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APOSTILA ODONTOPEDIATRIA - P1

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Odonto Rb & Agregados 
 
 
 
Odonto Rb & Agregados 
 
PROMOÇÃO DA SAÚDE EM 
ODONTOPEDIATRIA 
ODONTOLOGIA PARA GESTANTES E PARA BÊBES 
 “No Brasil, foi revisado pela Sociedade Brasileira de Pediatria, com o objetivo de 
disseminar conhecimento para promoção de saúde oral pelos pediatras em todo território 
nacional, valorizando a odontologia como fundamental para a saúde geral e 
incentivando a primeira visita ao dentista, no surgimento do primeiro dente decíduo 
ou antes de um ano de idade, conforme preconizado pela American Academy of 
Pediatric Dentistry (AAPD) e Associação Brasileira de Odontopediatria” 
 “Na atenção precoce é uma conquista da Odontologia, e representa a incorporação de um 
novo entendimento na abordagem das doenças bucais, fortemente centrada numa 
perspectiva preventivo-promocional”. 
ODONTOLOGIA PARA GESTANTES 
 “Durante o período gestacional, a mulher está mais receptiva a adquirir novos 
conhecimentos, acrescentar hábitos que poderão influenciar positivamente a saúde do 
seu bebê. Pode ser um aspecto psicológico, mas de certa forma há uma maior preocupação 
com a sua saúde”. PORTAL DA EDUCAÇÃO 
 “As diretrizes do Ministério da Saúde recomendam que a gestante marque consultas com 
o odontologista logo no pré-natal”. SAÚDE. 
Geralmente ocorre em duas consultas: 
- Uma consulta para saúde bucal da mãe 
- Outra consulta para saúde bucal do bebê 
OBS: No geral, iremos intervir no 2º trimestre de gravidez. 
ODONTOLOGIA PARA BÊBES 
“O campo de ação do odontopediatra é vasto, dinâmico e muito abrangente. Diz respeito à 
prevenção, ao diagnóstico e ao tratamento integral da criança em todos os aspectos relacionados 
com a boca nas diferentes idades e fases do desenvolvimento”. GAZETA DO POVO. 
“Embora a maioria dos bebês não tenha dentes até os seis meses de idade, o cuidado dental 
infantil é importante desde o início”. COLGATE 
Orientações aos pais sobre cuidados com a saúde bucal do bebê e das crianças – ABO-
ODONTOPEDIATRIA 
 As semanas na gestação, são acompanhadas de acordo com a última menstruação; 
 Antes da erupção dos dentes, devemos higienizar a boca da criança removendo a saburra 
lingual, e também buscar desorganizar a placa bacteriana. 
 É importante lembramos que nesta fase, a CRIANÇA, possui o substrato na 
cavidade bucal, mas ainda não existe o hospedeiro que é o DENTE. 
 
Odonto Rb & Agregados 
 
 
EDUCAÇÃO E PREVENÇÃO EM ODONTOPEDIATRIA 
 
A. Educação quanto aos aspectos psicológicos 
B. Educação quanto a forma de ação no consultório 
C. Informação aos pacientes a respeito dos dentes 
D. Higiene bucodental 
HIGIENE BUCODENTAL EM ODONTOPEDIATRIA 
I. OBJETIVOS 
 Remover o substrato 
 Higiene correta 
 
II. MOTIVAÇÃO 
 Depende. Cada família tem um tipo de motivação diferente. 
 Cabe a nós profissionais verificar a melhor forma de intervenção naquela família. 
 
III. MÉTODO DE ENSINO DE ESCOVAÇÃO 
 A rotina mais simples possível 
 Não negligenciar etapas do tratamento, por mais simples que seja 
 Devemos ensinar a maneira correta de escovação 
 Ensinar quando, como e onde escovar 
 Introdução de hábitos saudáveis 
 
IV. TÉCNICAS DE ESCOVAÇÃO 
Posição de Starkey 
 Criança em pé, posicionada de costas para a pessoa que vai desenvolver a escovação. 
 Para arcada inferior – a mão esquerda da pessoa que vai executar a escovação deve 
estabilizar a mandíbula, e a mão direita deve empunhar a escova. 
Técnica de Fones 
 Movimentos circulares das superfícies vestibulares 
 A escova desloca-se através de um movimento circular sobre os dentes a medida que 
avança no arco dental 
Técnica de Stillman Modificada 
 Movimentos vibratórios em 45 graus 
 Uma escova com duas ou três fileiras de cerdas de consistência macia ou média é 
colocada com as extremidades das cerdas sobre a porção cervical dos dentes. É aplicada 
uma pressão de torção no eixo longitudinal do cabo da escova, forçando as cerdas em 
direção ao topo da coroa dentária. 
 
 
Técnica de Bass 
Odonto Rb & Agregados 
 
 Essa técnica é indicada para pacientes com doença periodontal e permite a limpeza 
do sulco gengival sem causar ou agravar lesões na gengiva 
 A escova deve ser posicionada em um ângulo de 45º em relação ao eixo longitudinal 
dos dentes. Os movimentos de escovação devem ser curtos e vibratórios, sem força 
excessiva e no sentido ântero-posterior, mantidos por cerca de dez segundos em cada 
região alcançada pela escova 
 Na face mastigatória dos dentes os movimentos da escovação também devem ser 
curtos e anteroposteriores, porém é permitido usar maior pressão para limpeza dessa 
área. 
 
V. SEQUÊNCIA DE ESCOVAÇÃO 
 A sequência ideal é aquela em que a criança melhor se adaptar 
 É importante que tenha uma sequência. 
 
VI. EVIDENCIADORES 
 Qualquer substância que evidencia a placa bacteriana 
 Tem que sair na escovação 
 Não pode manchar os dentes 
 Serve para motivação e registro de índice 
 O evidenciador é tirado com profilaxia ou com a escovação. 
 Exemplos de Evidenciadores: Verde de Malaquita e fucsina 
 
VII. ESCOVAS DENTAIS 
Para a escolha da escova ideal, é necessário analisar os seguintes aspectos: 
 CABO- verificar o melhor cabo, de acordo com a idade, com quem vai segurar a 
escova, ou seja, quem vai executar a escovação. 
 CABEÇA - medir de acordo com a boca do paciente. 
 CERDAS – macias, sempre homogêneas. 
Escova Dental Elétrica 
É importante como fator motivacional 
VIII. DENTÍFRICIOS 
Qual usar? 
 É recomendado utilizar um dentifrício que tem flúor. 
 A polêmica é em relação a quantidade de flúor. 
 
 
IX. CONTROLE DA PLACA BACTERIANA INTERPROXIMAL 
 É controlada através da utilização do fio dental. 
Como utilizar o fio dental? 
 Cortar de 25 a 45 cm 
 Enrolar no dedo médio de ambas as mãos 
Odonto Rb & Agregados 
 
 Entre os dedos indicadores de 2 a 3 cm 
 Apoiar com o polegar 
 
X. HIDROTERAPIA 
 São os irrigadores com jato de água 
 Preferencialmente com jatos de água pulsátil 
 Utilizado em pacientes que utilizam próteses extensas ou aparelhos ortodônticos 
 
XI. BOCHECHOS 
 Deslocam os micro-organismos 
 Mecanicamente eliminam partículas de restos de alimentos e micro-organismos 
 São substitutos, mas não de maneira rotineira, somente em períodos específicos, 
como por exemplo, no pós-operatório. 
 
XII. HIGIENE BUCAL EM PACIENTES PORTADORES DE APARELHOS 
ORTODÔNTICOS 
 Técnica oblíqua funciona bem para quem utiliza aparelho ortodôntico 
 Sempre com supervisão do adulto 
 
XIII. RECOMENDAÇÕES ESPECÍFICAS SOBRE HIGIENE BUCODENTAL 
PARA PACIENTES EM DIFERENTES IDADES 
 Cuidar com a quantidade de flúor 
 Individualizar tamanho de escova e empunhadura 
 Frequência de escovação (aumentar a freqüência, nunca diminuir) 
 Individualizar habilidade motora fina 
 Acima dos 6 anos conseguimos cobrar mais da crianças, pois começa a troca de 
dentes, ou seja, a criança já possui de dentes permanentes, e nesta idade a 
criança geralmente já apresenta uma melhor habilidade motora. 
Leitura: 
Capitulo 14: PAPEL DA POFILAXIA DENTAL 
Objetivos 
Enfatizar a importância de se educar pais e responsáveis a respeito dos benefícios da profilaxia 
dental e acompanhamento periódico; 
Bases Conceituais: 
 Motivação do paciente e seu núcleo familiar quanto à prevenção das doenças bucais em 
bebês, crianças e adolescentes 
 A instrução de higiene bucal e a profilaxia dentária profissional, em associação com a 
avaliação periódica da saúde bucal 
 Analise da saúde do ponto de vista periodontal 
 Controle da placa dental: prevenção de doenças periodontais e lesões de cáries 
 Instrução de higiene bucal deve ser individual e direta – de acordo com a observação do 
cirurgião dentista 
 Instruir o paciente também em relação ao sangramento durante a escovação 
Odonto Rb & Agregados 
 
 Métodos mecânicos para higiene bucal de bebes – para dentes anteriores: uso de gaze 
ou fraldacom movimento suaves de fricção; assim que houver a erupção de molares – 
escova de dente manual acompanhada de fio dental; 
 Instrução especial deve ser direcionada durante o período de irrupção dos primeiros e 
segundos molares permanentes, que apresentam maior suscetibilidade à cárie devido à 
maior retenção de placa, devendo ser realizada a escovação transversal ou escova 
unitufo; 
 Para auxiliar no controle de placa em nível individual, a profilaxia dentária 
profissional constitui -se em uma eficiente opção. 
 
A periodicidade da profilaxia leva em conta avaliações individuais, que inclui: 
1. História médica/saúde sistêmica atual incluindo medicamentos; 
2. Idade e cooperação do paciente; 
3. Colaboração do paciente e família; 
4. Experiência de cárie pregressa e atual; 
5. Histórico familiar de cárie; 
6. Saúde periodontal atual e passada; 
7. Histórico familiar de doença periodontal; 
8. Higiene bucal; 
9. Presença de placa; 
10. Presença de gengivite; 
11. Presença de cálculo; 
12. Presença de mancha extrínseca; 
13. Fatores locais que poderiam influenciar o acúmulo e a retenção de placa 
 
 A profilaxia profissional pode ser executada com gaze, escova dental, escova elétrica, taça 
de borracha, escova rotatória e/ou instrumentos manuais, seguidos pelo uso do fio dental 
 A profilaxia também pode ser realizada com a técnica do jato de bicarbonato de sódio, 
especialmente para remoção de manchas extrínsecas e em pacientes ortodônticos, devendo, 
entretanto, ser evitada sobre restaurações de resina e ionômero de vidro 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aplicação 
tópica de Flúor: a necessidade do tratamento tópico de flúor é baseada nas Diretrizes 
para utilização do fluoreto da abo - odontopediatria. 
 
Uma proflilaxia profissional periódica deve ser realizada para: 
1. instruir o responsável e a criança ou o adolescente quanto às técnicas apropriadas de higiene 
bucal 
2. remover placa bacteriana, manchas extrínsecas e cálculo; 
Odonto Rb & Agregados 
 
3. polir as superfícies rugosas para minimizar o acúmulo e a retenção de placa; 
4. facilitar o exame clínico criterioso, favorecendo o diagnóstico e o controle de eventuais 
lesões cariosas ativas visíveis clinicamente ou a evolução de lesões subclínicas; 
5. introduzir as crianças de baixa idade e os pacientes apreensivos aos procedimentos 
odontológicos 
 
 
 
 Se nenhum “fator de identificação racional” está presente e o bebê, criança ou 
adolescente é considerado de baixo risco para o desenvolvimento das doenças 
cárie e periodontal, a profilaxia é realizada a critério do profissional 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Odonto Rb & Agregados 
 
 
 
 
PLANEJAMENTO E DECISÃO DE 
TRATAMENTO EM ODONTOPEDIATRIA 
 
 ANATOMIA DO DENTE DECÍDUO E CRONOLOGIA DE ERUPÇÃO 
Anatomia dos dentes decíduos 
Características da dentição decídua 
 Está completa com a erupção e oclusão dos quatro segundos molares decíduos +/- entre 
os 24 e 30 meses de vida 
 Esse período estende-se até os 6 anos – erupção dos molares permanentes – dentição 
mista 
Vista Vestíbulo Ligual 
 Dentes decíduos implantados verticalmente na base óssea 
apical – faces oclusais e incisais se dispõem num plano  
arco decíduo não apresenta curva de Spee 
 Plano de oclusão dos dentes decíduos pode ser considera com 
uma linha 
 ATM: próxima ao plano oclusal dos dentes inferiores e 
paralela a este plano; a medida que a criança vai crescendo a articulação fica em um plano 
mais alto devido ao crescimento facial 
Classificação dos arcos 
 Tipo I de Baume: possui diastemas (diastema 
minínimo de 0,5mm) entre os dentes anteriores – 
mais favorável ao posicionamento dos permanentes 
 Tipo II de Baume: não possui diastemas entre os 
dentes anteriores – pode apresentar maior tendência 
a apinhamento na região anterior 
 Mistos – mais comum tipo I no superior e tipo II no inferior 
 Espaço primata: localizado entre o canino e primeiro molar decíduo na mandíbula e 
entre incisivo lateral e canino, na maxila 
 Frequência de espaços na dentição decídua: Buame  70% das crianças tipo I e 30% 
Tipo II em maxila; 63% Tipo I e 37% Tipo II na mandíbula 
 Estudo de Albejante  Prevalência de tipo I no sexo masculino em 51,31% e 56,76% 
Tipo II no sexo masculino 
Odonto Rb & Agregados 
 
Relação Distal: 
Pode ser de 3 tipos: 
 76% relação distal em plano 
 14%relação distal formando um degrau mesial para mandíbula 
 10% relação distal formando um degrau distal para a mandíbula 
 
 
Vista Ântero-Posterior 
Inferiores: longo eixo com ligeira convergência para lingual 
Superiores: ligeira divergência de apical para oclusal 
 Fato que mostra que o longo eixo dos dentes superiores e inferiores apresenta paralelismo e 
a curvatura de Wilson não é condição normal desta dentição 
Vista Oclusal 
Triângulo Equilátero 
 O arco inscrito numa circunferência que passa pela borda 
incisal de incisivos, cúspide de caninos, passa pelo 
centro do primeiro molar e escapa pela cúspide 
distopalatina do segundo molar decíduo 
Perímetro dos Arcos 
 Meninos possuem o perímetro ligeiramente maior que as meninas em ambos os arcos 
Dentição Decídua - Crescimento 
 Período após a erupção e oclusão dos segundos molares decíduos até o início da dentição 
mista 
 Apesar de possuir apenas dentes decíduos, nesta fase ocorre uma série de mudanças 
preparatória para favorecer o crescimento e desenvolvimento da maxila e mandíbula 
 Crescimento das bases ósseas - altura da face (processos alveolares) e no comprimento dos 
arcos – favorece o melhor acomodamento dos permanentes 
 Crescimento posterior das bases ósseas – acomodar permanentes localizados por distal dos 
segundos molares decíduos 
 Terceiro Plano de Crescimento em lateralidade – muito pequeno nas fases iniciais de 
dentição decídua; mais evidente no período de erupção dos incisivos permanentes 
 Seguimento Anterior – ao aproximar-se da época de maior movimentação intra-óssea dos 
dentes permanente no seu caminho para erupção , em seus movimentos,procuram 
posicionar-se de forma mais alinhada o que leva ao aumento do segmento anterior 
 Surto de Crescimento Mandibular – transformação de arcos superiores em diastemas para 
arcos espaçados 
 Espaço Primata – Sofre modificações discretas na dentição mista, podendo ocorrer mudança 
em suas dimensões na fase de dentição mista 
Importância dos Dentes Decíduos: 
 Atuar no desenvolvimento maxilar 
Odonto Rb & Agregados 
 
 Mastigação, fonação e oclusão 
 Guia para dentes permanentes irromperem na posição 
correta 
 
NOTAÇÃO DENTÁRIA 
Quadrantes 
 
TIPOS E FUNÇÕES DOS DENTES: 
• Incisivos (4): cortar / guiar alimento 
• Caninos 
(2): segurar e 
rasgar os 
alimentos 
• Molares (4): moer alimentos 
DENTIÇÃO DECÍDUA: 
• Diferença entre decíduos e permanentes 
 Quantidade – 20 decíduos 
 Coloração – Branca Opaca 
 Tamanho – Menores e todas as dimensões 
 
•Características anatômicas dos decíduos 
 Crista cervical (ou bossa) proeminente 
 Raízes mais estreitas , delgadas (anteriores maiores) 
 Esmalte mais permeável e mais facilmente desgastável 
 Detalhes mais pronunciados 
 Câmara pulpar – cornos pulpares acentuados  
rápida evolução de lesão de cárie para canal 
 Quantidade de dentina em diferentes dimensões 
 Quantidade de esmalte em porção igual por todo 
dente 
 Molares – superfícies vestibulares e oclusais são 
expulsivas 
Odonto Rb & Agregados 
 
ESTUDO INDIVIDUAL DA ANATOMIA DOS DECÍDUOS -TRABALHO 
Cronologia de erupção 
• Incisivos Centrais SUP 2º 
• Incisivos Centrais INF 1º 
• Incisivos Laterais SUP 4º 
• Incisivos Laterais INF 3º 
• Caninos SUP 8º 
• Caninos INF 7º 
• 1os molares SUP 6º 
• 1os molares INF 5º 
• 2os molares SUP 10º 
• 2os molares INF 9º 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OdontoRb & Agregados 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PSICOLOGIA EM ODP: MANEJO DA CRIANÇA. 
 É de suma importância que as consultas odontológicas durante a infância e adolescência sejam 
positivas, pois pesquisas mostram claramente que estas primeiras experiências têm um importante 
efeito no comprometimento durante a vida adulta 
 A fim de promover um atendimento odontológico de qualidade às 
crianças, é necessário que o dentista que trabalha com a criança ou adolescente tenha um 
conhecimento básico do desenvolvimento infantil 
 As várias técnicas de orientação do comportamento utilizadas devem ser adaptadas individualmente a 
cada paciente pelo profissional. 
 O objetivo é diminuir o medo e a ansiedade da criança ao promover a compreensão da 
necessidade da saúde bucal e do processo para obtê-la 
- Princípios de psicologia e sua relação com a odontopediatria 
A) TEORIAS DO DESENVOLVIMENTO PSICOLÓGICO 
1. Fase oral: 
 Infância 
 0 a 1 ½ anos 
 Fase em que a criança coloca tudo na boca 
 Succção  necessidade fisiológica 
2. Fase anal 
 Primeira Infância 
 1 ½ a 3 anos de idade 
 Maturidade para o tratamento 
3. Fase fálica (edipiana) 
 Segunda Infância 
 3 a 5 anos de idade 
 Paixão por um adulto do sexo oposto 
4. Fase de latência 
Odonto Rb & Agregados 
 
 Idade Pré-Escolar 
 5 a 12 anos de idade 
 Interação social é muito importante 
5. Fase genital 
 Adolescência 
 13 a 19 anos de idade 
 Fase da paixonite 
B) A RELAÇÃO HUMANA 
• Cirurgião-Dentista/pais 
 O comportamento de comunicação dos dentistas é um fator primordial na satisfação do 
paciente. 
 O dentista deve reconhecer que nem todos os pais expressam seu desejo de participação no 
tratamento. 
 Alguns comportamentos do dentista estão correlacionados à baixa satisfação dos pais, tais 
como: a pressa nas consultas, não dedicar tempo na explicação dos procedimentos, impedir 
a presença dos pais no consultório e demonstrar impaciência. 
 Mantenha os pais sempre informados. Enquanto perguntar sobre informações pessoais, 
sempre se lembre de envolver a criança na discussão quando apropriado 
 A equipe odontológica deve trabalhar junta na comunicação com os pais e pacientes 
 As decisões a respeito do uso de técnicas de adaptação do comportamento, à exceção da 
abordagem lingüística ou comunicativa, não podem ser feitas unicamente pelo dentista. 
Devem envolver um dos pais e, se for apropriado, a criança 
 Para se obter o consentimento informado é fundamental explicar aos pais sobre a natureza, o 
risco e os benefícios da técnica a ser usada, e de todas as técnicas alternativas 
profissionalmente reconhecidas ou baseadas em evidência 
• Cirurgião-Dentista/criança 
 Comportamentos do dentista como vocalização, direção, empatia, persuasão, dar ao 
paciente um sentimento do controle e condicionamento operante foram relatados como 
eficazes junto a pacientes não-cooperativos 
 As crianças, assim como os adultos, tipicamente respondem melhor se forem tratadas como 
indivíduos, de certa forma conhecidos e especiais para o dentista 
 Chamar a criança pelo nome quando se referir a ela ou ele e repetir isso frequentemente 
durante a consulta 
 É importante que o dentista e a equipe odontológica falem com a criança (e 
não para ela) na mesma altura, tanto física como psicológica. 
 Uma vez iniciado o procedimento, a habilidade do dentista em controlar e moldar o 
comportamento infantil torna-se de suma importância, e compartilhar a informação torna-se 
secundário 
Comunicação: 
 Primeiramente pelo diálogo, tom de voz, expressão facial e pela linguagem corporal. 
4 Ingredientes essesciais: 
1) O emissor 
2) A mensagem, incluindo a expressão facial e linguagem corporal do emissor; 
3) O contexto ou ajuste no qual a mensagem é emitida; 
Odonto Rb & Agregados 
 
4) O receptor. 
 O nível de desenvolvimento cognitivo da criança ditará o nível e a quantidade de 
intercâmbio de informação que pode ocorrer 
 Profissional deve ter compreensão básica do desenvolvimento cognitivo da criança 
assim como fazer uso do vocabulário apropriado 
 Expressão corporal e expressão facial devem ser condizentes 
 As 3 bases essenciais da comunicação não-verbal com o paciente infantil são: 
1 "Eu vejo você como um indivíduo e atenderei às suas necessidades como tal"; 
2 "Eu estou completamente preparado e sou altamente qualificado"; 
3 "Eu sou capaz de te ajudar e não farei nada para te ferir desnecessariamente" 
 
Ambiente: 
 O consultório odontológico pode ser montado de uma forma amigável para a 
criança: 
 Temas de decoração 
 Brinquedos 
 Jogos apropriados a idade 
 Sala de tratamento com móveis em menor escala 
 
C) MEDO 
 Múltiplos estudos demonstraram que uma minoria das crianças com comportamento não-
cooperativo tem medos 
odontológicos e que nem todas 
as crianças medrosas 
apresentam problemas de 
comportamento na situação 
 As reações da criança ao 
tratamento odontológico 
podem ser influenciadas por 
diversos fatores como: idade da 
criança e seu nível cognitivo; 
características de 
temperamento; personalidade; 
ansiedade e medo; reação ao 
desconhecido; experiências 
prévias e ansiedade materna 
• Evolução do medo 
• Etiologia – bagagem – 
experiências em casa 
• Medo objetivo – vivido pela 
criança 
• Medo subjetivo – Imposto por 
alguém 
Odonto Rb & Agregados 
 
• Quadros clínicos do medo – Hospitalização, morte familiar, nascimento de irmão 
• Medo do desconhecido e do inesperado 
• Ansiedade, demostrado por: 
Choro 
Birra 
Desenvolvimento físico e emocional da criança 
• Do nascimento – relação da criança com a família 
• Do nascimento aos 3 anos – fala e uso de fraldas – observar aspectos cognitivos 
• Do período pré-escolar – Dominar a linguagem e testar limites motores 
• Dos 6 aos 10 anos – mescla realidade e fantasia 
• A partir dos 10 anos – Abandono por atividades escolares e educacionais 
 
 
 
COMPORTAMENTO INFANTIL EM RELAÇÃO AO DESENVOLVIMENTO 
IDADE COMPORTAMENTO 
Até os 2 
anos 
 Pouca habilidade para entender procedimentos odontológicos 
 Praticamente impossível estabelecer uma comunicação efetiva 
 Mesmo sem cooperação o exame bucal em alguns casos pode ser feito sem 
sedação 
Aos 2 anos  Habilidade de comunicação varia de acordo com o desenvolvimento do nível do 
vocabulário 
 A dificuldade na comunicação coloca a criança em um estágio ‘pré-
cooperativo’ 
 Elas preferem permanecer mais solitárias a compartilhar com os outros 
 Muito jovens para serem condicionadas apenas por palavras 
 Tímidas quando encontram pessoas (incluindo o dentista) e lugares novos 
 Permitir a criança o manuseio e toque de objetos para entender seus significados 
 As crianças nesta idade devem estar acompanhadas dos seus pais 
Aos três 
anos 
 São menos egocêntricas e gostam de agradar os adultos 
 Imaginação muito ativa  o uso de histórias pode ser útil na comunicação 
 Em momentos de estresse, podem se voltar aos pais e não aceitar explicações de 
um 
estranho 
 Se sentem mais seguras se um dos pais permanecerem com elas até se 
familiarizarem com o dentista e auxiliar 
 Abordagem positiva pode ser adotada 
 
Aos 4 anos  Ouvem com interesse e respondem bem a comandos verbais 
 Imaginação fértil e podem ser ótimas durante a conversa, tendendo até ao 
exagero 
 Participam de grupos sociais pequenos 
Odonto Rb & Agregados 
 
 Podem ser cooperativos, porém alguns podem ser desafiadores e tentar impor 
suas visões e opiniões 
 São familiares e respondem bem ao “obrigado” e ao “por favor 
Aos 5 anos  Interagem cooperativamente com os colegas e geralmente não têm medo de 
deixar 
os pais para uma consulta odontológica  não têm medo de novas experiências 
 Têm orgulho dos seus pertences e comentários sobre vestuário podem ser 
usados efetivamente para estabelecer uma comunicação e atingir uma harmonia 
 Já devem ter abandonadoobjetos de conforto como cobertores ou o hábito de chupar o dedo 
Aos 6 anos  Estão na escola e já se afastam da segurança da família, iniciando sua 
independência dos pais 
 Para algumas crianças, essa fase de transição pode causar 
uma considerável ansiedade com crises de gritos, birra e até mesmo briga dos 
pais 
 Plguns podem apresentar aumento da resposta ao medo 
 
Influências familiares e conselhos aos pais 
A) Ansiedade da mãe 
B) Desajustes familiares – pode ser contínuo ou crônico 
C) Preparo da criança para ir ao Cirurgião-dentista – evitar o uso de extremos; usar frases curtas 
e pontuais 
 A informação fornecida aos pais ajudará a ajustar expectativas com 
relação à visita inicial 
D) Orientação aos pais e acompanhantes – se possível antes da primeira consulta marcar um 
horário apenas com os pais para passar as informações... Falar para não enganar a criança e para 
manter a calma etc 
E) Comportamento dos pais no consultório odontológico 
F) Presença da mãe na sala de consulta - Até os 3 anos OK - +3 ideal é estar a recepção 
 A ausência da mãe pode ser usada para ganhar a cooperação durante o tratamento 
 A presença ou a ausência materna pode variar 
Objetivos: Os objetivos de presença/ausência materna são: 
1. ganhar a atenção do paciente e melhorar a colaboração; 
2. evitar o comportamento do negativo ou de recusa. 
3. estabelecer papéis apropriados na relação dentista-criança; 
4. realçar uma comunicação eficaz entre o dentista, a criança e os pais; 
5. minimizar a ansiedade e conseguir uma experiência dental positiva. 
Indicações: Pode ser usado em todos pacientes. 
Contra-indicações: Pais que não têm desejo ou capacidade de dar apoio afetivo (quando 
necessário) 
 
Métodos empregados para conhecer e relacionar-se com crianças 
•Método do inquérito ou da anamnese 
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 - Realizada com os pais e a criança 
•Método da observação 
•Método da experimentação 
Barreiras: 
 Atrasos no desenvolvimento, incapacidade física ou mental e a doença aguda ou crônica 
são razões potenciais para a não colaboração. 
 Medos transmitidos dos pais, uma experiência odontológica ou médica desagradável 
precedente, preparação inadequada para o primeiro encontro no ambiente odontológico 
ou práticas familiares disfuncionais 
 Alguns métodos para aliviar tais barreiras: 
Avaliação do nível de desenvolvimento da criança; suas capacidades físicas e motoras; 
seu nível de compreensão 
 
Técnicas Específicas utilizadas em odontopediatria 
 Estas técnicas não podem ser avaliadas numa base individual, mas devem ser consideradas 
dentro do contexto da experiência odontológica de cada criança. Cada técnica deve ser 
integrada a uma abordagem de aproximação geral, porém individualizada para cada criança. 
Consequentemente, a orientação do comportamento é tanto uma arte como uma ciência. 
 Os dentistas são incentivados a utilizar as técnicas da adaptação do comportamento 
compatíveis com seu nível de instrução profissional e experiência clínica. 
 Desde que as crianças exibam um nível avançado de desenvolvimento físico, intelectual, 
emocional e social, e uma diversidade de atitudes e temperamento, é importante que os 
dentistas tenham múltiplas técnicas de orientação do comportamento para ir ao encontro das 
necessidades individuais de cada criança 
 Além de estabelecer um relacionamento com a criança e permitir a conclusão bem sucedida 
de procedimentos odontológicos, estas técnicas podem ajudar a criança no desenvolvimento 
de uma atitude positiva para a saúde bucal 
 
DIGA-MOSTRE-FAÇA: 
 Explicações verbais 
 Demonstrações para o paciente 
 Sem desviar da explicação e da demonstração, faz-se 
Objetivos: os objetivos do 
“Diga-Mostre-Faça” são: 
1. Ensinar os aspectos 
importantes da visita 
odontológica e familiarizar o 
paciente com 
os elementos do consultório; 
2. Moldar a resposta do 
paciente aos procedimentos 
através da dessensibilização 
ante expectativas bem 
definidas 
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 Indicações: Pode ser usado em todos pacientes. 
Contra-indicações: Nenhuma *crianças com deficiências 
CONTROLE DE VOZ: 
 Alteração controlada do volume, do tom ou do ritmo 
 Avisar aos pais sobre o uso da técnica - pais não-familiarizados com esta técnica podem 
beneficiar-se de uma explicação antes de seu uso a fim de impedir um mal-entendido. 
Objetivos: Os objetivos do controle da voz são: 
1. Ganhar a atenção e a cooperação do paciente; 
2. Prevenir o comportamento negativo ou a recusa da criança; 
3. Estabelecer papéis apropriados na relação “adulto-criança”. 
Indicações: Pode ser usado em todos pacientes. 
Contra-indicações: Pacientes com problemas de audição. 
 Formular um comando prévio com uma voz assertiva, e com a expressão facial e linguagem 
corporal apropriadas, é a base para a técnica do controle da voz. 
 Embora o controle da voz seja classificado como um dos meios da orientação comunicativa, 
ele pode ser considerado de natureza aversiva por alguns pais. 
COMUNICAÇÃO NÃO VERBAL: 
 Postura, expressão facial e linguagem corporal do profissional. 
Objetivos: Os objetivos de uma comunicação não-verbal são: 
1. aumentar a eficácia de outras técnicas de abordagem comunicativa; 
2. ganhar ou manter a atenção e a cooperação do paciente. 
Indicações: Pode ser usado em todos pacientes. 
Contra-indicações: nenhuma 
 
REFORÇO POSITIVO: 
 Feedback apropriado 
 Recompensar comportamentos desejados 
 Reforçadores não sociais como lembrançinhas e brinquedos podem ser usados 
Objetivo: Reforçar o comportamento desejado. 
Indicações: Pode ser usado em todos pacientes. 
Contra-indicações: Nenhuma. 
 
• DISTRAÇÃO 
 Desviar a atenção do paciente do que possa ser percebido 
como um procedimento desagradável 
 Ex.: Pausa curta após um procedimento longo 
Objetivos: Os objetivos da distração são: 
1. Diminuir a percepção dos estímulos desagradáveis; 
2. Evitar o comportamento do negativo ou de recusa. 
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Indicações: Pode ser usado em todos pacientes. 
Contra-indicações: Nenhuma Contenção  caiu em desuso, caso necessite já é feita a sedação 
 
EXAME CLÍNICO, DIAGNÓSTICO E PLANO DE 
TRATAMENTO EM ODONTOPEDIATRIA 
 Odontologia passou do enfoque puramente curativo e restaurador, no qual se baseava, para a 
valorização da prevenção. 
 Hoje, o tratamento visa à intervenção do profissional ao mínimo grau necessário e 
estimula a participação do paciente no processo saúde-doença. 
 O exame do paciente tem como objetivo a coleta de dados, que, por sua vez, constitui a base 
do diagnóstico 
 Sucesso = anamnese correta, exame clínico completo, diagnóstico e plano de tratamento 
adequados 
 Recolher o maior número de dados possível, fornecidos pelo paciente durante a anamnese e 
nos exames clínico e radiográfico 
 Igual ao do adulto 
 Determina o sucesso do tratamento 
3 Tipos: 
 Emergencia: colhe o mínimo de informações para o tratamento ser rápido e preciso; é 
necessário diante de processos agudos e de emergência, principalmente nos casos de 
dor, abscessos agudos, traumatismos, entre outros. DEVE SER: Rápido e preciso – 
sucesso está relacionado com a capacidade do dentista no diagnóstico de doenças 
agudas; 
 Panorâmico: Visão geral; Rápida avaliação das condições gerais da criança – breve 
exame da boca, RX, e pequeno questionário de saúde relacionado queixa principal. 
Finalidade: detectar doenças visíveis na busca superficial e indicar o exame completo. 
Realizado em triagens odontológicas; 
 Completo: Sistemática total  Anamnnese, exame clínico e exames complementares; 
Procura obter o máximo de informações com o objetivo de conseguir o melhor 
diagnóstico. 
“Em Odontopediatria, a fim de se estabelecer um plano de tratamento que comporte as 
necessidades de cada paciente, deve-se observar que ele deverá envolver não só a criança, 
mas, também, a família e o meioambiente em que ela vive, para que o sucesso do 
tratamento seja alcançado e mantido de maneira satisfatória para todos: criança, 
familiares e profissionais.” 
Diagnóstico  Prognóstico  Plano de tratamento 
Ficha Clínica: para ser completa, além dos dados de identificação, anamnese, informações 
clínicas, odontograma e plano de tratamento, necessita, fundamentalmente, da síntese 
diagnóstica e do relatório final. 
Anamnese ou história clínica: entrevista com os pais ou responsável, que seja capaz de dar 
informações claras e precisas sobre a criança. A história clínica é o primeiro passo na evolução 
do diagnóstico, por meio de interrogatório bem dirigido e agradável, sendo de extrema 
importância, pois representa o início da interação perfeita dentistacriança-pais 
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História Médica: 
 Apanhado geral da saúde do paciente 
História Médica Passada: história médica pregressa consiste em obter informações sobre 
possíveis doenças sistêmicas com alguma gravidade, como doenças cardiovasculares, alergias, 
doenças da infância, febre reumática, reações a anestesias anteriores. 
 Condições de saúde geral da família, doenças infecciosas, tratamentos medicamentosos 
e cirúrgicos que a criança recebeu, bem como o ambiente em que vive, que possam 
estar contribuindo para sua doença atual. 
 Considerar ainda os antecedentes hereditários e o comportamento psicológico da 
criança e dos seus pais. 
 
 
 
História Médica Atual: 
 Pesquisar os problemas médicos atuais e os medicamentos que a criança porventura 
utiliza no 
momento. 
 Caso a criança apresente algum problema atual, torna-se indispensável que o dentista 
mantenha contato com o pediatra dela, no sentido de saber detalhes a respeito da 
enfermidade presente e que orientarão sobre a conduta clínica a ser tomada, pois é 
comum, nesses casos, a criança estar sob medicação ou outra terapêutica que possam 
influenciar no tratamento dentário de maneira relevante. 
 conhecer a condição da carteira de vacinação, o estado geral de saúde, se há algum 
tratamento médico em andamento, os problemas respiratórios ou outros que possam 
interferir na condução do tratamento dentário 
Antecedentes Hereditários: 
 Suspeita de doenças herdadas 
 Indice de cárie familiar 
 Problemas ortodônticos de parentes 
Hábitos: 
 Higiênicos: hábitos profiláticos do paciente – quantas vezes escova os dentes, se escova 
sozinho ou com o auxílio da mãe, se faz uso de fio dental etc. 
 Nocivos: se o paciente apresenta hábitos deletérios à saúde bucal, como chupar dedos ou 
chupetas, onicofagia, bruxismo, hábitos deletérios de postura lingual e respiração bucal 
 Alimentares: se o paciente faz uso de mamadeiras, especialmente da noturna, chás e outros 
líquidos açucarados, além de ingerir guloseimas entre as refeições. 
 
EXAME CLÍNICO E DIAGNÓSTICO 
“Dá-se normalmente com o uso dos sentidos naturais humanos na análise dos sinais, 
classicamente definidos como: inspeção, palpação, percussão e auscultação.” 
INSPEÇÃO 
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 Avaliação visual; 
 É utilizado no primeiro contato com a criança, ao ver ela na recepção; 
 Observar sinais que mostrem um desvio de padrão de normalidade; 
 Observam-se traços: anatômicos, fisiológicos e psíquicos da criança; 
PALPAÇÃO 
 Uso da sensação tátil de estruturas normais e detecção de estruturas anormais; 
 Cadeias ganglionares devem exigir cuidados especiais; 
 Exemplo:a parotídea, com localização anteroinferior à orelha, a submandibular, sob a 
borda inferior da mandíbula e a submentoniana. 
 (linfonodos) 
PERCUSSÃO 
 Associa o contato físico ao sentido auditivo 
 Seu uso é bastante restrito no exame diagnóstico odontopediátrico, em razão da 
possibilidade de desencadear sintomatologia dolorosa além de produzir sensações que 
podem ser erroneamente interpretadas pelas crianças. 
AUSCULTAÇÃO 
 Interpretações de alteração na articulação temporomandibular (ATM) ou crepitações na 
análise de fraturas. 
EXAME CLÍNICO GERAL 
 Coleta de informações sobre possíveis alterações que possam indicar doenças de ordem 
sistêmicas 
 Estatura/Peso 
 Movimentos 
 Fala 
 Mãos – estado emocional 
 Pele 
EXAME EXTRABUCAL REGIONAL 
 Inicialmente dirigido à região da cabeça e do pescoço 
 Cabeça – variações em tamanho, forma, assimetrias 
 Olhos – miopia, exoftalmia e doenças inflamatórias; Movimentos do globo ocular – 
indicação de estrabismo e paralisia 
 Ouvidos - Distúrbios auditivos e relatos de vertigens 
 Nariz – observar condição anatômica, possíveis obstruções, rinites, sinusites alérgicas – 
alterações na respiração bucal estabelecem princípios para tratamentos periodontal e 
ortodôntico 
 Pescoço – palpação ganglionar - Linfonodos, cervicais, submandibulares e occiptais 
 ATM - Palpação e auscultação da articulação temporomandibular. 
 Simetria bucal, dimensões e o tipo facial ortodôntico básico 
NOTAÇÃO DENTÁRIA 
 Para a dentição permanente, os quadrantes são representados pelos números de 1 a 4 e a 
decídua, de 5 a 8, ou seja, o algarismo 1 identifica o quadrante superior direito, o 2 o 
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superior esquerdo, o 3 o inferior esquerdo e o 4, o inferior direito, para a dentição 
permanente. 
 Os algarismos de 5 a 8 correspondem aos quadrantes da dentição decídua. Os dentes 
presentes nos quadrantes recebem números de 1 a 8 para os permanentes e de 1 a 5 para os 
decíduos, dispondo-os da linha média para posterior (de incisivos para molares) 
 
EXAME CLÍNICO INTRABUCAL 
 Apreciação direta expressiva e palpação digital das estruturas bucais, necessitando o 
profissional de boa fonte de iluminação para a visualização confortável das estruturas 
anatômicas. 
 Instrumentais: espelho bucal infantil, sonda exploradora, pinça clínica, espátula de madeira, 
gaze, algodão, fio dental e, ainda, como auxiliares do exame físico bucal, substâncias 
evidenciadoras de placa bacteriana e pastas profiláticas. 
 Conduzir de forma padronizada: condições dos tecidos moles bucais, a análise da oclusão 
em desenvolvimento e, por fim, as anomalias dentárias eventualmente observadas. 
 Tecidos moles que incluam orogaringe, tonsilas e úvula 
 Higiene Bucal e condição periodontal 
 Tecidos duros dentais 
 
EXAME DOS TECIDOS MOLES 
Lábios: mucosas labial e bucal; cor e textura teciduais, inserção muscular dos freios labiais e 
tonicidade ou, ainda, a possíveis lesões da mucosa bucal, representadas por manchas, pápulas, 
vesículas e ulcerações; 
Palato: palato duro e mole; cor, textura, ductos, rugosidades e presença de lesões; 
Orofaringe: tonsilas e adenoides 
Assoalho Bucal: glândulas salivares sublingual e submandibular, presença de linfonodos e 
lesões 
Língua: tonalidade, forma, presença de papilas linguais, ulcerações e pigmentações, higiene, 
inserção do freio 
Periodonto: prevenção – observar cor, contorno e textura, sondagem e sangramentos; Higiene; 
 
EXAME CLÍNICO DENTÁRIO 
 Em geral, o exame clínico dentário consta da avaliação da cor, da forma, do tamanho, do 
número, identificando cada dente; 
 A presença de erosão, abrasão e fraturas, as condições das restaurações presentes, a 
mobilidade dentária e a relação de contato dos dentes devem ser observadas com rigor; 
 Presença de cáries e/ou lesão cariosa; 
 Realizar profilaxia prévia; 
 Acompanhar por quadrantes e avaliar cada dente isoladamente 
“O exame diagnóstico da cárie dentária pode ser realizado com métodos alternativos às 
sondagens realizadas pelo uso do explorador. São usados recursos da inspeção visual (após 
profilaxia profissional para a remoção da placa bacteriana), exame radiográfico (radiografias 
interproximais) e exame tátil (uso da sonda da OMS).” 
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EXAME DE OCLUSÃO 
“O estudo da oclusão, em especial em Odontopediatria, está relacionado com o processo 
dinâmico de desenvolvimento dentário e o padrão de crescimentoósseo referente à faixa etária 
da criança.” 
 A consideração da análise da oclusão faz-se distintamente para as dentições decídua e mista. 
 Dentição Decídua: observar os tipos de arcada (tipos I, II de Baume ou misto); a presença 
de espaços primatas, a relação terminal do segundo molar decíduo, chave de caninos, 
sobressaliência e sobremordida e a presença de mordida cruzada. 
 Dentição Mista: relações molar e canina, a relação incisiva e as mordidas cruzadas. 
 O exame clínico rotineiro da oclusão abrange a observação do perfil e da simetria facial, a 
linha média dentária, a relação esquelética maxila/mandíbula, a posição dos lábios no perfil 
da porção inferior da face e a sequência de erupção, quando o caso for específico 
 Trabalhar em conjunto com a Ortodontia e Ortopedia – solução de casos de maloclusões e 
problemas de crescimento e desenvolvimento. 
EXAMES COMPLEMENTARES 
Adicionados ao exame clínico, permitem a elaboração conclusiva do diagnóstico, fornecendo, 
ainda, subsídios ao prognóstico, ao plano terapêutico e à preservação do paciente. 
- Radiográficos 
- Laboratoriais 
 EXAMES RADIOGRÁFICOS: exame radiográfico odontopediátrico, são preconizadas 
apenas as radiografias necessáriase de controle, em virtude da proteção contra a exposição 
exagerada da criança às radiações ionizantes. Observar radiograficamente, além das 
estruturas já citadas, a presença de dentes supranumerários, a relação espacial do dente 
decíduo com o germe sucessor, a sequência de irrupção e o equilíbrio rizólise-rizogênese. 
 EXAMES LABORATORIAIS: aqueles indicados devem revestir-se de valor prático 
definido, de tal forma que o cirurgião-dentista saiba indicá-lo, bem como interpretar seus 
resultados. Os exames de laboratório amplamente utilizados são: biópsia para o exame 
anatomopatológico, tempo de sangramento e de coagulação 
 
DIAGNÓSTICO: 
 O diagnóstico de crianças não envolve apenas a identificação da doença e a distinção entre 
uma e outra, como também inclui o reconhecimento de outras condições que representam 
um desvio da condição esperada ou desejada. 
PROGNÓSTICO: 
 Deve prever, com base na doença ou anomalia presente e em experiência anterior, a 
avaliação 
relativa à evolução, duração e cura da doença. 
 Considerar: tipo de doença, dano anatomofuncional produzido, efetividade dos recursos 
terapêuticos, estado geral de saúde da criança e, principalmente, as condições psicológicas 
 
 
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PLANO DE TRATAMENTO 
 
“Todo e qualquer tratamento em Odontopediatria deve ter três objetivos básicos: a prevenção 
da cárie dentária, da doença periodontal e das maloclusões.” 
 Antes de iniciar qualquer procedimento de tratamento, devem ser informados aos 
responsáveis o estado atual da saúde bucal da criança, o plano de tratamento e sua 
sequência. 
 O estabelecimento do plano de tratamento definirá os trabalhos que deverão ser feitos, o que 
não impede que venham a ocorrer modificações durante o tratamento propriamente dito. 
1. EMERGÊNCIAS 
 A urgência das necessidades odontológicas da criança deve ser considerada no 
planejamento do tratamento. Pode ser apropriado adiar ou modificar o tratamento até que o 
cuidado rotineiro possa ser realizado utilizando técnicas apropriadas de adaptação do 
comportamento. 
 Dor e Trauma 
 Opções: Conservação da polpa; Extirpação pulpar e tratamento endodôntico; Exodontia 
 Sempre que possível, a exodontia deve ser postergada, optando-se pelo tratamento 
conservador na emergência; 
 Caso a criança que necessita de tratamento de emergência apresente-se com múltiplas lesões 
de cárie, deve-se dar primeiro atenção à queixa principal (emergência) 
 Os casos de traumatismos em dentes anteriores decíduos e permanentes, com frequência, 
constituem-se em atendimento de emergência 
 Podem-se encontrar, ainda, em caráter de emergência, algumas afecções em tecidos moles, 
sendo as mais frequentes na clínica infantil as estomatites bacteriana, micótica (monilíase) e 
virótica (herpética). 
2. TRATAMENTO MÉDICO-SISTÊMICO 
“Quando a anamnese e o exame clínico sugerirem a existência de problema de origem geral, o 
cirurgião- dentista deverá consultar o médico da criança, para se assegurar da saúde e 
segurança desta durante o tratamento. Em caso de dúvida por parte dos pais e suspeita do 
profissional, é aconselhável o encaminhamento para que seja feita uma avaliação antes de se 
iniciar o tratamento dentário.” 
 Consultar o pediatra da criança 
 Ver a relação entre os procedimentos a serem realizados por você dentista e a saúde da 
criança 
 Interações medicamentosas 
3. EDUCAÇÃO DO PACIENTE 
 Imprescindível para o sucesso e continuidade do tratamento 
 Além de educar o paciente, o profissional deverá saber motivá-lo o suficiente para obter a 
sua cooperação. 
 Inicialmente avaliar quanto a sucetibilidade à cárie e sua frequência; Pesquisa da dieta, 
consumo de alimentos cariogênicos; 
 Ensino da escovação dental 
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 Orientação de higiene bucal – feita após a evidenciação de placa com soluções 
evidenciadoras; 
 Valorizar a importância da presença de biofilme como fator etiológico das doenças, bem 
como a forma de evidencia-la; 
4. TRATAMENTO PREPARATÓRIO 
 Cárie  principal problema da clínica odontopediatrica 
 Pacientes portadores de cárie ativa ou rampante devem ser submetidos a tratamentos 
preparatórios que visem a eliminar e controlar o quadro antes de se iniciar o tratamento 
restaurador, ortodôntico ou protético. 
 O tratamento preparatório consiste basicamente em adequação do meio bucal e eliminação 
de focos. 
 Assim, a adequação do meio bucal consiste na eliminação dos fatores que colaboram para 
manter o pH do meio baixo, favorecendo o processo de desmineralização dentária em 
detrimento da remineralização  diminuir a ingestão de alimentos cariogênicos, realizar 
controle periódico e remoção de placa bacteriana da superfície do esmalte e de todas as 
lesões dentinárias; 
2 Tipos de Lesões Cariosas: desenvolvimento agudo, doloridas e de evolução rápida; e de 
desenvolvimento crônico, indolores e pigmentadas  saber diferenciar pois possuem diferentes 
tratamentos! 
Lesão de Cárie de Desenvolvimento Agudo: 
 Dentina mais permeável; 
 Túbulos dentinários normais; 
 Processos operatórios como preparo cavitário, proteção pulpar e restauração definitiva 
necessitam de cuidados prévios  destinados a promover o restabelecimento da polpa às 
suas 
condições normais e estimular a formação de dentina esclerosada e reparadora. 
Lesão de Cárie de Desenvolvimento Crônico: 
 Dentina impermeável; 
 Túbulos dentinários esclerosados; 
Adequação do meio: sempre indicado em casos de lesões agudas  forma rápida e eficaz de 
reduzir a microbiota 
Cáries Profundas: 
 Cuidado extremo – diagnósticos de doença pulpar 
 Obturação temporária pode induzir a formação de abscessos em decorrência da baixa 
capacidade reparadora da polpa ou por uma polpa em fazes de degeneração ou, mesmo, já 
mortificada. 
Medidas Preventivas De Controle De Carie: 
 Remineralizarão do esmalte em casos de mancha branca e porosidades superficiais  
aplicação tópica de flúor na forma de vernizes e géis; 
 Pacientes com alto risco de cárie ou que apresentam dentes permanentes recém irrompidos 
 bochechos com soluções fluoretadas 
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 “A eliminação de focos deve ser realizada, sempre que possível, antes do tratamento 
restaurador.” 
 
5. EXODONTIA 
 “A exodontia, quando tem caráter de emergência, por consequência de infecção, dor ou 
traumatismo deve receber atenção precoce no plano de tratamento.” 
 Indicação: só é feita após serem esgotadas todos os recursos clínicos para manter o dente na 
arcada; 
 RX: Preceder todas as exodontias; Dando informações como: Grau de de rizólise (absorção 
das raízes) do dente decíduo, proximidade com o germe do sucessor permanente,grau de 
rizogênese (fechamento do ápice) do permanente e a condição do tecido ósseo de suporte; 
 Reabsorção radicular acentuada – exodontias em geral são simples; 
 Sempre que possível, iniciar a extração pelos dentes superiores posteriores em razão da 
maior facilidade da técnica anestésica; 
 Perdas precoces de dentes decíduos – fechamento de espaço e alta porcentagem de 
maloclusão;  “Quanto maior o tempo entre a exodontia e a irrupção do permamente, 
maior a possibilidade de má posição do permanente” 
 Levar em conta o aspecto ortodôntico 
6. TRATAMENTO PULPAR 
 Dentes cariados com possibilidade de comprometimento pulpar – Rx para verificar 
 Levar em consideração: condição pulpar, o período em que o dente permanecerá na boca, o 
tipo de restauração a ser indicada, o tempo total de tratamento e a cooperação necessária por 
parte do paciente, bem como o custo do tratamento. 
 Considerar o equilíbrio rizólise-rizogênese-erupção 
 Dentes Permanentes jovens portadores de cáries profundas em fase aguda: optar sempre que 
possível pelo tratamento conservador da vitalidade pulpar  polpa com grande potencial 
reparador 
 
7. SELANTES DE FÓSSULAS E FISSURAS 
“Como parte do tratamento preparatório, antes do tratamento restaurador, propõe-se a 
aplicação de selantes de fóssulas e fissuras à base de ionômeros de vidro, especialmente em 
dentes permanentes recém-irrompidos e em erupção, com o objetivo de beneficiar as superfícies 
oclusais rígidas e ainda não maturadas.” 
 Fóssulas e fissuras de permanentes favorecem a retenção de detritos alimentares – alta 
frequência de cárie na superfície oclusal de molares (principalmente em dentes recém 
irrompidos); 
 Selantes à base de bisfenol glicidil metaerilato (BIS-GMA): indicados para dentes 
posteriores decíduos e permanentes, sem cáries proximais e oclusais. Eventualmente, 
poderão ser aplicados no cíngulo de incisivos superiores ou em algumas irregularidades de 
esmalte; 
 Os percentuais de redução do índice de cárie têm-se apresentado altamente significantes 
com o uso deste método de selamento oclusal, tanto para dentes decíduos como para 
permanentes; 
 O selante ionomérico tem sido preferido ao selante resinoso por causa de suas propriedades 
de 
biocompatibilidade, adesão, liberação de fluoretos e manutenção da higidez da camada 
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superficial de esmalte, sem a necessidade de realizar ataque ácido;  acelera o processo de 
maturação pós eruptiva, favorecendo a liberação de íons flúor para superfície do esmalte 
dentário, auxilia no vedamento de fóssulas e fissuras; ALÉM DISSO  superfícies 
inicialmente desmineralizadas pelo processo carioso podem sofrer acelaração da 
remineralização por este procedimento, com a paralização ou até mesmo reversão do 
processo, favorecendo a cicatrização ou cronificação de lesões incipientes; 
 Controle do Selante: feito semestralmente – caso haja perda do material pode ser reaplicado; 
Dentes decíduos podem receber o mesmo tipo de tratamento caso tenha necessidade; 
 
8. TRATAMENTO RESTAURADOR 
Antes de se restaurar o dente decíduo, alguns fatores, além da cárie, devem ser considerados, 
como: 
 
 Idade da criança 
 Grau de acometimento da cárie 
 Condição do dente e do osso de suporte (observado em radiografias) 
 Época de esfoliação normal 
 Consequência de sua remoção ou manutenção em relação à saúde da criança 
 Avaliação do espaço na arcada dentária. 
Toda e qualquer restauração a ser executada em dentes decíduos deve obedecer à oclusão e 
respeitá-la, visando à reconstrução correta do diâmetro mesiodistal e da altura cérvico-oclusal, a 
fim de evitar problemas ortodônticos futuros. 
Escolha do material restaurador: necessidade funcionais da restauração proposta, avaliação 
do risco de cárie do paciente e do resultado estético desejado; 
Dentes Decíduos com destruição extensa da coroa, opções: 
 Dentes Posteriores: coroas de aço, blocos metálicos fundidos, restauração de amálgama 
(ainda é uma possibilidade, mesmo perdendo espaço para as restaurações diretas e indiretas 
com resinas compostas) 
 Dentes Anteriores: coroas de resina composta associada ou não a coroas de acetato, bem 
como matrizes confeccionadas pelo próprio profissional são as escolhas atuais. 
 
 Desde que possível, o tratamento restaurador deve ser realizado por quadrantes, começando 
pelos dentes posteriores superiores. 
 O isolamento deve estar sempre presente, favorece a obtenção de trabalhos com elevado 
padrão de qualidade 
9. ORTODONTIA PREVENTIVA 
 O exame da oclusão deve ser realizado sistematicamente e, como rotina em todo e qualquer 
paciente, com o objetivo de detectar não só os problemas presentes, como também os riscos 
de desvios potenciais dos padrões aceitáveis da oclusão. 
 Ter o diagnóstico preciso antes de tentar corrigir 
 Consultar o profissional da especialidade, caso o odontopediatra e/ou clínico não tenham 
conhecimentos suficientes em Ortopedia e Ortodontia Preventiva. 
 
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PROFILAXIA E ATF (APLICAÇÃO TÓPICA DE FLÚOR – QUANDO NECESSÁRIA) 
 Entre os diferentes métodos utilizados na prevenção da cárie dentária, as aplicações tópicas 
de soluções fluoretadas têm demonstrado apreciável redução da incidência de cárie, em 
cerca de 40% dos casos; 
 Os benefícios preventivos do flúor são muito maiores no dente recém-irrompido, cujo 
esmalte não se apresenta completamente calcificado, sendo, por isso, mais suscetível ao 
ataque carioso, principalmente durante os primeiros meses após a sua irrupção; 
 Assim, as aplicações tópicas de flúor contribuirão para aumentar a concentração de flúor no 
esmalte superficial, tornando-o mais resistente ao desenvolvimento da cárie; 
 A frequência das aplicações deve ser ditada pelas condições e necessidades apresentadas 
por cada paciente; 
 Semestralmente durante todo o período de maior suscetibilidade à cárie, até 2 anos após a 
irrupção dos permanentes – até o paciente completar 15 anos; 
 Atenção especial deve ser dada aos pacientes com alta suscetibilidade à cárie ou portadores 
de lesões ativas; 
 As aplicações de flúor nas lesões de manchas brancas e no esmalte desmineralizado são 
eficazes em qualquer idade 
 Outra forma de aplicação tópica – BOCHECHOS com soluções fluoretadas (simplicidade e 
economia) 
 
Indicação de bochechos: 
 Com cárie rampante, pelo menos, enquanto persista a alta suscetibilidade à cárie 
 Portadores de aparelhos ortodônticos, que favorecem o acúmulo de placa bacteriana 
 Com grandes reabilitações e múltiplas margens de restaurações que apresentam locais de 
alto risco de cáries 
 Que, por causa do uso de medicamentos, cirurgia, radioterapia, quimioterapia etc., 
apresentam salivação reduzida e maior formação de cáries 
 Incapazes de obter higiene bucal aceitável. 
 
Contra-indicações: crianças que não tenham capacidade de reter água na boca – podem 
engolir o líquido (intoxicação crônica por fluoretos – fluorose dentária) 
 
DAR PRIORIDADE PARA DENTES PERMANENTES!! 
 
ALTERAÇÕES NA ORDEM DO PLANO DE TRATAMENTO: 
Quando haverá alteração no plano de tratamento? 
 Idade (ser muito nova para determinados procedimentos) 
 Comportamento infantil 
 A doença, o trauma, a dor, ou a infecção de avanço rápido, geralmente ditam pronto 
atendimento. Adiar parte ou todo o tratamento, ou empregar intervenções terapêuticas (por 
exemplo, técnica restauradora atraumática (ART) verniz fluoretado, antibióticos para o 
controle da infecção), até que a criança possa cooperar pode ser conduta apropriada quando 
baseada em uma avaliação individualizada dos riscos e dos benefícios dessa opção. O 
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dentista deve explicar os riscos e os benefícios de tratamentos claramente adiados ou 
alternativos, e, para tal, deve obter do pai ou responsável o consentimento informado 
 Deve se considerar adiar ou retardar o tratamento nos casosem que o comportamento do 
paciente se torna histérico ou incontrolável. 
CONTROLE PERIÓDICO  O dentista que determina de acordo com o caso 
O controle é feito de acordo com a necessidade de cada paciente, que pode ser avaliada segundo 
alguns fatores, como: 
 Atividade prévia de cárie dentária 
 Exames clínicos das lesões de cárie presentes 
 Hábitos alimentares 
 Hábitos de higiene bucal 
Casos especiais: 
dentes anteriores traumatizado – verificar a vitalidade pulpar – acompanhar através de 
radiografias e testes clínicos, mínimo 60 dias 
dentes permanentes submetidos a capeamento pulpar indireto ou direto – analisar a 
resposta pulpar – através de rx após 45 a 60 dias 
Tratamentos Pulpares em dentes decíduos – principalmente em casos com lesões – 90 dias 
Reabilitações extensas, presença de próteses ou aparelhos – monitorados com frequência e 
rigor 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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RADIOLOGIA EM ODONTOPEDIATRIA 
 Em suma, o exame radiográfico deve ser realizado apenas quando contribuir 
efetivamente para promover alterações no diagnóstico, oferecer a possibilidade de 
influenciar na tomada de decisão sobre o plano de tratamento a ser realizado 
acrescentando outras informações úteis a ambos, ou seja, não se justifica o uso de 
radiografias apenas para exame de rotina; 
 Indicações: detecção de lesões de carie, os traumatismos, as alterações no 
desenvolvimento dentário e os exames de outras condições patológicas; 
 Preferível a realização de tomadas radiográficas de boca toda apenas quando o 
paciente apresenta evidência clínica dessas alterações. 
 A técnica radiográfica interproximal é considerada de escolha para a determinação 
da presença/ausência da lesão, bem como da sua profundidade; 
 Nenhuma condição além das lesões de carie justificam a realização de exames 
radiográficos sistemáticos em crianças; 
DIAGNÓSTICO DE CÁRIES: 
 Radiografia Interproximal: probabilidade de detecção de lesões interproximais 
 Lesões na face oclusal: rx com finalidade de determinar a profundidade da 
lesão; 
 Como aparece no RX: A imagem radiolúcida aparece de forma triangular em 
esmalte, com o ápice voltado para o limite amelo-dentinário e em dentina com a 
base voltada para o limite amelo-dentinário. 
 Estudos sugerem que muitas dessas lesões permanecem restritas ao esmalte por, 
pelo menos 12 meses. 
 As faces oclusais de molares permanentes são também consideradas mais 
propensas ao 
desenvolvimento de lesões cariosas que as faces proximais. Entretanto, o 
fenômeno da “carie oculta”, quando a lesão em dentina é radiograficamente 
visível sob uma superfície clinicamente sadia de esmalte, deve ser considerada. 
 Determina-se a frequência da realização do exame radiográfico de acordo com o 
risco que ele apresenta em desenvolver novas lesões. Isto posto, sugere-se de 2 a 
3 anos de intervalo para aquelas crianças classificadas como Baixo Risco, ou 
seja, sem lesões de carie proximal ou com lesões ocasionais, e 1 ano de intervalo 
para as classificadas como Alto Risco, ou seja, que apresentem lesões em 
dentina em faces proximais. 
A. DISTÚRBIO DE DESENVOLVIMENTO DOS DENTES 
ANOMALIAS DE NÚMERO 
- Raíz Supranumerária: aumento do número de raízes quando comparadas aos 
padrões de normalidade; 
- Anodontia: falta de desenvolvimento total; 
- Dentes Supranumerários: excedem ao número normal de elementos dentários 
(mesiodentes, distomolares, paramolares, pré-decíduos) 
ANOMALIAS DE ESTRUTURA 
- Amelogênese Imperfeita: alterações de desenvolvimento na estrutura do esmalte; 
- Hipoplasia de Esmalte: defeito visível no esmalte causado por fatores ambientais, 
fossetas, ranhuras ou ausência de esmalte; 
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- Dentinogênese Imperfeita: dentes de raízes curtas e cônicas, constrição cervical, 
câmaras pulpares obliteradas e atrição grave 
- Displasia Dentinária: Não deve ter correlação com doença sistêmica ou 
dentinogênese imperfeita. Os dentes apresentam-se com câmaras pulpares 
obliteradas, raízes hipodesenvolvidas e lesões periapicais. 
- Odontodisplasia Regional: anomalia de desenvolvimento, referida como dentes 
fantasmas, extensos efeitos sobre a formação de esmalte, dentina e polpa; 
ANOMALIAS DE FORMA 
-Macrodontia: dimensões além do limite de normalidade; Geral ou Localizada 
- Microdontia: dimensões aquém da normalidade; Geral ou localizada 
- Geminação: bipartição de um germe dentário – coroa com aspecto bífido 
- Fusão: união de dois germes dentários – pode ser completa ou incompleta – 
- Dens in Dent: dente invaginado – invaginação em sentido à cavidade pulpar 
-Molar em Amora: formações nodulares na face oclusal – hiploplasia sifilítica; 
- Incisivo de Hutchinson: Coroa em forma de barril – hiploplasia sifilítica; 
- Concrescência: dentes unidos pelo cemento; 
- Cúspide em Garra: projeção externa em forma de cúspide a partir do cíngulo em 
direção a borda incisal: Síndrome de Rubinstein-Taybi. 
-Taurodontia: aumento de dimensão da câmara pulpar no sentido ocluso-apical, 
nvolvendo molares; 
- Dilaceração: angulação anormal ou curvatura na raiz ou com menor frequência na 
coroa do dente 
-Esmalte ectópico (perolas de esmalte): presença de esmalte em locais incomuns 
sobretudo na raiz 
- Hipercementose: deposição excessiva de cemento não neoplásico contínuo ao tecido 
radicular normal; 
 
ANOMALIAS DE ERUPÇÃO E ESFOLIAÇÃO 
- Dente não irrompido 
- Transposição: elementos dentários em posições deslocadas no arco dentário; 
- Giroversão: posição vertical correta e seu longo eixo girado no seu sítio de erupção; 
- Retenção: permanência dos dentes dencíduos nos arcos podendo apresentar ou não rizólise; 
- Ectopia: dente irrompe fora de seu sítio normal ou em sítios incomuns; 
- Infraoclusão: molares decíduos; dentes aquém do plano oclusal 
- Irrupção prematura: ocorre antes de apresentar dois terços de formação radicular 
- Irrupção retardada: dente ultrapassa os dois terços de formação radicular e ainda não 
irrompeu na cavidade bucal; 
- Raízes residuais decíduas: presença de fragmentos dentários que não sofreram rizólise no 
osso alveolar; 
TUMORES ODONTOGÊNICOS 
- Ameloblastoma: pode ter lesões assintomáticas, grau de expansão dos maxilares, 
prevalência por mandíbula (região posterior) pode estar associado a dentes irrompidos; 
RX  Aspecto de bolhas de sabão ou favos de mel; 
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- Ameloblastoma Periférico; 
- Ameloblastoma Unicístico; 
- Tumor odontogênico escamoso: intraósseo, entre raízes de permanentes, mobilidade 
dentária, dor, aumento de volume; RX área radiolúcida unilocular entre raízes do 
dente; 
-Tumor odontogênico adenomatoide: assintomático, pode apresentar expansão 
cortical; pode apresentar-se como um fibroma ou lesão fibromatosa da gengiva; RX  
aspecto unilocular bem definido ao redor da coroa e parte da raíz de um dente não 
irrompido 
- Fibroma ameloblástico: região posterior de mandíbula, indolor, associado a distúrbio 
de erupção; RX  radiolucência bem demarcada associada a um dente mal posicionado 
- Fibro-odontoma ameloblástico: assintomático associado a distúrbio de erupção; 
RX  imagem radiolúcida uni ou multilocular bem delimitada com variados graus de 
radiopacidade, dependendo do grau de mineralização 
- Odontoma Composto: principalmente diagnosticado em crianças e adolescentes; 
Pode ocorrer em qualquer área dos maxilares (mais afetada a porção anterior da 
maxila); Indolores de crescimento lento; RX  coleção de estruturas semelhantes a 
dentes envolvidas por um halo radiolúcido 
*Ocorrência de múltiplos odontomas compostos  Síndrome de Gardner (doença 
autossômica dominante) 
- Odontoma Complexo: Hamartoma no qual esmalte e dentina, e em alguns casos 
cemento, estão presentes; RX massa radiopaca esférica ou ovóide com uma delgada 
margem radiolúcida periférica. 
- Odontoblastoma: aspectos de ameloblastoma e odontoma; Raro, expansão óssea,reabsorção radicular; deslocamento de dentes e dor; RX aspecto uni ou multilocular 
bem definido, com áreas radiopacas. Associada a dentes não irrompidos; 
-Tumor Ontogênico ou cisto calcificante: benigno, conhecido também como cisto de 
Gorlin; Região de incisivos e caninos, assintomáticas; RX  lesões radiolúcidas 
uniloculares com margens bem definidas evariável presença de material radiopaco; 
Pode ter reabsorção e afastamento radicular; 
-Fibroma Odontogênico: predominância gênero feminino; Associado a coroa de 
dentes irrompidos; RX  radiolucência unilocular com margem esclerótica bem 
definida e rara ocorrência de material calcidicada; 
- Mixoma Odontogênico: mandíbula, região de molares;assintomáticas, pode ocorrer 
perfuração das corticais; RX  aspecto radiolúcido uni ou multilocular, favos de mel 
com fino trabeculado; 
- Cementoblastoma: formação de tecido cementóide em conexão com a raiz do dente; 
Mandíbula, primeiro molar permanente; Aumento de volume das tábuas ósseas; Dentes 
permanecem vitais; RX  massa radiopaca ou mista que envolve a raiz e circundada 
por um halo radiopaco; 
 
•Manifestações bucais de doenças sistêmicas 
•Alterações regressivas dos dentes 
•Reações periapicais e inter-radiculares 
 
 
 
 
 
 
 
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CISTOS ODONTOGÊNICOS 
 
 
•Osteomielite – infecção no osso 
B. PERIGOS DA RADIAÇÕES IONIZANTES 
•Efeitos nocivos – proteção 
 As crianças são mais suscetíveis aos efeitos tardios da radiação que os adultos. Isso porque 
suas células, por serem mais jovens, estão em estado de menor diferenciação e o risco de 
alguma célula ser afetada pelos efeitos nocivos das radiações ionizantes pode ser maior 
nestes pacientes; 
 Seguir os princípios ALARA (As Low As Reasonable Achievable) com a 
finalidade de minimizar a dose de radiação recebida pelo paciente. 
 Princípios: utilização de filmes radiográficos mais sensíveis; Realizar uma 
correta técnica para evitar repetições; Imprescindível a utilização de aventais 
protetores de tireóide de borracha plumbífera para crianças e acompanhantes; 
 Células mais jovens e em fase de mitose são mais sensíveis – quanto mais jovens 
maior a vulnerabilidade o que explica a necessidade de utilização de meios de 
proteção nas crianças e gestantes 
 
C.TÉCNICAS RADIOGRÁFICAS EM ODONTOPEDIATRIA 
•TÉCNICAS INTRABUCAIS: adaptação de filmes oclusais; Periapicais, interpoximais 
 
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Pode ser feita com posicionador com pela técnica da bissetriz; 
•TÉCNICAS EXTRABUCAIS: panorâmicas 
•TÉCNICA DE FAZZI – inrrusão de anteriores por trauma - A radiografia lateral do nariz, 
ou lateral de Fazzi (Fazzi et al., 1989), pode ser utilizada para a localização de corpos 
estranhos, dentes supranumerários ou dentes decíduos intruídos após traumatismos, visando 
avaliar a posição das raízes ou mesmo a profundidade de intrusão. 
 
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TERAPÊUTICA MEDICAMENTOSA EM 
ODONTOPEDIATRIA 
Os autores são unânimes em afirmar que a criança não é um adulto em miniatura e que as 
variações em razão da idade não são ocasionadas apenas pelas diferenças de tamanho, mas, 
sim, por condições fisiológicas e estruturais que vão se manifestando com a evolução do 
desenvolvimento; 
Os parâmetros mais utilizados para o cálculo da porcentagem da dose do adulto que deve 
ser ministrada à criança são o peso, a idade e a superfície corporal; 
Criança é Hiporreativo – “toma mais medicamento”  meia vida medicamentosa mais 
rápida 
Criança tem o metaboliso acelerado; 
RN  (0-6 meses) hiper-reativos 
+2 anos hiporreativo 
+12  Normorreativos 
Cálculo de Dose: O cálculo da dose de um medicamento levando-se em conta a superfície 
corporal seria provavelmente o método mais adequado de se estimar a dose segura para 
crianças, pois o efeito farmacológico ideal baseia-se no metabolismo e no volume corpóreo. 
A desvantagem desse parâmetro é a necessidade de serem conhecidos o peso e a estatura da 
criança além do uso de tabelas especiais para a determinação de tal superfície. 
Via de Administração mais frequente: Oral; Os medicamentos em forma líquida (gotas, 
suspensão, xarope) são mais indicados pela facilidade de ingestão. Ocasionalmente via retal 
 
ANTIBIÓTICOS EM ODP 
Para uma criança saudável e sem sinais de disseminação do processo infeccioso, a terapia 
antibiótica pode não ser necessária quando se conseguiu a remoção do agente agressor. 
Enfatizar que a função do antibiótico é auxiliar os mecanismos de defesa do organismo. 
Entretanto, existem algumas situações especiais em que o seu uso está indicado: quando os 
mecanismos de defesa do hospedeiro estiverem comprometidos ou, então, quando a 
infecção for grave causando sinais de disseminação sistêmica. 
Situações clínicas em que está indicada a antibioticoterapia: 
1- Manejo de Feridas Bucais – feimentos nos tecidos moles, fratura coronária, 
deslocamento dentário 
2- Edema facial agudo de etiologia odontológica - Se, após exame clínico, for constatada a 
necessidade de tratamento endodôntico, a cobertura antibiótica deve ser realizada por 7 
dias para conter a disseminação da infecção. 
3- Trauma Dental 
4- Doença pediodontal - Em doenças periodontais associadas a doenças sistêmicas como 
neutropenias, síndrome de Papillon-Lefèvre ou deficiência na adesão leucocitária, o 
sistema imune está incapaz de controlar o avanço de patologias periodontais. Nesse 
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caso, deve-se avaliar a possibilidade de antibioticoterapia complementar ao tratamento 
periodontal. 
5- Sinais de disseminação do processo infeccioso ( ex.: linfonodos palpáveis, celulite, 
trismo dispneia (comprometimento da passagem de ar) ou sinais de ordem sistêmica ( 
ex.: febre, disfalgia (falta de apetite), mal-estar, rápida disseminação do processo 
infeccioso e infecções persistentes; 
6- Para pacientes com comprometimento dos mecanismos de defesa (ex.: leucemia, 
agrulocitose, diabetes melito descompensado, doenças de Addison, HIV positivo e 
leucopenia) 
Quais antibióticos utilizar em Odontopediatria? 
Penicilinas: são os antibióticos de primeira escolha no manejo de infecções odontogênicas, pois 
os microrganismos anaeróbios e aeróbios gram-positivos são suscetíveis a elas. 
 Penicilinas G: É encontrada sob três formas: penicilinas G potássica, procaína e 
benzatina. Trata-se de medicamentos utilizados apenas pela via parenteral. O seu 
uso fica restrito a situações em que a VO está comprometida e nas infecções leves 
por causa de seu pequeno espectro de ação. 
 Amoxicilina: A amoxicilina é o fármaco de primeira escolha para o tratamento de 
infecções bucais. O seu largo espectro (e ação contra gram-negativos aeróbios) 
aumenta a probabilidade de causar superinfecção, além de ocorrerem reações 
alérgicas, como erupções cutâneas. 
 Amoxicilina + Ácido clavulânico: Em pacientes que não mostram melhora do 
quadro clínico em 48 h de terapia com as penicilinas, pode estar ocorrendo 
resistência bacteriana. O ácido clavulânico não tem poder antibacteriano por si só, 
mas inibe a enzima betalactamase, portanto faz com que a amoxicilina se torne 
efetiva contra alguns microrganismos, antes 
resistentes. 
Macrolídeos: todos apresentam o anel lactônico 
 Eritromicina: está indicada em infecções leves, apresentando-se como uma alternativa 
para tratar as infecções da cavidade bucal em pacientes alérgicos à penicilina. 
Distúrbios gastrintestinais, por causa da propriedade irritante do antibiótico, são os 
problemas mais comumente encontrados. 
 Claritromicina: A claritromicina é um antibiótico análogo à eritromicina. É de duas a 
quatro vezes mais efetiva que o seu análogo contra Streptococcus, Staphylococcus e 
bactérias anaeróbias. As principais vantagens de se usar a claritromicina contra 
infecções comuns é a pequena ocorrência de efeitos colaterais gastrintestinais e a 
comodidade de administração quando comparada à da eritromicina. Azitromicina: similar à claritromicina, mas com a vantagem de apresentar excelente 
penetração 
tecidual, sendo sua meia-vida sérica e tecidual longa (40 e 60 h, respectivamente), 
requerendo, portanto, apenas uma dose diária. 
Lincosamidas: 
Clindamicina: antibióticos indicados para tratar infecções ósseas, como osteomielites e 
osteítes. 
 
1ª Opção: Amoxicilina 
2ª Opção: Amoxicilina + Metranidazol 
3ªOpção: Clindamicina 
Amoxicilina + Clavulanato = Claviulim 
ou Novamox 
Efeito Colateral: Diarréia (criança) 
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DOSES DE MANUTENÇÃO 
•Amoxicilina (infecções leves e moderadas); 
Amoxicilina 500mg( tem outras apresentações comerciais, 125mg, 250mg e 500mg) 
Amoxicilina 20mg/kg/dose, com intervalos de 8 horas 
Azitromicina / Claritromicina 
Claritromicina – 7,5 mg/ kg a cada 12 horas 
Azitromicina – 15 a 30 mg/ kg a casa 24 horas 
•Amoxicilina + Metronidazol (infecções severas); 
Amoxicilina 20mg/kg + Metronidazol 10 mg/kg a cada 8 horas 
Clindamicina 
Clindamicina - 7,5 mg/kg a cada 6/8 horas 
EMPREGO PROFILÁTICO DE ANTIBIÓTICOS EM ODP 
INDICAÇÕES 
• Pacientes suscetíveis à endocardite bacteriana 
Ex.: Valvas cardíacas protéticas, Endocardite bacteriana 
prévia, Prolapso de valva mitral com regurgitação valvar e/ou 
espessamento dos folhetos valvares, etc 
• Pacientes que apresentam grandes implicações no controle 
metabólico 
Ex.: Diabéticos muito descompensados 
• Pacientes que apresentam patologias que interferem no 
sistema de defesa e que fazem uso de drogas imunossupressoras 
Ex.: Primeiros 2 anos após colocação de prótese total articular 
e/ou história de infecções de próteses articulares (em pacientes selecionados - diabéticos, 
hemofílicos, subnutridos, etc) 
• Pacientes que apresentam risco de infecções articulares 
Ex.: Diálise por meio de cateteres 
Ex.: Neutropênicos, pacientes com doenças auto-imune, 
transplantados 
Ex.: Algumas situações especificas de instalação de implantes 
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• Pacientes renais crônicos** 
• Instalação de materiais protéticos* 
* Indicação de profilaxia antibiótica deve ser feita baseada no 
risco e benefício. 
** A endocardite bacteriana nesse caso é causada invariavelmente por bactérias da pele; a 
indicação de profilaxia antibiótica 
deve ser feita baseada no risco e benefício (infecção da fístula) 
Para odontopediatria tem-se atenção especial para febre reumática! 
Protocolo Padrão: 
Amoxicilina 
 50mg/kg de peso corporal 
Dose única, via oral, 1 hora antes do procedimento 
Pacientes Alérgicos as Penicilinas: 
Clindamicina 
50mg/kg de peso corporal 
Dose única, via oral, 1 hora antes do procedimento 
Azitromicina ou Claritromicina 
15mg/kg de peso corporal 
Dose única, via oral, 1 hora antes do procedimento 
Impossibilidade de uso Oral: 
Ampicilina 
50mg/kg de peso corporal, via IM ou IV 
Dose única, 30 minutos que antecede o procedimento 
Impossibilidade de Uso Oral e Alérgicos: 
Clindamicina 
20mg/kg de peso corporal via IV 
Dose única, 30 minutos que antecede o procedimento 
 
 
Cefazolina 
25mg/kg de peso corporal, via IM ou IV 
Dose única, 30 minutos que antecede o procedimento 
 
ANTIBIÓTICOS NÃO RECOMENDADOS PARA USO INFANTIL 
•Tetraciclinas: capacidade de as tetracilinas provocarem pigmentação endógena na coroa 
dentária e redução do crescimento ósseo na criança e hepatoxicidade na mãe. As tetracilinas 
podem pigmentar tanto os dentes decíduos como os permanentes, quando administrados 
durante os seus desenvolvimentos (iniciando-se no 5o mês de vida intrauterina, prolongando-se 
até os 6 a 7anos), mesmo em doses terapêuticas. Podem também provocar hipoplasia. 
 
 
•Cloranfenicol: Os efeitos adversos produzidos pelo cloranfenicol podem ser mais graves do que 
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a infecção que está sendo tratada. As reações causadas pelo cloranfenicol afetam a medula óssea, 
manifestando-se por anemia provocada pela diminuição na absorção de ferro pelas células 
precursoras de eritrócitos. Podem ser desenvolvidas trombocitopenia e neutropenia intensas. 
Esses efeitos são reversíveis após a suspensão do tratamento com cloranfenicol. 
 
•Aminoglicosídeos: São antibióticos tóxicos, causando toxicidade renal, auditiva e vestibular. A 
mais grave delas é a perda da audição, de forma irreversível, mesmo em doses terapêuticas. 
(NEBACETIM) 
 
ANALGÉSICOS E ANTI-INFLAMATÓRIOS EM ODP 
Controlar a inflamação e, consequentemente, a dor é um dos desafios em Odontopediatria. 
“A redução ou controle da dor se manifesta por inibição direta dos mediadores bioquímicos da 
dor no local da lesão. Todos os analgésicos e anti-inflamatórios de ação periférica são, em 
graus diferentes, inibidores do sistema enzimático das ciclo-oxigenases (COX1 e COX2). Essa 
inibição resulta na redução da prostaglandina e, em consequência, haverá atenuação da 
resposta dos receptores da dor e da inflamação.” 
IMPORTANTE: Não ultrapassar a dose do adulto/mesmo intervalo entre as doses! 
 
Dor leve a moderada: 
 
Dipirona 
Dipirona Sódica (Solução 500mg/ml): 0,5 a 1 gota/kg (não excedendo 
40 gotas) 
Ibuprofeno 
Ibuprofeno (Solução 50mg/ml): 1 gota/ Kg (não excedendo 40 gotas) 
Paracetamol 
Paracetamol (Solução de 200 mg/ml: 1 gota/kg (não excedendo 
35 gotas) 
Dor de maior intensidade: 
- Dipirona, Ibuprofeno e Paracetamol (Dipirona  1gota; Ibuprofeno  Ajustar o horário ; 
Paracetamol  35 gotas 
Betametasona 
Betametasoma 4 mg (Decadron® e Celestone®, respectivamente) – 1 comp. (ou 2 
comp. De 2 mg no caso da betametasona) dose única, 1h pré-operatório 
(preferencialmente) 
IMPORTANTE: Em odontopedriatria não existe “usar até 3 dias”, “se houver dor”  
determinar a duração de acordo com o procedimento! 
 
 
TRANQUILIZANTES OU ANSIOLÍTICOS EM ODP 
Os métodos adotados nessas situações têm o objetivo de evitar um desagradável e improdutivo 
confronto com a criança e criar um ambiente que facilite o desenvolvimento da confiança entre 
ela e o profissional, permitindo a realização dos procedimentos com o mínimo de interrupção. 
Odonto Rb & Agregados 
 
Realizar em crianças com mais de 30kg 
POR QUE? 
 Diminui ansiedade e medo, aumenta limiar de dor 
 Segurança para o paciente 
 Resposta psicológica positiva 
QUANDO FAZER? 
 Sempre que a ansiedade não for controlada por métodos alternativos ou convencionais; 
em casos de urgências com traumatismos 
COMO? 
 Tranquilização verbal, hipnose, benzodiazepínicos, inalatórios (óxido nitroso) + 
COMUM 
 
Midazolan 
Midazolan 0,2 a 0,5 mg/Kg (nunca ultrapassado dosagem do adulto - 15mg) 
OBS.: rápido início de efeito, maior ação hipnótica 
Diazepan 
Diazepan 0,2 a 0,5 mg/Kg (nunca ultrapassado dosagem do adulto - 10mg) 
OBS.: início de efeito um pouco mais demorado, menor ação hipnótica 
 
 
SEDAÇÃO EM ODONTOPEDIATRIA. 
 Somente um profissional treinado e capacitado deve administrar a sedação oral para 
uma criança em consultório odontológico. 
 A sedação consciente se caracteriza pela manutenção da comunicação verbal, na qual 
as instruções verbais são compreendidas e os reflexos protetores mantidos. 
 Em alguns casos, pode ocorrer amnésia (o que deve ser avisado aos pais). 
 Os medicamentos que causam a sedação consciente são seguros, mas 
não são livres de risco. 
 A sedação medicamentosa (em consultório) deve ser realizada por via oral, em dose 
única pré-operatória 
A sedação pode ser classificada em quatro tipos: 
• Sedação mínima: resposta normal ao estímulo verbal 
• Sedação moderada (sedação consciente): resposta moderada ao estímulo verbal e tátil 
• Sedação profunda: resposta forçada a repetidos estímulos verbais e dolorosos 
• Anestesia geral: não responsivo mesmo a estímulos dolorosos 
A sedação é necessária por alguns motivos: 
• Tratamento de pacientes ansiosos ou com fobia ao tratamento odontológico quando das 
técnicas convencionais 
de condicionamento 
• Procedimentos muito traumáticos

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