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DISFUNÇÕES MÚSCULO - ESQUELÉTICAS EM CRIANÇAS Profa. Luana de La Barra TORCICOLO MUSCULAR CONGÊNITO Torcicolo Muscular Congênito tortus = torto collum = pescoço Deformidade ocasionada pela contratura do músculo esterno – cleido – occipito - mastóideo (ECOM) • É uma síndrome caracterizada pela posição viciosa da cabeça, ou seja, desvio contralateral da cabeça, e aparecimento progressivo de assimetrias facial e craniana. É decorrente da ruptura e fibrose do músculo esternocleidomastóideo ocorridas intra- útero ou durante o parto. Anatomia Etiologia • Não há um consenso na literatura • Má posição do pescoço no útero, provocando uma isquemia no músculo e fibrose. • Apresentação pélvica causando alongamento excessivo no parto. Fisiopatologia tumefação ou fibroma (tec.conjuntivo denso) ↓ fibrose no ECOM ↓ encurtamento e contratura Quadro Clínico Deformidade: - inclinação p/ o mesmo lado do m. acometido - rotação p/ o lado oposto Quadro Clínico Palpação: - “tumor” endurecido, não depressível e fusiforme - indolor Quadro Clínico - Assimetria da face - Desnivelamento dos olhos - hemihipoplasia facial ou - em plagiocefalia Quadro Clínico - limitação ADM passiva e ativa para inclinação contralateral e para a rotação ipsilateral Diagnóstico diferencial • O pediatra tem que descartar outras más formações, como as que causam alterações vertebrais, defeitos da visão e defeitos do SNC. • Só muscular Diagnóstico diferencial • O diagnóstico diferencial é feito com outros tipos de torcicolos adquiridos. Os torcicolos adquiridos podem ser decorrentes de problemas oculares, artrite reumatóide devido à subluxação nas duas primeiras vértebras cervicais (C1 e C2) ou cisto branquial Tratamento - Conservador: intervenção precoce até 1 ano de idade - Cirúrgico: após 1 ano de idade sem resultados tto.conservador Tratamento Conservador * Fisioterapia: - Alongamento muscular (ECOM) - Mobilização da coluna cervical - Incentivo à correção ativa - Orientações aos cuidadores - Prevenção de assimetrias compensatórias Alongamento Passivo - inclinação p/ o lado oposto - rotação p/ o mesmo lado Alongamento Passivo Alongamento Passivo Estimulação da Movimentação Ativa Orientações aos Cuidadores - exercícios domiciliares (3 a 4x/dia) - estímulos à movimentação ativa - posicionamento de berço e do bebê - carregar no colo - amamentação Tratamento Cirúrgico - após 1 ano de idade (Davids e cols., 1993) (Morrison e MacEwen, 1982) - tenotomia (alongamento) ou liberação musc. Distal (porção clavicular e esternal) Proximal Tratamento Cirúrgico Pós-Operatório - aspectos da cicatriz e postura Pós-Operatório - Imobilização com órtese (colar) - Mobilização passiva precoce após 3.º/4.º PO Pós-Operatório - movimentação ativa após 4/6 sem. Pós-Operatório - alongamentos passivos e auto-alongamentos Pós-Operatório - uso de espelhos e correções posturais Pós-Operatório - reequilíbrio postural e corporal PÉ TORTO EQUINO-VARO CONGÊNITO (PTC) PÉ TORTO CONGÊNITO (PÉ EQUINOVARO) • Deformidade caracterizada por: • varismo ou angulação medial do calcâneo • equinismo ou flexão plantar de tornozelo • adução/supinação do antepé • cavismo • Nomenclatura: pé equinocavovaro supinado PÉ TORTO CONGÊNITO (PÉ EQUINOVARO) • Incidência: 1 a 2/1000 + sexo masculino (2:1) 50% bi / 50% unilateral PÉ TORTO CONGÊNITO (PÉ EQUINOVARO • Não se sabe exatamente porque a condição ocorre, por isso se dá o nome de pé torto congênito (de nascimento) e idiopático ( quando não sabemos a causa). • Existem duas teorias: as dos fatores intrínsecos e a dos fatores extrínsecos. Fatores intrínsecos 1. Alterações histológicas dos músculos: atrofia dos músculos da perna, contraturas de partes moles, cápsula e ligamentos. 2. Alterações neurológicas: retardo na maturação neurológica ao nível da placa nas fases iniciais do desenvolvimento. 3. Parada do desenvolvimento: parada ou retardo no desenvolvimento após o terceiro mês, o que leva a um desequilíbrio muscular. Fatores intrínsecos • Defeito embrionário: crescimento desordenado dos núcleos de ossificação. • Anomalias nas inserções tendinosas: as inserções desviadas dos tendões de aquiles, tibial anterior e tibial posterior. Fatores extrínsecos • Aumento da pressão intra-uterina: determina uma compressão anormal dos pés, posicionando-os em equinovarosupinado. • Postural: posição em rotação interna dos membros inferiores, bem como equinismo dos pés por períodos prolongados. Patologia • Retração de partes moles: ligamentos e capsulas • Tendões e músculos flexores plantares e inversores do pé encurtados (tibial posterior, tríceps sural e tendão de aquiles) • Tendão de aquiles tem inserção mais medial mantendo o varismo. Complicações • Quando o pé não for tratado, ocorrerão adaptações importantes nos outros ossos, posteriormente incapacidade funcional, dores e degeneração articular. PÉ TORTO CONGÊNITO • Diagnóstico: logo após o nascimento PÉ TORTO CONGÊNITO • O diagnóstico pré-natal do pé torto congênito é ultassonográfico, possível no chamado ultassom morfológico. • Nessa ocasião, os pais são informados e devem receber informações sobre a condição e as possíveis formas de tratamento, uma vez que, se optado pelo tratamento conservador este deve ser iniciado nas primeiras semanas de vida, com maiores chances de sucesso. PÉ TORTO CONGÊNITO • TRATAMENTO CONSERVADOR: Início imediato – 10° dia de vida • Manipulações diárias + bandagens PÉ TORTO CONGÊNITO • TRATAMENTO CONSERVADOR: Início imediato – 10° dia de vida • Manipulações diárias + bandagens PÉ TORTO CONGÊNITO • TRATAMENTO CONSERVADOR: Início imediato – 10° dia de vida • Gesso coxopodálico: correção progressiva, troca semanal com manipulação PÉ TORTO CONGÊNITO • TRATAMENTO CIRÚRGICO: A partir do 5°/6° mês de vida PÉ TORTO CONGÊNITO • Indicação: • Pés resistentes ao tratamento conservador, com gesso e resistentes as manipulações. • Pés não tratados ou com tratamentos interrompidos em que notamos muita resistência a correção manipulada ou pés muito rígidos. • Paciente com mielomeningocele, artrogripose ou outras patologias neuromusculares, que determinam PTC rígido e com grande incidência de recidiva. PÉ TORTO CONGÊNITO ➢ Correção: liberação medial, posterior e plantar - fixação da correção com fios de aço ➢ PÉ TORTO CONGÊNITO • TRATAMENTO CIRÚRGICO: • P.O.: retirada da fixação 3ª sem P.O. gesso coxopodálico até +- 45/60 dias P.O. após órtese PÉ TORTO CONGÊNITO • TRATAMENTO CIRÚRGICO: • Fisioterapia P.O.: ADM (flx dorsal e eversão) FM (tibial anterior e fibulares) alongamento de tríceps sural treino de marcha DOENÇAS DO QUADRIL INFANTIL Introdução • Exige uma morfologia precisa, uma grande mobilidade e uma estabilidade perfeita. • É uma articulação desfavorecida desde a sua concepção. • Fatores genéticos influenciam na formação e a menina está mais sujeita a displasia. • Movimentação dentro do útero, parto. Doenças do quadril infantil • displasias do desenvolvimento do quadril (displasia congênita do quadril • Doença de Legg - Calvé - Perthes • Epifisiólise DISPLASIA CONGÊNITA DO QUADRIL Etiologia • 1-Teoria Mecânica: alteração morfológica do acetábulo, e como resultado de malformação músculo-esquelética causadas pelas pressões extrínsecas da musculatura uterina ou devido feto crescer dentro de um limitado recipiente com volume de fluido amniótico diminuído, ou ainda por determinadas posições do feto dentro do útero materno Etiologia • 2 -Teorias hormonais: Ortolani em 1976questionou definitivamente tal teoria, pois ela não explicaria o fato de, apesar da dosagem dos estrógenos estar alta nas primeiras semanas de vida, a maioria dos quadris clinicamente instáveis, se estabilizarem justamente neste período. 3-Teoria Genética a nosso ver a mais correta no começo do século nas províncias da França, Normandia. Rara entre os Chineses. DISPLASIA CONGÊNITA DO QUADRIL Alteração do desenvolvimento dos ossos da articulação do quadril = falta de cobertura acetabular ⇓ Luxação Congênita do Quadril - Incidência: luxação 1/1000 displasia 10% DISPLASIA CONGÊNITA DO QUADRIL DISPLASIA CONGÊNITA DO QUADRIL - Sinais precoces: Manobra de Ortolani Manobra de Barlow DISPLASIA CONGÊNITA DO QUADRIL - Sinais tardios: encurtamento do membro, saliência do grande trocânter, assimetria das pregas, limitação da abdução DISPLASIA CONGÊNITA DO QUADRIL - Tratamento Ortopédico: centrar a cabeça e deixá-la estável (depende da idade) abd.+- 60° flx. 90/110° DISPLASIA CONGÊNITA DO QUADRIL - Tratamento Ortopédico: - RN: órteses abdutoras - dinâmicas (aparelho de Pavlik) abd. 60 ° flx. 110 ° DISPLASIA CONGÊNITA DO QUADRIL - Tratamento Ortopédico: - RN: órteses abdutoras - estáticas (aparelho de abdução fixa) abd. 60 ° flx. 90 ° DISPLASIA CONGÊNITA DO QUADRIL - Tratamento Ortopédico: - 3° mês: tração cutânea prévia redução incruenta imobilização em GPP (4 a 5 meses) DISPLASIA CONGÊNITA DO QUADRIL - Tratamento Ortopédico: - 9°/10° mês: tratamento cirúrgico imobilização em GPP (4 sem.) DISPLASIA CONGÊNITA DO QUADRIL - Tratamento Fisioterápico: (pós tto ortopédico) - normalização da ADM - normalização da FM - estimulação do DNM - treino de marcha e funcionalidade DOENÇA DE LEGG-CALVÉ- PERTHES DOENÇA DE LEGG-CALVÉ-PERTHES • Necrose avascular central idiopática da cabeça femural, que acomete o esqueleto imaturo, auto- limitante DOENÇA DE LEGG-CALVÉ-PERTHES • Fases: 1- Necrose 2- Fragmentação 3- Reossificação 4- Definitivo DOENÇA DE LEGG-CALVÉ-PERTHES • Fases: 1- Necrose 2- Fragmentação 3- Reossificação 4- Definitivo DOENÇA DE LEGG-CALVÉ-PERTHES • Etiologia: desconhecida • Incidência: +- 1/1200 + sexo masculino (4:1) 2 aos 12 anos DOENÇA DE LEGG-CALVÉ-PERTHES • Quadro Clínico: claudicação, dor, limitação da ADM (rot.int., abd., contratura em flx.), hipotrofia e encurtamento do membro, sinal de Tredenlemburg + Exames complementares • RADIOGRAFIA Tratamento • É autolimitada – apresenta resolução espontânea com reossificação completa da epífise femoral no final do processo. • Quanto mais esférica e congruente estiver a epífise femoral em relação ao acetábulo, melhor o resultado final. • Nas fases de necrose avascular e fragmentação, a cabeça femoral está suscetível à deformidade sofrendo ação das forças musculares no quadril e também da carga através da marcha. Tratamento • A cabeça femoral tende a subluxar expondo-a, então, à pressão do vértice acetabular, levando ao achatamento do núcleo epifisiário • O período em que a cabeça é plasticamente deformável são as fases de necrose e fragmentação, neste período preconiza-se o princípio da contenção da epífise femoral no acetábulo e preservação da mobilidade articular, para que a epífise reossifique esfericamente, pois o acetábulo serve de modelo. • Na maioria dos casos a marcha age desfavoravelmente e, portanto, deve ser proibida, pelo menos até a reossificação do pilar lateral. DOENÇA DE LEGG-CALVÉ-PERTHES • Tratamento Ortopédico: centrar a cabeça no acetábulo • Conservador (lesões pouco extensas, < 50%) - gessos ou órteses de abdução DOENÇA DE LEGG-CALVÉ-PERTHES ➢ Cirúrgico (lesões extensas, > 50%) - osteotomias femorais ou pélvicas - imobilização PO por 4/6 sem - fisioterapia PO* Sinovite transitória de quadril • A sinovite transitória do quadril é descrita na literatura como artrite transitória do quadril, epifisite aguda transitória, coxite fugaz, sinovite tóxica, quadril irritável e quadril em observação. Sinovite transitória de quadril • Diagnóstico para excluir patologias mais graves tais como, doença de Legg-Calvé- Perthes e outras, o que não é verdade, pois ela não é uma doença tão benigna. • Pelo menos a metade dos pacientes portadores de sinovite transitória do quadril apresentaram algum tipo de alteração radiológica como osteoartrite ou alargamento do colo femoral. Epidemiologia • A faixa etária mais freqüente acometida varia dos 4 aos 10 anos, sendo que na literatura há descrição de casos que variam dos 18 meses aos 13 anos. A idade média encontrada na pesquisa da literatura está ao redor dos 5,4 anos. • A maioria dos autores refere ser a sinovite transitória do quadril uma doença unilateral, sendo o quadril direito acometido em cerca de 65% dos casos. Etiologia • Desconhecida • A criança acometida pela sinovite transitória do quadril pode referir dor de início agudo no quadril, na coxa e/ou no joelho, resultando em claudicação, impedindo a marcha do paciente. Entretanto seu estado geral é bom, podendo no máximo - apresentar uma temperatura levemente aumentada. • Comumente, na anamnese, são referidos traumas ou processos infecciosos relacionados com a sintomatologia. Exame físico • Ao exame físico o paciente se encontra com o quadril sintomático na posição antálgica de Bonnett (ligeira abdução da articulação, rotação externa e flexão) • A marcha claudicante se faz com o membro inferior afetado em rotação externa. Esses sinais associados a queixa de dor no joelho, devem sempre nos fazer suspeitar de anormalidades no quadril em questão. • A abdução e a rotação interna estão limitadas e pressionando-se a região inguinal ipsilateral, a criança se queixa de dor. Tratamento • Repouso • Analgésico e antinflamatórios • Colocar o quadril afetado em 30 a 45 graus de flexão. EPIFISIÓLISE OU EPIFISIOLISTESE EPIFISIÓLISE • Deslocamento póstero-inferior da placa epifisária da cabeça do fêmur • Traumática ou idiopática, uni ou bilateral (25%) • + sexo masculino (2:1), 9 aos 16 anos EPIFISIÓLISE • Quadro Clínico: • dor e marcha antálgica • Hipotrofia muscular • Encurtamento do membro • Limitação flexão, abdução e rotação int. (padrão de adução e rotação externa) EPIFISIÓLISE • Fases: • Pré-Deslizamento (dor leve, limitação discreta de movimentos, Raio X -) • Deslizamento (dor e deformidade evidentes, alteração radiográfica) • Deformidade física (consolidação ) EPIFISIÓLISE • Tratamento Ortopédico : • evitar a progressão • prevenir necrose • preferencialmente cirúrgico = fixação “in situ” EPIFISIÓLISE • Reabilitação (precoce): • ADM e FM (imediato) • Carga no membro operado - 4ª/6ª sem PO OSTEOCONDRITES Definição: Processo inflamatório osteocondral. Dor nas fises de crescimento, apófise de tração Osteocondrites • No esqueleto imaturo, os tecidos mais vulneráveis às lesões são os núcleos de crescimento cartilaginoso, as fises e as apófises. • Fises: centros de ossificações primárias, localizadas nas extremidades dos ossos longos. • Crescimento longitudinal dos ossos • Cartilagem: menos resistente às forças de tração do que os ossos • Principal local de lesão durante a fase de crescimento • Em adulto, entretanto, devido à fusão das epífises e apófises, há maior resistência óssea. • A lesão ocorre no ligamento ou tendão. Osteocondrites • Estirão do crescimento + atividadesfísicas • Normalmente os sintomas são auto-limitantes • Cessam com a maturidade do crescimento. Fase do crescimento • da flexibilidade • Desequilíbrio força x flexibilidade • Estirão do crescimento: Os ossos crescem mais rápido que os músculos e tendões • “Encurtamento fisiológico”de músculos e tendões • OSTEOCONDRITES (Joelho): • Sinding-Larsen-Johansen = do polo inferior da patela • Osgood-Schlatter = da tuberosidade anterior da tíbia • OSTEOCONDRITES (Pé): • Doença de Sever = do calcâneo • OSTEOCONDRITES: • microtraumas de repetição → inflamação do tendão → calcificação • Adolescente (crescimento), 10 a 14 anos • + sexo masculino • Dor, edema, hipersensibilidade local Osgood-Schlatter • Etiologia • Estresse traumático por tracionamento constante do tendão patelar • Lise e fragmentação do tecido ósseo cartilaginoso local. Osgood-Schlatter • Características clínicas: • Dor tuberosidade tibial • Dor piora com atividade • Dor aliviada com repouso • Dor x extensão do joelho • Aumento do volume da tuberosidade tibial • Edema de partes moles Osgood-Schlatter • Encurtamentos musculares: IQT, Quadríceps, flexores do quadril • Alterações na patela: patela alta • Rotação externa da tíbia acentuada Sinding - Larsen - Johansson • Local: polo inferior da patela • Sinônimos: osteocondrose, apofisite do pólo inferior da patela, osteocondrite patelar juvenil. • Incidência: meninos 10 - 14 anos • Esportes: saltos Sinding - Larsen - Johansson • Etiologia: • Microtraumas repetitivos • Tração por overuse do ligamento patelar sobre seu ponto de inserção no pólo inferior da patela. • Inflamação pode ser seguida de calcificação local. Sinding - Larsen - Johansson • Características clínicas: • Dor no pólo inferior da patela • No trajeto do ligamento patelar • Edema local • Piora dos sintomas: escadas, saltos, posição ajoelhada, esportes. Osteocondrite de Sever • Incidência: • Meninos (10 - 12 anos) • futebol, ginastas • Esportes em geral que envolvam corrida e saltos • Meninas (8 - 10) • 60% acometimento bilateral Osteocondrite de Sever • Características clínicas: • Diagnóstico clínico • Dor à palpação medial e lateral da apófise • Encurtamento do tríceps sural • Dor desencadeada pela atividade • Dor aliviada com repouso • OSTEOCONDRITES: - Tratamento: repouso redução da sobrecarga fisioterapia* OSTEOGÊNESE IMPERFEITA OSTEOGÊNESE IMPERFEITA • Osteogênese imperfecta • “Doença dos ossos de vidro” • Fragilis ossium • Osteopsatirose idiopática • Ossos quebradiços … OSTEOGÊNESE IMPERFEITA É uma desordem esquelética congênita do tecido conjuntivo, de origem genética, causada por um defeito quantitativo e qualitativo na síntese do colágeno (falha na maturação do colágeno). - alteração da sequência molecular do colágeno tipo I - Incidência América Latina: 4,3/100.000 OSTEOGÊNESE IMPERFEITAManifestações músculo esqueléticas: • Fragilidade óssea • Deformidades ósseas (arqueamento) • Baixa estatura • Frouxidão ligamentar • Fraqueza muscular e ↓ massa muscular • Comprometimento respiratório OSTEOGÊNESE IMPERFEITA OSTEOGÊNESE IMPERFEITA OSTEOGÊNESE IMPERFEITA OSTEOGÊNESE IMPERFEITA Manifestações extra esqueléticas: • Surdez • Dentinogênese Imperfeita • Esclerótica azul Osteogênese inferfeita - classificação atual - Silence • Tipo I: • Tipo mais freqüente • Transmite-se geneticamente como gene dominante, mas também pode resultar de uma mutação espontânea. • Em média os indivíduos tem de 20 a 30 fraturas antes da puberdade • Em alguns destes casos é possível realizar diagnóstico pré-natal • As mulheres adultas com tipo I costumam voltar a ter fraturas depois da menopausa. • É a forma mais leve Osteogênese inferfeita - classificação atual - Silence • Tipo II • Aproximadamente , 10% das pessoas afetadas pela OI são do tipo II, que resulta de uma nova mutação e é a forma mais severa • Os bebês que nascem com este tipo apresentam fraturas pré-natais, membros pouco desenvolvidos e curvos e tem ossos extremamente frágeis. • Morrem pouco depois de nascer, causada por hemorragias internas em conseqüência das inúmeras fraturas Osteogênese inferfeita - classificação atual - Silence • Tipo 3 • 20% das pessoas com OI tem este tipo. Sofrem freqüentes fraturas espontâneas. • Apresentam articulações hiperextensíveis e desenvolvimento muscular pobre. • Devido a curvatura das extremidades inferiores e da fragilidade a maioria não consegue andar Osteogênese inferfeita - classificação atual - Silence • Tipo 4 • Vai de leve a moderado • A maioria das fraturas ocorre na infância, mas tbm pode ocorrer na menopausa. • A principal manifestação são as curvaturas no ossos longos, especialmente das pernas. OSTEOGÊNESE IMPERFEITATratamento: • Médico = Medicamentoso e/ou cirúrgico • Reabilitação = - fisioterapia ortopédica e respiratória / hidroterapia - terapia ocupacional - psicologia - técnico em órteses OSTEOGÊNESE IMPERFEITA Tratamento Medicamentoso: • Hormônios • Vitaminas • Calcitonina • Biofosfatos OSTEOGÊNESE IMPERFEITA Tratamento Cirúrgico: • hastes intra-medulares OSTEOGÊNESE IMPERFEITA Prevenção de fraturas e deformidades : • Órteses e imobilizações pneumáticas • Melhora da massa muscular (exercícios de baixo impacto) OSTEOGÊNESE IMPERFEITA Tratamento Fisioterápico: • Estimulação da movimentação ativa e FM • Estimular DNPM • Melhora da condição respiratória • Melhorar qualidade de vida • Orientar familiares OSTEOGÊNESE IMPERFEITA Hidroterapia: • Cuidados : posicionamento, alinhamento, toque cuidadoso • Evolução de exercícios / descarga de peso e marcha x gravidade da doença x liberação médica. Escorbuto Escorbuto • Deficiência de ácido ascórbico • Elaboração inadequada de colágeno • Alteração da resistência dos capilares • Tendência de formar hematomas • Crianças de 6 a 9 meses de idade • Atualmente diminui a incidência - mais em população carente Escorbuto - características clínicas • Irritabilidade • Hiperestesia • Hipotonia muscular • Febre • Dor óssea e articular • Hematomas • aumento do diâmetro dos membros Escorbuto - características radiográficas • Linha metafisária densa • Osteopenia generalizada • Calcificação subperiosteais (imagem fantasma que envolve o osso afetado) Escorbuto - tratamento • Boa resposta à ingestão de vitamina C • Se o tratamento for instituído no início provavelmente toda sintomatologia desaparecerá sem deixar seqüelas. Raquitismo Raquitismo • Os termos raquitismo e osteomalácia englobam um conjunto de doenças de etiologias variados cujo denominador comum é a presença de uma mineralização deficiente de tecido ósseo. Raquitismo • Raquitismo: • Interrupção do processo de mineralização da placa de crescimento. • Osteomalácia: • Mineralização deficiente do osso cortical ou esponjoso maduro Raquitismo - classificação • Raquitismo carencial: diminuição de vitamina D, cálcio e fosfato. • Raquitismo secundário a tubulopatias renais com diminuição de fosfato. • Raquitismo associado à má absorção gastrintestinal. • Raquitismo secundário a distúrbios do metabolismo da vitamina D. Raquitismo - fisiopatologia • Atividade e produção de matriz óssea = normal • Raquitismo = deficiência de mineralização • A mineralização óssea depende de concentrações adequadas de cálcio e fosfato no líquido extracelular, que também são influenciadas pela vitamina D. • Principais locais de ação dos metabólitos da vitamina D: Intestino (absorção de cálcio e fosfato) e ossos e rins (absorção e fosfato) Raquitismo - características radiológicas • Irritabilidade / apatia • Achatamento crânio • Dentinogênese retardada • Art. costocondrais proeminentes • Fraqueza muscular • Hipotonia muscular• Frouxidão ligamentar • Encurvamento ósseo DEFORMIDADES ANGULARES DOS MEMBROS INFERIORES ALTERAÇÕES ANGULARES DO FÊMUR Valores normais: Ângulo colodiafisário = 125 a 130° Ângulo de torção do colo = 15 a 25° ALTERAÇÕES ANGULARES DO FÊMUR • COXA VALGA: Â colodiafisário > 130° • obliquidade pélvica • encurtamento de abdutores • COXA VARA: Â colodiafisário < 125° • obliquidade pélvica • encurtamento de adutores ALTERAÇÕES ANGULARES DO FÊMUR • ANTEVERSÃO: torção anterior do colo > 25° • ↑ rot int e ↓ rot ext • marcha convergente e com pés pronados • RETROVERSÃO: torção anterior do colo < 15° • ↑ rot ext e ↓ rot int • marcha divergente com pés supinados DESENVOLVIMENTO ANGULAR DO JOELHO - RN até 1 ano: varo - Marcha: retificação - 2 a 3 anos: ↑ valgo - 4 anos: valgismo normal do adulto 5 a 8° homem 7 a 10° mulher GENO VARO - Varismo: - raquitismo - displasias ósseas (alt.epífise medial) - sequela de fratura - artrose - Avaliação: distância intercondilar GENO VALGO - Valgismo: - raquitismo - displasias ósseas (alt.epífise lateral) - sequela de fratura - artrose - Avaliação: acima de 15° distância intermaleolar maior 11cm Tratamento • Criança: valgo = elevação do solado medial varo = elevação do solado lateral • 10/11 anos: valgo = epifisiodese medial varo = epifisiodese lateral Tratamento • Adulto: valgo = osteotomia varizante varo = osteotomia valgizante GENO RECURVATO • Hiperextensão do joelho (acima de 10°) • Desvio postural • Instabilidade ligamentar • Sequelas de traumas • Alt. da porção anterior da epífise proximal da tíbia ALTERAÇÕES DO ARCO LONGITUDINAL DO PÉ ARCO LONGITUDINAL DO PÉ • Formado por: • Ligamento mola (calcâneo-navicular) • Ligamento plantar curto (calcâneo-cuboídeo) • Ligamento plantar longo (calcâneo-metatarsos) • Fáscia plantar superficial ARCO LONGITUDINAL DO PÉ • Elevação/aumento: PÉ CAVO • Redução/desaparecimento: PÉ PLANO PÉ CAVO • Desequilíbrio entre atividade muscular e integridade ósteo-ligamentar • pé cavo varo PÉ CAVO • Quadro Clínico: • desconforto e dor plantar (cabeça dos metatarsos, calcâneo e fáscia plantar) • Fasceíte plantar e esporão de calcâneo PÉ CAVO • Graduação: PÉ CAVO • Tratamento Conservador: • órteses de apoio das áreas de hiperpressão • Fisioterapia: - analgesia - estiramento passivo da fáscia - alongamento muscular • Tratamento Cirúrgico: (deformidades graves e incapacitantes) • fasciotomia • correção das deformidades estruturais PÉ PLANO • Frouxidão cápsulo - ligamentar → hipermobilidade articular → valgismo exagerado do calcâneo • pé plano valgo PÉ PLANO • Quadro Clínico: • inicial: deformidade indolor, flácida e redutível • tardio: deformidade rígida, com incapacidade e dor tendinites crônicas (tibial posterior, flx longo do hálux) síndromes compressivas fasceíte plantar e esporão do calcâneo hálux valgo PÉ PLANO • Graduação: PÉ PLANO • Tratamento Conservador: até a maturidade dos pés (8 a 9 anos meninas) (9 a 10 anos meninos) • Palmilha • Fisioterapia: - fortalecimento musculatura intrínseca do pé - alongamentos musculares (+tríceps sural) • Tratamento Cirúrgico: - osteotomia do calcâneo FIM!
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