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Sistema petrolífero – Wikipédia, a enciclopédia livre

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Sistema Petrolífero Permo-Carbonífero do Jurássico Superior - Austrália
Sistema petrolífero
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Sistema petrolífero é um
modelo que engloba
todos os elementos e
processos geológicos
necessários à existência
de acumulações de óleo e
gás. Trata-se de um
conceito unificador de
todos os elementos e
processos da geologia do
petróleo, utilizado na
exploração, avaliação de
reservas e pesquisa das
jazidas petrolíferas.
Para que estas
acumulações ocorram,
necessita-se derochas
geradoras maduras, rocha
reservatório, rocha
selante e a sobrecarga.
Além da presença destas
rochas, dois processos
geológicos são
fundamentais: a
formação de trapas e a
geração, migração e
acumulação de
hidrocarbonetos. Todas
estas condições devem
ocorrer de forma
sincronizada em relação
ao tempo geológico.
A existência de petróleo
em qualquer quantidade é
a prova da existência de
um sistema petrolífero,
ou seja, uma amostra de
óleo ou gás em sondas exploratórias,exudações naturais, infiltrações ou acúmulos de óleo e gás indicam a
presença do sistema.
Índice
1 Elementos do Sistema Petrolífero
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Migração
secundária do
petróleo pelo
espaço poroso
1.1 Rochas geradoras
1.2 Migração do petróleo
1.3 Trapa
1.4 Rochas reservatório
1.5 Rochas selantes
1.6 Sincronismo
2 Referências
Elementos do Sistema Petrolífero
Rochas geradoras
Para que ocorra petróleo em quantidades significativas em bacias sedimentares, a presença de matéria
orgânica depositada juntamente com os sedimentos que formam a rocha sedimentar é fundamental. A
matéria orgânica que contém lipídios é derivada da fotossíntese de plânctons e algas presentes no ambiente
aquático ou de detritos de vegetais terrestres carreados para o local. Esta matéria orgânica enterrada
juntamente com os sedimentos está na forma insolúvel, conhecida como querogênio. O ambiente de
deposição consiste principalmente de lagos, deltas e bacias oceânicas. O tipo de petróleo gerado depende
do tipo de matéria orgânica: vegetais terrestres carreados tendem a gerar gás, enquanto que os plânctons
tendem a gerar óleo.
Estas rochas, submetidas a condições de temperatura e pressão geram o petróleo. De modo geral, quanto
maior for a quantidade de matéria orgânica, maior a propensão à geração de grandes quantidades de
petróleo, desde que o ambiente esteja livre da presença de oxigênio, destruidor do carbono e hidrogênio
originalmente presentes nos detritos em decomposição. Para ser considerada uma rocha geradora, o teor de
carbono orgânico total deve ser superior a 1%. A condição de ausência de oxigênio pressupõe rochas de
baixa permeabilidade. Usualmente a rocha geradora possui granulometria muito fina, como é o caso de
folhelhos ou calcilutitos.
A formação do petróleo na rocha geradora decorre da maturação térmica da rocha. O querogênio é quebrado
quimicamente e passa a ser transformado em petróleo a partir de 600 C, gerando um óleo viscoso. Com o
aumento da temperatura, aumenta a fluidez do óleo e o teor de gás presente. O pico de geração ocorre a
900 C. A partir de 1200 C, o volume predominante é o de gás, sendo o óleo gerado um condensado.
Temperaturas superiores a esta geram apenas gás.
Migração do petróleo
À medida em que o querogênio é transformado em petróleo, o volume ocupado por este
material é maior que o volume original de querogênio. Isto gera um aumento de pressão
na rocha, gerando um fraturamento da mesma, o que gera canais de migração para
regiões de pressão mais baixa. Este transporte dos fluidos a partir da rocha geradora até
um local poroso de menor pressão, com características selantes onde o petróleo será
acumulado denomina-se migração. O processo de emigração do fluido da rocha
geradora é chamado de migração primária. O processo de escoamento até a região de
acumulação (reservatório) é conhecido como migração secundária. O mecanismo de
migração secundária decorre do empuxo dos fluidos do petróleo em relação à água
presente nos poros da formação. A migração cessa quando a pressão capilar do
sistema poroso excede a força de empuxo na direção das camadas superiores.
Os caminhos de migração constituem-se das fraturas, falhas, rochas carreadoras (rochas
com porosidade suficiente para permitir o transporte). O petróleo gerado percorre estes caminhos até
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Trapa
estrutural:
dobra
anticlinal.
Trapa
estrutural:
falha geológica
encontrar uma trapa.
Trapa
A trapa ou armadilha pode ser do tipo estrutural , estratigráfica ou hidrodinâmica. Uma
armadilha estrutural consiste de configurações geométricas de estruturas de rochas que
acumulam o petróleo, não permitindo sua fuga. Podem ser domos salinos, flancos de
homoclinais ou ainda, diversos tipos de superposição de dobras e falhas. A maior parte
dos reservatórios descobertos pertencem à esta classe de trapa. As trapas estratigráficas
decorrem do acunhamento da camada transportadora ou ainda pela existência de uma
barreira impermeável ou diagenética, causando a retenção do petróleo.
Rochas reservatório
A condição para o armazenamento do petróleo nas rochas reservatório é a porosidade de
tais rochas, que variam de 5% a 35%, tendo em média de 15% a 30%. Geralmente são
compostas por granulometria de areia a seixo como arenitos, calcarenitos ou
conglomerados. Entretanto, rochas portadoras de porosidade não-intergranular, como
fratura ou dissolução podem armazenar hidrocarbonetos. Assim, os tipos de reservatório
mais comuns são os arenitos, seguidos de calcários porosos originados de praias e
planícies carbonáticas, calcários de recifes ou calcários dissolvidos por águas
meteóricas.
Rochas selantes
As rochas selantes são rochas de baixa permeabilidade, como folhelhos, siltitos e calciculitos, de forma que
impedem o escape dos fluidos da rocha reservatório. Geralmente estas rochas situam-se acima do
reservatório. Algumas vezes mudanças diagenéticas ou nas fácies dentro da própria rocha reservatório, ou
ainda falhamentos podem atuar como selo .
Sincronismo
O sincronismo é o fenômeno que faz com que todos os fatores presentes na formação de um sistema
petrolífero ocorra em uma escala de tempo geológico adequada, ou seja, não basta a ocorrência das
condições de geração de hidrocarbonetos, de rotas de migração, de rochas reservatório ou de trapeamento,
sem que elas ocorram de forma favorável ao longo do tempo. Uma causa comum do insucesso nas pesquisas
exploratórias no mundo inteiro deve-se à ausência de sincronismo.
Referências
↑ Petróleo na Margem Continental Brasileira: Geologia, Exploração, Resultados e
Perspectivasl (http://www.scielo.br/pdf/%0D/rbg/v18n3/a12v18n3.pdf) . Revista Brasileira de Geofísica, vol.
18(3), 2000 (2001). Página visitada em 08 de outubro de 2010.
1.
↑ Petroleum Systemsl acessodata=08 de outubro de 2010 (http://www.searchanddiscovery.com/documents
/beaumont02/images/beaumont02.pdf) .
2.
↑ Allen,FA e Allen,JR. Basin Analysis – Principles and Applications, Blackwell Publishing, 2a edição
2006
3.
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Categoria: Geologia
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