídas por neurônios que se ligam a receptores na célula-alvo para transmitir informações. Os neurotransmissores atuam como substâncias químicas e estão envolvidos em muitos processos no corpo. Entre as ações dos neurotransmissores podemos destacar o papel que esses produtos químicos desempenham na memória, percepção, movimento e emoção. Os neurotransmissores são liberados na sinapse. As sinapses podem ser definidas como conexões específicas entre um neurônio e outra célula. A sinapse envolvida na liberação de neurotransmissores é chamada sinapse química. O neurônio pré-sináptico produz um neurotransmissor e o empacota em vesículas. Essas vesículas são chamadas vesículas sinápticas, quando uma impulsão nervosa chega ao terminal axônio, neurotransmissores são liberados por exocitose, que se difundem pela fenda sináptica e atingem a célula alva, desencadeando o potencial pós-sináptico. Para influir a célula pós-sináptica, o neurotransmissor se liga a receptores específicos. Alguns neurotransmissores atuam como analgésicos naturais, como as endorfinas (hormônios da felicidade), reduzindo nossa capacitância de aperceber-se a dor e pode agir em euforia e alegria. Além das endorfinas, há também a dopamina, que desempenha um papel na sensação de saciedade e é responsável por aumentar a sensação de prazer. Os receptores de norepinefrina são reduzidos em pessoas com depressão, e agonistas de norepinefrina são prescritos para melhorar sua condição. A serotonina, por outro lado, provou estar ligada à depressão devido à eficácia da fluoxetina, um inibidor seletivo do receptor de serotonina que trabalha para garantir um aumento de serotonina no encéfalo níveis reduzidos de serotonina e noradrenalina no corpo de um indivíduo são o que causa ansiedade e perda de energia. Outro neurotransmissor envolvido nos processos de ansiedade é o GABA (ácido gama-aminobutírico), o principal neurotransmissor inibitório no SNC. Está presente em quase todas as regiões do encéfalo embora sua concentração varia conforme a região. A relação entre GABA e ansiedade é ilustrada pelo fato de que todos os ansiolíticos conhecidos facilitam sua ação. O efeito é reduzir a função de grupos 5 neuronais no sistema límbico, incluindo a amígdala e o hipocampo, responsáveis por integrar as respostas de defesa à ameaça de lesão ou perda. Algumas drogas reduzem a ansiedade alterando a transmissão de sinapses no encéfalo incluindo os benzodiazepínicos, que fazem o encéfalo funcionar. GABA, que elimine a atividade dos circuitos cerebrais usados em resposta ao estresse e à ansiedade. Devido à ansiedade, a pessoa fica impossibilitada de realizar as atividades diárias, restringindo a socialização com outras pessoas. As causas da ansiedade ainda não são totalmente compreendidas, mas são fatores conhecidos que podem causar ansiedade, como predisposição genética ou como um indivíduo lida com situações como falecimento de um familiar ou questões financeiras. A marca registrada dos distúrbios de ansiedade é uma resposta inadequada ao estresse, regulada pelo sistema nervoso. A resposta ao estresse é a reação coordenada acontecendo em resposta a estímulos aversivos. É o comportamento de evitação. Intensificar o estado de alerta e alerta estimulação da divisão simpática do sistema nervoso e a liberação de cortisol pelas glândulas suprarrenais. O hipotálamo possui um papel central em orquestrar uma resposta humoral visceromotora e somático-motora apropriada. Esta resposta é regulada pelo eixo hipotálamo-hipófise-adrenal (HPA). O hormônio cortisol é liberado pela glândula adrenal em resposta a um aumento nos níveis sanguíneos do hormônio adrenocorticotrófico (ACTH), liberado pela hipófise anterior devido ao estímulo do hormônio liberador de corticotrofina (CRH) do hipotálamo. Os neurônios hipotalâmicos que secretam CRH são regulados pela amígdala e pelo hipocampo. Quando o núcleo central da amígdala é ativado, interfere no eixo HPA e a resposta ao estresse é emitida, sendo que a ativação inapropriada tem sido relacionada com os transtornos de ansiedade. O hipocampo contém receptores para glicocorticoides ativados pelo cortisol, e com altos níveis de cortisol circulante, participa da regulação por retroalimentação do eixo HPA, inibindo a liberação de CRH e consequentemente de ACTH e cortisol. A exposição contínua ao cortisol, em períodos de estresse crônico, pode levar à disfunção e à morte dos neurônios hipocampos. 6 Consequentemente, o hipocampo começará a fracassar em sua capacidade de controlar a liberação de hormônios do estresse e desempenhara suas funções. O estressetambém afeta a capacitância de estimular o potencial de longo prazo no hipocampo. O que explica porque a memória falha. A atividade do córtex pré-frontal também foi relatada em transtornos de ansiedade. Em resumo, a amígdala e o hipocampo regulam o sistema HPA e a resposta ao estresse coordenadamente, tanto com hiperatividade da amígdala, ligada memórias inconscientes estabelecidas por mecanismos de condicionamento do medo quanto com atividade reduzida do hipocampo, que participa armazenamento consciente de informações, recordações durante uma situação de aprendizagem traumática. Os principais fatores que podem desencadear a ansiedade são: Biológicas: variações nos neurotransmissores e em certas áreas do encéfalo responsáveis pelas emoções, como o sistema límbico; Ambiental: determinadas situações familiares, profissionais ou econômicas podem gerar ansiedade e estresse; Psicológico: situações traumáticas do passado que geram ansiedade, por medo de se repetir. 2.1 PREOCUPAÇÃO COM O TEMPO DE ESPERA Quando temos que decidir O cérebro considera todas as outras opções relacionadas às emoções e se tornar uma importante ferramenta que a natureza desenvolveu para que o cérebro possa avaliar se a decisão é certa, agradável ou errada, dolorida ou não. Quando nos deparamos com a possibilidade de sucesso em uma situação possível, uma sensação de prazer é evocada, da mesma forma que o pensamento de um possível fracasso nos aproxima da insatisfação. O encéfalo analisa a quantidade de informações, pesa os custos e benefícios, avalia as possibilidades e suas consequências e, finalmente, toma a decisão. Passar da decisão para a ação é um processo veloz. A mente processa a informação e a transforma em ação. Tudo depende do nível de ansiedade para resolver um problema imediato ou analisar uma decisão 7 melhor, ou pior. A pessoa ansiosa trespassa por aspectos importantes para decidir que quer livrar do sofrimento causado pela ansiedade. Nesse caso, o processo de decisão é lento e a pessoa tem tão pouca atenção que trespassa muito tempo antes de decidir qualquer coisa, para diminuir o sofrimento, ela adia a decisão e se convence de que o dia ou a hora não é o certo. Além disso, a personalidade de uma pessoa pode ser crítica na tomada de decisões. Os traços de personalidade de todas as pessoas são inatos, e é isso que faz alcançar nossos objetivos, mas há traços de personalidade que podemos adquirir no lago da vida por meio do autocontrole, da autorregulação e do autoconhecimento. A espera tem gerados cada vez mais ansiedade nos seres humanos. Para a maioria das pessoas analisar e decidir pode parecer uma tarefa simples, porém quando há um tempo comparativamente excessivo entre a análise do problema e a tomada de decisão por conta própria, que geralmente ocorre em pessoas ansiosas, pode levar a diversos problemas físicos, como ritmo / taquicardia, tontura e vertigens, boca seca, falta de ar, entre outros, além de alterações psíquicas, como reações preocupação, dificuldade de concentração, entre outros sintomas comportamentais (tremores, paralisação, etc.) e sociais (dificuldades em falar em público, evitar eventos sociais, etc.) Podem afetar a qualidade de vida de um indivíduo. Existem diversos estímulos que podem desencadear os momentos de ansiedade, como ex: alterações hormonais, desemprego, momentos de avaliações fatores familiares acidentes entre outros. 3 — COMO MINIMIZAR AS CONSEQUÊNCIAS DE UMA CRISE DE ANSIEDADE? Existem procedimentos simples que podem ser aplicados no dia a dia para minimizar ou até prevenir as consequências da ansiedade, como: •Focar nos acontecimentos positivos que aconteceram no decorrer do dia; • Meditação: reservar um pequeno tempo na rotina, para a prática da meditação. 8 • Não ignorar ou esconder o que está a sentindo, o acúmulo de emoções pode vir a desencadear pensamentos negativos e crise de choro; • Adotar um estilo de vida saudável, com atividades físicas adequadas a suas características pessoal. A prática esportiva estimula a produção de substâncias que ajudam a relaxar, trazem bem-estar e melhoram o humor, como endorfina e serotonina, por exemplo.; Não se cobre tanto cada um de nós possui um tempo próprio de desenvolvimento pessoal, e devemos ser capazes de respeitar esse tempo a acolher a nós mesmos. As crises de ansiedade podem surgir de diferentes maneiras e sua origem pode ser variada, como vimos anteriormente. Portanto, não existe uma única forma de controle das crises, ou um único tratamento, mas vários que podem ser combinados e devem ser avaliados de acordo com as características destacadas em cada caso. Às vezes, a aplicação de algumas práticas no cotidiano, como as citadas acima, pode ajudar a pessoa a lidar melhor com a patologia. Em outros casos, se faz necessária uma intervenção mais especializada, como o acompanhamento com um psicólogo, que ajudara a identificar os gatilhos e entender melhor o problema e como lidar com ele. Enquanto o tratamento psicológico está em andamento, medicamentos como tranquilizantes podem precisar ser usados para reduzir os sintomas neste momento. Esses medicamentos geralmente são prescritos apenas nos casos mais agudos, quando as mudanças na vida diária, exercícios ou leitura não produziram os efeitos esperados. No entanto, é importante mencionar que nenhum medicamento deve ser tomado sem prescrição e orientação médica, e para um melhor tratamento dos casos agudos é de grande importância a terapia combinada: psicoterapia e farmacoterapia. 4 COMO O PSICÓLOGO PODE AUXILIAR NA PSICOTERAPIA DA ANSIEDADE? A psicologia não é uma ciência exata, portanto não é possível prever os resultados exatos alcançados com a psicoterapia ou a duração do tratamento. No entanto, no caso de pessoas com altos níveis de ansiedade, saber o que esperar e como esse processo acontece pode ser um fator para incentivá-las a procurar ajuda, 9 ao invés de tornar esse processo um fator antigênico. Como eu disse, não é possível prever o tempo, mas é um tratamento de longo prazo, pois cada ser humano dá uma forma diferente aos estímulos, uns mais rápidos, outros menos. É importante entender que os resultados não acontecessem rapidamente. E muito importante o engajamento do paciente nesse processo, sendo a cooperação e motivação do mesmo fundamental para um resultado satisfatório do tratamento. Ou seja, o paciente e o psicólogo devem trabalhar juntos para alcançar os resultados esperados, e assim minimizar as crises agudas de ansiedade e obter uma qualidade de vida melhor que antes do início do tratamento. Não há uma receita pronta para o tratamento da ansiedade, na maioria das vezes o paciente chega acreditando que o gatilho de sua patologia é um simples tratamento se depara com questões muito mais profundas. O tratamento psicológico é feito de forma individualizada e respeitando as características particulares de cada um. O papel do psicólogo é ajudar o paciente na superação do problema de ansiedade (entre outras patologias), adotando uma atitude acolhedora perante a pessoa, estimulando-a a encontrar as causas da patologia afim de encontrar uma solução. O profissional não deve em momento algum fazer julgamentos a respeito dos gatilhos do paciente ou minimizar sua dor, a final a dor é subjetiva sendo diferente a cada ser humano. Deve-se mostrar aberto e disposto a ajudar, fazendo com que o paciente se sinta seguro para se abrir e falar sobre seus medos, inseguranças, crenças limitantes e problemas. O objetivo da psicoterapia não é apenas suprimir a ansiedade. O paciente irá aprender sim a ter mais controle sobre os sintomas, mas acima de tudo, irá transformar o jeito de agir e de se relacionar consigo mesmo e com o mundo diante de situações estressantes. Saberá identificar osgatilhos da sua ansiedade e o que fazer para minimizar o desencadear dos processos ansiolíticos. O benefício de tudo isso é sem dúvidas, um aumento no bem-estar e na qualidade de vida da pessoa 10 não apenas no processo de ansiedade, mas também em vários setores da vida do paciente. Por tanto, não existe receita mágica para modificar comportamentos ansiosos de uma pessoa, visto que a forma como cada um vivencia a ansiedade não é igual e diferem em muitos aspectos das de outras pessoas. Por isso a terapia com um profissional qualificado é fundamental para entender o que acontece no mundo particular de um indivíduo, seus traumas, medos e gatilhos e compreender o que precisa ser mudado, para que assim sejam superados os sintomas e a saúde emocional recuperada. Por fim, a terapia não tem o poder de tornar os eventos da vida menos desafiadores, mas pode capacitar o indivíduo a enfrentar a situações críticas de uma forma mais leve e assertiva e que irá trazer mais benefícios positivos. 5 -CONCLUSÃO Com base na pesquisa do site Drazuio Varella , entre outras fontes como livros e artigos científicos blogs e sites. Lembramos que esse transtorno é uma doença, que causa considerável sofrimento físico e mental e, como qualquer patologia, deve ser entendida e tratada como um todo e apenas para cada indivíduo que a sofre. Ressaltamos que uma das formas mais eficazes de tratamento é o preparo adequado da equipe. Ressalta-se também a importância da participação ativa da família do paciente na prevenção e tratamento dessa condição. Assim, percebemos, com este estudo, que o uso da TCC se mostra como uma das formas de tratamento com melhorias na condição dos pacientes analisados, bem como a utilização de métodos mais humanizados de abordagem e interação social entre pacientes e suas famílias. com o suporte e uso associado a outras formas de tratamento, proporciona a consequente eficácia em diversas patologias ou condições relacionadas ao transtorno de ansiedade que ocorrem na maioria dos casos estudados. Este trabalho foi de extrema importância para nossa compreensão e conhecimento sobre o assunto, conseguimos então nos aprofundarmos e entendermos o que vem acontecendo no dia a dia de várias pessoas e ainda assim é tão pouco falado ou até mesmo ignorado. 11 dada a importância do tema ressaltamos a necessidade de mais pesquisas que possam fundamentar não só teoricamente, mas também empiricamente abordagens eficazes que ofereçam prevenção e tratamento a toda a população. 12 REFERÊNCIAS . Disponível em: https://drauziovarella.uol.com.br/drauzio/artigos/a-agonia-da- espera-artigo/. Acesso em: 15 mai. 2022. . Disponível em: https://psiquiatriapaulista.com.br/17-dicas-de-como-controlar-a- ansiedade/. Acesso em: 15 mai. 2022. . Disponível em: https://www.saudebemestar.pt/pt/blog/psicologia/ansiedade/. Acesso em: 15 mai. 2022. CAMARGO, José Alberto de; MAGALHÃES, Naiara. Do que estamos falando quando falamos de Ansiedade, Depressão e outros problemas emocionais. Vestígio Editora, v. 3, f. 160, 2020. 320 p. CURY, Augusto; SARAIVA, Editora. Ansiedade: como enfrentar o mal do século : a Síndrome do Pensamento Acelerado : como e por que a humanidade adoeceu coletivamente das crianc̜as aos adultos, f. 80. 2012. 160 p. GAZZANIGA, Michael; HEATHERTON, Todd; HALPERN, Diane. Ciência Psicológica. Artmed Editora, f. 408. 815 p.
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