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Odonto Rb & Agregados Odonto Rb & Agregados PROMOÇÃO DA SAÚDE EM ODONTOPEDIATRIA ODONTOLOGIA PARA GESTANTES E PARA BÊBES “No Brasil, foi revisado pela Sociedade Brasileira de Pediatria, com o objetivo de disseminar conhecimento para promoção de saúde oral pelos pediatras em todo território nacional, valorizando a odontologia como fundamental para a saúde geral e incentivando a primeira visita ao dentista, no surgimento do primeiro dente decíduo ou antes de um ano de idade, conforme preconizado pela American Academy of Pediatric Dentistry (AAPD) e Associação Brasileira de Odontopediatria” “Na atenção precoce é uma conquista da Odontologia, e representa a incorporação de um novo entendimento na abordagem das doenças bucais, fortemente centrada numa perspectiva preventivo-promocional”. ODONTOLOGIA PARA GESTANTES “Durante o período gestacional, a mulher está mais receptiva a adquirir novos conhecimentos, acrescentar hábitos que poderão influenciar positivamente a saúde do seu bebê. Pode ser um aspecto psicológico, mas de certa forma há uma maior preocupação com a sua saúde”. PORTAL DA EDUCAÇÃO “As diretrizes do Ministério da Saúde recomendam que a gestante marque consultas com o odontologista logo no pré-natal”. SAÚDE. Geralmente ocorre em duas consultas: - Uma consulta para saúde bucal da mãe - Outra consulta para saúde bucal do bebê OBS: No geral, iremos intervir no 2º trimestre de gravidez. ODONTOLOGIA PARA BÊBES “O campo de ação do odontopediatra é vasto, dinâmico e muito abrangente. Diz respeito à prevenção, ao diagnóstico e ao tratamento integral da criança em todos os aspectos relacionados com a boca nas diferentes idades e fases do desenvolvimento”. GAZETA DO POVO. “Embora a maioria dos bebês não tenha dentes até os seis meses de idade, o cuidado dental infantil é importante desde o início”. COLGATE Orientações aos pais sobre cuidados com a saúde bucal do bebê e das crianças – ABO- ODONTOPEDIATRIA As semanas na gestação, são acompanhadas de acordo com a última menstruação; Antes da erupção dos dentes, devemos higienizar a boca da criança removendo a saburra lingual, e também buscar desorganizar a placa bacteriana. É importante lembramos que nesta fase, a CRIANÇA, possui o substrato na cavidade bucal, mas ainda não existe o hospedeiro que é o DENTE. Odonto Rb & Agregados EDUCAÇÃO E PREVENÇÃO EM ODONTOPEDIATRIA A. Educação quanto aos aspectos psicológicos B. Educação quanto a forma de ação no consultório C. Informação aos pacientes a respeito dos dentes D. Higiene bucodental HIGIENE BUCODENTAL EM ODONTOPEDIATRIA I. OBJETIVOS Remover o substrato Higiene correta II. MOTIVAÇÃO Depende. Cada família tem um tipo de motivação diferente. Cabe a nós profissionais verificar a melhor forma de intervenção naquela família. III. MÉTODO DE ENSINO DE ESCOVAÇÃO A rotina mais simples possível Não negligenciar etapas do tratamento, por mais simples que seja Devemos ensinar a maneira correta de escovação Ensinar quando, como e onde escovar Introdução de hábitos saudáveis IV. TÉCNICAS DE ESCOVAÇÃO Posição de Starkey Criança em pé, posicionada de costas para a pessoa que vai desenvolver a escovação. Para arcada inferior – a mão esquerda da pessoa que vai executar a escovação deve estabilizar a mandíbula, e a mão direita deve empunhar a escova. Técnica de Fones Movimentos circulares das superfícies vestibulares A escova desloca-se através de um movimento circular sobre os dentes a medida que avança no arco dental Técnica de Stillman Modificada Movimentos vibratórios em 45 graus Uma escova com duas ou três fileiras de cerdas de consistência macia ou média é colocada com as extremidades das cerdas sobre a porção cervical dos dentes. É aplicada uma pressão de torção no eixo longitudinal do cabo da escova, forçando as cerdas em direção ao topo da coroa dentária. Técnica de Bass Odonto Rb & Agregados Essa técnica é indicada para pacientes com doença periodontal e permite a limpeza do sulco gengival sem causar ou agravar lesões na gengiva A escova deve ser posicionada em um ângulo de 45º em relação ao eixo longitudinal dos dentes. Os movimentos de escovação devem ser curtos e vibratórios, sem força excessiva e no sentido ântero-posterior, mantidos por cerca de dez segundos em cada região alcançada pela escova Na face mastigatória dos dentes os movimentos da escovação também devem ser curtos e anteroposteriores, porém é permitido usar maior pressão para limpeza dessa área. V. SEQUÊNCIA DE ESCOVAÇÃO A sequência ideal é aquela em que a criança melhor se adaptar É importante que tenha uma sequência. VI. EVIDENCIADORES Qualquer substância que evidencia a placa bacteriana Tem que sair na escovação Não pode manchar os dentes Serve para motivação e registro de índice O evidenciador é tirado com profilaxia ou com a escovação. Exemplos de Evidenciadores: Verde de Malaquita e fucsina VII. ESCOVAS DENTAIS Para a escolha da escova ideal, é necessário analisar os seguintes aspectos: CABO- verificar o melhor cabo, de acordo com a idade, com quem vai segurar a escova, ou seja, quem vai executar a escovação. CABEÇA - medir de acordo com a boca do paciente. CERDAS – macias, sempre homogêneas. Escova Dental Elétrica É importante como fator motivacional VIII. DENTÍFRICIOS Qual usar? É recomendado utilizar um dentifrício que tem flúor. A polêmica é em relação a quantidade de flúor. IX. CONTROLE DA PLACA BACTERIANA INTERPROXIMAL É controlada através da utilização do fio dental. Como utilizar o fio dental? Cortar de 25 a 45 cm Enrolar no dedo médio de ambas as mãos Odonto Rb & Agregados Entre os dedos indicadores de 2 a 3 cm Apoiar com o polegar X. HIDROTERAPIA São os irrigadores com jato de água Preferencialmente com jatos de água pulsátil Utilizado em pacientes que utilizam próteses extensas ou aparelhos ortodônticos XI. BOCHECHOS Deslocam os micro-organismos Mecanicamente eliminam partículas de restos de alimentos e micro-organismos São substitutos, mas não de maneira rotineira, somente em períodos específicos, como por exemplo, no pós-operatório. XII. HIGIENE BUCAL EM PACIENTES PORTADORES DE APARELHOS ORTODÔNTICOS Técnica oblíqua funciona bem para quem utiliza aparelho ortodôntico Sempre com supervisão do adulto XIII. RECOMENDAÇÕES ESPECÍFICAS SOBRE HIGIENE BUCODENTAL PARA PACIENTES EM DIFERENTES IDADES Cuidar com a quantidade de flúor Individualizar tamanho de escova e empunhadura Frequência de escovação (aumentar a freqüência, nunca diminuir) Individualizar habilidade motora fina Acima dos 6 anos conseguimos cobrar mais da crianças, pois começa a troca de dentes, ou seja, a criança já possui de dentes permanentes, e nesta idade a criança geralmente já apresenta uma melhor habilidade motora. Leitura: Capitulo 14: PAPEL DA POFILAXIA DENTAL Objetivos Enfatizar a importância de se educar pais e responsáveis a respeito dos benefícios da profilaxia dental e acompanhamento periódico; Bases Conceituais: Motivação do paciente e seu núcleo familiar quanto à prevenção das doenças bucais em bebês, crianças e adolescentes A instrução de higiene bucal e a profilaxia dentária profissional, em associação com a avaliação periódica da saúde bucal Analise da saúde do ponto de vista periodontal Controle da placa dental: prevenção de doenças periodontais e lesões de cáries Instrução de higiene bucal deve ser individual e direta – de acordo com a observação do cirurgião dentista Instruir o paciente também em relação ao sangramento durante a escovação Odonto Rb & Agregados Métodos mecânicos para higiene bucal de bebes – para dentes anteriores: uso de gaze ou fraldacom movimento suaves de fricção; assim que houver a erupção de molares – escova de dente manual acompanhada de fio dental; Instrução especial deve ser direcionada durante o período de irrupção dos primeiros e segundos molares permanentes, que apresentam maior suscetibilidade à cárie devido à maior retenção de placa, devendo ser realizada a escovação transversal ou escova unitufo; Para auxiliar no controle de placa em nível individual, a profilaxia dentária profissional constitui -se em uma eficiente opção. A periodicidade da profilaxia leva em conta avaliações individuais, que inclui: 1. História médica/saúde sistêmica atual incluindo medicamentos; 2. Idade e cooperação do paciente; 3. Colaboração do paciente e família; 4. Experiência de cárie pregressa e atual; 5. Histórico familiar de cárie; 6. Saúde periodontal atual e passada; 7. Histórico familiar de doença periodontal; 8. Higiene bucal; 9. Presença de placa; 10. Presença de gengivite; 11. Presença de cálculo; 12. Presença de mancha extrínseca; 13. Fatores locais que poderiam influenciar o acúmulo e a retenção de placa A profilaxia profissional pode ser executada com gaze, escova dental, escova elétrica, taça de borracha, escova rotatória e/ou instrumentos manuais, seguidos pelo uso do fio dental A profilaxia também pode ser realizada com a técnica do jato de bicarbonato de sódio, especialmente para remoção de manchas extrínsecas e em pacientes ortodônticos, devendo, entretanto, ser evitada sobre restaurações de resina e ionômero de vidro Aplicação tópica de Flúor: a necessidade do tratamento tópico de flúor é baseada nas Diretrizes para utilização do fluoreto da abo - odontopediatria. Uma proflilaxia profissional periódica deve ser realizada para: 1. instruir o responsável e a criança ou o adolescente quanto às técnicas apropriadas de higiene bucal 2. remover placa bacteriana, manchas extrínsecas e cálculo; Odonto Rb & Agregados 3. polir as superfícies rugosas para minimizar o acúmulo e a retenção de placa; 4. facilitar o exame clínico criterioso, favorecendo o diagnóstico e o controle de eventuais lesões cariosas ativas visíveis clinicamente ou a evolução de lesões subclínicas; 5. introduzir as crianças de baixa idade e os pacientes apreensivos aos procedimentos odontológicos Se nenhum “fator de identificação racional” está presente e o bebê, criança ou adolescente é considerado de baixo risco para o desenvolvimento das doenças cárie e periodontal, a profilaxia é realizada a critério do profissional Odonto Rb & Agregados PLANEJAMENTO E DECISÃO DE TRATAMENTO EM ODONTOPEDIATRIA ANATOMIA DO DENTE DECÍDUO E CRONOLOGIA DE ERUPÇÃO Anatomia dos dentes decíduos Características da dentição decídua Está completa com a erupção e oclusão dos quatro segundos molares decíduos +/- entre os 24 e 30 meses de vida Esse período estende-se até os 6 anos – erupção dos molares permanentes – dentição mista Vista Vestíbulo Ligual Dentes decíduos implantados verticalmente na base óssea apical – faces oclusais e incisais se dispõem num plano arco decíduo não apresenta curva de Spee Plano de oclusão dos dentes decíduos pode ser considera com uma linha ATM: próxima ao plano oclusal dos dentes inferiores e paralela a este plano; a medida que a criança vai crescendo a articulação fica em um plano mais alto devido ao crescimento facial Classificação dos arcos Tipo I de Baume: possui diastemas (diastema minínimo de 0,5mm) entre os dentes anteriores – mais favorável ao posicionamento dos permanentes Tipo II de Baume: não possui diastemas entre os dentes anteriores – pode apresentar maior tendência a apinhamento na região anterior Mistos – mais comum tipo I no superior e tipo II no inferior Espaço primata: localizado entre o canino e primeiro molar decíduo na mandíbula e entre incisivo lateral e canino, na maxila Frequência de espaços na dentição decídua: Buame 70% das crianças tipo I e 30% Tipo II em maxila; 63% Tipo I e 37% Tipo II na mandíbula Estudo de Albejante Prevalência de tipo I no sexo masculino em 51,31% e 56,76% Tipo II no sexo masculino Odonto Rb & Agregados Relação Distal: Pode ser de 3 tipos: 76% relação distal em plano 14%relação distal formando um degrau mesial para mandíbula 10% relação distal formando um degrau distal para a mandíbula Vista Ântero-Posterior Inferiores: longo eixo com ligeira convergência para lingual Superiores: ligeira divergência de apical para oclusal Fato que mostra que o longo eixo dos dentes superiores e inferiores apresenta paralelismo e a curvatura de Wilson não é condição normal desta dentição Vista Oclusal Triângulo Equilátero O arco inscrito numa circunferência que passa pela borda incisal de incisivos, cúspide de caninos, passa pelo centro do primeiro molar e escapa pela cúspide distopalatina do segundo molar decíduo Perímetro dos Arcos Meninos possuem o perímetro ligeiramente maior que as meninas em ambos os arcos Dentição Decídua - Crescimento Período após a erupção e oclusão dos segundos molares decíduos até o início da dentição mista Apesar de possuir apenas dentes decíduos, nesta fase ocorre uma série de mudanças preparatória para favorecer o crescimento e desenvolvimento da maxila e mandíbula Crescimento das bases ósseas - altura da face (processos alveolares) e no comprimento dos arcos – favorece o melhor acomodamento dos permanentes Crescimento posterior das bases ósseas – acomodar permanentes localizados por distal dos segundos molares decíduos Terceiro Plano de Crescimento em lateralidade – muito pequeno nas fases iniciais de dentição decídua; mais evidente no período de erupção dos incisivos permanentes Seguimento Anterior – ao aproximar-se da época de maior movimentação intra-óssea dos dentes permanente no seu caminho para erupção , em seus movimentos,procuram posicionar-se de forma mais alinhada o que leva ao aumento do segmento anterior Surto de Crescimento Mandibular – transformação de arcos superiores em diastemas para arcos espaçados Espaço Primata – Sofre modificações discretas na dentição mista, podendo ocorrer mudança em suas dimensões na fase de dentição mista Importância dos Dentes Decíduos: Atuar no desenvolvimento maxilar Odonto Rb & Agregados Mastigação, fonação e oclusão Guia para dentes permanentes irromperem na posição correta NOTAÇÃO DENTÁRIA Quadrantes TIPOS E FUNÇÕES DOS DENTES: • Incisivos (4): cortar / guiar alimento • Caninos (2): segurar e rasgar os alimentos • Molares (4): moer alimentos DENTIÇÃO DECÍDUA: • Diferença entre decíduos e permanentes Quantidade – 20 decíduos Coloração – Branca Opaca Tamanho – Menores e todas as dimensões •Características anatômicas dos decíduos Crista cervical (ou bossa) proeminente Raízes mais estreitas , delgadas (anteriores maiores) Esmalte mais permeável e mais facilmente desgastável Detalhes mais pronunciados Câmara pulpar – cornos pulpares acentuados rápida evolução de lesão de cárie para canal Quantidade de dentina em diferentes dimensões Quantidade de esmalte em porção igual por todo dente Molares – superfícies vestibulares e oclusais são expulsivas Odonto Rb & Agregados ESTUDO INDIVIDUAL DA ANATOMIA DOS DECÍDUOS -TRABALHO Cronologia de erupção • Incisivos Centrais SUP 2º • Incisivos Centrais INF 1º • Incisivos Laterais SUP 4º • Incisivos Laterais INF 3º • Caninos SUP 8º • Caninos INF 7º • 1os molares SUP 6º • 1os molares INF 5º • 2os molares SUP 10º • 2os molares INF 9º OdontoRb & Agregados PSICOLOGIA EM ODP: MANEJO DA CRIANÇA. É de suma importância que as consultas odontológicas durante a infância e adolescência sejam positivas, pois pesquisas mostram claramente que estas primeiras experiências têm um importante efeito no comprometimento durante a vida adulta A fim de promover um atendimento odontológico de qualidade às crianças, é necessário que o dentista que trabalha com a criança ou adolescente tenha um conhecimento básico do desenvolvimento infantil As várias técnicas de orientação do comportamento utilizadas devem ser adaptadas individualmente a cada paciente pelo profissional. O objetivo é diminuir o medo e a ansiedade da criança ao promover a compreensão da necessidade da saúde bucal e do processo para obtê-la - Princípios de psicologia e sua relação com a odontopediatria A) TEORIAS DO DESENVOLVIMENTO PSICOLÓGICO 1. Fase oral: Infância 0 a 1 ½ anos Fase em que a criança coloca tudo na boca Succção necessidade fisiológica 2. Fase anal Primeira Infância 1 ½ a 3 anos de idade Maturidade para o tratamento 3. Fase fálica (edipiana) Segunda Infância 3 a 5 anos de idade Paixão por um adulto do sexo oposto 4. Fase de latência Odonto Rb & Agregados Idade Pré-Escolar 5 a 12 anos de idade Interação social é muito importante 5. Fase genital Adolescência 13 a 19 anos de idade Fase da paixonite B) A RELAÇÃO HUMANA • Cirurgião-Dentista/pais O comportamento de comunicação dos dentistas é um fator primordial na satisfação do paciente. O dentista deve reconhecer que nem todos os pais expressam seu desejo de participação no tratamento. Alguns comportamentos do dentista estão correlacionados à baixa satisfação dos pais, tais como: a pressa nas consultas, não dedicar tempo na explicação dos procedimentos, impedir a presença dos pais no consultório e demonstrar impaciência. Mantenha os pais sempre informados. Enquanto perguntar sobre informações pessoais, sempre se lembre de envolver a criança na discussão quando apropriado A equipe odontológica deve trabalhar junta na comunicação com os pais e pacientes As decisões a respeito do uso de técnicas de adaptação do comportamento, à exceção da abordagem lingüística ou comunicativa, não podem ser feitas unicamente pelo dentista. Devem envolver um dos pais e, se for apropriado, a criança Para se obter o consentimento informado é fundamental explicar aos pais sobre a natureza, o risco e os benefícios da técnica a ser usada, e de todas as técnicas alternativas profissionalmente reconhecidas ou baseadas em evidência • Cirurgião-Dentista/criança Comportamentos do dentista como vocalização, direção, empatia, persuasão, dar ao paciente um sentimento do controle e condicionamento operante foram relatados como eficazes junto a pacientes não-cooperativos As crianças, assim como os adultos, tipicamente respondem melhor se forem tratadas como indivíduos, de certa forma conhecidos e especiais para o dentista Chamar a criança pelo nome quando se referir a ela ou ele e repetir isso frequentemente durante a consulta É importante que o dentista e a equipe odontológica falem com a criança (e não para ela) na mesma altura, tanto física como psicológica. Uma vez iniciado o procedimento, a habilidade do dentista em controlar e moldar o comportamento infantil torna-se de suma importância, e compartilhar a informação torna-se secundário Comunicação: Primeiramente pelo diálogo, tom de voz, expressão facial e pela linguagem corporal. 4 Ingredientes essesciais: 1) O emissor 2) A mensagem, incluindo a expressão facial e linguagem corporal do emissor; 3) O contexto ou ajuste no qual a mensagem é emitida; Odonto Rb & Agregados 4) O receptor. O nível de desenvolvimento cognitivo da criança ditará o nível e a quantidade de intercâmbio de informação que pode ocorrer Profissional deve ter compreensão básica do desenvolvimento cognitivo da criança assim como fazer uso do vocabulário apropriado Expressão corporal e expressão facial devem ser condizentes As 3 bases essenciais da comunicação não-verbal com o paciente infantil são: 1 "Eu vejo você como um indivíduo e atenderei às suas necessidades como tal"; 2 "Eu estou completamente preparado e sou altamente qualificado"; 3 "Eu sou capaz de te ajudar e não farei nada para te ferir desnecessariamente" Ambiente: O consultório odontológico pode ser montado de uma forma amigável para a criança: Temas de decoração Brinquedos Jogos apropriados a idade Sala de tratamento com móveis em menor escala C) MEDO Múltiplos estudos demonstraram que uma minoria das crianças com comportamento não- cooperativo tem medos odontológicos e que nem todas as crianças medrosas apresentam problemas de comportamento na situação As reações da criança ao tratamento odontológico podem ser influenciadas por diversos fatores como: idade da criança e seu nível cognitivo; características de temperamento; personalidade; ansiedade e medo; reação ao desconhecido; experiências prévias e ansiedade materna • Evolução do medo • Etiologia – bagagem – experiências em casa • Medo objetivo – vivido pela criança • Medo subjetivo – Imposto por alguém Odonto Rb & Agregados • Quadros clínicos do medo – Hospitalização, morte familiar, nascimento de irmão • Medo do desconhecido e do inesperado • Ansiedade, demostrado por: Choro Birra Desenvolvimento físico e emocional da criança • Do nascimento – relação da criança com a família • Do nascimento aos 3 anos – fala e uso de fraldas – observar aspectos cognitivos • Do período pré-escolar – Dominar a linguagem e testar limites motores • Dos 6 aos 10 anos – mescla realidade e fantasia • A partir dos 10 anos – Abandono por atividades escolares e educacionais COMPORTAMENTO INFANTIL EM RELAÇÃO AO DESENVOLVIMENTO IDADE COMPORTAMENTO Até os 2 anos Pouca habilidade para entender procedimentos odontológicos Praticamente impossível estabelecer uma comunicação efetiva Mesmo sem cooperação o exame bucal em alguns casos pode ser feito sem sedação Aos 2 anos Habilidade de comunicação varia de acordo com o desenvolvimento do nível do vocabulário A dificuldade na comunicação coloca a criança em um estágio ‘pré- cooperativo’ Elas preferem permanecer mais solitárias a compartilhar com os outros Muito jovens para serem condicionadas apenas por palavras Tímidas quando encontram pessoas (incluindo o dentista) e lugares novos Permitir a criança o manuseio e toque de objetos para entender seus significados As crianças nesta idade devem estar acompanhadas dos seus pais Aos três anos São menos egocêntricas e gostam de agradar os adultos Imaginação muito ativa o uso de histórias pode ser útil na comunicação Em momentos de estresse, podem se voltar aos pais e não aceitar explicações de um estranho Se sentem mais seguras se um dos pais permanecerem com elas até se familiarizarem com o dentista e auxiliar Abordagem positiva pode ser adotada Aos 4 anos Ouvem com interesse e respondem bem a comandos verbais Imaginação fértil e podem ser ótimas durante a conversa, tendendo até ao exagero Participam de grupos sociais pequenos Odonto Rb & Agregados Podem ser cooperativos, porém alguns podem ser desafiadores e tentar impor suas visões e opiniões São familiares e respondem bem ao “obrigado” e ao “por favor Aos 5 anos Interagem cooperativamente com os colegas e geralmente não têm medo de deixar os pais para uma consulta odontológica não têm medo de novas experiências Têm orgulho dos seus pertences e comentários sobre vestuário podem ser usados efetivamente para estabelecer uma comunicação e atingir uma harmonia Já devem ter abandonadoobjetos de conforto como cobertores ou o hábito de chupar o dedo Aos 6 anos Estão na escola e já se afastam da segurança da família, iniciando sua independência dos pais Para algumas crianças, essa fase de transição pode causar uma considerável ansiedade com crises de gritos, birra e até mesmo briga dos pais Plguns podem apresentar aumento da resposta ao medo Influências familiares e conselhos aos pais A) Ansiedade da mãe B) Desajustes familiares – pode ser contínuo ou crônico C) Preparo da criança para ir ao Cirurgião-dentista – evitar o uso de extremos; usar frases curtas e pontuais A informação fornecida aos pais ajudará a ajustar expectativas com relação à visita inicial D) Orientação aos pais e acompanhantes – se possível antes da primeira consulta marcar um horário apenas com os pais para passar as informações... Falar para não enganar a criança e para manter a calma etc E) Comportamento dos pais no consultório odontológico F) Presença da mãe na sala de consulta - Até os 3 anos OK - +3 ideal é estar a recepção A ausência da mãe pode ser usada para ganhar a cooperação durante o tratamento A presença ou a ausência materna pode variar Objetivos: Os objetivos de presença/ausência materna são: 1. ganhar a atenção do paciente e melhorar a colaboração; 2. evitar o comportamento do negativo ou de recusa. 3. estabelecer papéis apropriados na relação dentista-criança; 4. realçar uma comunicação eficaz entre o dentista, a criança e os pais; 5. minimizar a ansiedade e conseguir uma experiência dental positiva. Indicações: Pode ser usado em todos pacientes. Contra-indicações: Pais que não têm desejo ou capacidade de dar apoio afetivo (quando necessário) Métodos empregados para conhecer e relacionar-se com crianças •Método do inquérito ou da anamnese Odonto Rb & Agregados - Realizada com os pais e a criança •Método da observação •Método da experimentação Barreiras: Atrasos no desenvolvimento, incapacidade física ou mental e a doença aguda ou crônica são razões potenciais para a não colaboração. Medos transmitidos dos pais, uma experiência odontológica ou médica desagradável precedente, preparação inadequada para o primeiro encontro no ambiente odontológico ou práticas familiares disfuncionais Alguns métodos para aliviar tais barreiras: Avaliação do nível de desenvolvimento da criança; suas capacidades físicas e motoras; seu nível de compreensão Técnicas Específicas utilizadas em odontopediatria Estas técnicas não podem ser avaliadas numa base individual, mas devem ser consideradas dentro do contexto da experiência odontológica de cada criança. Cada técnica deve ser integrada a uma abordagem de aproximação geral, porém individualizada para cada criança. Consequentemente, a orientação do comportamento é tanto uma arte como uma ciência. Os dentistas são incentivados a utilizar as técnicas da adaptação do comportamento compatíveis com seu nível de instrução profissional e experiência clínica. Desde que as crianças exibam um nível avançado de desenvolvimento físico, intelectual, emocional e social, e uma diversidade de atitudes e temperamento, é importante que os dentistas tenham múltiplas técnicas de orientação do comportamento para ir ao encontro das necessidades individuais de cada criança Além de estabelecer um relacionamento com a criança e permitir a conclusão bem sucedida de procedimentos odontológicos, estas técnicas podem ajudar a criança no desenvolvimento de uma atitude positiva para a saúde bucal DIGA-MOSTRE-FAÇA: Explicações verbais Demonstrações para o paciente Sem desviar da explicação e da demonstração, faz-se Objetivos: os objetivos do “Diga-Mostre-Faça” são: 1. Ensinar os aspectos importantes da visita odontológica e familiarizar o paciente com os elementos do consultório; 2. Moldar a resposta do paciente aos procedimentos através da dessensibilização ante expectativas bem definidas Odonto Rb & Agregados Indicações: Pode ser usado em todos pacientes. Contra-indicações: Nenhuma *crianças com deficiências CONTROLE DE VOZ: Alteração controlada do volume, do tom ou do ritmo Avisar aos pais sobre o uso da técnica - pais não-familiarizados com esta técnica podem beneficiar-se de uma explicação antes de seu uso a fim de impedir um mal-entendido. Objetivos: Os objetivos do controle da voz são: 1. Ganhar a atenção e a cooperação do paciente; 2. Prevenir o comportamento negativo ou a recusa da criança; 3. Estabelecer papéis apropriados na relação “adulto-criança”. Indicações: Pode ser usado em todos pacientes. Contra-indicações: Pacientes com problemas de audição. Formular um comando prévio com uma voz assertiva, e com a expressão facial e linguagem corporal apropriadas, é a base para a técnica do controle da voz. Embora o controle da voz seja classificado como um dos meios da orientação comunicativa, ele pode ser considerado de natureza aversiva por alguns pais. COMUNICAÇÃO NÃO VERBAL: Postura, expressão facial e linguagem corporal do profissional. Objetivos: Os objetivos de uma comunicação não-verbal são: 1. aumentar a eficácia de outras técnicas de abordagem comunicativa; 2. ganhar ou manter a atenção e a cooperação do paciente. Indicações: Pode ser usado em todos pacientes. Contra-indicações: nenhuma REFORÇO POSITIVO: Feedback apropriado Recompensar comportamentos desejados Reforçadores não sociais como lembrançinhas e brinquedos podem ser usados Objetivo: Reforçar o comportamento desejado. Indicações: Pode ser usado em todos pacientes. Contra-indicações: Nenhuma. • DISTRAÇÃO Desviar a atenção do paciente do que possa ser percebido como um procedimento desagradável Ex.: Pausa curta após um procedimento longo Objetivos: Os objetivos da distração são: 1. Diminuir a percepção dos estímulos desagradáveis; 2. Evitar o comportamento do negativo ou de recusa. Odonto Rb & Agregados Indicações: Pode ser usado em todos pacientes. Contra-indicações: Nenhuma Contenção caiu em desuso, caso necessite já é feita a sedação EXAME CLÍNICO, DIAGNÓSTICO E PLANO DE TRATAMENTO EM ODONTOPEDIATRIA Odontologia passou do enfoque puramente curativo e restaurador, no qual se baseava, para a valorização da prevenção. Hoje, o tratamento visa à intervenção do profissional ao mínimo grau necessário e estimula a participação do paciente no processo saúde-doença. O exame do paciente tem como objetivo a coleta de dados, que, por sua vez, constitui a base do diagnóstico Sucesso = anamnese correta, exame clínico completo, diagnóstico e plano de tratamento adequados Recolher o maior número de dados possível, fornecidos pelo paciente durante a anamnese e nos exames clínico e radiográfico Igual ao do adulto Determina o sucesso do tratamento 3 Tipos: Emergencia: colhe o mínimo de informações para o tratamento ser rápido e preciso; é necessário diante de processos agudos e de emergência, principalmente nos casos de dor, abscessos agudos, traumatismos, entre outros. DEVE SER: Rápido e preciso – sucesso está relacionado com a capacidade do dentista no diagnóstico de doenças agudas; Panorâmico: Visão geral; Rápida avaliação das condições gerais da criança – breve exame da boca, RX, e pequeno questionário de saúde relacionado queixa principal. Finalidade: detectar doenças visíveis na busca superficial e indicar o exame completo. Realizado em triagens odontológicas; Completo: Sistemática total Anamnnese, exame clínico e exames complementares; Procura obter o máximo de informações com o objetivo de conseguir o melhor diagnóstico. “Em Odontopediatria, a fim de se estabelecer um plano de tratamento que comporte as necessidades de cada paciente, deve-se observar que ele deverá envolver não só a criança, mas, também, a família e o meioambiente em que ela vive, para que o sucesso do tratamento seja alcançado e mantido de maneira satisfatória para todos: criança, familiares e profissionais.” Diagnóstico Prognóstico Plano de tratamento Ficha Clínica: para ser completa, além dos dados de identificação, anamnese, informações clínicas, odontograma e plano de tratamento, necessita, fundamentalmente, da síntese diagnóstica e do relatório final. Anamnese ou história clínica: entrevista com os pais ou responsável, que seja capaz de dar informações claras e precisas sobre a criança. A história clínica é o primeiro passo na evolução do diagnóstico, por meio de interrogatório bem dirigido e agradável, sendo de extrema importância, pois representa o início da interação perfeita dentistacriança-pais Odonto Rb & Agregados História Médica: Apanhado geral da saúde do paciente História Médica Passada: história médica pregressa consiste em obter informações sobre possíveis doenças sistêmicas com alguma gravidade, como doenças cardiovasculares, alergias, doenças da infância, febre reumática, reações a anestesias anteriores. Condições de saúde geral da família, doenças infecciosas, tratamentos medicamentosos e cirúrgicos que a criança recebeu, bem como o ambiente em que vive, que possam estar contribuindo para sua doença atual. Considerar ainda os antecedentes hereditários e o comportamento psicológico da criança e dos seus pais. História Médica Atual: Pesquisar os problemas médicos atuais e os medicamentos que a criança porventura utiliza no momento. Caso a criança apresente algum problema atual, torna-se indispensável que o dentista mantenha contato com o pediatra dela, no sentido de saber detalhes a respeito da enfermidade presente e que orientarão sobre a conduta clínica a ser tomada, pois é comum, nesses casos, a criança estar sob medicação ou outra terapêutica que possam influenciar no tratamento dentário de maneira relevante. conhecer a condição da carteira de vacinação, o estado geral de saúde, se há algum tratamento médico em andamento, os problemas respiratórios ou outros que possam interferir na condução do tratamento dentário Antecedentes Hereditários: Suspeita de doenças herdadas Indice de cárie familiar Problemas ortodônticos de parentes Hábitos: Higiênicos: hábitos profiláticos do paciente – quantas vezes escova os dentes, se escova sozinho ou com o auxílio da mãe, se faz uso de fio dental etc. Nocivos: se o paciente apresenta hábitos deletérios à saúde bucal, como chupar dedos ou chupetas, onicofagia, bruxismo, hábitos deletérios de postura lingual e respiração bucal Alimentares: se o paciente faz uso de mamadeiras, especialmente da noturna, chás e outros líquidos açucarados, além de ingerir guloseimas entre as refeições. EXAME CLÍNICO E DIAGNÓSTICO “Dá-se normalmente com o uso dos sentidos naturais humanos na análise dos sinais, classicamente definidos como: inspeção, palpação, percussão e auscultação.” INSPEÇÃO Odonto Rb & Agregados Avaliação visual; É utilizado no primeiro contato com a criança, ao ver ela na recepção; Observar sinais que mostrem um desvio de padrão de normalidade; Observam-se traços: anatômicos, fisiológicos e psíquicos da criança; PALPAÇÃO Uso da sensação tátil de estruturas normais e detecção de estruturas anormais; Cadeias ganglionares devem exigir cuidados especiais; Exemplo:a parotídea, com localização anteroinferior à orelha, a submandibular, sob a borda inferior da mandíbula e a submentoniana. (linfonodos) PERCUSSÃO Associa o contato físico ao sentido auditivo Seu uso é bastante restrito no exame diagnóstico odontopediátrico, em razão da possibilidade de desencadear sintomatologia dolorosa além de produzir sensações que podem ser erroneamente interpretadas pelas crianças. AUSCULTAÇÃO Interpretações de alteração na articulação temporomandibular (ATM) ou crepitações na análise de fraturas. EXAME CLÍNICO GERAL Coleta de informações sobre possíveis alterações que possam indicar doenças de ordem sistêmicas Estatura/Peso Movimentos Fala Mãos – estado emocional Pele EXAME EXTRABUCAL REGIONAL Inicialmente dirigido à região da cabeça e do pescoço Cabeça – variações em tamanho, forma, assimetrias Olhos – miopia, exoftalmia e doenças inflamatórias; Movimentos do globo ocular – indicação de estrabismo e paralisia Ouvidos - Distúrbios auditivos e relatos de vertigens Nariz – observar condição anatômica, possíveis obstruções, rinites, sinusites alérgicas – alterações na respiração bucal estabelecem princípios para tratamentos periodontal e ortodôntico Pescoço – palpação ganglionar - Linfonodos, cervicais, submandibulares e occiptais ATM - Palpação e auscultação da articulação temporomandibular. Simetria bucal, dimensões e o tipo facial ortodôntico básico NOTAÇÃO DENTÁRIA Para a dentição permanente, os quadrantes são representados pelos números de 1 a 4 e a decídua, de 5 a 8, ou seja, o algarismo 1 identifica o quadrante superior direito, o 2 o Odonto Rb & Agregados superior esquerdo, o 3 o inferior esquerdo e o 4, o inferior direito, para a dentição permanente. Os algarismos de 5 a 8 correspondem aos quadrantes da dentição decídua. Os dentes presentes nos quadrantes recebem números de 1 a 8 para os permanentes e de 1 a 5 para os decíduos, dispondo-os da linha média para posterior (de incisivos para molares) EXAME CLÍNICO INTRABUCAL Apreciação direta expressiva e palpação digital das estruturas bucais, necessitando o profissional de boa fonte de iluminação para a visualização confortável das estruturas anatômicas. Instrumentais: espelho bucal infantil, sonda exploradora, pinça clínica, espátula de madeira, gaze, algodão, fio dental e, ainda, como auxiliares do exame físico bucal, substâncias evidenciadoras de placa bacteriana e pastas profiláticas. Conduzir de forma padronizada: condições dos tecidos moles bucais, a análise da oclusão em desenvolvimento e, por fim, as anomalias dentárias eventualmente observadas. Tecidos moles que incluam orogaringe, tonsilas e úvula Higiene Bucal e condição periodontal Tecidos duros dentais EXAME DOS TECIDOS MOLES Lábios: mucosas labial e bucal; cor e textura teciduais, inserção muscular dos freios labiais e tonicidade ou, ainda, a possíveis lesões da mucosa bucal, representadas por manchas, pápulas, vesículas e ulcerações; Palato: palato duro e mole; cor, textura, ductos, rugosidades e presença de lesões; Orofaringe: tonsilas e adenoides Assoalho Bucal: glândulas salivares sublingual e submandibular, presença de linfonodos e lesões Língua: tonalidade, forma, presença de papilas linguais, ulcerações e pigmentações, higiene, inserção do freio Periodonto: prevenção – observar cor, contorno e textura, sondagem e sangramentos; Higiene; EXAME CLÍNICO DENTÁRIO Em geral, o exame clínico dentário consta da avaliação da cor, da forma, do tamanho, do número, identificando cada dente; A presença de erosão, abrasão e fraturas, as condições das restaurações presentes, a mobilidade dentária e a relação de contato dos dentes devem ser observadas com rigor; Presença de cáries e/ou lesão cariosa; Realizar profilaxia prévia; Acompanhar por quadrantes e avaliar cada dente isoladamente “O exame diagnóstico da cárie dentária pode ser realizado com métodos alternativos às sondagens realizadas pelo uso do explorador. São usados recursos da inspeção visual (após profilaxia profissional para a remoção da placa bacteriana), exame radiográfico (radiografias interproximais) e exame tátil (uso da sonda da OMS).” Odonto Rb & Agregados EXAME DE OCLUSÃO “O estudo da oclusão, em especial em Odontopediatria, está relacionado com o processo dinâmico de desenvolvimento dentário e o padrão de crescimentoósseo referente à faixa etária da criança.” A consideração da análise da oclusão faz-se distintamente para as dentições decídua e mista. Dentição Decídua: observar os tipos de arcada (tipos I, II de Baume ou misto); a presença de espaços primatas, a relação terminal do segundo molar decíduo, chave de caninos, sobressaliência e sobremordida e a presença de mordida cruzada. Dentição Mista: relações molar e canina, a relação incisiva e as mordidas cruzadas. O exame clínico rotineiro da oclusão abrange a observação do perfil e da simetria facial, a linha média dentária, a relação esquelética maxila/mandíbula, a posição dos lábios no perfil da porção inferior da face e a sequência de erupção, quando o caso for específico Trabalhar em conjunto com a Ortodontia e Ortopedia – solução de casos de maloclusões e problemas de crescimento e desenvolvimento. EXAMES COMPLEMENTARES Adicionados ao exame clínico, permitem a elaboração conclusiva do diagnóstico, fornecendo, ainda, subsídios ao prognóstico, ao plano terapêutico e à preservação do paciente. - Radiográficos - Laboratoriais EXAMES RADIOGRÁFICOS: exame radiográfico odontopediátrico, são preconizadas apenas as radiografias necessáriase de controle, em virtude da proteção contra a exposição exagerada da criança às radiações ionizantes. Observar radiograficamente, além das estruturas já citadas, a presença de dentes supranumerários, a relação espacial do dente decíduo com o germe sucessor, a sequência de irrupção e o equilíbrio rizólise-rizogênese. EXAMES LABORATORIAIS: aqueles indicados devem revestir-se de valor prático definido, de tal forma que o cirurgião-dentista saiba indicá-lo, bem como interpretar seus resultados. Os exames de laboratório amplamente utilizados são: biópsia para o exame anatomopatológico, tempo de sangramento e de coagulação DIAGNÓSTICO: O diagnóstico de crianças não envolve apenas a identificação da doença e a distinção entre uma e outra, como também inclui o reconhecimento de outras condições que representam um desvio da condição esperada ou desejada. PROGNÓSTICO: Deve prever, com base na doença ou anomalia presente e em experiência anterior, a avaliação relativa à evolução, duração e cura da doença. Considerar: tipo de doença, dano anatomofuncional produzido, efetividade dos recursos terapêuticos, estado geral de saúde da criança e, principalmente, as condições psicológicas Odonto Rb & Agregados PLANO DE TRATAMENTO “Todo e qualquer tratamento em Odontopediatria deve ter três objetivos básicos: a prevenção da cárie dentária, da doença periodontal e das maloclusões.” Antes de iniciar qualquer procedimento de tratamento, devem ser informados aos responsáveis o estado atual da saúde bucal da criança, o plano de tratamento e sua sequência. O estabelecimento do plano de tratamento definirá os trabalhos que deverão ser feitos, o que não impede que venham a ocorrer modificações durante o tratamento propriamente dito. 1. EMERGÊNCIAS A urgência das necessidades odontológicas da criança deve ser considerada no planejamento do tratamento. Pode ser apropriado adiar ou modificar o tratamento até que o cuidado rotineiro possa ser realizado utilizando técnicas apropriadas de adaptação do comportamento. Dor e Trauma Opções: Conservação da polpa; Extirpação pulpar e tratamento endodôntico; Exodontia Sempre que possível, a exodontia deve ser postergada, optando-se pelo tratamento conservador na emergência; Caso a criança que necessita de tratamento de emergência apresente-se com múltiplas lesões de cárie, deve-se dar primeiro atenção à queixa principal (emergência) Os casos de traumatismos em dentes anteriores decíduos e permanentes, com frequência, constituem-se em atendimento de emergência Podem-se encontrar, ainda, em caráter de emergência, algumas afecções em tecidos moles, sendo as mais frequentes na clínica infantil as estomatites bacteriana, micótica (monilíase) e virótica (herpética). 2. TRATAMENTO MÉDICO-SISTÊMICO “Quando a anamnese e o exame clínico sugerirem a existência de problema de origem geral, o cirurgião- dentista deverá consultar o médico da criança, para se assegurar da saúde e segurança desta durante o tratamento. Em caso de dúvida por parte dos pais e suspeita do profissional, é aconselhável o encaminhamento para que seja feita uma avaliação antes de se iniciar o tratamento dentário.” Consultar o pediatra da criança Ver a relação entre os procedimentos a serem realizados por você dentista e a saúde da criança Interações medicamentosas 3. EDUCAÇÃO DO PACIENTE Imprescindível para o sucesso e continuidade do tratamento Além de educar o paciente, o profissional deverá saber motivá-lo o suficiente para obter a sua cooperação. Inicialmente avaliar quanto a sucetibilidade à cárie e sua frequência; Pesquisa da dieta, consumo de alimentos cariogênicos; Ensino da escovação dental Odonto Rb & Agregados Orientação de higiene bucal – feita após a evidenciação de placa com soluções evidenciadoras; Valorizar a importância da presença de biofilme como fator etiológico das doenças, bem como a forma de evidencia-la; 4. TRATAMENTO PREPARATÓRIO Cárie principal problema da clínica odontopediatrica Pacientes portadores de cárie ativa ou rampante devem ser submetidos a tratamentos preparatórios que visem a eliminar e controlar o quadro antes de se iniciar o tratamento restaurador, ortodôntico ou protético. O tratamento preparatório consiste basicamente em adequação do meio bucal e eliminação de focos. Assim, a adequação do meio bucal consiste na eliminação dos fatores que colaboram para manter o pH do meio baixo, favorecendo o processo de desmineralização dentária em detrimento da remineralização diminuir a ingestão de alimentos cariogênicos, realizar controle periódico e remoção de placa bacteriana da superfície do esmalte e de todas as lesões dentinárias; 2 Tipos de Lesões Cariosas: desenvolvimento agudo, doloridas e de evolução rápida; e de desenvolvimento crônico, indolores e pigmentadas saber diferenciar pois possuem diferentes tratamentos! Lesão de Cárie de Desenvolvimento Agudo: Dentina mais permeável; Túbulos dentinários normais; Processos operatórios como preparo cavitário, proteção pulpar e restauração definitiva necessitam de cuidados prévios destinados a promover o restabelecimento da polpa às suas condições normais e estimular a formação de dentina esclerosada e reparadora. Lesão de Cárie de Desenvolvimento Crônico: Dentina impermeável; Túbulos dentinários esclerosados; Adequação do meio: sempre indicado em casos de lesões agudas forma rápida e eficaz de reduzir a microbiota Cáries Profundas: Cuidado extremo – diagnósticos de doença pulpar Obturação temporária pode induzir a formação de abscessos em decorrência da baixa capacidade reparadora da polpa ou por uma polpa em fazes de degeneração ou, mesmo, já mortificada. Medidas Preventivas De Controle De Carie: Remineralizarão do esmalte em casos de mancha branca e porosidades superficiais aplicação tópica de flúor na forma de vernizes e géis; Pacientes com alto risco de cárie ou que apresentam dentes permanentes recém irrompidos bochechos com soluções fluoretadas Odonto Rb & Agregados “A eliminação de focos deve ser realizada, sempre que possível, antes do tratamento restaurador.” 5. EXODONTIA “A exodontia, quando tem caráter de emergência, por consequência de infecção, dor ou traumatismo deve receber atenção precoce no plano de tratamento.” Indicação: só é feita após serem esgotadas todos os recursos clínicos para manter o dente na arcada; RX: Preceder todas as exodontias; Dando informações como: Grau de de rizólise (absorção das raízes) do dente decíduo, proximidade com o germe do sucessor permanente,grau de rizogênese (fechamento do ápice) do permanente e a condição do tecido ósseo de suporte; Reabsorção radicular acentuada – exodontias em geral são simples; Sempre que possível, iniciar a extração pelos dentes superiores posteriores em razão da maior facilidade da técnica anestésica; Perdas precoces de dentes decíduos – fechamento de espaço e alta porcentagem de maloclusão; “Quanto maior o tempo entre a exodontia e a irrupção do permamente, maior a possibilidade de má posição do permanente” Levar em conta o aspecto ortodôntico 6. TRATAMENTO PULPAR Dentes cariados com possibilidade de comprometimento pulpar – Rx para verificar Levar em consideração: condição pulpar, o período em que o dente permanecerá na boca, o tipo de restauração a ser indicada, o tempo total de tratamento e a cooperação necessária por parte do paciente, bem como o custo do tratamento. Considerar o equilíbrio rizólise-rizogênese-erupção Dentes Permanentes jovens portadores de cáries profundas em fase aguda: optar sempre que possível pelo tratamento conservador da vitalidade pulpar polpa com grande potencial reparador 7. SELANTES DE FÓSSULAS E FISSURAS “Como parte do tratamento preparatório, antes do tratamento restaurador, propõe-se a aplicação de selantes de fóssulas e fissuras à base de ionômeros de vidro, especialmente em dentes permanentes recém-irrompidos e em erupção, com o objetivo de beneficiar as superfícies oclusais rígidas e ainda não maturadas.” Fóssulas e fissuras de permanentes favorecem a retenção de detritos alimentares – alta frequência de cárie na superfície oclusal de molares (principalmente em dentes recém irrompidos); Selantes à base de bisfenol glicidil metaerilato (BIS-GMA): indicados para dentes posteriores decíduos e permanentes, sem cáries proximais e oclusais. Eventualmente, poderão ser aplicados no cíngulo de incisivos superiores ou em algumas irregularidades de esmalte; Os percentuais de redução do índice de cárie têm-se apresentado altamente significantes com o uso deste método de selamento oclusal, tanto para dentes decíduos como para permanentes; O selante ionomérico tem sido preferido ao selante resinoso por causa de suas propriedades de biocompatibilidade, adesão, liberação de fluoretos e manutenção da higidez da camada Odonto Rb & Agregados superficial de esmalte, sem a necessidade de realizar ataque ácido; acelera o processo de maturação pós eruptiva, favorecendo a liberação de íons flúor para superfície do esmalte dentário, auxilia no vedamento de fóssulas e fissuras; ALÉM DISSO superfícies inicialmente desmineralizadas pelo processo carioso podem sofrer acelaração da remineralização por este procedimento, com a paralização ou até mesmo reversão do processo, favorecendo a cicatrização ou cronificação de lesões incipientes; Controle do Selante: feito semestralmente – caso haja perda do material pode ser reaplicado; Dentes decíduos podem receber o mesmo tipo de tratamento caso tenha necessidade; 8. TRATAMENTO RESTAURADOR Antes de se restaurar o dente decíduo, alguns fatores, além da cárie, devem ser considerados, como: Idade da criança Grau de acometimento da cárie Condição do dente e do osso de suporte (observado em radiografias) Época de esfoliação normal Consequência de sua remoção ou manutenção em relação à saúde da criança Avaliação do espaço na arcada dentária. Toda e qualquer restauração a ser executada em dentes decíduos deve obedecer à oclusão e respeitá-la, visando à reconstrução correta do diâmetro mesiodistal e da altura cérvico-oclusal, a fim de evitar problemas ortodônticos futuros. Escolha do material restaurador: necessidade funcionais da restauração proposta, avaliação do risco de cárie do paciente e do resultado estético desejado; Dentes Decíduos com destruição extensa da coroa, opções: Dentes Posteriores: coroas de aço, blocos metálicos fundidos, restauração de amálgama (ainda é uma possibilidade, mesmo perdendo espaço para as restaurações diretas e indiretas com resinas compostas) Dentes Anteriores: coroas de resina composta associada ou não a coroas de acetato, bem como matrizes confeccionadas pelo próprio profissional são as escolhas atuais. Desde que possível, o tratamento restaurador deve ser realizado por quadrantes, começando pelos dentes posteriores superiores. O isolamento deve estar sempre presente, favorece a obtenção de trabalhos com elevado padrão de qualidade 9. ORTODONTIA PREVENTIVA O exame da oclusão deve ser realizado sistematicamente e, como rotina em todo e qualquer paciente, com o objetivo de detectar não só os problemas presentes, como também os riscos de desvios potenciais dos padrões aceitáveis da oclusão. Ter o diagnóstico preciso antes de tentar corrigir Consultar o profissional da especialidade, caso o odontopediatra e/ou clínico não tenham conhecimentos suficientes em Ortopedia e Ortodontia Preventiva. Odonto Rb & Agregados PROFILAXIA E ATF (APLICAÇÃO TÓPICA DE FLÚOR – QUANDO NECESSÁRIA) Entre os diferentes métodos utilizados na prevenção da cárie dentária, as aplicações tópicas de soluções fluoretadas têm demonstrado apreciável redução da incidência de cárie, em cerca de 40% dos casos; Os benefícios preventivos do flúor são muito maiores no dente recém-irrompido, cujo esmalte não se apresenta completamente calcificado, sendo, por isso, mais suscetível ao ataque carioso, principalmente durante os primeiros meses após a sua irrupção; Assim, as aplicações tópicas de flúor contribuirão para aumentar a concentração de flúor no esmalte superficial, tornando-o mais resistente ao desenvolvimento da cárie; A frequência das aplicações deve ser ditada pelas condições e necessidades apresentadas por cada paciente; Semestralmente durante todo o período de maior suscetibilidade à cárie, até 2 anos após a irrupção dos permanentes – até o paciente completar 15 anos; Atenção especial deve ser dada aos pacientes com alta suscetibilidade à cárie ou portadores de lesões ativas; As aplicações de flúor nas lesões de manchas brancas e no esmalte desmineralizado são eficazes em qualquer idade Outra forma de aplicação tópica – BOCHECHOS com soluções fluoretadas (simplicidade e economia) Indicação de bochechos: Com cárie rampante, pelo menos, enquanto persista a alta suscetibilidade à cárie Portadores de aparelhos ortodônticos, que favorecem o acúmulo de placa bacteriana Com grandes reabilitações e múltiplas margens de restaurações que apresentam locais de alto risco de cáries Que, por causa do uso de medicamentos, cirurgia, radioterapia, quimioterapia etc., apresentam salivação reduzida e maior formação de cáries Incapazes de obter higiene bucal aceitável. Contra-indicações: crianças que não tenham capacidade de reter água na boca – podem engolir o líquido (intoxicação crônica por fluoretos – fluorose dentária) DAR PRIORIDADE PARA DENTES PERMANENTES!! ALTERAÇÕES NA ORDEM DO PLANO DE TRATAMENTO: Quando haverá alteração no plano de tratamento? Idade (ser muito nova para determinados procedimentos) Comportamento infantil A doença, o trauma, a dor, ou a infecção de avanço rápido, geralmente ditam pronto atendimento. Adiar parte ou todo o tratamento, ou empregar intervenções terapêuticas (por exemplo, técnica restauradora atraumática (ART) verniz fluoretado, antibióticos para o controle da infecção), até que a criança possa cooperar pode ser conduta apropriada quando baseada em uma avaliação individualizada dos riscos e dos benefícios dessa opção. O Odonto Rb & Agregados dentista deve explicar os riscos e os benefícios de tratamentos claramente adiados ou alternativos, e, para tal, deve obter do pai ou responsável o consentimento informado Deve se considerar adiar ou retardar o tratamento nos casosem que o comportamento do paciente se torna histérico ou incontrolável. CONTROLE PERIÓDICO O dentista que determina de acordo com o caso O controle é feito de acordo com a necessidade de cada paciente, que pode ser avaliada segundo alguns fatores, como: Atividade prévia de cárie dentária Exames clínicos das lesões de cárie presentes Hábitos alimentares Hábitos de higiene bucal Casos especiais: dentes anteriores traumatizado – verificar a vitalidade pulpar – acompanhar através de radiografias e testes clínicos, mínimo 60 dias dentes permanentes submetidos a capeamento pulpar indireto ou direto – analisar a resposta pulpar – através de rx após 45 a 60 dias Tratamentos Pulpares em dentes decíduos – principalmente em casos com lesões – 90 dias Reabilitações extensas, presença de próteses ou aparelhos – monitorados com frequência e rigor Odonto Rb & Agregados RADIOLOGIA EM ODONTOPEDIATRIA Em suma, o exame radiográfico deve ser realizado apenas quando contribuir efetivamente para promover alterações no diagnóstico, oferecer a possibilidade de influenciar na tomada de decisão sobre o plano de tratamento a ser realizado acrescentando outras informações úteis a ambos, ou seja, não se justifica o uso de radiografias apenas para exame de rotina; Indicações: detecção de lesões de carie, os traumatismos, as alterações no desenvolvimento dentário e os exames de outras condições patológicas; Preferível a realização de tomadas radiográficas de boca toda apenas quando o paciente apresenta evidência clínica dessas alterações. A técnica radiográfica interproximal é considerada de escolha para a determinação da presença/ausência da lesão, bem como da sua profundidade; Nenhuma condição além das lesões de carie justificam a realização de exames radiográficos sistemáticos em crianças; DIAGNÓSTICO DE CÁRIES: Radiografia Interproximal: probabilidade de detecção de lesões interproximais Lesões na face oclusal: rx com finalidade de determinar a profundidade da lesão; Como aparece no RX: A imagem radiolúcida aparece de forma triangular em esmalte, com o ápice voltado para o limite amelo-dentinário e em dentina com a base voltada para o limite amelo-dentinário. Estudos sugerem que muitas dessas lesões permanecem restritas ao esmalte por, pelo menos 12 meses. As faces oclusais de molares permanentes são também consideradas mais propensas ao desenvolvimento de lesões cariosas que as faces proximais. Entretanto, o fenômeno da “carie oculta”, quando a lesão em dentina é radiograficamente visível sob uma superfície clinicamente sadia de esmalte, deve ser considerada. Determina-se a frequência da realização do exame radiográfico de acordo com o risco que ele apresenta em desenvolver novas lesões. Isto posto, sugere-se de 2 a 3 anos de intervalo para aquelas crianças classificadas como Baixo Risco, ou seja, sem lesões de carie proximal ou com lesões ocasionais, e 1 ano de intervalo para as classificadas como Alto Risco, ou seja, que apresentem lesões em dentina em faces proximais. A. DISTÚRBIO DE DESENVOLVIMENTO DOS DENTES ANOMALIAS DE NÚMERO - Raíz Supranumerária: aumento do número de raízes quando comparadas aos padrões de normalidade; - Anodontia: falta de desenvolvimento total; - Dentes Supranumerários: excedem ao número normal de elementos dentários (mesiodentes, distomolares, paramolares, pré-decíduos) ANOMALIAS DE ESTRUTURA - Amelogênese Imperfeita: alterações de desenvolvimento na estrutura do esmalte; - Hipoplasia de Esmalte: defeito visível no esmalte causado por fatores ambientais, fossetas, ranhuras ou ausência de esmalte; Odonto Rb & Agregados - Dentinogênese Imperfeita: dentes de raízes curtas e cônicas, constrição cervical, câmaras pulpares obliteradas e atrição grave - Displasia Dentinária: Não deve ter correlação com doença sistêmica ou dentinogênese imperfeita. Os dentes apresentam-se com câmaras pulpares obliteradas, raízes hipodesenvolvidas e lesões periapicais. - Odontodisplasia Regional: anomalia de desenvolvimento, referida como dentes fantasmas, extensos efeitos sobre a formação de esmalte, dentina e polpa; ANOMALIAS DE FORMA -Macrodontia: dimensões além do limite de normalidade; Geral ou Localizada - Microdontia: dimensões aquém da normalidade; Geral ou localizada - Geminação: bipartição de um germe dentário – coroa com aspecto bífido - Fusão: união de dois germes dentários – pode ser completa ou incompleta – - Dens in Dent: dente invaginado – invaginação em sentido à cavidade pulpar -Molar em Amora: formações nodulares na face oclusal – hiploplasia sifilítica; - Incisivo de Hutchinson: Coroa em forma de barril – hiploplasia sifilítica; - Concrescência: dentes unidos pelo cemento; - Cúspide em Garra: projeção externa em forma de cúspide a partir do cíngulo em direção a borda incisal: Síndrome de Rubinstein-Taybi. -Taurodontia: aumento de dimensão da câmara pulpar no sentido ocluso-apical, nvolvendo molares; - Dilaceração: angulação anormal ou curvatura na raiz ou com menor frequência na coroa do dente -Esmalte ectópico (perolas de esmalte): presença de esmalte em locais incomuns sobretudo na raiz - Hipercementose: deposição excessiva de cemento não neoplásico contínuo ao tecido radicular normal; ANOMALIAS DE ERUPÇÃO E ESFOLIAÇÃO - Dente não irrompido - Transposição: elementos dentários em posições deslocadas no arco dentário; - Giroversão: posição vertical correta e seu longo eixo girado no seu sítio de erupção; - Retenção: permanência dos dentes dencíduos nos arcos podendo apresentar ou não rizólise; - Ectopia: dente irrompe fora de seu sítio normal ou em sítios incomuns; - Infraoclusão: molares decíduos; dentes aquém do plano oclusal - Irrupção prematura: ocorre antes de apresentar dois terços de formação radicular - Irrupção retardada: dente ultrapassa os dois terços de formação radicular e ainda não irrompeu na cavidade bucal; - Raízes residuais decíduas: presença de fragmentos dentários que não sofreram rizólise no osso alveolar; TUMORES ODONTOGÊNICOS - Ameloblastoma: pode ter lesões assintomáticas, grau de expansão dos maxilares, prevalência por mandíbula (região posterior) pode estar associado a dentes irrompidos; RX Aspecto de bolhas de sabão ou favos de mel; Odonto Rb & Agregados - Ameloblastoma Periférico; - Ameloblastoma Unicístico; - Tumor odontogênico escamoso: intraósseo, entre raízes de permanentes, mobilidade dentária, dor, aumento de volume; RX área radiolúcida unilocular entre raízes do dente; -Tumor odontogênico adenomatoide: assintomático, pode apresentar expansão cortical; pode apresentar-se como um fibroma ou lesão fibromatosa da gengiva; RX aspecto unilocular bem definido ao redor da coroa e parte da raíz de um dente não irrompido - Fibroma ameloblástico: região posterior de mandíbula, indolor, associado a distúrbio de erupção; RX radiolucência bem demarcada associada a um dente mal posicionado - Fibro-odontoma ameloblástico: assintomático associado a distúrbio de erupção; RX imagem radiolúcida uni ou multilocular bem delimitada com variados graus de radiopacidade, dependendo do grau de mineralização - Odontoma Composto: principalmente diagnosticado em crianças e adolescentes; Pode ocorrer em qualquer área dos maxilares (mais afetada a porção anterior da maxila); Indolores de crescimento lento; RX coleção de estruturas semelhantes a dentes envolvidas por um halo radiolúcido *Ocorrência de múltiplos odontomas compostos Síndrome de Gardner (doença autossômica dominante) - Odontoma Complexo: Hamartoma no qual esmalte e dentina, e em alguns casos cemento, estão presentes; RX massa radiopaca esférica ou ovóide com uma delgada margem radiolúcida periférica. - Odontoblastoma: aspectos de ameloblastoma e odontoma; Raro, expansão óssea,reabsorção radicular; deslocamento de dentes e dor; RX aspecto uni ou multilocular bem definido, com áreas radiopacas. Associada a dentes não irrompidos; -Tumor Ontogênico ou cisto calcificante: benigno, conhecido também como cisto de Gorlin; Região de incisivos e caninos, assintomáticas; RX lesões radiolúcidas uniloculares com margens bem definidas evariável presença de material radiopaco; Pode ter reabsorção e afastamento radicular; -Fibroma Odontogênico: predominância gênero feminino; Associado a coroa de dentes irrompidos; RX radiolucência unilocular com margem esclerótica bem definida e rara ocorrência de material calcidicada; - Mixoma Odontogênico: mandíbula, região de molares;assintomáticas, pode ocorrer perfuração das corticais; RX aspecto radiolúcido uni ou multilocular, favos de mel com fino trabeculado; - Cementoblastoma: formação de tecido cementóide em conexão com a raiz do dente; Mandíbula, primeiro molar permanente; Aumento de volume das tábuas ósseas; Dentes permanecem vitais; RX massa radiopaca ou mista que envolve a raiz e circundada por um halo radiopaco; •Manifestações bucais de doenças sistêmicas •Alterações regressivas dos dentes •Reações periapicais e inter-radiculares Odonto Rb & Agregados CISTOS ODONTOGÊNICOS •Osteomielite – infecção no osso B. PERIGOS DA RADIAÇÕES IONIZANTES •Efeitos nocivos – proteção As crianças são mais suscetíveis aos efeitos tardios da radiação que os adultos. Isso porque suas células, por serem mais jovens, estão em estado de menor diferenciação e o risco de alguma célula ser afetada pelos efeitos nocivos das radiações ionizantes pode ser maior nestes pacientes; Seguir os princípios ALARA (As Low As Reasonable Achievable) com a finalidade de minimizar a dose de radiação recebida pelo paciente. Princípios: utilização de filmes radiográficos mais sensíveis; Realizar uma correta técnica para evitar repetições; Imprescindível a utilização de aventais protetores de tireóide de borracha plumbífera para crianças e acompanhantes; Células mais jovens e em fase de mitose são mais sensíveis – quanto mais jovens maior a vulnerabilidade o que explica a necessidade de utilização de meios de proteção nas crianças e gestantes C.TÉCNICAS RADIOGRÁFICAS EM ODONTOPEDIATRIA •TÉCNICAS INTRABUCAIS: adaptação de filmes oclusais; Periapicais, interpoximais Odonto Rb & Agregados Pode ser feita com posicionador com pela técnica da bissetriz; •TÉCNICAS EXTRABUCAIS: panorâmicas •TÉCNICA DE FAZZI – inrrusão de anteriores por trauma - A radiografia lateral do nariz, ou lateral de Fazzi (Fazzi et al., 1989), pode ser utilizada para a localização de corpos estranhos, dentes supranumerários ou dentes decíduos intruídos após traumatismos, visando avaliar a posição das raízes ou mesmo a profundidade de intrusão. Odonto Rb & Agregados TERAPÊUTICA MEDICAMENTOSA EM ODONTOPEDIATRIA Os autores são unânimes em afirmar que a criança não é um adulto em miniatura e que as variações em razão da idade não são ocasionadas apenas pelas diferenças de tamanho, mas, sim, por condições fisiológicas e estruturais que vão se manifestando com a evolução do desenvolvimento; Os parâmetros mais utilizados para o cálculo da porcentagem da dose do adulto que deve ser ministrada à criança são o peso, a idade e a superfície corporal; Criança é Hiporreativo – “toma mais medicamento” meia vida medicamentosa mais rápida Criança tem o metaboliso acelerado; RN (0-6 meses) hiper-reativos +2 anos hiporreativo +12 Normorreativos Cálculo de Dose: O cálculo da dose de um medicamento levando-se em conta a superfície corporal seria provavelmente o método mais adequado de se estimar a dose segura para crianças, pois o efeito farmacológico ideal baseia-se no metabolismo e no volume corpóreo. A desvantagem desse parâmetro é a necessidade de serem conhecidos o peso e a estatura da criança além do uso de tabelas especiais para a determinação de tal superfície. Via de Administração mais frequente: Oral; Os medicamentos em forma líquida (gotas, suspensão, xarope) são mais indicados pela facilidade de ingestão. Ocasionalmente via retal ANTIBIÓTICOS EM ODP Para uma criança saudável e sem sinais de disseminação do processo infeccioso, a terapia antibiótica pode não ser necessária quando se conseguiu a remoção do agente agressor. Enfatizar que a função do antibiótico é auxiliar os mecanismos de defesa do organismo. Entretanto, existem algumas situações especiais em que o seu uso está indicado: quando os mecanismos de defesa do hospedeiro estiverem comprometidos ou, então, quando a infecção for grave causando sinais de disseminação sistêmica. Situações clínicas em que está indicada a antibioticoterapia: 1- Manejo de Feridas Bucais – feimentos nos tecidos moles, fratura coronária, deslocamento dentário 2- Edema facial agudo de etiologia odontológica - Se, após exame clínico, for constatada a necessidade de tratamento endodôntico, a cobertura antibiótica deve ser realizada por 7 dias para conter a disseminação da infecção. 3- Trauma Dental 4- Doença pediodontal - Em doenças periodontais associadas a doenças sistêmicas como neutropenias, síndrome de Papillon-Lefèvre ou deficiência na adesão leucocitária, o sistema imune está incapaz de controlar o avanço de patologias periodontais. Nesse Odonto Rb & Agregados caso, deve-se avaliar a possibilidade de antibioticoterapia complementar ao tratamento periodontal. 5- Sinais de disseminação do processo infeccioso ( ex.: linfonodos palpáveis, celulite, trismo dispneia (comprometimento da passagem de ar) ou sinais de ordem sistêmica ( ex.: febre, disfalgia (falta de apetite), mal-estar, rápida disseminação do processo infeccioso e infecções persistentes; 6- Para pacientes com comprometimento dos mecanismos de defesa (ex.: leucemia, agrulocitose, diabetes melito descompensado, doenças de Addison, HIV positivo e leucopenia) Quais antibióticos utilizar em Odontopediatria? Penicilinas: são os antibióticos de primeira escolha no manejo de infecções odontogênicas, pois os microrganismos anaeróbios e aeróbios gram-positivos são suscetíveis a elas. Penicilinas G: É encontrada sob três formas: penicilinas G potássica, procaína e benzatina. Trata-se de medicamentos utilizados apenas pela via parenteral. O seu uso fica restrito a situações em que a VO está comprometida e nas infecções leves por causa de seu pequeno espectro de ação. Amoxicilina: A amoxicilina é o fármaco de primeira escolha para o tratamento de infecções bucais. O seu largo espectro (e ação contra gram-negativos aeróbios) aumenta a probabilidade de causar superinfecção, além de ocorrerem reações alérgicas, como erupções cutâneas. Amoxicilina + Ácido clavulânico: Em pacientes que não mostram melhora do quadro clínico em 48 h de terapia com as penicilinas, pode estar ocorrendo resistência bacteriana. O ácido clavulânico não tem poder antibacteriano por si só, mas inibe a enzima betalactamase, portanto faz com que a amoxicilina se torne efetiva contra alguns microrganismos, antes resistentes. Macrolídeos: todos apresentam o anel lactônico Eritromicina: está indicada em infecções leves, apresentando-se como uma alternativa para tratar as infecções da cavidade bucal em pacientes alérgicos à penicilina. Distúrbios gastrintestinais, por causa da propriedade irritante do antibiótico, são os problemas mais comumente encontrados. Claritromicina: A claritromicina é um antibiótico análogo à eritromicina. É de duas a quatro vezes mais efetiva que o seu análogo contra Streptococcus, Staphylococcus e bactérias anaeróbias. As principais vantagens de se usar a claritromicina contra infecções comuns é a pequena ocorrência de efeitos colaterais gastrintestinais e a comodidade de administração quando comparada à da eritromicina. Azitromicina: similar à claritromicina, mas com a vantagem de apresentar excelente penetração tecidual, sendo sua meia-vida sérica e tecidual longa (40 e 60 h, respectivamente), requerendo, portanto, apenas uma dose diária. Lincosamidas: Clindamicina: antibióticos indicados para tratar infecções ósseas, como osteomielites e osteítes. 1ª Opção: Amoxicilina 2ª Opção: Amoxicilina + Metranidazol 3ªOpção: Clindamicina Amoxicilina + Clavulanato = Claviulim ou Novamox Efeito Colateral: Diarréia (criança) Odonto Rb & Agregados DOSES DE MANUTENÇÃO •Amoxicilina (infecções leves e moderadas); Amoxicilina 500mg( tem outras apresentações comerciais, 125mg, 250mg e 500mg) Amoxicilina 20mg/kg/dose, com intervalos de 8 horas Azitromicina / Claritromicina Claritromicina – 7,5 mg/ kg a cada 12 horas Azitromicina – 15 a 30 mg/ kg a casa 24 horas •Amoxicilina + Metronidazol (infecções severas); Amoxicilina 20mg/kg + Metronidazol 10 mg/kg a cada 8 horas Clindamicina Clindamicina - 7,5 mg/kg a cada 6/8 horas EMPREGO PROFILÁTICO DE ANTIBIÓTICOS EM ODP INDICAÇÕES • Pacientes suscetíveis à endocardite bacteriana Ex.: Valvas cardíacas protéticas, Endocardite bacteriana prévia, Prolapso de valva mitral com regurgitação valvar e/ou espessamento dos folhetos valvares, etc • Pacientes que apresentam grandes implicações no controle metabólico Ex.: Diabéticos muito descompensados • Pacientes que apresentam patologias que interferem no sistema de defesa e que fazem uso de drogas imunossupressoras Ex.: Primeiros 2 anos após colocação de prótese total articular e/ou história de infecções de próteses articulares (em pacientes selecionados - diabéticos, hemofílicos, subnutridos, etc) • Pacientes que apresentam risco de infecções articulares Ex.: Diálise por meio de cateteres Ex.: Neutropênicos, pacientes com doenças auto-imune, transplantados Ex.: Algumas situações especificas de instalação de implantes Odonto Rb & Agregados • Pacientes renais crônicos** • Instalação de materiais protéticos* * Indicação de profilaxia antibiótica deve ser feita baseada no risco e benefício. ** A endocardite bacteriana nesse caso é causada invariavelmente por bactérias da pele; a indicação de profilaxia antibiótica deve ser feita baseada no risco e benefício (infecção da fístula) Para odontopediatria tem-se atenção especial para febre reumática! Protocolo Padrão: Amoxicilina 50mg/kg de peso corporal Dose única, via oral, 1 hora antes do procedimento Pacientes Alérgicos as Penicilinas: Clindamicina 50mg/kg de peso corporal Dose única, via oral, 1 hora antes do procedimento Azitromicina ou Claritromicina 15mg/kg de peso corporal Dose única, via oral, 1 hora antes do procedimento Impossibilidade de uso Oral: Ampicilina 50mg/kg de peso corporal, via IM ou IV Dose única, 30 minutos que antecede o procedimento Impossibilidade de Uso Oral e Alérgicos: Clindamicina 20mg/kg de peso corporal via IV Dose única, 30 minutos que antecede o procedimento Cefazolina 25mg/kg de peso corporal, via IM ou IV Dose única, 30 minutos que antecede o procedimento ANTIBIÓTICOS NÃO RECOMENDADOS PARA USO INFANTIL •Tetraciclinas: capacidade de as tetracilinas provocarem pigmentação endógena na coroa dentária e redução do crescimento ósseo na criança e hepatoxicidade na mãe. As tetracilinas podem pigmentar tanto os dentes decíduos como os permanentes, quando administrados durante os seus desenvolvimentos (iniciando-se no 5o mês de vida intrauterina, prolongando-se até os 6 a 7anos), mesmo em doses terapêuticas. Podem também provocar hipoplasia. •Cloranfenicol: Os efeitos adversos produzidos pelo cloranfenicol podem ser mais graves do que Odonto Rb & Agregados a infecção que está sendo tratada. As reações causadas pelo cloranfenicol afetam a medula óssea, manifestando-se por anemia provocada pela diminuição na absorção de ferro pelas células precursoras de eritrócitos. Podem ser desenvolvidas trombocitopenia e neutropenia intensas. Esses efeitos são reversíveis após a suspensão do tratamento com cloranfenicol. •Aminoglicosídeos: São antibióticos tóxicos, causando toxicidade renal, auditiva e vestibular. A mais grave delas é a perda da audição, de forma irreversível, mesmo em doses terapêuticas. (NEBACETIM) ANALGÉSICOS E ANTI-INFLAMATÓRIOS EM ODP Controlar a inflamação e, consequentemente, a dor é um dos desafios em Odontopediatria. “A redução ou controle da dor se manifesta por inibição direta dos mediadores bioquímicos da dor no local da lesão. Todos os analgésicos e anti-inflamatórios de ação periférica são, em graus diferentes, inibidores do sistema enzimático das ciclo-oxigenases (COX1 e COX2). Essa inibição resulta na redução da prostaglandina e, em consequência, haverá atenuação da resposta dos receptores da dor e da inflamação.” IMPORTANTE: Não ultrapassar a dose do adulto/mesmo intervalo entre as doses! Dor leve a moderada: Dipirona Dipirona Sódica (Solução 500mg/ml): 0,5 a 1 gota/kg (não excedendo 40 gotas) Ibuprofeno Ibuprofeno (Solução 50mg/ml): 1 gota/ Kg (não excedendo 40 gotas) Paracetamol Paracetamol (Solução de 200 mg/ml: 1 gota/kg (não excedendo 35 gotas) Dor de maior intensidade: - Dipirona, Ibuprofeno e Paracetamol (Dipirona 1gota; Ibuprofeno Ajustar o horário ; Paracetamol 35 gotas Betametasona Betametasoma 4 mg (Decadron® e Celestone®, respectivamente) – 1 comp. (ou 2 comp. De 2 mg no caso da betametasona) dose única, 1h pré-operatório (preferencialmente) IMPORTANTE: Em odontopedriatria não existe “usar até 3 dias”, “se houver dor” determinar a duração de acordo com o procedimento! TRANQUILIZANTES OU ANSIOLÍTICOS EM ODP Os métodos adotados nessas situações têm o objetivo de evitar um desagradável e improdutivo confronto com a criança e criar um ambiente que facilite o desenvolvimento da confiança entre ela e o profissional, permitindo a realização dos procedimentos com o mínimo de interrupção. Odonto Rb & Agregados Realizar em crianças com mais de 30kg POR QUE? Diminui ansiedade e medo, aumenta limiar de dor Segurança para o paciente Resposta psicológica positiva QUANDO FAZER? Sempre que a ansiedade não for controlada por métodos alternativos ou convencionais; em casos de urgências com traumatismos COMO? Tranquilização verbal, hipnose, benzodiazepínicos, inalatórios (óxido nitroso) + COMUM Midazolan Midazolan 0,2 a 0,5 mg/Kg (nunca ultrapassado dosagem do adulto - 15mg) OBS.: rápido início de efeito, maior ação hipnótica Diazepan Diazepan 0,2 a 0,5 mg/Kg (nunca ultrapassado dosagem do adulto - 10mg) OBS.: início de efeito um pouco mais demorado, menor ação hipnótica SEDAÇÃO EM ODONTOPEDIATRIA. Somente um profissional treinado e capacitado deve administrar a sedação oral para uma criança em consultório odontológico. A sedação consciente se caracteriza pela manutenção da comunicação verbal, na qual as instruções verbais são compreendidas e os reflexos protetores mantidos. Em alguns casos, pode ocorrer amnésia (o que deve ser avisado aos pais). Os medicamentos que causam a sedação consciente são seguros, mas não são livres de risco. A sedação medicamentosa (em consultório) deve ser realizada por via oral, em dose única pré-operatória A sedação pode ser classificada em quatro tipos: • Sedação mínima: resposta normal ao estímulo verbal • Sedação moderada (sedação consciente): resposta moderada ao estímulo verbal e tátil • Sedação profunda: resposta forçada a repetidos estímulos verbais e dolorosos • Anestesia geral: não responsivo mesmo a estímulos dolorosos A sedação é necessária por alguns motivos: • Tratamento de pacientes ansiosos ou com fobia ao tratamento odontológico quando das técnicas convencionais de condicionamento • Procedimentos muito traumáticos
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