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Pirometalurgia Braulio Viegas braulioviegas@yahoo.com [31] 8395-2235 CMT01083A 1 Introdução [Revisão de conceitos, princípios termodinâmicos ,...] 2 Produção de Óxidos Metálicos 2.1 Ustulação de Sulfetos Metálicos 2.2 Processos de Calcinação 3 Processamento de óxidos metálicos para produção do metal 3.1 Processos de redução – produção do metal sólido 3.2 Produção de metais voláteis 3.3 Fusão redutora – produção de metais em fase líquida 3.4 Processos de Conversão 4 Processos Especiais 4.1 Produção de metais por eletrofusão 4.2 Processos de Cloração Tópicos Avaliações Avaliação 1 Avaliação 2 Seminário Exercícios 2ª Oportun. Pirometalurgia Observações: 1. Avaliações Sem consulta, prova individual, permitido uso somente de calculadora. 2. Seminário Trabalho em grupo sobre um determinado metal ( similar ao PI) [Avaliação do professor e de outros alunos] 3. Exercícios A lista exercícios contemplará exercícios de todo conteúdo [entregar em dupla]. Objetivos Conhecer várias técnicas, processos e operações utilizados na extração de metal e refino. Aplicar o conhecimento fundamental de um reator e seu respectivo fluxo de processo. Ser capaz de selecionar corretas rotas de processo, reatores e ser capaz de otimizá-las e controlá-las. Introdução Processamento Metalúrgico EconomiaAnálise Instrumental ComputaçãoInstrumentação Engenharia Química Engenharia de Materiais Do Minério ao Metal 1. Óxidos Fe2O3, TiO2, Cu2O, ZnO 2. Sulfetos PbS, SnS, ZnS, CU2S, Ni2S2 3. Sais Oxidados [Silicatos, Carbonatos, Sulfatos,... ] CaCO3, ZrSiO3 4. Forma Nativa Au, Ag, Pt O seguinte quadro mostra a ocorrência química dos metais na crosta terrestre. Em relação a ocorrência e quantidade, os grupos mais importantes são os óxidos e sulfetos. Exceto os metais preciosos, a ocorrência dos metais é na forma combinada. Do Minério ao Metal A – Operações unitárias A A A Processamento de Minerais Do Minério ao Metal Hidrometalurgia : que envolve os uso de soluções aquosas, seja água,soluções ácidas/alcalinas ou também reagentes orgânicos líquidos. Pirometalurgia: que estuda as reações de extração em altas temperaturas, as que se processam em fornos abertos ou fechados. Eletrometalurgia: que estuda is fenômenos e reações que se processam nas soluções aquosos devido a passagem de energia elétrica. Vapometalurgia: que envolve a transformação de diversos compostos metalúrgicos em vapores metálicos que logo podem ser condensados de forma pura. Processos de Extração e Recuperação Processos de Extração e Recuperação Projetos Metalúrgicos Os metalurgistas devem se preocupar em responder: A. Que mudanças químicas são esperadas no processo? Fundamentos de termodinâmica e termoquímica metalúrgica B. Com que velocidade estas mudanças irão ocorrer? Auxilio de leis e modelos de cinética química e metalúrgica Termodinâmica – Os princípios termodinâmicos podem ser usados para determinação das variáveis de operação que devem prevalecer durante a produção dos metais pela via pirometalúrgica. a. Os calores liberados ou absorvidos durante os processos b. A ocorrência espontânea das reações pirometalúrgicas c. A extensão das reações que as processam dentro de reatores. 1. Reações do tipo aA + bB = sS +rR ; o calor ou entalpia da reação mostra se ela é de caráter endo ou exotérmico, indicando se o processo libera ou absorve calor. 2. O segundo ponto da termodinâmica é elucidado através da determinação da energia livre do sistema, que representa para um processo a pressão constante, a quantidade de trabalho útil realizado sobre ou sistema. O valor negativo ou positivo, indica se a reação é espontânea no sentido frontal ou inverso. Cinética – envolve o estudo dos fatores que influenciam as taxas de consumo e/ou produção de produtos metálicos. 1. Do ponto de vista fisico-quimico, auxilia o entendimento de como as ligações quimicas são formadas e qeubradas obtendo-se informações sobre as energias envolvidas. 2. Para o engenheiro de projetos, as informações cinéticas auxiliam nos projetos do fornos e reatores metelúrgicos (dimensões, produções, consumos,...) 3. Fornece teorias sobre fenomenos de dissolução, combustão, cristalização,precipitação,...,tranferência de calor e transporte de massa. Projetos Metalúrgicos Extração Pirometalúrgica Os processos pirometalúrgicos podem ser estudos a partir de dois pontos de vista: aspectos de engenharia e aspectos químicos. Os aspectos de Engenharia pirometalúrgica podem ser agrupados em seis categorias de processos e/ou operações unitárias: 1. Transferência de calor 2. Separação gás-sólido 3. Compactação de pós 4. Oxidação de fases sólidas 5. Oxidação de fases fundidas 6. Reações metalotérmicas Extração Pirometalúrgica Extração Pirometalúrgica Os aspectos químicos da produção de metais através de métodos pirometalúrgicos, podem ser nos três grupos mostrados ao lado. Extração Pirometalúrgica Tratamento Preliminar – os tratamentos preliminares do material que serve de alimentação para o processo, normalmente a matéria-prima + reagentes + resíduos contendo o valor metálico, são realizados com objetivo de quebrar a estrutura densa ou compacta dos materiais obtendo-se um produto que é de mais fácil tratamento, seja por métodos físicos ou químicos. Separação de Metais– envolve a liberação de metais a partir dos compostos presente na matéria prima. Isto normalmente é realizado aplicando processos de redução ou conversão, e em menor extensão através da oxidação e decomposição térmica. Nesta etapa o metal pode ser produzido na forma sólida , na forma líquida metálica ou na forma de vapor metálico. Refino de Produtos – é um passo importante para a obtenção de produtos finais com qualidade e pureza comercial. A liberação total dos metais nesta fase final, depende do grau de liberação do metal na matéria prima inicial. O produto refinado geralmente contém 99,99% dd metal. Pirometalurgia Não-ferrosa Controle Ambiental na Indústria Metalúrgica Visão Geral da Metalurgia Integrada na produção e processamento de óxidos metálicos Definição A Pirometalurgia pode ser definida como sendo o processamento (extração e purificação) de metais a “altas” temperaturas. Essas temperaturas estão, em geral, acima de 400 ºC. As operações pirometalúrgicas não incluem reações com soluções aquosas, que são tratadas em Hidrometalurgia, nem reações eletrolíticas, que são objetos de eletrometalurgia. Método utilizado para extração: Ferro Cobre Prata Ouro Niquel Introdução - Níquel Introdução - Cobre Termodinâmica – Viabilidade do Processo A energia livre é definida com a diferença entre o conteúdo de calor e a energia ligada ao sistema ∆G = ∆H - T ∆S ∆G = (-) Processo ou reação espontâneos ∆G = 0 Processo ou reação em equilíbrio ∆G = (+) Processo ou reação não-espontâneos Termodinâmica dos Processos em equilíbrio Num sistema em equilíbrio, todos os pontos possuem a mesma temperatura e pressão, portanto ∆P= 0 ; ∆T= 0, ∆Geq = 0 Relações nas condições Padrão As condições padrão envolvem os seguintes critérios para sólidos puros, líquidos e gases: a (s) = 1 C (l) = 1 mol/L p (g) = 1 atm se estas condições se cumprem, as relações termodinâmicas podem ser escritas no estado padrão: ∆G� = ∆H� - T ∆S� Termodinâmica dos Processos em equilíbrio Sendo assim: ∆G = ∆G. + RT ln Q Considerando a reação: A + B C + D Temos que: Q = aC * aD / aA * aB onde a = atividade dos componentes da reação. Se estão na forma liquída ou gasosa, a atividade deve ser substituída por concentração ou por pressão parcial Termodinâmica dos Processos em equilíbrio Para um processo em equilíbrio ∆G = 0 Demonstrar ..... Problema exemplo 1 Um dos processos de obtenção do Mg metálico, ou vias pirometalúrgicas envolve a redução do óxido usando Si como redutor.Se a temperatura de processamentoé definida como 1.200�C, determinar em que condições a reação será viável. A reação de redução do óxidos é a seguinte; 2 MgO(s) + Si(s) 2 Mg(v) + SiO2(s) ∆G. = 65.000 cal/mol Resposta: pmg = 1,5 x 10-5 atm Problema exemplo 2 Determinar o valor de Keq que caracteriza o processo de oxidação do gás metano por meio de vapor de água na temperatura ambiente. A reação entre o metano e o vapor de água é seguinte: CH4(g) + H2O(v) CO(g) + 3 H2(g) Dados necessários para resolução do problema Resposta: Keq = 1,15 x 10-25 Constante de Equilíbrio - Keq Substância H� (298)[Kcal/mol] S� (298)[cal/mol] CH4 (g) - 17,89 44,50 CO (g) - 26,40 47,30 H2 (g) 0,00 31,20 H2O (v) -57,80 45,10 A constante de equilíbrio é função exclusiva da temperatura. Para calcular o valor de Keq a uma dada temperatura é necessário ter o valor de ∆G. naquela temperatura. Ustulação Ustulação Aquecimento de sulfetos metálicos em presença de ar, a temperaturas inferiores às temperaturas de fusão das fases condensadas envolvidas, com o objetivo de se obter óxidos e SO2 e, eventualmente, sulfatos, metais ou óxidos complexos A(s) + B(g) = C(s) + D(g). Ustulação ① A transformação química de um sulfeto num outro composto que seja susceptível a tratamentos posteriores para consequente obtenção final do metal. Neste sentido a ustulação é uma operação de preparação do material; ② A geração de energia térmica através das reações exotérmicas; ③ A obtenção de um gás que possa ser aproveitado posteriormente na fabricação de ácidos inorgânicos; ④ A produção de um metal ou composto volátil que possa ser posteriormente condensado e obtido de forma pura; ⑤ A volatilização de certas impurezas contaminantes dos minérios (Remoção de óxidos voláteis de As e Sb); Objetivos Ustulação Porque utilizar a ustulação? os sulfetos são de difícil redução pelo carbono ou pelo H2; Os sulfetos dos dois elementos (CS2 e H2S) são instáveis; 2 PbS + 3 O2 2 PbO + 2 SO2 PbO + C Pb + CO Ustulação – Classificação dos processos Ustulação Oxidante conhecida também como ustulação completa ou ustulação à morte [dead roasting]. A reação geral é representada como: MS(s) + 3/2 O2(g) MO(s) + SO2(g) O determina a oxidação total dos sulfetos presentes no minério ou concentrado é o tempo de residência da carga no reator. A importância desta reação é decorrente do fato de que um calcinado formado unicamente por óxidos, susceptível a tratamentos posteriores, para obtenção do metal. Empresa Votorantim Metais Ustulação Ustulação Sulfatante O objetivo é a obtenção do produto final na forma de sulfatos. Contém pequenas quantidades de óxidos e até mesmo sulfetos sem reagir. A reação geral é representada como: MS(s) + 2 O2(g) MSO4(s) Começa em temperaturas mais baixas que a ustulação oxidante, com energia livre altamente favorável. Ex: Calcinados que contém unicamente CuSO4 podem ser obtidos só em temperaturas abaixo de 730�C. Entre 730�C e 735�C há formação do oxi-sulfato CuO.CuSO4. Ustulação Cloretante Ustulação Transformação de sulfetos em Cloretos, num ambiente oxidante em presença do elemento Cl Decomposição do sulfeto em presença de gás de Cl2 MS(s) + Cl2(g) + O2(g) MCl2(s) + SO2 (g) Decomposição do sulfeto em presença de gás Clorídrico MS(s) + 2HCl(g) + 3/2 O2(g) MCl2(s) + H2O(g) + SO2(g) Os calcinados da ustulação cloretante são geralmente lavados ou lixiviados com soluções diluídas de HCl. Ustulação Ustulação Volatizante Baseia-se na promoção da formação de compostos voláteis. Pode envolver operações de concentração e recuperação dos metais de interesse ou simplesmente purificar os materiais. Exemplos mais comuns (recuperação de Sb e As na forma de vapores oxidados): P/ T entre 300�C a 550�C Sb2S3(s) + 9/2 O2(g) Sb2O3(s) + 3 SO2(g) Sb2O3(s) ↔ Sb2O3(s) T > 218%C Esta técnica é utilizada na separação de impurezas de Fe e Si, que são contaminantes comuns dos minérios não ferrosos. Ustulação Ustulação – Métodos e Reatores Ustulação Mecânica Ustulação Ustulação em Suspensão (Flash Roasting) Ustulação Ustulação Sinterizante (Blast Roasting) Ustulação Ustulação Leito Fluidizado Ustulação Com a ustulação, procura-se transformar sulfetos em óxidos: MeS + 1,5 O2 = MeO + SO2 ou em sulfatos: MeS + 2 O2 = MeSO4; e, também, óxidos em haletos: MeO + 2 Cl2 = MeCl4 + 0,5 O2. A - Reação básica da ustulação “ a óxido” B - Reação básica da ustulação “sulfatante”. C – Ustulação “cloretante” (halogenação). Ustulação Problema exemplo 3 Para a produção de óxidos de cobre de um concentrado que contém 62% de Cu2S são ajustadas as seguintes condições de operação num reator de leito fluidizado: 150% de ar em excesso, T=600�C e PT=1,3 atm. Deseja-se determinar a viabilidade da oxidação destes concentrados e predizer o compostos estável no calcinado final. Supor que os gases tem uma composição marginal de 1% de SO2. Resp: ∆G = - 61670 cal/mol Ustulação Equilíbrio de fases gasosas em processos de ustulação: SO2 (g) + ½ O2 (g) SO3 (g) Para esta reação a energia livre padrão: ∆ G padrão = - 22.600 +21,36 T Se a reação é considerada equilíbrio, então: ∆G = ∆G� + RTln Q = 0 (zero) onde ; Q = Pso3 / Pso2 x (Po2)1/2 Substituindo, teremos T= 785 ºC T < 785 º C o componente estável é SO3 (g) T > 785 ºC o componente So2 será o mais estável Ustulação Exercício: (a) Deseja-se calcular a composição de equilíbrio da mistura gasosa (SO2/SO3/O2) a uma temperatura igual a 800ºC usando reatores industriais a Pt=1 atm. (b) Indicar como serão afetadas as concentrações de equilíbrio se a temperatura de operação decresce acidentalmente até 740ºC. (c) Como será afetado o equilíbrio se o processo é realizado num reator que opera a Pt= 10 atm e T=800ºC? Ustulação Representação Gráfica da Estabilidade Termodinâmica dos compostos As condições necessárias para a formação dos diversos produtos de um processo de ustulação podem ser determinados através de análises e estudo de diferentes interrelações de equilibrio num sistema que contém metal, M, S e O2. Uma vez ajustados a temperatura e pressão total de operação, o calcinado estará composto, no máximo por duas fases sólidas em equilíbrio com a fase gasosa. A estabilidade realtiva dos diferentes compostos que são formados nos sistemas de ustulação pode ser ilustrado através de linhas e campos de equilibrio nos diagramas de ∆G /T e = ∆G� /T. Contudo, uma das formas mais práticas de representar a estabilidade termodinâmica das diversas fases existentes num sistema de ustulação, é através de um diagrama bidimensional onde as coordenadas são as pressões parcias dos gases reagente e produto. Ustulação Representação Gráfica da Estabilidade Termodinâmica dos compostos Esses diagramas, chamados de área predominante, foram inicialmente propostos por Kellogg e Basu e são conhecidos como Diagramas de Kellogg. A construção desses diagramas requer o estabelecimento dos diferentes equilíbrios existentes nos sistemas M-S, M-O2 e M-S-O2. A construção é feita por uma temperatura constante, sendo portanto conhecidos os valores das constantes de equilíbrio. Exemplo; MS(s) + 3/2 O2 (g) MO(s) + SO2(g); Para uma temperatura constante T1 e para compostos sólidos puros pode-se anotar: Keq = [PSO2/(PO2)3/2] ln Keq = lnPSO2- 3/2 ln PO2 lnPSO2 = ln Keq + 3/2 ln PO2 Ustulação Representação Gráfica da Estabilidade Termodinâmica dos compostos 1. Diagrama lnPSO2 versus ln PO2 2. A inclinação representa o limite termodinâmico entre MS / MO. 3. Os eixos das abscissas e ordenadas definem os potenciais de oxidação e sulfetação. Ustulação Diagrama de áreas de predominância (Diagrama de Kellog) Ustulação Localizar os campos de estabilidade para os sulfetos CuS e Cu2S e o sulfatos CuSO4 em função de PSO2 e PO2 para um reator que opera a 950 K e 1 atm de pressão. Ustulação Um diagrama completo deve mostrar oscampos correspondentes a todas as fases condensadas do sistema, isto inclui o metal, óxidos, sulfetos, sulfatos e oxi- sulfatos. Ustulação Quando os minérios ou concentrados estão formados por sulfetos de dois ou mais metais diferentes é geralmente desejável a separação destes compostos através de um processo de ustulação sulfetante seletiva. Nas aplicações industriais, geralmente o metal desejado é seletivamente sulfetado ao passo que os outros compostos (impurezas) são transformados em óxidos. Como a maior parte dos sulfatos metálicos comuns são solúveis em água (salvo poucas exceções), a separação entre as fases oxidada e sulfatada é realizada através de uma simples lavagem do calcinado seja com água fria ou aquecida a 80oC. Ustulação Sulfetante Seletiva Ustulação Tratamento de Concentrados Sulfetados de Fe e Cu aplicando Ustulação Sulfetante Seletiva Ustulação Exercícios Postula-se que o fluxograma ilustrado na figura acima pode ser também aplicado à separação de Zn e Fe a partir de concentrados sulfetados piriticos (FeS2), Contendo ZnS. O processo basicamente envolve a sulfatação seletiva dos sulfetos de Zn e a oxidação das impurezas de Fe a Fe2O3, num reator que opera a 1 atm sob uma atmosfera que contém 19%O2 – 2%SO2. Logo após, a separação e recuperação do Zn é realizada por lavagem-purificação-eletrorecuperação tal como mostrado na figura 4-15. Deseja-se determinar em que faixa de temperaturas deverá se operar para conseguir um calcinado adequado para tratamentos de separação. Ustulação Ustulação Magnetizante O processo de ustulação magnetizante é aplicado a minérios ou concentrados que contém sulfetos ou óxidos de Fe como contaminantes principais. O objetivo é a formação de um composto magnético de Fe que possa ser separado magneticamente, liberando desta maneira os metais nobres na fração não magnética. Separação do Fe de Metais mais nobres aplicando Ustulação Magnetizante Redução de Óxidos Metálicos Um grande número de metais são produzidos a partir de minérios ou concentrados oxidados. Exemplos típicos são o ferro, o cromo, o manganês e o Estanho os quais são obtidos quase exclusivamente a partir desses materiais. Em outros casos, como por exemplo, na metalurgia do Zinco e do Chumbo os óxidos são obtidos inicialmente por um processo prévio de ustulação dos materiais sulfetados e logo reduzidos para a subsequente extração do metal. No entanto o tratamento do óxido não é necessariamente a redução. Existe uma categoria de óxidos que podem ser submetidos a uma simples decomposição térmica para a obtenção do metal. Neste grupo estão óxidos tais como os de Ag, Pt, e Pd cujos esquemas de decomposição são dados na tabela seguinte: Reações de Decomposição de Óxidos Especiais Reação de Decomposição Temperatura de Decomposição (0C) 2 Ag2O(s) = 4 Ag(s) + O2(g) > 200 2 PtO(s) = 2 Pt(s) + O2(g) > 500 2 PdO(s) = 2 Pd(s) + O2(g) > 900 Redução de Óxidos Metálicos Existe uma diversidade de critérios usados para classificar os processos de redução; assim pode-se considerar a natureza das matérias primas ou dos produtos finais, etc. Porém os processos de redução são normalmente classificados segundo a natureza do agente redutor usado. Os redutores usados industrialmente podem ser agrupados em duas categorias: os redutores sólidos e os redutores gasosos. Classificação dos Processos de Redução Redução de Óxidos Metálicos Assim se tem o processo de redução carbotérmica onde o agente redutor é o carbono. Em temperaturas elevadas de redução este processo é representado pela reação geral seguinte: MO(s) + C(s) = M(s) + CO(g) Onde M representa um metal bivalente sendo que o redutor pode estar no estado puro ou como coque, carvão vegetal, etc. Em temperaturas de redução usualmente abaixo de 700 0C, onde o gás CO2 é mais estável do que o CO, a reação de redução é representada por : 2MO(s) + C(s) = 2M(s) + CO2(g) Redutores Sólidos (Carbotérmica) Redução de Óxidos Metálicos Durante a redução metalotérmica alguns óxidos são reduzidos devido à ação redutora de certos metais que formam óxidos mais estáveis. Para dois metais bivalentes M e Me a redução metalotérmica do óxido MO pode ser representada como: MO(s) + Me(l,v) = MeO(s) + M(s) Onde o óxido MeO é mais estável que o óxido MO. Observe que a redução metalotérmica é promovida só quando o metal redutor está na forma líquida ou como vapor, uma vez que não existe cinética favorável para redução com metais no estado sólido. Redutores Sólidos (Metalotérmica) Redução de Óxidos Metálicos Redutores Gasosos O processo de redução gasosa pode ser realizado usando gases puros como o CO e o H2 ou então misturas de gases redutores. As reações de redução gasosa mais importantes são as duas seguintes: MO(s) + CO(g) = M(s) + CO2(g) (6-7) MO(s) + H2(g) = M(s) + H2O(g) (6-8) Onde usualmente o metal M não é obtido puro, mas formando parte de uma fase sólida. Existem outros gases redutores de menor importância industrial os quais serão estudados posteriormente. Redução de Óxidos Metálicos Termodinâmica dos Processos de Redução Uma série de parâmetros termodinâmicos podem ser utilmente aplicados para analisar as possibilidades de ocorrência e outros aspectos dos processos de redução. Entre os aspectos principais de particular interesse e importância teórica pode-se listar os seguintes: • Determinação das condições necessárias para que as reações de redução sejam viáveis ou procedam espontaneamente; • Métodos ou formas de representação gráfica das diversas condições existentes durante um processo de redução; • Condições de equilíbrio na forma gasosa; • Determinação da extensão máxima das reações de redução; • Determinação das condições termodinâmicas necessárias para promover a redução seletiva de um ou mais óxidos a partir de uma mistura de óxidos metálicos. Redução de Óxidos Metálicos Os parâmetros termodinâmicos usados para expressar a viabilidade ou espontaneidade das reações de redução são a variação da energia livre de Gibbis nas condições padrão, ∆G0. Viabilidade de uma reação de Redução Redução de Óxidos Metálicos a) Determinar se a redução de MnO(s) pelo Carbono procede espontaneamente a 12000 C nas condições padrão; Resposta: não é viável b) Se a não for positivo, determinar as condições de trabalho para tornar a redução viável. Resposta: Keq = pco / ac = 0,052 (a) Se no processo for usado carbono grafitico (a=1) tem-se que pco = 0,052 atm e segundo a lei de chatellier pode se deduzir que pco < 0,052 atm. (b) se o agente redutor for o coque, antracito ou carvão impuro (a < 1 ) terá que pco < 0,052 atm. Exercícios – Redução carbotérmica de MnO Redução de Óxidos Metálicos Entre os diagramas mais usados para determinar a estabilidade relativa dos óxidos e as condições de redutibilidade têm-se os diagramas ∆G0/T e ∆G/T ou diagramas de Ellingham . ∆G0/T é um diagrama nas condições padrão, uma vez conhecidos a pressão de operação dos reatores e a composição do ambiente do processamento, as diferentes condições de redução, por exemplo a temperatura mínima de redução, podem ser projetadas num diagrama ∆G vs T. Através dos diagramas AG/T podem ser definidas as condições de redução seletiva ou preferencial dos diferentes óxidos em ambientes que estão compostos por misturas gasosas. Diagramas de Estabilidade Termodinâmica Redução de Óxidos Metálicos Diagramas de Estabilidade Termodinâmica ln (aRO/aR) = B – A R RT log (pRO/pR) = B – A R RT Quando R e RO são gases, se tem: - RT ln lnpo2 = A - BT MO (s) + R (g,s) = M (s) + RO (s,g) Redução de Óxidos Metálicos Diagrama Combinado Ellingham-Pourbaix para o Sistema Ta/C/O Redução de Óxidos Metálicos Exercícios – Diagrama Combinado para o Sistema Ta-C-O Composto ∆G0 = f(T) (cal/mol) Ta2O5(s) -480.000 + 96,5 T Ta2C(s) -47.000 + 0,5 T TaC(s) -35.600 + 1,6 T CO(g) -26.760 – 21,0 T CO2(g) 94.260 – 0,3 T Analisar os dados da seguinte tabela: Para calcular através de um diagramacombinado – RTInPo2 / T (Conforme figura): a) A equação da linha que representa o equilíbrio gás-sólido entre as fases Ta2O5/TaC/C, linha R. b) A equação da linha que representa a influência de pco = 10-4 atm no campo Ta2O5 – C, linha S Redução de Óxidos Metálicos Para calcular através de um diagrama combinado – RTInPo2 / T (Conforme figura): a) A equação da linha que representa o equilíbrio gás-sólido entre as fases Ta2O5/TaC/C, linha R. Resposta: - RTlnpo2 = 163.520 -37,3 T b) A equação da linha que representa a influência de pco = 10-4 atm no campo Ta2O5 – C, linha S Resposta: - RTlnpo2 = 53.520 -78,6 T Redução de Óxidos Metálicos Resposta do exercício Redução de Óxidos Metálicos Redução Carbotérmica De acordo com o diagrama de Ellingham para formação de óxidos são usadas temperaturas suficientemente elevadas, qualquer óxido metálico pode ser reduzido com C segundo a reação geral: MO(s) + C(s) = M(s) + CO(g) Diagrama de Ellingham Redução de Óxidos Metálicos Redução de Óxidos Metálicos Estabilidade Relativa dos Componentes do Sistema Carbono – Oxigênio. Redução de Óxidos Metálicos Estabilidade Relativa dos Componentes do Sistema Carbono – Oxigênio. Na figura acima existe uma região térmica de estabilidade relativa do gás CO em relação ao gás CO2. Isto pode ser analisado usando o ponto A como a referência que marca a temperatura de interseção dos equilíbrios indicados pelas reações 2-38 a 2-39. C(s) + O2(g) = CO2(g) ∆G0 = - 94074 – 0,49 T (2-37) 2C(s) + O2(g) = 2CO(g) ∆G0 = - 53680 – 41,70 T (2-38) 2CO(g) + O2(g) = 2CO2(g) ∆G0 = - 134468 + 40,72 T (2-39) Para o ponto A ∆G0(a) = ∆G0(b), Logo: -94074 – 0,49 TA = -53680 -41,70 TA T A = 980 K = 7070C Assim, é possível afirmar que o Ponto A indica que para temperaturas menores que 707 0C e para uma pressão parcial de O2 igual a 1 atm, o gás estável é o CO2. Redução de Óxidos Metálicos Estabilidade Relativa dos Componentes do Sistema Carbono – Oxigênio. Durante a redução carbotérmica, quando a temperatura mínima de redução aumenta até valores acima de 18000C o custo do processamento aumenta substancialmente. Isto é principalmente devido à necessidade de utilizar refratários compatíveis com estas temperaturas e também à crescente reatividade dos metais com o ambiente dos fornos, resultando assim, em crescentes problemas de contaminação. Por estas razões, os principais óxidos metálicos reduzidos com C são os de Fe, Mn, Cr, Sn e Zn. Redução de Óxidos Metálicos O Equilíbrio C/CO/CO2 Como o processo de redução carbotérmica é geralmente realizado em presença de excesso de C, o equilíbrio de redução para uma temperatura dada estará regulado pela reação de Boudouard para a qual: C(s) + CO2(g) = 2CO(g) ∆G° = 40394 – 41,21T Para condições padrão em que ac = 1, pco = pco2 = 1 atm, obtêm-se no equilíbrio: ∆G = ∆G° = 40394 – 41,21Teq = 0 Logo: Teq =40394/41,21 = 980 k = 707 ° C Este resultado indica que CO e CO2, cada um a uma pressão igual a 1 atm (PT = 2atm), estão em equilíbrio com C puro a uma temperatura igual a 707 ° C. Redução de Óxidos Metálicos O Equilíbrio C/CO/CO2 Utilizando o gráfico ilustrado na figura anterior, pode-se chegar as seguintes conclusões: • Para temperatura de operação igual a 707oC obtém-se que - ∆G� (a) = - ∆G� (b) = - ∆G� (c) e C, CO e CO2 estão em equilíbrio a PT = 2 atm. • Para Top < Teq = 707oC por exemplo a temperatura Ta, - ∆G� (c) > - ∆G� (a) > - ∆G� (b) o qual indica que o CO(g) é o redutor preferencial e CO2(g) o produto gasoso mais estável. •Para Top > Teq = 707oC por exemplo a temperatura Tc1, - ∆G� (b) > - ∆G� (a) > - ∆G� (c) indicando que o C(s) é o redutor preferencial e CO(g) o produto gasoso mais estável. Redução de Óxidos Metálicos O Equilíbrio C/CO/CO2 A redução carbotérmica de óxidos metálicos é termodinamicamente favorável, em comparação com a redução com o CO só em temperaturas superiores a 707 ° C. Um aspecto associado com a interação entre misturas CO/CO2 e quantidades de C(s) em excesso é o cálculo das composições de equilíbrio que predominam no sistema. Estas são dependentes tanto da temperatura de operação quanto da pressão total à qual são submetidos os reatores. Redução de Óxidos Metálicos Exercícios – Composição de Equilíbrio da Fase Gasosa no sistema C-O Calcular a composição da mistura gasosa no sistema C-O nos seguintes dois reatores: a)Um forno vertical aberto com leito de carbono grafítico a 707oC através do qual circula uma corrente de O2 puro (esquema a); Resposta: 61,8% CO – 38,2% CO2 b) Um reator vertical fechado com leito de grafite na mesma temperatura no qual o O2 é evacuado até se atingir uma pressão igual a 0,05 atm (esquema b). Resposta: 96% CO – 4% CO2 Redução de Óxidos Metálicos Representação Gráfica da Redução Carbotérmica O uso dos diagramas de Ellingham na representação gráfica dos processos de redução é de aplicação limitada em função das linhas serem traçadas só para as condições que envolvem o estado padrão. Por outro lado, diagramas ln (aRO/aR) vs. 1/T podem ser convenientemente usados para representar não só processos de redução carbotérmica, mas também reações de redução em geral. (Eq. 1) ln (pco/ac) = B – A R RT De acordo com a reação geral de redução carbotérmica pode-se identificar o reagente R como sendo o carbono e o produto RO o gás CO; portanto a equação acima pode ser escrita da seguinte forma: (Eq. 2) ln pco = B – A R RT Redução de Óxidos Metálicos Representação Gráfica da Redução Carbotérmica As duas equações acima poder representadas em diagramas ln pco vs 1/T para diferentes valores de ac. Normalmente como o tipo de C redutor usado é o mesmo durante o processo, uma vez calculado o valor de sua atividade, este pode ser inserido na primeira equação e pode também ser representada da seguinte forma: (Eq. 1a) ln pco = B – A + ln ac R RT Redução de Óxidos Metálicos Redução Carbotérmica de PbO Um caso particular na redução carbotérmica de óxidos metálicos é o caso do óxido de chumbo. A reação de redução pertinente é: 2PbO(s) + C(s) = 2Pb(s) + CO2(g) (1.1) Para a qual se tem ∆G� = 8974 – 47,13 T; logo se pode encontrar que para uma pressão de CO2 igual a 1 atm a temperatura de equilíbrio está em torno de 190 k. Isto indica que a produção de Pb(s) é teoricamente possível em temperaturas muito baixas. Redução de Óxidos Metálicos Redução Carbotérmica de PbO No entanto embora a termodinâmica da reação (1.1) seja muito favorável, devido a condições cinéticas as temperaturas de operação industrial devem estar em uma faixa mínima entre 500 e 600� C. Por outro lado, a temperatura de fusão do Pb é 327�C e em temperaturas cineticamente favoráveis o processo implica a produção de uma fase de metal líquido. Esse processamento é realizado em fornos de cuba ou altos fornos e a operação é chamada de fusão redutora. Redução por Meio de Gases Redução de Óxidos com CO(g) A redução de óxidos metálicos usando o gás CO como redutor é expressa pela reação geral: MO(s) + CO(g) = M(s) + CO2(g) A forma provável da equação que expressa a variação da energia livre para pressão constante , em função da temperatura, será ∆G� = -/+ A – BT. Logo, considerando-se que RO = CO2 e R = CO, para os óxidos mais estáveis, a equação geral assumirá a forma: ln (Pco2/Pco) = B - A R RT Igualmente para os óxidos menos estáveis, localizados na parte superior do diagrama de Ellinghan, se tem: ln (Pco2/Pco) = B + A R RT Redução por Meio de Gases Redução por Meio de Gases Redução por Meio de Gases (CO) Tanto os óxidos quanto os metais coexistem como fases condensadas (a=1) e nestas condições, a relação gasosa CO2/CO é uma função da temperatura com valores definidos para cada ponto térmico. A relação gasosa CO2/CO varia desde um valor igual a 105 para redução de óxidos tais como Cu2O e PbO até valores iguais a 10-5 ou menos para redução de óxidos estáveis como MnO e SiO2. Valores ainda menores podem ser calculados para a Redução de Al2O3. Diagrama log (pCO2/pCO)/T-1 pararedução de óxidos metálicos com gás CO Redução por Meio de Gases (CO) A redução do Zn é um caso especial. Em temperaturas baixas a redução procede com a formação de Zn(l) e é uma função unicamente de temperatura. ZnO(s) + CO(g) = Zn(l) + CO2 (g) Em temperaturas elevadas a redução procede com a formação do vapor de Zn segundo a reação: ZnO(s) + CO(g) = Zn(v) + CO2 (g) Diagrama log (pCO2/pCO)/T-1 para redução de óxidos metálicos com gás CO Demonstrar a equação de ln (pCO2/pCO) em função de T) Redução por Meio de Gases (CO) Nesta equação a relação gasosa CO2/CO não depende somente da T, mas também da pressão parcial de Zn(v). A linha ZnO/Zn(v) é traçada para pZn = 1 atm. Esta curva intercepta a curva ZnO/Zn(l) exatamente a 907ºC, que é a temperatura de vaporização do Zn. Para valores maiores ou menores de que pZn = 1 atm, a curva será deslocada para baixo ou para cima, respectivamente. Diagrama log (pCO2/pCO)/T-1 para redução de óxidos metálicos com gás CO Redução por Meio de Gases (CO) Na figura é traçada a curva que representa a reação de boudouard: 2 CO(g) = C(s) + CO2 (g) ∆G� = -40394 + 41,21T A linha ZnO/Zn(v) é traçada para pZn = 1 atm. Neste caso a relação de CO2/CO é dada em função da T e pCO, por tanto a PT = pCO+pCO2, sendo PT = 1 atm. Para valores maiores ou menores de que pT, a curva será deslocada para baixo ou para cima, respectivamente. Diagrama log (pCO2/pCO)/T-1 para redução de óxidos metálicos com gás CO Demonstrar a equação de pourbaix para esta reação. Redução por Meio de Gases (CO) As reações MO(s) + CO(g) = M(s) + CO2(g) 2 CO(g) = C(s) + CO2 (g) tomam lugar quando a reação ocorre em presença de C(s), portanto a temperatura marcada pela interseção das curvas que representam estas reações, se produzirá o equilibrio de MO, M e C. EX: Cr2O3 , Cr e C estão em equilibrio com atmosfera de pco + pco2 = 1 atm, em torno de 1265ºC (pto A). Isto indica que o Cr2O3 poderá ser reduzido pelo C(s) só a T>1265ºC. E as curvas dos óxidos dos metais nobres (Cu2O, NiO, PbO)???? Diagrama log (pCO2/pCO)/T-1 para redução de óxidos metálicos com gás CO Redução por Meio de Gases (H2) A redução pelo óxido de hidrogênio é industrialmente menos importante do que a redução carbotérmica ou pelo CO. No entanto, H2(g) é usado como redutor sob certas condições. A reação de redução é expressa pela seguinte equação MO(s) + H2(g) = M(s) + H2O(g) Na qual o equilíbrio na fase gasosa é dado: H2(g) + ½ O2(g) = H2O(g) Para qual ∆G° = -58850 + 13,12T Demonstrar as curvas de pourbaix para a redução de óxidos metálicos com o gás H2 Equilíbrio da relação de gases pH2O/pH2 como função do inverso da temperatura para a redução de vários óxidos. Redução por Meio de Gases (H2) Dados utilizados na construção do diagrama de Pourbaix para as devidas reações. Redução por Meio de Gases (H2) Produção industrial do Tungstênio O processo de produção industrial de W é um exemplo que ilustra a aplicação da redução com o gás H2 no processamento comercial de minérios e concentrados metálicos Os minerais do Tungstênio são: Volframita ou Tungstita(FeWO4) e a Xilita (CaWO4). O máximo teor de W em minérios comerciais é 2,3%, conseqüentemente havendo a necessidade de se ter operações de concentrações. A partir destes concentrados o W é separado por procedimentos químicos adequados e transformado em Tungstatos de sódio. Os tungstatos de sódio são a base para produção de óxidos e logo em seguida para produção de tungstênio metálico através da redução pelo H2. Redução por Meio de Gases (H2) Produção industrial do Tungstênio Exercício: Na redução de tri-óxido de Tungstênio (WO3) com gás H2 a 1400ºC o passo que limita termodinamicamente a redução final é a redução do dióxido para produzir o W metálico. Deseja-se determinar qual deverá ser a máxima concentração de vapor de água que pode ser tolerada na atmosfera redutora do forno. Redução por Meio de Gases (Metano – CH4) Outro agente redutor de considerável importância em processos industriais é o gás natural o qual está formado basicamente por metano. A reação geral de redução do MO por metano, para temperaturas nas quais o gás CO2 é estável, pode ser escrita da seguinte forma: ❶ 4MO (s) + CH4 (g) = 4 M (s) + CO2 (g) + 2 H2O (g) e para temperaturas na região de estabilidade do CO se tem: ❷ 3MO (s) + CH4 (g) = 3 M (s) + CO (g) + 2 H2O (g) A reação de formação do CH4 a partir do C(s) e o gás H2 é: C (s) + 2 H2 (g) = CH4 (g) ) ∆G� = -19981 + 25,22T Redução por Meio de Gases (Metano – CH4) Quando são calculados as constantes de equilíbrio para as reações 1 e 2 é encontrado que em temperaturas elevadas, o CH4 parece ser melhor agente redutor do que CO e H2. No entanto, usando a equação 3 pode-se calcular que este gás entra em decomposição, formando o C(s) e H2 (g) em temperaturas superiores a 500ºC. Na prática industrial, quando o gás natural é usado como agente redutor, este é previamente submetido a um processo de oxidação para gerar o CO(g) e H2 (g) que formam uma mistura altamente redutora . Redução por Meio de Gases (Mistura gasosas) Frequentemente em processos industriais, é utilizado como redutor, uma mistura gasosa que contém um ou mais agentes redutores. Isto normalmente é realizado com o objetivo de assegurar uma ampla faixa térmica de redução. A produção de mistura gasosas envolve não só toda uma tecnologia especial, mas também, equipamentos especiais. A produção de mistura gasosas redutoras pode ser realizada em temperaturas altas ou temperaturas relativamente baixas. Redução por Meio de Gases (Mistura gasosa) A mistura gasosa redutora de maior importância é composta pelos gases redutores CO e H2. Esta mistura é produzida por várias reações sendo a mais econômica a reação entre C(s) e vapor de água H2O(g): C (s) + H2O (g) = CO(g) + H2 (g) ∆G� = 32200 – 34,05T A mistura CO/H2 também é produzida a partir da combustão de óleo ou gás natural através das seguintes reações: 2 C H4(g) + O2 (g) = 2CO(g) + 4H2 (g) � C H4(g) + H2O (g) = CO(g) + 3H2 (g) � Produção de mistura gasosas em temperaturas elevadas Redução por Meio de Gases (Mistura gasosa) a reação �é energeticamente mais conveniente devido ela ser de natureza exotérmica com ∆H�(298) = -17 Kcal/mol, comparada com ∆H�(298) = 49,3 Kcal/mol para a reação � Produção de mistura gasosas em temperaturas elevadas Produção de mistura gasosas em temperaturas baixas Em temperaturas baixas a reação importante é aquela conhecida com o nome de equilíbrio do gás de água. C O(g) + H2O (g) H2(g) + CO2(g) ∆G� = -8650 + 7,63T Redução por Meio de Gases (Mistura gasosa) Produção de mistura gasosas em temperaturas baixas Se a redução é promovida usando uma mistura de Co/H2O a reação “equilíbrio do gás da água” ocorrerá de tal maneira que o equilíbrio da reação frontal seja satisfeito. Em temperaturas elevadas a reação é deslocada no sentido inverso, sendo nestas condições, o H2 um melhor redutor que o CO. Esta conclusão pode ser obtida também a partir de uma comparação entre as intensidades exotérmica das reações de oxidação do H2 e do CO. Sendo a reação de oxidação do H2 menos exotérmica que a reação de oxidação do CO. A reação de redução de um óxido metálico pelo H2 será mais endotérmica que a redução pelo CO correspondente; portanto podemos concluir que as temperaturas de redução pelo H2 são maiores. Redução por Meio de Gases (Mistura gasosa) Exercício: Redução seletiva de SnO2 usando misturas contendo CO/H2 Deseja-se comparar a viabilidade da redução do SnO2 por meio de H2 e CO quando são usados misturas destes gases. Determinar as condições nas quais é possível a redução preferencial e/ou seletiva por meio de cada um destes agentes redutores.
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