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O equilíbrio como todo funciona dentro de um pH ideal, qualquer alteração por mais pequena que seja, para mais ou para menos desse equilíbrio há uma alteração muito grande em todas as reações metabólicas do organismo. Esse equilíbrio normalmente é mantido por dois órgãos principais. Ex: Rins e pulmão. Portanto, se houver alguma alteração nesses órgãos atinge esse equilíbrio ácido-básico. - No indivíduo sadio, a [H+] (concentração de H) é mantida dentro de limites normais (35 - 45 mmol/L). Valores maiores que 120 mmol/L ou menores que 20 mmol/L geralmente são incompatíveis com a vida. Pacientes com alta [H+] consequentemente terão pH muito alto e vice e versa. - Os H+ são produzidos no corpo como resultado do metabolismo, da oxidação dos aminoácidos que contém enxofre, provindo das proteínas. Porém essa quantidade é necessária que seja eliminada da corrente sanguínea. - A cada dia, a quantidade total de [H+] produzida pelas proteínas é cerca de 60 mols. Se toda essa quantidade fosse diluída no LEC (14 L), a [H+] seria 4 mols, ou 100.000 vezes mais ácida que o normal, ou seja, uma quantidade muita alta. Isso não acontece, já que todos os H+ produzidos são excretados na urina (dieta rica em proteínas animal). - O metabolismo também produz CO2 (Dióxido de Carbono). Em solução, esse gás forma um ácido fraco. - Grandes quantidades de CO2 são produzidas a cada dia pela atividade celular com o potencial de perturbar o balanço ácido-básico. Para controlar é necessário a função pulmonar adequada. - Sob circunstâncias normais, todo CO2 é excretado via pulmões após ter sido transportado pelo sangue. Os problemas ocorrem quando a função respiratória está prejudicada. O tampão é por exemplo em casos de patologia pulmonares. - Um tampão é uma solução do sal de um ácido fraco que é capaz de ligar H+. É para adequar o pH ao meio. - O tamponamento não remove os H+. Antes, os tampões temporariamente dão cabo de um excesso de H+ produzido, da mesma forma que uma esponja absorve a água. - É apenas uma solução a curto prazo para o problema do excesso de H+. Em última análise, o corpo deve livrar-se desses íons através da excreção renal. - O corpo contém vários tampões para conter mudanças súbitas na produção de H+. Ex: proteínas, Hg (hemoglobina). Isso acontece muito em pacientes diabéticos descompensados. - No LEC (líquido extracelular) o HCO3- (Bicarbonato) é o mais importante. Nesse sistema tampão o (HCO3-) combina-se com o H+ formando o (H2CO3) (Ácido carbônico). - Esse sistema é o único no sentido de que o H2CO3 pode dissociar-se em H20 e CO2. - Enquanto os tampões simples rapidamente se tornam ineficazes à medida que a associação do H+ e o ânion do ácido fraco atingem o equilíbrio, o sistema HCO3- continua funcionando porque o H2CO3 é removido sob a forma de CO2. Na verdade, não se tem bicarbonato o suficiente para tirar todos os H+ que estejam sendo produzidos em um diabético descompensado, portanto, é uma medida rápida para o pH não subir demais, porém, as vezes não é possível controlar esse equilíbrio a-b e o paciente pode chegar a ir a óbito. Portanto, quando chega o ponto limite do bicarbonato, as vezes o paciente precisa ir para UTI e ser entubado, será corrigido a função respiratória desse paciente através do respirador artificial. - O limite para a eficácia do sistema de HCO3- é a concentração inicial do HCO3-. Somente quando todo o HCO3- é consumido, o sistema perde sua capacidade tamponante. - O estado ácido-básico do paciente é avaliado considerando-se o sistema do plasma HCO3-. Então, quando se tem muito bicarbonato ou se tem muito H+, em equilíbrio se tem um tampão com pH neutro, claro que esse pH vai variar de acordo com o meio. - Todo o H+ tamponado deve ser excretado via renal, regenerando o HCO3- usado no processo de tamponamento e mantendo a [HCO3-] do plasma dentro dos limites normais. Na foto ‘’Recuperação do Bicarbonato’’: Nas células tubulares renais se tem o Na+ que passa para o capilar e para a luz tubular renal. Se observa o HCO3- + H+ que pode passar para a luz tubular renal que é uma reação reversível onde forma um ácido carbônico = H2CO3 e pode se dissociar em CO2 + H20. Outra maneira que se tem nas células tubulares renais é que se tem o HCO3- + H+ formando o mesmo que na luz tubular renal, sendo assim, reações irreversíveis, tudo poderá ser regenerado no capilar. Esse bicarbonato será reutilizado para tamponar novamente e pegar mais H+. Na foto ‘’Regeneração do Bicarbonato...’’: Se tem basicamente a mesma coisa da anterior. Nas células tubulares renais acontece o mesmo processo, e ainda há CO2 que irá para o capilar. Na luz tubular já é excretado o íon H+ e também o Na+. - Os H+ excretados devem ser tamponados na urina ou a [H+] vai aumentar para valores muito altos podendo haver também alteração renal devido ao aumento dos H+ na urina, se tendo uma acidez urinária. - Uma indicação do estado ácido básico do paciente pode ser obtida medindo-se os componentes do sistema tampão de HCO3-. - Em termos químicos, o sistema HCO3- pode ser considerado da mesma forma que qualquer outra dissociação química. Simplificando... A concentração de H + a de Bicarbonato resulta em Ácido Carbônico. [H+] + [HCO3-] ↔ [H2CO3] - Pela Lei de Ação das massas: K é a primeira cte de dissociação do ácido carbônico. - No entanto, o H2CO3 está relacionado ao CO2 dissolvido. - O CO2 dissolvido é proporcional a pressão parcial de CO2. Quanto maior a PCO2 maior a quantidade está nesse pulmão. Se o pulmão está com dificuldade de respirar, então ele está com um AUMENTO de PCO2. - De fato a Ley de Henry mostra que a [CO2] em solução – s.PCO2 em que s é a solubilidade do gás na água. - Assim, na equação da ação de massas a [H2CO3] pode ser substituída por PCO2. - Dessa forma, devemos considerar a relação: Simplificando a equação: Pode-se dizer que a [H+] é proporcional a PCO2.. E, inversamente proporcional ao bicarbonato [HCO3-]. - Está relação mostra que a [H+] no sangue varia com a [HCO3-] e a mudança da PCO2. Se todos os demais elementos permanecerem constantes: * Adc H+, remover HCO3 ou aumentar a PCO2. Aumentará [H+]. * Remover H+, adc HCO3- ou diminuir a PCO2. Diminuirá [H+]. Isso de forma direta. OBS: A [H+] do sangue é controlada pelo padrão normal de respiração e pelo funcionamento dos rins. - Distúrbios a-b ‘’metabólicos’’ são aqueles que diretamente causam uma mudança na [HCO3-]. Ex: Diabetes Mellitus (deficiência de insulina, há diminuição da glicose intracelular – Acúmulo de H+ devido a ionização dos ácidos acetoacético e beta- hidroxibutírico), fístula duodenal (perda de de HCO3- do LEC). - Distúrbios a-b ‘’respiratórios’’ afetam diretamente a PCO2. A função respiratória prejudicada provoca um acúmulo de CO2, no sangue. Enquanto, de forma menos comum, a hiperventilação pode provocar uma diminuição da PCO2. Ex: Está com deficiência respiratória vai reter mais CO2 pois está hipoventilando, a troca gasosa não está ocorrendo normalmente. Quando se hipoventila aumenta a PCO2 no pulmão. Portanto, se tem uma acidose respiratória. COMPENSAÇÃO - As relações simples do sistema tampão HCO3- passam a complicar-se em virtude de mecanismos fisiológicos que evoluíram para tentar retornar ao normal [H+] desequilibrada. Se está com problema respiratório, a rota renal é que irá tentar compensar, porém, demora cerca de 72h, se for metabólico e o pulmão que tenta compensar muito rápido. Ex: Aumento de bicarbonato, havendo assim diminuição do íon H+. Portanto, o pulmão tenta aumentar PCO2. - Quando o pulmão está comprometido, o corpo tenta aumentar a excreção de H+ através da rota renal (compensação renal para um distúrbio respiratório primário). Compensação renal em uma acidose respiratória primária Ex: Paciente com Enfisema pulmonar, se tem o AUMENTOde PCO2 e AUMENTO DO [H+], essa pressão alta está provocando justamente o aumento desses íons hidrogênio, e o paciente não há alteração no bicarbonato. A compensação renal ocorre vagarosamente, como se observa na imagem, onde, os rins estão eliminando H+ através do aumento da [HCO3-] isso é uma compensação renal de uma acidose respiratória primária. A PCO2 continua alta porque a acidose respiratória primária é quando o paciente tem um problema respiratório de pulmão, portanto, isso só irá se resolver quando o problema pulmonar for resolvido. A seta mais grossinha significa maior concentração e a mais fina menor concentração. - Quando exibem distúrbios metabólicos é possível conseguir alguma compensação através dos pulmões (compensação respiratória para um distúrbio metabólico primário). Na acidose metabólica: Inicialmente se tem uma alta [H+], onde, PCO2 está normal e a [HCO3-] está muito baixa, devido a esse distúrbio metabólico. Portanto, que tentará compensar será o pulmão. O pulmão começa a DIMINUIR a PCO2 hiper- ventilando. Na alcalose metabólica: É basicamente a mesma coisa, porém, de forma inversa. O paciente está com uma alcalose metabólica, [HCO3-] MUITO ALTA, e com isso há DIMINUIÇÃO da [H+]. O pulmão irá tentar compensar AUMENTANDO [H+] e [PCO2] hipo-ventilando. Compensação nos distúrbios metabólicos primários - Se a compensação é completa [H+] retorna aos valores normais, embora PCO2 e [HCO3-] permaneçam ligeiramente anormais (distúrbios a-b plenamente compensado). Como se sabe se está completamente compensado? Se nesse segundo caso da imagem a setinha da [H+] não estivesse mais quando comparado com as outras [] dos outros compostos estaria completamente compensado, ou seja, embora que os outros parâmetros ainda não estivessem normais. Portanto, nesse caso ela ainda não está ‘’normal ou totalmente compensado’’ porque o H ainda está alterado, sendo uma compensação apenas parcial. A compensação completa seria quando controlasse a [H+]. - Se a [H+] não volta aos limites de referências se tem uma compensação parcial. TERMINOLOGIA ACIDOSE METABÓLICA: O distúrbio primário é a diminuição da [HCO3-]. ALCALOSE METABÓLICA: O distúrbio primário é o aumento da [HCO3-]. ACIDOSE RESPIRATÓRIA: O distúrbio primário é o aumento de PCO2. ALCALOSE RESPIRATÓRIA: O distúrbio primário é a diminuição de PCO2. - Os distúrbios a-b metabólicos refletem-se em mudanças da [HCO3-] no LEC que ocorrem frequentemente devido a um acúmulo ou perda do H+. A perda ou ganho direto do HCO3- também causará distúrbios a-b metabólicos. Ex: Paciente com DM descompensada. O corpo vai lançar formas de compensar isso de todas as formas energéticas. Uma delas é aumentar a gliconeogênese a partir de compostos como Ácidos Graxos e Glicerol. Ele vai adquirir esses compostos a partir do sistema lá no tecido adiposo onde irá quebrar a molécula de triglicerídeos (Glicerol+ 3Ácido graxo) através da lipólise (a falta de insulina no tecido adiposo causa o aumento dessa lipólise= quebra de gordura). Muitos desses Á.G vão para a B-oxidação, onde irá produzir ácidos fortes, como acetona, ácido hidroxibutírico e acetoacetato, esses ácidos irão favorecer o aumento de H+ na corrente sanguínea. Tendo assim portanto, uma acidose metabólica causada pelo aumento de insulina. - Os distúrbios a-b metabólicos primários são reconhecidos pela análise da [HCO3-]. Reconhecimento dos distúrbios metabólicos primário ácido-básico através da análise de [HCO3-] - A compensação respiratória ocorre rapidamente, e assim os pacientes com distúrbios a-b metabólicos exibirão em geral alguma mudança na devido a hiper-ventilação ou a hipo-ventilação. A compensação nos distúrbios metabólicos primários: - Em uma acidose metabólica o problema primário é a redução da [HCO3-] no LEC. - As principais causas da acidose metabólica são mostradas na figura abaixo: As razões para a acidose e alcalose metabólica ACIDOSE Excreção de H+ Prejudicada: Está havendo retenção de H+, Paciente com insuficiência renal que não consegue urinar bem, além de estar produzindo muito, não consegue excretar, ou então, pacientes com problemas no tamponamento; Produção ou ingestão aumentada de H+: Paciente com DM descompensada, irá produzir muito ácido devido a beta-oxidação dos ácidos graxos. Perda de [HCO3-]. Causas da Acidose Metabólica [Na+] + [K+] – ([Cl-] + [HCO3-]) (6-18mmol/L) Na fórmula: A soma dos positivos menos a soma dos negativos. A acidose metabólica com um hiato aniônico elevado ocorre: - Na doença renal: Os H+ são retidos juntamente com os ânions tais como o sulfato e o fosfato. - Na cetoacidose diabética: Em consequência da falta de insulina, o metabolismo alterado de ácidos graxos causa uma produção endógena dos ácidos acetoacético e beta-hidroxibutírico. - Na acidose láctica: Na anoxia dos tecidos (falta de oxigenação), insuficiência respiratória e parada cardíaca a acidose láctica desenvolveu-se dentro de minutos e representa risco de vida, doença hepática. - Em alguns casos de dose excessiva (acúmulo de lactato); Envenenamento com metanol e etilenoglicol (formato de oxalato). - A acidose metabólica com um hiato aniônico normal é algumas vezes chamada de ‘’acidose hiperclorêmica’’, porque a [HCO3-] reduzida é balanceada por uma [Cl-] aumentada. Ela é observada na: Diarreia crônica ou fístula intestinal: Perdem-se líquidos do corpo que contem [HCO3-]; Acidose tubular renal: As células tubulares renais são incapazes de excretar os H+ eficazmente e perde-se HCO3-. - A resposta compensadora para a acidose metabólica é a hiper-ventilação, já que a [H+] aumentada age com um potente estimulante do centro respiratório. - A [H+] aumentada leva a um aumento da irritabilidade neuromuscular. - Existe o perigo de as arritmias progrediram para uma parada cardíaca, e isso se torna mais provável quando existe a hipercalemia que acompanhará a acidose. Isso porque aumenta muito o K+ que tem grande influência na questão cardíaca. - A diminuição da consciência pode progredir para o coma e a morte. - Na Alcalose metabólica o problema primário é o aumento da [HCO3-]. - As causas da alcalose metabólica estão ilustradas na figura abaixo: As razões para a acidose e alcalose metabólica ALCALOSE Perda de H+ no vômito: Aumentando também a [] de bicarbonato. Ingestão de álcool: Aumenta a alcalose. Deficiência de K+: Pois nesse caso aumenta o bicarbonato. - Hipo-ventilação, desnorteamento e, eventualmente, coma. - Cãimbras musculares, tetania e parestesia podem ser a consequência de uma diminuição da [] de Ca+ dissociado no plasma. - Nos distúrbios a-b respiratórios, a perturbação primária é causada por mudanças da PCO2 do sangue. Distúrbios respiratórios primários são reconhecidos ao examinar-se a PCO2 - Os distúrbios respiratórios estão relacionados a mudanças na quantidade de ar que se move para dentro e para fora dos pulmões (ventilação), ou a capacidade dos gases de se difundirem através da membrana alveolar (troca gasosas). - Em ambos os casos, a PCO2 muda e [H2CO3] sobe ou desce. - Pode ser aguda ou crônica. - Condições agudas: ocorrem dentro de minutos ou horas. Elas não são compensadas. A compensação renal não dispõe de tempo para desenvolver-se, já que os mecanismos que ajustam a reabsorção de HCO3- levam de 48- 72h. Ex: Paciente asmático. - O problema primário na acidose respiratória aguda é a hipo-ventilação alveolar. Se o fluxo de ar estiver reduzido completamente, ou parcialmente, a PCO2 do sangue aumentará imediatamente e a [H+] aumentará rapidamente. A PO2, baixa e a PCO2 alta resultantes causarão coma (?). - Se essa situação não for corrigida rapidamente resultará em morte. Exemplos DE AR Aguda: Asfixia, Broncopneumonia, Exacerbação aguda da asma.- A acidose respiratória crônica: Está acompanhada de compensação renal máxima. Essa compensação pode ser parcial ou completa. O rim aumenta a excreção de H+, e os níveis de HCO3- no LEC aumentam. A [H+] do sangue tende a retornar ao normal. Compensação renal em uma acidose respiratória primária Exemplos de distúrbios respiratórios crônicos: Enfisema; Bronquite Crônica. - As causas de acidose respiratória estão resumidas na figura abaixo: Causas da acidose e da alcalose respiratória - A alcalose respiratória é muito menos comum do que a acidose, porém, pode ocorrer quando a respiração for estimulada, ou não mais estiver sujeita ao controle por retro-alimentação (feedback), geralmente essas são as condições agudas e não há compensação renal. - Um paciente pode estar tanto com uma acidose metabólica quanto com uma acidose respiratória, tal como a do paciente com bronquite crônica que desenvolve um problema renal. - Em tal paciente com um [H+] aumentada, a PCO2, estará aumentada e a [HCO3-] estará baixa, ambos resultados esperados em uma acidose respiratória primária e uma acidose metabólica primária. - Quando as duas condições ácido-básicas forem antagonistas na forma como afetam a [H+] um dos distúrbios reproduz a resposta compensatória. Exemplos encontrados corriqueiramente: - Paciente com doença crônica de obstrução das vias aéreas causando acidose respiratória, com a depleção de potássio induzida por tiazida, e em consequência, alcalose metabólica. - Hiper-ventilação causando alcalose respiratória, com sucção nasogástrica prolongada que causa uma alcalose metabólica. - Envenenamento com salicilato, no qual ocorre a alcalose respiratória devida à estimulação do centro respiratório, juntamente com acidose metabólica devida aos efeitos do veneno no metabolismo. Portanto, uma só droga estimula dos sistemas ao mesmo tempo. Obs: Nesses pacientes, deve-se ter cuidado na interpretação dos resultados dos gases do sangue. - A [H+] e a PCO2, são medidas diretamente em uma amostra de sangue arterial. Geralmente essa amostra é colhida das artérias braquial ou radial com uma seringa heparinizada. GASÔMETRO: Moderno Gasômetro marca AVL com microprocessador. - Os problemas a-c podem ser discutidos referindo-se aos 3 componentes do sistema tampão HCO3. Na prática, os analisadores de gases sanguíneos medem a [H+] da amostra e sua PCO2. Não há necessidade de medir o terceiro parâmetro, o HCO3-. - O quadro mostra as respostas compensatórias previstas na [HCO3-] ou PCO2 quando a [H+] muda como resultado de distúrbios a-b primários. Distúrbios ácido básicos primários e respostas compensatórias: A figura mostra uma abordagem prática para a interpretação dos resultados dos gases sanguíneos. - As etapas para classificar o distúrbio a-b são: 1. Primeiramente olha para a [H+]. Decida se uma acidose ou alcalose está presente. 2. Se a [H+] está elevada, decida qual é a causa primária da acidose. Olhe para a PCO2. Se esta está elevada, existe uma acidose respiratória. Olhe para o HCO3-. Se este se encontra diminuído, existe uma acidose metabólica. 3. Se a [H+] está reduzida, decida qual é a causa primária da alcalose. Olhe para a PCO2. Se estiver baixa existe uma alcalose respiratória. Olhe para o HCO3-. Se estiver alto, existe uma alcalose metabólica. - Muitos distúrbios a-b são eventos secundários seguindo-se a um outro distúrbio. Na maioria dos casos, o controle adequado do distúrbio a-b é o tratamento da doença fundamental. Isso pode desenvolver: 1. Terapia com líquidos e insulina na cetoacidose diabética. 2. Ventilação artificial com ventilação de pressão positiva intermitente (VPPI). 3. Melhora da taxa de DG restaurando o volume sanguíneo. OBS: Nos casos em que houver risco de vida por acidose, deve-se considerar a infusão de bicarbonato de sódio. - As circunstâncias nas quais esse tratamento pode ser apropriado incluem a cetoacidose diabética grave. O bicarbonato de sódio deve sempre ser usado com cautela (monitoramento cuidadoso do paciente com dosagens repetidas dos gases sanguíneos).
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