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APOSTILA AUXILIAR DE SAÚDE BUCAL - MÓDULO II

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1 
 
 
 
2 
SUMÁRIO 
COMO CUIDAR DOS DENTES DE UM BEBE? .................................................................................3 
O que são Cáries de mamadeira e como evitá-las? ..................................................................................3 
O que é o flúor? Como saber se o bebê está recebendo a quantidade certa de flúor? . ...........................3 
SAÚDE BUCAL DAS CRIANÇAS .......................................................................................................4 
Técnicas de Escovação ............................................................................................................................4 
Quando a criança deve começar a usar o fio dental .................................................................................4 
O que é Selante dental e como saber se a criança precisa usá-lo............................................................. 4 
Quantidade de flúor/Alimentação/O que fazer se a criança quebrar um dente ........................................5 
ERUPÇÃO DE DENTES DECÍDUOS E PERMANENTES .................................................................6 
QUAIS SÃO OS SINTOMAS LIGADOS AO NASCIMENTO DOS PRIMEIROS DENTES ............7 
O que fazer para amenizar o desconforto dos dentes ...............................................................................8 
Chupetas e sucção do dedo ......................................................................................................................9 
RESPIRAÇÃO BUCAL ........................................................................................................................10 
Deglutição atípica ..................................................................................................................................15 
Posturas incorretas .................................................................................................................................17 
TRAUMA DENTÁRIO .........................................................................................................................18 
COMO OS ADOLESCENTES PODEM MANTER DENTES SAUDÁVEIS E BRILHANTES?..... 22 
HALITOSE ............................................................................................................................................24 
TRATAMENTO DA HALITOSE.........................................................................................................26 
DENTES DO SISO................................................................................................................................ 29 
COMO UM ADULTO DEVE CUIDAR DOS DENTES .....................................................................36 
A SAÚDE GERAL E BUCAL DA MULHER......................................................................................38 
GRAVIDEZ, CUIDADO PRÉ NATAL E SAÚDE BUCAL ...............................................................39 
SAÚDE BUCAL DOS IDOSOS ...........................................................................................................41 
SAÚDE BUCAL PARA EXCEPCIONAIS ..........................................................................................43 
SAÚDE BUCAL DOS HIPERTENSOS ...............................................................................................46 
SAÚDE BUCAL DE PORTADORES DE HANSENÍASE ..................................................................48 
SAÚDE BUCAL DE PORTADOR DE HIV .......................................................................................49 
FATORES DE RISCO NA PRÁTICA ODONTOLÓGICA .................................................................51 
AS DOENÇAS DO TRABALHO NO MEIO ODONTOLÓGICO ......................................................52 
PONTAS DE ALTA E BAIXA ROTAÇÃO E PONTAS DE PERIFÉRICOS ....................................58 
MÉTODOS FÍSICOS DE CONTROLE DE MICRO-ORGANISMOS ...............................................62 
ANAMNESE EXAME CLÍNICO ODONTOLÓGICO ........................................................................65 
ESCOVAÇÃO CORRETA ...................................................................................................................68 
UTILIZANDO O FIO DENTAL ...........................................................................................................69 
PROJETO BRASIL SORRIDENTE .....................................................................................................70 
PRIMEIROS SOCORROS EM ODONTOLOGIA ...............................................................................71 
A IMPORTÂNCIA DA RADIOLOGIA NA ORTODONTIA .............................................................72 
RADIOGRAFIA PANORÂMICA ........................................................................................................73 
RADIOGRAFIA PERIAPICAL ............................................................................................................74 
ESPECIALIDADES ..............................................................................................................................75 
PROCEDIMENTO DO TRATAMENTO DE CANAL ........................................................................77 
Periodontia .............................................................................................................................................78 
PRÓTESES DENTÁRIAS REMOVÍVEIS ...........................................................................................81 
IMPLANTODONTIA ...........................................................................................................................84 
CASOS CLÍNICOS DOS TIPOS DE IMPLANTODONTIA ...............................................................85 
ESTOMATOLOGIA (DIAGNÓSTICO DAS DOENÇAS BUCAIS) ..................................................96 
ALGUNS EXEMPLOS DE DOENÇAS DA BOCA ............................................................................97 
 
 
 
 
3 
 COMO CUIDAR DOS DENTES DE UM BEBÊ? 
Os bons cuidados bucais começam cedo na vida. Mesmo 
antes dos dentes do bebê nascerem, existem alguns 
fatores que podem afetar sua futura aparência e saúde. 
Por exemplo, a tetraciclina, um antibiótico comum, pode 
causar a descoloração ou manchas nos dentes. Por esta 
razão, não deve ser usada por mães que estão 
amamentando ou mulheres na segunda metade da 
gravidez. 
Como os dentes do bebê geralmente nascem por volta 
dos seis meses de idade, não há razão para usar os 
procedimentos padrão da higiene bucal, ou seja, a escovação e o uso do fio dental. Mas, os 
bebês têm necessidade de cuidados bucais especiais que todos os pais devem conhecer. Entre 
esses cuidados estão à prevenção das cáries causadas pelo uso da mamadeira e a certeza de 
que seu filho está recebendo uma quantidade adequada de flúor. 
O que são as cáries de mamadeira e como evitá-las? 
São cáries causadas pela exposição freqüente a líquidos que contém açúcar, como o leite, as 
fórmulas comerciais preparadas para bebês e os sucos de fruta. Os líquidos que contém açúcar 
se acumulam ao redor dos dentes por longos períodos de tempo, enquanto seu bebê está 
dormindo, provocando as cáries, que primeiro se desenvolvem nos dentes anteriores, tanto da 
arcada inferior quanto da superior. Por esta razão, nunca deixe sua criança adormecer com a 
mamadeira de leite ou suco na boca. Ao invés disso, na hora de dormir, dê a ele uma 
mamadeira com água ou uma chupeta que tenha sido recomendada pelo seu dentista. Ao 
amamentar, não deixe o bebê se alimentar continuamente. E após cada mamada, limpe os 
dentes e as gengivas do seu bebê com um pano ou uma gaze umedecida. 
O que é o flúor? Como saber se o bebê está recebendo a quantidade certa de flúor? 
 
O flúor faz bem mesmo antes de os dentes do seu filho começar a aparecer. Ele fortalece o 
esmalte dos dentes enquanto estes estão se formando. Muitas empresas de distribuição de 
águaadicionam a quantidade de flúor adequada ao desenvolvimento dos dentes. Para saber se 
a água que você recebe em casa contém flúor e qual a quantidade de flúor que é colocada 
nela, ligue para a empresa de distribuição de água no seu município. Se a água que você 
recebe não tem flúor (ou não contém a quantidade adequada), fale com seu pediatra ou 
dentista sobre as gotas de flúor que podem ser administradas ao seu bebê diariamente. Se você 
usa água engarrafada para beber e para cozinhar, avise seu dentista ou médico. É possível que 
eles receitem suplementos de flúor para seu bebê. 
 
 
 
 
4 
SAÚDE BUCAL DAS CRIANÇAS 
Dentes de Leite: 
 Escovar pelo menos três vezes ao dia com um 
creme dental que contém flúor para remover a 
placa bacteriana (aquela película pegajosa que se 
forma sobre os dentes e que é a principal causa 
das cáries). 
 Usar fio dental diariamente para remover a placa 
que se aloja entre os dentes e abaixo da gengiva, 
evitando que ela endureça e se transforme em cálculo dental. Depois que o cálculo se 
forma só o dentista pode removê-lo. 
 Adotar uma alimentação equilibrada, com pouco açúcar e amido. Estes alimentos 
produzem os ácidos da placa que causam cáries. 
 Usar produtos que contêm flúor (inclusive o creme dental). Certifique-se de que a 
água que suas crianças bebem contém flúor. Se a água não contiver flúor, seu dentista 
ou pediatra poderá prescrever suplementos diários de flúor. 
 Ir ao dentista para exames regulares. 
Técnicas de Escovação 
 Use uma pequena quantidade de creme dental com 
flúor. Não deixe a criança engolir o creme dental. 
 Use uma escova de cerdas macias e escove primeiro a 
superfície interna de cada dente, onde o acúmulo de 
placa é geralmente maior. Escove suavemente. 
 Escove a superfície externa de cada dente. Posicione a escova em um ângulo de 45 
graus ao longo da gengiva. 
 Escove com movimentos para frente e para trás. 
 Escove a superfície de cada dente usada para mastigar. Escove suavemente. 
 Use a ponta da escova para limpar atrás de cada dente frontal, na arcada superior e 
inferior. 
Quando a criança deve começar a usar o fio dental? 
O fio dental remove as partículas de alimentos e placa bacteriana que se instala entre os 
dentes e que a escova sozinha não consegue retirar. Por isso, comece a usá-lo quando a 
criança tiver quatro anos. Ao completar oito anos, as crianças já podem usar o fio dental sem 
auxílio dos pais. 
O que é selantes dental e como saber se a criança precisa usá-lo? 
O selantes dental cria uma barreira altamente eficaz contra as cáries. O selantes é uma 
película fina de plástico (resina) aplicada à superfície dos dentes permanentes posteriores, 
onde a maioria das cáries se forma. A aplicação do selantes não dói e pode ser feita durante 
 
 
5 
uma consulta ao dentista. O dentista poderá informar se é recomendável fazer esta aplicação 
nos dentes de seu filho. 
Quantidade de Flúor 
O flúor é uma das melhores maneiras de evitar as cáries. Trata-se de um mineral natural que 
se combina com o esmalte dos dentes, fortalecendo-os. Muitas empresas de distribuição de 
água adicionam a quantia de flúor adequada ao desenvolvimento dos dentes. Para saber se a 
água que você tem em casa contém flúor e qual a quantidade de flúor que apresenta, ligue 
para a empresa de distribuição de água no seu município. Se a água que você recebe não tem 
flúor (ou não contém a quantidade adequada), seu pediatra ou dentista poderá recomendar 
gotas de flúor ou um enxagüantes bucal, além de um creme dental com flúor. 
Alimentação 
 Sua alimentação deve conter uma ampla variedade de vitaminas e sais minerais, cálcio, 
fósforo e níveis adequados de flúor. 
Assim como o flúor é o maior protetor dos dentes das crianças, as guloseimas são sua maior 
inimigo. Os açúcares e amidos que fazem parte de vários tipos de alimentos e de bolachas, 
biscoitos, doces, frutas secas, refrigerantes e batata frita combinam-se com a placa bacteriana 
produzindo substâncias ácidas. Estas substâncias atacam o esmalte e podem formar cáries. 
Cada "ataque" pode durar até 20 minutos, após o término da ingestão do alimento. Até as 
"beliscadas" podem criar ataques ácidos da placa. Portanto, é recomendável não comer entre 
as refeições. 
O que fazer se a criança quebrar um dente? 
Em qualquer caso de ferimento na boca, você deve comunicar-se 
imediatamente com o dentista. Ele fará um exame na área afetada e 
determinará o tratamento adequado. Você pode dar um analgésico 
para evitar que a criança sofra até chegar ao consultório. 
Se possível, guarde a parte quebrada do dente e mostre-a ao dentista. No caso de cair o dente 
em razão de um acidente, leve-o ao dentista o mais rápido possível. Evite tocar muito no 
dente e procure não limpá-lo. Coloque-o em água ou leite até chegar ao consultório do 
dentista*. Em alguns casos é possível reimplantá-lo. 
* Pode ser que seja possível recolocá-lo na boca de seu filho através do procedimento de 
reimplante. 
 
 
 
 
 
 
 
6 
ERUPÇÃO DE DENTES DECÍDUOS E PERMANENTES 
O ser humano possui duas dentições: a primeira e a segunda. 
A primeira também é conhecida por dentição de leite. Os dentes de 
leite começam a aparecer por volta dos 6 meses de idade e 
completam-se aos 2 anos. É composta por 20 dentes: 10 na maxila e 
10 na mandíbula. A primeira dentição não possui pré-molares nem 
terceiros molares. Observe a tabela abaixo: 
Erupção 
 Dentes Superiores Dentes Inferiores 
Incisivo Central 8 meses 6 meses 
Incisivo Lateral 10 meses 9 meses 
Canino 20 meses 18 meses 
Primeiro Molar 16 meses 16 meses 
Segundo Molar 24 meses 22 meses 
Queda 
 Dentes Superiores Dentes Inferiores 
Incisivo Central 7 - 8 anos 6 - 7 anos 
Incisivo Lateral 8 - 9 anos 7 - 8 anos 
Canino 11 anos 10 anos 
Primeiro Molar 10 anos 11 anos 
Segundo Molar 12 anos 12 anos 
 
Os dentes permanentes começam a aparecer por volta dos 6 anos de 
idade com a chegada dos primeiros molares. Esses dentes 
erupcionam atrás do último dente decíduo, portanto não ―cai‖ 
nenhum para que ele erupcione. Por isso muitas vezes é confundido 
com dente de leite pela mãe. A segunda 
dentição é composta por 32 dentes sendo 
16 na mandíbula e 16 na maxila. Por volta 
dos 13 - 14 anos a dentição permanente 
está quase completa, faltando somente os 
terceiros molares, também conhecidos 
como dentes do siso ou do juízo, os quais 
erupcionam por volta dos 18 anos. 
 
 
 
7 
Nascimento dos Permanentes 
 Dentes Superiores Dentes Inferiores 
Incisivo Central 8 anos 7 anos 
Incisivo Lateral 8 - 9 anos 7 - 8 anos 
Canino 11 anos 9 - 11 anos 
Primeiro Pré-Molar 11 anos 10 anos 
Segundo Pré-Molar 11 anos 11 anos 
Primeiro Molar 6 anos 6 anos 
Segundo Molar 12 anos 12 anos 
Terceiro Molar 17 - 20 anos 17 - 20 anos 
 
 
QUAIS SÃO OS SINTOMAS LIGADOS AO NASCIMENTO DOS PRIMEIROS 
DENTES? 
Na realidade, os especialistas não chegaram a uma conclusão sobre se o nascimento dos 
dentes por si só provoque sintomas, como diarreia, febre ou mau 
humor. Muitos profissionais acreditam que essas manifestações 
não tenham relação com a dentição e que simplesmente 
coincidam com ela. 
Ainda assim, muitos pais contam que seus bebês ficam muito 
irritados e até doentes quando os dentinhos estão despontando. Nem todas as crianças, no 
entanto, sofrem da mesma forma nesta fase. 
Os sintomas mais comuns relacionados à erupção dos dentes são: 
 Baba (que pode depois provocar uma irritação na pele ao redor da boca) 
 Inchaço e sensibilidade na gengiva 
 Irritabilidade e mau humor 
 Tentativa de morder tudo o que está pela frente 
 Falta de apetite 
 Problemas para dormir 
 
Apesar de alterações no cocô, nariz escorrendo e febre serem também sintomas apontados por 
diversas famílias quando um novo dente está surgindo, a maioria dos especialistas não acha 
que a dentição é a culpada por eles e que outros sinais de alguma doença é que devemser 
procurados. 
 
O pediatra T.Berry Brazelton diz, no entanto, que o estresse associado à erupção dos dentes 
pode baixar a imunidade e deixar os bebês mais vulneráveis a infecções. 
 
Na dúvida, se você achar que seu filho não está bem, tire a temperatura dele para verificar se 
está com febre e procure o médico para examiná-lo. Muitas vezes, infecções de ouvido podem 
 
 
8 
incomodar demais uma criança sem os pais perceberem de onde vem o problema. É preciso 
tomar cuidado para não atribuir um mal-estar ao nascimento dos dentes e deixar de tratar uma 
infecção que precise de outras medidas. 
 
Existem ainda situações raras em que os dentes apresentam dificuldade de romper, causando 
grande inchaço e vermelhidão na gengiva. Com aparência de "bolas vermelhas", os chamados 
cistos de erupção provocam desconforto para a criança, como irritabilidade, dor na gengiva e 
relutância para se alimentar. 
 
O que fazer para amenizar o desconforto dos dentes? 
Um mordedor daqueles que podem ser armazenados por alguns minutos na geladeira 
geralmente alivia o incômodo na gengiva. Se o bebê já estiver se alimentando com comidas 
normais, alimentos mais frios como um purê de maçã, um pudim de leite ou um iogurte de 
frutas podem ajudar também. 
 
Um método simples que não envolve alimentos é 
passar um dedo bem limpinho pela gengiva inchada 
do seu filho. Faça uma massagem firme até ouvir um 
barulhinho da fricção, que será, além de tudo, uma 
ótima distração. O alívio é temporário, mas o bebê 
ficará agradecido e, acima de tudo, confortado pelo seu toque. 
 
Se nada disso ajudar, alguns médicos costumam receitar analgésicos à base de paracetamol. 
Mas consulte sempre o seu pediatra antes de dar qualquer medicação ao bebê, porque a 
prescrição depende do peso e da idade do seu filho. 
 
Nunca dê nenhum remédio com aspirina na fórmula, já que seu uso está associado a uma 
doença que pode ser fatal, a Síndrome de Reye, além de poder desencadear processos 
alérgicos e hemorrágicos. 
 
Posso passar aquelas pomadas para aliviar a dor? 
Pomadas tópicas para as gengivas devem ser receitadas pelo médico, porque elas podem 
causar reações alérgicas. Produtos que contêm benzocaína requerem ainda mais cuidado. É 
raro, mas podem provocar uma grave condição em que a quantidade de oxigênio no sangue 
cai para níveis perigosamente baixos. Nos Estados Unidos, por exemplo, é proibido vender 
produtos à base de benzocaína sem receita médica para crianças de menos de 2 anos. 
 
Outra complicação das pomadas é que não ficam exatamente no lugar em que são aplicadas. 
Mesmo se espalhadas diretamente na gengiva do bebê, ele pode acabar engolindo parte do 
creme ou gel junto da saliva, provocando um amortecimento na garganta, que pode causar 
sensação ruim, engasgo, dificuldade de engolir, aspiração de alimentos para as vias 
respiratórias e até problemas para respirar. 
 
 
 
 
 
 
9 
Chupetas e sucção do dedo 
 
É preferível a chupeta ou a sucção de dedo? Chupeta arredondada ou ―ortodôntica‖? Tanto a 
sucção de dedo quanto a chupeta (inclusive a chamada 
―chupeta ortodôntica‖) estão associadas com alterações na 
arcada como mordida aberta e mordida cruzada, alterações na 
posição da língua e lábios, deglutição e respiração. A 
deformidade será maior ou menor dependendo da freqüência 
(quantas vezes e quanto tempo a criança suga por dia), intensidade (força usada para sugar) e 
duração do hábito (quantos meses ou anos de sucção). Comparando com a chupeta 
convencional, a chupeta anatômica (ou ―ortodôntica‖) apresenta a vantagem de manter os 
lábios em melhor posição e interferir menos na alteração do palato. A interrupção do hábito 
de sucção ocorre em idade mais precoce para a chupeta do que 
para a sucção de dedo, sendo este último um hábito com maior 
dificuldade para ser regulado pelos pais. Até que idade a chupeta 
deve ser removida? Até 2 anos de idade existe maior chance de 
ocorrer a correção espontânea da mordida aberta após retirada da 
chupeta ou sucção de dedo. Após 3 anos, as alterações geradas 
pelo hábito na posição de lábios e língua podem manter ou agravar 
as deformidades da arcada. Entretanto, bebês e crianças podem apresentar necessidades de 
sucção variadas e cada caso deve ser analisado no contexto do seu desenvolvimento global. 
Os pais devem impor disciplina e limite, desviando a atenção nos momentos em que a chupeta 
está na boca sem os movimentos de sugar, até que a criança esteja preparada para a retirada 
total. O uso de chupeta é mais freqüente em bebês alimentados com mamadeira? O 
aleitamento com mamadeira é mais rápido do que a amamentação no peito e o bebê pode não 
satisfazer de forma plena a necessidade de sucção, recorrendo ao dedo ou chupeta. A alta 
freqüência destes hábitos pode ser conseqüência do curto período de amamentação no peito. 
O uso da chupeta poderia ser a causa do desmame do peito? Alguns estudos científicos 
demonstraram que a chupeta seria determinante como a causa do bebê ter interrompido a 
amamentação no peito, o que gerou a proibição do uso de chupeta em algumas maternidades. 
Pesquisas posteriores demonstraram que a chupeta interferiu na amamentação quando a mãe 
apresentava dificuldades para amamentar, desconforto e pouca motivação, não afetando a 
duração da amamentação entre mães autoconfiantes. A introdução precoce da chupeta (até 5 
dias de vida) comparada com o uso tardio (mais de 4 semanas) reduziu a duração do 
aleitamento materno. A recomendação de bom-senso é evitar o uso da chupeta nos primeiros 
dias de vida, contrapondo a cultura popular de levar a chupeta para a maternidade, para que a 
amamentação no peito possa ser bem estabelecida. A chupeta é um mal necessário? Acalma o 
bebê? As pesquisas têm demonstrado grande aumento na porcentagem de crianças com 
hábitos de sucção em países industrializados a partir de 1970, indicando que existe oferta 
excessiva de chupetas até mesmo para bebês que não iriam recorrer à sucção adicional de 
dedo. Isto leva à reflexão sobre o uso de chupeta como agente mascarador de outras 
necessidades dos bebês como desconforto, susto, fome, cansaço, insegurança ou desejo de 
afeto, que também se expressam por meio do choro. Existe algum benefício com o uso da 
chupeta? Quando ela pode ser útil? Em mães com boa saúde e nutrição, é mais fácil para o 
bebê obter o leite suficiente para satisfazer a fome; se ele continuar mamando para suprir a 
necessidade de sucção poderá ocorrer a regurgitação do excesso de leite. Nestes casos, a 
chupeta pode atuar como complemento de sucção, por alguns minutos, para trabalhar os 
músculos faciais, e deve ser retirada assim que terminar os movimentos ou quando o bebê 
 
 
10 
dormir. A intenção não é criar o hábito pela insistência em fazer a criança ―pegar‖ a chupeta, 
mas satisfazer a sucção que faltava. Desta forma, a chupeta se torna útil também para prevenir 
a instalação do hábito de sucção de dedo. Existe alternativa para o uso da chupeta? Nas 
primeiras semanas, o aleitamento em demanda livre, um ambiente calmo e relaxante e os 
cuidados maternos podem ser suficientes para evitar a necessidade por sucção extra. A partir 
de 2 a 3 meses, mordedores planos e brinquedos variados, limpos e seguros, que possam ser 
levados à boca, ajudam a distrair o bebê para evitar a procura pela sucção de dedo ou chupeta. 
 
RESPIRAÇÃO BUCAL 
 
O homem foi programado para ter a respiração nasal. Quando isso não ocorre, substitui o 
padrão correto de respiração por um padrão de suplência bucal ou misto. A respiração bucal é 
muito rara; o comum é o paciente não conseguir respirar livremente 
pelo nariz. 
O nariz é uma estrutura complexa e com várias funções. 
Aprendemos desde cedo as funções de olfação filtração e 
condicionamento do ar, seja aquecendo e umedecendo ou mantendo 
interelação com outras estruturas, tais como seios para-nasais, canal lacrimal, ouvidomédio e 
amígdalas faríngeas. 
Caso o obstáculo à respiração seja temporário, a criança poderá recuperar-se sem que 
alterações se efetivem. Caso a alteração se prolongue, alterações 
osteomusculares podem desenvolver-se. 
Nos casos de rinite alérgica, há o edema da mucosa dos cornetos nasais, que 
provoca vedamento nos orifícios dos seios da face, interferindo na aeração e 
permitindo deformidades na face. 
Com a permanência da alteração respiratória, agrave-se toda a mecânica da respiração, 
chegando à alterações do equilíbrio das forças musculares torácicas e posturais. Como os 
ombros comprimem o tórax, dificultam o processo respiratório, levando a afundamentos que 
diminuem o espaço interno da caixa torácica. 
Dessa forma, temos algumas características do respirador bucal: assimetria torácica; 
depressão submamária; ombros antero-pulsionados; escapulas salientes; hipersifose; 
hiperlordose; escoliose e rotação do tronco. 
Toda má formação óssea maxilar ou manipular leva a problemas respiratórios, que, por sua 
vez, sendo uma alteração estrutural, causarão uma alteração funcional. 
A disfunção muscular tem sido responsabilizada pelas alterações morfofuncionais que se 
apresentam em decorrência da adaptabilidade entre forma e função. 
A postura labial é definida por um padrão de hipofuncionalidade tanto no lábio superior 
quanto no inferior, sendo que o lábio superior apresenta-se encurtado e o inferior invertido. 
 
 
11 
São compostos de tecidos moles e estão envolvidos no fechamento, arredondamento, protusao 
e compressão, entre outros. São as mudanças de posição feitas pelos lábios que determinam a 
produção dos movimentos articulatórios, por isso, indispensáveis a fala. Portanto, uma criança 
respiradora bucal pode apresentar alteração de fala, em decorrência de sua hipotonia de lábios 
e língua. Em função das reduzidas proporções das aberturas nasais e de obstruções das vias 
aéreas superiores, pela presença de adenóides hipertróficas, rinites, hipertrofia de cornetos, 
desvio de septo, pólipos, o organismo desencadeará um padrão de respiração bucal. 
Também pode haver processos alérgicos, que estão muitas vezes associados à hipertrofia de 
amígdalas e das mucosas nasais, gerando uma alteração na deglutição e na postura de língua, 
em repouso ou em ação. 
O respirador bucal pode apresentar as seguintes características: 
- Alteração dos órgãos fonoarticulatorios (hipotrofia, hipotonia e hipofunção dos músculos 
elevadores da mandíbula, alteração de tônus com hipofunção dos lábios e bochechas, lábio 
superior retraído ou curto, e inferior evertido ou interposto entre os dentes, lábios secos e 
rachados com alteração de cor, gengivas hipertrofiadas com alteração de cor e freqüentes 
sangramentos); 
- Língua com postura anormal posicionada na arcada inferior ou entre os dentes, deixando de 
exercer sua função modeladora do palato e também com tonicidade prejudicada; 
- Alterações corporais (deformidades toráxicas, musculatura abdominal, olheiras com 
assimetria de posicionamento dos olhos, olhar cansado, cabeça mal posicionada em relação ao 
pescoço, trazendo alterações para a coluna no intuito de compensar o mau posicionamento, 
ombros caídos para frente comprimindo o tórax, assimetria facial, indivíduo muito magro e às 
vezes obeso, e sem cor); 
- Alterações das funções orais ( mastigação ineficiente levando a problemas digestivos e 
engasgos pela incoordenação da respiração com a mastigação, deglutição atípica com ruído, 
projeção anterior de língua, contração exagerada de orbicular, movimentos compensatórios de 
cabeça, fala imprecisa, trancada, com excesso de saliva, sem sonorização pelas otites 
freqüentes, com alto índice de ceceio anterior ou lateral e voz rouca ou anasalada); 
- Hipertrofias de adenóides (tem seu desenvolvimento desde o período intra uterino); 
Linder – Aronson (1961), percebeu que as crianças com adenóides desenvolvidas 
costumavam manter a língua em posição inferior na boca. Encontrou a relação entre 
adenóides hipertrofiadas e arco dental superior estreito, mordida cruzada e tendência a essa 
forma de mordida, e retro – inclinação dos incisivos superiores e inferiores. Linder – Aronson 
atribuiu a retro – inclinação dos incisivos superiores, à influência dos músculos do lábio 
superior quando a boca estava aberta. 
- Estrutura facial alterada. (Dolicofacial ou dolicocefálico ou face longa e estreita: flacidez de 
toda a musculatura da face); 
- Estreitamento da arcada superior gerando uma má oclusão dentária e espaço insuficiente 
 
 
12 
para a língua (sendo a alteração mais comum em relação a dentição a classe II, divisão I e II 
de Angle, "over jet", mordida cruzada ou aberta e classe III), e alterações do palato e da 
narina, desvio de septo. 
Um outro estudo realizado por Nanda e seus colegas (1972) investigou um grupo de 2.500 
crianças de dois a seis anos de idade na cidade de Lucknow, na Índia. Foi encontrada 
respiração bucal em 27,3 % dessas crianças. Não foi relatada nenhuma associação entre a 
presença de deglutição atípica e a respiração bucal, embora as crianças que apresentaram 
ambos os hábitos demostrassem problemas de má oclusão de Classe I em menor número e 
maior incidência da Classe III. 
- Olfato prejudicado, também acompanhado pela diminuição gustativa, halitose e redução do 
apetite; 
- Mau funcionamento da tuba auditiva (caracteriza-se por apresentar a membrana timpanica 
opacificada e retraída, em conseqüência da ventilação nasal deficiente); 
- Diminuição da acuidade auditiva, repetitivas otites médias serosas, membrana timpânica 
alterada, surdez; 
- Coração super excitado, batimentos arrítimicos, cardiopatias várias (principalmente em 
crianças com excesso de peso, pois não tem ânimo ou resistência para fazer esportes, a não ser 
natação, quando reforça seu padrão respiratório), lentidão do aparelho digestivo, desordens 
intestinais, tosse amigdalite repetitiva, anemia, rinofaringites crônicas, cefaléias, problemas 
pulmonares, traquio-bronquites, bronquiectasias, crises asmatiformes, sinusite; 
- Má oxigenação cerebral ocasionando dificuldade de atenção e concentração e com isso 
problemas de aprendizagem. 
Com relação ao tipo facial do respirador bucal, podemos citar algumas características: altura 
facial aumentada com provável mordida aberta esquelética, nariz verticalmente mais longo e 
com maior protusao, ponte nasal e raiz do nariz com tendência a ser muito mais altos, arco 
maxilar e palato duro mais longos, estreitos e profundos, ângulo mandibular (goníaco) aberto, 
base posterior do crânio mais curta e arco dentário longo e estreito, musculatura em geral 
estriada e hipotônica, lábio superior em hipofuncao e com hipertonia do mesmo, hipertonia de 
mentalis, língua mais anteriorizada, mastigação ineficiente, deglutição com interposição de 
língua e participação ativa da musculatura perioral, enfraquecimento dos fonemas plosivos e 
de /k/ e /g/ pela distância entre o dorso da língua e o palato. 
Ao nível de crescimento horizontal, citaremos a classe II (divisai I e II de Angle) e classe III. 
Na classe II, os primeiros molares inferiores estão distalizados em relação aos primeiros 
molares superiores. Em geral, o arco mandibular é menor em relação ao maxilar. Pode haver 
mandíbula diminuída ou maxila aumentada, ou ambos com alteração de tamanho e 
discrepância entre eles. A maxila, em geral, é longa e estreita. 
Na classe II - divisão I, encontramos o lábio superior hipofuncionante e às vezes hipotônico, 
lábio inferior retrovertido, mentalis hipertônico, deglutição com interposição do lábio inferior 
 
 
13 
atrás dos dentes superiores, tendência a anteriorizacao de mandíbula para aumentar o espaço 
intra - oral nas funções de fala e deglutição, e se houver sucção do lábio inferior, esse pode 
ficar hipertônico. 
Em relação à classe II - divisão II, encontramos uma musculatura labial normal ou 
hipertonicidadede lábio superior, posicionamento inadequado em fonemas bilabiais, onde a 
oclusão labial é substituída pela oclusão de lábio inferior com incisivos superiores, sibilantes 
com deslize mandibular anterior ou lateral e projeção da língua sobre os rebordos da arcada. 
Na classe III os primeiros molares inferiores relacionam-se mesialmente em relação aos 
superiores, o arco mandibular maior em relação ao maxilar, pois a mandíbula cresceu muito 
ou a maxila cresceu pouco ou ambos, língua hipotônica, larga e no assoalho da boca. 
Na mastigação, utiliza o dorso da língua esmagando o alimento contra o palato, realizando-se 
mais verticalmente e sem lateralização de mandíbula, a deglutição realiza-se com pressão 
atípica do dorso da língua e com participação da musculatura perioral, há anteriorização de 
língua, e movimentos associados de cabeça. 
Holik (1958) constatou que 85% de um grupo de crianças que respiravam pela boca 
apresentavam subdesenvolvimento da musculatura oral. Wotson e associados (1968) 
divulgaram uma pesquisa segundo a qual as crianças com face longa e estreita, ou com palato 
ogival tinham uma resistência maior à respiração nasal do que aquelas de face curta e larga, 
ou palato largo e baixo. Hanson e Cohen (1973) identificaram uma relação entre a presença de 
respiração bucal e a permanência ou desenvolvimento de deglutição atípica no grupo por eles 
pesquisado. 
Temos como classificação dos respiradores bucais: 
Respirador bucal orgânico: apresenta obstáculos mecânicos que podem ser nasais, retronasais 
e bucais. São diagnosticados através da clínica e de radiografia. Temos como exemplos: 
estenose nasal a atresia maxilar, retrognatismo, alteração de tônus, postura e tamanho de 
língua, entre outros. 
Respirador bucal funcional: esse tipo de respirador bucal geralmente já foi submetido à 
tonsilectomia e também amigdalectomia, mas permanecem respirando pela boca, mesmo 
tendo o trato respiratório superior permeável. 
Apresentam quadros de catarros repetitivos, 
características das rinites alérgicas. 
Respirador bucal impotente funcional: respiradores 
bucais que desencadeiam quadro alterado de respiração 
por disfunção neurológica. Muitos desses quadros estão 
acompanhados de alterações psiquiátricas. 
Citaremos abaixo as conseqüências da respiração bucal: 
 
 
14 
- Rendimento físico e escolar diminuídos por dormirem mal; incoordenação global; 
- Impaciência, irritabilidade, inquietude, ansiedade, medo; 
- Relacionamento social, familiar e afetivo reduzidos; 
- Cansaço, depressão, impulsividade, desânimo; 
- Crescimento físico diminuído decorrente da má alimentação; 
- Alteração da fala, provenientes das deformidades dos dentes e da face; 
- Otites acompanhada de um quadro de hipertrofia das adenóides, podendo levar a diminuição 
da audição; 
- Sono agitado e pesadelos; 
- Não dorme na posição que quer, mas sim na que pode (decúbito ventral ou de lado); 
- Sono durante o dia; 
- Enurese noturna e cai da cama; 
- Suga o polegar, chupetas ou rói unha; 
- Ronco noturno e excesso de baba no travesseiro; 
- Expressão facial vaga; 
- Redução do apetite, alterações gástricas, sede constante, engasgos, palidez; 
 
 
 
 
 
http://2.bp.blogspot.com/-mHhkCtYNjq8/T-Egg1Dc1GI/AAAAAAAAFPc/i1uRF0G4J4c/s1600/degluti%C3%A7%C3%A3o.jpg
 
 
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Deglutição atípica: 
 
A Deglutição atípica ocorre devido a desequilíbrio entre a língua, lábio e músculos da 
bochecha, caracterizando-se por uma participação ativa da musculatura perioral. 
 
Causas da Deglutição Atípica: 
 
- Desequilíbrio do controle nervoso - problema neurológico. 
- Respirador bucal. 
- Pode ser adquirido em conseqüência de problemas crônicos 
como amigdalite ou faringite, que forçam o posicionamento da 
língua para frente, principalmente durante a deglutição para aliviar a dor. 
- Macroglossia. 
- Anquiloglossia. 
- Mordida Aberta Anterior. 
- Perdas precoces de dentes decíduos na região anterior. 
 
Características da Deglutição Normal: 
 
1 - Deglutição Infantil Normal: 
- observada apenas antes da erupção dos dentes decíduos. 
- durante a deglutição, a língua permanece entre os rebordos gengivais. A mandíbula é 
estabilizada por fortes contrações dos músculos faciais. 
- o músculo bucinador é particularmente potente na deglutição infantil. 
 
2 - Deglutição Madura Normal: 
- é caracterizada pela ausência de atividade dos lábios e da bochecha, contração dos músculos 
elevadores da mandíbula, que leva à oclusão dos dentes e à acomodação da língua na 
cavidade bucal. 
 
Características da Deglutição Atípica: 
 
1 - Com interposição labial: 
- lábios entreabertos quando em repouso. 
- musculatura labial inferior hipertônica, interpondo-se entre os incisivos superiores e 
inferiores. 
- musculatura labial superior hipotônica. 
- incisivos inferiores com inclinação lingual e os superiores vestibularizados. 
- sobressaliência e sobremordida acentuada. 
- Maloclusão Classe II. 
 
2 - Com interposição lingual: 
1 - simples: 
É caracterizada pela contração dos lábios, músculos mentoniano e elevadores da mandíbula. 
Dentes em oclusão enquanto, a língua se protrai para a mordida aberta. 
Geralmente, crianças respiradoras nasais com hábitos de sucção de dedos. 
 
 
16 
Apresentam bom ajuste oclusal e boa intercuspidação, mesmo na presença de uma 
maloclusão. 
 
 
2 - complexa: 
Contrações dos lábios e dos músculos facial e mentoniano. 
Nenhuma contração dos músculos elevadores da mandíbula. 
Interposição da língua entre os dentes e deglutição com os dentes separados. 
Mordida aberta difusa e difícil definir. Algumas vezes não apresenta mordida aberta. 
Instabilidade de intercuspidação. 
Geralmente, respiradores bucais e quase sempre com histórico de doença nasorrespiratório 
crônico ou alérgico. 
 
3 - Deglutição Infantil Persistente: 
Persistência predominante do reflexo de deglutição infantil após a erupção dos dentes 
permanentes. 
Fortes contrações dos lábios e da musculatura facial. 
Interposição da língua entre os dentes, tanto na parte anterior como na lateral. 
Musculaturas facial e bucal poderosas, fortes contrações do músculo bucinador. 
Os pacientes apresentam sérias dificuldades na mastigação, pois os dentes quase sempre 
ocluem apenas sobre um molar de cada quadrante. 
 
Tratamento: 
- Para corrigir a deglutição atípica com interposições lingual e labial, é necessário o trabalho 
conjunto do otorrino, fono, odontopediatra e do ortodontista. 
- Placas reeducadoras e impedidoras - grade lingual - podem auxiliar no tratamento. 
- Crianças, com interposição do lábio inferior, em caso de Classe II, devem ser avaliadas pelo 
Ortodontista para determinar o momento oportuno do início da correção da maloclusão. 
 
 
As principais características são: 
 
Labioversão dos incisivos superiores. 
Linguoversão dos incisivos inferiores. 
Protrusão da maxila. 
Retrusão da mandíbula. 
Mordida aberta anterior. 
Sobremordida. 
Hiperatividade da musculatura mentoniana. 
 
Posturas incorretas 
 
O hábito de dormir com a mão, braço ou 
almofadas sob o rosto provoca uma compressão 
desigual que pode ocasionar um crescimento 
assimétrico da face. 
 
A arcada dentária pode desviar-se ou atrofiar-se no lado da pressão exercida, resultando em 
 
 
17 
mordidas cruzadas unilaterais ou bilaterais, e afecções da ATM. 
 
O hábito de dormir em decúbito ventral também promove uma compressão do rosto sobre o 
travesseiro, provocando um desvio lateral da mandíbula ou linguoversão dos dentes. 
 
O hábito da criança de sustentar a cabeça com o auxílio de uma ou ambas as mãos, com os 
cotovelos sobre a mesa ou sobre o sofá para ver televisão, pode provocar alterações de 
desenvolvimento da mandíbula e em sua relação com o complexo nasomaxilar. 
 
Onicofagias 
Apesar de a onicofagia ser relacionada ao hábito de roer 
unha, do ponto de vista ortodôntico deve considerar 
também os hábitos demorder lápis ou palitos, pois esses 
hábitos todos causam as mesmas anomalias. 
A sua etiologia inclui, principalmente, estresse e imitação 
de membro da família e, entre as consequências bucais, 
pode citar maloclusão e desvio de dentes. 
 
Importante! 
Pelo lado emocional relacionado com o estabelecimento de hábitos, sugere-se o uso de 
medidas não traumáticas para sua remoção. 
 
É muito importante a abordagem familiar nesses casos, e o entendimento do momento pelo 
qual a criança ou a família está passando, para se avaliar a melhor forma de se descontinuar o 
hábito. 
 
A abordagem familiar também é importante para serem trabalhados 
hábitos que podem ser comuns a vários de seus membros. 
 
Em muitos casos, um trabalho conjunto com um psicólogo pode ser 
necessário, para se evitar que a descontinuidade do hábito cause um 
problema psicológico. 
 
 
 
 
 
18 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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21 
 
 
 
- Observar se a criança apresenta protrusão dos dentes incisivos superiores, pois isso à torna 
mais vulnerável aos traumas bucais. 
- Sempre ter um adulto com as crianças quando estão brincado na piscina, ela é um dos locais 
com grande índice de trauma dentário. 
- Use escada na entrada e saída das piscinas. 
- Os passeios bicicleta devem ser acompanhados sempre pelos adultos. 
- Evite situações de risco, como uso de andadores para bebes. 
 
 
22 
- Evite dar golpes na boca e brincadeiras com objetos perigosos. 
Pouco se tem feito para promover informação educativa básica à comunidade quanto ao 
trauma dentário, causas, conseqüências, medidas básicas de atendimento emergencial e 
prevenção. Ao levar o conhecimento à população, ela participara. 
Prestando os primeiros socorros, o que limitara o dano na região afetada. 
O traumatismo dentário não só compromete a integridade da dentição, como também poderá 
afetar a autoestima, a qualidade de vida e, dependendo do caso, acompanhar o individuo pelo 
resto da vida. Por isto, é importante conhecer e realizar os primeiros socorros adequados no 
momento da emergência. 
 
COMO OS ADOLESCENTES PODEM MANTER DENTES SAUDÁVEIS E 
BRILHANTES? 
 
A melhor maneira de se ter dentes saudáveis e um sorriso bonito é continuar com os bons 
hábitos de higiene bucal adquiridos na infância. Independentemente do uso de aparelhos 
ortodônticos, o importante é: 
 Escovar os dentes no mínimo três vezes ao 
dia usando um creme dental com flúor, para 
remover a placa bacteriana, que é a 
principal causa da gengivite e das cáries. 
 Usar fio dental diariamente para remover a 
placa bacteriana instalada entre os dentes e 
sob a linha da gengiva. Se a placa não for 
retirada diariamente, pode endurecer e formar o tártaro, uma substância amarelada e 
de aparência desagradável. 
 Limitar a ingestão de açúcar e alimentos que contém amido, principalmente os 
pegajosos (que grudam na superfície dos dentes). 
 Consultar o dentista periodicamente para um exame profissional detalhado e uma 
limpeza ou profilaxia. 
Uma boca asseada e bem cuidada não somente prolonga a vida dos dentes como também faz o 
indivíduo se sentir bem, com hálito fresco e um sorriso mais bonito. 
Sobre que assuntos especiais, relacionados com os dentes, os jovens deveriam estar 
informados? 
Problemas dentários podem acontecer na adolescência e, infelizmente, eles realmente 
acontecem. Com mais informações sobre temas que afetam a saúde bucal, as escolhas se 
tornam mais fáceis. 
 Ortodontia — Muitos adolescentes e pré-adolescentes precisam usar aparelhos para 
corrigir os dentes mal posicionados ou muito juntos, e o mau 
alinhamento das arcadas. É mais difícil cuidar de dentes que não 
se ajustam bem. Esses dentes correm o risco de precisarem ser 
extraídos e causam um esforço extra nos músculos da mastigação. 
A avaliação de um Ortodontista poderá determinar se você precisa usar aparelho e 
 
 
23 
qual o tratamento correto. O uso de aparelho exige uma escovação ainda mais 
rigorosa. 
 Protetores bucais — Se você pratica esportes, estes protetores são indispensáveis 
para proteger seu sorriso. Os protetores bucais geralmente 
cobrem os dentes superiores e são feitos para evitar que eles 
sejam traumatizados, que os lábios sofram cortes ou que 
outros possíveis danos ocorram na sua boca. Se você usar 
aparelho ortodôntico ou prótese na arcada inferior, seu 
dentista poderá sugerir que você também use um protetor para 
os dentes inferiores. 
 Nutrição — A alimentação tem um papel fundamental na sua saúde bucal. Os 
açúcares e amidos em muitos alimentos e bebidas contribuem para a formação da 
placa bacteriana, que destrói o esmalte do dente. Reduza a ingestão de lanches e 
refrigerantes. Cada vez que você consome alimentos e bebidas que contém açúcar ou 
amidos, os ácidos atacam seus dentes durante 20 minutos ou mais. A adoção de uma 
dieta equilibrada, baseada nos cinco grupos de alimentos, pode fazer uma grande 
diferença para a saúde de sua boca. Como lanche, escolha alimentos nutritivos, como, 
por exemplo, queijo, verduras cruas, iogurte natural ou frutas. 
 Fumo — Se você não fuma ou nem mastiga tabaco, resista e não comece com esses 
hábitos. Eles podem manchar seus dentes e gengivas, tornar mais 
forte a mancha do tártaro que se acumula nos dentes e produzir mau 
hálito, além de outros problemas de saúde. Com o passar do tempo, 
o fumo e o hábito de mastigar tabaco aumentam o risco de 
gengivite e câncer na boca. Se você faz uso do tabaco, informe seu dentista e seu 
médico e avise-o se houver qualquer problema bucal. 
 "Piercing" na boca — apesar da sua popularidade, este tipo de "piercing" pode 
causar complicações tais como infecções, sangramento incontrolável ou danos a um 
nervo. Você também corre o risco de engasgar com os pinos e argolas. As jóias de 
metal podem danificar seus dentes e sua gengiva. Se estiver pensando em fazer 
"piercing" oral, fale com seu dentista. Ele poderá ajudá-lo a fazer uma escolha mais 
segura. 
 Distúrbios alimentares — a bulimia (comer demais e vomitar) e a anorexia (medo 
excessivo de ganhar peso que, muitas vezes, resulta em vômitos) são problemas graves 
de saúde que afetam diretamente a aparência dos dentes, corroendo o esmalte. O 
dentista pode corrigir o esmalte deteriorado, mas não pode tratar o distúrbio alimentar, 
que pode levar ate à morte e deve ser tratado com 
um psicólogo. Se você tem - ou acha que tem - um 
distúrbio deste gênero, fale com seu médico. 
O que fazer para deixar meus dentes mais brancos? 
Uma boa limpeza ou profilaxia, feita por seu dentista, remove a maior parte das manchas 
externas causadas pelos alimentos e pelo tabaco. O uso de um creme dental branqueador 
especial também pode ajudar a remover estas manchas até o momento da sua próxima 
consulta. Se seus dentes estiverem manchados há muito tempo, é possível que você tenha que 
fazer um tratamento profissional para branqueá-los. 
As manchas internas podem ser branqueadas ou recobertas (coroa). Todos estes métodos são 
 
 
24 
seguros e trazem bons resultados. Seu dentista poderá recomendar o tratamento apropriado 
que depende do estado dos seus dentes e dos resultados desejados. 
 
HALITOSE 
Halitose é o termo científico para o mau hálito e é uma palavra originária do latim halitu (ar 
expirado) e osi (alteração). É muito importante dizer que o mau hálito é um sintoma e não 
uma doença. Ele revela que algo no organismo está em desequilíbrio, que deve ser 
identificado e tratado. 
A halitose pode isolar o seu portador do convívio social ou então fazer com que ele se retraia. 
Quem sofre do problema já procurou especialistas de diversas áreas, nem sempre com um 
resultado satisfatório. 
 
Estatísticas realizadas em 1500 pacientes tratados , demonstraram: 
 
65 % dos pacientes já consultaram pelo menos 1 gastroenterologista. 
37 % dos pacientes já consultaram pelo menos 1 dentista.35 % dos pacientes já consultaram pelo menos 1 otorrinolaringologista. 
15 % - Outras especialidades consultadas: homeopatas, endocrinologistas, acupunturistas, 
ginecologistas e clínicos gerais. 
2 % - dos pacientes já consultaram anteriormente outra clínica especializada em tratamento de 
halitose. 
 
Estes pacientes, entretanto, vieram até uma clínica com a queixa de acreditarem que 
ainda estavam com halitose. Nos próximos parágrafos demonstraremos porque o mau 
hálito não é tão simples de ser detectado e tratado por profissionais que não sejam 
especializados nessa área, pois seu tratamento envolve, além de conhecimento específico em 
halitose, um conhecimento multidisciplinar. 
 
CAUSAS: 
 
Existem mais de 60 causas para a Halitose. Aproximadamente 90% dos casos têm origem 
bucal, especialmente as alterações na gengiva e no periodonto e a presença de saburra 
lingual, sendo que se for detectado algum problema de ordem médica (ligado ou não ao mau 
hálito e suas causas), encaminharemos o Paciente ao especialista correspondente, para 
tratamento conjunto. 
 
 
25 
 
Uma das causas mais comuns, que é uma causa indireta, é a diminuição da produção de 
saliva, ocasionada principalmente por remédios que a pessoa possa estar tomando e que 
diminuam a salivação como efeito colateral, stress excessivo, certas doenças, etc.. 
 
Essa diminuição da quantidade de saliva favorece a formação de uma placa bacteriana 
(camada esbranquiçada) na parte posterior da língua, chamada de saburra lingual e no 
interior das amígdalas, em forma de uma pequena bolinha amarelada, chamadas cáseos 
amigdalianos. Elas são formadas por restos protéicos 
alimentares e salivares, células que se descamam da 
mucosa bucal e bactérias. Estas bactérias se alimentam 
das proteínas presentes nestas células e restos proteicos 
e nesse processo ocorre a liberação de enxofre, em 
forma de compostos sulfurados voláteis (CSVs), que 
são os gases que causam um hálito alterado e 
desagradável. 
 
 
Hoje, através de aparelhos de alta tecnologia, podemos medir a concentração destes 
compostos derivados do enxofre presentes na boca. 
Através destes aparelhos pode-se avaliar a intensidade do problema, permitindo 
também acompanhar a evolução do tratamento, o que é importante para o Paciente, pois ele 
poderá ver em números, como está o seu hálito (normal ou alterado). 
Aparelho de Diagnostico o Halimeter (foto). Ele é um importante método auxiliar para 
confirmar o que foi analisado e diagnosticado em 
consulta. 
 
Entretanto, o uso de sofisticados aparelhos não pode 
substituir a checagem do hálito pelo olfato humano 
(chamado de teste organoléptico). 
De acordo com a quinta Conferência Internacional de 
Odores da Respiração realizada em 2001 no Japão, o 
teste organoléptico é considerado o "padrão ouro" 
(gold standard) para testar e aferir a halitose nos 
pacientes e nas pesquisas feitas nesta área, ou seja, o 
teste organoléptico é considerado o método mais 
confiável e seguro para verificar se há alteração no odor do hálito. 
Sempre que o profissional tiver dúvidas sobre como está o odor do hálito do Paciente, lançara 
mão do teste organoléptico para verificar se há alguma alteração. 
É muito importante evidenciar que as patologias das vias aéreas superiores (sinusites, 
amigdalites, rinites, adenóides) podem gerar mau hálito principalmente por tornar o Paciente 
um respirador bucal, o que irá gerar um ressecamento na mucosa bucal e conseqüentemente 
aumentar a descamação de células (pedacinhos microscópicos de pele), o que irá propiciar a 
 
 
26 
formação de saburra lingual e do cáseos amigdalianos. 
Os cáseos amigdalianos mencionados acima, pequenas bolinhas mal cheirosas que se formam 
no interior das amígdalas, semelhantes a uma bolinha de queijo, são a causa mais comum de 
halitose proveniente das vias aéreas superiores. Entretanto, a manifestação da halitose vinda 
dos cáseos é através do ar expirado pela boca, pois as amígdalas se localizam na orofaringe, 
entre a faringe e a boca. 
Existem muitas causas de halitose vindas de dentro do organismo, mas que correspondem a 
uma pequena parcela dos casos de halitose. 
Um causa comum de halitose vinda de dentro do organismo são os longos intervalos em jejum 
que provocam a hipoglicemia (quem já fez regime para emagrecer sabe disso). 
 
É normal ter halitose ao acordar. Isso se dá pelo jejum da noite associado à redução do 
fluxo salivar que acontece normalmente durante o sono. Após ingerir o café da manhã e 
escovar os dentes, esse hálito alterado deve desaparecer. Se não desaparecer, existe algum 
problema que deve ser investigado e tratado. 
Bebidas alcoólicas e diversos alimentos (principalmente os com excesso de gordura e proteína 
animal, além do alho, cebola, frituras, alimentos que contenham enxofre, etc.) podem causar 
uma alteração no aroma bucal, especialmente em pessoas que já tiveram ou têm algum 
problema no fígado, pela dificuldade deste em metabolizar certas substâncias presentes nesses 
alimentos. 
 
É importante mencionar que o estômago não provoca o mau hálito crônico, podendo 
entretanto, provocar uma alteração breve e passageira no odor do hálito. Um exemplo 
disso é quando a pessoa é portadora de um refluxo gastro-esofágico ou ainda quando tem 
arrotos freqüentes, mas em ambos os casos, o odor característico é ácido ou do odor do 
alimento que estiver no estômago, bem diferente do cheiro característico da halitose crônica, 
que tem odor de enxofre. 
O intestino preso ou a diarréia podem, muito raramente, causar o mau hálito. 
Diabetes, disfunção renal grave, carência de vitamina C e outras doenças ou disfunções mais 
raras também podem causar alteração no odor bucal, mas a ocorrência destas dooenças ou 
disfunções correspondem a uma porcentagem mínima dos casos, se compararmos com os 
casos de origem bucal. 
TRATAMENTO DA HALITOSE: 
Recomendamos a consulta de avaliação apenas para quem tem dúvida sem tem halitose. Se o 
Paciente tiver certeza que tem mau hálito, recomendamos que ele marque uma consulta 
para fazer a consulta de Avaliação e iniciar o Tratamento no mesmo dia, pois assim os 
resultados ocorrerão mais rapidamente, podendo ter ótimos resultados em poucos dias. 
 
 Para tratar a halitose é preciso olhar para o Paciente como um todo 
 pois é comum existirem causas associadas. O aspecto 
 
 
27 
emocional tem muita influência, pois muitas vezes pode causar uma hiposalivação 
(diminuição da quantidade de saliva) ou então a hipoglicemia (nível baixo de açúcar no 
sangue), ambas com potencial de causar o mau hálito. 
 Paciente preencherá questionários para avaliar seu nível de stress 
e também diversas funções do organismo tais como: função renal, 
hepática, digestiva, pulmonar, endocrinológica e avaliação de 
quaisquer problemas nas vias aéreas superiores. São feitos 
também alguns testes e avaliações como, por exemplo, a 
mensuração da concentração dos gases derivados do enxofre produzidos na boca (através do 
halímetro), verificação do fluxo salivar (sialometria), da pressão arterial e batimentos 
cardíacos, diagnóstico da presença de ronco e apnéia e da xerostomia (sensação de boca 
seca) ou hiposalivação (baixa produção de saliva), entre outros. 
 
Além disso, será avaliado criteriosamente os aspectos psicológicos relacionados com o 
mau hálito, especialmente as alterações comportamentais decorrentes da halitose (ou 
da crença em ter o problema) que o Paciente adquiriu. 
A seguir é feito um exame bucal completo. Nesse exame será avaliado as condições dos 
dentes, gengiva, periodonto, tecidos moles (lábios, bochechas, etc.), língua, amidalas e como 
está a higiene bucal do Paciente. 
Com esses dados reunidos chega-se a um diagnóstico da(s) causa(s) do mau hálito, e é 
instituído um plano de tratamento. 
Através deste, o Paciente saberá de onde vem seu problema, o que terá de ser feito para 
resolve-lo, 
Osresultados são obtidos em média de 01 semana a 45 dias após o início do tratamento. Se 
existir suspeita de dentes e estruturas adjacentes que possam estar causando halitose como por 
exemplo, a má adaptação de próteses e restaurações ou problemas periodontais, serão pedidas 
radiografias, com custo cobrado a parte, para auxiliar o diagnóstico. 
As escovas de dentes, comum e especial, a sessão de profilaxia (limpeza detalhada dos 
dentes) bem como todos os produtos necessários, para durar 06 meses de Tratamento, 
Se pelas radiografias for constatado que existe um comprometimento nos tecidos que 
envolvem os dentes (periodontite), com presença de tártaro subgengival, perdas ósseas ou 
bolsas periodontais, o Paciente será encaminhado para realizar o tratamento periodontal, 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
28 
 
DENTES DO SISO (TERCEIROS MOLARES) 
QUANDO DEVEMOS FAZER A EXTRAÇÃO? 
 
 
Radiografia dos sisos. 
 
 O siso, dente do siso. Quando fazer a extração? Dor, antes da remoção, do 
siso - cárie, ATM ou pericoronarite? Dor, depois da cirurgia, do dente do siso - Dor normal da 
cirurgia ou Alveolite? Como saber? Problemas, que podem ocorrer antes ou após a extração 
ou devido a remoção tardia, dos sisos: dor, limitação de abertura da boca, problemas 
gengivais (como bolsas gengivais, podendo levar a perda de dentes), desalinhamento dos 
dentes, mais dificuldade, na sua remoção e na reparação, da área alveolar e sintomas de 
disfunção, da ATM. 
 Siso, significa juízo - Por isso que falam, quando se vai extrair o dente do siso, as 
pessoas costumam brincar, que ela vai perder o ―juízo‖. 
 Siso, vem do verbo sisar - que quer dizer cortar, separar e não tem relação, com o siso. 
Mas, popularmente, esse termo é utilizado, para indicar o dente do siso. 
 Os terceiros molares, (conhecidos como dentes do siso ou do juízo), que são em número 
de quatro, encontra-se atrás dos últimos dentes, era, segundo os estudiosos, muito importante 
na época em que o homem tinha uma vida selvagem e comia alimentos mais duros. 
 Nem todas as pessoas apresentam os terceiros molares (dentes do siso), ou podem ainda 
não apresentarem todos os quatro. Porém quando apresentam, geralmente eles encontram-se 
fora de posição, devido a falta de espaço para o seu nascimento. Por isso, os dentes do siso, 
 
 
29 
acabam por empurrar os dentes vizinhos, fazendo com que os mesmos, entortem todos os 
outros. Alguns pacientes, podem apresentar, quarto molares (em tamanho normal ou 
microdentes - dentes pequenos). 
As causas de dor, nos dentes do siso: 
 É possível que em alguns casos os dentes do siso (ou 
do juízo) nem cheguem a nascer, ficando assim inclusos 
ou apareça só uma parte, chamado de semi inclusos e, 
também podendo ficarem impactados (travados), nos 
dentes vizinhos. O dente do siso, por ser um dente de 
difícil higienização, facilmente poderá ser acometido por 
cáries e gerar problemas gengivais, devido a facilidade de 
reter os alimentos, podendo comprometer também, os 
dentes vizinhos. 
 Quando fica semi erupcionado, o dente do siso, pode inflamar o tecido (capuz 
pericoronário), que pode cobrir parcialmente os dentes, quando eles estão nascendo, 
inflamação essa, chamada de pericoronarite. Isso provoca dores, bastante fortes, exigindo 
atendimento profissional para remoção dessa dor. Também, esses dentes, estão em um lugar 
de difícil higienização, favorecendo ao acumulo de alimentos e ao aparecimento de cárie. 
Quando devemos manter ou remover, os dentes do siso? 
 Em muitos casos, por não ter espaço para nascerem, os dentes do siso podem empurrar e 
desalinhar ou outros dentes, provocando problemas de má oclusão dentária e sintomas de 
ATM ou DTM. Assim sendo, nos casos dos dentes do siso incluso, semi incluso ou 
impactados, eles devem ser removidos. Obs.: chamamos de dentes do siso incluso ou 
impactado, quando alguma coisa, como um cisto, osso muito compacto, dentes vizinhos ou 
principalmente falta de espaço, impediram o nascimento normal desses dentes. Esse problema 
pode acontecer, com qualquer dente. 
 Os dentes do siso, que não possuem apoio, nos dentes da arcada oposta a ele, podem 
estruir (crescer) e distalizar (afastar dos dentes vizinhos), podendo levar a cáries e problemas 
periodontais, por facilitar a retenção de alimentos. Esses dentes também devem ser 
removidos, para evitar um problema maior. 
 Só mantemos, se o dente do siso estiver nascido e em posição e com seu antagonista (o 
dente superior ou inferior). Também devemos manter, no caso do siso estiver ocluindo com 
outro dente (segundo molar, por exemplo) ou na ausência de dente vizinhos a ele ou para ser 
usado como suporte, de uma prótese fixa. 
 Há casos, que mesmo o siso esteja ocluindo e em posição, pode ser indicado a sua 
remoção, quando há indicação, para o uso de aparelhos ortodônticos. 
 É possível saber antes mesmo deles eclodirem (nascerem), se a pessoa vai ou não tê-los e 
quantos serão, se causarão algum problema, se podem permanecer ou se precisar removê-los. 
 
 
30 
 Para isso o paciente deverá realizar, exames radiológicos (Rxs panorâmico ou 
tomografia), afim que se possa diagnosticar, a presença dos mesmos e a sua relação, com os 
órgãos vizinhos, como dentes, nervo alveolar inferior e cavidade sinuzal. 
 É importante que o diagnóstico seja precoce e o estudo da necessidade ou não, da 
remoção dos dentes do siso, seja feito, quanto mais jovens for o paciente. O nascimento dos 
dentes dos sisos é por volta de 17 a 20 anos de idade mas, é possível ter antecipação ou 
retardamento do nascimento desses dentes, devido a variações genéticas. 
 A idade ideal, para avaliarmos e acompanharmos a evolução (através de radiografias 
panorâmicas) dos dentes do sisos, é por volta de 16 anos, pois o aumento natural da dureza do 
osso, que ocorre com o decorrer da idade e características anatômicas da formação e posição 
em que se encontram os dentes do siso, poderão dificultar a sua remoção, entre outros 
problemas, que podem causar, se essa cirurgia for 
feita, tardiamente. 
 Obs.: O ideal para remoção do dente do siso é 
quando, 1/3 das raízes, estão formadas (a formação 
desse dente, pode acompanhada, periodicamente, 
através da radiografia panorâmica). 
 Nos casos de pacientes muitos jovens, em que 
os sisos ainda não formaram 1/3 de suas raízes, 
quando for necessário, pode-se remover quando a 
coroa já estiver formada: a sua remoção é mais fácil, devido a essa coroa ficar dentro de um 
tecido, chamado capuz ou saco pericoronário e, ao forçar para remover essa coroa, ela acaba 
rodando, pois não ter ainda o apoio proporcionado pela raiz, no osso. 
 Os siso, que não apareceram, por estarem inclusos ou impactados, podem nascer com 
mais idade e trazer mais complicações. Nesse caso essa erupção se da, não pela formação da 
raiz mas, sim pela mastigação dos alimentos, causando a reabsorção do osso gengiva, acima 
desse dente. 
 Para perfeita visualização do posicionamento dos dentes do siso e órgãos anexos, como 
dentes vizinhos, posição do nervo alveolar inferior, por exemplo, a radiografia mais indicada 
é a radiografia panorâmica. 
 Também através desse tipo de radiografia, podemos também, visualizar anomalias, como 
um cisto odontogênico (cisto esse, originado da formação do dente). Obs.: o cisto é uma lesão 
benigna, composta de uma membrana em forma de um balão, com líquido no seu interior. Seu 
crescimento é lento e pode levar vários anos, para ser notado. 
 Podemos encontrá-los, através de uma radiografia; ou se ele tiver atingido um volume 
muito grande - através da palpação (choque de retorno) ou até quando ele provocar uma 
fratura óssea, pois, normalmente o cisto é indolor. 
 
 
31 
 Nos dentes vizinhos, dependendo do volume do cisto, torna-se necessário tratar ocanal, 
cujo ápoce das raízes estejam em contato, com esse cisto, pois na cirurgia de remoção desse 
cisto, fatalmente, irá lesionar, o nervo desses dentes. 
Cirurgia de Remoção de Cisto odontogênico, com 
abcesso e fístula apical. 
 O cisto, se não removido, pode ir aumentando, 
reabsorvendo ou empurrando as estruturas externas, 
dentes, ossos, ou outras estruturas, podendo causar 
fraturas, chamadas de fraturas patológicas. Do 
granuloma periapical, pode levar ao cisto 
periodontal apical, a partir da proliferação, dos 
restos epiteliais de Malassez, pela ultrapassagem da 
lima de canal, pelo ápice do dente, quando é feito o 
tratamento de canal, por exemplo. Esse cisto, pode sofrer contaminação, por exemplo, devido 
a problemas, no tratamento de canal. 
 Além das radiografias panorâmicas, em alguns casos podem ser utilizados outros tipos ou 
técnicas radiográficas, quando temos dúvidas, quando ao posicionamento correto de um dente 
do siso ou de um supranumerário, por exemplo, na sua relação com os dentes vizinhos ou 
órgãos anexos. São as tomografias (que são cortes radiográficos transversais). 
 Na arcada superior por exemplo, também é utilizado a técnica de Clark, que consiste em 
duas tomadas radiográficas com variação de angulação horizontal, facilitando a visualização 
do supranumerário, por vestibular ou palatino. 
 Para a mandíbula, é usado dois procedimentos distintos: um especificamente para a 
região dos terceiros molares (para inclusos e impactados ou semi impactados) chamado de 
Margareth Donovan e o outro para as demais regiões, denominado de Miller - Winter. 
 Tais procedimentos são obtidos através de duas tomadas em ângulo reto, ou seja, uma 
periapical convencional e outra usando o filme periapical, só que com incidência oclusal (a de 
Donovan, a oclusal é feita com o paciente de boca aberta, ao passo que na de Miller-Winter, o 
filme é mantido na boca através da oclusão). Os procedimentos para mandíbula, nos permitem 
uma visualização direta da localização do incluso ou supranumerário. 
 Algumas pessoas (em raros casos), além dos terceiros molares, podem ter também, 
quartos molares, podendo chegar a 8 dentes do sisos. 
 Também, existe casos em que, mesmo o dente do siso ter nascido em posição, assim 
como seu antagonista, temos de remove-los, para evitar perda do dente vizinho por problemas 
periodontais. Pode-se observar falta de ponto de contato dos dentes do sisos, com os seus 
vizinhos (segundo molares) causando, com isso retenção de alimentos (impacção alimentar), 
reabsorção óssea e, podendo, com isso levar a perda do segundo molar, por problemas 
periodontais. 
 OBS: A falta de contato do dente antagonista (o dente que articula), quer por ter sido 
 
 
32 
removido ou por ausência ou por estar fora de posição, pode causar extrusão e/ou distalização 
do dente, podendo também, gerar diastemas (espaço entre os dentes) e problemas 
periodontais. Isso pode acontecer, não só com os dentes do sisos, mas também, com outros 
dentes. 
Como é feita a cirurgia para extração, dos dentes do siso? 
 Nas cirurgias de extração dos dentes do siso, normalmente são utilizados instrumentos 
cirúrgicos, como o cinzel e martelo, que traumatizam e estressam o paciente, devido ao 
barulho e a impressão que causa (de que a cabeça esta ―implodindo‖), quando esses 
instrumentos são utilizados. Há outras técnicas utilizadas para remoção dos sisos, evitam 
praticamente o uso desses instrumentos. Utilizando mínimo esforço para remoção desses 
dentes, junto de outras medidas de proteção, reduz-se o estresse do paciente e problemas nas 
articulações temporomandibulares (ATM). 
 A cirurgia para remoção dos dentes do siso, depende inicialmente de uma série de 
medidas preparatórias, que são efetuadas, antes e após, o procedimento cirúrgico. As medidas 
que antecedem a cirurgia são: a anamnese (questionário, sobre a saúde do paciente), exame 
clínico oral e radiológico do paciente e medicações pré operatórias (antibióticos, analgésicos e 
anti-inflamatórios e calmantes, se necessário). 
 Na cirurgia para remoção dos dentes do sisos, assim como para os diversos outros tipos 
de cirurgia oral, compreende: 
 1) O preparo da sala cirúrgica, da paramentação, do campo operatório, da anestesia tópica 
(anestesia tópica - pomada anestésica), da anestesia infiltrativa (normalmente, feita na arcada 
superior, devido o osso ser, mais poroso) ou troncular (arcada inferior, pois o osso da 
mandíbula, é mais compacto). 
 2) Da incisão, do descolamento do tecido gengival e do tecido que reveste o osso 
(periósteo), osteotomia (remoção do osso que recobre o dente), odonto secção (corte do dente, 
em partes, para facilitar, a sua remoção), remoção do dente, osteoplastia (arredondamento, das 
bordas do osso do alvéolo – cavidade) curetagem - para remover os restos de osso e pedaços 
de dentes, que porventura possam estar dentro da cavidade. 
 3) Sutura (pontos), que normalmente são removidos, após 7 dias. 
 As orientações pós operatórias, visam prevenir e reduzir os problemas, que possam 
ocorrer, durante a fase de recuperação tecidual, da região que foi operada. Problemas esses 
como: hemorragias, edemas (é normal ocorrer inchaço - chamados de edemas, após a 
cirurgia). Manchas rochas, também são normais. 
Dor depois da cirurgia, do dente do siso. O que é Alveolite? 
 Esses problemas podem ocorrer, em cerca de 20% das cirurgias, 
para extração dos dentes dos sisos inferiores (nos dentes superiores é 
mais raro) e é chamado de alveolite. A causa pode ser, pela saída do 
coágulo e entrada, de alimentos na cavidade ou o organismo, está 
 
 
33 
tentando eliminar, um pequeno pedaço de osso. 
 Para esse problema, o paciente tem que voltar para o dentista, afim de que ele possa lavar 
a cavidade, para remover todos os restos alimentares e o pedaço de osso (se for o caso, fazer 
uma osteoplastia - arredondamentos das bordas do alvéolo) e colocação de um medicamento, 
na cavidade alveolar, para reduzir a dor e ajudar, na cicatrização. 
 Com o tempo, nessa cavidade, vai se formado um tecido, de dentro para fora (é chamada 
de cicatrização por segunda intenção) e os alimentos, não ficam mais retidos. 
 A dor vem dos restos alimentares, que entram na cavidade e acabam fermentando e 
irritando as terminações nervosas, do osso. 
 3) O dente do siso não nasceu totalmente, só uma parte apareceu e, ele esta doendo 
bastante. Não consigo encostar os dentes de cima, com os debaixo, que sinto dor. 
 
Inflamação na gengiva e inchaço, no local do dente do siso, parcialmente exposto 
(periocoronarite). 
 Sua causa: 
 Quando o dente do siso ou outros dentes molares nascem parcialmente, pode ficar um 
pedaço de tecido, cobrindo parcialmente esse dente, o que pode 
ocorrer uma inflamação desse tecido (chamada de periocoronarite), 
pela entrada de alimentos, por baixo dele. 
 Também esse problema, pode ser causado, pelo dente do siso 
antagonista que, por extrusão, acaba ―mordendo‖ esse tecido, que 
está cobrindo parciamente, o dente do siso. Isso faz que esse tecido, fique mais inchado e mais 
traumatizado, pela oclusão do dente oposto ao morder, por consequência, aumentando a dor. 
 Nesse caso é feito, entre outros procedimentos, a limpeza por irrigação por debaixo desse 
tecido e colocação de uma tira de borracha (pode ser de uma pequena tira, de lençol de 
borracha, utilizado para tratamento de canal), para manter a drenagem, do local, desgaste do 
dente antagonista, se for o caso. O tratamento indicado é a remoção desse tecido (ulectomia), 
quando vamos aproveitar, esse dente ou a remoção desse dente e de seu antagonista. 
Parestesia, adormecimento ou sensação que a anestesia, não desapareceu, após a 
cirurgia: 
 O nervo, só de tocar nele, causa parestesia (adormecimento).A recuperação depende do 
grau da lesão. Quando o adormecimento é na língua, o ramo, do nervo trigêmeo, afetado é o 
lingual. Quando é o lábio inferior é o nervo, alveolar inferior. A recuperação, pode ser lenta e 
levar, até um ano ou mais. 
 Normalmente é tratado com fisioterapia com laser infra vermelho e medicamentos, com 
 
 
34 
orientação do profissional. É importante que o tratamento da parestesia, seja feito o mais 
breve possível, para um melhor resultado. Alguns pacientes, na primeira aplicação, do laser 
infra vermelho, já nota uma redução do adormecimento. Nota-se, com a continuidade do 
tratamento, o paciente começa a sentir, uma sensação aveludada, no local que ele sente, o 
adormecimento. 
Dentes do Siso: sua influência nos Sintomas da ATM (Articulação 
Temporomandibular), na sua Disfunção (DTM) e no seu Tratamento: 
 Muitos pacientes nos perguntam, se os dentes do siso, podem causar sintomas e disfunção 
na ATM ou DTM. Dependendo do caso, se eles estão se formando ou extruiram, por falta do 
dente antagonista (ou mesmo devido a cirurgia de remoção do siso), eles podem levar o 
paciente a ter sintomas, com essa origem mas, normalmente, mesmo nesses casos, não é só 
com a cirurgia, que podemos ter melhoras desses sintomas, pois os dentes do siso, podem já 
terem alterado, a posição de conforto dos dentes. 
 Nesses casos, tem que fazer o tratamento das disfunções e sintomas relativos as ATMs 
(ou DTMs), para podermos recuperar o equilíbrio perdido (posição de conforto) dos dentes, 
músculos, ligamentos, articulações temporomandibulares e, com isso, conseguir a remissão 
dos sintomas, com essa origem. 
 Sempre antes, de pensarmos em melhorarmos a estética dos dentes, através de 
movimentações dos dentes (ortodontia) em pacientes jovens ou adultos, recomenda-se antes, 
avaliar os dentes do sisos, quanto a sua presença e posição, procurando removê-los antes, se 
esse for o caso, ou acompanhar radiograficamente a sua evolução, para evitar problemas 
futuros (como desalinhamentos dos dentes - após o tratamento ortodôntico, aumento da 
dificuldade de remoção destes dentes, problemas de disfunções das ATMs ou DTMs, entre 
outros), que podem ocorrer mais tarde, para esses pacientes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
35 
COMO UM ADULTO DEVE CUIDAR DOS SEUS DENTES? 
 
A boa higiene bucal é a condição essencial para manter um sorriso bonito e saudável durante 
toda a vida adulta. Os adultos também têm cáries e doenças gengivais que podem tornar-se 
problemas sérios. Durante toda sua vida de adulto é essencial que você continue a: 
 Escovar os dentes no mínimo três vezes ao 
dia usando um creme dental com flúor para 
remover a placa bacteriana, aquela película 
pegajosa que se forma sobre os dentes e que é 
a principal causa da gengivite e das cáries. 
 Usar fio dental diariamente para remover a 
placa bacteriana que se instala entre os dentes 
e sob a gengiva. Se a placa não for retirada, 
pode endurecer e formar o tártaro, que só poderá ser retirado pelo dentista. 
 Limitar a ingestão de açúcares e alimentos que contêm amido, principalmente 
alimentos pegajosos. Quanto mais você come entre as refeições, maior a oportunidade 
dos ácidos da placa bacteriana conseguirem atacar o esmalte dos dentes. 
 Consulte seu dentista periodicamente para um exame profissional detalhado ou uma 
limpeza. 
Como adulto o que é importante saber sobre os dentes? 
Mesmo escovando os dentes e usando fio dental regularmente, podem surgir problemas de 
saúde bucal na idade adulta. Felizmente, seu dentista pode ajudá-lo a resolver a maior parte 
desses problemas. 
 A gengivite, no seu estágio inicial, é reversível. Seus sintomas são gengivas 
avermelhadas, inchadas e sensíveis, com tendência ao sangramento durante a 
escovação. Se perceber qualquer destes sintomas, converse com seu dentista para 
evitar problemas mais graves. No estágio avançado, a doença periodontal pode causar 
a perda dos dentes. 
 A saúde da gengiva também pode afetar a sua saúde geral. Estudos recentes mostram 
uma possível conexão entre a periodontite (uma doença da gengiva) e outras doenças, 
como, por exemplo, a diabetes, problemas cardíacos e uma possível ligação com 
nascimentos prematuros. Para evitar o aparecimento de qualquer doença gengival, 
escove os dentes pelo menos três vezes ao dia, use fio dental diariamente e faça uma 
limpeza geral com o dentista. 
 À medida que ficamos mais velhos, as cáries em volta das restaurações (chamadas 
cáries recorrentes) e na raiz dos dentes se tornam mais comuns. Daí a importância de 
escovar com um creme dental com flúor, usar fio dental e ir ao dentista 
periodicamente. 
Também a sensibilidade pode se tornar mais séria com o avançar da idade. Com o tempo, a 
gengiva se retrai naturalmente expondo áreas do dente que não são protegidas pelo esmalte. 
Essas áreas tendem a doer em função da temperatura dos alimentos ingeridos. Nos casos mais 
 
 
36 
graves, pode ocorrer sensibilidade até ao ar frio. Se tiver dentes sensíveis, tente usar um 
creme dental apropriado. Se o problema persistir, vá ao dentista. A sensibilidade pode indicar 
a existência de cárie ou fratura no dente. 
As coroas são usadas para fortalecer os dentes danificados. As coroas recobrem e protegem o 
dente afetado, fortalecendo-o e melhorando sua aparência, forma e alinhamento. Os implantes 
e as pontes são usados para preencher o espaço deixado pelos dentes extraídos. Os implantes 
substituem um ou mais de um dente ou servem de ponto de apoio para a fixação de 
dentaduras. Consulte o dentista para se informar sobre a possibilidade de implantes no seu 
caso específico. As próteses fixas são usadas para substituir dentes extraídos. São fixadas aos 
dentes naturais ou aos implantes situados ao lado dos espaços deixados pelos dentes extraídos. 
Como posso deixar meus dentes mais brancos? 
A limpeza geral feita por um dentista remove as 
manchas causadas por alimentos e pelo tabaco. O uso 
de um creme dental branqueador também pode ajudar 
a remover estas manchas até sua próxima consulta. Se 
seus dentes estiverem manchados há muito tempo, é 
possível que você tenha que fazer um tratamento 
profissional para branqueá-los. 
As manchas internas podem ser branqueadas ou 
recobertas (coroas). Todos estes métodos são seguros e 
trazem bons resultados. Seu dentista poderá recomendar o tratamento apropriado, dependendo 
do estado dos seus dentes e dos resultados desejados. 
Que efeitos podem a alimentação ter na minha saúde bucal? 
Além de influenciar a saúde geral, a alimentação adequada é requisito básico para a 
manutenção de dentes e gengivas saudáveis. Uma alimentação balanceada dá aos tecidos da 
gengiva e dos dentes os nutrientes e minerais de que necessitam para permanecerem fortes e 
resistirem a infecções que podem levar à gengivite. Além disso, os alimentos fibrosos (como 
as verduras e frutas) ajudam a limpar os dentes e tecidos gengivais. Os alimentos moles e 
pegajosos tendem a ficar presos entre os dentes, produzindo mais placa bacteriana. 
Quando você consome alimentos e bebidas que contêm açúcar e amido, as bactérias da placa 
produzem ácidos que atacam seus dentes durante 20 minutos ou mais. Para reduzir o dano ao 
esmalte dos dentes, limite o consumo de alimentos e bebidas entre as principais refeições. E 
quando você comer entre as refeições, escolha alimentos nutritivos como queijo, verduras 
cruas, iogurte natural ou frutas. 
 
 
 
 
37 
A SAÚDE GERAL E BUCAL DA MULHER 
 
Há uma relação entre minha saúde bucal e minha saúde geral? 
No caso das mulheres, um número cada vez 
maior de estudos relaciona as enfermidades 
gengivais com uma variedade de problemas 
que afetam a saúde da mulher. Como a 
gengivite é uma infecção causada por 
bactérias, estas podem entrar na corrente 
sangüínea e tornar-se causa de outras 
complicações: 
 Problemas Cardíacos: Indivíduos

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