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Formacao da Terra

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Terra Primitiva e Origem da Vida 
Formação da Terra 
 
Acreção e Diferenciação do Planeta Terra 
 
 
1º Acreção do Planeta 
 
 
 
¾ Todos os protoplanetas do Sistema Solar, na sua fase final de formação, 
devido à força da gravidade agregaram a si materiais residuais da 
nébula, originando corpos cada vez maiores (Acreção). 
¾ Devido a uma contracção gravítica que ocorreu posteriormente os 
planetas diminuíram ligeiramente de volume. 
¾ A fase essencial de acreção do Planeta Terra está compreendida entre 
10 e 100 milhões de anos. (É uma fase relativamente curta, em termos 
geológicos). No entanto, há dados recentes que evidenciam que o 
período de acreção se prolongou até à actualidade, embora com um 
ritmo menor. 
¾ Quanto mais afastados estavam do sol, menor terá sido a temperatura a 
que ocorreu a acreção dos planetas. 
¾ A acreção do Planeta Terra terá ocorrido a uma temperatura entre os 
127ºC e os 227ºC. Estes valores são compatíveis com as características 
da Terra primitiva. 
 
2º Diferenciação do Planeta Terra 
Durante os primeiros anos (4,5 a 4,2 mil milhões de anos) o 
protoplaneta, indiferenciado, terá sofrido um conjunto de transformações, das 
quais resultou um aquecimento da ordem dos 5000 ºC no interior, e de cerca 
de 1000 °C na sua parte externa. Pensa-se que este aquecimento da Terra se 
terá devido aos seguintes fenómenos: 
 2
¾ Libertação de calor resultante da contracção gravítica provocada pela 
compressão dos materiais que colidiam (chocavam) entre si à 
medida que decorria a acreção. - Energia gravítica. 
 
¾ Presença de radioisótopos activos de vida curta, como o 26Al (cerca 
de 7 x IO4 anos), que se transforma em 26Mg, e de outros de vida 
longa, como o 238U, o 238U e o 40K, que, ao desintegrarem-se, 
libertam energia — Desintegração de elementos radioactivos. 
 
¾ Libertação de energia térmica a partir do impacte de meteoritos e de 
outros corpos espaciais. — Colisão de planetesimais. 
 
Tudo leva a crer que, em resultado deste aquecimento, não haveria terra 
firme, nem oceanos, nem lagos. 
• A água que eventualmente esguichava em jactos de vapor das entranhas 
da Terra seria tão quente que permaneceria na alta atmosfera sob a forma 
gasosa. 
• Os metais mais pesados, como o ferro e o níquel, que devem ter constituído 
o primeiro conjunto que se fundiu, formaram uma camada mais densa e 
progressivamente mais espessa. Esta camada, ao afundar-se, constituiu o 
núcleo, na parte central da Terra. 
• Os materiais silicatados menos densos subiram à superfície e formaram a 
crosta terrestre primitiva. 
• À medida que se formava a crosta, ía-se libertando do interior da Terra, 
devido a fenómenos de vulcanismo, vapor de H2O, CO2 e outros gases 
responsáveis pela hidrosfera e atmosfera primitivas. 
 
Resumindo: 
O calor resultante do impacto dos planetesimais, da compressão dos 
materiais constituintes e da desintegração radiactiva foi o causador da 
diferenciação. A Terra passou de um corpo mais ou menos homogéneo para 
um corpo zonado, com um núcleo denso, essencialmente constituído por ferro, 
uma crosta, composta de materiais pouco densos, e o manto, formado por 
materiais de densidade intermédia, compreendido entre o núcleo e a crosta. 
 3
 Formação dos Oceanos e da Atmosfera primitiva 
 
1º Origem dos Oceanos 
• A água que constitui os oceanos poderia ter tido a sua origem nos 
cometas, segundo alguns astrofísicos, pois que a riqueza dos 
cometas em água é de cerca de 95% da totalidade dos seus 
componentes. Para originar os oceanos bastaria que 25% dos 
impactos meteoríticos, ocorridos durante os 500 primeiros M.a. da 
história da Terra, fossem provocados por fragmentos de cometas. 
 
• Estudos mais recentes, contudo, parecem apoiar mais a hipótese da 
origem interna da água dos oceanos a partir da desgaseificação do 
manto terrestre ocorrida durante a intensa actividade vulcânica. 
Na Terra primitiva, ainda com a crosta recém-formada muito quente, 
os fenómenos de vulcanismo seriam generalizados. Por todas as 
fissuras havia derrame de lava e juntamente seriam libertadas 
grandes quantidades de gases. O vapor de água libertado durante os 
fenómenos vulcânicos ter-se-ia condensado por arrefecimento, 
originando abundantes chuvas (chuvas diluvianas) que, caindo sobre 
o planeta já arrefecido, se acumularam constituindo os oceanos 
primitivos. 
 
2º Formação da Atmosfera 
Em simultâneo com a génese dos oceanos, durante os fenómenos de 
magmatismo generalizado que ocorreram na Terra, ter-se-ia formado a 
atmosfera primitiva. 
Os cientistas pensam que 80 a 85% dos gases atmosféricos resultaram 
da desgaseificação da Terra durante os primeiros cem milhões de anos da sua 
existência. O resto ter-se-ia formado lentamente durante os 4400 M.a. 
restantes. 
 
 4
3º Evolução da Atmosfera 
Durante a fase essencial da acreção terrestre, predominava uma 
atmosfera constituída essencialmente por: 
• hidrogénio (H); 
• amoníaco (NH3); 
• metano (CH4); 
• helio (He) e neon (Ne). 
 Mais tarde, entre 4,5 e 4,2 mil milhões de anos, o planeta teria sofrido 
um grande aquecimento, o que teria conduzido a profundas modificações na 
sua atmosfera. Houve fenómenos de vulcanismo com consequente 
evaporação dos constituintes voláteis, incluindo os gases raros e o hidrogénio 
livre, que foram libertados para o espaço. Deste modo, formou-se 
subsequentemente uma atmosfera secundária, como resultado da 
desgaseificação vulcânica. Admite-se que os gases libertados arrefeceram, se 
condensaram em nuvens e formaram uma atmosfera menos densa, 
possivelmente constituída por: 
• azoto; 
• dióxido de carbono; 
• monóxido de carbono; 
• vapor de água, árgon e néon; 
• algum hidrogénio, metano e amoníaco (da atmosfera inicial). 
Não existia oxigénio livre, ou existia em quantidades insignificantes. A 
Atmosfera era REDUTORA. 
À medida que o hidrogénio e o metano iam diminuindo, iam sendo 
substituídos por compostos de carbono, como o dióxido de carbono (CO2), 
conduzindo à formação de uma atmosfera cada vez menos redutora. 
 
 
 
 
 
 
 
 5
Características particulares do Planeta Terra 
 
 A existência e a manutenção da grande diversidade de seres vivos é 
consequência das condições excepcionais existentes na Terra e ausentes em 
qualquer um dos outros planetas conhecidos e estudados até hoje. 
 Após o período de diferenciação, o nosso planeta encontrava-se em 
condições, que o tornavam propício ao aparecimento de vida. Entre essas 
condições são de destacar as seguintes: 
 
• o Planeta Terra é suficientemente volumoso e denso, ou seja, tem 
massa suficiente para desenvolver uma força de atracção gravítica 
capaz de reter a atmosfera; 
• a distância «ideal» que o separa do Sol, faz com que a Terra tenha 
temperaturas moderadas, amenas (nem muito quentes nem muito 
frias), quando comparadas com as de outros planetas. Este facto, 
permite a formação e manutenção da água no estado líquido com 
consequente reciclagem contínua de CO2. 
 
Foram sobretudo as temperaturas e pressões moderadas, a humidade e 
o factor gravitacional que teriam permitido a rápida combinação dos átomos de 
carbono e de hidrogénio com outros elementos, dando origem a uma grande 
diversidade de moléculas orgânicas. Estas continuaram a existir, a interactuar e 
a desenvolver-se. Foi neste ambiente que se criaram as condições favoráveis 
ao aparecimento de vida. 
 
Revisões 
Monómeros e Polímeros Orgânicos 
 
Monómeros Orgânicos – unidades básicas dos compostos orgânicos, tais 
como: - ácidos gordos, glicerol, aminoácidos, monossacarídeos ou oses 
(frutose, glicose e galactose). 
 
Polímeros Orgânicos – são cadeias de monómeros orgânicos unidos por 
ligações químicas. São exemplos de polímeros orgânicos as proteínas e os 
polipéptidos, o amido, a celulose e o glicogénio e os lípidos constituídos por 
ácidos gordos e glicerol.

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