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7 - Displasia do Desenvolvimento do Quadril (luxacao congenita)

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Displasia do Desenvolvimento do Quadril 
(Luxação Congênita) 
Patologias do Quadril por Grupos Etários 
Patologias de Crianças:
- Recém-nato a 3 anos: luxação congênita do quadril
- 3 aos 6 anos: artrite fugaz (sinovite transitória)
- 3 aos 10 anos: doença de Legg Perthes (necrose da epífise da cabeça do fêmur)
- 10 aos 17 anos: epifisiólise
- Artrite séptica (infecção purulenta da articulação): 2 anos ou 5 a 10 anos
- Artrite tuberculosa: afeta qualquer idade, mais frequente em torno dos 10 anos
- Artrites reumáticas: não são muito frequentes nas crianças
Patologias de Adultos Jovens:
- Osteocondrite dissecante (rara): doença na cartilagem de revestimento da cabeça do 
fêmur
- Necrose idiopática da cabeça do fêmur: comum. Maior incidência com uso de 
corticoides, alcoolismo e em quem pratica mergulhos em profundidade.
- Artrites reumáticas: artrite reumatoide, espondilite anquilosante
- Tumores osteoarticulares: benignos e malignos.
Patologias de Adultos Velhos:
- Coxartrose primária (5 e 6 décadas): artrose própria do idoso, sem causa conhecida
- Coxartrose secundária (3 e 4 décadas): artrose da articulação coxofemoral. Paciente 
apresenta alteração na mecânica do quadril e desenvolve uma artrose mais precoce
- Metástases ósseas: relacionadas com fraturas patológicas
- Fraturas do colo do fêmur: decorrentes de trauma (próprias da idade)
Luxação Congênita do Quadril (Displasia do 
desenvolvimento) 
Definição 
- Deslocamento não traumática da cabeça do fêmur da cavidade acetabular
Considerações 
- Diagnóstico deve ser precoce
- Na maioria dos vezes o diagnóstico é realizado pelo próprio pediatra (suspeita logo 
nos primeiros exames do RN)
- Diagnóstico nem sempre se faz no primeiro exame: quadril pode estar apenas instável 
e ir deslocando com o tempo
- Encaminhar ao ortopedista para confirmação e definição de tratamento
- Repetir o exame nos primeiros meses de vida
Classificação 
- Teratológica ou embrionária: 
• A cabeça do fêmur já é formada fora da cavidade acetabular
• Geralmente cursa com alterações graves e outras malformações
• É rara, grave e de difícil tratamento
- Típica ou fetal: 
• 3 formas clínicas da mesma patologia:
• Quadril instável
• Subluxado
• Luxado
Incidência 
- Formas clínicas:
• Subluxado: 9,2/1000
• Luxado: 1,3/1000
• Quadril instável: 1,2/1000
- 60% ocorre do lado esquerdo (quadril da criança sob pressão do promontório da mãe)
- 20% ocorre do lado direito
- 20% bilateral (espaço perineal alargado)
- 70% ocorre em paciente feminino
- 20% associado ao parto pélvico (fator de pré-disposição) 
Etiologia 
- Fatores genéticos (muito importantes. Sempre questionar sobre mãe com luxação 
congênita)
- Fatores étnicos
- Fatores hormonais
- Fatores neuromusculares: 
• Determinam frouxidão cápsulo-ligamentar + fatores mecânicos intrauterinos 
(oligodrâmnio e posição pélvica) ou pós-natais (ex: modo de carregar a criança).
Terminologia 
- Luxação: deslocado
- Luxável: parcialmente deslocado
- Instável: se presente após um mês de vida, dever ser tratado
- Displasia: desenvolvimento anormal de tecidos. Cavidade acetabular mais rasa que se 
não tratada, favorece luxação.
Alterações Anatômicas 
- Displasia Teratológica:
• Paciente já nasce com alterações graves
- Displasia Típica:
• Nascem com frouxidão capsular
• Ligamento redondo alongado
• Acetábulo mais raso
• Cabeça do fêmur menor
• Colo do fêmur antevertido
• OBS: 
• Com a idade e após a marcha as deformidades se agravam
• Alguns nascem com instabilidade e nos primeiros dias de vida estabilizam
Clínica 
- Não há dor
- No RN fazer as manobras: Manobra de Ortolani e Manobra de Barlow 
• Ortolani positivo: identifica a luxação da cabeça do fêmur, ela é encaixada 
novamente no lugar ao se fazer pressão enquanto se faz abdução forcada da perna
• Barlow positivo: percepção da instabilidade da articulação coxofemora através da 
aplicação de pressão contra a mesa 
- Com alguns meses de idade: manobras já não são mais úteis para diagnóstico.
- Observar rotação externa do membro, assimetria de pregas cutâneas, abdução 
limitada (bloqueio mecânico), encurtamento do fêmur (Sinal de Galeazzi +).
Quanto a Marcha 
- Clínica depois da marcha: 
• Retardo no início da marcha
• Encurtamento de membros inferiores
• Rotação externa do membro inferior
• Claudicação
• Sinal de Trendelemburg positivo: 
musculatura do quadril enfraquecida, 
não tem capacidade de manter a pelve 
estável. Quando a criança se apoia no 
membro inferior afetado, ocorre queda 
da nádega contralateral.
- Quando displasia bilateral:
• Marcha de pato/anserina (em casos bilaterais)
• Espaço perineal aumentado (em casos bilaterais)
• Hiperlordose (em casos bilaterais)
Exames Complementares 
- Ultrassonografia:
• Exame de eleição no recém-nato (até os 3 meses)
- Radiografia:
• Pouco valor no RN – difícil interpretação (cabeça do fêmur e acetábulo 
cartilaginosos)
• Radiografia normal não afasta o diagnóstico 
• A medida que as porções cartilaginosas do quadril passam por ossificação, a 
radiografia se torna um exame melhor (acima dos 3 ou 4 meses). 
• Cabeça do fêmur começa a ossificar entre 4º e 6º meses de vida.
- Tomografia computadorizada:
• Útil no controle do tratamento com gesso
- Ressonância Magnética 
• Excelente para estudar as partes moles que dificultam a redução no tratamento 
Tratamento 
- Diagnóstico deve ser feito precocemente (RN) e o tratamento iniciado 
imediatamente 
- Objetivo: obter e manter a redução da luxação para permitir o desenvolvimento da 
cabeça do fêmur e do acetábulo
- Cursa sem sequelas quando o tratamento inicial é bem estabelecido
- As opções terapêuticas dependem da idade da criança
Até 3 meses de idade:
- Correias/suspensório de Pavlik: 
• Mantém flexão de 100° e abdução de 60° (posição em que a cabeça do fêmur fica 
reduzida) 
• Deve ser usado por 24 horas por dia nos primeiros 45 dias (tempo mínimo de uso)
• Evita a extensão e adução dos quadris
• Desenvolve o acetábulo pela presença da cabeça femoral 
• Promove a redução espontânea do quadro
• O suspensório de Pavlik não deve ser usado após o sexto mês: resultados não são 
tão bons e a adaptação da criança é ruim 
Entre 3 e 6 meses de idade:
- Imobilização gessada é necessária
- Correia/suspensório de Pavlik já não é mais suficiente
Entre 6 e 18 meses de idade:
- Redução incruenta após prévia tração + gesso ou redução cirúrgica se necessário
18 meses até 8 anos::
- Cirurgias:
• Quanto mais velhos, mais agressivas são as cirurgias e maiores são os riscos de 
sequelas
- Opções Cirúrgicas:
• Redução cirúrgica simples: abre-se a articulação, retira-se o tecido mole, coloca-se 
o fêmur no lugar e fecha a cápsula
• Osteotomias de ilíaco (técnicas de Salter, Pemberton, Chiari ou Steel)
• Osteotomias femorais (derrotadora, varizante ou encurtadora)
• Acetabuloplastias
• Tetoplastias 
Complicações 
- Reluxação
- Displasia acetabular residual (mesmo após tratamento, acetábulo continua raso – pode 
exigir nova cirurgia)
- Necrose avascular (iatrogênica)
- Lesão de nervo femoral (hiperflexão do quadril – pode ocorrer com o uso da correia de 
Pavlik)
- Osteoartrose grave do quadril no adulto jovem, quando resta alguma deformidade 
(quadro doloroso)
- Neocotilo: articulação da cabeça do fêmur fora da cavidade acetabular.

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