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Trabalho de Territorialização

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1
17
UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO JEQUITINHONHA E MUCURI - UFVJM
FACULDADE DE MEDICINA - FAMED
CURSO DE GRADUAÇÃO EM MEDICINA
TERRITORIALIZAÇÃO E ANÁLISE DE HIPERTENSOS
UBS SEMPRE VIVA - PALHA E CONSOLAÇÃO
Trabalho entregue à professora Juliana Augusta Dias, do módulo Práticas de Integração, Ensino, Serviço e Comunidade I - PIESC I, pelos discentes dos grupos C e D do 1º período do Curso de Medicina da UFVJM.
FEVEREIRO/2016
DIAMANTINA - MG
TERRITORIALIZAÇÃO E ANÁLISE DE HIPERTENSOS
UBS SEMPRE VIVA - PALHA E CONSOLAÇÃO
INTEGRANTES DOS GRUPOS C E D:
Grupo C:
Ana Luiza Vidal
Mariana Lima
Pablo Henrique de Moura
Sérgio Higino Braz
Grupo D:
Ana Laura Cavalcanti
Marcelo Paixão
Yara Castro
Yuri Teixeira
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO	1
JUSTIFICATIVA	2
OBJETIVO	3
METODOLOGIA	4
HIPERTENSÃO ARTERIAL	6
UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE	8
ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA	8
HISTÓRIA DO BAIRRO	10
HISTÓRIA DA UBS SEMPRE VIVA	11
ÁREA	13
DADOS COLETADOS	19
MICROÁREAS	23
MICROÁREA 1	23
DADOS DA POPULAÇÃO HIPERTENSA	24
MICROÁREA 2	28
DADOS DA POPULAÇÃO HIPERTENSA	29
MICROÁREA 3	33
DADOS DA POPULAÇÃO HIPERTENSA	34
MICROÁREA 4	39
DADOS DA POPULAÇÃO HIPERTENSA	40
MICROÁREA 5	45
DADOS DA POPULAÇÃO HIPERTENSA	46
MICROÁREA 6	52
DADOS DA POPULAÇÃO HIPERTENSA	53
DISCUSSÃO	58
CONCLUSÃO	60
REFERÊNCIAS	61
ANEXOS…………......................................................................................................................................... 62
	
INTRODUÇÃO
	A cidade de Diamantina, situada no estado de Minas Gerais, surgiu no século XVIII, como um povoado, graças a Jerônimo Gouvêa, que encontrou ouro em sua região. A partir de então, o Arraial do Tijuco se desenvolveu, principalmente, graças à extração de pedras preciosas, contando com figuras históricas como Chica da Silva e Juscelino Kubitschek.
	Atualmente, a cidade é um polo atrativo para turistas que buscam atrações históricas e naturais. Outro fator importante para a economia da cidade é a Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, que tem campus nela situado.
	Diamantina se situa em meio à serra do Espinhaço, e conta com pedras muito resistentes à erosão, sendo seu relevo pouco acidentado. Atinge a altitude de mais de 1300 metros, e seu clima se classifica, segundo a escala Köppen-Geiger, como temperado úmido. Segundo o IBGE, sua população estimada em 2015 era de 47.952 habitantes. 
	Em tal município, estão situados os bairros Consolação e Palha. Graças à política pública de saúde vigente no país, tais bairros foram contemplados, no ano de 1996, com a implantação do Programa de Saúde da Família. Atualmente conhecida como Estratégia de Saúde da Família, tal política se manifestou em tais bairros com a instalação da UBS Sempre Viva.
	A Unidade Básica cobre uma área que contém 736 famílias, e os determinantes sociais observados na data do trabalho aqui apresentado, em comparação ao trabalho feito na região no ano de 2014, não foram muito diferentes. Animais e lixo nas ruas, calçamento precário, ausência de calçadas e vielas de difícil acesso são alguns dos determinantes mais observados e preponderantes em todas as microáreas.
	Além desses, outros tais como ausência de acesso à ensino de qualidade e índices elevados de criminalidade, com enfoque no tráfico de drogas, são entraves ao alcance, pela população, da saúde como estabelecida pela OMS, “o mais completo estado de bem-estar social, mental e físico” de um indivíduo.
	As doenças cardiovasculares são, em porcentagem, as maiores causadoras de mortes no Brasil; de tais óbitos, mais de metade são causados por complicações decorrentes da hipertensão. Sendo assim, tal complicação é, atualmente, um dos maiores focos de políticas públicas de saúde da letra “B” dos Brics, e não pode, de forma alguma, ser negligenciada.
	Tendo isso em vista, o presente trabalho tem como tema o acometimento da hipertensão em moradores da área de atuação da UBS Sempre Viva. 
JUSTIFICATIVA
	O estudo é justificado pela preocupação com a falta de dados específicos e bem cadastrados sobre os cidadãos acometidos pela condição crônica, o que pode dificultar a criação de políticas públicas eficazes e, consequentemente, dificultar o acesso de tais ao seu direito garantido pela Constituição: a saúde.
OBJETIVO
O objetivo é o levantamento de dados fiéis por meio da pesquisa de campo e análise de fichas e-SUS e SIAB cedidas pelos ACS responsáveis pelas seis microáreas que compõe a área de atuação da UBS. 
Por meio de tais dados, pode-se ter um melhor parâmetro da disposição dos hipertensos pelos bairros e, assim, auxiliar na ação da UBS.
Acreditamos que os dados aqui presentes auxiliarão a criação de políticas de saúde que contemplarão a população da Palha e da Consolação e, assim, estaremos exercendo o papel da Universidade em seu meio: o benefício da comunidade.
 
METODOLOGIA
Esse trabalho foi desenvolvido com base nos dados dos hipertensos das fichas de cadastro dos Agentes comunitários de Saúde (ACS) responsáveis por cada micro área. Salienta-se que foram utilizadas fichas incompletas e antigas, fazendo com que muitos dados estejam desatualizados. Além disso, nas fichas A constam apenas dados muito básicos. Desta forma, não pudemos calcular em números outros fatores de risco de forma fidedigna. Em nossa UBS, não foi possível realizar um trabalho de territorialização onde pudéssemos obter informações detalhadas, já que em todas as visitas à Unidade de Saúde, não havia agentes que pudessem nos acompanhar. Utilizamos fichas A, do Sistema de informação da atenção básica, e fichas do e-sus, mais completas, porém nem sempre disponíveis.
	As Fichas A foram implantadas pelo governo federal em 1998, em substituição ao antigo modelo, o Sistema de Informação do Programa de Agentes Comunitários de Saúde (SIPACS). Elas estruturam o trabalho das equipes de atenção básica de saúde e produzem dados a partir do cadastramento e acompanhamento familiar e domiciliar. Tais dados são convertidos para o SIAB e compõe uma base de dados nacional que ajuda no direcionamento de políticas públicas de saúde para o Brasil e auxilia no acompanhamento de doenças crônicas, como a hipertensão. Além disso, através desses mesmos dados, é possível acompanhar as ações e resultados das equipes do Programa de Saúde da Família.
	Esse sistema de saúde permitiu gerenciar os sistemas locais de saúde. Foi possível também reorganizar o SUS no Brasil, já que integrou conceitos como território, problema e responsabilidade sanitária. Desta forma, as políticas públicas de saúde foram adequadas para que atendessem a demandas específicas de cada localidade, obedecendo a um dos princípios que regem o SUS, a equidade.
	Para a obtenção de dados dos hipertensos, utilizamos apenas as Fichas A, no caso do SIAB, destinadas ao cadastramento das famílias. As demais fichas registram dados de portadores de doenças específicas e crônicas, gestantes, crianças e registro de procedimentos.
	Mais recentemente, o governo federal lançou o e-sus Atenção básica (e-sus AB), que é uma estratégia do Departamento de Atenção básica para reestruturar informações a nível nacional. A proposta é ampliar informações, gerir dados e reestruturar os sistemas de informação da atenção básica, culminando numa informatização qualificada dos dados em busca de um SUS eletrônico.
	As fichas desse sistema, também coletam dados da família e seu domicílio, entretanto, o fazem de maneira mais completa. O cadastro é realizado individualmente, com informações sobre o histórico do paciente e seus hábitos de vida.
	O e-sus conta com dois sistemas: informatizado e não informatizado, para o caso de UBS que não possua computador. Com a falta de um prontuário eletrônico e meio para fazê-lo, nossa unidade realiza uma Coleta Simplificada de Dados (CDS). A pretensão é que o SIAB seja substituído por um sistema mais eficaz, com menos fichas, mais informação, e que seja integrado em toda a rede de saúde.
	Os dados apresentados foram coletados pelo grupo nos dias 27 de novembro, 29 de janeiro, cincode fevereiro e doze de fevereiro.
Os modelos de fichas utilizadas, tanto do SIAB, quanto do e-sus, encontram-se em anexo.
Utilizamos também informações do trabalho realizado em 2014 pela primeira turma deste mesmo curso, a fim de colhermos informações a respeito do bairro e comparar os dados obtidos nas duas pesquisas.
O mapa foi desenvolvido com base no de 2014, já que a falta de um trabalho de territorialização não permitiu verificar alterações. Utilizando os endereços que constavam nas fichas, pudemos localizar onde estavam os hipertensos.
HIPERTENSÃO ARTERIAL
	A doença vascular hipertensiva é uma patologia crônica caracterizada pela alteração nas pressões sanguíneas sistêmicas e teciduais, que excede os níveis considerados normais, com a diastólica até 89 mmHg e a sistólica até 139 mmHg. Está associada a alterações em órgãos do corpo como coração, encéfalo e rins e alterações metabólicas, com risco de eventos cardiovasculares.
	Dados da Sociedade Brasileira de Cardiologia revelam que, em média, 32% dos adultos no Brasil sejam hipertensos. Esse valor passa para 50% quando a faixa de idade está em torno de 60 anos. A partir de 70 anos, a população afetada chega a 75%. Ademais, a recorrência na população afro americana é maior.
	Não há uma causa definida para a hipertensão arterial, acredita-se que seja resultado de uma combinação de fatores genéticos e ambientais. Entretanto, ela é apontada como fator de risco para outras doenças crônicas, como o Alzheimer, demência vascular, aterosclerose e trombose. A hipertensão Arterial também provoca redução da qualidade e expectativa de vida dos acometidos.
	A taxa de prevalência da doença é bastante alta enquanto o controle ainda é baixo, indicando negligência dos portadores e falta de informação. Dados de 2001 revelam elevada taxa de mortos por causas derivadas da hipertensão, principalmente na meia idade (de 45 a 69 anos) e em países de médio ou baixo desenvolvimento.
	Cerca de 95% dos casos de hipertensão são assintomáticos, a chamada hipertensão essencial. Nesse caso, em geral, não há problemas a longo prazo e é compatível com uma vida longa quando controlada. A dificuldade está em diagnosticar e tratar esses casos, já que são um tipo assintomático da doença.
	No Brasil, o controle da hipertensão arterial ficou sob responsabilidade da atenção básica. Essa forma primária de atendimento e acompanhamento de saúde demanda uma relação de vínculo com a comunidade, adequando-se a seus parâmetros culturais, sociais, raciais e religiosos. Nesse ponto, o Ministério da Saúde pretende combater a hipertensão a partir de mudança de hábitos de vida como o controle do peso, alimentação equilibrada, cuidados com o uso de sal, redução do álcool e do tabagismo para que o tratamento medicamentoso possa alcançar melhores resultados.
	O objetivo é estabelecer um processo de prevenção e cuidado permanentes. A partir da educação pelos profissionais de saúde e orientações quanto aos hábitos de vida. Desta forma pretende-se reduzir as taxas de óbito em decorrência de doenças causadas pela hipertensão.
	Em 2013, o Ministério da Saúde lançou uma série de cadernos e cartilhas para orientar os profissionais de saúde, principalmente da atenção básica, quanto às doenças crônicas. Indica formas de realizar acompanhamento, monitorar e prevenir.
FIGURA: Capa do caderno de atenção básica para a hipertensão arterial e sistêmica
UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE
ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA
	No ano de 1986, durante a 8ª Conferência Nacional de Saúde, um intenso debate sobre a reformulação do sistema nacional de saúde foi posto em pauta. Essa discussão durou até o ano de 1988, em que uma nova constituição foi aprovada e a saúde foi declarada um direito básico de todo cidadão brasileiro. Apesar dessa declaração, a implantação do novo sistema de saúde, o Sistema Único de Saúde (SUS), começou apenas em 1990 quando surgiram leis que regulamentaram essa nova forma de encarar a saúde no país. As leis 8.080 e 8.142, ambas de 1990, formalizaram todas as novas diretrizes que regem, até hoje, o processo de saúde. Desde 1990 vários avanços já foram conquistados, novas dificuldades surgiram e alguns programas foram implantados, entre eles o Programa de Saúde da Família (PSF), chamado, hoje, de Estratégia de Saúde da Família (ESF).
	O objetivo da ESF é reorganizar a atenção básica do país caminhando juntamente com o SUS. A partir do momento em que o processo de saúde deixou de ser encarado simplesmente como a ausência de doenças e passou-se a entendê-lo como um estado de bem-estar físico, mental e social, foi necessário que novas medidas fossem tomadas. Uma dessas medidas é a ESF que vai agir não só na cura, mas na prevenção das doenças, passando a atuar, dessa forma, fora do ambiente hospitalar, atingindo o bairro onde a população mora e até mesmo suas moradias. Esse processo de reeducação da população e de atenção voltada para todo o ambiente que nos cerca é essencial para o desenvolvimento da nova política de saúde brasileira.
	Por ser uma estratégia que nasceu dentro do SUS, é também regida pelos princípios da integralidade, equidade e universalidade. A integralidade visa a garantia de acesso em todos os níveis de assistência. Por mais que a ESF esteja envolvida com a atenção básica, ela não está dissociada de todo o restante do processo de saúde, cabendo a ela encaminhar, quando necessário, o paciente aos outros níveis de atenção. A equidade busca extinguir as desigualdades dentro do sistema, ou seja, todos os indivíduos devem ter igualdade de condições levando em conta que pacientes diferentes necessitam de tratamentos diferentes. Por fim, a universalidade busca o cumprimento dos outros princípios, garantindo que não haja exclusão ou condicionantes para que o paciente usufrua de seu direito à saúde.
Para a implantação de uma nova ESF, são necessários treze passos: definição e descrição do território de abrangência; adscrição de clientela; diagnóstico de saúde da comunidade; organização da demanda; trabalho em equipe multiprofissional; enfoque da atenção à saúde da família e da comunidade; estímulo à participação e controle social; organização de ações de promoção da saúde; resgate da medicina popular; organização de um espaço de co-gestão coletiva na equipe; identificação dos serviços de referência no nível secundário e terciário; monitoramento da situação de saúde no seu território de abrangência; e educação permanente em saúde. Para a efetiva realização desse trabalho outros fatores devem ser levados em conta, como por exemplo a localização da Unidade Básica de Saúde (UBS), que é onde funciona a ESF, pois essa deve ser de fácil acesso a toda a população do território de abrangência.
	A partir de então, é fundamental para o bom funcionamento da ESF o estabelecimento de uma equipe multiprofissional que funcione de forma harmônica. A equipe atuante na Estratégia de Saúde da Família é composta por, no mínimo, um médico de família, um enfermeiro, um auxiliar de enfermagem e seus agentes comunitários de saúde. Quando ampliada, pode ainda contar com um dentista, um auxiliar de consultório dentário e um técnico em higiene dental. Todos esses profissionais tem como atribuição comum o desenvolvimento de ações preventivas, promoção de qualidade de vida da população e reabilitação da saúde. Cada equipe deve ser responsável por, no máximo, 4.000 pessoas, levando em conta que esse número deve ser menor quando a vulnerabilidade das famílias em determinado território for de alto grau.
	A determinação do grau de vulnerabilidade e das ações que devem ser tomadas pela Equipe de Saúde de Família são coletadas a partir do cadastramento das famílias do território. Esse cadastro é feito para controle do Ministério da Saúde, por meio das fichas do E-SUS, que faz parte de um cadastramento de dados eletrônico e integrado nacionalmente.
	Diante disso é possível perceber a importância da atenção básica e da estruturação de uma boa equipe para que um trabalho bem feito seja realizado, contribuindo, assim, para a consolidaçãodo sistema de saúde.
HISTÓRIA DO BAIRRO
	A UBS Sempre Viva é responsável por levar atenção primária de saúde aos bairros da Palha e Consolação. Como ocorre com outros bairros da cidade, pouco se sabe sobre suas origens. Sabe-se que são bairros muito antigos e historicamente habitados por pessoas de classes mais humildes. Uma hipótese para o início da formação do bairro da Palha é a mineração, já que esse bairro é banhado pelos Rios Pururuca e Rio Grande, que em trechos desse último haviam jazidas riquíssimas de diamantes. Além disso, no artigo “Liberdade escrava na economia informal: quilombolas entre as matas e a cidade de Diamantina, Minas Gerais (1862-1866)”, no trecho sobre o quilombo formado próximo ao Palha, o Buraco do Facho, é relatado que os moradores da Farinha Seca tinham forte relação com a mineração. No período documentado pelo artigo, o bairro da Palha já existia a algum tempo.
Ainda seguindo os relatos do artigo, pode-se perceber que nessa época o Palha já possuía uma pequena região urbanizada, na Rua da Farinha Seca por exemplo. Mas também era largamente ruralizado, com sítios e fazendas em volta. Outra característica interessante e o motivo do nome do bairro, como relatado no livro de Alice Dayrell, “Minha Vida de Menina”, é devido à utilização de telhados de palha para as primeiras moradias.
	À medida que a cidade cresceu mais e mais famílias foram chegando, grande parte delas carentes, e passaram a habitar regiões mais periféricas da cidade, como o bairro Palha. Esse foi o marco definitivo, mas ainda assim pouco definido, sobre a origem dessa região. Segundo registros orais de antigos moradores, os primeiros a se fixarem foram Vicente e Fátima, casal há muito falecido.
HISTÓRIA DA UBS SEMPRE VIVA
	Ao ser implantado em 1996 o Programa de Saúde da Família, Diamantina recebeu dois PSF’s, sendo eles o PSF do bairro Palha e do bairro Rio Grande. Em um primeiro momento o programa funcionava juntamente ao Centro de Saúde já existente na cidade, mas em 2002 a sede do PFS do bairro Palha separou-se e foi situar-se na Rua da Palha, em uma casa de difícil acesso para a população. Em julho de 2012, a atual sede foi fundada, localizando-se na Rua Farinha Seca, bairro Palha, onde abriga a Estratégia de Saúde da Família (ESF) Sempre Viva. Do ano de 2012 até hoje a Unidade Básica de Saúde (UBS) já passou por algumas reformas e ampliações e assiste, hoje, os moradores dos bairros Palha e Consolação. A ESF é composta por uma equipe multiprofissional e uma estrutura física capaz de suprir as necessidades da população.
Foto da UBS Sempre Viva – Palha. Acervo pessoal.
EQUIPE
	Nome
	Função
	Andreia de Jesus do Nascimento
	ACS
	Bruna Carolina dos Santos
	Serviços Gerais
	Claudileine Moreira
	Técnica em enfermagem
	Flávia Aparecida Ferreira Cruz
	Técnica em enfermagem
	Gabriela de Souza Mendes
	ACS
	Gladston Leandro Coredeiro da Silva
	ACS
	Josiane Angélica Moreira dos Santos
	ACS
	Karina da Cruz
	Técnica em enfermagem
	Lucineia
	Auxiliar de consultório odontológico
	Márcio
	Dentista
	Maria Luiza Marinho de Souza
	Dentista
	
	Enfermeira
	Nynce Cholodovskis Pereira
	ACS
	Paulo Mário e Silva Neves
	Médico
	Rosilene Santos Silva
	Auxiliar de consultório odontológico
	Verônica Medeiros
	ACS
Tabela 1: Profissionais da ESF Sempre Viva
ÁREA
Segmento: 01 – Urbano
· Equipe: 0003
· ESFSB – Sempre Viva – Palha
· Identidade Nacional de Equipes no CNES: 0000241822
DETERMINANTES SOCIAIS DE SAÚDE
A atual definição de saúde não considera apenas a ausência de doenças e sim a harmonia entre o bem estar físico, social e mental. A partir dessa mudança de visão se passou a considerar a influência de fatores sociais no processo de adoecimento da população. Esses fatores são os chamados determinantes sociais do processo saúde-doença. 
Entre os determinantes sociais gerais destacam-se, segundo a Carta de Ottawa (1986), moradia, alimentação, ecossistema, renda, justiça social, equidade, saneamento, lazer, segurança e recursos sociais. As fotos a seguir retratam alguns determinantes sociais que fazem parte da realidade do bairro Palha.
Determinantes: Lixo espalhado pela rua e pavimentação deficiente apresentando buracos nas ruas.
Recurso social: Igreja católica.
Determinantes: Rua não pavimentada e muito estreita e lixo espalhado.
Determinantes: Terreno baldio sem manutenção e rua sem pavimentação.
Determinante: Rua sem calçada. 
Recursos social: Quadra de esportes (área de lazer).
Determinante: Entulho acumulado na rua.
Recurso social: Igreja evangélica. 
Determinantes positivos: Rua limpa, ampla e pavimentada e presença de calçada.
Determinante: Terreno baldio sem manutenção com acumulo de lixo.
DADOS COLETADOS
GRÁFICO: Quantidade de famílias cadastradas por microárea.
GRÁFICO: Comparativo da quantidade de famílias e hipertensos entre os anos 2014 e 2016 por microáreas
GRÁFICO: Quantidade de hipertensos com diabetes por microárea.
GRÁFICO: Quantidade de hipertensos fumantes por microáreas.
GRÁFICO: Quantidade de hipertensos do sexo masculino com idade acima de 55 anos por microárea
GRÁFICO: Quantidade de hipertensos do sexo feminino com idade acima de 65 anos por microárea
GRÁFICO: Total de população que são hipertensos por fatores de riscos
MICROÁREAS
MICROÁREA 1
· ACS: Verônica
· Famílias cadastradas: Em 2014 haviam 112 famílias cadastradas na Microárea 1, em 2016 esse número subiu para 113, como mostrado no gráfico:
NÚMERO DE FAMÍLIAS CADASTRADAS EM 2014 E 2016
DADOS DA POPULAÇÃO HIPERTENSA
· Número de Registros: Na Microárea 1, em 2014, haviam 42 hipertenso catalogados. Em 2016, esse número subiu para 94.
NÚMERO DE HIPERTENSOS CADASTRADOS EM 2014 E 2016
· População hipertensa por sexo: Existem 35 hipertensos do sexo masculino e 59 do feminino.
HIPERTENSOS POR SEXO
· Fatores de Risco: Dos 35 homes hipertensos, 32 têm mais de 55 anos. Das 59 mulheres hipertensas, 30 estão em idade de risco. Não existem registros de hipertensos usuários de drogas, fumantes ou que já sofreram infarto nessa microárea. Contudo existem registros de 1 hipertenso que admite fazer uso de álcool, 1 hipertenso que já sofreu um AVE e 22 hipertensos que também são diabéticos.
POPULAÇÃO EM IDADE DE RISCO
HIPERTENSOS COM DEMAIS FATORES DE RISCO
· Condições de Saúde: Não existem registros de hipertensos com doenças renais, pulmonares ou cardíacas nessa microárea. Não existem registros de hipertensos acima ou abaixo do peso adequado nessa microárea
DOENÇAS ASSOCIADAS
PESO
· Número de hipertensos por rua: 
· R. Juca Neves, Consolação: 28
· R. Avílio Barreto, Consolação: 16
· Praça da Consolação, Consolação: 3
· Av. da Saudade, Consolação: 5
· R. Sebastião Leopoldo Guedes, Consolação: 1
· Praça Garimpeiros, Consolação: 6
· R. da Palha, Consolação: 8
· Travessa dos Garimpeiros, Consolação: 5
· R. Caminho do Carro, Consolação: 5
· R. Farinha Seca, Palha: 10
· R. São Vicente, Consolação: 7
· Resumo da Microárea: A Microárea 1 atende a 113 famílias e possui 94 hipertensos, 35 homens e 59 mulheres, distribuídos em 11 ruas. Esse número aumentou desde 2014, quando eram apenas 42 hipertensos registrados. 91% dos hipertensos homens dessa microárea estão em idade de risco, isso é verdade para 51% das mulheres. Não há registros de hipertensos acima ou abaixo do peso adequado, nem com doenças associadas à hipertensão. E 75% deles não sofrem com nenhum outro fator de risco, enquanto 23% sofrem de diabetes.
MICROÁREA 2
· ACS: Gladson
· Famílias cadastradas: A microárea 2 abrange atualmente um total de 116 famílias. Com relação aos dados do ano de dois mil e quatorze, nos quais constavam 118 famílias, nota-se uma pequena diminuição no número de famílias cadastradas. O gráfico a seguir ilustra essa redução.
 
NÚMERO DE FAMÍLIAS CADASTRADAS EM 2014 E 2016
DADOS DA POPULAÇÃO HIPERTENSA 
· Número de registros: Estão registrados um total de noventa e sete hipertensos no território de abrangência da microárea 2. Ao contrário do que ocorreu com o número de cadastros familiares,a quantidade de registros de portadores de hipertensão aumentou do ano 2014 para 2016. O gráfico abaixo explicita numericamente essa elevação.
NÚMERO DE HIPERTENSOS CADASTRADOS EM 2014 E 2016 
· População hipertensa por sexo: A quantidade de hipertensos pode ser subdividida de acordo com o sexo dos portadores. Dos noventa e sete registrados na microárea 2, trinta e oito são do sexo masculino e cinqüenta e nove, mais da metade, são do sexo feminino. A relação percentual de homens e mulheres do total de hipertensos está representada a seguir. 
HIPERTENSOS POR SEXO
· Fatores de risco: São considerados fatores de risco para os hipertensos questões como idade, alcoolismo, tabagismo, dependência química, AVE/derrame, infarto, diabetes e internação/tratamento por problema de saúde mental. No que diz respeito à faixa etária, os dados da microárea 2 indicam que a maior parte dos homens portadores de hipertensão, mais especificamente vinte e dois do total de trinta e oito, estão no grupo de risco, ou seja possuem mais de 55 anos. Já entre as mulheres verifica-se o contrário, já que a maioria, trinta e uma das cinquenta e nove, ainda é menor de 65 anos e está fora da faixa de risco relacionada à idade para o sexo feminino. Com relação aos outros fatores, foi encontrado um pequeno grupo de diabéticos e um indivíduo que já passou/passa por tratamento/internação por problema de saúde mental. Os gráficos a seguir quantificam essas informações. O primeiro mostra a porcentagem de homens e mulheres em idade de risco dentre os hipertensos dessa microárea e o segundo indica a quantidade de hipertensos com os demais fatores. 
POPULAÇÃO EM IDADE DE RISCO
HIPERTENSOS COM DEMAIS FATORES DE RISCO
· Condições de saúde: Não foi possível o levantamento de dados sobre as condições de saúde dos portadores de hipertensão da microárea 2 devido à falta de informações sobre doenças associadas e peso nas fichas do tipo A (SIAB).
MICROÁREA 3
DADOS GERAIS 
· ACS: Josiane
· Famílias cadastradas: A microárea 3 possui, atualmente, um total de cento e trinta e quatro famílias cadastradas. Em comparação com dados de 2014, nota-se uma elevação na quantidade de registros, como ilustra o gráfico a seguir. 
NÚMERO DE FAMÍLIAS CADASTRADAS EM 2014 E 2016
DADOS DA POPULAÇÃO HIPERTENSA 
· Número de registros: Foram encontrados sessenta e um registros de indivíduos portadores de hipertensão nessa microárea. Tendo em vista que há dois anos estavam cadastrados apenas dezessete hipertensos, nota-se que houve um aumento de mais de 250% no número de registros.
NÚMERO DE HIPERTENSOS CADASTRADOS EM 2014 E 2016 
· População hipertensa por sexo: Do total de sessenta e um hipertensos, notou-se que trinta e oito são pertencentes ao sexo feminino e vinte e três são do sexo masculino. O gráfico abaixo representa a porcentagem de homens e mulheres do total de sessenta e um hipertensos. 
HIPERTENSOS POR SEXO
· Fatores de risco: Algumas condições são consideradas fatores de risco para a população hipertensa, sendo elas: idade, alcoolismo, tabagismo, dependência química, AVE/derrame, infarto, diabetes e internação/tratamento por problema de saúde mental. A análise dos dados da microárea 3 permite notar que a maior parte dos indivíduos hipertensos do sexo masculino, dezenove dos vinte e três totais, estão com mais de cinquenta e cinco anos, sendo enquadrados no grupo de risco. Já entre as mulheres, verifica-se o oposto, pois a maioria delas, o equivalente a vinte individuas, é menor de 65 anos e não são consideradas pertencentes ao grupo de risco, ao contrário das dezoito restantes. Com relação aos demais fatores foram encontrados hipertensos dependentes de álcool, que estão fumantes, que já sofreram AVE/derrame, diabéticos e um indivíduo que já passou/passa por tratamento/internação por problema de saúde mental. O primeiro gráfico a seguir mostra a porcentagem de hipertensos da microárea 3 que apresenta fator de risco relacionado à idade e o segundo quantifica aqueles que possuem os demais fatores.
POPULAÇÃO EM IDADE DE RISCO
HIPERTENSOS COM DEMAIS FATORES DE RISCO
· Condições de saúde: Os dados levantados permitem fazer uma análise da condição de saúde dos hipertensos da microárea 3. No que se refere a doenças associadas (doenças cardíacas, problemas renais e pulmonares), são baixos os registros, sendo que apenas sete pessoas apresentaram alguma delas. Não constam cadastros de pessoas acamadas. Informações sobre o peso desses indivíduos não foram preenchidos na maioria dos cadastros. Entretanto, entre os que declararam, há um equilíbrio entre pessoas que se consideram com peso adequado e acima do peso. Não há nenhum registro de hipertensos que se consideraram abaixo do peso. Os gráficos abaixo ilustram essas informações. 
DOENÇAS ASSOCIADAS
PESO
MICROÁREA 4
DADOS GERAIS
· ACS: Gabriela
· Famílias Castradas: A microárea 4 possui, atualmente, um total de cento e dezesseis famílias cadastradas. Em comparação com dados de 2014, nota-se uma diminuição na quantidade de registros, como ilustra o gráfico a seguir.
NÚMERO DE FAMÍLIAS CADASTRADAS EM 2014 E 2016
DADOS DA POPULAÇÃO HIPERTENSA
· Número de Registros: Foram encontrados cinquenta e três registros de indivíduos portadores de hipertensão nessa microárea. Tendo em vista que há dois anos estavam cadastrados doze hipertensos, nota-se que houve um grande aumento de registros dos hipertensos.
NÚMERO DE HIPERTENSOS CADASTRADOS 2014 E 2016
· População Hipertensa por sexo: Do total de cinquenta e três hipertensos, notou-se que trinta e seis são pertencentes ao sexo feminino e dezessete são do sexo masculino. O gráfico abaixo representa a porcentagem de homens e mulheres dos hipertensos registrados na microarea 4.
HIPERTENSOS POR SEXO
· Fatores de risco: Algumas condições são consideradas fatores de risco para a população diabética, sendo elas: idade, alcoolismo, tabagismo, dependência química, AVE/Derrame, infarto, diabetes e peso. Os gráficos a seguir mostram a porcentagem de hipertensos da microárea 4 que apresentam algum desses fatores.
POPULAÇÃO EM IDADE DE RISCO
HIPERTENSOS COM DEMAIS FATORES DE RISCO
· Condições de Saúde: Os dados levantados permitem fazer uma análise da condição de saúde dos hipertensos da microárea 6. No que se refere a doenças associadas (doenças cardíacas, problemas renais e pulmonares), são baixos os registros. O gráfico a seguir ilustra essas informações. Sobre o fator de peso, 5 hipertensos dessa microárea apresentam-se acima do peso e 4 estão em peso adequado.
DOENÇAS ASSOCIADAS
PESO
MICROÁREA 5
DADOS GERAIS
· ACS: Nynce
· Famílias cadastradas: Em 2014 a microárea 5 possuía 116 famílias cadastradas. Atualmente, percebe-se que esse número aumentou para 140 famílias cadastradas como se pode observar no gráfico abaixo.
NÚMERO DE FAMÍLIAS CADASTRADAS EM 2014 E 2016
DADOS DA POPULAÇÃO HIPERTENSA
· Número de registros: Os dados apontam que houve uma grande elevação de pessoas com essa doença. Em 2014 a microárea 5 apresentava 6 hipertensos, enquanto que em 2016 o número subiu para 69.
Número de hipertensos cadastrados em 2014 e 2016
· População hipertensa por sexo: A microárea 5 apresenta o número de mulheres hipertensas (45) maior que o número de homens (24) hipertensos.
HIPERTENSOS POR SEXO
· Fatores de risco: Percebe-se que a quantidade de mulheres hipertensas que não apresentam idade de risco é a maior parcela da população hipertensa dessa microárea (23 mulheres). Seguida pelo número de homens hipertensos (15 homens) que apresentam idade de risco (> 55 anos). Em terceiro lugar está a população feminina que apresenta idade de risco (>65 anos), em um total de 12 mulheres. E por fim estão os 9 homens hipertensos que não possuem a idade como fator de risco.
Há também outros fatores de risco além da idade, como mostrado no gráfico abaixo. Entre eles percebe-se um número maior de hipertensos diabéticos (14) e de hipertensos que já sofreram AVE (7). Empatam-se o número de hipertensosfumantes e o número de hipertensos que já sofreram infartos (4). O número de hipertensos dependentes de álcool é o mesmo do número de hipertensos dependentes de drogas (1). 
POPULAÇÃO EM IDADE DE RISCO
HIPERTENSOS COM DEMAIS FATORES DE RISCO
· Condições de saúde: Entre as doenças associadas, o número de hipertensos com doenças cardíacas se totaliza em 10, enquanto são 8 com problemas renais e 2 com doenças pulmonares. Desses hipertensos da microárea 5, 2 pessoas apresentam-se abaixo do peso, 18 pessoas acima do peso e o restante (49 pessoas) se dizem em peso adequado. 
DOENÇAS ASSOCIADAS
PESO
MICROÁREA 6
DADOS GERAIS
· ACS: Andréia
· Famílias castradas: A microárea 6 possui, atualmente, um total de cento e dezessete famílias cadastradas. Em comparação com dados de 2014, nota-se uma diminuição na quantidade de registros, como ilustra o gráfico a seguir.
NÚMERO DE FAMÍLIAS CADASTRADAS EM 2014 E 2016
DADOS DA POPULAÇÃO HIPERTENSA
· Número de registros: Foram encontrados sessenta e um registros de indivíduos portadores de hipertensão nessa microárea. Tendo em vista que há dois anos estavam cadastrados sessenta e quatro hipertensos, nota-se que houve uma diminuição pequena de portadores.
NÚMERO DE HIPERTENSOS CADASTRADOS EM 2014 E 2016
· População hipertensa por sexo: Do total de sessenta e um hipertensos, notou-se que quarenta e cinco são pertencentes ao sexo feminino e dezesseis são do sexo masculino. O gráfico abaixo representa a porcentagem de homens e mulheres dos hipertensos registrados na microárea 6.
HIPERTENSOS POR SEXO
· Fatores de risco: Algumas condições são consideradas fatores de risco para a população diabética, sendo elas: idade, alcoolismo, tabagismo, dependência química, AVE/Derrame, infarto e diabetes. Os gráficos a seguir mostram a porcentagem de hipertensos da microárea 6 que apresentam algum desses fatores.
POPULAÇÃO EM IDADE DE RISCO
HIPERTENSOS COM DEMAIS FATORES DE RISCO
· Condições de Saúde: Os dados levantados permitem fazer uma análise da condição de saúde dos hipertensos da microárea 6. No que se refere a doenças associadas (doenças cardíacas, problemas renais e pulmonares), são baixos os registros. Foi possível, também, observar que a grande maioria dos hipertensos apresenta peso adequado. O gráfico a seguir ilustra essas informações.
DOENÇAS ASSOCIADAS
PESO
DISCUSSÃO	
	A hipertensão é uma condição crônica que pode comprometer o funcionamento de vasos sanguíneos, do coração, dos rins e mesmo do cérebro, podendo culminar em um ataque vascular encefálico (AVE) ou mesmo em um infarto do miocárdio. Sendo assim, é uma condição que pode comprometer enormemente a qualidade de vida do indivíduo, e deve ser levada a sério.
	Além disso, pode levar um indivíduo em idade ativa da PEA (População Economicamente Ativa) à PEI (População Economicamente Inativa), o que certamente traz ônus à economia do país. As condições crônicas no Brasil devem ser tratadas com atenção ímpar, uma vez que o Estado está saindo de um contexto de janela demográfica e, futuramente, terá de enfrentar uma população envelhecida, que subentende maiores gastos com a previdência social.
	Dessa forma, a ação preventiva da saúde é um investimento não só necessário como inteligente, pois privará os gastos emergenciais num futuro não tão distante.
	Trazendo tal contexto à realidade do município de Diamantina, mais especificamente aos bairros Palha e Consolação, tem-se que, antes de quaisquer conclusões sobre a atual condição do acometimento da hipertensão, deve-se visar medidas que evitem que o aumento da incidência de condição crônica em sua população.
	Enfocando a atual realidade, em números, tem-se que em todas as microáreas, excetuando-se a seis e a dois, houve um acréscimo significativo no número de hipertensos –uma média de aumento de 294 por cento por microárea- entre os anos de 2014 e 2016. A discrepante diferença pode ser explicada por um registro mais minucioso realizado no último ano.
	 Do total de hipertensos, 433 pessoas, há incidência de fatores de risco em mais da metade da população. O mais preponderante é o fator de idade (mulheres acima de 65 anos e homens acima de 55 anos), que ocorre em 245 indivíduos. Em seguida, a diabetes é o segundo fator que mais acomete os hipertensos, atingindo 15,7% da população (68 pessoas, entre homens e mulheres). O terceiro lugar é ocupado pelo sobrepeso, declarado por 13,2% da amostra (57 pessoas, entre homens e mulheres).
	Outros fatores de agravo à saúde, tais como doenças renais, pulmonares e cardíacas (9,6% da população), abuso de álcool, cigarro e drogas (4,9% da população), ocorrência de AVE ou infarto (4,9% da população) e baixo peso (1,4% da população) acometem, num total, 99 pessoas. 
	É importante ressaltar que, durante a análise das fichas, um dos inoportunos foi a diferença de fichas entre as famílias. A transição entre cadastramento e-SUS e SIAB fez com que os registros contassem com informações presentes em uma e não na outra, o que dificultou a análise, visto que a primeira conta com muitos mais dados que a segunda.
	Além disso, a incompletude das fichas foi outra barreira a obtenção de dados fiéis. Sabe-se que esse é um problema geral da formulação de políticas no Brasil, pois a alienação dos que fazem a pesquisa de campo leva a certa negligência no momento de preenchimento, o que gera comprometimento dos dados. 
	Logo, é importante ressaltar que os dados aqui apresentados se aproximam o máximo possível da realidade, porém os fatores supracitados podem comprometer os resultados. 
CONCLUSÃO
	Levando em consideração o contexto demográfico vivido pelo país, além da conquista da implementação da saúde preventiva pela Reforma Sanitária, a primeira medida a ser implantada na UBS Sempre Viva é a criação de grupos que visem não só o suporte a hipertensos como a conscientização dos moradores da região, como um todo. 
	Por meio de tais grupos, pode-se evitar o aumento no número de pessoas acometidas pela hipertensão, além de se manter controle da população já afetada. Os grupos devem abordar temas como alimentação saudável, prática de exercícios físicos e a importância do tratamento medicamentoso.
	Ademais, graças a ocorrência elevada de fatores de risco na população, vale frisar que o controle é de extrema relevância. Visitas de ACS podem ser o meio pelo qual se obterá esse controle, pois os agentes já têm um contato maior com a comunidade e conhecimento prévio dos moradores de sua microrregião, o que contribui para a constância dos dados dos hipertensos.
	Outra importante questão a ser levantada é a influência dos determinantes sociais em quaisquer medidas que possam ser tomadas nos bairros Palha e Consolação. É conhecido que tais bairros são regiões carentes, ou seja, há falta de condições próprias para o alcance da saúde global, incluindo corpo, mente e psique. 
	Sendo assim, partindo-se do pressuposto que tais determinantes são fruto da ação humana, podem e devem ser tomadas atitudes que revertam o quadro preponderante na área de atuação da UBS Sempre Viva. A luta por educação de qualidade, saneamento básico e um ambiente livre de violência deve ser instigada na população através dos médicos, dos estudantes que ali atuam, e de toda a ESF ali presente. 
	Dessa forma, as ações de saúde serão não mais paliativas, e sim permanentes e eficazes.
REFERÊNCIAS
Tratado de medicina de família e comunidade : princípios, formação e prática – Organizadores: Gustavo Gusso, José Mauro Ceratti Lopes. - Porto Alegre : Artmed, 2012.
MORLEY, Helena. Minha Vida de Menina. Editora Rio – 1956. 8ª Edição.
BRASIL. Ministério da Saúde. Política Nacional de Atenção Básica. Brasília: Ministério da Saúde, 2012. (Série E. Legislação em Saúde)
Portal da Organização Mundial de Saúde: www.who.int
Portal do DataSUS: http://www2.datasus.gov.br/SIAB/index.php?area=01
Portal de Saúde do Departamento de Atenção Básica: dab.saúde.gov.br
Manual do Sistema com coleta de dados simplificada –CDS (MS): http://www.saude.mt.gov.br/atencao-a-saude/arquivo/3182/formularios
Robbins e Cotran, bases patológicas das doenças / Vinay Kumar... [et al.] ; [tradução de
Patrícia Dias Fernandes... et al.]. - Rio de Janeiro : Elsevier, 2010.
BRASIL. Ministério da Saúde. Estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica: hipertensão arterial sistêmica. Brasília: Ministério da Saúde, 2013. (Cadernos de Atenção Básica, n. 37)
MOTA, Isadoura Moura. Liberdade escrava na economia informal: quilombolas entre as matas e a cidade de Diamantina, Minas Gerais (1862-1866). Cad. Pesq. Cdhis, Uberlândia, v23, n.1 jan/jun 2010.
Portal da cidade de Diamantina: http://diamantina.mg.gov.br/o-municipio/historia-de-diamantina/
Portal da Sociedade Brasileira de Hipertensão: http://www.sbh.org.br/geral/noticias.asp?id=115
Portal do IBGE: http://www.cidades.ibge.gov.br/painel/painel.php?codmun=312160
BADZIAKL, Rafael P. F.; MOURA, Victor E. V. “Determinantes Sociais da Saúde: Um Conceito Para Efetivação do Direito à Saúde. R. Saúde Públ. Santa Cat., ISSN: 2175-1323, Florianópolis, Santa Catarina - Brasil, v. 3, n. 1, jan./jun. 2010.
Carta de Ottawa. Primeira conferência internacional sobre promoção da saúde. 1986.
Quantidade de famílias	Microarea 1	Microarea 2	Microarea 3	Microarea 4	Microarea 5	Microarea 6	113	116	134	116	140	117	Famílias/14	Microárea 1	Microárea 2	Microárea 3	Microárea 4	Microárea 5	Microárea 6	112	118	125	118	116	120	Hipertensos/14	Microárea 1	Microárea 2	Microárea 3	Microárea 4	Microárea 5	Microárea 6	42	88	17	12	6	64	Famílias/16	Microárea 1	Microárea 2	Microárea 3	Microárea 4	Microárea 5	Microárea 6	113	116	134	116	140	117	Hipertensos/	16	Microárea 1	Microárea 2	Microárea 3	Microárea 4	Microárea 5	Microárea 6	92	97	61	53	69	61	Quantidade de Hipertensos com Diabetes por Microárea
Diabetes	Microárea 1	Microárea 2	Microárea 3	Microárea 4	Microárea 5	Microárea 6	22	9	9	6	14	16	Quantidade de Hipertensos Fumantes por microáreas
Fumantes	Microárea 1	Microárea 2	Microárea 3	Microárea 4	Microárea 5	Microárea 6	0	5	4	10	Microárea 1	Homem acima 55 anos	32	Microárea 2	Homem acima 55 anos	22	Microárea 3	Homem acima 55 anos	19	Microárea 4	Homem acima 55 anos	11	Microárea 5	Homem acima 55 anos	15	Microárea 6	Homem acima 55 anos	11	Microárea 1	Mulher acima 65 anos	30	Microárea 2	Mulher acima 65 anos	28	Microárea 3	Mulher acima 65 anos	17	Microárea 4	Mulher acima 65 anos	19	Microárea 5	Mulher acima 65 anos	12	Microárea 6	Mulher acima 65 anos	28	Álcool	Total	5	Drogas	Total	1	Diabetes	Total	76	Fumante	Total	19	AVC/Derrame	Total	12	Infarto	Total	7	Doença Renal	Total	16	Doença Pulmonar	Total	7	Doença Cardíaca	Total	26	Número de Famílias Cadastradas	2014	2016	112	113	Número de Hipertensos	2014	2016	42	94	Número de Hipertensos por Sexo	Masculino	Feminino	35	59	Homens em Idade de Risco	Homens +55	Homens -55	Mulheres +65	Mulheres -65	32	3	30	29	Total	94	Diabetes	22	Álcool	1	AVE	1	Drogas	0	Fumantes	0	Infarto	0	Total	
94	Cardíacas	0	Pulmonares	0	Renais	0	Total	94	Acima do Peso	0	Abaixo do Peso	0	Famílias cadastradas em 2014	118	Famílias cadastradas em 2016	116	Hipertensos em 2014	88	Hipertensos em 2016	97	Colunas1	Homens hipertensos	Mulheres hipertensas	38	59	Idade	Homens hipertensos sem fator de risco (	<	55)	Homens hipertensos com fator de risco (	>	55)	Mulheres hipertensas com fator de risco (	>	65)	Mulheres hipertensas sem fator de risco (	<	65)	16	22	18	20	Total de hipertensos	 	97	Hipertensos fumantes	 	0	Hipertensos dependentes de álcool	 	0	Hipertensos dependentes de drogas	 	0	Hipertensos que já sofreram AVE/Derrame	 	0	Hipertensos que já sofreram infarto	 	0	Hipertensos diabéticos	 	9	Saúde mental	 	1	Famílias cadastradas em 2014	125	Famílias cadastradas em 2016	134	Hipertensos em 2014	17	Hipertensos em 2016	61	Hipertensão por sexo	Homens hipertensos	Mulheres hipertensas	23	38	Idade	Homens hipertensos sem fator de risco (	<	55)	Homens hipertensos com fator de risco (	>	55)	Mulheres hipertensas com fator de risco (	>	65)	Mulheres hipertensas sem fator de risco (	<	65)	4	19	18	20	Total de hipertensos	 	61	Hipertensos fumantes	 	5	Hipertensos dependentes de álcool	 	2	Hipertensos dependentes de drogas	 	0	Hipertensos que já sofreram AVE/Derrame	 	1	Hipertensos que já sofreram infarto	 	0	Hipertensos diabéticos	 	7	Saúde mental	 	1	Hipertensos com doenças cardíacas 	6	Hipertensos com problema de rim	1	Hipertensos com doenças de pulmão	0	Hipertenso abaixo do peso	Categoria 1	0	Hipertenso com peso adequado	Categoria 1	22	Hipertenso acima do peso	Categoria 1	18	Não declarado	Categoria 1	21	2014	118	2016	116	2014	2014	12	2016	2014	53	Hipertensos Microárea 4	Homens	Mulheres	17	36	Homens e Mulheres com Fator de Risco	Homens	>	55 anos	Mulhres	>	65 Anos	Não Apresntam	13	18	22	Total de hipertensos	53	Hipertensos fumantes	0	Hipertensos depedentes de álcool	1	Hipertensos depedentes de drogas	0	Hipertensos que sofrem AVE/Derrame	1	Hipertensos que já sofreram infarto	1	Hipertensos diabéticos	7	Saúde mental	0	Não sa	be/Não consta	44	Rim	1	Coração	1	Pulmão	0	Não sabe/Não consta	52	Abaixo do peso	Abaixo do Peso	0	Acima do peso	Abaixo do Peso	5	Peso adequado	Abaixo do Peso	4	Não sabe/Não consta	Abaixo do Peso	44	Famílias cadastradas em 2014	2014	116	Famílias cadastradas em 2016	2014	140	Hipertensos em 2014	6	Hipertensos em 2016	69	Distribuição da população hipertensa por Sexo	Homens hipertensos	Mulheres hipertensas	24	45	Popualação com idade de risco	Mulheres 	>	 65 anos (fator de risco)	Homens 	>	 55 anos (fator de risco)	Mulheres 	<	 65 anos	Homens 	<	 55 anos	12	15	23	9	Total de hipertensos	 	69	hipertenso fumantes	 	4	hipertensos depedentes de ácool	 	1	hipertensos depedentes de drogas	 	1	hipertensos que sofreram AVE/Derrame	 	7	Hipertensos que já sofreram infartos	 	4	hipertensos diabéticos	 	14	saude mental	 	0	Hipertensos com doenças cardíacas	10	Hipertensos com problemas de rim	8	Hipertensos com doenças pulmão	2	Hipertensos abaixo do peso	2	Hipertensos com peso adequado	49	Hipertensos acima do peso	18	Não declarado	0	Famílias cadastradas em 2014	120	Famílias cadastradas em 2016	117	Hipertensos em 2014	64	Hipertensos em 2016	61	Hipertensos Microárea 6	Homens hipertensos	Mulheres hipertensas	16	45	Homens e Mulheres com Fator de Risco	Homens hipertensos com fator de risco (	>	55)	Mulhres hipertensas com fator de risco (	>	65)	Homens e mulheres sem fator de risco	11	28	22	Total de hipertensos	61	Hipertensos fumantes	10	Hipertensos dependentes de álcool	1	Hipertensos dependentes de drogas	0	Hipertensos que sofreram AVE/Derrame	3	Hipertensos que já sofreram infarto	3	Hipertensos diabéticos	16	Saúde mental	0	Hipertensos com doenças cardíacas	8	Hipertensos com doenças de rim	7	Hipertensos com doenças de pulmão	4	Não sabe/Não consta	42	Hipertensos abaixo do peso 	4	Hipertensos com peso adequado	38	Hipertensos acima do peso	19

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