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biomedicina_BR - Apostila - FUNDAMENTOS DE LABORATORIO

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FUNDAMENTOS DE LABORATÓRIO II 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PREPARAÇÃO, MANIPULAÇÃO E CONSERVAÇÃO DE 
SOLUÇÕES, REAGENTES E TAMPÕES. 
 
Soluções e reagentes 
Em um laboratório, uma das atividades mais comuns é o preparo de soluções. 
Dessa forma, é importante que o estudante saiba que existem alguns tipos 
diferentes de soluções. 
Para começar, suponha que você realiza duas misturas de duas substâncias. A 
primeira mistura é realizada com açúcar e água, e a segunda, com água e óleo de 
cozinha (conforme esquema abaixo): 
 
 
Pode-se notar que não há distinção de fases no béquer 1, o que pode caraterizar a 
solução como homogênea. O béquer 2, com água e óleo, pode ser classificado 
como heterogêneo, pois há distinção de (nesse caso) duas fases - sendo 
considerado uma mistura bifásica. 
Dessa forma, em uma mistura homogênea (ou aparentemente homogênea) existe, 
uma substância que se apresenta em maior quantidade (solvente) e outra em 
quantidade menor (soluto), a qual se encontra dispersa na anterior. Assim tem-se 
uma fase dispersora e uma fase dispersa. No exemplo anterior, no béquer 1, o 
açúcar é o soluto e a fase dispersa; a água é o solvente e a fase dispersora. 
Você já deve ter percebido que as dispersões consistem em sistemas nos quais 
uma substância está disseminada, sob forma de pequenas partículas, em outra 
substância. Através disto é possível realizar a classificação geral da solução. 
 
Uma solução, onde o tamanho das partículas dispersas está entre 0 ~ 1 nanômetros 
(nm), a solução é dita verdadeira. Quando o tamanho das partículas dispersas na 
solução está entre 1 ~ 100 nm, a solução é dita coloidal. Acima de 100 nm a solução 
é considerada uma suspensão. 
Dentro do conceito de solução verdadeira (dispersão homogênea), pode-se 
classificar a solução conforme seu coeficiente de solubilidade. 
Solução Saturada: 
São as soluções que atingem o coeficiente de solubilidade, isto é, quando o soluto 
está dissolvido no solvente em quantidade tal que, se adicionamos mais quantidade 
de soluto, esse excesso não mais se dissolve. 
Não-Saturada: 
São aquelas que a quantidade de soluto não atinge o coeficiente de solubilidade. 
Supersaturada: 
São aquelas em que a quantidade de soluto supera o coeficiente de solubilidade 
original, ou seja, o soluto está dissolvido numa quantidade acima da saturação, mas 
sem precipitar (é uma situação metaestável). 
Observação: Ao aumentar a temperatura de uma mistura (de reação 
necessariamente endotérmica), será deslocado o equilíbrio da equação na direção 
dos produtos, aumentando suas respectivas concentrações, e, portanto, 
aumentando temporariamente o Kps (coeficiente de solubilidade). Quanto maior o 
Kps, maior a solubilidade. Dessa forma, consegue-se solubilizar temporariamente 
uma quantidade maior de soluto do que o normal. 
Ainda dentro do conceito de solução verdadeira, abordaremos as soluções 
preparadas em laboratório, que são comumente chamadas de Soluções Comuns e 
Soluções Padrão. 
 
Preparo de solução comum: 
No preparo de soluções comuns não é necessário a utilização de vidraria 
volumétrica (que possui maior exatidão), usa-se geralmente béqueres para 
dissolver e provetas para avolumar. 
Exemplo: Preparo de 100 mL de uma solução comum de 0,1 mol/L de NaOH 
(sólido). 
Sabe-se que o hidróxido de sódio tem 40 gramas por mol e geralmente 97% de 
pureza. Dessa forma, como é preciso preparar uma solução 0,1 mol/L e sabendo 
que 1 mol de NaOH tem 40 gramas, 0,1 mol tem 4 gramas. 
 
 
Entretanto, como só é necessário 100 mL de solução, é necessário mais uma conta. 
Se em 1 litro (1000 mL) eu preciso de 4 gramas, em 100 mL eu preciso de 0,4 (basta 
dividir por 10). 
 
Entretanto, este valor obtido seria para caso a substância fosse 100% pura. 
Sabe-se que a pureza é de 97%, então é necessário pesar um pouco a mais para 
compensar essa pequena falta de pureza. Vale ressaltar que como esta solução é 
uma solução comum, não é necessária tanta exatidão, porque ela terá, 
necessariamente, que ser padronizada depois. Até porque o NaOH é altamente 
higroscópico (absorve umidade), o que atrapalha sua pesagem. 
 
Quando se faz uma regra de três com porcentagem, onde você quer um resultado 
maior do que o que você já tinha, é necessário fazer uma regra de três invertida. 0,4 
gramas x 100 = 40 gramas. 40 gramas dividido por 97 é aproximadamente 0,4124 
gramas (utilizei as 4 casas decimais da balança analítica). Finalmente, após todas 
essas contas descobrimos que para preparar a solução que precisamos é 
necessário pesar 0,4124 gramas de NaOH, dissolver em uma quantidade de água 
destilada inferior a 100 mL (como por exemplo 50 mL), em um béquer, e transferir 
para uma proveta onde o volume será ajustado até a marca de 100 mL. 
Como curiosidade, a concentração percentual desta solução, definida através da 
massa da substância dividida pela massa total da mistura, multiplicado por 100, é 
de (aproximadamente) 0,4%. Entretanto, não é costume chamar esta solução de 
NaOH 0,4%, pois esta designação é mais comum com números inteiros. 
Padronização: 
É importante notar que, para a utilização destas soluções comuns em análises, é 
necessária a padronização da solução, ou seja, titulá-la com uma substância 
 
considerada padrão (que você sabe a concentração real), para que a partir da 
relação estequiométrica das duas substâncias, seja possível calcular a 
concentração real da solução comum preparada. 
Para a titulação da solução de NaOH preparada, utiliza-se uma amostra da solução 
(ex.: 20 mL), colocada na bureta. No erlenmeyer, é pesado 0.2042 gramas (para 
preparação de 10 mL de solução 0,1 M) de biftalato de potássio (hidrogenoftalato de 
potássio, KHC8H4O4). Então, são colocadas algumas poucas gotas de 
fenolftaleína (incolor em pH ácido e neutro; rosa em pH básico), além de 10 mL de 
água destilada, também no erlenmeyer. Ao começar a pingar, a solução que antes 
era incolor, começa a ganhar uma coloração rósea (que some com a agitação da 
sua mão). Essa coloração deve permanecer na solução (o que indica o aumento do 
pH), portanto, no momento que isso acontecer, a bureta deve ser fechada. Por 
último, é necessário anotar o volume da solução de NaOH utilizada. 
 
 
Pela estequiometria da reação é de se esperar que 10 mL de uma solução 0,1 mol/L 
de biftalato reaja com 10 mL da nossa solução de NaOH, que teoricamente tem a 
concentração igual a 0,1 mol/L. Entretanto, foi anotado, pela leitura da bureta, que 
8,3 mL da solução de NaOH foi utilizada até que a solução do erlenmeyer se tornou 
rosa. 
 
NaOH + KHC8H4O4 → H2O + KNaC8H4O4 
 
Dessa forma, a partir dos dados coletados, é necessário fazer o cálculo da 
concentração real da solução comum de NaOH que preparamos. 
 
M1V1 = M2V2 
Onde: M = concentração molar; V = volume (mL); M1 e V1 = dados da solução de 
NaOH; M2 e V2 = dados da solução de biftalato. 
 
M1 x 8,3 mL = 0,1 x 10 mL 
M1 = 0,120 mol/L 
 
A partir do cálculo, nota-se que a solução que preparamos de NaOH tinha na 
verdade a concentração de 0,120 mol/L, acima do que queríamos (0,1 mol/L). 
Dessa forma, para etiquetar corretamente a solução também é necessário calcular 
o fator de correção. 
 
Fator de correção (Fc) = Concentração encontrada / Concentração teórica 
Fc = 0,120 mol/L / 0,100 mol/L 
Fc = 1,2 
(note que o fator de correção não possui unidade) 
 
Finalmente, a solução está pronta e pode ser devidamente utilizada ou 
armazenada. 
Preparo de solução padrão: 
No preparo de solução padrão a técnica é um pouco mais diferenciada e exata, 
porque o reagente é considerado um padrão primário ou até mesmo secundário. 
Uma solução padrão primária é preparada por medidas diretas do peso do soluto 
(padrão primário) e do volume total da solução. Uma solução padrão secundária é 
aquela cuja concentração só pode ser determinada a partir de uma análise química. 
As soluções padrões secundárias necessitam de uma padronização com uma 
solução primária. 
Para o preparo deste tipo desolução, é necessária uma vidraria mais exata, como 
pipeta volumétrica e, principalmente, balão volumétrico. 
 
Tampões 
Por definição solução tampão é a resistência a variações no pH decorrentes da 
diluição ou da adição de ácidos ou bases, ou seja, acréscimo de ácido ou base que 
não fará diferença no pH. Geralmente as soluções tampão são preparadas a partir 
de um par ácido-base conjugado como ácido acético/acetato de sódio ou cloreto de 
amônio/amônia. Os químicos empregam as soluções tampão para manter o pH de 
soluções sob níveis predeterminados relativamente constantes. 
 
As propriedades só comprovam que se houver variação no pH será pouca o 
suficiente para dizer que o pH continua intacto. 
Ácido e base 
Conceito de Arrhenius: Ácido é toda substância que em solução aquosa libera como 
cátion o íon hidrogênio H+. Ex.: HCl + H2O « H3O+ + Cl- 
Conceito de Bronsted e Lowry: Ácido é um doador de prótons, uma substância que 
pode transferir um próton para outra. 
Conceito de Arrhenius: Base é toda substância que em solução aquosa se dissocia 
liberando ânion hidroxila (OH)-. Ex.: NaOH + H2O « Na+ + OH- 
Conceito de Bronsted e Lowry: Base é um receptor de prótons. Um ácido pode 
transferir um próton para uma base. Ex.: NH3 + H2O « NH4+ + OH- 
As espécies ácidas e básicas que constituem o tampão não devem consumir umas 
às outras pela reação de neutralização. 
Solução tampão é uma solução na qual o pH resiste a mudança quando ácidos ou 
bases fortes são adicionadas. Tampões, os quais consistem de soluções mistas de 
ácido fraco e sal ou de base fraca e sal, são usados para calibrar pHmetro, em 
culturas de bactérias e para controlar o pH de soluções nas quais estão correndo 
reações químicas, são também administrados todos na forma intravenosa em 
pacientes gravemente doentes. Nosso plasma sanguíneo é tamponado a pH= 7,4; o 
oceano é tamponado em torno de pH= 8,4 por um processo tamponante complexo 
que depende da presença de carbonatos ácidos e silicatos. 
As soluções tampão são usadas sempre que se necessita de um meio com pH 
aproximadamente constante. Elas são preparadas dissolvendo-se os solutos em 
água. 
Dizemos que uma solução está tamponada quando ela ‘’resiste’’ às variações de 
pH. Soluções-tampão têm grande importância nos processos biológicos. Os fluidos 
que existem em nosso corpo, por exemplo, são todos tamponados com o auxílio de 
vários ácidos, bases e sais existentes no organismo. 
Nos laboratórios, as soluções-tampão são em geral: 
Ou uma solução de um ácido Graco e um sal correspondente a esse ácido; 
Ou uma solução de uma base fraca e um sal correspondente a essa base; 
Uma solução de ácido acético (0,1M) e cloreto de amônio (0,1M) tem pH= 9,3 (é um 
 
tampão básico). 
Então, podemos definir solução tampão como uma solução que praticamente não 
sofre variação de pH quando adicionamos uma pequena quantidade de ácido ou 
base, mesmo que sejam fortes. 
Ex.: a adição de pequenas quantidades de HCl (ácido forte) ou NaOH (base forte) 
altera rapidamente o pH da água pura e só altera lentamente o Ph dessas soluções 
tampão. 
 
O Efeito da Diluição 
O pH de uma solução tampão permanece essencialmente independente da diluição 
até que as concentrações das espécies que ela contém sejam diminuídas a um 
ponto no qual as aproximações utilizadas para desenvolver tornem-se inválidas. 
 
O Efeito da Adição de Ácidos e Bases 
Aqui é mais uma das propriedades, essa por sua vez apresenta sua resistência a 
variações no pH após a adição de pequenas quantidades de ácidos ou bases fortes. 
 
A Composição de Soluções Tampão em Função do pH 
A composição de soluções tampão pode ser visualizada graficando-se as 
concentrações relativas no equilíbrio dos dois componentes de um par ácido-base 
conjugado como função do pH da solução. Essas concentrações relativas são 
chamadas de coeficientes alfa. 
Capacidade Tamponante 
A habilidade de um tampão de prevenir uma variação significativa do pH está 
diretamente relacionada à concentração das espécies tamponantes, assim como da 
razão entre as suas concentrações. 
 
Capacidade tamponante, beta (B), de uma solução é definida como o número de 
mols de um ácido forte, ou de uma base forte, que provoca uma variação de 1,00 
unidade no pH em 1,00 L de um tampão. Matematicamente, a capacidade 
tamponante é dada por: 
 
 
B= dCb/dpH = - dCa/dpH 
 
Explicação da capacidade tamponante: o dcb é o número de mols por litro da base 
forte e dca é o número de mols por litro do ácido forte adicionado ao tampão. Dado 
que a adição do ácido forte a um tampão provoca uma diminuição no pH, dca/dpH é 
negativo e a capacidade tamponante é sempre positiva. 
A capacidade de um tampão não depende apenas da concentração total dos dois 
componentes do tampão, mas também da razão entre suas concentrações. A 
capacidade tamponante diminui rapidamente à medida que a razão entre as 
concentrações do ácido e da base conjugada se torna maior ou menor que a 
unidade. Por essa razão, o pKa do ácido escolhido para uma dada aplicação deve 
estar entre uma unidade do pH desejado para que o tampão tenha uma capacidade 
razoável. 
Preparação de Tampões 
A princípio, uma solução tampão de qualquer pH desejado pode ser preparada pela 
combinação de quantidades calculadas de um par ácido-base conjugado 
adequado. Na prática, porém, os valores de pH de tampões preparados a partir de 
receitas geradas teoricamente diferes dos valores previstos por conta das 
incertezas nos valores numéricos de muitas constantes de dissociação e das 
simplificações utilizadas nos cálculos. Em virtude dessas incertezas, preparamos 
tampões gerando uma solução cujo pH seja aproximadamente aquele desejado e 
então o ajustamos pela adição de um ácido forte ou base forte até que o pH 
requerido seja indicado por um pH-metro. Alternativamente, as receitas para a 
preparação de soluções tampão de pH conhecido geradas empiricamente estão 
disponíveis em manuais de laboratório e publicações de referência. Os tampões 
são de suma importância em estudos biológicos e bioquímicos nos quais uma 
concentração baixa mas constante de íons hidrônio (10-6 a 10-10 mol/L) precisa ser 
mantida durante a realização dos experimentos. Os fornecedores de produtos 
químicos e biológicos oferecem grande variedade desses tampões. 
Exemplo: 
Vejamos como você poderia preparar aproximadamente 500,0 mL de uma solução 
tampão com pH 4,5 a partir de ácido acético (HOAc) e acetato de sódio (NaOAc) 1,0 
molar. 
 
 
Solução: 
É razoável considerar que ocorre uma variação desprezível de volume se 
adicionarmos acetato de sódio sólido à solução de ácido acético. Então podemos 
calcular a massa de NaOAc a ser adicionada a 500,0 mL de HOAc 1,0 molar. 
Feito os cálculos teremos: 
A concentração de H3O+ deve ser 3,16 x10-5 molar 
 
A concentração de acetato deve ser [OAc-] = 0,5534 x 1,0 molar = 0,5534 molar 
 
Então, massa de NaOAc necessária é 22,7 g de NaOAc 
 
Após dissolver essa quantidade de NaOAc na solução de ácido acético, devemos 
verificar o pH com um pHmetro e, se necessário, ajustar ligeiramente o pH pela 
adição de uma pequena quantidade de ácido ou base. 
Um tampão ácido consiste de um ácido fraco e sua base conjugada fornecida como 
sal. Ele tampona soluções no lado ácido da neutralidade (em pH < 7). Um exemplo 
de um tampão ácido é uma solução de ácido acético e acetato de sódio. Um tampão 
básico consiste de uma base fraca e seu ácido conjugado fornecido como um sal. 
Ele tampona soluções no lado básico da neutralidade (em pH > 7). Um exemplo de 
um tampão básico é uma solução de amônia e cloreto de amônio. Para preparar um 
tampão em um dado pH, estamos, por exemplo cultivando bactérias e precisamos 
manter um pH preciso. Para escolher o sistema tampão mais apropriado, 
precisamos saber o valor do pH no qual um dado tampão estabiliza a solução. 
Como solução tampão são simplesmente soluções mistas,podemos calcular seus 
pHs. Não há a necessidade de distinguir entre tampões ácidos e básicos no calculo 
porque os princípios são os mesmos para ambos. 
 
Portanto, Uma solução tampão consiste de um par ácido fraco/base conjugado que 
resiste a variações no pH quando pequenas quantidades de ácidos ou bases lhe 
são adicionadas ou quando ocorre diluição, em seja, entende-se por solução 
tampão aquela que não sofre alteração quando em contato com soluções básicas e 
ácidas. Os químicos utilizam tampões toda vez que necessitam manter o pH de uma 
solução em um nível constante e pré-determinado. Os bioquímicos são 
 
particularmente interessados em tampões pois o funcionamento dos sistemas 
biológicos é criticamente dependente do pH. Os exemplos mostrados no trabalho 
serviram pra ilustrar a teoria, apesar de ter um pouco de complexidade no cálculo de 
pH, pois, nem tudo é obvio para todos, mas o objetivo foi concluído, que era se 
situar do que é uma solução tampão. 
A equação central para as soluções-tampão é a equação de Henderson- 
Hasselbalch, a qual consiste meramente em um rearranjo da expressão da 
constante de equilíbrio Ka para a dissociação de um ácido, HA = H+ + A- . Vimos às 
propriedades como adição, diluição, tamponamento, e como preparar uma solução 
tampão. 
 
FLUXOGRAMA DOS DIFERENTES EXAMES 
LABORATORIAIS 
 
Os exames laboratoriais estão entre os principais e mais utilizados recursos no 
apoio diagnóstico à prática clínica, o que traz repercussões importantes no cuidado 
ao paciente e custos ao sistema de saúde. A elevação de tais custos nos últimos 20 
anos contribuiu, substancialmente, para a inflação dos custos gerais da assistência 
à saúde. Sob o ponto de vista dos aportes financeiros federais, os repasses 
relativos à Patologia Clínica/Medicina Laboratorial representam o segundo maior 
gasto vinculado ao elenco de procedimentos do primeiro nível da média 
complexidade ambulatorial. 
 
Exame de urina de rotina 
 Sinonímia 
• Urina do tipo 1; 
• Urina parcial; 
• EAS (elementos anormais e sedimento); 
• Sumário de urina; 
• EQU (exame químico de urina); 
 
• ECU (exame comum de urina); 
• PEAS (pesquisa dos elementos anormais e sedimento). 
INDICAÇÃO CLÍNICA 
Diagnóstico e monitoramento de: 
• Doenças renais e do trato urinário; 
• Doenças sistêmicas ou metabólicas; 
• Doenças hepáticas e biliares; 
• Desordens hemolíticas. 
PREPARO DO PACIENTE 
• Recomenda-se que a coleta seja realizada após 8 horas de repouso, antes da 
realização das atividades físicas habituais do indivíduo e, preferencialmente, em 
jejum. 
• Alternativamente, a amostra de urina pode ser coletada em qualquer momento do 
dia, preferencialmente após 4 horas da última micção. 
• O paciente deve ser orientado com relação ao procedimento de coleta de urina de 
jato médio. 
AMOSTRA 
• Amostra de escolha: Primeira urina da manhã, jato médio, sem preservativos. 
• Alternativa: Amostra de urina aleatória, colhida após 4 horas da última micção. 
CUIDADOS PARA COLETA 
• Utilizar frascos descartáveis, não reutilizados e estéreis. 
• Não adicionar agentes conservantes a amostra de urina. 
• Ver Anexo 2 – Procedimento para coleta de urina de jato médio. 
ORIENTAÇÃO PARA TRANSPORTE E ARMAZENAMENTO 
• Manter a amostra ao abrigo da luz. Transportar a amostra para o laboratório 
imediatamente. 
 
• Caso o exame não possa ser realizado em até duas horas após a coleta, 
recomendase armazenar a amostra, imediatamente após a coleta, sob refrigeração 
entre 4 – 8° C 
por até 6 – 8 horas, em recipiente fechado. 
MÉTODOS MAIS UTILIZADOS NO LABORATÓRIO CLÍNICO 
• Caracteres gerais - Inspeção visual 
• Pesquisa de elementos anormais (exame químico) - Tira reagente 
• Exame do sedimento urinário (sedimentoscopia) – Microscopia ótica 
 
Dosagem de creatinina (sangue) 
INDICAÇÃO CLÍNICA 
Avaliação e monitoramento da função excretora renal 
PREPARO DO PACIENTE 
Jejum mínimo de 4 horas – desejável 
AMOSTRA 
Soro 
 Plasma (EDTA, Fluoreto) 
CUIDADOS PARA COLETA 
 Nenhum cuidado especial 
ORIENTAÇÃO PARA TRANSPORTE E ARMAZENAMENTO 
Recomenda-se separar o soro ou plasma até 3 horas após a coleta. Caso isso não 
seja possível manter a amostra de sangue entre 20 – 25 °C por até 24 horas, em 
recipiente fechado. 
Após a obtenção do soro ou plasma, caso o exame não possa ser prontamente 
realizado, recomenda-se manter a amostra refrigerada entre 4 – 8° C por até 7 dias, 
em recipiente fechado. 
MÉTODOS MAIS UTILIZADOS NO LABORATÓRIO CLÍNICO 
 
Colorimétrico baseado na reação de Jaffé (picrato alcalino) 
Enzimático colorimétrico 
 
Dosagem de Uréia (sangue) 
INDICAÇÃO CLÍNICA 
Avaliação e monitoramento da função excretora renal 
PREPARO DO PACIENTE 
Jejum mínimo de 4 horas - desejável 
AMOSTRA 
Soro 
CUIDADOS PARA COLETA 
Nenhum cuidado especial 
ORIENTAÇÃO PARA TRANSPORTE E ARMAZENAMENTO 
Recomenda-se separar o soro ou plasma até 3 horas após a coleta. Caso isso não 
seja possível manter a amostra de sangue entre 20 – 25 °C por até 24 horas, em 
recipiente fechado. 
Após a obtenção do soro ou plasma, caso o exame não possa ser prontamente 
realizado, recomenda-se manter a amostra refrigerada entre 4 – 8° C por até 3 dias, 
em recipiente fechado. 
MÉTODOS MAIS UTILIZADOS NO LABORATÓRIO CLÍNICO 
Enzimático colorimétrico 
 
Dosagem de glicose (sangue) 
Sinonímia 
Glicemia 
Glicemia de jejum 
 
2INDICAÇÃO CLÍNICA 
Diagnóstico e monitoramento do diabetes mellitus e dos distúrbios da 
homeostase glicêmica. 
Rastreamento do diabetes gestacional. 
PREPARO DO PACIENTE 
Jejum - obrigatório: 
o Adulto: entre 8 e 12 horas 
o Crianças de 1 a 5 anos: 6 horas 
o Criança menores que 1 ano: 3 horas 
AMOSTRA 
Plasma (Fluoreto) 
CUIDADOS PARA COLETA 
A coleta da amostra de sangue deve ser realizada pela manhã. 
ORIENTAÇÃO PARA TRANSPORTE E ARMAZENAMENTO 
Recomenda-se separar o plasma até 3 horas após a coleta. 
Após a obtenção do plasma, caso o exame não possa ser prontamente realizado, 
recomenda-se manter a amostra refrigerada entre 4 – 8° C por até 3 dias, em 
recipiente fechado. 
MÉTODOS MAIS UTILIZADOS NO LABORATÓRIO CLÍNICO 
Enzimáticos colorimétricos (glicose oxidase; hexoquinase) 
 
Microalbuminúria 
Sinonímia 
Não aplicável 
INDICAÇÃO CLÍNICA 
Diagnóstico precoce de nefropatia e avaliação de risco aumentado para doença 
 
cardiovascular e morte em pacientes diabéticos e hipertensos. 
A determinação da microalbuminúria deve ser realizada imediatamente após o 
diagnóstico do diabetes mellitus tipo 2 e após 5 anos do diagnóstico de diabetes 
mellitus tipo 1. Posteriormente, deve ser determinada a cada 6 meses ou 1 ano. 
A determinação de microalbuminúria tem sido proposta também na avaliação de 
pacientes com pré-eclampsia e lúpus eritematoso sistêmico. 
PREPARO DO PACIENTE 
Não fazer esforço físico durante a coleta. 
AMOSTRA 
Amostra de urina de 24 horas 
Primeira urina da manhã 
Amostra de urina aleatória 
CUIDADOS PARA COLETA 
Utilizar frascos de coleta descartáveis, não reutilizados. 
Não adicionar agentes conservantes. 
No caso de amostra de urina aleatória, a coleta deve ser realizada 3 horas após 
última micção. 
ORIENTAÇÃO PARA TRANSPORTE E ARMAZENAMENTO 
Caso o exame não possa ser prontamente realizado, recomenda-se manter a 
amostra refrigerada, entre 4 – 8° C, por até 7 dias, em recipiente fechado. 
MÉTODOS MAIS UTILIZADOS NO LABORATÓRIO CLÍNICO 
Nefelometria 
Turbidimetria 
Quimioluminescência 
 
Hemoglobina glicada 
 
Sinonímia 
Hemoglobina glicosilada 
Hemoglobina glucosilada 
Glico-hemoglobina 
Hemoglobina A1c 
HbA1c 
INDICAÇÃO CLÍNICA 
A dosagem da hemoglobina glicada deve ser realizada regularmente em todos os 
pacientes com diabetes mellitus para monitoramento do grau de controle glicêmico. 
Recomenda-se: 
Duas dosagens ao ano para todos os pacientes diabéticos 
Quatro dosagens ao ano (a cada três meses) para pacientes que se 
submeterem aalterações do esquema terapêutico ou que não estejam 
atingindo os objetivos recomendados com o tratamento vigente 
PREPARO DO PACIENTE 
Jejum mínimo de 4 horas – desejável 
AMOSTRA 
Sangue total colhido em EDTA 
CUIDADOS PARA COLETA 
Nenhum cuidado especial 
ORIENTAÇÃO PARA TRANSPORTE E ARMAZENAMENTO 
Caso o exame não possa ser prontamente realizado, recomenda-se manter a 
amostra refrigerada, entre 4 – 8° C, por até 7 dias, em recipiente fechado. 
A amostra não deve ser armazenada a 20°C negativos. 
MÉTODOS MAIS UTILIZADOS NO LABORATÓRIO CLÍNICO 
 
Cromatografia 
em coluna 
de alto desempenho (HPLC) 
de baixo desempenho (LPLC) 
Nefelometria 
Turbidimetria 
 
Dosagem de Proteína C-reativa (sangue) 
Sinonímia 
PCR 
INDICAÇÃO CLÍNICA 
A dosagem da PCR é o principal marcador de fase aguda, identificando atividade de 
processos inflamatórios e/ou necróticos. PCR elevada está relacionada a maior 
grau de lesão tecidual e, portanto, mais freqüentemente, associada a processos 
inflamatórios secundários a infecções bacterianas. 
PREPARO DO PACIENTE 
Jejum mínimo de 4 horas – desejável 
AMOSTRA 
Soro 
CUIDADOS PARA COLETA 
Nenhum cuidado especial. 
ORIENTAÇÃO PARA TRANSPORTE E ARMAZENAMENTO 
Recomenda-se separar o soro ou plasma até 3 horas após a coleta. Caso isso não 
seja possível manter a amostra de sangue entre 20 – 25 °C por até 24 horas, em 
recipiente fechado. 
Após a obtenção do soro, caso o exame não possa ser prontamente realizado, 
recomenda-se manter a amostra refrigerada entre 4 – 8° C por até 2 dias, em 
recipiente fechado. 
 
MÉTODOS MAIS UTILIZADOS NO LABORATÓRIO CLÍNICO 
Aglutinação do látex 
Nefelometria 
Turbidimetria 
 
Dosagem de ferro (sangue) 
Sinonímia 
Ferro sérico 
INDICAÇÃO CLÍNICA 
A dosagem de ferro está indicada na avaliação de distúrbios do metabolismo do 
ferro – deficiência ou excesso, bem como na investigação da etiologia de anemias, 
especialmente naquelas hipocrômicas e microcíticas. 
PREPARO DO PACIENTE 
Jejum mínimo de 4 horas – obrigatório 
AMOSTRA 
Soro 
CUIDADOS PARA COLETA 
A coleta da amostra de sangue deve ser realizada pela manhã, já que há uma 
variação diurna significativa. 
ORIENTAÇÃO PARA TRANSPORTE E ARMAZENAMENTO 
Recomenda-se separar o soro ou plasma até 3 horas após a coleta. Caso isso não 
seja possível manter a amostra de sangue entre 20 – 25 °C por até 24 horas, em 
recipiente fechado. 
Após a obtenção do soro ou plasma, caso o exame não possa ser prontamente 
realizado, recomenda-se manter a amostra refrigerada entre 4 – 8° C por até 6 dias, 
em recipiente fechado. 
MÉTODOS MAIS UTILIZADOS NO LABORATÓRIO CLÍNICO 
 
Colorimétrico 
 
Dosagem de Cálcio Total (sangue) 
Sinonímia 
Ca 
Calcemia 
Cálcio 
Cálcio total 
INDICAÇÃO CLÍNICA 
A avaliação do cálcio sérico está indicada em todos os pacientes com distúrbios 
metabólicos, em casos de manifestações neuromusculares, osteopenia e 
osteoporose, investigação de litíase urinária, monitorização em pacientes com 
insuficiência renal, pancreatite aguda, controle de neoplasias (risco de síndrome de 
lise tumoral). 
A dosagem de cálcio também é empregada para avaliar a função da paratireóide, 
uma vez que o cálcio sérico é mantido dentro dos limites fisiológicos pela ação 
combinada do paratormônio (PTH) e vitamina D, através de seus efeitos sobre os 
ossos (mineralização x desmineralizaçao), intestinos (absorção) e rins (excreção). 
PREPARO DO PACIENTE 
Jejum mínimo de 8 horas – recomendável 
Coletar o material pela manhã 
AMOSTRA 
Soro 
Plasma (heparina) 
CUIDADOS PARA COLETA 
Evitar o uso do torniquete por tempo superior a um minuto. 
ORIENTAÇÃO PARA TRANSPORTE E ARMAZENAMENTO 
Recomenda-se separar o soro ou plasma até 3 horas após a coleta. Caso isso não 
 
seja possível, manter a amostra de sangue entre 20 – 25 °C por até 24 horas, em 
recipiente fechado. 
Após a obtenção do soro ou plasma, caso o exame não possa ser prontamente 
realizado, recomenda-se manter a amostra refrigerada entre 4 – 8° C por até 14 
dias, em recipiente fechado. 
MÉTODOS MAIS UTILIZADOS NO LABORATÓRIO CLÍNICO 
Colorimétrico 
 
Dosagem de ácido úrico (sangue) 
Sinonímia 
Urato 
Uricemia 
INDICAÇÃO CLÍNICA 
Exame útil na avaliação do metabolismo da purina, adenosina e guanosina e 
encontra-se alterada em diversas condições clínico-patológicas além da gota. 
PREPARO DO PACIENTE 
Jejum mínimo de 8 horas – recomendável 
Coletar o material pela manhã 
AMOSTRA 
Soro 
CUIDADOS PARA COLETA 
Nenhum cuidado especial. 
Não coletar em tubos contendo EDTA ou fluoreto. 
ORIENTAÇÃO PARA TRANSPORTE E ARMAZENAMENTO 
Recomenda-se separar o soro até 3 horas após a coleta. Caso isso não seja 
possível, manter a amostra de sangue entre 20 – 25 °C por até 24 horas, em 
recipiente fechado. Após a obtenção do soro, caso o exame não possa ser 
prontamente realizado, recomenda-se manter a amostra refrigerada entre 4 – 8° C 
 
por até 3 dias, em recipiente fechado. 
MÉTODOS MAIS UTILIZADOS NO LABORATÓRIO CLÍNICO 
Colorimétrico 
 
Dosagem de Antígeno Prostático Específico Total (sangue) 
Sinonímia 
PSA 
PSAT 
INDICAÇÃO CLÍNICA 
Útil como marcador de câncer de próstata, associado ao toque retal, ultra-som e, 
eventualmente, biópsia e no acompanhamento de pacientes com câncer de 
próstata já diagnosticado e tratado. 
PREPARO DO PACIENTE 
Jejum mínimo de 4 horas – recomendável 
Orientações complementares para pacientes não prostatectomizados(cuidados a 
serem evitados): 
ejaculação nas últimas 48 horas; 
exercício em bicicleta nos últimos dois dias; 
passeio de motocicleta nos últimos dois dias; 
prática de equitação nos últimos dois dias; 
uso de supositório nos últimos três dias; 
sondagem uretral ou toque retal nos últimos três dias; 
cistoscopia nos últimos cinco dias; 
ultra-sonografia transretal nos últimos sete dias; 
colonoscopia ou retossigmoidoscopia nos últimos 15 dias; 
estudo urodinâmico nos últimos 21 dias; 
 
biópsia de próstata nos últimos 30 dias. 
AMOSTRA 
Soro 
CUIDADOS PARA COLETA 
Nenhum cuidado especial. 
ORIENTAÇÃO PARA TRANSPORTE E ARMAZENAMENTO 
Recomenda-se separar o soro ou plasma até 3 horas após a coleta. Caso isso não 
seja possível manter a amostra de sangue entre 20 – 25 °C por até 24 horas, em 
recipiente fechado. 
Após a obtenção do soro ou plasma, caso o exame não possa ser prontamente 
realizado, recomenda-se manter a amostra refrigerada entre 4 – 8° C por até 2 dias, 
em recipiente fechado. 
MÉTODOS MAIS UTILIZADOS NO LABORATÓRIO CLÍNICO 
Radioimunoensaio 
Ensaio imunoenzimático 
Quimioluminescência 
Imunofluorimetria 
 
Dosagem de Hormônio Estimulante da Tireóide – TSH (sangue) 
Sinonímia 
Hormônio Tireoestimulante 
TSH 
INDICAÇÃO CLÍNICA 
Exame útil na avaliação da função tireoidiana, sendo considerado, isoladamente, o 
teste mais sensível para diagnóstico de hipotireoidismo primário. 
PREPARO DO PACIENTE 
Jejum mínimo de 8 horas – recomendável 
 
Em caso de uso de hormônio tireoidiano, colher o material antes da próxima dose 
ou, no mínimo, quatro horas após a ingestão do medicamento. 
AMOSTRA 
Soro 
CUIDADOS PARA COLETA 
Nenhum cuidado especial. 
ORIENTAÇÃO PARA TRANSPORTE E ARMAZENAMENTO 
Recomenda-se separar o soro ou plasma até 3 horas após a coleta. Caso isso não 
seja possível manter a amostra de sangue entre 20 – 25 °C por até 24 horas, em 
recipiente fechado. 
Após a obtenção do soro ou plasma, caso o exame não possa ser prontamente 
realizado, recomenda-se manter a amostra refrigerada entre 4 – 8° C por até 4 dias, 
em recipiente fechado. 
MÉTODOS MAIS UTILIZADOS NO LABORATÓRIO CLÍNICO 
Radioimunoensaio 
Ensaio imunoenzimático 
Quimioluminescência 
 
Dosagem de Tiroxina Livre – T4L (sangue) 
Sinonímia 
T4L 
INDICAÇÃO CLÍNICA 
Exame útil na avaliação da função tireoidiana, particularmente em pacientes com 
suspeita de alteração na concentração de globulina ligadora de tiroxina (TBG) 
PREPARO DOPACIENTE 
Jejum mínimo de 8 horas – recomendável 
Em caso de uso de hormônio tiroidiano, colher o material antes da próxima dose ou, 
no mínimo, quatro horas após a ingestão do medicamento. 
 
AMOSTRA 
Soro 
CUIDADOS PARA COLETA 
Nenhum cuidado especial. 
ORIENTAÇÃO PARA TRANSPORTE E ARMAZENAMENTO 
Recomenda-se separar o soro ou plasma até 3 horas após a coleta. Caso isso não 
seja possível manter a amostra de sangue entre 20 – 25 °C por até 24 horas, em 
recipiente fechado. 
Após a obtenção do soro ou plasma, caso o exame não possa ser prontamente 
realizado, recomenda-se manter a amostra refrigerada entre 4 – 8° C por até 14 
dias, em recipiente fechado. 
MÉTODOS MAIS UTILIZADOS NO LABORATÓRIO CLÍNICO 
Radioimunoensaio 
Ensaio imunoenzimático 
Quimioluminescência 
 
Pesquisa de Bacilo Álcool-ácido Resistente – BAAR (escarro) 
Sinonímia 
Baciloscopia 
Pesquisa de Bacilo de Koch – BK 
INDICAÇÃO CLÍNICA 
Exame útil no diagnóstico e controle do tratamento da tuberculose pulmonar. 
PREPARO DO PACIENTE 
Não se aplica 
AMOSTRA 
Escarro espontâneo 
 
Escarro Induzido por meio de nebulização com solução salina hipertônica a 3 a 5% 
e nebulizador ultra-sônico 
CUIDADOS PARA COLETA 
Escarro espontâneo: 
Ao despertar pela manhã, lavar a boca, sem escovar os dentes, inspirar 
profundamente, prender a respiração por um instante e escarrar após forçar a 
tosse. Repetir essa operação até obter duas eliminações de escarro. 
Escarro induzido: 
Nebulizar a 1 a 2,5 mL/minuto durante 20 minutos. Se o material não for obtido na 
primeora tenmtativa, aguardar 30 minutos para repetir o procedimento por mais 
uma única vez. 
Observação: Reservado para pacientes com suspeita clínico-radiológica de 
tuberculose, sem expectoração espontânea. Procedimento contra-indicado na 
presença de broncoespasmo, hemoptise, insuficiência cardíaca grave, 
gravidez, doenças consuptivas, redução do reflexo da tosse e/ou alterações do 
sensório e insuficiência respiratória. 
ORIENTAÇÃO PARA TRANSPORTE E ARMAZENAMENTO 
Encaminhar o material imediatamente ao laboratório. 
Caso o exame não possa ser prontamente realizado, recomenda-se manter a 
amostra refrigerada entre 4 e 8 ºC. 
Durante o transporte, as amostras devem ser protegidas da luz e acondicionadas 
adequadamente para evitar derramamento. 
MÉTODOS MAIS UTILIZADOS NO LABORATÓRIO CLÍNICO 
Coloração de Ziehl-Neelsen 
Coloração de Auramina (fluorescente) 
 
Dosagem de alanina aminotransferase (sangue) 
Sinonímia 
 
Transaminase pirúvica (TGP) 
ALT 
ALAT 
INDICAÇÃO CLÍNICA 
Junto com a dosagem da Aspartato aminotansferase (AST) serve para avaliação 
das lesões hepatocelulares. 
PREPARO DO PACIENTE 
Jejum mínimo de 4 horas - recomendável. 
Evitar atividades físicas vigorosas 24 horas antes do teste. 
Evitar ingestão de álcool 72 horas antes do teste. 
Manter o uso de drogas que não possam ser interrompidas. 
AMOSTRA 
Soro 
CUIDADOS PARA COLETA 
Nenhum cuidado especial 
ORIENTAÇÃO PARA TRANSPORTE E ARMAZENAMENTO 
Recomenda-se separar o soro até 3 horas após a coleta. Caso isso não seja 
possível, manter a amostra de sangue entre 20 – 25 °C por até 24 horas, em 
recipiente fechado. 
Após a obtenção do soro, caso o exame não possa ser prontamente realizado, 
recomenda-se manter a amostra refrigerada entre 4 – 8° C por até 7 dias, em 
recipiente fechado. 
MÉTODOS MAIS UTILIZADOS NO LABORATÓRIO CLÍNICO 
Colorimétrico enzimático 
 
Dosagem de Albumina (sangue) 
Sinonímia 
 
Albuminemia 
INDICAÇÃO CLÍNICA 
Por estar relacionada com o aporte protéico e à produção exclusiva do fígado, é 
usada como parâmetro para avaliação do estado nutricional e como marcador da 
função de síntese hepática. 
Também é usada na avaliação dos casos de perda protéica por via renal ou 
intestinal 
PREPARO DO PACIENTE 
Jejum mínimo de 4 horas - recomendável. 
Evitar atividades físicas vigorosas 24 horas antes do teste 
Evitar “stress” emocional 
Manter o uso de drogas que não possam ser interrompidas 
AMOSTRA 
Soro 
CUIDADOS PARA COLETA 
Nenhum cuidado especial 
ORIENTAÇÃO PARA TRANSPORTE E ARMAZENAMENTO 
Recomenda-se separar o soro até 6 horas após a coleta. 
Após a obtenção do soro, caso o exame não possa ser prontamente realizado, 
recomenda-se manter a amostra refrigerada entre 4 – 8° C por até 90 dias, em 
recipiente fechado. 
MÉTODOS MAIS UTILIZADOS NO LABORATÓRIO CLÍNICO 
Colorimétrico - Verde de bromocresol 
 
Dosagem de Fosfatase Alcalina (sangue) 
Sinonímia 
Fosfatase alcalina total 
 
INDICAÇÃO CLÍNICA 
A fosfatase alcalina possui duas isoenzimas: uma de origem hepática que avalia de 
maneira significativa os casos de obstrução biliar e outra de origem óssea que 
avalia as doenças que afetam a atividade osteoblástica. 
PREPARO DO PACIENTE 
Jejum mínimo de 4 horas - recomendável. 
Evitar ingestão de álcool 72 horas antes do teste 
Manter o uso de drogas que não possam ser interrompidas 
AMOSTRA 
Soro 
CUIDADOS PARA COLETA 
Nenhum cuidado especial 
ORIENTAÇÃO PARA TRANSPORTE E ARMAZENAMENTO 
Recomenda-se separar o soro até 3 horas após a coleta. Caso isso não seja 
possível, manter a amostra de sangue entre 20 – 25 °C por até 24 horas, em 
recipiente fechado. 
Após a obtenção do soro, caso o exame não possa ser prontamente realizado, 
recomenda-se manter a amostra refrigerada entre 4 – 8° C por até 7 dias, em 
recipiente fechado. 
MÉTODOS MAIS UTILIZADOS NO LABORATÓRIO CLÍNICO 
Colorimétrico Enzimático 
 
Dosagem de Colesterol ( sangue) 
Sinonímia 
Colesterol total 
INDICAÇÃO CLÍNICA 
 
Apesar da Doença Arterial Coronariana (DAC) ser considerada multifatorial, 
estudos demonstram que um aumento da concentração plasmática de colesterol 
está associado a um aumento da sua incidência. 
No Brasil, a Sociedade Brasileira de Cardiologia apresentou as Diretrizes 
Brasileiras sobre Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose, que abrange uma 
avaliação dos riscos de desenvolvimento de aterosclerose, controle dos lípides, o 
tratamento com drogas, atividades físicas e redução do tabagismo. 
PREPARO DO PACIENTE 
Jejum de 12 a 14 horas – obrigatório; 
Realizar a dosagem em indivíduos com estado metabólico estável; 
Manter a dieta e o peso pelo menos duas semanas antes da realização do teste; 
Aguardar pelo menos 8 semanas após cirurgia ou doença em geral ou 3 meses 
após o parto para realizar o teste em grávidas; 
Evitar atividades físicas vigorosas 24 horas antes do teste; 
Evitar ingestão de álcool 72 horas antes do teste; 
Manter o uso de drogas que não possam ser interrompidos. 
Executar o teste nas primeiras 24 horas após um evento isquêmico (IAM), pois os 
valores correspondem efetivamente ao perfil lipêmico do paciente; 
AMOSTRA 
Soro 
CUIDADOS PARA COLETA 
Nenhum cuidado especial 
ORIENTAÇÃO PARA TRANSPORTE E ARMAZENAMENTO 
Recomenda-se separar o soro até 3 horas após a coleta. Caso isso não seja 
possível, manter a amostra de sangue entre 20 – 25 °C por até 24 horas, em 
recipiente fechado. 
Após a obtenção do soro, caso o exame não possa ser prontamente realizado, 
recomenda-se manter a amostra refrigerada entre 4 – 8° C por até 7 dias, em 
recipiente fechado. 
 
MÉTODOS MAIS UTILIZADOS NO LABORATÓRIO CLÍNICO 
Colorimétrico enzimático 
 
Dosagem de triglicérides 
Sinonímia 
Trigliceridemia 
INDICAÇÃO CLÍNICA 
Junto com a dosagem de colesterol e suas frações, é útil na avaliação de 
dislipidemias O diagnóstico precoce de dislipidemia significa reduzir os riscos de 
Doença Arterial 
Coronariana (DAC). 
PREPARO DO PACIENTE 
Jejum de 12 a 14 horas - obrigatório. 
Realizar a dosagem em indivíduos com estado metabólico estável 
Manter a dieta e o peso pelo menos duas semanas antes da realização do teste 
Aguardar pelo menos 8 semanas após cirurgia ou doença em geral ou 3 meses 
após o parto para realizar o teste em grávidas 
Evitar atividades físicas vigorosas 24 horas antes do teste 
Evitar ingestão de álcool 72 horasantes do teste 
Manter o uso de drogas que não possam ser interrompidos 
Executar o teste nas primeiras 24 horas após um evento isquêmico (IAM), pois os 
valores correspondem efetivamente ao perfil lipêmico do paciente 
AMOSTRA 
Soro 
CUIDADOS PARA COLETA 
Nenhum cuidado especial 
 
ORIENTAÇÃO PARA TRANSPORTE E ARMAZENAMENTO 
Recomenda-se separar o soro até 3 horas após a coleta. Caso isso não seja 
possível, manter a amostra de sangue entre 20 – 25 °C por até 24 horas, em 
recipiente fechado. 
Após a obtenção do soro, caso o exame não possa ser prontamente realizado, 
recomenda-se manter a amostra refrigerada entre 4 – 8° C por até 7 dias, em 
recipiente fechado. 
MÉTODOS MAIS UTILIZADOS NO LABORATÓRIO CLÍNICO 
Colorimétrico enzimático 
 
Dosagem de creatino quinase (CK). 
1Sinonímia 
CK total 
INDICAÇÃO CLÍNICA 
A dosagem da creatinoquinase é um marcador sensível, mas inespecífico de lesão 
muscular, principalmente nas patologias que envolvem lesões das células do tecido 
muscular esquelético e cardíaco. 
PREPARO DO PACIENTE 
Jejum mínimo de 4 horas - recomendável. 
Evitar atividades físicas vigorosas 24 horas antes do teste 
Manter o uso de drogas que não possam ser interrompidos 
AMOSTRA 
Soro 
CUIDADOS PARA COLETA 
Não utilizar anticoagulante do tipo EDTA, citrato e heparina 
ORIENTAÇÃO PARA TRANSPORTE E ARMAZENAMENTO 
Recomenda-se separar o soro até 3 horas após a coleta. Caso isso não seja 
 
possível, manter a amostra de sangue entre 20 – 25 °C por até 24 horas, em 
recipiente fechado. 
Após a obtenção do soro, caso o exame não possa ser prontamente realizado, 
recomenda-se manter a amostra refrigerada entre 4 – 8° C por até 7 dias, em 
recipiente fechado. 
MÉTODOS MAIS UTILIZADOS NO LABORATÓRIO CLÍNICO 
Cinética – UV 
 
TERMOS TÉCNICOS DOS EXAMES RELACIONADOS AO 
LABORATÓRIO DE ANÁLISES CLÍNICAS 
 
Exames Laboratoriais 
Significado Padrão 
Antibiograma - ATB 
Anticorpo treponêmico fluorescente - FTA 
Acido úrico - CAU 
b Gonadotrofina Coriônica Humana - BHCG 
Bilirrubina direta - BD 
Bilirrubina indireta - BI 
Bilirrubina total - BT 
Bilirrubina total e frações - BTF 
Cálcio - CA 
Cálcio iônico - CAI 
Clearance creatinina - CLCR 
Citomegalovírus - CMV 
Creatinina - C 
 
Creatinofosfoquinase - CPK 
Creatinoquinase, fração MB - CKMB 
Cloro - CL 
Desidrogenase Láctica - DHL 
Dextrostix - Dextro 
Enzima Conversora da Angiotensina - ECA 
Epstein-Boar Vírus - EBV 
Fosfatase alcalina - FA 
Fator de Ativação Plaquetária - FAP 
Fósforo - P 
Ferro - FE 
Fator Reumatóide - FR 
Glicose-6-fosfato desidrogease - G6PD 
Gama glutamil transferase - GGT 
Glicose - GLI 
Hemoglobina - Hb 
Hematócrito. Também permitido Hto - Ht 
Hormônio Adrenocorticotrófico - ACTH 
Hormônio Tireoestimulante - TSH 
Hepatite por Vírus C - HCV 
Hepatite por Vírus D - HDV 
Herpes Vírus Humano - HPV 
Vírus da Imunodeficiência Humana - HIV 
Antígeno de Superfície para Hepatite - HBSAG 
Imunoglobulina. Admitido seguido das letras dos diversos tipos: IgG, IgM, IgD e IgE 
- Ig 
Leucócitos. Permitido Lo. ou GB (glóbulos brancos) - Leuc 
 
Linfócito T Helper. Também permitido 
LTH - CD4 
Linfócito T Killer - LTK 
Lipoproteína de alta densidade - HDL 
Lipoproteína de baixa densidade - LDL 
Lipoproteína de muito baixa densidade - VLDL 
Magnésio, sendo também permitido: Mg++ - Mg 
Paratohormônio - PTH 
Potássio. Também permitido K+ - K 
Proteína Total - PT 
Proteína Total e Frações - PTF 
Proteína C Reativa. Quando referindo ao exame - PCR 
Paratohormônio - PTH 
Protoparasitológico de fezes - PPF 
Sigla em inglês do equivalente: Peptídio Natriurético Cerebral - BNP 
Sigla em inglês para: Tempo de ativação 
parcial de tromboplastina - TTPA 
Sigla em inglês para Derivativa de Proteína Purificada. Teste Tuberculínico PPD 
Sigla em inglês para Hormônio Adrenocorticotrófico - ACTH 
Sigla em inglês para Hormônio Folículo Estimulante - FSH 
Sigla em Inglês para Staphylococcus aureus resistente a Meticiclina.Também 
permitido: SARO (Staphylococcus aures resistente a oxacilina) - MRSA 
Sigla em inglês para: Ácido Gama-Aminobutírico - GABA 
Sigla em inglês para: Antígeno Prostático Específico - PSA 
Sigla em inglês para: Hormônio Antidiurético - ADH 
Sigla em inglês para: Hormônio Luteinizante - LH 
Sódio, sendo também permitido: Na+ - Na 
 
Fator Rhesus (Fator Rh) - RH 
Tempo de Atividade de Protrombina - TPA 
Tempo de Protrombina - TP 
Anticorpo Antirreceptor do TSH - TRAB 
Tempo de sangramento - TS 
Tetraiodotironina ou tiroxina - T4 
Tiroxina Livre - T4L 
Transaminase Oxaloacética. Também permitido: AST (Aspartato Transaminase) - 
TGO 
Transaminase Pirúvica. Também permitido: ALT (Alanina Transaminase) - TGP 
Triiodotironina - T3 
Uréia - U 
Urocultura - URC 
Urina I - UI 
Símbolos 
Significado Padrão 
Aumentado ^ 
Ausente (-) 
Diminuido 
Dois tempos 2T 
Maior > 
Maior ou igual ≥ 
Menor < 
Menor ou igual ≤ 
Percentagem % 
Presente (+) 
Quatro tempos 4T 
 
Três tempos 3T 
 
ACONDICIONAMENTO E EMBALAGEM DE AMOSTRAS 
BIOLÓGICAS 
 
No transporte de amostras biológicas deve-se obedecer rigorosamente as normas 
de biossegurança vigentes no país. Para tanto, deve-se observar o que segue: 
a) a temperatura adequada ao transportar cada tipo de amostra. Quando for 
necessária refrigeração, as amostras devem ser acondicionadas juntamente com 
gelo reciclável. Se necessárias temperaturas inferiores, utilizar gelo seco; 
b) as amostras devem ser encaminhadas dentro de sacos plásticos e 
acondicionadas em caixas térmicas impermeáveis e higienizáveis que garantam a 
estabilidade das mesmas até a chegada ao laboratório (Fig.1); 
c) a caixa térmica deve portar a identificação de “Infectante” ou “Risco Biológico”; 
d) não colocar as amostras soltas dentro da caixa térmica. Utilizar frasco com 
parede rígida para acondicionamento (Fig.2); 
e) acondicionar as amostras de forma a evitar vazamento e contaminação; 
f) quando forem enviadas muitas amostras de sangue na mesma remessa, deve-se 
acondicioná-las em estantes (Fig 3) e envolvê-las em papel amassado ou plástico 
bolha, de maneira que as amostras não fiquem em contato direto com o gelo. As 
amostras devem ser colocadas na estante na mesma ordem das requisições; 
g) enviar as amostras de escarro, fezes in natura e urina no frasco original de coleta 
(Fig 4); 
h) as lâminas para análise e/ou supervisão devem vir acondicionadas em 
porta-lâmina plástico (Fig 5 e 6). Não devem vir em caixas de madeira ou enroladas 
em papel; 
i) documentos como: ofícios, solicitações de exames, fichas epidemiológicas 
encaminhados junto com as amostras devem ser colocados em envelope com 
destinatário e o remetente. 
Estes envelopes deverão ser acondicionados em saco plástico e colados na FACE 
 
EXTERNA da tampa, ou na lateral da caixa térmica. Nunca colocá-los dentro da 
caixa; 
j) caixa térmica deve ser hermeticamente fechada destinatário e remetente, como 
no exemplo: e deve conter a identificação do destinatário e remetente, como 
exemplo: 
 
 
 
Condições de transporte 
 
O transporte de amostras biológicas em veículos com circulação de pessoas deve 
ser feito em condições de segurança e em área separada dos passageiros, sendo 
que deve ser observado o que segue: 
a) as caixas térmicas devem vir bem vedadas e fixadas para não virar durante o 
transporte e protegidas do sol e de umidade; 
b) o motorista deve ser orientado de como proceder em caso de acidente com as 
amostras. Para isso, o veículo deve conter um kit com EPI: guarda-pó, luvas de 
procedimento, uma pá com escova (caso tenha que recolher material derramado), 
pano de limpeza, um frasco com álcool 70% para limpeza do local e das mãos, saco 
para lixo infectante e fita adesiva; 
c) em caso de acidente com as amostras, todos os materiais recolhidos e utilizados 
na operação devem ser colocados no saco para lixo infectante bem fechado com a 
fita adesiva,para que sejam esterilizados e descartados adequadamente. Neste 
caso, a pessoa responsável pela remessa das amostras, cuja identificação deve 
estar na caixa de transporte, deve ser avisada do ocorrido. 
A coleta de amostra biológica bem feita é uma etapa muito importante no processo 
de realização do exame pelo laboratório. Tem como finalidade obter um resultado 
preciso e de qualidade, fundamental para uma orientação epidemiológica e/ou 
clínica correta. 
 
 
RECOMENDAÇÕES INTERNACIONAIS RELATIVAS AO 
TRANSPORTE DE AMOSTRAS, REAGENTES E 
MATERIAIS INFECTOCONTAGIOSOS 
 
A classificação de risco do material biológico para transporte é uma recomendação 
da OMS, dirigida aos governos e organizações internacionais preocupados com a 
regulação do transporte de mercadorias perigosas. O objetivo da OMS é fornecer 
um conjunto de regras básicas que podem ser utilizadas nos regulamentos 
nacionais e internacionais para os diversos modos de transporte, de forma a 
uniformizar o entendimento nesta matéria, com flexibilidade suficiente, entretanto, 
para acomodar necessidades especiais que possam surgir. 
Segundo a OMS, a avaliação de risco biológico para o transporte deve estar 
baseada nos seguintes princípios: 
1. As precauções usuais na manipulação de material biológico foram originalmente 
 
desenvolvidas para os serviços de saúde, com o objetivo de reduzir o risco de 
transmissão de agentes infecciosos, a partir de fontes de perigos conhecidos, 
suspeitos ou aqueles não conhecidos, por meio da utilização de barreiras 
protetoras. As precauções se aplicam ao sangue, outros fluidos corporais, 
secreções, excreções (exceto suor), pele não intacta e membranas mucosas. Os 
trabalhadores dos serviços de saúde usam barreiras individuais e coletivas 
(Equipamento de Proteção Individual - EPI e Equipamento de Proteção Coletiva - 
EPC) para a sua proteção e para proteger os pacientes, os materiais e o ambiente. 
E como se dá a proteção/barreira no transporte de material biológico? 
No transporte, a barreira protetora é o sistema de embalagens. 
 
2. Os mecanismos infecciosos explicam os fatores que devem ser levados em 
consideração quando se avalia o risco de infecção por um agente patogênico 
específico. 
Entre eles estão: 
• A estabilidade do agente no meio ambiente. 
• O modo de exposição ao agente. 
• A patogenicidade do agente e a dose infecciosa. 
• O caminho natural e artificial de infecção. 
• O tratamento preventivo e/ou terapêutico 
 
Os agentes transmissíveis pelo sangue, tais como o vírus da hepatite B (HBV), o 
vírus da imunodeficiência humana adquirida (HIV) e o vírus da hepatite C (HCV), 
são eficientes em infectar hospedeiros através de injeção mecânica de material 
infectado, de contato com a pele não intacta (com feridas, cortes, queimaduras 
etc.), por via sexual e outras. Durante o transporte, a exposição dos indivíduos a 
esses patógenos provavelmente pode ocorrer no caso de acidentes com 
extravasamento do material infeccioso, durante procedimentos de limpeza desse 
material sem adoção de medidas de proteção e segurança apropriadas e quando 
dos procedimentos de acondicionamento do material biológico, em que o 
profissional está diretamente exposto aos perigos envolvidos. O trânsito de material 
biológico devidamente acondicionado (embalado) pode ser considerado uma 
atividade segura. 
 
A dose ou o número de agentes infecciosos necessários para iniciar uma infecção 
depende da virulência e da porta de entrada no hospedeiro; por exemplo, o HBV 
necessita de 10 partículas virais no mecanismo de injeção mecânica, o vírus da 
gripe A precisa de 800 partículas virais por inoculação nasofaríngea e são 
necessários cerca de 110 Vibrio cholerae por ingestão para causar a infecção de 
cólera (OMS, 2004). Claro que estes dados são relativos a condições 
experimentais, mas é certo afirmar que quanto maior a concentração do agente 
infeccioso maior a chance de infecções, isso sem levar em consideração todos os 
mecanismos imunológicos de defesa dos indivíduos. Os perigos são inerentes aos 
agentes infecciosos, os riscos podem ser gerenciados. 
Para fins de transporte, entende-se por substâncias infecciosas ou infectantes os 
materiais biológicos que se sabe ou se suspeita, de forma fundamentada, que 
contenham agentes patógenos, ou seja, que contenham patógenos ou estejam sob 
suspeita razoável de contê-los. Os agentes patógenos são microrganismos (tais 
como bactérias, vírus, rickettsias, parasitas e fungos) e outros agentes, tais como 
príons, que podem causar enfermidades nos animais e nos seres humanos. Risco 
biológico em transporte deve ser entendido como o nível de risco frente à exposição 
a agentes biológicos durante os processos de transporte. Esse risco deve ser 
avaliado pela patogenia, modo e relativa facilidade de transmissão por meio de 
materiais biológicos, e também pela reversibilidade da doença em função da 
disponibilidade de tratamentos preventivos conhecidos e eficazes, considerando os 
mecanismos de barreiras ao contato com material biológico durante a atividade de 
transporte, como sistemas de embalagem, compartimentos definidos em veículos, 
treinamento de pessoal e outros. 
A OMS considera que produtos perigosos são aqueles que apresentam riscos 
durante o transporte. Há nove classes de produtos perigosos. Três delas são 
importantes para o transporte de material biológico: 
Classe 2: Gases 
Divisão 2.2 - Subclasse de risco 
Não inflamáveis e não tóxicos 
Ex.: nitrogênio líquido. 
 
Classe 6: Substâncias tóxicas e infecciosas 
Divisão 6.2 - Substância infecciosa 
 
Substância infecciosa da categoria A 
Substância biológica da categoria B 
 
Classe 9: Miscelânea de produtos perigosos 
Ex.: gelo seco. 
 
Particularidades do transporte de substâncias da categoria A 
O transporte de substâncias infecciosas da categoria A requer ação coordenada 
entre o remetente, o transportador e o destinatário, para garantir a segurança e a 
entrega tempestiva e em boas condições dessas substâncias. Para isso, devem ser 
adotadas as seguintes medidas: 
a) entendimento prévio entre o remetente, o transportador e o destinatário. A 
expedição de substâncias infecciosas não será efetuada sem que tenha havido 
entendimento prévio entre o expedidor e o destinatário; 
b) para garantir a operação sem obstáculos, é necessário preparar todos os 
documentos de expedição, em estrita observância às normas que regem o 
transporte de produtos perigosos (Classe 6 - Subdivisão 6.2); 
c) qualquer que seja o modo de transporte utilizado, o trânsito deve ser efetuado 
pela rota mais rápida possível. Se for necessário fazer transbordo, devem ser 
adotadas precauções para assegurar que haja cuidados especiais, rápido 
manuseio e monitoramento dos materiais em trânsito; 
d) o remetente deve notificar antecipadamente o destinatário sobre os detalhes do 
transporte, tais como modo de transporte, número do voo ou trem, número do 
documento fiscal e data e hora previstas para a chegada ao destino, de modo que a 
expedição possa ser prontamente recebida. Deve ser usado o meio de 
comunicação mais rápido para essa notificação. Substâncias infecciosas desta 
natureza só podem ser expedidas, em caso de importação, após o destinatário 
ter-se assegurado, junto à Anvisa, de que tais substâncias biológicas podem ser 
importadas legalmente. Da mesma forma, para exportação deste tipo de material é 
importante se assegurar, junto à autoridade sanitária do país destinatário, dos 
requisitos necessários para este tipo de transporte. Para o transporte aéreo, vale 
lembrar que nem todas as empresas aéreas têm permissão para transportar 
substâncias da categoria A. 
 
 
Substância biológica da categoria B 
É um material biológico infeccioso ou potencialmente infeccioso que não se 
enquadra nos critérios de inclusão na categoria A. 
Na categoria B estão incluídas as amostras para diagnóstico clínicoque se sabe ou 
se suspeita que contenham agentes infecciosos causadores de doenças em 
humanos, como amostras de pacientes com suspeita de estarem infectados com 
microrganismos patogênicos ou amostras conhecidamente positivas/reativas. Vale 
ressaltar que mesmo amostras positivas para HIV e HBV são enquadradas na 
categoria B, exceto quando se tratar de material em meio de cultura destes vírus, 
sendo então classificado como categoria A. A grande maioria das amostras 
biológicas transportadas nos serviços laboratoriais de diagnóstico de pacientes 
pode ser classificada como categoria B, com exceção das amostras de sangue 
secas em papel absorvente e outras situações em que um profissional de saúde 
habilitado assegure que as amostras a serem transportadas tenham a mínima 
probabilidade de risco de causar infecção durante o processo de transporte, caso 
ocorra contato com o material. 
TÉCNICAS DE ATENDIMENTO AO CLIENTE/ PACIENTE 
Fornecer um laudo de exame correto e de qualidade ao paciente deve considerar 
muito mais que uma boa técnica e um bom controle. O laboratório tem a 
oportunidade de agregar um componente fundamental ao seu trabalho, que é 
oferecer às pessoas um tratamento de fato humanizado. Desde o pedido de exame 
até o momento da interpretação médica os pacientes passam por diversos 
momentos, procedimentos e orientações nos laboratórios clínicos e, para alguns, 
pode ser verdadeira epopeia. 
Alguns podem nunca se habituar à coleta de sangue, mesmo que se submetam ao 
processo frequentemente. 
No Brasil, muitos pacientes consideram a ida ao laboratório um “mal necessário”. O 
laboratório clínico que der uma especial atenção a aspectos de humanização no 
atendimento aos seus clientes, com esmero e efetividade, estará de fato criando 
valor no seu trabalho, para aquele cliente direto que é o seu paciente, reduzindo sua 
sensação de “mal necessário”, o que aumentará a fidelização do mesmo. 
Preparo do paciente 
Deveria ser a primeira etapa e de fato a aproximação do paciente que recebeu um 
 
pedido do seu médico para exames, embora nem sempre aconteça assim. Nesta 
etapa, uma boa forma de garantir um atendimento mais humanizado é acolher bem 
e fornecer corretamente as orientações para os clientes. O paciente deve receber 
do laboratório informações como o tempo de jejum, sobre a realização de exercícios 
físicos, consumo de bebida alcoólica, dentre outras. O PALC (Programa de 
Acreditação de Laboratórios Clínicos) indica que essas orientações devam ser 
fornecidas por escrito, quando o cliente for responsável pela coleta, facultando o 
fornecimento na forma verbal para as instruções simples. O DICQ, 2011, estabelece 
que “AS INSTRUÇÕES PARA COLETA DE MATERIAL OU AMOSTRA PELO 
PRÓPRIO PACIENTE/CLIENTE, DEVEM SER DISPONIBILIZADAS DE FORMA 
ESCRITA E/OU VERBAL, EM LINGUAGEM ACESSÍVEL”. Verbal ou por escrito o 
certo é que o laboratório deve cuidar para que os pacientes não tenham nenhuma 
dúvida quanto aos cuidados pré-exame. Cuidar bem dessa etapa é melhorar o 
acolhimento. 
 
Atendimeto inicial 
A chegada do paciente ao ambiente do laboratório é cercada de mistérios para ele. 
Apresentar um ambiente seguro, localizar e responder as dúvidas do cliente no 
momento é fundamental para gerar confiança e demonstrar organização do 
laboratório. Disponibilizar informações claras, em cartazes, placas ou por pessoas 
preparadas, informar sobre registros, senhas e o local do exame, são atitudes que 
ajudam a acalmar o cliente além de criar um bom clima de acolhimento. Se o 
laboratório tem uma pessoa carismática para atuar na área de chegada dos 
pacientes, cumprimentado-os com simpatia, logo que puder chamando-os pelo 
nome, sorrindo e olhando para eles, orientando-os até para situações mais simples, 
é um diferencial a favor da humanização. 
 
Atitudes durante a coleta 
A coleta de sangue costuma ser o momento mais crítico para muitos pacientes. Às 
vezes são os mais saudáveis, em exames periódicos que estão mais propensos a 
reações indesejáveis, como a lipotímia. O laboratório clínico deve orientar seus 
funcionários, por meio de treinamento e aperfeiçoamento, quanto às melhores 
práticas nesse momento. Tivemos muita experiência com pacientes que têm 
lipotímia todas as vezes que se submetem à coleta. Se o laboratório tem 
conhecimento dessa suscetibilidade, pode oferecer um tratamento diferenciado a 
esse seu cliente, para a coleta. 
 
A boa conduta no ambiente de coleta deve ser tratada com atenção. Um 
atendimento humanizado deve priorizar sempre o bem estar e a segurança do 
paciente. Ele está atento para julgar o laboratório/funcionário pelo seu próprio ponto 
de vista, pelo que imagina serem os pontos críticos para a qualidade dos seus 
exames. Por isso, devem-se evitar conversas e distrações no momento da coleta. 
Atitudes de dedicação e concentração ajudam a passar credibilidade além de evitar 
que o paciente sinta-se apenas mais um e desvalorizado. Para o coletor, habituado 
por anos no mesmo trabalho, este pode ser um momento banal, mas para o cliente 
é sempre um momento especial. 
*Lipotimia é a perda de força muscular, porém sem perda de consciência, que 
lembram efeito extra-piramidal, com integral conservação das funções respiratória e 
cardíaca. A lipotimia se constitui no primeiro grau de síncope: é acompanhada de 
palidez, suores frios, vertigens, zumbidos nos ouvidos, sendo que a pessoa tem a 
impressão angustiante de que vai desmaiar. O fênomeno pode ser causado por 
emoção violenta, por súbita modificação da posição deitada para a posição vertical, 
ou por toda circunstância análoga, susceptível de alterar a circulação. A lipotimia 
usualmente não é grave e deve ser procurada assistência posterior para 
averiguação de eventual existência de doença normal desencadeante. Pode 
também ser chamado de pré-síncope. 
Enfrentamento de situações eventuais 
As situações especiais dos pacientes, como a lipotímia, mesmo não sendo 
frequentes, trazem grandes transtornos, especialmente se percebidas pelos outros 
clientes. O pessoal da coleta pode abordar antes o cliente sobre o tema e captar se 
é um cliente suscetível. Pode ser melhor conduzir uma coleta cercada de mais 
cuidados, num ambiente especial, com o paciente deitado, realizada por 
profissional mais treinado e mais carismático. Devemos cuidar para que nossa ação 
não acrescente sofrimento a quem já está fragilizado. 
Eventualmente alguns clientes podem solicitar que o atendente interprete o 
resultado do exame na hora do recebimento do resultado. Sugerimos que o 
laboratório oriente seus funcionários para nunca interpretarem, para indicarem 
polidamente que o paciente se esclareça com o seu médico, que é a pessoa mais 
apropriada para interpretar seus resultados. Se o laboratório desejar adicionar valor 
ao atendimento, poderá disponibilizar um breve contato do paciente com o 
supervisor, médico, biomédico ou bioquímico, solicitando-o para que converse com 
o cliente. Mesmo dando a mesma orientação de aguardar a interpretação pelo 
médico assistente, oferecerá com sua presença e fala tranquilizadora um maior 
acolhimento e redução da ansiedade. A qualidade no atendimento laboratorial 
humanizado favorece a fidelização do paciente ao laboratório. 
 
TÉCNICAS PARA COLETA DE AMOSTRAS BIOLÓGICAS 
 
A coleta de amostras de material humano deve ser realizada rigorosamente dentro 
das normas de biossegurança vigentes no país, ocasião em que se deve observar o 
que segue: 
- Ao iniciar o procedimento de coleta, o profissional de saúde deve organizar todo o 
material de acordo com as amostras a serem coletadas, conferir todos os dados da 
requisição e solicitar ao paciente que diga seu nome completo para confirmação 
dos dados da requisição; 
- Na etiqueta de identificação da amostra deve constar o nome completo do 
paciente, tipo de exame e data de coleta; 
- Em tubos de sangue deve-se, preferencialmente, utilizara etiqueta própria do tubo 
com caneta que não borre ou apague; 
- Na requisição do exame deve constar o nome completo e telefone do profissional 
que efetuou a coleta ou que recebeu a amostra de forma a garantir a 
rastreabilidade. 
 
a) Sangue total 
O jejum recomendado é de 8 a 12 horas. 
- As amostras para análise devem ser coletadas na primeira parte da manhã. 
- Convém que o paciente ao chegar ao laboratório seja acalmado e que descanse 
por alguns minutos. 
- Exercícios físicos devem ser evitados antes da coleta. 
- Material Necessário: 1 par de luvas de procedimento, 1 scalp nº 21 ou 23, ou 
agulha 30x06 ou 30x07, uma seringa de 10 ml, 1 garrote, 2 bolas de algodão, 5 ml 
de álcool a 70% e tubos para a coleta de acordo com o pedido do exame. 
- Procedimento: orientar o paciente sobre a coleta, identificar o tubo de coleta 
(nome, data, hora e RG), realizar a antissepsia do local da punção após a palpação, 
colher o material, colocar nos tubos previamente identificados, encaminhar junto 
com o pedido ao laboratório. 
Alguns cuidados: 
 
- Após a anti-sepsia do local de coleta, deixar evaporar totalmente o 
anti-séptico/alcool. 
- Usar o garrote o menor tempo possível. 
- Não mover a agulha durante a coleta. 
- Coletar o sangue com o anticoagulante recomendado para a realização do exame, 
logo após a coleta homogeneizar suavemente e identificar corretamente o tubo. 
 
b) Soro 
Coletar o sangue em tubo sem anticoagulante. Recomendamos a utilização de 
TUBO COM GEL SEPARADOR e ativador de coágulo (tampa amarela) Este 
contém uma barreira de gel que está presente no fundo do tubo. 
Após a coleta, manter o tubo, verticalmente por 30 minutos a temperatura ambiente, 
não refrigerar o sangue logo após a coleta para evitar hemólise, esta etapa é muito 
importante para que ocorra a coagulação do sangue e retração do coágulo, 
evitando a formação de fibrina e hemólise da amostra. 
Apos este período centrifugar o tubo com sangue entre 2.500 a 3.000 rpm por 10 
minutos para obtenção do soro (sobrenadante). 
O tempo entre a coleta e a centrifugação não deve exceder uma hora. 
Durante a centrifugação a barreira de gel move-se para cima até a interface entre o 
soro e o coágulo, onde forma uma barreira estável que separa o soro da fibrina e 
das células. Neste caso, o soro pode ser utilizado pelo laboratório diretamente no 
tubo de coleta, eliminando a necessidade de transferência de um tubo para outro. 
Após a centrifugação, os tubos com gel devem permanecer por uma hora na 
posição vertical, para minimizar o risco de danificar a barreira formada pelo gel, 
através dos movimentos de vibração durante o transporte. 
Manter as amostras centrifugadas no tubo original de coleta com gel separador sob 
refrigeração (2 a 8°C) até o acondicionamento correto (sob refrigeração) para envio. 
Este tubo pode permanecer por até cinco dias refrigerados. Excepcionalmente, se 
necessário manter armazenado no local de coleta por período maior que cinco dias, 
mas nunca mais de 30 dias, recomendamos fracionar o soro para outro tubo de 
vidro ou polietileno tamanho 12x75 mm, congelar o soro fracionado (- 20°C) e enviar 
soro congelado. 
 
 
c) Plasma 
O sangue total deve ser coletado em tubo com anticoagulante. Seguir a técnicas de 
coleta e homogeneização adequada do sangue, para evitar hemólise. 
Não devem ser aceitas amostras com as seguintes características: 
- Hemólise, lipemia e hiperbilirrubinemia; 
- Mal conservadas (sem refrigeração), transportadas inadequadamente (tubos 
quebrados, derramados); 
- Tubos sem identificação. 
 
d) Cancro mole 
Material necessário para coleta: 
 swab de algodão, haste plástica, estéril (swab comum); 
 lâmina de microscopia nova, limpa e desengordurada; 
Coleta da lesão genital: 
  a amostra é colhida com swab, do centro da lesão, obtendo-se maior quantidade 
possível de secreção ou pus. 
 com o próprio swab da coleta, preparar dois esfregaços em 2 lâminas e 
identificá-las; 
 deixar secar em temperatura ambiente. 
 acondicionar as lâminas em porta-lâminas de plástico rígido para evitar quebra e 
exposição à poeira e insetos e a luz solar. 
 
e) Coqueluche 
Material necessário para coleta: 
 swab ultrafino com haste flexível, estéril e alginatado; 
 meio de transporte: Meio de Regan-Lowe com antibiótico (ágar carvão com 
 
antibiótico). 
 no momento de uso o meio de transporte deve estar em temperatura ambiente, 
sendo necessário retirá-lo do refrigerador pelo menos 30 minutos antes; 
Coleta da secreção do nasofaringe: 
 antes de iniciar a coleta, lavar as mãos, colocar a máscara e calçar as luvas; 
 retirar o excesso de muco nasal e iniciar a coleta; 
  introduzir o swab em uma narina do paciente, até encontrar resistência na 
parede posterior da nasofaringe (neste momento o paciente lacrimeja) girar o swab 
por alguns segundos. 
 introduzir o swab no tubo com o Meio de transporte Regan-Lowe com antibiótico, 
deixando-o submerso totalmente no meio de cultura. Fechar firmemente o tubo. 
 identificar o tubo com os dados do paciente 
 
f) Colonização de Estreptococo do grupo B em gestante 
Material necessário para coleta: 
 swab estéril alginatado; 
 meio de transporte utilizado: Meio de Amies com carvão. 
Antes de iniciar a coleta, lavar as mãos, calçar as luvas e iniciar a coleta. 
Coleta da secreção vaginal 
 não deve ser utilizado espéculo 
 a amostra é colhida introduzindo o swab no terço distal da vagina, fazendo 
movimentos giratórios por toda a circunferência da parede vaginal 
 introduzir o swab com a amostra no Meio de transporte Amies com carvão 
 identificar o tubo com os dados do paciente. 
Coleta de raspado anorretal : 
 introduzir o swab no orifício anal e fazer movimentos giratórios por toda a parede 
distal do reto 
 
 caso o swab toque as fezes, repetir o procedimento com novo swab 
 introduzir o swab com a amostra no Meio de transporte Amies com carvão 
 identificar o tubo com os dados do paciente. 
 
g) Conjuntivite bacteriana 
Material necessário para coleta: 
 swab estéril 
 meio de transporte utilizado: tubo com meio de cultura agar chocolate 
 no momento de uso o meio de cultura agar chocolate deve estar em temperatura 
ambiente, sendo necessário retirá-lo do refrigerador pelo menos 30 minutos antes. 
Coleta da secreção da conjuntiva: 
 antes de iniciar a coleta, lavar as mãos, colocar a máscara, calçar as luvas e 
iniciar a coleta 
 com um swab estéril, colher a amostra da região próxima ao saco conjuntival, no 
canto interno do olho, evitando movimentos circulares. É conveniente manter, por 
alguns segundos, o swab no saco conjuntival, o que irá promover o lacrimejamento 
e absorção da secreção pelo algodão 
 com o swab que foi coletada a amostra, inocular imediatamente no tubo de agar 
chocolate, nas condições mais assépticas possíveis (abrindo o tubo de agar 
chocolate próximo à chama do bico de Bunsen) e semear rolando o swab na 
superfície inclinada do meio. Desprezar o swab como resíduo infectante. Fechar 
imediatamente o tubo com a tampa de borracha e a tampa metálica 
 identificar o tubo com os dados do paciente e enviar a Ficha de Investigação de 
Surto com as informações clínicas e epidemiológicas correspondentes ao caso. 
 
h) Faringite estreptocócica / Escarlatina 
Material necessário para coleta: 
 swab de dracon ou rayon, flexível, estéril, com haste de plástico. Não usar swab 
de algodão comum ou alginatado 
 
Coleta de secreção de orofaringe: 
 antes de iniciar a coleta, lavar as mãos, colocar a máscara, calçar as luvas e 
iniciar a coleta; 
 introduzir na orofaringe do paciente, um swab de dracon ou rayon, evitar tocar 
outras áreas da cavidade oral com swab, para prevenir contaminação com a flora da 
orofaringe 
 coletar a secreção orofaríngea, realizando na área posterior da faringe e na 
superfície das tonsilas, movimentos rotatórios com o swab introduzir o swab coletado em meio de transporte Amies com carvão 
 identificar o tubo com os dados do paciente e enviar a Ficha de Investigação de 
Surto com as informações clínicas e epidemiológicas correspondentes ao caso. 
 
i) Gonorréia 
Amostras biológicas: 
 paciente do sexo masculino: secreção uretral ou 1º jato urinário. 
 paciente do sexo feminino: secreção endocervical, secreção uretral ou, no caso 
de crianças e mulheres histerectomizadas, secreção do fundo do saco vaginal. 
 outras amostras: secreção anal e secreção de orofaringe. 
Tipo de swab utilizado para coleta: 
 secreção uretral: swab de algodão alginatado ultrafino. 
 secreção endocervical, orofaringe, anal e vaginal: swab de algodão alginatado. 
Meio de transporte: 
 meio de Transporte Amies com carvão. 
Preparo do paciente do sexo feminino: a coleta da secreção feminina deve ser feita 
após 3 horas da última micção. A paciente deve estar em abstinência sexual de 2 
dias pelo menos. Não estar fazendo uso de antissépticos locais ou cremes vaginais, 
antibióticos ou quimioterápicos e não estar menstruada. Não ter realizado exames 
ginecológicos com toque ou ultrasom transvaginal nas 48 horas que antecedem o 
exame. 
 
 Preparo do paciente do sexo masculino: estar há pelo menos 3 horas sem urinar. 
Evitar relações sexuais e medicamentos tópicos nas 24 horas que antecedem o 
exame. 
Preferencialmente não usar antibiótico nos 3 dias que antecedem o exame. 
Coleta da secreção uretral masculina: 
 solicitar ao paciente para retrair o prepúcio; 
 limpar a secreção emergente com gaze estéril (não coletar a secreção 
emergente); 
 introduzir o swab alginatado ultrafino, cerca de 2 cm, no canal uretral, 
atravessando a fossa navicular; 
 girar o swab, delicadamente, de 8 a 10 vezes para absorver a secreção; 
 retirar o swab; fazer um esfregaço fino e homogêneo em uma lâmina identificada 
com o nome do paciente; 
 proceder a nova coleta para cultura e inocular a amostra em meio de transporte 
Amies com carvão. 
Coleta da amostra de 1º jato urinário: 
 caso o paciente não esteja com secreção aparente colher a primeira urina da 
manhã ou reter a urina por pelo menos 3 horas antes de realizar o exame; 
 realizar higiene prévia da região genital; 
 coletar os primeiros 10 mL de urina (1º jato urinário) em frasco estéril de boca 
larga com tampa de rosca. 
Coleta da secreção endocervical: 
 introduzir o espéculo (não utilizar espéculo lubrificado); 
 limpar, com gaze estéril, a secreção do fundo do saco vaginal e a que recobre o 
colo do útero; 
 introduzir o swab alginatado cerca de 1cm no canal endocervical, girando-o 
delicadamente de 8 a 10 vezes, para absorver a secreção. Cuidado para não tocar a 
parede vaginal; 
 retirar o swab; fazer um esfregaço fino e homogêneo em uma lâmina identificada 
com o nome do paciente; 
 
 proceder a nova coleta para cultura e inocular a amostra em meio de transporte 
Amies com carvão. 
Coleta da secreção uretral feminina: 
 fazer a expressão da secreção das glândulas parauretrais pressionando a parede 
vaginal com o dedo médio; 
 introduzir o swab alginatado cerca de 2 cm na uretra; 
 coletar a secreção girando delicadamente o swab de 8 a 10 vezes para absorver 
a secreção. 
 
j) Infecção de pele/ouvido/biópsia 
 Biópsias 
 procedimento médico. 
Lesão aberta : 
 não é recomendada cultura de lesões secas ou crostas; 
 descontaminar as margens e a superfície da lesão; 
 proceder nova limpeza com solução fisiológica estéril; 
 coletar o material purulento na parte mais profunda da lesão utilizando seringa e 
agulha. Transferir a amostra para um frasco estéril. Se não for possível a coleta por 
punção, utilizar swab com meio de transporte Amies com carvão. 
Abscesso fechado: 
 fazer anti-sepsia com produto adequado; 
 aspirar o exsudato com agulha e seringa. Transferir a amostra para um frasco 
estéril. Não usar swab. 
Pústula e vesícula: 
 selecionar uma pústula intacta. Fazer anti-sepsia com produto adequado e 
puncionar. Se a lesão for seca, com crosta, sem vesícula ou pústula evidente, 
remover o material superficial após anti-sepsia e passar firmemente o swab estéril 
sobre a lesão. 
 
Secreção de ouvido externo: 
 usando um swab limpar o canal do ouvido com anti-séptico seguido de lavagem 
com solução fisiológica estéril; 
 com outro swab obter material fazendo rotação no canal do ouvido; 
 introduzir o swab no meio de transporte de Amies. 
 
l) Infecção do Trato Urinário (ITU) 
Coleta em pacientes do sexo feminino: 
 paciente deve estar sem urinar, por pelo menos duas horas antes da coleta 
 a paciente deve lavar bem as mãos com água e sabão neutro e secá-las com 
toalha de papel limpa e descartável; 
 deve despir-se, afastar os lábios vaginais e lavar bem a vulva e os lábios vaginais 
usando água morna com sabão, sempre no sentido de frente para trás; 
 deve enxaguar bem com água morna, não secar com toalha; 
 durante todo este processo a paciente deve manter os lábios vaginais separados, 
e não tocar a área limpa com os dedos; 
 urinar, desprezando a primeira parte do jato urinário no vaso sanitário; 
 colher cerca de 30mL (aproximadamente a metade do frasco) de urina em um 
frasco estéril, fechando assim que a urina for colhida; 
 em seguida, a amostra colhida contida no frasco fechado, deve ser entregue a 
pessoa responsável. 
Coleta em pacientes do sexo masculino: 
 paciente deve estar sem urinar, por pelo menos duas horas antes da coleta 
 o paciente deve lavar bem as mãos; 
 afastar o prepúcio e desprezar no vaso sanitário, uma pequena quantidade de 
urina; 
 sempre segurando para trás o prepúcio, colher cerca de 30mL de urina no frasco 
estéril, fechando assim que a urina for colhida; 
 
 em seguida, a amostra colhida contida no frasco fechado. 
 
m) Meningite bacteriana 
Nos casos de suspeita de meningites bacterianas e/ou doença meningocócica 
sempre deve ser coletado: LÍQUOR, SANGUE E SORO, mesmo que não haja 
sintomas de sepse. 
Coleta de líquor : 
 procedimento médico 
 volume ideal: 3 a 5 mL ou coletar o maior volume que as condições clínicas 
permitirem; 
Coleta de sangue para hemocultura 
Técnica de coleta: 
 lavar as mãos com água e sabão, enxaguar bem, enxugar com papel toalha e 
calçar as luvas; 
 realizar a anti-sepsia rigorosa do local da punção, deixar agir por 1 minuto. Evitar 
tocar no local da punção; 
 coletar assepticamente no mínimo 5mL de sangue de adulto e 1mL de criança, 
cuidar para que não haja bolhas de ar na seringa. Coletar um volume de sangue 
correspondente a aproximadamente 5 – 10% do volume do meio de cultura; 
 não trocar de agulha antes de injetar o sangue no frasco. 
Volume de sangue para cada amostra: 
 adulto: 5 mL de sangue (p/ frasco com 45 mL de caldo TSB) 
 criança (até 6 anos de idade): 1 mL (p/ frasco com 9 mL de TSB – frasco 
pediátrico). 
Inoculação e incubação 
 identificar os frascos de meio de cultura líquido (TSB ou BHI) com o nome do 
paciente, data e hora da coleta e número da amostra (se 1ª, 2 ª ou 3 ª amostra); 
 retirar a parte superior (circular) do lacre metálico dos frascos; 
 
 realizar a desinfecção da tampa de borracha com álcool etílico 70%, e deixar 
sobre a rolha uma gaze ou algodão embebido com álcool etílico a 70%. Manter o 
algodão sobre o frasco até o momento da punção; 
 transferir o sangue coletado para o frasco, sem trocar a agulha; 
 homogeneizar delicadamente o frasco por inversão. 
 
n) Pneumonia bacteriana 
Amostra biológica: 
 sangue (preferencialmente) 
 escarro, lavado brônquico, lavado broncoalveolar 
o escarro não é considerado ideal para avaliação microbiológica do trato 
respiratório por ser uma mostra muito contaminada, portanto sangue, lavado 
brônquico ou lavado brocoalveolar pode fornecer resultado mais confiável. 
Sangue 
 ver procedimento

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