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pedagogia
marileia nunes batista pires
A importância da cultura afro-brasileira e indígena na construção de uma escola democrática
Juiz de Fora
2020
marileia nunes batista pires
A importância da cultura afro-brasileira e indígena na construção de uma escola democrática
Trabalho apresentado à UNOPAR, como requisito parcial à aprovação no 2º semestre do curso de PEDAGOGIA.
Juiz de Fora
2020
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO	3
DESENVOLVIMENTO	4
CONSIDERAÇÕES FINAIS	9
REFERÊNCIAS	10
INTRODUÇÃO
A história do país é marcada por desigualdades, segregações e preconceitos, até os dias de hoje não pode ser constatada uma igualdade plena entre os componentes da sociedade. Embora a luta pela igualdade seja cada vez maior e se faça cada vez mais presente, com projetos sociais, efetivação de novas leis, ONG’s de defensão dos direitos das minorias, ainda sim pouco se sabe á respeito da luta histórica dos afro-brasileiros e indígenas no país. Com a globalização e a consequente evolução das mídias, a facilidade de acesso à informação por meio da internet, a lei da liberdade de imprensa e expressão que faz com que mais conteúdo possa chegar até a população, esta poderia estar muito mais e melhor familiarizada com a causa da igualdade afro-brasileira e indígena. O que acontece nos dias atuais também é uma grande alienação informativa, muito do que se consome da mídia e principalmente da internet é conteúdo irrelevante que se esvai na mesma medida em que mais é produzido.
O estudo da história e cultura afro-brasileira e indígena nas escolas é de extrema importância para que se faça entender e se estreite a relação de compreensão acerca da luta desses povos, por isso em março de 2008 houve uma alteração na lei para garantir a obrigatoriedade desses estudos. 
“Art. 26-A. Nos estabelecimentos de ensino fundamental e de ensino médio, públicos e privados, torna-se obrigatório o estudo da história e cultura afro-brasileira e indígena.
 1º O conteúdo programático a que se refere este artigo incluirá diversos aspectos da história e da cultura que caracterizam a formação da população brasileira, a partir desses dois grupos étnicos, tais como o estudo da história da África e dos africanos, a luta dos negros e dos povos indígenas no Brasil, a cultura negra e indígena brasileira e o negro e o índio na formação da sociedade nacional, resgatando as suas contribuições nas áreas social, econômica e política, pertinentes à história do Brasil.”
 
9
DESENVOLVIMENTO 
Lei implantada, renovação positiva esperada, diante desse fato, a pedagoga Ana e o diretor Fernando gestores da escola estadual “Machado de Assis” buscam as melhores formas de oferecerem aos seus alunos, aulas dinâmicas, esclarecedoras e explicativas que possam os familiarizar com a história das específicas culturas. A melhor opção encontrada foi a de criar uma aula voltada para o tema, que aconteceria uma vez por semana e traria aos alunos a apresentação de filmes e documentários, que abordem história da colonização e escravidão no Brasil, mas também outros que mostrem a realidade atual desses povos mais afetados nesses períodos, suas culturas, tradições, rituais, por muitos desconhecidos. Dar-se-á inicio, com as aulas e atividades recorrentes, a um projeto que os responsáveis intitulam “Projeto Informação e Equidade”. Uma lista foi feita com filmes que poderiam ser exibidos nas aulas do projeto.
Temática indígena:
· “XETÁ”, 2011. É um curta-metragem de Fernando Severo que conta breve e resumidamente a história do povo Xetá nos anos 40 e 50, durante o processo de colonização do noroeste do Paraná. Evidencia como esses índios foram expulsos de suas terras e sofreram ações de extermínio, o que resultou na quase extinção desse povo. 
· “As Hiper Mulheres”, 2012. É um documentário dirigido por Fausto Carlos que registra aspectos do Jamurikumalu, o maior ritual feminino do Alto Xingu, no Mato Grosso. 
· “Chuva é Cantoria Na Aldeia Dos Mortos”, 2019. É um filme com direção de Renée Nader Messora e João Salaviza. Conta a história de um jovem da etnia Krahô, morador de uma aldeia em Tocantins, que acaba fugindo para a cidade. O filme mostra os enfrentamentos e dificuldades de Ihjãc sendo um indígena no Brasil contemporâneo.
· “Pelas Águas do Rio de Leite”, 2018. É um documentário, fruto de uma experiência de registro de lugares sagrados e narrativas de origem dos povos indígenas da família tukano do Alto Rio Negro (AM).
· “Caramuru - A invenção do Brasil”, 2001. É um filme brasileiro que aborda de forma cômica a mitologia brasileira do “Caramuru”.
· “Pindorama”, 1971. Filme ficcional com direção de Arnaldo Jabor, é uma grande alegoria sobre a colonização do Brasil mostrando guerras, índios, negros, colonos e aventureiros.
· “Yndio do Brasil”, 1995. Documentário escrito e dirigido por Sylvio Back. É uma colagem de dezenas de filmes nacionais e estrangeiros de ficção, cinejornais e documentários, revelando como o cinema vê e ouve o índio brasileiro. Possui imagens surpreendentes, emolduradas por musicas temáticas e poemas, que transportam o espectador a um universo idílico e preconceituoso, religioso e militarizado, cruel e mágico, do índio Brasileiro.
Temática Afro-brasileira:
· “O Fio Da Memória”, de 1988 a 1991. É um documentário brasileiro de longa metragem, dirigido por Eduardo Coutinho. O documentário aborda a respeito da cultura e identidade dos negros e principalmente sobre a escravidão, em meio ao Centenário da Abolição da Escravatura.
· “Quilombo”, 1984. Dirigido por Cacá Diegues. O roteiro conta a historia da criação, pelos escravos, de uma república livre, o quilombo de Palmares.
· “Filhas do Vento”, 2005. É um longa-metragem, mostra o racismo e os resquícios da escravidão na pequena cidade mineira que possui uma população majoritariamente negra.
· “Kbela”, 2017. Dirigido por Yasmin Thayná, é um curta-metragem que aborda o racismo vivido diariamente pelas mulheres negras. Traz mensagens de empoderamento e resistência.
· “Menina Mulher da Pele Preta – Jennifer”, 2012. Direção de Renato Candido de Lima. É o segundo episódio de uma série com cinco – conta a história de Jennifer, uma adolescente negra moradora da periferia paulistana. O filme discute a valorização do branco e do negro na sociedade brasileira.
· “Vista Minha Pele”, 2003. Com direção de Joel Zito Araújo Ficção, o filme coloca a realidade dos negros em evidência ao propor uma inversão: narra a história de brancos e negros, em papéis trocados.
· “Raça Humana”, 2009. Direção: TV CÂMARA - Roberto Seabra e SECOM – Sérgio Chacon. O documentário aborda a questão das cotas raciais nas universidades. Ouve alunos, professores, movimentos organizados e partidos políticos. Aos poucos, questões seculares e malresolvidas da história do Brasil ressurgem.
· “Espelho, Espelho Meu”, 2015. Direção de Jaqueline Barreto. O vídeo documentário aborda a construção da identidade negra, discutido a estética como um elemento importante no processo, como uma expressão cultural que não se constrói no vazio, na mera folclorização ela é pensada em termos de resgate histórico, de respeito aos ancestrais negros. A construção da identidade racial, através da valorização da estética negra, na escola articula-se com o tema da educação para as relações étnico/raciais que têm suscitado discussões importantes no meio acadêmico, para uma educação antirracista que respeite as diferenças e a possibilidade de construção de identidades positivas.
· “Pele Negra, Máscaras Brancas”, 2015. Com direção de Conrado Krainer, o documentário trata da relação entre racismo e colonialismo, com argumento de que o racismo foi um elemento central para o desenvolvimento e manutenção do sistema colonial.
· “Sob Múltiplos Olhares”, 2019. Sob a direção de Leandro Peska junto ao professor Paulo Alberto dos Santos, o documentário apresenta relatos de experiências da comunidade escolar em diferentes cidades de Mato Grosso, para a implementação daLei 10.639/2003, que obriga escolas públicas e privadas de todo país o ensino da Cultura e História Afro-Brasileira. A produção retrata experiências positivas, negativas e desafiadoras dentro das escolas para que o ensino da cultura Afro-Brasileira fosse aceito pela comunidade escolar, mesmo estando em Lei Federal. Alguns dos motivos retratados são sobre que apenas negros podem falar de negros e os estereótipos que se criaram para essa população. O filme colabora para pensar as relações étnico-raciais enquanto uma metodologia de avaliação da implementação da Lei.
Dentro do período letivo em que ocorrer o projeto “Informação e Equidade”, serão escolhidos em conjunto, docentes e discentes, quais filmes serão exibidos e discutidos, com exceção do ultimo citado que relata as experiências de outras escolas acerca do que se espera fazer na escola estadual “Machado de Assis”; este seria obrigatoriamente exibido com a finalidade de agregar valor à experiência prestes a ser iniciada, visto que o filme pode exemplificar como proceder da melhor maneira à introdução do tema “Cultura e História Afro-Brasileira” na escola. 
O objetivo da exibição dos filmes é fazer com que se discuta e compare os contrastes e contrapontos de passado e presente, mas que a aula também tenha a capacidade de reforçar para cada aluno, as pendencias igualitárias que ainda perduram; que possa ser objeto de reflexão individual e coletiva: Como podemos trabalhar unidos para que as diferenças sejam plenamente extintas? Eu faço a minha parte para que o próximo não se sinta segregado de forma alguma? Quais resquícios de uma história separatista, preconceituosa e racista podem ser notados no dia a dia atual? Que valor damos a nosso histórico cultural?... Essas e outras inúmeras indagações devem ser trazidas à pauta. 
Para responder essas e outras questões que virão a surgir durante o acontecimento das aulas, seria, periodicamente, desenvolvida uma atividade em formato de Fórum Online colaborativo, no qual cada aluno contribuiria com uma frase para a produção de um texto que sintetizasse todas as ideias prontamente entendidas naquela aula específica, e isso aconteceria logo após cada aula dada. Para hospedar esse fórum, Ana pediu ajuda a um amigo web designer que se disponibilizou a criar um website para que o conteúdo fosse postado e assim ficasse acessível a todos que se interessassem pelo tema na grande rede de computadores. A cada aula, um novo texto seria produzido pela turma, podendo ser comparativo, comparando um filme ao outro, ou reflexivo, com novas abordagens relacionadas a cada filme assistido, introduzindo-se sempre soluções para os problemas abordados.
Além do web site, uma página no Facebook, também será criada, com o link do site, mas também com postagens exclusivas. A criação dessa página tem a finalidade de alcançar um número maior de pessoas e conscientizá-las quanto a um tema tão importante e relevante. Os links dos textos produzidos pela classe serão divulgados na pagina, mas ela também trará para aquele ambiente interativo, postagens mais dinâmicas, com imagens, vídeos, de forma a incentivar o espectador a curtir, comentar, interagir. Um exemplo de postagem que poderá ser feita, segue abaixo. 
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O sucesso do projeto “Informação e Equidade” é esperado, visto que sua finalidade é uma causa nobre e foi criado como forma de buscar respeitar o remanejamento da lei da melhor maneira possível, crê-se que com planejamento aqui relatado e a efetividade do processo em sala de aula, com o empenho e dedicação de todos os envolvidos, poderemos de forma crescente, fundamentar a necessidade de darmos atenção a causas que, presentes em certos aspectos ao nosso redor, muitas vezes passam desapercebidas e também as que, mesmo não tão presentes são de extrema importância cultural. A representatividade dos povos, das minorias num país tão miscigenado como o Brasil, é excepcionalmente necessária. 
Não podemos deixar que culturas, peculiaridades e marcos étnicos e históricos se percam nesse mundo cada vez mais tecnológico no qual o que importa normalmente se deixa de lado enquanto se dá valor á coisas vãs. Esperamos que o nosso projeto aqui apresentado possa servir de exemplo para que de fato, as escolas vejam a necessidade de trazer à sala de aula, como cobrado por lei, a temática cultural afro-brasileira e indígena, incentivando assim a garantia de mais equidade na sociedade em que vivemos.
REFERÊNCIAS
Núcleo de estudos Afro-brasileiros e indígenas, NEABI. NEABI Indica: Sugestões de filmes e atividades para abordar a História e Cultura Africana, Afro-brasileira e Indígena na sala de aula. Disponível em: https://www.ifsp.edu.br/images/pdf/NEABI-Indica-N2---2017.pdf Acesso em: 06 Nov. 2020.
Xapuri Socioambiental. Claudia Andujar: Os Yanomami em minha vida. Disponível em: https://www.xapuri.info/amazonia-agenda/claudia-andujar-os-yanomami-em-minha-vida/ Acesso em: 06 Nov. 2020.
Jornal Estadão Mato Grosso. Filme retrata experiências sobre o ensino da Cultura e História Afro-Brasileira em escolas de MT. Disponível em: https://estadaomatogrosso.com.br/variedades/filme-retrata-experiencias-sobre-o-ensino-da-cultura-e-historia-afro-brasileira-em-escolas-de-mt/12517 Acesso em: 06 Nov. 2020.
Ensinar História. 21 filmes de História do Brasil Colonial. Disponível em: https://ensinarhistoriajoelza.com.br/21-filmes-de-historia-do-brasil-colonial/ Acesso em: 06 Nov. 2020.
Instituto socioambiental. Pelas Águas do Rio de Leite. Disponível em: https://www.socioambiental.org/pt-br/tags/pelas-aguas-do-rio-de-leite Acesso em: 06 Nov. 2020. 
Povos indígenas no Brasil. Xetá. Disponível em: https://pib.socioambiental.org/pt/Povo:Xet%C3%A1 Acesso em: 06 Nov. 2020.
MST, Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra. Conheça a questão indígena no Brasil com 13 produções audiovisuais. Disponível em: https://mst.org.br/2020/04/24/conheca-a-questao-indigena-no-brasil-com-13-producoes-audiovisuais/ Acesso em: 06 Nov. 2020.

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