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ODONTOPEDIATRIA apostila alana

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Alana G. Menosso 16.1 
 
ODONTOPEDIATRIA 
Ciclo Vital do Dente Decíduo – Prof Mariane 
 Formação do dente (odontogênese) 
 Erupção (irrompimento) 
 Rizólise (reabsorção fisiológica) 
 Características anátomo-funcionais 
 
Erupção 
É um PROCESSO de movimentação contínua do elemento dental, dura toda a vida do 
indivíduo, desde o momento em que o dente é formado, até ser esfoliado ou extraído. 
 
É dividido em 3 momentos didáticos: pré eruptivo, eruptivo e pós eruptivo. 
 
Pré eruptivo: é o movimento desde o rompimento do pedículo até a formação completa da 
coroa. Mantém a relação constante com os maxilares, à medida que ossos faciais crescem os 
dentes se movimentam para manter a posição. É a fase intraóssea, até o estágio 6 de Nolla 
(coroa completamente formada). 
 
Processo eruptivo: Movimentos desde a formação completa da coroa até o momento que o 
elemento entra em oclusão com o antagonista. É intra e extra óssea. São realizados 
principalmente movimentos para oclusal, porém nesta fase o elemento dental se movimenta 
para V, L, M e D (movimentos compensatórios) e pode realizar também rotações. 
 
Pós eruptivo: Movimentos durante toda a vida do dente, inicia quando o dente entra em 
contato com o antagonista, o desgaste faz com que ele erupcione mais um pouco, mantendo o 
contato constante com o antagonista e dentes contíguos. Movimentos de compensação, axiais 
(desgaste oclusal) e movimentos laterais de corpo (desgastes proximais). 
 
 
Canal gubernacular: O canal gubernacular abriga o cordão gubernacular, formado por 
remanescentes da lâmina dentária. O folículo que engloba os dentes permanentes mantém 
conexão com a lâmina própria da mucosa bucal através do canal gubernacular, a medida que o 
dente permanente faz os movimentos de erupção, esse canal é rapidamente alargado por 
atividade osteoclástica local, delineando-se assim, a via eruptiva do dente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Alana G. Menosso 16.1 
 
 
Cronologia De Erupção 
Obedece um padrão genético, iniciando por 
volta de 6-7 meses e termina por volta dos 2 
anos e 6 meses. 
Sequência: mais importante que a cronologia. 
 
Centrais inferiores 
Centrais superiores 
Lateral inferior 
Lateral superior 
Primeiro molar decíduo 
Canino 
Segundo molar decíduo 
 
 
Fatores gerais que podem afetar a erupção: 
 Síndrome de Down - o mais comum, a erupção é tardia, com dentes decíduos retidos e 
sequência anormal. 
 Disostose Cleidocraniana - reabsorção tardia dos dentes decíduos e irrompimento 
tardio dos dentes permanentes. Presença de supranumerários 
 Hipotireoidismo - a erupção é tardia, com dentes decíduos apinhados. 
 Genética 
 Sexo - Meninas mais precoce. 
 Fator nutricional - desnutrição severa retarda processo. 
 Doenças sistêmicas, infecções (HIV, sífilis...) e síndromes. 
 
 
Fatores locais que podem afetar a erupção: 
Decíduos não tem muito, pois o trajeto percorrido é menor, rara falta de espaço. Em dentes 
permanentes é mais comum devido à perda precoce, retenção prolongada, promovendo perda 
de espaço. 
 Perda precoce – significa quanto tempo antes? Quando perder o decíduo e o 
permanente ainda estiver no estágio 6 de Nolla para menos (coroa já está completa) 
OU um ano antes da erupção do sucessor permanente. 
Cronologia do 
Dente Permanente 
Alana G. Menosso 16.1 
 
Legenda: DECÍDUOS – PERMANENTES 
 Erupção precoce – a perda precoce pode acelerar ou retardar a erupção do 
permanente. Se tem estágio 6 ou menos, e tem muita perda óssea por infecção, o 
dente permanente erupciona mais fácil. 
 
 Erupção Tardia – ausência de espaço no arco, sequela de trauma, raízes residuais, 
perda precoce do dente decíduo, supranumerário ou odontoma, cisto de erupção, 
anquilose do dente decíduo. 
Hematoma de erupção: (comum no 2M – trauma - não há uma intervenção, fazer 
massagem digital na área), 
Fibrosamento gengival: geralmente causado por trauma (usa muito a gengiva), dente 
tem dificuldade de perfurar, pode fazer massagem digital também, se não resolver se 
faz ulectomia. Quando? Quando o homólogo já está todo irrompido e esse nem deu as 
caras. 
 
 Dentes natais ou neonatais: Nascidos com dente ou quando o dente nasce nas 
primeiras semanas. Crianças de até um mês de vida tem deficiência de vitamina K, 
então para extrair os dentes neonatais tem que ser mais a frente, a partir do segundo 
mês. 
Se for da série normal pode ser lixado para diminuir o corte para facilitar a 
amamentação, há protetores de amamentação também. 
 
 Erupção ectópica: fora da posição, geralmente é por anquilose, retenção prolongada 
ou perda precoce do decíduo. Irrompe atrás do decíduo ou na frente dele. Extrair 
idealmente quando 1/3 do permanente estiver irrompido, assim é mais fácil ir para a 
posição normalmente. 
Quando o primeiro molar por algum motivo erupciona mais mesializado, reabsorvendo 
o segundo molar decíduo - extrair o decíduo, mais tarde reposicionar o permanente e 
manter o espaço. 
Outros motivos: deficiências endócrinas e irradiação, migração congênita do germe, 
discrepância dente-arco. 
*Perda precoce sempre pensar em manter o espaço. 
*Anquilose favorece migração dos adjacentes. 
* Se o dente permanente quer nascer e não tem espaço: 
Falta espaço causado por DECÍDUO: Reabsorve os dentes necessários, que estiverem no caminho. 
Falta espaço causado por PERMANENTE: maior problema! 
 
DENTE ERUPÇÃO (MESES) ESFOLIAÇÃO (ANOS) INÍCIO FORMAÇÃO TECIDO 
DURO - ESMALTE COMPLETO 
(MESES/ANOS) 
Decíduo/Germe 
Permanente 
(ANOS) 
IC - IC 6 – 7,6 7 – 8 3m – 5 anos 7 
IL - IL 7 – 9 8 – 9 10m – 5 anos 8 
C - C 16 – 18 11 – 12 4m – 7anos 10 
1ºM – 1ºPM 12 – 14 10 – 11 1,6 – 6 anos 9 
2ºM – 2ºPM 20 – 24 10 – 12 2-7 anos 8 
1ºM nascimento – 3 anos 
2ºM 2,6-8 anos 
Alana G. Menosso 16.1 
 
Erupção dos dentes decíduos e manifestações orgânicas 
1ª teoria: diarreia, febre, coriza, erupção cutânea, aumento da salivação, entre outras é uma 
coincidência já que a erupção é fisiológica. 
2ª teoria: mesmo sendo fisiológico existe uma relação evidente entre os sintomas gerais e 
locais e a erupção dentária. 
 
Manifestações orgânica gerais 
Distúrbios do sono, diarreia, urina com odor forte.... mil coisas. 
• Distúrbios no sono 
• Irritabilidade 
• Febre 
• Redução do apetite 
• Urina com odor forte 
• Coceira auditiva 
• Dificuldade de movimentos 
• Lesões cutâneas periorais 
• Perturbações gastrointestinais 
• Diarreia 
• Vômito 
• Infecções no trato respiratório 
• Diminuição da resistência orgânica 
• Tosse 
• Corrimento nasal 
 
 
 Comprovado por revisão sistemática: Irritabilidade gengival, aumento da salivação, 
irritabilidade da criança, aumento de temperatura corporal (até 37,5). 
 
Recursos: 
Pomada anestésica (nenê dent) – o aumento da salivação não permite que o anestésico haja 
por muito tempo (no máximo aplicar 3x por dia). Ler a bula de posologia. Usar quando é pra 
comer ou tempo suficiente pra fazer dormir. 
Mordedores – gel que pode ser gelado e bolinhas que coçam, traz um certo conforto. 
 
Rebordo do recém-nascido: para higienizar a gaze é muito áspera, a dedeira é melhor. Quando 
é muito pequeno nem precisa, quando já tem alguns meses eles gostam. 
A dedeira é só para rebordo! Não é para dentes. 
A partir do momento que irromper pode ser uma fraldinha com água filtrada ou escova. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Manifestações orgânicas locais 
• Aumento da sucção digital 
• Bruxismo 
• Inflamação da gengiva 
• Eritema 
• Edema e prurido gengival 
• Eritema da face 
• Irrigação local (morder e coçar) 
• Hiperemia da mucosa bucal 
• Salivação excessiva 
• Tumefações gengivais 
• Herpes 
• Cistos de erupção 
• Úlceras bucais 
 
Alana G. Menosso 16.1 
 
Rizólise 
O dente permanente nunca vai ter reabsorção fisiológica, sempre que tiver é patológico. Já os 
decíduos sim. 
É uma reabsorção dentária fisiológica que caracteriza-se pela perda gradativados tecidos 
dentários mineralizados (cemento e dentina) e dos tecidos não mineralizados (polpa e 
ligamento periodontal). Em decorrência, há a esfoliação dos dentes decíduos. 
É um processo intermitente. Há um período de reabsorção ativa, sucedido de um período 
maior de repouso, onde existe uma reparação com tentativa de reorganização do ligamento 
periodontal. O processo de rizólise inicia 3-4 anos antes da esfoliação, logo depois da formação 
da raiz. 
A reabsorção é sempre maior que a tentativa de reparo, como se reabsorvesse dois passos e 
reparasse um, por isso um dente fica mole e pode ficar duro novamente. Quando isso 
acontece também pode ser também porque o dente permanente trava a movimentação do 
decíduo (pela posição do germe). 
 
Considerações gerais 
O esgotamento das estruturas do dente decíduo está geneticamente programado e caracteriza 
a sua temporalidade na cavidade bucal, é o mecanismo responsável pela troca da dentição 
decídua pela permanente, algumas alterações morfológicas promovidas pela reabsorção 
podem ser detectadas radiograficamente. 
O início da rizólise coincide com o término da rizogênese. 
 
Lacunas de Howship: O dente não reabsorve de forma linear, é cheio de dentadas, lacunas 
reabsorvidas. Histologicamente são encontrado locais de reabsorção e de neoformação 
cementóide que caracteriza o processo intermitente de reabsorção. 
Os molares apresentam nas faces interadiculares reabsorções, não somente no ápice. 
A reabsorção é sempre em bisel. 
As reabsorções podem ser perfurantes ou não, comunicando diretamente o canal radicular 
com os tecidos periodontais, ou indiretamente pelos canalículos dentinários 
 
Mecanismo e estruturas envolvidas no processo de rizólise 
• Folículo pericoronário 
• Pressão do dente permanente 
• Apoptose dos odontoblastos, cementoblastos e fibroblastos 
 
 
Folículo pericoronário 
O folículo pericoronário é uma estrutura imprescindível para a erupção dental. 
Produz mediadores químicos (prostaglandinas, fator ativador de osteoclastos) que regulam 
localmente a remodelação óssea. Está intimamente relacionado com a formação nova de osso 
trabecular na base da cripta e na exfoliação do dente decíduo. 
 
Composição celular do folículo pericoronário e das paredes da cripta óssea antes e durante a 
erupção: 
As células mononucleares aumentam numericamente de forma gradual nas semanas que 
precedem a erupção e durante a erupção. Na parede adjacente da cripta óssea há o aumento 
de osteoclastos. O número de células é reduzido após os surtos de erupção. 
Alana G. Menosso 16.1 
 
 
 A participação de mediadores químicos da osteoclasia e dos fatores de crescimento 
presentes no folículo pericoronário do germe do dente permanente, determina o seu 
papel na reabsorção fisiológica. As prostaglandinas, o fator de crescimento epidérmico 
(EGF), a interleucina 1 e a proteína osteomorfogenética 4 (BMP-4), estão presentes em 
maior nível no folículo pericoronário do dente permanente. 
 A íntima relação das raízes do dente decíduo com o folículo pericoronário pode ser 
observada radiograficamente, porém as reabsorções só serão observadas quando 
encontrarem-se em estágios mais avançados. 
 
 Se a raiz reabsorver de forma semelhante à da imagem ao lado, o Root pode apitar 
antes do ápice. Muitas vezes, não dá de ver esta reabsorção na radiografia. 
 Na hora que o dente permanente está irrompendo, há reabsorção óssea para a coroa 
conseguir passar. Depois ocorre neoformação óssea no local. 
 O volume pulpar dos dentes decíduos também é reduzido com o tempo. 
 Mesmo sem germe permanente, ocorre rizólise no dente decíduo! Só demora mais. 
 
Características anátomo-funcionais 
As coroas dos dentes decíduos são mais amplas MD em comparação com Cérvico-Oclusal. 
Quando coloca o grampo precisa por bem pra baixo ou na gengiva (precisa estar muito bem 
anestesiada). 
As protuberâncias cervicais (vestibular) são mais pronunciados. Grampo 26 novo ou 27 (tem o 
mordente um pouco menor), e os de pré (tem asa que atrapalha na radiografia). 
A espessura de esmalte é de 1mm, distribuído de forma regular por toda a coroa. Nunca tirar 
toda a cárie do dente decíduo, senão vai expor, sempre fazer a retirada seletiva. 
Dentina tem menor espessura em relação ao dente permanente. 
Corno pulpar: é saliente e sensível, quando está próximo já pode ter a rarefação óssea na 
furca. 
 
Câmara pulpar: pequena, mas o corno está lá em cima. Corno mesial guia na endodontia. 
As raízes dos molares são sempre divergentes, mais largas e afiladas em relação a coroa. E na 
radiografia as raízes vestibulares aparecem bem menor do que realmente está. 
As superfícies vestibulares e linguais dos molares convergem para a oclusal, de modo que o 
diâmetro VL da superfície oclusal é menor. 
 
Nos molares a espessura do assoalho da câmara é de aproximadamente 1,5mm e com 
foraminas. A rarefação óssea fica na região de furca quando tem lesão. 
 
APOPTOSE: A apoptose é um tipo de morte (suicídio) celular que possui importante papel 
durante o processo de diferenciação, crescimento e desenvolvimento dos tecidos adultos 
normais e patológicos. Diferente da necrose, não existe liberação do conteúdo celular e, 
portanto, não há processo inflamatório. 
Célula encolhe, e bolhas começam a se formar, a cromatina é compactada formando massas 
concentradas nas bordas internas do núcleo, que se parte, levando à formação dos corpos 
apoptóticos. 
 
 
 
Alana G. Menosso 16.1 
 
Núcleo 
Condensação da cromatina 
Fragmentação do DNA 
Rompimento do núcleo 
 
Citoplasma 
Organelas densas e intactas, porém a célula perde líquido, encolhe-se e rompe‐se em contato 
com as células contíguas. 
 
 Nas áreas de reabsorção encontram‐se numerosas cavidades de tamanho, forma e 
profundidade variadas que constituem as lacunas de Howship. Nas lacunas, podemos 
observar túbulos dentinários com deposição de material mineralizado, cementóide 
caracterizando o caráter intermitente da reabsorção fisiológica. 
 
Tecido pulpar X Reabsorção radicular 
As alterações estruturais observadas no tecido pulpar durante a rizólise, não podem ser 
consideradas como degenerativas. 
Durante a rizólise, as características estruturais e fisiológicas do tecido pulpar não mostram 
alterações significantes. 
As fibras colágenas estão em menor número no início e metade da rizólise. 
No estágio final da reabsorção, há menor número de fibroblastos em relação ao início e 
metade da reabsorção. 
 
 
 
 
Cariologia – Prof Carla Miranda 
 
 
Qualquer tecido dental duro é passível de cárie. 
 
É quando há um desequilíbrio no processo DES/RE, pelo metabolismo bacteriano, o pH cai a 
um ponto que há perda de mineral. 
Todos temos o s. Mutans, porém dependendo da alimentação ele se prolifera mais ou menos. 
Na pessoa que não tem atividade de cárie há uma presença menor da bactéria, do que em 
uma pessoa com cárie ativa. 
Quando a DES é maior que a RE ocorre uma perda mineral considerável e há o aparecimento 
da mancha branca (é um efeito óptico, visto em campo seco, porém quando a perda é maior 
nota-se mesmo com campo úmido). 
 
Temos inicialmente a formação da película adquirida (saliva sem bactérias) e após isso, inicia-
se a colonização pelas bactérias e a organização do biofilme, que produz ácidos. 
As lesões geralmente demoram meses e até anos para serem visualizadas, exceto a cárie 
rampante (cárie de mamadeira – açúcar, nescau, farinha láctea). 
Devermos olhar o indivíduo como um todo. 
 
A inserção de hábitos saudáveis na primeira infância faz com que se torne um adulto saudável. 
Alana G. Menosso 16.1 
 
Evitar o açúcar não evita somente a cárie mas melhora a saúde como um todo. 
 
A prevalência da cárie diminuiu ao longo do tempo (fluoretação da água, do creme dental, pois 
o flúor retarda o processo da doença cárie, mas não o impede! 
 
NÃO É INFECCIOSA, porque o organismo não vem de forado organismo (faz parte da 
microbiota normal) e NÃO É TRANSMISSÍVEL pelo mesmo motivo, e sim adquirida, como 
qualquer outra bactéria da pele, por exemplo. Atualmente se fala que é uma doença que 
depende do biofilme e do açúcar. O biofilme não pode ser impedido (película adquirida) mas o 
açúcar pode ser controlado, portanto ela é açúcar dependente! Compartilhando fatores de 
risco comum a outras doenças não transmissíveis associadas ao consumo do açúcar. 
A progressão da doença cárie é lenta, de meses a anos, que vai de um estágio microscópico até 
o estágio visível, cavitação e até a perda do dente. 
A restauração serve para impedir de agregar mais biofilme por conta da cavidade presente. 
Quando se estaciona uma lesão, ela continua tendo biofilme agregado, mas ele é mais 
facilmente removido (superfícies livres). 
A placa não é significado de que vai desenvolver cárie! Porque depende das bactérias 
presentes naquela placa. 
Se foca mais em controlar a higiene do que a alimentação porque ela é algo mais difícil de 
controlar, por diversos motivos – indústria, a situação econômica e a cultura de hábitos. 
A cárie pode gerar impacto sobre a qualidade de vida (tanto do paciente - criança, quanto dos 
pais). 
 
Fatores determinantes e modificadores 
Escolaridade, classe social, renda, conhecimento, atitudes, comportamento, saliva, flúor, dieta 
(composição e frequência), capacidade tampão, saliva, microbiota. A genética tem um peso 
em algumas coisas mas é MUITO pequeno. 
 
Cárie da primeira infância (antiga cárie de mamadeira/cárie precoce da infância) 
Definição leiga: carie dentária em crianças pré escolares (0 a 5 anos), comum, na maioria das 
vezes não tratada e que traz profundo impacto na vida de uma criança (dor, alimentação, falta 
as aulas, convívio social). 
Definição clínica: é a presença de uma ou mais superfícies cariadas (inclusive mancha branca), 
perdidas ou restauradas (devido a cárie) em crianças menores de 5 anos. 
 
Etiologia da Cárie 
Hospedeiro: dente 
Dentes em irrompimento – tem uma suscetibilidade maior a cárie – difícil de higienizar, está 
em infra oclusão, não sofreu a maturação pós irruptiva (processo normal que leva por volta de 
2 anos, a apatita carbonatada que forma o dente, é mais facilmente desmineralizada/solúvel, e 
quando utiliza-se flúor, ela é substituída pela hidroxiapatita fluoretada, mais resistente aos 
ácidos, caso não haja flúor será a hidroxiapatita normal – porém mais forte que a 
carbonatada). 
Morfologia dental – oclusal e proximais (mais difícil de haver a auto limpeza – movimentos da 
língua, movimentos da bochecha, glândulas salivares). 
Apinhamento dental 
Defeitos dentários estruturais – cavidades, hipoplasias. 
Alana G. Menosso 16.1 
 
Dente decíduo – a apatita carbonatada no recém erupcionado está presente no decíduo muito 
mais, portanto a lesão de cárie progride muito mais rápido em um dente decíduo, o dente 
também é menor, chega mais rápido até regiões críticas como a polpa. 
 
Hospedeiro: Saliva 
Função protetora – lubrificação da mucosa 
Composição (imunoglobulinas, minerais...) 
Capacidade tampão (é a principal, tem bicarbonato, que mantém o pH da boca neutro, e 
oferece a remineralização) 
Fluxo salivar (é ejetada pelas glândulas salivares) 
De madrugada a saliva diminui! Por isso é o pior momento para ingerir açúcar. 
Quando os alimentos são ingeridos durante o sono o desafio cariogênico aumenta 
sensivelmente, porque o alimento permanece mais tempo na boca devido a diminuição dos 
reflexos de deglutição, movimentos musculares, e a ação protetora da saliva também diminui 
em função do fluxo salivar. 
 
Quando a amamentação progride por muito tempo após os 12 meses na forma de livre 
demanda pode ser prejudicial! Caso não haja lesão não é necessário interferir nisso. Quando 
há lesão não é apenas pela amamentação e sim por outras coisas associadas. Quando há 
lesões podemos orientar a 1 mamada de madrugada, essas orientações são somente para 
casos bem específicos e individuais. 
 
Hospedeiro: Flúor 
O flúor é incorporado na estrutura dental, biofilme ou saliva. Seja pela ingestão de água que 
volta pela saliva, e pelo creme dental. 
Não impede a doença! Reduz a sua progressão. 
O flúor mantido na cavidade bucal cria reservatórios de fluoreto de cálcio, fazendo com que a 
desmineralização seja menor e a remineralização seja maior. Cada vez que o pH reduz esse 
reservatório é perdido, por isso a importância de repor constantemente o flúor. 
 Quando o responsável não aceita o uso do flúor, deve se aconselhar e falar porque é 
importante e tudo mais. Mas se não quer usar flúor, e a criança tiver uma saúde bucal 
boa, aumentar as visitas e profilaxias. Mas orientar sempre! 
 Quando o responsável não aceita e a criança tem muita lesão devemos argumentar 
muito, muito! 
 
Lesões cariosas não são resultantes da deficiência de flúor, mas de atividade metabólicas no 
biofilme e consumo de açúcar. 
 
Microbiota 
S. mutans (principalmente), ele inicia o processo, e os lactobacilos acompanham, porém este 
não tem potencial de se aderir ao biofilme. Estão envolvidos na progressão cariosa mas não 
iniciam a cárie. 
o Aderência – Formação de PEC e PIC (polissacarídeo extra celular e polissacarídeo 
intracelular), o microrganismo guarda o açúcar fornecido pelos alimentos para quando 
o indivíduo não consumir muito. Há o solúvel servido para alimento, e o insolúvel que 
faz uma rede de proteção facilitando a sua agregação no dente). 
o Acidogenicidade (capaz de produzir ácido lático) 
o Aciduridade (tolera ambientes ácidos) 
Alana G. Menosso 16.1 
 
Todos esses são fatores que tornam o S. Mutans muito virulento! 
 
 
Dieta 
Sacarose é a principal, os outros açúcar baixam também o pH, não suficiente para 
desmineralizar esmalte, mas dentina sim! 
A sacarose promove uma rápida difusão pelo biofilme (pois é um dissacarídeo, não precisa de 
grandes quebras para ser utilizada). Ela é base para o PEC e o PIC. 
 
o Consistência/grau de retenção: quando o alimento gruda no dente ele demora mais 
ainda para regularizar o pH. 
o Frequência e ingestão: mudar isso não é tão difícil. Orientar que se reduza para 5 ou 6 
refeições por dia: café, lanche, almoço, lanche, janta e ceia. Fazer no mínimo 2 
escovações ao dia com creme dental fluoretado. 
É melhor a criança comer uma fruta do que tomar suco! O suco geralmente é artificial ou com 
adição de açúcar. 
“Criança come muita fruta!” = mas vai ver e é banana com farinha láctea kkkkkkk 
 
Alimentos oferecidos na mamadeira tendem a ser consumidos de forma mais lenta, 
permanecendo por mais tempo em contato com a cavidade bucal. 
Única coisa oferecida na mamadeira deve ser o leite! Chás, sucos... não! 
A dieta é o fator de iniciação da doença cárie, e há a ideia que para atrair criança precisa de 
açúcar. 
 
Porque não é tão falado sobre dieta? Porque há grande pressão dos interesses industriais. 
 
 Só ocorre a cárie se perdurar por um bom tempo esses fatores. 
 
Tempo 
O tempo influencia se a doença vai ocorrer ou não, quando tenho a sacarose em alguns 
momentos, mas não muitas vezes ao dia, e a escovação vai relativamente bem, mantém-se o 
equilíbrio, e com a presença de flúor esse equilíbrio se fortalece. 
Ataque ácido frequente e por muito tempo = cárie. 
 
 Tem atividade de cárie: lesões ativas (manchas brancas também) 
 Não tem atividade de cárie: lesões crônicas 
 Risco é outra história, muitos vão ter. 
 
Película adquirida: primeiro contato da saliva com o dente (não tem bactérias) 
Biofilme: organização mais complexa e tem microorganismos, essa é a PRINCIPAL DIFERENÇA! 
 
Nem todo o biofilme dental vai ter características cariogênicas! 
 
Mudanças no meio bucal: desequilíbrio. 
Perturbador: açúcar da dieta 
Vai ter biofilme sempre, mas não vai ter cárie, tudo depende da dieta, quando há muito 
biofilme o paciente terá gengivite. 
 
Alana G.Menosso 16.1 
 
A microflora do biofilme é influenciada diretamente pelo tipo de açúcar consumido, mais 
sacarose, mais mutans e lactobacilos. 
 
pH crítico: 
5,5 – perda de esmalte 
6,5 – perda de dentina (cavidades expondo dentina, dentina exposta) 
Na presença do flúor o pH crítico em esmalte diminui para 4,5. 
 
 
Esmalte 
O que acontece? Redução do tamanho do cristal (por isso 
enxergamos a mancha branca), aumento dos espaços 
intercristalinos, microscopicamente há uma zona superficial (teto), 
corpo da lesão, zona escura, zona translucida. 
 
Somente quando tem cavidade é que se intervém, devemos 
afastar (?) quando na radiografia está atingindo um pouco da 
dentina. 
A lesão de cárie devido a proteção dos agentes da saliva, acontece 
subsuperficialmente (corpo da lesão, quando ele fica muito grande sede e abre a cavidade). 
A última e a primeira camada tem uma resistência maior, mais mineralizada. 
Sinal clinico da cárie na superfície de esmalte é a mancha branca, e quando não há cavidade ou 
uma leve cavidade é possível haver uma remineralização. 
Mancha branca proximal aparece na radiografia. 
 
Dentina 
Nem sempre o seu envolvimento implica em cavitação, microscopicamente há a zona de 
destruição e invasão bacteriana, desmineralização superficial, desmineralização profunda 
(menor, há perda de minerais mas a estrutura está mais íntegra), zona de esclerose dentinária. 
Na remoção seletiva da cárie vai ser a remoção das 2 camadas mais superficiais (zona de 
invasão bacteriana e desmineralização superficial) 
Contaminada X Afetada 
 
Diagnóstico 
É importante identificar os fatores responsáveis pelo desenvolvimento da doença, qual o risco 
e se tem atividade! Serve para fazer orientação personalizada, detectar outros fatores de risco 
além da dieta. 
Com base no que se marca o retorno? Tem que acompanhar sempre, nem que seja daqui 3 
anos. 
Com atividade de cárie: lesões ativas! Seja cavitada ou não. 
Sem atividade de cárie: com lesões crônicas ou sem lesões. 
Definir se o paciente tem risco identificado ou sem risco identificado. 
Ter lesões crônicas é fator de risco! 
 
Anamnese + exame clínico + exames complementares 
1. Anamnese: dados pessoais, histórico de saúde, hábitos alimentares, hábitos de higiene 
bucal, exposição a fluoretos, motivos da consulta. 
Alana G. Menosso 16.1 
 
Lembrar que é necessário 2 escovações por dia! E que a responsabilidade é da família, 
não da escola. 
Observar enquanto isso, vestimenta de acordo com o frio, unha, nariz, cabelo... 
2. Exame clínico 
Mucosa bucal: lubrificação/ aspecto da saliva, as vezes uma saliva muito espessa não 
tem um bom papel principalmente na proximal (mas é uma somatória de coisas). 
Espessura do biofilme 
Sangramento gengival 
Fazer profilaxia antes de procurar lesões! 
Localização (está em que áreas, onde é comum ou não é comum ter) 
Presença de cavidade (intervir ou não, invasivo ou não) 
Profundidade (atingiu esmalte ou dentina) 
Extensão (oclusal apenas ou ocluso distal, muda o material a ser usado) 
Atividade (ativa ou não) selante, flúor, restaurar.... 
Inspeção visual e tátil (campo limpo, seco e bem iluminado) 
Fio dental 
Afastamento dental (após a radiografia, 48h no mínimo ou 7 dias – de uma consulta a 
outra) 
Sondagem em esmalte desmineralizado pode provocar dano irreversível a estrutura 
dental. 
Retenção da sonda em fissura não determina presença de cárie. 
 
3. Exames complementares 
Exame radiográfico: regiões não visíveis e profundas e/ou monitoramento de lesões. 
Índice de placa: com microbrush passar a solução, quanto mais colorido maior a 
espessura. Tem poder educativo. 
Índice – contagem do número de dentes x4 
100% _____ 80 faces 
 X ________ 53 faces coradas 
 X = 66,2% 
Normalmente acima de 30% é considerado alto, abaixo disso pode ser normal. 
 
Selamento biológico: biofilme calcificado na oclusal, pigmentação de sulco em adultos. 
 
Selante: (dentes em processo de erupção, atividade de cárie passada) 
 
 
Tratamento 
Modelo de promoção da saúde com abordagem individualizada! 
Informações sobre etiologia e prevenção 
Controle mecânico e químico do biofilme 
Fluorterapia caseira ou profissional 
Aconselhamento diético 
Eliminação de nichos retentivos 
 
 
 
 
Alana G. Menosso 16.1 
 
Uso de fluoretos e antimicrobianos – Prof Carla Miranda 
 
Aconselhamento dietético: 
Avaliar o padrão alimentar e a ingestão de açúcar, recordar das últimas 24h (quando a família 
não traz o diário alimentar), questionário (já estruturados na literatura), registro da dieta 
(quantidade de açúcar, consistência e horário). 
 É realizada a coleta das informações sobre a dieta, mas se faz principalmente por um 
diário alimentar semanal. Geralmente escrito pelo responsável, mas se a criança sabe 
escrever pode ser ela – durante 3 dias consecutivos e que não pegue dias do final de 
semana (anotar quantidade – quantas colheres, e horário – avaliar a consistência pelo 
tipo de comida – quanto mais completo melhor – mamadeira com farinha, bolo com 
recheio, suco de maçã...) 
 
Princípios básicos: 
Histórico da dieta do paciente, recomendações razoáveis, eliminar alimentos à base de açúcar 
entre as refeições. 
Fazer reforços positivos (elogiar que comeu fruta, que comeu menos doces). 
Alimentação de madrugada: o hormônio do crescimento é liberado no jejum da madrugada 
(ótimo argumento pra tirar a mamadeira da madrugada – diluir o leite em menos colheres 
para mais água). 
 
Importante 
o Orientar que a criança deve fazer 5 a 6 refeições, evitando ao máximo os beliscos 
entre elas, qualidade dos alimentos, frutas, verduras, proteínas, feijão... 
o Mudança de hábitos: novo = difícil, principalmente pelo exemplo em casa. 
o Não oferecer doces antes dos 2 anos: é o período crítico para a cárie, e doenças em 
geral no futuro. 
o Reduzir a frequência é o primeiro passo, e se for comer é depois do almoço, pode 
comer pão com geleia no café, por exemplo. 
o Meio mecânico de remoção é mais eficaz do que qualquer outro meio! Precisa deixar 
bem evidente isso, pois as pessoas não sabem que bochecho com listerine não resolve. 
o A qualidade da escovação é mais efetiva do que a frequência. 
o Escova: menor cabeça possível, macia (independente da marca). 
o Fio ou fita dental: fita tem maior área de contato, mas tanto faz. 
o Limpeza profissional: controle de um paciente é a base para a educação dele 
(revelação de placa, ensino teórico e prático, escovação supervisionada e profilaxia). 
o Em dentes apinhados o bom é a escova unitufo 
o Para aparelhos é interdental e passa fio. 
 
Uso de antimicrobianos 
Uso profissional ou domiciliar 
Complementar os procedimento mecânicos 
Redução do número de microrganismos/controle do biofilme. 
Mas é desnecessário! Pode ajudar com o problema, mas não pra prevenir. 
O efeito sobre o biofilme já formado é limitado, não funciona. 
A estrutura do biofilme com os microrganismos agregados e embebidos em uma matriz de 
polissacarídeos dificulta a penetração desses agentes (prova). 
Alana G. Menosso 16.1 
 
A maioria dos antimicrobianos são de amplo espectro para as bactérias da boca, podendo 
causar uma resistência a alguns microrganismos - considerar um desequilíbrio da microflora. 
Toxicidade (evitar indicar para menores de 6 anos, e sem álcool sempre, uso deve ser restrito! 
Usado em casos de trauma, geralmente aplica com cotonete e fazendo fricção quando 
possível. 
Não oferece riscos se utilizado por um curto período. É um gasto desnecessário quando usado 
na vida toda, mas é uma opção. 
Substantividade: é a capacidade de uma substância de ficar agindo mesmo após ser removida 
(12h por exemplo). 
 
Indicações 
 Falta de habilidade manual (pacientes com interferência motora temporária ou 
permanente) 
 Alterações sistêmicas 
 Pacientes hospitalizados 
 Problemas periodontais 
 Uso de aparelhos ortodônticos Pré e pós operatórios 
 
Clorexidina 
 S. Mutans é sensível 
 Tem alta subtantividade 
 É padrão ouro 
 Em baixa concentração 0,12% tem controle do biofilme e gengivite 
 De alta concentração (1 a 40%) altera a composição e tem efeito anti-cárie, usada em 
bisnagas no consultório para manchas brancas junto com a aplicação de flúor 
(intercalando consultas, não usar juntos por que se inibem). 
 Efeitos colaterais: são reversíveis, manchas extrínsecas nos dentes, gosto amargo, 
distúrbio na paladar, irritação, descamação da mucosa. 
 
Polióis 
Xilitol, agentes naturais: Tem ação antimicrobiana, porém sem suporte científico para a 
indicação de uso. 
 
Cloreto de cetilpiridínio (ccp), óleos essenciais, triclosam 
Baixa substantividade, não são específicos para mutans, auxilia mais no controle da gengivite. 
 
 
Uso dos fluoretos 
A medida de maior impacto no controle da cárie dental. 
 
 Retenção do Flúor 
 Secreção da matriz do esmalte, superfície do esmalte durante a maturação, após a 
erupção do dente: saliva e biofilme dental. 
 O melhor é quando ele é aderido após a erupção, mantido constante na cavidade 
bucal, quando está adsorvido sobre a estrutura do dente. Ele precipita minerais no 
Alana G. Menosso 16.1 
 
dente fazendo com que haja uma redução da desmineralização, e aumento da 
remineralização, pois a disponibilidade de flúor incrementa a incorporação de mineral 
que já ocorreria pela saliva (prova). 
 Normalmente esse flúor fica na forma de reservatórios de fluoreto de cálcio, que é 
perdido quando há a redução do pH, por isso precisa sempre repor, para que o 
reservatório se mantenha constante. 
 O flúor age como importante auxiliar para o equilíbrio mineral dos dentes, atuando 
diretamente na dinâmica do processo des/re. 
 Com o flúor acontece a perda mineral também, mas ele retarda o processo. 
 Quando o pH fica abaixo por muito tempo, é porque o alimento era de maior 
consistência. 
 Ele não é capaz de interferir nos fatores responsáveis pela doença, não impede a 
inicialização da doença, mas é eficiente em reduzir a progressão. 
Flúor é um elemento bem eletronegativo e se une a vários componentes com facilidade, como 
o carbonato de cálcio, não há uma regulamentação nacional para isso, mas as marcas mais 
conhecidas são melhores, e perto do prazo de vencer não comprar! 
 
Toxicidade 
Aguda: 
Dose potencialmente tóxica 5mgF/kg (dor de barriga, náusea, vômito, hospitalização com 
doses muito altas em crianças beem pequenas) 
Dose certamente letal 32-64mg F/kg. 
 
Crônica: 
0,05 a 0,07 mgF/kg (somente em baixas idades, dentes em formação, até 3 anos para a coroa) 
todos os dias come um pouco de pasta. 
 
Água e dentifrício fluoretado é indicado para todos, mas bochecho e aplicação no consultório, 
utiliza em quem tem atividade de cárie. 
Pacientes em risco orienta a usar (na UFSC). 
 
Estratégia coletiva (água) e individual (verniz, gel...) 
A água vai ser ingerida, e o flúor vai ser absorvido e distribuído para o organismo, retorna na 
saliva, e cai na superfície do dente. 
Se interrompe a ingestão: a concentração na saliva é interrompida, e vai precisar de 
suplementação, a não ser que toma água comprada, aí precisamos saber a quantidade. 
 
Risco x Benefício: fluoretação controlada da água de abastecimento (0,7 ppmF na água) mais 
chuva ou mais evaporação, vasão, etc. 
 
Dentifrícios é a mais importante forma de uso! 
Redução da incidência da cárie: uso de dentifrício com flúor. 
Efeito ocorre por mecanismos: manutenção na cavidade oral, na saliva, e no processo desre. 
 
NaF (fluoreto de sódio) e Monofluorfosfato de sódio (MPF): mais usados, o segundo é 
geralmente usado no dentifrício de 1500 ppm. A orientação é comprar a pasta acima de 1000 
pmm. 
Concentração ideal: 1000 – 1500 ppmF (ou 0,1%-0,15% X 10na4). 
Alana G. Menosso 16.1 
 
Não deve ser ingerida. 
 
Cuidados – supervisão dos responsáveis, dizer que é medicamento! 
Escovar após as refeições (porque é mais seguro se ingerir o creme) 
Quantidade controlada de 2x por dia no mínimo. Abaixo de 3 anos orientar que escove mais 
vezes com pasta sem flúor, mas as 2x é com flúor. 
 
Solução fluoreto de sódio a 0,05% encontra na farmácia ou manipulado (1x ao dia de noite) 
NaF 0,2% usado no consultório, ou na escola (semanal ou quinzenal) 
Ambos bochecho e cospe, ou seja, acima dos 5 anos. De 5 a 10ml, depende do tamanho da 
boca da criança. 
 
Consultório: espumas, gel, verniz. 
Lesões ativas de cárie: 4 aplicações semanais de flúor gel NaF 2% e gel fluorfosfato acidulado 
(ffa) 1,23% - sempre é o melhor, mas em pessoas sem sensibilidade, aplicado pelo tempo de 
1min, com paciente sempre sentado e usando sugador! Normalmente faz uma arcada e depois 
a outra pra gerar menos deglutição, pede pra passar a língua bem nos dentes e cuspir várias 
vezes. Isolamento relativo. 
Espuma é mais segura pois é aerada, é uma quantidade menor. 
Não precisa ficar sem comer ou beber depois da aplicação. 
 
Verniz NaF 5%: no dente seco e aplica, depois entra em contato com a saliva e forma película. 
Usado em manchas brancas e crianças abaixo de 3 anos. Libera flúor por um tempo, pode 
comer, mas não alimentos duros por umas 8h e nem escovar os dentes por 8h. Pode tomar 
suco, iogurte, arroz, carne moída. 
DURAPHAT é o melhor de todos. 
4 sessões consecutivas para mancha branca. 
Dura até 6 meses fazendo o efeito. 
Isolamento relativo e dente bem seco. Avisar que o dente fica amarelinho (não usar o branco 
pq é ruim). 
 
Técnica: 
o Profilaxia 
o Secagem dos dentes 
o Isolamento relativo 
o Aplicação com microbrush 
 
Diamino fluoreto de prata (cariostático) 
Paralisa lesões cariosas, pigmentação escura das lesões não mineralizadas, em dentina 
profunda pode acelerar a mortificação pulpar, cuidado com pele e mucosas (é cáustico), pode 
manchar tudo que encosta. 
Material muito bom, mas é antiestético (marrom e preto). 
 
Materiais restauradores liberadores de Flúor 
Cimento de ionômero de vidro e selantes resinosos 
Propriedades: capacidade de liberar fluoreto e absorvê-lo do meio bucal 
Indicações: Restaurações, selamento de fóssulas e fissuras, cimentação de banda e bráquetes 
ortodônticos. 
Alana G. Menosso 16.1 
 
 
 
Promoção de Saúde da Infância a Pré-Adolescência – Joeci 
 
Consiste em influenciar todas as condições gerais do indivíduo e do meio, de modo favorável a 
saúde, é fazer com que a pessoa não passe pela doença. É dar maior resistência a pessoa e 
colocá-la num ambiente adequado e uma vida favorável. 
 
Envolve várias coisas, quer prevenção, quer chance de reverter o curso da doença – 
reversibilidade (pelo diagnóstico precoce), mínima intervenção, controle, tratamento invasivo 
se for o caso. 
 
Importância de conversar e entender, ouvir o paciente com o intuito de mudar o hábito 
indesejável. E a alimentação! 
Saúde começa pela boca. 
 
Boca é a porta de entrada do corpo, para a criança ela é muito importante, tem muitos 
proprioceptores. Ele se comunica (choro, fala) e sente as coisas. 
 
Perceber a expressão facial da criança. 
 
Atuação importante em ambiente comunitário, nossa presença e nossa fala é muito 
importante. 
 
Profissional confiante em si, tem mais possibilidade de ter um tratamento efetivo. 
Conhecimento – disseminação – hábitos saudáveis 
Não é aplicar relatório alimentar impecável, é evitar/limitar o consumo (é trabalhoso). Sempre 
as embalagens bonitas e enfeitadas estão na altura dos olhos e das mãos. 
 
Níveis de prevenção 
1ª prevenção 
 Promoção de saúde 
 Orientações sistemáticas, educacionais e motivacionais 
 Proteção específica 
 Procedimentos preventivos 
2ª prevenção: Diagnóstico precoce e Tratamento pronto 
3ª prevenção: Limitação do dano 
4ª prevenção: Reabilitação 
 
 
 
FORMAÇÃO DOS DENTES DO BEBÊ: 
Iniciam entre a 5ª e a 6ª semana de VIU 
Alterações - deficiência nutricional, infecções, medicamentos,drogas, álcool, cigarro 
- Ingerir cálcio 
- Não precisa ingerir flúor! 
Alana G. Menosso 16.1 
 
"A utilização de suplementos de flúor pré- natal está contra-indicada por basear-se em uma associação dose/efeito 
empírica. Além disso, quando se indica flúor pré-natal, este é prescrito na forma associada à vitaminas e sais 
minerais, ocorrendo assim redução da absorção de cálcio contido nestas formulações, o que é preocupante devido à 
sua importância para a gestante e o feto." 
 
Crianças de 0-3 anos – orientações 
 
Muito mais fácil trabalhar nessa fase, que não teve a doença e é possível intervir, mesmo que 
tenha hábitos, é mais fácil trocar. 
Primeira visita ao dentista é importante que ela aconteça antes do primeiro dente ou logo 
após a erupção do primeiro, e quando possível orientar a gestante (mais suscetível a receber 
as informações/educação). 
 
Nova proposta para entender a doença cárie: pertence a doenças não transmissíveis, como 
câncer, Doença Cardiovascular e diabetes. 
Não dá para simplesmente eliminar o microrganismo ou aumentar a resistência do dente. 
O açúcar é o fator de risco mais comum para obesidade, aumenta o risco para câncer e 
diabetes. 
 
Incentivar o aleitamento materno (uso exclusivo até os 6 meses, é um vínculo e um caminho 
para a saúde) sem água, sem chá. Nutrição, vínculo e prazer. Econômico, passa anticorpos. 
Mamadeira quando tiver que usar, que a criança fique o mais ereta possível, pois tem chance 
de otite, bico ortodôntico, leite sem adição de açúcar ou outro carboidrato. 
 
“O leite materno contêm quantidade de água suficiente para as necessidades do bebê, mesmo em climas muito 
quentes. A oferta de água, chás, ou qualquer outro tipo de alimento sólido ou líquido, aumenta a chance de o bebê 
adoecer, além de substituir o volume do leite materno a ser ingerido, que é mais nutritivo.” 
 
Mamadeira – uso inadequado – segurança de que a criança fica bem alimentada, é mais fácil 
de fazer do que uma comida de verdade, acalma, faz dormir, tranquiliza, dá prazer, é utilizada 
como recompensa. 
Quando vou dizer que a mamadeira é um risco para cárie e outras doenças é necessário ter 
argumentos melhores, que ela entenda, (estou dizendo para tirar a mamadeira, não o leite, 
você sabe quando ele precisa se alimentar ou quando é só por costume, orientar para que a 
criança durma bem alimentada para que não acorde de noite com fome, se acordar dar água, 
porque não é fome). 
Furo pequeno da mamadeira e ortodôntico (melhor). 
Copo de transição, tem uns com válvula de sucção que quando vira não molha (argumento). 
 
Explicar sobre as principais doenças bucais da infância 
 Doença cárie (dieta rica em carboidratos). 
Inicia como mancha branca, passível de remineralização (quando é porosa e perto da 
cervical mais chance de estar ativa, se estiver longe e brilhosa está inativa). 
Cárie da primeira infância: consumo frequente de leite (fórmula) durante a noite, 
alimentação rica em carboidratos, higiene inadequada, progressão muito rápida. 
 Gengivite – gengiva sangra, não escova, e a gengivite aumenta. Regride com escovação 
adequada e fio dental. 
 Má oclusão – bastante relacionada com hábitos de sucção não nutritivos. Tratamento 
multidisciplinar: otorrino, fonoaudiólogo, dentista. 
Alana G. Menosso 16.1 
 
 Trauma – comum após 1 ou 2 anos de vida, procurar o dentista imediatamente, casos 
leves só acompanhamento, até casos graves com contenção, endo... 
Avulsão: colocar o dente no leite e levar ao dentista (máx 30 min). 
 
 
Introduzir uma alimentação e buscar alimentação saudável, é trabalhoso, mas é possível – 
Exemplos bons de quem alimenta 
Importante a criança conhecer a cor, cheiro, sabor e textura (não sopa ou vitamina tudo junto 
e misturado). 
Várias formas de oferecer o mesmo alimento, assado, gelado, cru, cozido... 
Explorar os alimentos: tocar, cortar, segurar, cheirar 
Prazer e satisfação da família em torno do preparo dos alimentos. 
Careta e cuspir faz parte do aprendizado (experimentar 20x) 
Aprendendo a deglutir a criança acaba succionando e a comida vai pra fora, mas não é porque 
não gosta. 
Até 4 ou 5 anos a criança tem memória afetiva, vai gostar do que foi introduzido nessa fase. 
Depois dos 6 meses começar a introduzir, e vai ser influenciada pelo padrão alimentar da 
família, aumento gradativo da consistência (seguir uma hierarquia), alimentação de frutas e 
verduras... Mas a criança precisa de carboidratos, proteínas e gorduras também, faz parte do 
desenvolvimento. 
Evitar açúcar até os 2 anos, após os 2 anos açúcar com pouca frequência. 
Consumo inadequado de açúcar sabe-se que causa grandes consequências, reduzir ou atrasar 
o consumo! 
 
Higiene bucal 
Bebe edêntulo que mama só leite materno não precisa higienizar (acostumar o bebê com 
manipulação na boca é aconselhável – não realizar a higiene logo após a amamentação). 
A partir da erupção do dente – escova macia, duas vezes ao dia, com creme dental fluoretado. 
Quantidade: só uma sujeirinha 
 
Hábitos de sucção não nutritiva 
 Não deixar a chupeta a disposição o tempo todo 
 Bico ortodôntico, sem argola 
 Idade de remover é 2 anos 
 Remoção com carinho e sem punição 
 Disposição da mãe – está disposta ok. Não está disposta vamos diminuir a frequência. 
 Dedo – suporte emocional, associação de fralda, boneco... apoio psicológico (preferir a 
chupeta) 
 
 
 
Processo de erupção dentária 
 Processo natural 
 Inicia por volta dos 6 meses (incisivos inferiores) 
 Completa por volta dos 3 anos (20 dentes) 
 Atrasos são comuns 
 
Alana G. Menosso 16.1 
 
 SINTOMAS COMUNS: 
* irritabilidade 
* inapetência 
* aumento do fluxo salivar 
* febrícola 
* coloca tudo na boca 
 
"Assim que um dente irrompe na arcada ele ainda não está completamente mineralizado. Portanto, nesse período, 
que chamamos de maturação pós eruptiva, ele está mais susceptível a sofrer desmineralização, tornando os 
cuidados com a alimentação e a higiene ainda mais importantes" 
 
Freio lingual curto 
o Dificuldade para mamar 
o Dificuldade para deglutir 
o Problemas na fala 
o Indicação de cirurgia - função 
o Avaliação com fonoaudiólogo 
 
Importância dos dentes decíduos 
o Funções - mastigação, fonação 
o Estética - auto estima 
o Guia de erupção para o dente permanente 
“Tudo o que acontece com o dente decíduo pode trazer consequências para o dente permanente” 
 
3 aos 6 anos – orientações 
Alimentação saudável 
Hábitos familiares 
Estimulo a mastigação 
Evitar o consumo exagerado de açúcar, e favorecer o consumo inteligente (bolo melhor que 
chocolate). 
Comer logo após a refeição principal 
No máximo ingerir 2x ao dia 
 
Higiene bucal – criança escova sozinha, depois o responsável, creme fluoretado de quantidade 
igual um grão de ervilha, criança deve cuspir! 
Atenção pelo primeiro molar permanente – Abaixo da linha da oclusão, escovação difícil (deve 
ser direcionada) e maturação pós eruptiva. 
Fio dental tem que ser passado pelo adulto 
Hábitos deletérios – uso prolongado/consequências – respiração bucal, interposição lingual, 
deglutição atípica (chupeta, bruxismo – uso de placas flexíveis; onicofagia – estresse, 
ansiedade – acompanhamento psicológico) 
 
Pré adolescência – 6 a 12 anos – orientações 
Alimentação saudável 
Influência da mídia 
Ela mesma faz suas escolhas que foram implementadas antes disso 
Risco de desnutrição, anemia, obesidade 
Trocar o achocolatado super açucarado por um menos, de 5x tomar 4x... 
Risco de erosão dental, sucos isotônicos, refrigerante 
Alana G. Menosso 16.1 
 
Cuidado com açúcar escondido (salgadinhos, mostarda, katechup) 
Doces menos pegajosos (sem cobertura) 
Deve e pode escovar os dentes sozinha e passar fio dental, coordenação motora fina mais 
desenvolvida – supervisão do responsável 
Fase da dentadura mista, apinhamentos, maturação pós eruptiva. 
Trauma dental nessa idade bastanteelevado (esportes, brincadeiras...) avulsão: colocar o 
dente no leite por no máximo 30min, uso de protetor bucal. 
 
Primeira consulta: anamnese, exame, orientação, solicitação do relatório alimentar (exceto 
final de semana). 
Horário – o que comeu e com o que comeu – quantidade – forma como comeu 
 
Segunda consulta – orientações sobre o relatório, revelação de placa, escovação, 
supervisionada, profilaxia e flúor. 
 
Difícil? É trabalhoso, pode levar muito tempo para poder mudar. Devemos reconhecer e 
diferenciar as necessidades: alimentação, sono, afeto. 
 
 
 
Promoção de Saúde na Adolescência – Prof Joeci 
Compreende a faixa etária de 10 a 19 anos – segundo a OMS 
No ESCA atendemos até uns 14 – quando ainda tem dente de leite 
 
 Mudanças psicológicas, físicas e comportamentais 
 Constantes flutuações de humor 
 Insegurança 
 Contradição de condutas 
 Tendência grupal (alimentação própria) 
 
Primeira etapa (10-14 anos) 
o Comportamento ora infantil e ora adulto 
o Preocupação com as mudanças corporais e aparência (mais exigente na 
estética, dente amarelado – sempre atender as queixas deles, resolve a 
manchinha mas resolve a carie também – criar vínculo) 
o Estirão de crescimento 
o Desinteresse nos pais e dos pais (fala mil vezes e acaba desistindo) 
o Amizades do mesmo sexo e idade 
o Isolamento 
 
 
Segunda etapa (15-17 anos) 
o Ansiedade e agressividade 
o Experiência sexual 
o Aceitação da imagem 
o Falta de vontade (tomar banho, escovar o dente) 
o Insegurança 
Alana G. Menosso 16.1 
 
Terceira etapa (17-19 anos) 
o Equilíbrio maior 
o Assume posições (escolhe um futuro, estudo, faculdade) 
o Desejo e consciência estética 
o Mais fácil a comunicação 
 
Odontologia na adolescência 
Maior vulnerabilidade a doenças bucais 
Início das trocas dentárias  dificuldade de higienização, maior retenção de alimentos, 
modificações na saliva pelos hormônios, maturação pós eruptiva, apinhamentos e difícil 
escovação. 
Aumento da capilarização na dentição permanente e maior permeabilidade vascular, isso 
favorece a inflamação em casos de gengivite. 
Hiperplasia gengival por inflamação devido a placa – sangra e o paciente não escova. 
Aparelho fixo na adolescência – orientar a escovação. 
 
Aumento dos índices de CPOD na adolescência, preguiça – troca escova por bochecho, na dieta 
come o que quer, controle de placa não é priorizado. 
 
Doença periodontal – sangramento – aumentam muito nessa fase 
 
Refeições fora de casa, ausência de refeições principais, alto consumo de lanches 
Alimentos ricos em carboidratos e baixo valor nutritivo... 
Alimenta-se na frente da TV/computador 
 
Estrutura interdisciplinar (psicólogo) 
Atenção especial ao perfil comportamental (cooperação e participação) 
 
 Traçar um plano de tratamento que considere seus anseios, além do que precisa! 
A abordagem inicial vai depender do sucesso da consulta (vamos orientar, não vamos ficar 
cobrando!), diálogo de forma simples e honesta (explicar o passo a passo – mostrar tudo – pra 
criança mostra mais pros pais, pro adolescente mostra mais pra ele mesmo), elogiar (reforço 
positivo mesmo que esteja a mesma coisa). 
 
Os profissionais devem possuir: afinidade e habilidade, saber ouvir, ter paciência, conseguir 
livrar-se de preconceito, naturalidade e flexibilidade (ver boné, cabelo colorido elogiar), ter a 
atitude correta. 
 
O consultório deve ser adaptado para atender adolescentes (revistas de adolescentes, livros) 
As intervenções devem ser precedidas de explicações: O que? Como? Porque e pra quê? 
Mostrar fotos e no espelho. 
Evitar demonstrar irritação, hostilidade, superioridade, indiferença, pressa e formalidade. 
Permitir que ele fale da sua vida, estar atualizado das gírias, programas, filmes, evitar falar de 
forma infantil. 
 
 
 
 
Alana G. Menosso 16.1 
 
Anamnese: 
História médica e odontológica 
Uso de medicamentos (muito comum antidepressivos ou ansiolíticos, nessa idade), drogas 
ilícitas, álcool, cigarro, diabetes, alergias e gravidez. 
Prática de esportes (bebidas isotônicas, energéticas, risco a trauma) 
Uso de adereços, piercings... 
Hábitos alimentares 
Hábitos de higiene 
Usa flúor, bochecho 
Preocupação do paciente com sua saúde oral 
 
Manifestações clinicas: maior permeabilidade vascular e alteração do pH da cavidade, 
diminuição do pH pelos hormônios, devido a isso há maior sangramento e incidência de lesões 
cariosas. 
 
Gravidez: maior sangramento gengival, diminuição do pH 
Primeiro trimestre não se faz procedimento, a não ser urgências (adiar) a partir do segundo 
trimestre dá pra tirar raioX e anestesia. 
 
Uso de drogas e álcool: 
Uso de drogas (manchamento) 
Queimaduras de mucosa 
Queda do pH 
Risco de doenças periodontais 
Não prescrever solução de bochecho com álcool 
 
Nicotina: manchamento nos dentes, doença periodontal, câncer bucal. 
 
Mancha esverdeada: maconha, chá 
Mancha marrom: cigarro, café 
 
Distúrbios alimentares 
o Bulimia: tem que falar para os pais quando desconfiar, flúor diário para evitar a erosão 
o Erosão 
o Cárie dental 
o Doença periodontal 
o Edema das glândulas salivares 
o Dermatite perioral 
o Xerostomia 
o Halitose 
o Queilite angular 
o Queimadura na bochecha 
 
Prática de esportes 
Fratura com ou sem exposição pulpar 
Avulsão 
Intrusão 
Fratura óssea 
Alana G. Menosso 16.1 
 
Uso de adereços 
Trauma dental (abfração, fratura por morder sem querer) 
Doença periodontal pelo trauma, recessão gengival (trauma do dente pode levar a doença 
periodontal e perda do dente) 
Problema na fala 
Alergias, lesões na mucosa, infecções graves. 
ORIENTAR SEMPRE, mostrar fotos das consequências 
 
Exame clínico 
Controle do biofilme (revelação) 
Condição periodontal 
Erupção dental 
Oclusão 
Alteração de tecido mole e duro 
Atividade de cárie 
Fatores retentivos (fora de posição, aparelho) 
 
1- Controle de placa 
Revelação de placa, escovação supervisionada, profilaxia/jato de bicarbonato. 
Ensinar a higiene do aparelho (escova interdental, passa fio, unitufo) 
 
2- Uso de fluoretos e antimicrobianos 
Bochecho de flúor 
Fluorfosfato acidulado 
Verniz 
Bochecho de gluconato de Clorexidina (gengivite) 
Verniz de clorexidina 
Existe pasta de dente com clorexidina também 
 
Sem atividade de cárie e sem risco identificado – não há necessidade de flúor, mas pode fazer 
após profilaxia com flúor acidulado 1,23%, a intensão é fortalecer o esmalte por causa da 
profilaxia, controle de 6 meses. 
 
Sem atividade e com risco identificado – flúor acidulado 1,23%, o controle é de 1 a 3 meses. 
 
Com atividade de cárie – flúor acidulado 1,23%, verniz caso tenha mancha branca e flúor 
diário em casa, controle 1 a 3 meses 
 
Paciente com gengivite – bochecho com clorexidina 0,12% (7 DIAS) devido aos efeitos 
adversos, depois de 7 dias o retorno, e depois de 1 a 3 meses (dada as orientações e cuidados) 
 
 
Controle da alimentação 
Orientação do consumo inteligente do açúcar (usar chiclete sem açúcar, bala sem açúcar) 
Motivação para uma dieta em fibras e proteínas, redução do consumo de bebidas ácidas. 
 
 
 
Alana G. Menosso 16.1 
 
 
Comportamento da Criança e o Tratamento 
Odontológico – Prof Joeci 
10 coisas lindas para dizer ao seu filho em vez de “para de chorar”: 
Eu estou aqui pra te ajudar! 
Eu estou aqui com você! 
Ficar triste acontece com todo mundo! 
Eu sei que está difícil/ trabalhoso pra você! 
Eu estou aqui te ouvindo! 
Consigo entender que foi triste, chato, diferente! 
Pode me contar o que quiser! 
Eu também já me senti assim! 
Eu sei que não parece justo! 
Sei que você quer ficar sozinho mas estarei ali quando precisar! 
Razão x Emoção 
A criança vive pelo prazer, não sabe a necessidade do tratamento odontológico. Se não está 
gostando, se nega ou chora. 
 
CRIANÇA 
o Racionalidade reduzida 
o Tolerância reduzida 
o Paciência reduzida 
o Espontaneidadeaumentada 
o O comportamento da criança depende de: 
Idade (quanto menor a criança, menor é a sua racionalidade, sua tolerância e sua 
paciência) 
Se é a primeira vez no dentista ou não 
O quanto invasivo é o procedimento (quanto mais invasivo, pior) 
 
 Sempre perceber a postura dos pais e do ambiente familiar 
 O acompanhante tem que entender o que está acontecendo 
 
 
CARACTERÍSTICAS DE CADA FAIXA ETÁRIA 
 
0 a 2 anos 
o Fortes laços emocionais com a mãe 
o Muito dependente – se sente seguro nos braços da mãe (é melhor fazer 
o atendimento com a criança no colo da mãe) 
o Frente ao atendimento há muito choro e resistência (muito raro não 
chorar nessa faixa etária) 
o A boca é muito importante para uma criança desta idade, então é 
comum que se sinta invadida com o tratamento odontológico 
o Para o atendimento: agir com rapidez! 
 
 
 
Alana G. Menosso 16.1 
 
2 anos e meio 
o Comportamento vai aos extremos contrários rapidamente. Uma hora a criança está 
colaborando, logo depois não está mais. Sim e não. 
o A falta de maturidade faz com que procure experimentar o que lhe dá satisfação 
o Teimosia/fase da oposição 
o Criança com medo de cair, de movimentos repentinos e inesperados, de barulhos 
altos, e de pessoas estranhas 
o Deseja fazer tudo sozinha 
o Quando possível, ter duas escovas: uma para a criança escovar os próprios dentes (a 
criança morde e estraga a escova), e uma para o responsável escovar. 
 
 
3 anos 
o Surgimento da individualidade 
o Semi independência 
o Idade do “eu também” 
o Relacionamento paciente-profissional começa a acontecer 
o Curiosidade aguçada 
o Capacidade de fantasiar 
o Confunde o mundo real com o imaginário 
 
 
4 anos 
o Idade dos “como” e “porquê” (função intelectual e afetiva) 
o A criança pode usar as perguntas para tentar atrasar o tratamento 
o Mais comunicativa 
o Mais interessada na sociabilidade do que na resistência 
o Ainda não tem noção do tempo 
Quando der a anestesia, por exemplo, não falar para a criança que vai passar 
o efeito em meia hora. Falar que ela vai pegar o ônibus, assistir um pouco de 
TV em casa, e então o efeito vai passar 
 
Entre 5 e 6 anos 
o Período da crítica 
o Gosta de elogios 
o Capacidade de ver os dois aspectos das situações 
o Declínio gradual dos medos das fases anteriores 
o Medo de lesões corporais 
o Para o atendimento: não cair em contradição. Planejar bem o 
procedimento anteriormente 
 
Entre 6 e 7 anos 
o Início do período de socialização maior 
o Fase escolar 
o Descoberta da vida social e em grupo homogêneo em idade, condições físicas e 
mentais 
o Relações sociais mais amplas e influentes 
 
?? 
Alana G. Menosso 16.1 
 
Entre 7 e 8 anos 
o Desenvolvimento intelectual e social são as características mais importantes 
o Ruptura da mentalidade infantil primitiva 
o Ampliação da capacidade de raciocínio e compreensão 
o Sentido e dever, aceita ordens 
 
Entre 8 e 9 anos 
o Idade da expansão 
o Não gosta de ser tratado como criança 
o Amigos do mesmo sexo 
o Emocionalmente menos sensível, menos concentrado em si 
o Aguenta o tratamento odontológico mais facilmente 
 
Entre 9 e 12 anos 
o Pré-adolescência 
o A partir dos 10 anos já aceita a vida e o mundo real da maneira como são 
o Quer ter liberdade, não se agrada com a intromissão dos pais nos seus assuntos, 
principalmente nas questões odontológicas 
o Aumento das relações interpessoais 
 
AMBIENTE FAMILIAR 
As necessidades humanas são supridas no ambiente familiar 
Físicas 
De segurança 
Amor, afeição 
Autoestima, estima dos outros 
Auto realização 
 
Valorizar em 1º lugar a relação criança-ambiente familiar 
Fatores que influenciam no desenvolvimento da criança: 
o Estrutura familiar 
o Padrão de educação 
o Importância que a criança tem na família 
o Rotina 
 
Padrão de educação x Comportamento da criança 
1. Superproteção com superindulgência 
Exagero na liberdade, sem limites. 
 
Origem: Pais que sofreram com autoridade excessiva, que sofreram com abandono ou rejeição 
 
Criança: 
 Mimada, egoísta 
 Dominadora, voluntariosa, indisciplinada 
 Resiste ao tratamento com muito choro, agressividade e manhas 
 
 
Alana G. Menosso 16.1 
 
2. Superproteção com dominação 
Geralmente ocorre com filho caçula, filho único, de pais idosos, ansiosamente esperado ou 
presença de defeito físico estimulam essa atitude, além da morte prematura de um outro filho. 
 
Os pais não querem causar mais problemas para a criança. Cercam completamente a liberdade 
da criança, evitando sua convivência com outras crianças, mantendo um contato excessivo 
com ela e falando, agindo, brigando e até pensando pelo filho. 
 
Origem: Pais que sofreram muito na infância, por rejeição ou abandono. 
 
Criança: 
 Medrosa, submissa, com sensação de inferioridade 
 Delicada, tímida, humilde 
 
3. Superautoridade 
Bom comportamento e responsabilidade pelos atos. Não toleram negativas, oposições e 
fracassos. 
 
Origem: Pais que se identificam com a situação dos filhos. 
 
Criança: 
 Frustrada, complexada e angustiada, que vive em estado de tensão, pois 
preocupa‐se em estar ao nível exigido pelos pais 
 Dificilmente externa seus desejos, ideias e sentimentos por medo de críticas 
 No consultório se submete pacificamente com medo de ser criticada por mau 
comportamento. Conversa bem e responde ao que se pergunta, porém, 
dificilmente expressa o que está realmente sentindo. 
 Pode tornar‐se agressiva. 
 
 
 
 
4. Rejeição 
É a incapacidade de dar amor, atenção ou carinho à criança. Os pais afastam-se 
completamente do seu convívio, ou até mesmo agem com hostilidade, e até agridem. 
Criança: 
 Os filhos de pais indiferentes se sentem inferiores e preteridos, inseguros, 
ressentidos, são pouco colaboradores, se retraem em si mesmo sem amar nem 
se interessar por nada. 
 As crianças não desejadas ou rechaçadas que também sofrem agressões e 
brutalidades, se tornam agressivos, vingativos, combativos, desobedientes, 
pouco populares, nervosos e demasiadamente ativos. 
 
São pacientes difíceis, se portam mal para chamarem a atenção. 
 
 
 
 
Alana G. Menosso 16.1 
 
5. Abandono 
Os pais gostam da criança, mas mostram-se indiferentes com relação ao atendimento de suas 
necessidades. 
Criança negligenciada 
 
Criança: 
 Agressiva ou submissa 
 
 
 
Relação familiar x Comportamento da criança 
o Desajustes familiares 
o Desuniformidade de opinião (a mãe diz sim e o pai diz não, por exemplo) 
o Falta de rotina 
o Preparo da criança para o atendimento odontológico: é melhor que os pais não fiquem 
falando sobre o atendimento antes 
o Ansiedade materna (presente geralmente com crianças menores) 
 
POSTURA PROFISSIONAL 
 Proximidade física com a criança 
 Amar a criança (empatia) 
 Conhecer as fases de desenvolvimento 
 Perceber as limitações dela 
 Entender as inseguranças 
 Ter paciência 
 Ordem e cuidado com o instrumental 
 Habilidade e rapidez no atendimento 
 Apresentação física adequada 
 Competência 
 Inteligência 
 Acessibilidade 
 Comunicação e afetividade 
 Atenção dada ao paciente 
 Informações dadas sobre o paciente 
 Se colocar no lugar do outro 
 Ter e criar um ambiente propício para o atendimento 
 
Estrutura: 
Sala de recepção 
Espaço destinado para as crianças e para os pais 
Importante para estimular o comportamento de progressiva independência da criança em 
relação aos seus pais 
Amplia a confiança e integração da criança no consultório 
Brinquedos, livros, desenhos, etc. 
 Não é indicado colocar filmes, pois a criança não vai querer deixar a recepção 
sem terminar de assistir. 
 
Alana G. Menosso 16.1 
 
MEDOS 
Medo: Reação frente a uma ameaça real 
Ansiedade: não se sabe ao certo o que pode acontecer 
 
1º ano: ruídos altos, abandono, separação dos pais. 
2º ano: separação dos pais, escuro, médico, criaturas imaginárias, banho(ser levada pelo ralo). 
3 a 6 anos: perda ou separação dos pais, pequenos animais, ferimentos, morte, personagens 
de terror. 
6 a 10 anos: novas situações, ferimentos, morte, críticas. 
Medos comuns no consultório 
o Risco de dor/ferimentos 
o Sensação de superioridade profissional (o dentista parece grande e poderoso para a 
criança) 
o Medo do desconhecido 
o Dano corporal 
Tipos de medo 
Desconhecido: comum em crianças menores. 
Subjetivo: por informações dadas por outras pessoas ou por observação de um atendimento 
odontológico problemático. 
Objetivo: por experiências negativas vividas pela criança durante atendimento médico ou 
odontológico. 
 
“As manifestações de medo e ansiedade podem ser atenuadas através de procedimentos profiláticos, que são 
passos de orientação preventiva, usados na rotina da consulta, que visam ampliar o campo perceptivo da criança 
em relação ao tratamento, quer seja pela primeira vez, quer quando ela já tenha experiência prévia” 
 
 
DOR 
ATENÇÃO - EMOÇÃO – MEMÓRIA 
 
A percepção da dor está relacionada ao medo, ansiedade, atenção concentrada no problema, 
na falsa interpretação da doença e na dor de origem desconhecida. 
 
A compreensão ou previsibilidade que o indivíduo tem sobre uma situação produtora de dor já 
ocorrida ou que estejam em iminência de ocorrer e o controle que o paciente possa exercer 
sobre esta situação, são fatores que podem contribuir para aumentar ou diminuir a ansiedade. 
 
Fatores exacerbantes da dor 
Intrínsecos (provenientes da criança): 
o Ansiedade 
o Medo 
o Depressão 
o Experiência prévia com insucesso no controle da dor 
o Falta de autocontrole 
o Interpretação negativa da situação 
 
Extrínsecos: 
o Ansiedade e medo proveniente dos pais ou irmãos 
Alana G. Menosso 16.1 
 
o Tratamento invasivo 
o Prognóstico desfavorável 
o Práticas inadequadas no manejo da dor 
o Ambiente inadequado para a criança 
 
 Sempre realizar anestesia infiltrativa de uma fibromucosa antes (interpapilar, por 
exemplo) 
 Na maioria dos casos, utilizar agulha extra curta 
 
Cuidados na anestesia 
Antes 
o Explicar para a criança o que será feito 
o Explicar a sensação 
o Secar a mucosa 
o Anestésico tópico até que a mucosa fique enrugada 
o Fazer teste de sensibilidade 
 
Durante 
o Conversar com a criança 
o Introdução lenta da agulha 
o Injeção lenta do anestésico 
o Estender ou comprimir 
o Dica: ficar tremendo a boca da criança enquanto introduz a agulha 
 
Depois 
o Confirmar o efeito 
o Estimativa de tempo de duração do efeito 
o Reforçar a explicação do efeito, permitindo que a criança se olhe no espelho para 
confirmar que não está inchada ou torta 
o Lembrar a possibilidade de trauma 
 
Adequação Do Comportamento Infantil 
Classificação dos tipos de criança por Wright 
 
 Cooperativas 
Maioria das crianças 
Vontade de colaborar 
Curiosidade 
 
 Com falta de habilidade cooperativa 
Depende da idade da criança (quanto mais nova, menor é sua habilidade cooperativa) 
Deficiência física ou mental 
 
 Potencialmente não cooperativa 
o Ansiosa ou envergonhada 
Geralmente em crianças mais novas, ou nos casos de primeira consulta 
o Cooperação tensa 
Alana G. Menosso 16.1 
 
Criança com medo de uma situação nova 
Segue os movimentos do CD com os olhos e agarra a cadeira 
Pode chorar nas horas de maior ansiedade, como na anestesia 
o Choro contínuo 
A criança permite a realização do tratamento, mas chora como uma maneira de extravasar sua 
ansiedade. 
o Descontrolada 
Choro, birra, chutes ou acessos de raiva 
o Rebelde ou teimosa 
Geralmente em crianças mimadas 
Comuns nas fases próximas à adolescência 
o Impassível (estóico) 
Criança com passividade e aceitação ao tratamento, mesmo nos momentos de maior 
ansiedade. 
 
 O CD deve ficar atento a sinais de negligência ou maus tratos 
 
Objetivos da adequação de comportamento 
 Interação com a criança pela comunicação e educação 
 Desenvolver confiança da criança no profissional 
 Manter a aquiescência da criança 
 Beneficiar a criança 
 Aliviar o medo e a ansiedade 
 Efetuar um atendimento odontológico de qualidade 
 Promover uma atitude positiva da criança em relação ao tratamento odontológico 
 
Orientação para adequação 
o O profissional deve centrar-se no que a criança deve fazer 
o Uso de afirmativa direta de fácil compreensão 
o Permitir algum controle da criança sobre o procedimento odontológico (dizer que 
levante a mão caso sinta dor, por exemplo) 
 
Técnicas 
Comunicativas e Restritivas 
 
 Comunicativas (modificam o comportamento da criança) 
o Dizer-mostrar‐fazer 
 Explicações verbais 
 Demonstrações dos aspectos visuais, auditivos, olfativos e táteis 
 Execução do procedimento 
 Apresentação do equipamento, instrumental e/ou procedimento 
 Muito utilizada em pré-escolares e na primeira consulta de crianças de todas as faixas 
etárias 
 Procedimentos considerados de maior risco ao comportamento infantil, como a 
seringa da anestesia local, podem ser tentados sem o uso desta técnica 
 Sem contraindicações 
Alana G. Menosso 16.1 
 
Objetivo: reduzir ou evitar o comportamento não receptivo 
o Reforço positivo 
 Elogios ou brindes frente a comportamento de cooperação 
 Reforços sociais: elogio verbal, modulação da voz, expressão facial e demonstração 
física de afeição 
 Reforços não sociais: prêmios simbólicos como adesivos, lápis, figurinhas e diplomas 
 Nunca subornar a criança, dizendo que vai dar um brinde se ela se comportar. O 
correto é, se a criança tiver se comportado, simplesmente dar o brinde no final. Se a 
criança não tiver se comportado, não dar o brinde. 
 É favorável dar brindes relacionados à odontologia 
 Apoiar atos/comportamentos desejáveis 
Objetivo: favorecer a repetição do comportamento adequado 
o Distração 
 Conversar, cantar ou contar algo para atrair a atenção da criança 
 Desviar a atenção do procedimento 
Objetivos: aumentar a capacidade da criança de lidar com o desconforto e a dor, diminuir a 
percepção dos estímulos desagradáveis e evitar o comportamento negativo ou de recusa. 
o Controle da voz 
 Alteração controlada e propositada do volume, tom ou pausa da voz para influenciar e 
orientar o comportamento do paciente 
 A técnica tem mais efeito sobre uma criança não colaboradora e birrenta do que 
aquela com medo e tímida 
 Mais eficiente quando aplicada assim que comportamentos inadequados são 
observados, do que quando estes já estão instalados 
 Contraindicações: Crianças que, devido a tenra idade, inabilidade, medicação ou 
imaturidade emocional são incapazes de entender e cooperar 
Objetivo: orientar comportamento, obter a atenção, inverter o comportamento negativo ou 
de rejeição e estabelecer autoridade 
o Modelação/modelamento 
 Observação de uma criança de comportamento adequado sendo atendida 
 Mostrar preferencialmente uma criança de mesma idade e gênero 
 Mais eficaz em pacientes medrosos, receosos e inibidos 
 Mais eficaz em pacientes que não têm experiência odontológica prévia 
Objetivos: aprender por observação e mudar ou estabelecer um bom comportamento através 
da experiência de outros. 
 
 Para apresentação do consultório e/ou de procedimentos: dizer‐mostrar-fazer e 
modelação 
 Durante os procedimentos: reforço positivo, controle da voz e distração 
 
 
 Restritivas 
o Imobilização física 
 Reduz ou elimina movimentos bruscos 
 Facilita a realização do tratamento 
 Protege o paciente e a equipe 
 Pode ser realizada pelo CD, pela equipe ou pelos pais 
 Podem ser utilizados equipamentos de contenção ou não 
Alana G. Menosso 16.1 
 
Indicações: pacientes que necessitam de diagnóstico e/ou tratamento e não apresentam 
condições de cooperar devido à falta de maturidade, deficiências físicas ou mentais, ou ainda 
quando outras técnicas de controle do comportamento já tenham sido utilizadas sem sucesso 
Deve ser cuidadosamenteexplicada aos pais! 
 
o Mão sobre a boca 
 Identificar problema potencial 
 Conversar com os pais sobre o possível uso da técnica (obter consentimento por 
escrito) 
 Aplicar a técnica 
 Demonstrar bom relacionamento com a criança após a técnica 
Objetivos: 
Obter a atenção da criança 
Estabelecer comunicação 
Eliminar rejeição ao tratamento odontológico 
Estabelecer reações de aprendizado 
Garantir segurança 
Técnica: 
Segurar firme a cabeça da criança e com uma mão tapar completamente a sua boca 
Falar ao seu ouvido em voz baixa e tom firme que você quer ajudá-la e que ela precisa te ouvir 
Estabelecer uma contagem para soltá‐la. 
 
o Anestesia geral 
Estado controlado de inconsciência acompanhado por perda de reflexos protetores, incluindo 
a capacidade de manter um canal independente de respiração 
Indicações: 
 Paciente com comprometimento físico e mental ou medicamentoso 
 Anestesia local ineficiente por causa de infecção aguda 
 Variações anatômicas ou alergias 
 Criança extremamente não cooperativa, amedrontada, ansiosa ou não comunicativa, 
com necessidades odontológicas importantes 
 Pacientes com trauma orofacial 
 Pacientes que de outra maneira não poderiam obter o tratamento necessário e para 
os quais o uso da anestesia geral pode proteger o psíquico em desenvolvimento 
 
ÓXIDO NITROSO 
Sedação consciente 
Efeito rápido 
Precisa da colaboração da criança 
 
MIDAZOLAN 
Depressão Sistema Nervoso Central 
Efeito rebote 
Ambiente hospitalar – segurança 
 
 
 
 
Alana G. Menosso 16.1 
 
Condicionamento do Responsável 
 Envolvê-lo de maneira orientada no tratamento 
 Focar no objetivo de ambos: a saúde bucal da criança 
 Explicar a necessidade odontológica da criança 
 Orientação antecipada 
 Esclarecer o possível comportamento da criança durante o tratamento 
 
PRESENÇA DO RESPONSÁVEL 
 Procurar criar empatia/parceria com a mãe 
 Salientar a importância do envolvimento do responsável 
 Solicitar consentimento para atendimento 
 Esclarecer como deverá se comportar - o responsável - 
antes durante e após atendimento 
 
Aspectos negativos da presença dos responsáveis: 
 Tamanho da sala 
 Demonstração de ansiedade 
 Atraso no tratamento 
 Dificuldade em estabelecer boa relação com a criança 
 
Aspectos positivos da presença dos responsáveis 
 Aumentam a segurança e capacidade para enfrentar situações fora do ambiente 
familiar 
 Facilitar diálogo e opções imediatas de abordagem comportamental – na verdade não 
é tão bom, porque o profissional é quem deve falar, não os pais. 
 Podem testemunhar a dificuldade do profissional – também não é uma coisa boa 
 Procurar empatia/parceria com a mãe 
 Salientar a importância do envolvimento do responsável 
 Solicitar consentimento para atendimento 
 Esclarecer como o responsável deve se comportar antes, durante e após o 
atendimento 
 
o Somente uma pessoa deve falar para/com a criança! 
 
Anamnese 
o Orientar isso antecipadamente 
Antes: esclarecer sobre o provável comportamento da criança 
Durante: combinar como deverá se comportar durante o tempo do atendimento 
Depois: enfatizar qual a postura após cada consulta 
 
Atendimento 
Anamnese detalhada 
Ter conhecimento prévio da criança 
Esclarecer quanto as normas de conduta para os pais e a criança 
 
 
Alana G. Menosso 16.1 
 
Comportamento não receptivo 
o Idade/desenvolvimento cognitivo imaturo 
o Orientação educacional 
o Desconhecimento da situação 
o Conhecimento por informação de alguém 
o Experiência prévia desagradável 
 
Choro 
o Depende da idade 
o Primeira consulta ou não? Não: como foi e o que fez nas outras consultas? Sim: Teve 
algum problema médico? O que foi falado? 
o Como se comporta em situações semelhantes? 
o Como os pais se sentem nestas situações? 
 
CONHECER A CRIANÇA 
 Apresentação (sem máscara) 
 Perguntas sobre a criança e o seu dia-a-dia (amigos, escola, esportes, o que gosta de 
fazer) 
 Contato físico 
 Estabelecer a relação com a criança 
 
 
1ª CONSULTA 
1) Apresentar-se e criar um clima amigável 
2) Apresentar os equipamentos, a cadeira 
Antes mesmo de a criança se sentar 
3) Procurar fazer determinadas perguntas da ficha clínica para a própria criança 
Se apresentar resistência: 
4) Incentivar que ela fale sobre suas preocupações e medos 
Eu entendo, outras crianças também têm essa preocupação, confie em mim 
5) Dizer‐mostrar-fazer 
6) Modelação 
7) Reforço positivo 
 
o É indicado que o atendimento seja iniciado pela escovação dos dentes 
 
 
Dentística em Odontopediatria – Prof Carla Miranda 
 
Função dos dentes decíduos: 
o Mastigatória 
o Fonética 
o Estética 
o Mantenedor de espaço para dentição permanente (se perde um dente antes do 
tempo, a vinda do dente permanente pode ser prejudicada, migração dos 
presentes ou perda de espaço). 
Alana G. Menosso 16.1 
 
 
Por esses motivos é importante a reabilitação na odontopediatria, tanto restaurações 
quanto tratamento de canal. 
 
A maioria dos casos de restaurações é por lesões cariosas, mas também podem ser 
restaurações defeituosas, traumatismo ou anomalias dentárias congênitas – causando 
desarmonias nas arcadas. 
 
 Evolução dos materiais dentários. 
 Preservação dos dentes e de suas estruturas: promoção, prevenção e 
manutenção da saúde bucal. 
 
Os principais materiais utilizados são: Ionômero de Vidro ou Resina Composta. 
O IRM é difícil pois as crianças não tem controle sobre a força e cuidado, então 
frequentemente são perdidos. 
O amálgama esteticamente não é favorável, mas ainda é muito utilizado, em unidades 
de saúde. Na odontopediatria não usa muito, pois precisa de cavidade retentiva, 
paredes convergentes para oclusal ou paralelas para segurar o material, e isso requer 
desgaste a mais da estrutura, e sendo o decíduo muito pequeno, pode comprometer a 
polpa. Não é conservador! 
 Importante identificar os fatores responsáveis pelo desenvolvimento da doença 
cárie. 
 Precisa conseguir fazer com que a atividade da doença seja mantida, para 
reabilitar. 
 
DIAGNÓSTICO E DECISÃO TERAPÊUTICA 
Tem atividade de cárie? Tem risco? 
Necessita de tratamento restaurador? 
Depende da criança, depende de cada caso, se vai ou não restaurar, e o que mais precisa fazer 
além do tratamento restaurador. 
 
Não restaurar: 
o Lesões não cavitadas 
o Lesões cavitadas com possibilidade de controle do biofilme 
 
Quando restaurar: 
o Lesões cavitadas sem possibilidade de controle do biofilme 
o Envolvimento estético 
o Estrutura comprometida 
 
Esmalte: monitoramento vigilante 
 
 Primeiro estacionar o processo, se as manchas tiverem comprometimento estético 
avaliar depois (?) 
Alana G. Menosso 16.1 
 
Ideal: monitorar, cuidar, para no momento adequado intervir. Porque a criança não se 
incomoda com isso, e sim, os pais. 
 
Dentina superficial: avaliar cada caso (monitoramento ou restauração) 
Dentina média a profunda: restauração 
Traumatismos: reabilitar 
 
 Utilizar cariostático, ou um selante, ou ainda, se não tem muito controle sobre o 
paciente, fazer a restauração. 
 
Objetivos da reabilitação 
 Permitir boa higiene bucal 
 Preservar o tecido pulpar (lesões profundas, tomar muito cuidado) 
 Possibilitar a integridade dos tecidos gengivais 
 Evitar fratura dental 
 Restabelecer a função 
 Obter boa estética 
 
Características do dente decíduo: 
o Polpa volumosa 
o Corno pulpar próximo a superfície externa (principalmente o mesial) 
o Menor espessura de esmalte e dentina 
o Molares com face oclusal estreita 
o Constrição no colo - desenho meio oval, ajuda a colocar melhor o grampo 
o Área de contato 
o Grau de colaboração do paciente infantil – planejar antes tudo o que vai fazer, qual 
material usar, etc. Evitar fazer procedimentos muito complicados 
o Padrão de desgaste dental – muitas vezes tem desgaste e não necessita de anatomia

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