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Endosso - Aceite - Aval

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CIRCULAÇÃO CAMBIAL (endosso) 
 
Declaração cambiária que objetiva a circulação do título de crédito. 
 
Com o endosso o titular do crédito transfere o documento bem 
como todos os direitos que dele decorrem. (Art. 14) 
 
É ato cambiário pois somente se admite endosso em título de 
crédito. 
 
É declaração cambiária sucessiva e eventual 
 
É ato unilateral de vontade do signatário. (endossante) 
 
Se aperfeiçoa com a tradição (entrega) do documento 
 
 
1 
 
 
 
 Decorrem do endosso dois efeitos fundamentais: 
 
 1) Inoponibilidade das exceções pessoais (descola) 
 
 Art. 17 - As pessoas acionadas em virtude de uma letra 
não podem opor ao portador as exceções fundadas sobre as 
relações pessoais delas com o sacador ou com os portadores 
anteriores, a menos que o portador ao adquirir a letra tenha 
procedido conscientemente em detrimento do devedor. 
 
 2) Responsabilidade do endossante 
 
 Art. 15 - O endossante, salvo cláusula em contrário, é 
garante tanto da aceitação como do pagamento da letra. 
 
 
 
 
2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
A B 
 
 C __ D __ E 
 
4 
RECURSO ESPECIAL. AÇÃO MONITÓRIA. CONTRATOS BANCÁRIOS. 
INSTRUMENTO PARTICULAR DE CONFISSÃO DE DÍVIDA. NOTA PROMISSÓRIA 
QUE GARANTE O CONTRATO. RESPONSABILIDADE DO AVALISTA. PRINCÍPIO DA 
ABSTRAÇÃO. NECESSIDADE DE CIRCULAÇÃO DO TÍTULO DE CRÉDITO. SÚMULA 
280 DO STF. 1. É entendimento desta Corte Superior que o credor possuidor de 
título executivo extrajudicial pode utilizar-se tanto da ação monitória como da 
ação executiva para a cobrança do crédito respectivo. 2. A literalidade, a 
autonomia e a abstração são princípios norteadores dos títulos de crédito que 
visam conferir segurança jurídica ao tráfego comercial e tornar célere a circulação 
do crédito, transferindo-o a terceiros de boa-fé livre de todas as questões 
fundadas em direito pessoal. 3. Segundo o princípio da abstração, o título de 
crédito, quando posto em circulação, desvincula-se da relação fundamental que 
lhe deu origem. A circulação do título de crédito é pressuposto da abstração. 4. 
Nas situações em que a circulação do título de crédito não acontece e sua 
emissão ocorre como forma de garantia de dívida, não há desvinculação do 
negócio de origem, mantendo-se intacta a obrigação daqueles que se 
responsabilizaram pela dívida garantida pelo título. 5. Incabível a via recursal 
extraordinária para a discussão de matéria, ante a incidência da Súmula 280 do 
STF, quando a solução da controvérsia pelo Tribunal a quo dá-se à luz da 
interpretação do direito local. 6. Recurso especial a que se nega provimento. (REsp 
1.175.238/RS, Rel. Ministro Luis Felipe Salomão, 4ª Turma, julgado em 07/05/2015, 
DJe. 23/06/2015) 
 
 
 
 
 Art. 11 - Toda a letra de câmbio, mesmo que não envolva 
expressamente a cláusula a ordem, é transmissível por via de 
endosso. 
 
 Quando o sacador tiver inserido na letra as palavras "não 
a ordem", ou uma expressão equivalente, a letra só é 
transmissível pela forma e com os efeitos de uma cessão 
ordinária de créditos. 
 
 O endosso pode ser feito mesmo a favor do sacado, 
aceitando ou não, do sacador, ou de qualquer outro co-
obrigado. Estas pessoas podem endossar novamente a letra. 
5 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A cláusula à ordem - Art. 11 - Toda a letra de câmbio, 
mesmo que não envolva expressamente a cláusula a 
ordem, é transmissível por via de endosso. 
 
A cláusula não à ordem – Quando o sacador tiver 
inserido na letra as palavras "não a ordem", ou uma 
expressão equivalente, a letra só é transmissível pela 
forma e com os efeitos de uma cessão ordinária de 
créditos. 
 
 Essa cláusula (não à ordem) não proíbe a 
transferência do crédito mencionado no título. 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
 
 
 
 
 A cessão do crédito no Código Civil 
 
 Art. 286. O credor pode ceder o seu crédito, se a 
isso não se opuser a natureza da obrigação, a lei, ou a 
convenção com o devedor; a cláusula proibitiva da 
cessão não poderá ser oposta ao cessionário de boa-
fé, se não constar do instrumento da obrigação. 
 
 Art. 290. A cessão do crédito não tem eficácia 
em relação ao devedor, senão quando a este 
notificada; mas por notificado se tem o devedor que, 
em escrito público ou particular, se declarou ciente 
da cessão feita. 
 
 
 
 
 
 
7 
 
 
 
 
 
 Art. 294. O devedor pode opor ao cessionário as 
exceções que lhe competirem, bem como as que, no 
momento em que veio a ter conhecimento da cessão, 
tinha contra o cedente. 
 
 Art. 296. Salvo estipulação em contrário, o 
cedente não responde pela solvência do devedor. 
 
 
 
 
 
8 
 Característica do endosso 
 
 
 Art. 12 - O endosso deve ser puro e simples. 
 
 Qualquer condição a que ele seja subordinado considera-
se como não escrita. 
 
 O endosso parcial é nulo. 
 
 O endosso ao portador vale como endosso em branco. 
 
 
9 
 Modalidades de endosso 
Em branco 
 
 Art. 13 - O endosso deve ser escrito na letra ou numa 
folha ligada a esta (anexo). (prolongamento, alongamento) 
 
 Deve ser assinado pelo endossante. (declaração cambiária) 
 
 O endosso pode não designar o beneficiário, ou consistir 
simplesmente na assinatura do endossante (endosso em 
branco). 
 
 Neste último caso, o endosso para ser valido deve ser 
escrito no verso da letra ou na folha anexa. (alongamento) 
 
 
Em preto – Indica-se o nome do endossatário 
 
 
 
10 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Art. 14 - O endosso transmite todos os direitos 
emergentes da letra. 
 
 Se o endosso for em branco, o portador pode: 
 
 1 - Preencher o espaço em branco, quer com o seu nome, 
quer com o nome de outra pessoa; 
 
 2 - Endossar de novo a letra em branco ou a favor de 
outra pessoa; 
 
 3 - Remeter a letra a um terceiro, sem preencher o 
espaço em branco e sem a endossar 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 O Endosso sem garantia e a proibição de novo endosso 
 
 
 
 Art. 15 - O endossante, salvo cláusula em 
contrário, é garante tanto da aceitação como do 
pagamento da letra. 
 
 O endossante pode proibir um novo endosso, e, 
neste caso, não garante o pagamento as pessoas a 
quem a letra for posteriormente endossada. 
 
 
 
 
 
 
 12 
 A cadeia de endossos 
 
 Art. 16 - O detentor de uma letra é considerado 
portador legítimo se justifica o seu direito por uma série 
ininterrupta de endossos, mesmo se o último for em branco. Os 
endossos riscados consideram-se, para este efeito, como não 
escritos. Quando um endosso em branco é seguido de um outro 
endosso, presume-se que o signatário deste adquiriu a letra 
pelo endosso em branco. 
 
 Se uma pessoa foi por qualquer maneira desapossada 
de uma letra, o portador dela, desde que justifique o seu direito 
pela maneira indicada na alínea precedente, não é obrigado a 
restitui-la, salvo se a adquiriu de má-fé ou se, adquirindo-a, 
cometeu uma falta grave. 
13 
 Espécies de endosso 
 
 
Próprio – (pleno, translativo) 
 
 
Art. 14 - O endosso transmite todos os direitos 
emergentes da letra. 
 
 
 
 
 
 
 
14 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Impróprios – (não transfere todos os direitos) 
 
 a) Mandato (ou procuração) 
 
 Art. 18 - Quando o endosso contém a menção "valor a cobrar" 
(valeur em recouvremente), "para cobrança" (pour encaissement), 
"Por procuração" (par procuration), ou qualquer outra menção que 
implique um simples mandato, o portador pode exercer todos os 
direitos emergentes da letra, mas só pode endossá-la na qualidade 
de procurador. 
 
 Os co-obrigados, neste caso, só podem invocar contra o 
portador as exceções que eram oponíveis ao endossante. 
 
 O mandato que resulta de um endosso por procuração não se 
extingue por morte ou sobrevinda incapacidade legal do 
mandatário. (é do mandante) 
 
 
 
 
 
 
15 
 
16 
COMERCIAL E PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO DE ANULAÇÃO DE 
DUPLICATA. BANCO ENDOSSATÁRIO-MANDATÁRIO. 
ILEGITIMIDADE PASSIVA. RESISTÊNCIA AO PEDIDO DE ANULAÇÃO 
DA DUPLICATA. SUCUMBÊNCIA. PRECEDENTES. RECURSO 
PARCIALMENTEPROVIDO. I - O endosso-mandato não transfere a 
propriedade do título ao endossatário, tornando este parte ilegitima 
na ação de anulação de título de crédito fundada na ausência de 
negócio jurídico subjacente. II - O banco endossatário que resiste ao 
pedido do sacado para que seja anulada a duplicata sem aceite, por 
falta de negócio jurídico subjacente, também responde pela verba 
sucumbencial juntamente com o endossante, se ambos integraram a 
relação processual. Em face da sucumbência parcial, cada parte 
responderá pelos honorários de seus respectivos advogados. (REsp 
280.778/MG, Rel. Ministro Sálvio De Figueiredo Teixeira, Quarta 
Turma, julgado em 24/04/2001, DJ 11/06/2001, p. 232) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 b) Caução ou Garantia 
 
 Art. 19 - Quando o endosso contém a menção "valor em 
garantia", "valor em penhor“ ou qualquer outra menção que 
implique uma caução, o portador pode exercer todos os 
direitos emergentes da letra, mas um endosso feito por ele 
só vale como endosso a título de procuração. 
 
 Os co-obrigados não podem invocar contra o portador as 
exceções fundadas sobre as relações pessoais deles com o 
endossante, a menos que o portador, ao receber a letra, 
tenha procedido conscientemente em detrimento do 
devedor. 
 
 
 
 
 
 
 
17 
 c) Póstumo 
 
 Art. 20 - O endosso posterior ao vencimento tem os 
mesmos efeitos que o endosso anterior. Todavia, o endosso 
posterior ao protesto por falta de pagamento, ou feito 
depois de expirado o prazo fixado para se fazer o protesto, 
produz apenas os efeitos de uma cessão ordinária de 
créditos. 
 
 Salvo prova em contrário, presume-se que um endosso 
sem data foi feito antes de expirado o prazo fixado para se 
fazer o protesto. 
18 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
19 
 
A B 
 
 C __ D __ E 
 O Aceite 
É o ato pelo qual o sacado assume obrigação de pagar 
 
É a recepção da ordem dada pelo sacador 
 
Facultativo, sucessivo, declaração (manifestação) unilateral de vontade 
 
 
 
 Art. 28 - O sacado obriga-se pelo aceite pagar a letra na 
data do vencimento. 
 
 Na falta de pagamento, o portador, mesmo no caso de 
ser ele o sacador, tem contra o aceitante um direito de ação 
resultante da letra, em relação a tudo que pode ser exigido nos 
termos dos arts 48 e 49. 
20 
 
21 
APELAÇÃO CÍVEL - AÇÃO INDENIZATÓRIA - LEGITIMIDADE PASSIVA DA SERASA - 
ÓRGÃO MANTENEDOR DO CADASTRO - AUSÊNCIA DE NOTIFICAÇÃO PRÉVIA - 
IRREGULARIDADE DA NEGATIVAÇÃO - LETRA DE CÂMBIO EMITIDA A PARTIR DE 
CHEQUE PRESCRITO - AUSÊNCIA DE ACEITE - PROTESTO INDEVIDO - DANO MORAL 
PURO - VALOR DA INDENIZAÇÃO. I- Segundo orientação já pacificada pelo STJ, os 
órgãos mantenedores de cadastros possuem legitimidade passiva para as ações que 
buscam a exclusão da restrição do nome de devedor de seus cadastros, quando 
ocorrida sem prévia notificação. II- A comunicação ao consumidor, de que seu nome 
será inscrito em cadastro de devedores inadimplentes, deve ser empreendida pelo 
órgão de proteção ao crédito, nos termos do art. 43, § 2º, da Lei n º 8.078/90. III- Não 
comprovada a expedição regular de notificação para o endereço do autor que lhe foi 
fornecido pelo cliente, ilegítima mostrou-se a negativação feita, impondo-se o dever de 
indenizar. IV- A letra de câmbio sem o aceite da sacada não gera obrigação cambiária 
para ela, mormente quando foi emitida unilateralmente pelo credor, restando afastada 
sua exigibilidade. Sem o aceite, o fato de não ter sido colocado em circulação leva à 
total inutilidade do título e à ilicitude do protesto do mesmo. V- O protesto indevido de 
título constitui ato ilícito cujos efeitos danosos podem ser facilmente presumidos, 
ensejando reparação por danos morais, sendo que a responsabilidade pelos danos 
causados decorre do próprio ato, prescindido da comprovação do prejuízo no caso 
concreto. VI- O valor arbitrado a título de indenização deve mostrar-se suficiente para 
compensar a ofendida, desestimular a reiteração da conduta ilícita, sem gerar 
enriquecimento indevido da demandante. (TJMG - Apelação Cível 1.0024.10.257178-
3/001, Relator(a): Des.(a) João Cancio, 18ª Câmara Cível, julgamento em 13/09/2016, 
publicação da súmula em 19/09/2016) 
 
 
 Conceito de Aceite 
 “Entende-se por aceite o ato formal segundo o qual o sacado se obriga a efetuar, 
no vencimento, o pagamento da ordem que lhe é dada. Tal ato pode consistir ou numa 
declaração subscrita pelo sacado (aceito a presente letra de câmbio etc.), em qualquer 
parte da letra, ou na sua simples assinatura lançada no anverso da mesma (Lei Uniforme, 
art. 25). Poderá o aceite ser dado por mandatário com poderes especiais; nesse caso, tal 
mandatário age como representante legal do sacado e, apesar de ser a sua assinatura que 
consta do título, é aquele quem assume a obrigação. 
 
 Temos, então, que o aceite é um ato que só pode ser praticado pelo sacado; 
contendo a letra uma ordem de pagamento cabe àquele a quem é dada a ordem declarar 
se está disposto a cumpri-la ou não. Enquanto a letra não for aceita o sacado nenhuma 
responsabilidade tem pela solvabilidade do título. O seu nome apenas está indicado na 
letra, constituindo mesmo essa indicação um dos requisitos essenciais para a validade do 
título; mas neste não existe a sua assinatura, indispensável para a assunção da obrigação, 
dado o formalismo e a literalidade da letra. Daí o fato de, apesar de ter o seu nome 
mencionado no título, o sacado não possuir nenhuma obrigação pelo pagamento do 
mesmo. (Martins, Fran. Títulos de crédito/Fran Martins. – 17. ed. rev., atual. e ampl. – Rio de 
Janeiro: Forense, 2016. ed. sob título “Letra de câmbio e nota promissória” ) 
22 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 André Ramos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
23 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
24 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
25 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
26 
 
 Art. 21 - A letra pode ser apresentada, até 
o vencimento, ao aceite do sacado, no seu 
domicílio, pelo portador ou até por um simples 
detentor. 
 
 Art. 25 - O aceite é escrito na própria letra. 
Exprime-se pela palavra "aceite" ou qualquer 
outra palavra equivalente; o aceite é assinado 
pelo sacado. Vale como aceite a simples 
assinatura do sacado aposta na parte anterior da 
letra. 
 
 
 
 
 
 
Limitação e modificação do aceite 
 
 
 Art. 26 - O aceite é puro e simples, mas o 
sacado pode limitá-lo a uma parte da importância 
sacada. (valor) 
 
 Qualquer outra modificação introduzida pelo 
aceite no enunciado da letra equivale a uma recusa de 
aceite. O aceitante fica, todavia, obrigado nos termos 
do seu aceite. 
27 
 
28 
Direito processual civil e comercial. Recurso especial. 
Execução. Letra de câmbio sem aceite. Causalidade. 
Inviabilidade. Embargos de declaração. Ausência de omissão e 
contradição. Prequestionamento. Dissídio jurisprudencial. - 
Rejeitam-se os embargos de declaração quando ausente 
omissão, contradição ou obscuridade a ser sanada. - É 
inadmissível recurso especial se ausente prévia decisão, no 
acórdão recorrido, a respeito das questões federais suscitadas. - 
Não se admite recurso especial pelo dissídio jurisprudencial se 
este não for comprovado nos moldes legal e regimental. - A letra 
de câmbio é título de crédito próprio e abstrato, não podendo a 
ela ser imprimida natureza causal e imprópria, como acontece na 
duplicata. - O sacado pode, a seu talante, recusar-se a assumir a 
obrigação cambial, sendo certo que a falta de aceite elide o 
vínculo ao pagamento do título. Recurso especial não conhecido. 
(REsp 511.387/GO, Rel. Ministra Nancy Andrighi, Terceira Turma, 
julgado em 21/06/2005, DJ 01/08/2005, p. 438) 
 
29 
Execução. Letra. Câmbio. Ausência. Aceite. Trata-se de embargos do 
devedor opostos à execução lastreada em letra de câmbio sem aceite. Nas 
vias ordinárias, a sentença julgou procedentes os embargos (declarando 
nula a execuçãopor falta de título executivo hábil para instruí-la) e o 
Tribunal a quo negou provimento à apelação da recorrente. Explicitou a 
Min. Relatora que a letra de câmbio é título de crédito próprio e abstrato, 
não se pode imprimir-lhe natureza causal e imprópria como acontece na 
duplicata, por isso não persistem as alegações da recorrente no sentido de 
vinculá-la ao negócio subjacente. Aduz ainda que, embora tenha havido o 
protesto pela falta de aceite e de pagamento, a letra de câmbio sem 
aceite obsta a cobrança pela via executiva. Pois a recusa do aceite traz 
como única consequência o vencimento antecipado da letra de câmbio 
(art. 43 da LUG), pode, então, o tomador cobrá-la imediatamente do 
sacador. Mas, no caso, o sacador e o tomador se confundem na mesma 
pessoa da recorrente demonstrando sem razão suas alegações uma vez 
que a vinculação ao pagamento do título se dá tão somente se o sacado 
aceitar a ordem de pagamento que lhe foi endereçada. Sem reparos o 
acórdão recorrido e ausente a divergência jurisprudencial alegada, a 
Turma não conheceu do recurso (REsp 511.387-GO, Rel. Min. Nancy 
Andrighi, j. 21.06.2005, Informativo 252/2005). 
Cancelamento do aceite – Arrependimento eficaz 
 Art. 29 - Se o sacado, antes da restituição da letra, 
riscar o aceite que tiver dado, tal aceite é considerado 
como recusado. 
 
 Salvo prova em contrário, a anulação do aceite 
considera-se feita antes da restituição da letra. 
 
 Se porém, o sacado tiver informado por escrito o 
portador ou qualquer outro signatário da letra de que a 
aceita, fica obrigado para com estes, nos termos do seu 
aceite. 
30 
Apresentação ao aceite - Efeitos 
 Art. 22 - O sacador pode em qualquer letra, estipular que ela 
será apresentada ao aceite, com ou sem fixação de prazo. 
 
 Pode proibir na própria letra a sua apresentação ao aceite, 
salvo se se tratar de uma letra pagável em domicílio de terceiro, ou de 
uma letra pagável em localidade diferente da do domicílio do sacado, 
ou de uma letra sacada a certo termo de vista. 
 
 O sacador pode também estipular que a apresentação ao aceite 
não poderá efetuar-se antes de determinada data. 
 
 Todo endossante pode estipular que a letra deve ser 
apresentada ao aceite, com ou sem fixação de prazo, salvo se ela tiver 
sido declarada não aceitável pelo sacador. 
31 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Art. 24 - O sacado pode pedir que a letra lhe seja 
apresentada uma segunda vez no dia seguinte ao da primeira 
apresentação. Os interessados somente podem ser admitidos a 
pretender que não foi dada satisfação a este pedido no caso de 
ele figurar no protesto. 
 
 O portador não é obrigado a deixar nas mãos do aceitante 
a letra apresentada ao aceite. 
 
 
 
32 
 
33 
RECURSO ESPECIAL. DIREITO CIVIL E EMPRESARIAL. TÍTULOS DE 
CRÉDITO. LETRA DE CÂMBIO. NATUREZA. ORDEM DE PAGAMENTO. 
DECLARAÇÃO UNILATERAL DO SACADOR. REQUISITOS ESSENCIAIS. 
ART. 1º DO DECRETO 57.663/66 (LUG). ACEITE. EVENTUALIDADE. 
FACULTATIVIDADE. SACADO NÃO ACEITANTE. CONSEQUÊNCIA. 
RELAÇÃO CAMBIAL. INEXISTÊNCIA. PROTESTO. ILEGITIMIDADE 
PASSIVA. ART. 21, § 5º, DA LEI 9.492/97. INTERRUPÇÃO DA 
PRESCRIÇÃO. ART. 202, III, DO CC/ 02. EFICÁCIA OBJETIVA E 
SUBJETIVA. AÇÕES CAMBIÁRIAS. LIMITAÇÃO. PRINCÍPIO. AUTONOMIA. 
RESPONSÁVEL PRINCIPAL. SACADO ACEITANTE. DEVEDORES 
INDIRETOS. SACADOR, ENDOSSANTES E AVALISTAS. SACADO NÃO 
ACEITANTE. RELAÇÃO JURÍDICA CAUSAL. ALCANCE. INVIABILIDADE. 1. 
Cuida-se de ação anulatória de título de crédito cumulada com 
cancelamento de protesto e compensação de danos morais, por meio 
da qual se discute a validade do protesto de letra de câmbio não aceita 
e emitida com a finalidade de interromper a prescrição para a cobrança 
de débitos de mensalidades universitárias. 2. Recurso especial interposto 
em: 30/11/2017; conclusos ao gabinete em: 10/08/2018; aplicação do 
CPC/15. (continua) 
 
34 
3. O propósito recursal consiste em determinar se: a) na letra de câmbio, o 
aceite é requisito essencial da produção de seus efeitos cambiários; b) em 
letra de câmbio que foi emitida tendo como tomador o próprio sacador, 
que não circulou e não foi aceita, é válido o protesto tomado contra o 
sacado; e c) o protesto da letra não aceita e que não circula tem o condão 
de interromper o prazo prescricional da dívida que serviu de causa 
subjacente para a emissão do título de crédito. 4. Os títulos de crédito 
cumprem a função econômica de servirem de instrumentos de circulação 
de crédito, garantida pela incidência das regras do direito cambiário, o que 
depende do respeito às formalidades essenciais definidas em lei para 
tanto. 5. A letra de câmbio consiste em uma declaração unilateral do 
sacador por meio da qual emite uma ordem de pagamento dirigida ao 
sacado de pagar uma certa quantia em favor do tomador, o que justifica o 
aceite da letra pelo sacado não se inserir entre suas formalidades 
essenciais. 6. A citação do nome do sacado na letra de câmbio não gera 
para ele, no entanto, qualquer efeito cambial, independentemente da 
existência de uma outra relação jurídica subjacente que tenha servido de 
ensejo para o saque da cártula. Aplicação do princípio da autonomia das 
relações cambiais. (continua) 
 
35 
7. O aceite é o ato por meio do qual o sacado se vincula à ordem de 
pagamento emitida pelo sacador, tornando-se o responsável principal pela 
dívida inscrita na letra de câmbio. É elemento eventual do título, pois a 
eficácia cambial da letra de câmbio e sua circulação não dependem, em 
regra, do aceite; e facultativo, porque é dado segundo exclusivamente 
segundo a vontade do sacado, não podendo nem mesmo o protesto pela 
recusa do aceite obrigá-lo a aceitar a ordem de pagamento. 8. Na letra de 
câmbio com vencimento a vista, a apresentação para aceite é dispensável, 
pois a apresentação ao sacado já é dada, imediatamente, para pagamento. 
Nessa hipótese, o portador apresenta o título para protesto por falta de 
pagamento, com a finalidade de exercer os direitos cambiários contra os 
devedores indiretos da dívida nele inscrita, e não para tornar o sacado 
aceitante. 9. O protesto é um ato solene de prova da recusa ou da falta de 
aceite ou de pagamento que tem por propósito conservar os direitos do 
portador da cártula em face do devedor direito - o sacado aceitante - ou 
dos devedores indiretos - sacador, endossantes e seus avalistas. 10. O 
protesto também pode produzir outros efeitos, como a comprovação da 
impontualidade injustificada, para efeitos falimentares, ou a interrupção da 
prescrição, na forma do art. 202, III, do CC/02. (continua) 
 
36 
11. Na letra de câmbio sem aceite, tanto o protesto por falta ou recusa de 
aceite quando o por falta ou recusa de pagamento devem ser tirados 
contra o sacador, que emitiu a ordem de pagamento não honrada, e não 
contra o sacado, que não pode ser compelido, sequer pelo protesto, a 
aceitar a obrigação inserida na cártula. Inteligência do art. 21, § 5º, da Lei 
9.492/97. 12. Se não há responsável principal - por falta de aceite - e se é 
impossível o exercício de direito de regresso contra os devedores indiretos 
- seja porque a cártula não circulou, seja porque não realizado o protesto 
no tempo próprio -, a letra de câmbio deixa de ter natureza de título de 
crédito, consistindo em um mero documento, produzido unilateralmente 
pelo sacador. 13. A prescrição interrompida pelo protesto cambial se refere 
única e exclusivamente à ação cambiária e somente tem em mira a 
pretensão dirigida ao responsável principal e, eventualmente, aos 
devedores indiretos do título, entre os quais não se enquadra o sacado não 
aceitante. Aplicação do princípio da autonomia das relações cambiais. 14. 
Na hipótese concreta, a recorrente sacou letra de câmbio em que apontou 
como sacada a recorrida e se colocou na posição de beneficiária da ordem 
de pagamento, levando o título a protesto com o propósito de interromper 
o prazo prescricional para a cobrança da dívida que serviu de ensejo à 
emissão da cártula.(continua) 
 
37 
15. Na hipótese dos autos, a recorrente, ao protestar o título contra a 
recorrida não aceitante, tirou o protesto indevidamente contra pessoa que 
não poderia ser indicada em referido ato documental, praticando, assim, 
ato ilícito, devendo, pois, responder pelas consequências de seus atos; e a 
interrupção da prescrição pelo protesto do título não se dá em relação à 
dívida causal que originou a emissão da cártula. 16. Recurso especial 
desprovido. (Resp. 1.748.779/MG, Rel. Ministra Nancy Andrighi, Terceira 
Turma, julgado em 19/05/2020, DJe 25/05/2020) 
O aval 
 Aval é instituto típico e exclusivo dos títulos de crédito. 
 
 Trata-se de declaração cambiária por força da qual o seu 
 signatário garante o pagamento da soma cambiária. 
 
 Eventual e sucessiva 
 
 Art. 30 - O pagamento de uma letra pode 
ser no todo ou em parte garantido por aval. 
 
 Esta garantia é dada por um terceiro ou 
mesmo por um signatário da letra. 
 
 
38 
 Conceito de Aval 
 “Entende-se por aval a obrigação cambiária assumida por alguém 
no intuito de garantir o pagamento da letra de câmbio nas mesmas 
condições de um outro obrigado. É uma garantia especial, que reforça o 
pagamento da letra, podendo ser prestada por um estranho ou mesmo por 
quem já se haja anteriormente obrigado no título. 
 
 A pessoa que dá tal garantia tem o nome de avalista; aquela a 
quem ele se equipara, e por intermédio da qual é assumida a obrigação de 
pagar o título, denomina-se avalizado. Para assumir tal obrigação o avalista 
necessita ser capaz, como, aliás, deve acontecer com todos quantos se 
obrigam cambialmente. Mas se, dado o aval, posteriormente se descobre a 
incapacidade do avalista, esse fato não prejudica a letra de câmbio, em 
virtude do princípio da autonomia das obrigações cambiárias (Lei Uniforme, 
art. 7º).” (Martins, Fran. Títulos de crédito/Fran Martins. – 17. ed. rev., atual. e 
ampl. – Rio de Janeiro: Forense, 2016. ed. sob título “Letra de câmbio e nota 
promissória” ) 
39 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
40 
 
 
 
 “O aval é uma declaração cambiária, ainda que distinta da 
declaração do emitente ou do sacado ou do endossante. É uma 
promessa, formulada por um terceiro, de adimplir a obrigação avalizada, 
em lugar de seu emitente, independentemente de qualquer outro 
elemento, tais como condições, modos etc.; tais observações, se postas 
na cártula, devem ser tidas como não escritas, já que não há espaço 
jurídico para tanto. O avalista simplesmente prometer pagar. O Direito 
não se interessa pelos motivos que geram a dação da garantia; mas, 
habitualmente, é solidariedade moral que se transforma em 
solidariedade financeira. É ato jurídico benéfico e, por isso, interpreta-se 
de forma restritiva (artigo 114 do Código Civil): uma promessa de 
prestação, sem contraprestação; quem dá, nada recebe; o credor que 
dela se beneficia nada oferece ao garantidor. Apenas multiplica a 
proteção a seu crédito. (Mamede, Gladston Direito empresarial 
brasileiro: Títulos de crédito / Gladston Mamede. – 10. ed. rev. e atual. – 
São Paulo: Atlas, 2018.) 
 
 
Forma do Aval 
 
 Art. 31 - O aval é escrito na própria letra ou numa 
folha anexa. (alongamento) 
 
 Exprime-se pelas palavras "bom para aval" ou por 
qualquer fórmula equivalente; e assinado pelo dador do 
aval. (avalista) 
 
 O aval considera-se como resultante da simples 
assinatura do dador aposta na face anterior da letra, salvo 
se se trata das assinaturas do sacado (aceite) ou do 
sacador. (saque) 
 
 O aval deve indicar a pessoa por quem se dá. 
(avalizado) Na falta de indicação entender-se-á ser pelo 
sacador. 
41 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
42 
 
 
Art. 31 – (...) 
 
O aval deve indicar a pessoa por quem se dá. (aval em preto) Na falta de indicação entender-
se-á ser pelo sacador. (aval em branco) 
 
Aval em preto: indica o nome do avalizado no 
momento de prestar a garantia. 
Por aval a Maria 
 
Aval em branco: não indica o nome do avalizado no 
momento de prestar a garantia. 
Por aval 
 
Nesse caso, do aval em branco, a garantia é prestada 
em favor do sacador. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
43 
 
 
 
Aval sucessivo: Avalista garante outro avalista. 
Aval ligado a aval (aval de aval) 
 
 
Aval simultâneo: Avalistas garantem o mesmo 
devedor. Avalista não está ligado a avalista 
 
 
Súmula nº 189/STF: “Avais em branco e 
superpostos consideram-se simultâneos e não 
sucessivos". 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
44 
A B 
 
 C __ D __ E __ F 
 
 
 
 R M N 
 
 S 
 
Responsabilidade do Avalista 
 
 Art. 32 - O dador de aval (avalista) é responsável da 
mesma maneira que a pessoa por ele afiançada. (garantida) 
 
 A sua obrigação (do avalista) mantém-se, mesmo no 
caso de a obrigação que ele garantiu ser nula por qualquer 
razão que não seja um vicio de forma. 
 
 Se o dador de aval (avalista) paga a letra, fica sub-
rogado nos direitos emergentes da letra contra a pessoa a 
favor de quem foi dado o aval e contra os obrigados para 
com esta em virtude da letra. 
 
45 
 
46 
 
APELAÇÕES CÍVEIS - SENTENÇA ÚNICA - DUPLICIDADE DE 
RECURSOS MANEJADOS PELA PARTE RÉ - VIOLAÇÃO AO 
PRINCÍPIO DA UNIRRECORRIBILIDADE - AÇÃO DE EXONERAÇÃO 
DE AVAL - CONTRATO BANCÁRIO - FALECIMENTO DO 
TOMADOR DO EMPRÉSTIMO (AVALIZADO) - EXTINÇÃO DA 
GARANTIA - NÃO CABIMENTO - Considerando o princípio da 
unirrecorribilidade recursal, não se admite a interposição 
sucessiva de recursos contra o mesmo provimento jurisdicional. - 
O falecimento do avalizado, por si só, não exonera o avalista da 
obrigação decorrente do aval, porque essa garantia possui 
natureza objetiva, unilateral e cartular, e, por esse motivo, a 
responsabilidade do garante equipara-se a um dos 
coobrigados. (TJMG - Apelação Cível 1.0473.10.000493-5/001, 
Relator(a): Des.(a) Evandro Lopes da Costa Teixeira, 17ª Câmara 
Cível, julgamento em 02/07/2020, publicação da súmula em 
17/07/2020) 
 
 
 
47 
EMBARGOS À EXECUÇÃO. CERCEAMENTO DE DEFESA AFASTADO. NOTA 
PROMISSÓRIA. AVALISTA - EXCEÇÕES PESSOAIS DO DEVEDOR PRINCIPAL. 
DISCUSSÃO DA 'CAUSA DEBENDI'. IMPOSSIBILIDADE. DECISÃO MANTIDA. O aval 
é um instituto caracterizado pela autonomia, solidariedade e independência, razão 
pela qual não pode o avalista opor exceções pessoais do devedor principal, 
sendo-lhe vedado a discussão da 'causa debendi' do negócio jurídico subjacente, 
salvo o caso de defeitos formais do título e falta de requisitos para a propositura 
da ação cambial. Se o avalista não pode alegar em sua defesa exceções pessoais 
do devedor principal não há que se falar que o indeferimento do pedido de 
expedição de ofício à Receita Federal e ao BEMGE cerceou seu direito de defesa, 
já que tal prova, além de não ser necessária ao deslinde da demanda,e se fosse o 
caso só beneficiaria o emitente das cártulas. (TJMG - Apelação Cível 
1.0672.04.137728-0/001, Relator(a): Des.(a) Sebastião Pereira de Souza, 16ª Câmara 
Cível, julgamento em 20/02/2008, publicação da súmula em 07/03/2008)

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