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Literatura 2ºbimestre 11/05/2022 Anna Marques Forma de romper com a arte tradicional Pluralidade de tendências filosóficas, cientificistas, sociais e literárias Sede por poder + avanços da produção industrial + liberalismo Belle Époque (1886 – 1914) Discussão cultural - novas expectativas culturais e artísticas Características comuns: - crítica à arte academicista - crítica ao conservadorismo nas atitudes - crítica à reprodução de modelos preestabelecidos Futurismo Itália, 1909 -Publicação do primeiro “manifesto futurista”, no jornal Figaro Filippo T. Marinetti Inicialmente centrado na renovação literária, aos poucos, o futurismo passou a abranger outros campos Comportamento radical - “Abaixo os museus!” Admiração pela modernidade (avanços tecnológicos, convívio em área urbana) Presença de velocidade, ruído, multidões, guerra e destruição de monumentos que simbolizavam o passado - quebra com o imobilismo e conceitos de equilíbrio e harmonia Envolvimento em questões políticas - fascismo italiano Abolição da subjetividade Na literatura: - versos livres - destruição de sintaxe convencional - sem adjetivos e advérbios nos poemas - palavras agressivas = violência Confundido com o modernismo Giacomo Balla Divisão em três fases: 1ª Fase: 1905 a 1909 – defesa do verso livre; 2ª Fase: 1909 a 1914 – liberdade imaginativa; liberdade das palavras; 3ª Fase: 1914 em diante – discussão sobre questões políticas. Cubismo Pablo Picasso e George Braque Representação multidimensional dos objetivos Foco na produção literária Arte deveria deixar de lado a preocupação com a cópia e com o academicismo 1937, Picasso: Guernica Sobreposição de planos e tempos, conjunto de diversas perspectivas Fracionamento e divisão prismática da realidade Influência entre as artes - artistas se reuniam para discutir novos horizontes artísticos Guillaume Apollinaire Vanguardas Europeias Vanguardas Europeias Anna Marques Expressionismo Alemanha Distorção do visível, percepção chocante da realidade Vida moderna = insatisfação e melancolia - busca por um mundo que acabou Buscava-se a expressão subjetiva, respeitando-se a própria subjetividade, sem qualquer enquadramento em concepções filosóficas, científicas ou linguistas Popularizado na 1º GM Linhas retorcidas e cores fortes Artista tem visões sobre as coisas, não as vê Edvard Munch Dadaísmo Zurique, Suíça, 1916 (Primeira Guerra Mundial) - Cabaret Voltaire Hugo Ball, Emmy Hennings e Tristan Tzara Arte nonsense Dada = “cavalinho de pau” - escolhida ao acaso pois o sentido não era para ser levado em conta Concepção “destruidora” de todos os valores artísticos e culturais - rebeldia e inovação - irracionalidade Ready-made Marcel Duchamp - arte que provoca uma reação no público Debate entre arte e conceito Destruição de hierarquias intelectuais Automatismo psíquico Livre associação de palavras e metáforas Surrealismo André Breton, Luis Aragon e Philippe Soulpault Repensar a posição do humano em relação ao mundo Psicologia freudiana Revolução Escrita automática (autor escreve qualquer coisa que vem em sua mente sem se importar com o sentido) - funcionamento real do pensamento 1924– Manifesto do Surrealismo Efeito de estranhamento Emancipação do inconsciente Valorização do passado primitivo Estudo do inconsciente, narrativa onírica (sonhos) e experiências hipnóticas Salvador Dali e Rene Magritte Revoltas pela mudança de sistema de governo + crise econômica = surgimento de intelectuais e artistas que passaram a se identificar com novas possibilidades de expressão artística e literária 1ª fase: Publicação da revista Orpheu, 1915 - atualização estética, renovação estilística - incorporação das vanguardas na cultura portuguesa - Mario de Sá Carneiro, Almada Negreiros e Fernando Pessoa Modernismo Modernismo Anna Marques 2º fase: Publicação da revista Presença, 1927 - Consolidação das conquistas estéticas modernistas - Temas predominantemente existencialistas - José Régio, Miguel Torga e Branquinho da Fonseca 3º fase: Neorrealismo – década de 1930 - Retomada de temas regionalistas - Crítica social segundo uma perspectiva socialista e/ou marxista Fernando Pessoa Criou heterônimos, personalidades poéticas, invenção de um ser com várias características Pseudônimos: quando o artista assina o texto com outro nome, mas as ideias, o ponto de vista, ainda pertence a ele. Alberto Caeiro: Homem simples, guardador de rebanho Mestre dos outros heterônimos Contato com a natureza Visão de mundo baseada nos sentidos Linguagem direta, contrária à sofisticação Anti-metafísico (questionamento do pensamento abstrato filosófico) Anti-filosófico (o que, no final se constitui como uma espécie de filosofia) Álvaro de Campos: Formado em Engenharia Naval na Escócia Relação próxima com o modernismo português Conhecimento profundo sobre os avanços industriais e ao mesmo tempo mostrava inadaptação ao universo urbano Alternância entre trechos turbulentos e melancólicos Existencialista - sentimento e not-belonging Ricardo Reis: Médico e defensor da monarquia Morava no Brasil Relação de proximidade com a tradição mesmo com textos modernos Referências mitológicas e filosóficas gregas Neoclássico Frequente reflexão sobre a transitoriedade da vida Presença do carpe diem (= relação com a filosofia estoica e epicurista) Valorização da paisagem campestre; bucolismo Bernardo Soares: Existencialista Fernando pessoa, ortônimo: Poemas líricos Poema épico, nacionalista: Mensagem - dividido em 3 partes - Brasão Anna Marques - Mar Português - O encoberto Nacionalismo lendário Misticismo e esoterismo Reflexão sobre a existência - existente ≠ empírico; poeta ≠ eu- lírico - “fingimento poético”: manifestações emocionais são parte integrante do eu�empírico, não do eu-lírico (e vice-versa) Tematização sobre a criação, escrita e crítica literária 13,15 e17 de fevereiro de 1922, no Theatro Municipal de São Paulo - data proposital, coincidiu com o centenário da Independência do país Simbolicamente, era a passagem de um paradigma tradicional da literatura e das artes para uma perspectiva inovadora Movimentos de vanguarda europeus influenciaram os artistas brasileiros Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Plínio Salgado, Victor Brecheret, Anita Malfatti, Heitor Villa- Lobos, etc... Na segunda noite do evento os modernistas mostraram sua intenção e foram fortemente vaiados Semana da Arte Moderna Semana da Arte Moderna
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