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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIVEL ENGENHARIA CIVIL SABRINA CAROLINA DA SILVA Revisão da NR 01 – Disposições Gerais e Gerenciamento de Riscos Ocupacionais – Comparativo do novo texto de 2020 com o texto vigente de 2019 e sua relação com a ABNT ISO 45001 Cascavel/PR 2021 SABRINA CAROLINA DA SILVA Revisão da NR 01 – Disposições Gerais e Gerenciamento de Riscos Ocupacionais – Comparativo do novo texto de 2020 com o texto vigente de 2019 e sua relação com a ABNT ISO 45001 Projeto de apresentado para cumprimento da componente curricular Trabalho de Conclusão de Curso I (TCC I) do curso de Engenharia Civil do Centro Universitário Unível, como parte dos requisitos para obtenção do título de Bacharel em Engenharia Civil. Orientador: Prof. Dimas José Detoni Cascavel/PR 2021 3 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 4 1.1 OBJETIVOS ......................................................................................................................... 6 1.1.1 Objetivo geral ............................................................................................................ 6 1.1.2 Objetivos específicos ................................................................................................. 6 1.2 JUSTIFICATIVA ................................................................................................................... 6 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ........................................................................................ 7 2.1 NR 01 – DISPOSIÇÕES GERAIS E GERENCIAMENTO DE RISCOS OCUPACIONAIS ................. 8 2.1.1 Obrigações dos Empregadores e Empregados segundo a NR 01 ........................... 11 2.2 ABNT ISO 45001 (2018) - SISTEMA DE GESTÃO DE SEGURANÇA E SAÚDE OCUPACIONAL .............................................................................................................................................. 13 2.2.1 Relação entre a NR 01 (Ministério da Economia) e a Certificação proposta pela ABNT/ISO 45001 (2018). ................................................................................................. 15 2.3 ENTRADA EM VIGOR DA NR 01 (2022) ............................................................................ 19 2.3.1 Considerações a Respeito da Última Atualização .................................................. 19 3 MATERIAL E MÉTODOS ................................................................................................ 21 4 CRONOGRAMA DO TCC 02 ........................................................................................... 22 REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 23 4 1 INTRODUÇÃO O setor da construção civil é importante para a economia brasileira, e este setor demanda muita mão de obra, segundo afirmações de Strickland e Bernardes (2021) “Mesmo em meio à crise sanitária, esse segmento gerou, entre junho de 2020 e maio de 2021, 317.159 novas vagas de emprego, um crescimento de cerca de 15% em relação ao mesmo período anterior, de acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), apresentado pela Secretaria de Trabalho da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia”. Onde vale ressaltar também que CBIC (2020), menciona a importancia do setor, afirmando que: (...) O potencial da construção civil torna-se exemplar quando consideramos o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil no terceiro trimestre de 2019, com expansão de 0,6% em relação ao segundo trimestre e sinalizando um crescimento de 1,2% da economia brasileira em relação ao mesmo trimestre de 2018. Nesse contexto, a construção civil foi o segmento que registrou o maior crescimento, com 1,3% de expansão, acumulando 4,4%. Combinados, esses indicadores reforçam o que temos defendido há muito tempo: quando a construção civil vai bem, a economia brasileira reage rápido. É PIB na veia do país. Sendo que, o local de trabalho possui muitos riscos para a vida do trabalhador, e muitas vezes por negligência dos empregadores que buscam em alguns casos fazer economias irresponsáveis, ou se decorre pela falta de senso dos empregados com a persistência do não uso de equipamentos de segurança, acabam colocando seus funcionários ou a si próprio em condições de trabalho precárias e sem recursos de segurança necessários para o serviço. Visto que segundo dados do Ministério Público do Trabalho (MPT), este setor é o quarto maior gerador de acidentes fatais em termos de frequência e o segundo em termos de coeficiente por cem mil trabalhadores. Onde Brasilio (2021, p.01) afirma que “Entre os países do G20, o Brasil ocupa a segunda colocação em mortalidade no trabalho (6 óbitos a cada 100 mil empregos formais), apenas atrás do México (primeiro colocado), com 8 óbitos a cada 100 mil vínculos de emprego entre 2002 e 2020”. Adiante Unicorp (2020) também afirma que: (...)No Brasil, a previdência social registra cerca de 700 mil casos de acidente de trabalho por ano. O número de mortes decorrentes disso passa de 2.600 anualmente, o que significa que o país contabiliza um óbito a cada 3 horas e 40 minutos. Isso nos põe na 4ª posição no ranking mundial. Entre os setores com maior taxa de óbitos, o agropecuário lidera, correspondendo a cerca de 9,8% dos casos. A lista segue com motoristas de caminhão, técnicos de enfermagem, serventes de obras, trabalhadores de linha de produção, faxineiros, enfermeiros, ajudantes de motorista, pedreiros e mecânicos. 5 Uma vez que o não cumprimento das exigências legais da parte de segurança e saúde do trabalho (SST), acarreta em acidentes decorrentes de: quedas; mau manuseio de ferramentas, maquinários e aparelhos; acidentes de trajeto; impacto por objeto; contato com vidro; exposição a corrente elétrica; e contatos com fontes de calor (SENA, 2019). No presente momento a construção civil tem algo a mais com o que se preocupar, pois com a chegada da pandemia do COVID-19 (corona vírus) a indústria da construção civil foi uma das mais afetadas pela pandemia. Uma vez que, os impactos principais foram em relação à paralisação das obras, redução das jornadas de trabalho, bloqueios na exportação e alta do dólar. Todos esses fatores têm impedido as empresas de darem andamento às obras, a maioria pela falta de insumos nas distribuidoras, decorrente da paralização geral do comercio (LUNARDELLI, 2020). Mas depois de mais de um ano que a pandemia começou, a indústria da construção civil gradativamente conseguiu se recuperar e voltar a trabalhar. Esses problemas decorrentes não se deram apenas devido às medidas de isolamento no país. O mundo inteiro sofreu com as consequências, principalmente o setor de exportações. Sendo que Carraça (2020) afirma que a falta de insumos fez com que o preço de diversas matérias-primas, como vidro, alumínio, cobre entre outros, ficassem mais caras e os prazos de entrega mais lentos. E também menciona que: (...) Alta do dólar, queda da produção de insumos devido à pandemia, retomada da produção industrial mais rápida do que o esperado e aumento das exportações em decorrência do câmbio favorável e do reaquecimento da demanda em países onde a doença já arrefeceu estão entre os fatores que explicam esse desequilíbrio entre oferta e demanda na produção, segundo as indústrias afetadas. “Temos um grupo de empresas e compramos aço juntos. Identificamos que há uma falta de produto no mercado”, diz Homero Dornelles, consultor especialista no mercado de aço, que trabalha com 18 fabricantes de máquinas e equipamentos de grande e médio porte, no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina. (CARRAÇA, 2020, p. 01) No entantoconforme os dias vão se passando e os cenários vão voltando ao normal, volta a preocupação antes mencionada, o não cumprimento das exigências básicas de saúde e segurança do trabalho. Visto que, as Normas Regulamentadoras (NRs) são resultado da evolução legislativa combinada com ações de responsabilização trabalhista, penal, previdenciária, civil, administrativa e tributária dos responsáveis pelos danos causados aos trabalhadores. E cabe não somente ao empregador, mas também o empregado seguir o que tanto foi requerido anteriormente e consequentemente sancionado por leis, visando a segurança dos trabalhadores em canteiros de obras (SENA, 2019). https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2020/08/industria-do-amazonas-e-a-primeira-a-voltar-ao-nivel-pre-pandemia-diz-ibge.shtml https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2020/08/industria-do-amazonas-e-a-primeira-a-voltar-ao-nivel-pre-pandemia-diz-ibge.shtml 6 Aliás as Normas Regulamentadoras continuam a sofrer alteração visando a melhoria da segurança do trabalhador, pelo motivo de se encontrar em um cenário que consequente se tem novas exigências e demandas. Com isto, se teve a prorrogação de algumas normas para o ano de 2022, sendo que as mesmas entrariam em vigor neste ano de 2021. Tais normas essas se têm as NRs 01, 07, 09 e 18, que foram oficialmente adiadas, pela PORTARIA Nº 8.873 (ESO, 2021). 1.1 Objetivos 1.1.1 Objetivo geral Analisar a relação entre a NR-01 (Ministério do Trabalho e Previdência) e a Certificação proposta pela ABNT/ISO 45001 (2018). 1.1.2 Objetivos específicos Com o propósito de atender ao objetivo geral apresentado anteriormente, foram estabelecidos os seguintes objetivos específicos: a) Destacar as modificações inseridas na NR-01 de 2020 em relação ao texto anterior; b) Apresentar a norma ABNT/ISO 45001 (2018) e sua relação com a segurança e saúde no trabalho; c) Estabelecer os vínculos para a gestão em segurança e saúde no trabalho dos textos nacional (NR 01) e internacional (ABNT ISO 45001); 1.2 Justificativa Se tem o entendimento que todas as empresas devem seguir as normas de segurança do trabalho, sendo que estas normas são de fácil acesso e interpretação, mas consequentemente nem todos os empregados e/ou empregadores ficam a par das atualizações que as normas sofrem. Com isto, surge a necessidade de uma análise de forma mais sucinta e objetiva das atualizações das normas, trazendo assim, conhecimento e benefícios a todos os envolvidos nesta relação. 7 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Em 1978 as primeiras NRs foram aprovadas. E nesta época o crescimento econômico estava em plena expansão, e o número de trabalhadores informais, principalmente em canteiros de obras acarretavam em inúmeros acidentes, tais fatos ocorridos pela falta de segurança, ocasionando lesões e em alguns casos a morte. E segundo Alpifire (2018, p. 01): (...)Na década de 70 estima-se que ocorria até 1,4 milhão de acidentes de trabalho. Após a criação e implementação das NRs este número baixou consideravelmente. Hoje a estimativa é de 600 mil, ou seja, 8 milhões de acidentes de trabalho e 46 mil mortes foram evitados. E também segundo Alpifire (2018) esses números contribuíram para conscientizar as empresas sobre a importância do investimento em Segurança do Trabalho. Uma vez que, Segurança do Trabalho pode ser definida como sendo o estudo das possíveis causas dos acidentes e das circunstâncias que acarretaram tal acontecimento, durante a atividade laborativa do trabalhador. Onde se tem um conjunto de medidas adotadas para minimizar os acidentes de trabalho e as doenças ocupacionais, bem como proteger a integridade e a capacidade de trabalho do funcionário, e é estabelecida por normas e leis. Sendo assim, em 22 de dezembro de 1977 a lei nº 6.514, deliberou a redação dos art. 154 a 201 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), relacionada à SST com o objetivo de aprofundar as medidas de cautela para retirar o Brasil da posição de campeão mundial em acidentes do trabalho. Tanto que, essa lei alterou o art. 200 da Consolidação das Leis do Trabalho, designando a competência normativa ao Ministério do Trabalho não só para regulamentar, mas também para complementar as normas do Capítulo VII – Da Segurança e da Medicina do Trabalho. Segundo Camisassa (2015): “Art. 200: Cabe ao Ministério do Trabalho estabelecer disposições complementares às normas de que trata este Capítulo, tendo em vista as peculiaridades de cada atividade ou setor de trabalho.” Dessa forma, em 08 de junho de 1978, o Ministério do Trabalho aprovou a Portaria nº 3.214, que decretou as normas regulamentadoras pertinentes a Segurança e Medicina do Trabalho. Essas normas são um conjunto de disposições e procedimentos técnicos relacionados à Saúde e Segurança do Trabalho (SST) no Brasil. E estas normas por serem amparadas pela CLT, as mesmas devem ser, obrigatoriamente, aplicadas nas empresas (PINHEIRO, 2012). Sendo que a responsabilidade pela elaboração e revisão das mesmas, é da Secretaria do Trabalho utilizando o sistema tripartite partidário, por meio de grupos e comissões 8 compostas por preposto do governo, de empregados e empregadores (SILVEIRA NETO, 2020). As Normas Regulamentadoras de SST estabelecem obrigações sobre medidas ocupacionais. Visam a redução de custos: a) Previdenciários (pensão por morte, auxílio-doença acidentário, auxílio-acidente); b) Com saúde (SUS) – imediatos e a longo prazo; c) Empresariais, inclusive os decorrentes de faltas no trabalho; d) Sociais (especialmente para os trabalhadores) (SECRETARIA DE TRABALHO, 2019). Temos assim, que com o cumprimento das NRs, as empresas também conseguem preservar sua imagem perante o mercado, o que por consequência, gera confiança em relação ao profissionalismo da organização. Entretanto, é preciso salientar também que um ambiente de trabalho mais organizado e com risco de acidentes mínimos, anima os funcionários, os deixando satisfeitos e por consequência melhorando sua produtividade por se sentirem seguros para o trabalho, havendo também melhores relações entre empregadores e empregados (CAMISASSA, 2015). 2.1 NR 01 – Disposições Gerais e Gerenciamento de Riscos Ocupacionais A primeira Norma Regulamentadora (NR) criada foi a NR 01, esta norma determina que as demais NRs, relativas à segurança e medicina do trabalho, se torna obrigatória para todas as empresas públicas e privadas, além dos órgãos públicos da administração indireta e direta, desde que possuam empregados regidos de acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho (CÉSAR, 2018). Esta norma ao decorrer de 42 anos foi atualizada 6 vezes. Visto que, sua primeira versão foi publicada pela Portaria nº 3.214, de 8 de junho de 1978, para tratar das disposições gerais sobre Segurança e Saúde no Trabalho (SST) e consolidar o campo de aplicação de todas as NRs. Entre os anos de 1983 e 2009, a norma sofreu quatro atualizações precisas e manteve os conceitos estabelecido inicialmente e que são primordiais para a correta aplicação das demais Normas Regulamentadoras (SESI, 2020). E recentemente, essa norma passou por duas revisões importantes. A primeira foi em julho de 2019, dada pela Portaria SEPRT n.º 915. Além de tudo, essa atualização traz a capacidade da realização dos cursos solicitados pelas demais Normas Regulamentadoras (NRs) na modalidade Educação a Distância (EaD) e semipresencial, e contrabalanceou os termos e 9 definições importantes para a gestão de Segurança e saúde do Trabalho e trouxe a possibilidade de armazenagem dos documentos previstos nas NRs, em meios digitais (ESO, 2021). Adiante, a segunda e até o momento última revisão, foi em março de 2020 pela Portaria SEPRT n.º 6.730, impulsionada pela necessidade de equilibrar seu texto com outros dispositivos legais, tais como as NR 07, NR 09 e NR 17. Lembrando que,essa última revisão foi prorrogada para entrar em vigor somente em 2022 (ESO, 2021). Vale ressaltar que, a normatização vigente à época, utilizada para realizar a gestão de riscos pelas empresas, a NR 09, tinha como foco a higiene ocupacional. Pois, segundo Sesi (2020, p. 09) “A gestão de riscos integrada não era contemplada em uma única norma, considerando, além dos químicos, físicos e dos biológicos, os perigos de acidentes com equipamentos e máquinas, perigos de origem elétrica, fatores ergonômicos, entre outros”. Até o momento, contamos com um total de 37 Normas Regulamentadoras, formuladas e estruturadas com aspectos integrativos e interdependentes umas das outras, e apresentam um objetivo primordial em comum: a saúde e a segurança dos trabalhadores. Sendo que, dentro destas NRs, 2 foram revogadas (NR 02 e NR 27) e 35 são normas ativas (algumas gerais para todas as atividades econômicas e outras para atividades econômicas específicas, como é o caso da NR 18 que é específica para a Construção Civil).Tendo em vista que, a NR 01 é a norma de maior importância, pois, é ela quem estipula que todas as empresas são obrigadas a seguirem todas as 37 NRs. Ou seja, na NR 01 contém a disposição geral das outras NRs e as consequências do não cumprimento das mesmas (SILVEIRA NETO, 2020). Além disso, a NR 01 trouxe definições importantes para aplicação das outras normas regulamentadoras. Sendo que, a norma considera que as obras de engenharia, sendo considerada ou não canteiro de obra ou frentes de trabalho, são consideradas como um estabelecimento. Isso determina que esses estabelecimentos devem aplicar as NRs, por isso a importância da NR 01 (ANAMT, 2019). Sendo então que, regra geral, a obra de engenharia deve ser considerada como estabelecimento, exceto nos casos em que norma específica disponha de maneira diferente. Nesse sentido, conforme Norma Regulamentadora Nº 04 (2016, p. 01), que dispôs de outra forma sobre o conceito de estabelecimento: (...) 4.2.1 Para fins de dimensionamento, os canteiros de obras e as frentes de trabalho com menos de 1 (um) mil empregados e situados no mesmo estado, território ou Distrito Federal não serão considerados como estabelecimentos, mas como integrantes da empresa de engenharia principal responsável, a quem caberá 10 organizar os Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho. Mediante isto, segundo Sesi (2020) as normas consideradas gerais são aquelas que regulamentam aspectos decorrentes da relação jurídica prevista em lei, sem estarem condicionadas a outros requisitos, como atividades, instalações, equipamentos, setores ou atividades econômicas específicas. Já as normas consideradas especiais são aquelas que regulamentam a execução do trabalho considerando as atividades, as instalações ou os equipamentos empregados, sem estarem condicionadas a setores ou atividades econômicas específicas. E as normas consideradas setoriais são aquelas que regulamentam a execução do trabalho em setores ou atividades econômicas específicas. Tendo assim, a NR 01, que é classificada como norma geral, em caso de aparente conflito entre os dispositivos de NR, terá como prevalência, antes dela, as NRs dos tipos setorial e especial, visto que as regras são: norma setorial se sobrepõe à norma especial, que por sua vez, se sobrepõe à norma geral. (SESI, 2020) Conforme imagem abaixo: Figura 01 – Prevalência entre tipos de normas Fonte: SESI (2020, p. 15) Para não haver más interpretações ou surgimento de dúvidas, a própria NR traz em seu contexto a especificação de algumas nomenclaturas. Tendo assim, que segundo a Norma Regulamentadora Nº 01 (2019, p. 07), se considera: a) (...) Empregado: a pessoa física que presta serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário; b) Empregador: a empresa individual ou coletiva que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviços. Equiparam-se ao empregador as organizações, os profissionais liberais, as instituições de beneficência, as associações recreativas ou outras instituições sem fins lucrativos, que admitam trabalhadores como empregados; c) Trabalhador: pessoa física inserida em uma relação de trabalho, inclusive de natureza administrativa, como os empregados e outros sem vínculo de emprego. d) Estabelecimento: local privado ou público, edificado ou não, móvel ou imóvel, próprio ou de terceiros, onde a empresa ou a organização exerce suas atividades em caráter temporário ou permanente; 11 e) Local de trabalho: área onde são executados os trabalhos; f) Obra: todo e qualquer serviço de engenharia de construção, montagem, instalação, manutenção ou reforma; g) Canteiro de obra: área de trabalho fixa e temporária, onde se desenvolvem operações de apoio e execução à construção, demolição ou reforma de uma obra. h) Perigo ou fator de risco: fonte com o potencial para causar lesão ou problemas de saúde; i) Prevenção: o conjunto das disposições ou medidas tomadas ou previstas em todas as fases da atividade da organização, visando evitar, eliminar, minimizar ou controlar os riscos ocupacionais; j) Responsável técnico pela capacitação: profissional legalmente habilitado ou trabalhador qualificado, conforme disposto em NR específica, responsável pela elaboração das capacitações e treinamentos. k) Risco relacionado ao trabalho ou risco ocupacional: combinação da probabilidade de ocorrência de eventos ou exposições perigosas a agentes nocivos relacionados aos trabalhos e da gravidade das lesões e problemas de saúde que podem ser causados pelo evento ou exposição. l) Setor de serviço: a menor unidade administrativa ou operacional compreendida no mesmo estabelecimento. 2.1.1 Obrigações dos Empregadores e Empregados segundo a NR 01 Em relação aos deveres e obrigações entre empregadores e empregados quase sempre surgem dúvidas, mas esse assunto também é abordado na NR. Adiante, segundo a Norma Regulamentadora Nº 01 (2019, p. 02): (...) 1.4.1 Cabe ao empregador: (Retificação da Portaria SEPRT 916/2019 em 05/08/2019) a) cumprir e fazer cumprir as disposições legais e regulamentares sobre segurança e saúde no trabalho; b) informar aos trabalhadores: I - Os riscos ocupacionais existentes nos locais de trabalho; II - As medidas de controle adotadas pela empresa para reduzir ou eliminar tais riscos; III - os resultados dos exames médicos e de exames complementares de diagnóstico aos quais os próprios trabalhadores forem submetidos; IV - Os resultados das avaliações ambientais realizadas nos locais de trabalho. (...) O empregador deverá elaborar ordens de serviço que informem aos empregados os procedimentos relativos à SST a serem adotados durante a execução de suas atividades, bem como os riscos aos quais estarão sujeitos. A ciência aos empregados sobre o conteúdo dessas ordens de serviço pode ser feita por meio de comunicados, cartazes ou ainda meios eletrônicos. Durante o procedimento fiscalizatório do cumprimento da legislação de SST, a empresa deverá permitir que representantes dos trabalhadores acompanhem a fiscalização dos preceitos legais e regulamentares. Dentre estes estão os membros eleitos da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA). Também consta que o empregador deve determinar 12 procedimentos que necessitam ser adotados em caso de acidente ou doença relacionada ao trabalho, incluindo a análise de suas causas, por exemplo, para qual hospital o acidentado deverá ser encaminhado e de quem será essa responsabilidade. Lembrando que, em relação a evidencia de risco ocupacional ou de trabalho a NR também dispõem de alternativas. Tais essas, segundo a Norma Regulamentadora Nº 01 (2019, p. 03): (...) 1.4.3 O trabalhador poderá interromper suas atividades quando constataruma situação de trabalho onde, a seu ver, envolva um risco grave e iminente para a sua vida e saúde, informando imediatamente ao seu superior hierárquico. 1.4.3.1 Comprovada pelo empregador a situação de grave e iminente risco, não poderá ser exigida a volta dos trabalhadores à atividade, enquanto não sejam tomadas as medidas corretivas. E por último a norma traz também, que haja implementação de medidas de prevenção, dando lado as opiniões dos trabalhadores, e dando sequência de acordo com a seguinte ordem de prioridade: (...) g) implementar medidas de prevenção, ouvidos os trabalhadores, de acordo com a seguinte ordem de prioridade: I - Eliminação dos fatores de risco; II - Minimização e controle dos fatores de risco, com a adoção de medidas de proteção coletiva; III - Minimização e controle dos fatores de risco, com a adoção de medidas administrativas ou de organização do trabalho; e IV - Adoção de medidas de proteção individual. (Norma Regulamentadora Nº 01, 2019, p. 03) Em relação aos empregados, a norma traz de forma bem especifica e de fácil compreensão seus deveres perante a empresa. Sendo que, segundo a própria Norma Regulamentadora Nº 01 (2019, p. 03): (...) 1.4.2 Cabe ao trabalhador: a) cumprir as disposições legais e regulamentares sobre segurança e saúde no trabalho, inclusive as ordens de serviço expedidas pelo empregador; b) submeter-se aos exames médicos previstos nas NR; c) colaborar com a organização na aplicação das NR; d) usar o equipamento de proteção individual fornecido pelo empregador. Em relação a aos empregados se submeterem aos exames médicos previstos nas NRs, está diretamente relacionado a NR7 (PCMSO – Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional), para verificação de sua aptidão física e mental para o trabalho que exerceram, irão exercer ou exercem. Por consequência, o cumprimento de todas as exigencias sobrepostas 13 as empresas em geral, se concretiza um ambiente agradavel aos olhos de todos ali envolvido, trazendo segurança, saúde e bem estar para todos. 2.2 ABNT ISO 45001 (2018) - Sistema de Gestão de Segurança e Saúde Ocupacional Depois de anos de debates e muito aguardo, especificamente desde o ano de 2015, recentemente foi publicada a versão final da ABNT ISO 45001 em Maio de 2018. Onde trata- se de uma norma proposta para o Sistema de Gestão de Segurança e Saúde Ocupacional (SGSSO) e foi publicada pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), com o foco na melhoria dos desempenhos das empresas no que diz respeito à SST (SESI, 2020). Anteriormente a OHSAS 18001 era reconhecida como o procedimento mais empregado no mundo para a correta estruturação e regularização de SGSSO, pois apresentava foco na identificação de perigos e riscos, bem como no atendimento à legislação relativa à segurança cabível à empresa. A certificação da OHSAS 18001 não tinha a aprovação pelo INMETRO, em contraposição às certificações ISO (International Organization for Standardization - Organização Internacional de Normalização). No decorrer de sua vigência, a OHSAS 18001 foi o modelo de adesão mais buscado pelas organizações do mercado, segundo Telles (2019), tendo que o desenvolvimento de certificação requer auditoria por uma organização autônoma (SOARES e KOVALESKI, 2014). No entanto a OHSAS 18001 será retirada, pois atualmente a certificação foi substituída pela ABNT ISO 45001. Mas vale ressaltar que, embora a ABNT ISO 45001 trate praticamente do mesmo escopo da OHSAS 18001 a ABNT ISO 45001 possui características distintas e, por isso, não é considerada “revisão” ou atualização. (ROCHA; JESUS SOUZA, 2019). Essas diferenças são apontadas por Stockles e Werneck (2019, p. 03): (...)Há outras quatro principais diferenças: • A ISO 45001 é baseada em processos – a OHSAS 18001 é baseada em procedimento; • A ISO 45001 é dinâmica em todas as cláusulas – a OHSAS 18001 não é; • A ISO 45001 considera riscos e oportunidades – a OHSAS 18001 trata exclusivamente de risco; • A ISO 45001 inclui as opiniões das partes interessadas – a OHSAS 18001 não. Adiante se tem que ABNT ISO 45001 por sua vez, já possui a mesma identidade das normas ISO tradicionais, garantindo um alto nível de compatibilidade com as novas versões da ISO 9001, que estabelece os requisitos para o sistema de gestão da qualidade (SGQ) e ISO 14001, a qual estabelece os requisitos para o sistema de gestão ambiental (SGA), a norma tem 14 o foco na gestão, melhoria contínua e percepção dos indivíduos envolvidos quanto ao processo coletivo de gestão da SSO. E segundo Pollyanna (2019, p. 02): (...)A ISO 45001 foi criada principalmente pela necessidade de se formular uma norma mais integrável à gestão de qualidade e meio ambiente, pois na grande maioria das empresas, essas áreas andam de mãos dadas. Agora que as publicação oficial saiu, as empresas podem criar seus SGIs em um único modelo, apenas inserindo procedimentos que abracem tanto as áreas de qualidade e meio ambiente, quanto as de saúde e segurança ocupacional. Adiante se tem que segundo a esta norma, uma empresa é integralmente responsável pela saúde e bem-estar de seus colaboradores, sendo assim, esta deve se responsabilizar por realizar ações que promovam e assegurem a saúde, seja ela física ou mental de seus trabalhadores. A ABNT ISO 45001, deve ser adotada por qualquer empresa que vise promover cuidados e segurança para os seus colaboradores, impedindo e/ou diminuindo a ocorrência de acidentes e doenças ocupacionais. Sendo que, a mesma especifica os requisitos para que empresas de diferentes portes possam orientar os procedimentos do SGSSO, e também, na questão da melhoria dos resultados do desempenho da área de SSO na sua empresa (SESI, 2020). Esta norma tem como finalidade fornecer uma estrutura para gerenciar os riscos e oportunidades identificados na empresa, a fim de que seja possível prevenir lesões e problemas de saúde ocupacional e proporcionar ambientes de trabalho mais seguros e saudáveis. Esta norma reforça a importância de ações preventivas, mostrando que um sistema de gestão de SSO pode ser mais efetivo e eficiente ao tomar medidas antecipadas durante a abordagem de riscos e oportunidades. Desta forma, será possível evitar algum evento não desejado pela empresa e que exponha os colaboradores a riscos à sua saúde e integridade (BÔAS, 2019). 15 Figura 02 – Benefícios da ISO 45001: 2018 Fonte: O Autor Uma vez que, esta norma mantem o foco em reduzir o número de acidentes, afastamentos e mortes ocasionadas no trabalho e, ao mesmo tempo, atender às exigências legais relacionadas à Saúde e Segurança do Trabalho (SST) que são definidas pelas Normas Regulamentadoras. Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), a cada ano ocorrem 270 milhões de acidentes de trabalho e 160 milhões de doenças ocupacionais no mundo. Anualmente esses acidentes e doenças causam mais de 2,2 milhões de mortes e reduzem 4% do PIB (Produto Interno Bruto) mundial (CERRATO, 2018). 2.2.1 Relação entre a NR 01 (Ministério da Economia) e a Certificação proposta pela ABNT/ISO 45001 (2018). A nova NR 01 (2020) traz as instruções de gestão de riscos ocupacionais (GRO) a serem adotadas necessariamente pelas empresas brasileiras, de forma ajustada com as principais normas de GRO adotadas mundialmente: ABNT/ISO 31.000 e ABNT/ISO 45001, da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Com a implantação da nova abordagem para gestão de riscos ocupacionais, espera-se efetividade na redução dos níveis de riscos ocupacionais, com a adoção de medidas de controle para eliminar os perigos e mitigar os riscos nos ambientes de trabalho (SESI, 2020). Benefícios da ISO 45001:2018 Reduzir acidentes de Trabalho Desenvolver e implantar uma política e objetivos da SSO Demonstrar o comprometimentocom a SSO Eliminar Riscos de Saúde e Segurança do Trabalho Integrar a gestão da SSO com a gestão empresarial 16 Por conseguinte, a estruturação normativa para o GRO, dada pela NR 01 (2020), segue a abordagem adotada pelo PDCA (Planejar, Desenvolver, Checar e Agir), amplamente utilizada nos sistemas de gestão de SST baseados em normas de gestão, como a ABNT/ISO 45001 (2018). Temos também que esta norma que conceitua o PDCA como um processo interativo, utilizado pelas organizações para alcançar uma melhoria contínua. Ele pode ser aplicado a um sistema de gestão como um todo ou em cada um de seus requisitos, de forma individualizada (SESI, 2020). Figura 03 – Ciclo PCDA Fonte: O Autor A sigla PDCA na gestão de riscos ocupacionais, se qualifica sendo: a) Planejar: identificar os perigos e avaliar os riscos ocupacionais; estabelecer os objetivos e as atividades necessários para assegurar resultados de acordo com a política de SST da organização; b) Desenvolver: implementar os processos conforme planejado. Isso se refere à implementação das ações definidas no plano de ação do PGR; c) Checar: monitorar se as ações previstas foram realizadas e medir se foram eficazes; d) Agir: adotar medidas para melhorar continuamente o desempenho de SST, ou adequar ações implementadas e que não apresentaram o resultado pretendido (SESI, 2020). Planejar Desenvolver Checar Agir 17 Visto que, se considera que no contexto de identificação de perigos e avaliação de riscos, é importante estabelecer um entendimento sobre os conceitos adotados em normas internacionais e o que foi consolidado pela NR 01. Ou seja, várias são as definições, os entendimentos e a compreensão quanto às palavras perigo e risco previstas em diversas disciplinas e na literatura nacional e internacional. Por exemplo, a Organização Internacional do Trabalho adota o termo fator de risco e o define como “o que é intrinsicamente suscetível de causar lesões ou danos à saúde das pessoas” (SESI, 2020). Por sua vez, a ABNT/ISO 45001 (2018), que foi traduzida pela ABNT em 2018, define o termo perigo como “fonte com potencial para causar lesões e problemas de saúde” (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2018). A OIT define risco como “a combinação da probabilidade de que ocorra um evento perigoso com a severidade das lesões ou dos danos causados por esse evento à saúde das pessoas” (SESI, 2020). Já a ABNTISO 45001 (2018) define risco de saúde e segurança ocupacional (risco de SSO) como a “combinação da probabilidade de ocorrência de eventos ou exposições perigosas relacionadas aos trabalhos e da gravidade das lesões e problemas de saúde que podem ser causados pelo(s) evento(s) ou exposição(ões)” (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2018). Assim, a norma NBR/ISO 45001 (2018) conceitua processo como um conjunto de atividades inter-relacionadas ou interativas que transformam entradas em saídas (Figura 04). Figura 04 – Visão de Processo Fonte: SESI (2020, p. 55) 18 Entendendo que, a caracterização dos processos e do ambiente de trabalho são importantes para uma correta identificação de perigos e avaliação de riscos. Quando se tem a visão geral dos processos da organização e das suas inter-relações, inclusive os processos de apoio e aqueles não relacionados diretamente com a atividade-fim da empresa, é possível caracterizar adequadamente os perigos no inventário de riscos. Mas, a NR 01 (2020) não exige que a caracterização dos processos seja representada em forma de fluxograma, mas essa tem sido a forma que a maioria das organizações utilizam para tal. A identificação correta das atividades que compõem o processo e outros elementos que interagem com o fluxo de trabalho é importante segundo Sesi (2020, p. 56) para: (...) - Entender como o processo funciona na prática; - Produzir documentação estruturada e coesa sobre o processo; - Garantir que os processos possam ser entendidos, facilitando as auditorias. Nesse contexto, com as informações da caracterização do processo podem ser resumidas por meio de um diagrama (Figura 05). Figura 05 - Exemplo do processo de produção da indústria de alimentos Fonte: SESI (2020, p. 58) Com isto, se tem que a caracterização do ambiente de trabalho deve-se considerar todos os ambientes em que os trabalhadores exerçam atividades, no interior ou fora da organização. No geral, a caracterização do ambiente de trabalho permite a identificação das fontes geradoras. Por isso, a sua importância no processo de gerenciamento de riscos. 19 2.3 Entrada em Vigor da NR 01 (2022) A última revisão foi feita em março de 2020 pela Portaria SEPRT n.º 6.730. Nessa nova versão, a norma trouxe requisitos gerais quanto ao Gerenciamento de Riscos Ocupacionais (GRO), visando preencher uma lacuna regulamentar, pois não existia NR que tratasse claramente da gestão de riscos ocupacionais. Lembrando que, essa última revisão foi prorrogada para entrar em vigor somente em 2022 (ESO, 2021). 2.3.1 Considerações a Respeito da Última Atualização Sendo considerada como a nova a NR 01 (2020), esta norma serve para estabelecer os critérios que devem ser adotados por ambos os empregadores e empregados nos quesitos de saúde ocupacional e segurança do trabalho. Ela implementa nesta última versão o Gerenciamento de Riscos Ocupacionais (GRO), que nada mais é do que uma gestão completa de riscos que deve ser aplicada nas empresas. Dentro do GRO, algumas documentações são necessárias, como o Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) e o Plano de Resposta à Emergências (PRE) (SISTEMA ESO, 2021). Ou seja, esta nova atualização vem para regulamentar e englobar a gestão de riscos ocupacionais tudo em um único lugar, onde as outras NRs servem apenas de apoio. Vale ressaltar que, o PPRA (Programa de Prevenção de Riscos Ambientais) da NR 09 deixa de existir devido a isso, já que no lugar dele o PGR cumpre a função e ainda complementa mais detalhes. Porém, a NR 09 serve de apoio para a NR 01, para se consultar em relação aos riscos, por exemplo (SISTEMA ESO, 2021). A prorrogação do GRO (Gerenciamento de Riscos Ocupacionais) foi deferida para 3 de janeiro de 2022. Juntamente com a NR 01, a CTPP definiu a mesma data para as NRs 07 (PCMSO), 09 (Avaliação e Controle das Exposições Ocupacionais a Agentes Físicos, Químicos e Biológicos), 18 (Indústria da Construção) e parte da 37 (Plataformas de Petróleo), que entrariam em vigor agora no dia 02 de agosto de 2021 (CARDOSO, 2021). Em relação a isto, se tem que segundo Cardoso (2021, p. 01): (...)dois aspectos foram considerados na decisão de adiamento. Um deles foi o cenário de pandemia, que levou muitas empresas a priorizar seus esforços no combate ao Covid-19, restando pouco tempo a ser dedicado para a transição ao PGR (Programa de Gerenciamento de Riscos) previsto no GRO da NR 01. E o outro, a questão de assegurar que todo o conjunto que está relacionado ao GRO entre em vigor na mesma data. “Como a NR 17 não foi publicada ainda, vai ser importante essa prorrogação para garantir que todas as normas gerais (NRs 01, 07, 09 e 17) entrem em vigor juntas. Também a NR 18, que traz a novidade do PGR da indústria https://sistemaeso.com.br/blog/seguranca-no-trabalho/implementando-o-gro-gerenciamento-de-riscos-ocupacionais 20 da construção e a própria NR 37 e todos aqueles anexos, assegurando essa integração”, avalia o auditor fiscal do Trabalho. Adiante, também se tem que Fly (2021, p. 01) expõem sua posição em relação a nova atualização, onde ele menciona que: (...) Entre as diversas novidades, na substituição do PPRA pelo novo PGR, está a possibilidade de um programa ocupacional mais completo e dinâmico, já que o novo Programa passa a englobar e gerir todos os riscos ocupacionais existentes no ambiente de trabalho, e não somenteos riscos físicos, químicos e biológicos. O novo PGR apresenta uma visão mais adequada com o meio ocupacional contemporâneo, pois passa a observar também os riscos ergonômicos e mecânicos. Além disso, apresenta também uma redução nos custos, já que possui um prazo maior de renovação, de dois anos, chegando até três para empresas que possuem certificações no sistema de gestão de Saúde e Segurança do Trabalho. E também com base na nova vigência, Silveira Neto (2020, p. 10) afirma que: (...)As mudanças ou atualizações de normativas por si só não garantem nenhum tipo de benefício para as partes envolvidas, todavia o que potencializa o desenvolvimento desse fenômeno é a viabilização do acesso, de empregadores e trabalhadores, sobre o conhecimento de tais normativas e a implementação das ações preventivas que serão promovidas e pautadas frente a cada contexto de trabalho específico. As práticas envolvidas para se estabelecer uma cultura prevencionista sólida e bem fundamentada devem observar e abordar o máximo de elementos atrelados as normas regulamentadoras. A partir disso podemos, sim, em algum grau, garantir benefícios para empregados e empregadores, que podem ter seu retorno de curto, médio e longo prazo, se bem implementadas essas ações. Com as argumentações acima citadas, resumidamente se tem que apesar das dificuldades que as empresas passaram durante a pandemia (de 2019 até o momento), a intenção é manter a conscientização que uma empresa que se preocupa com a integridade física e psicológica de seus colaboradores passa a divulgar uma imagem positiva e íntegra. E as empresas que se envolvem e se comprometem com as estratégias e ações voltadas para a SST, consegue ter a admiração de seus consumidores, o respeito e consideração de seus colaboradores, a identificação de profissionais que desejam fazer parte dessa equipe de trabalho, ou seja, detém muitos pontos positivos que lhe agregam confiabilidade e valorização no mercado. 21 3 MATERIAL E MÉTODOS Considerando que, a norma que influenciou para o desenvolvimento deste trabalho foi a NR 01 - Disposições Gerais e Gerenciamento de Riscos Ocupacionais-, dando ênfase na sua relevância e suas últimas atualizações, como também teve participação a norma ABNT/ISO 45001 (2018) em razão de se tratar especificamente do setor da construção civil. Deste modo foi adotado o método comparativo como base, que segundo FACHIN (2005, p. 40): (...)consiste em investigar coisas ou fatos e explicá-los segundo suas semelhanças e suas diferenças. Permite a análise de dados concretos e a dedução de semelhanças e divergências de elementos constantes, abstratos e gerais, propiciando investigações de caráter indireto. Em relação aos procedimentos técnicos, aplicou-se o método de pesquisa bibliográfica, que segundo GIL (2002) “é desenvolvida com base em material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos”. Ou seja, o estudo baseia-se em trabalho de pesquisa de natureza qualitativa, e análise documental que auxilia para descrever aspectos de um problema em discussão, e considera a parte subjetiva do problema, que significa a capacidade de analisar dados que não podem ser mensurados estatisticamente. Neste contexto, a pesquisadora buscará nos textos originais, resultando numa conversão de dados primários em dados secundários. Por sequência, se teve a etapa de pesquisa documental, a qual será relacionada a informações contidas na NR 01, trazendo assim o comparativo do texto vigente até o momento (2019) com a última atualização (2020) em formato de tabela, apresentando as modificações na norma e possíveis acréscimos que se obteve, com uma linguagem clara, direta e de fácil compreensão. Também se tem o comparativo da NR 01 (texto nacional) com a ABNT ISO 45001 (texto internacional), tendo a mesma sequência de pesquisa e apresentação como antes mencionado. Já a investigação documental será embasada em dados apresentados por sites oficiais como Ministério da Economia, Diário Oficial da União, Associação Brasileira de Normas Técnicas e Organização Internacional do Trabalho. Exemplo é a apresentação da ABNT ISO 45001 e sua relação com a SST (Segurança e Saúde no Trabalho), sendo embasada por meio da leitura da norma e apresentação de sua semelhança e maior proximidade com o assunto, sendo transmitida em forma de escrita objetiva e utilização de gráficos para facilitar o entendimento. 22 De modo geral, o estudo será apresentado de três aspectos, sendo o primeiro de modo textual, compreendendo a estrutura de trabalhos acadêmicos, seguindo as orientações estabelecidas na Associação Brasileira de Normas Técnicas NBR 14724 (2011), através de artigo científico e pontuando os itens acima mencionados. O segundo aspecto será mediante apresentação oral em frente a banca examinadora, após terem acesso ao conteúdo escrito, e o terceiro a partir de apresentação oral simultaneamente utilizando de meio visual do conteúdo por meio de slides. 4 CRONOGRAMA DO TCC 02 O cronograma das atividades que serão realizadas ao longo do Trabalho de Conclusão de Curso II é apresentado no Quadro 4.1 para avaliação. Quadro 4.1 — Cronograma previsto para as atividades que serão realizadas no segundo semestre. Atividades Meses Fevereiro Março Abril Maio Junho Revisão dos itens propostos pela banca Fabricação dos corpos de prova Ensaios Análise estatística dos dados Escrita da seção Resultados no TCC II Escrita da seção Conclusões Fonte: O autor (2021) 23 REFERÊNCIAS ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 10520 Informação e documentação – Citações em documentos – Apresentação. Rio de Janeiro: ABNT, 2002. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. 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