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Apostila eHO-102 - ALUNO - 2021

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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO 
 
ESCOLA POLITÉCNICA DA USP 
 
 
 
 
 
 
PECE – PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA 
 
EAD – ENSINO E APRENDIZADO À DISTÂNCIA 
 
 
eHO-102 
 
AGENTES FÍSICOS I 
 
 
 
ALUNO 
 
 
 
SÃO PAULO, 2021 
 
 
EPUSP/PECE 
CURSO: ESPECIALIZAÇÃO EM HIGIENE OCUPACIONAL 
 
EDIÇÃO/ANO: 1/2021 
 
CRÉDITOS: 
Escola Politécnica da Universidade de São Paulo - EPUSP 
DIRETORA: LIEDI LEGI BARIANI BERNUCCI 
 
Programa de Educação Continuada - PECE 
COORDENADOR GERAL: LUCAS ANTÔNIO MOSCATO 
 
Laboratório de Controle Ambiental, Higiene e Segurança na Mineração - LACASEMIN 
COORDENADOR: SÉRGIO MÉDICI DE ESTON 
VICE – COORDENADOR: WILSON SHIGUEMASA IRAMINA 
ASSESSORIA TÉCNICA E ADMINISTRATIVA: MARIA RENATA MACHADO STELLIN 
 
Equipe Técnica 
Conversores Presencial para distância (CPD) 
 - CAROLINA COSTA BATISTA 
 - LUCAS BICUDO TING 
 - KARLA JULIANE DE CARVALHO 
 
Filmagem e Edição (FE) 
 - THALITA SANTIAGO DO NASCIMENTO 
 
Instrutores Multimídia à distância - IMAD (TUTORIA) 
 - DIEGO DIEGUES FRANCISCA 
 - FELIPE BAFFI DE CARVALHO 
 - RENATA JULIANA LEMOS MARINHO 
 
Equipe Administrativa 
 - NEUSA GRASSI DE FRANCESCO 
 - CRISTIANE FIDELIS SOARES RIOS 
- RAFAEL DA SILVA CRUZ 
 
ASSESSORIA DE NOVOS PROJETOS EDUCACIONAIS: V ICENTE TUCCI FILHO 
Equipe Financeira 
 - GUSTAVO SIQUEIRA DO NASCIMENTO ANTONIO 
 - MADALENA EIKO HASEGAWA 
Equipe de Divulgação 
 - NATALIA FIRMINO GUCCIONI 
 
“Todos os direitos reservados. Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, sem a 
prévia autorização de todos aqueles que possuem os direitos autorais sobre este documento”.
 
Sumário 
 
 
i 
SUMÁRIO 
CAPÍTULO 1. INTRODUÇÃO AOS AGENTES FÍSICOS ..................................... 1 
1.1. CONCEITUAÇÃO ..................................................................................... 2 
1.2. CLASSIFICAÇÃO E CONSIDERAÇÕES INICIAIS .................................... 2 
1.3. TESTES ................................................................................................... 5 
CAPÍTULO 2. AVALIAÇÃO E CONTROLE DA EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL 
AO RUÍDO ..................................................................................................................... 6 
2.1. INTRODUÇÃO.......................................................................................... 7 
2.2. GRANDEZAS, UNIDADES E EMBASAMENTO TEÓRICO INICIAL ........... 7 
2.2.1. SOM .................................................................................................. 7 
2.2.2. NÍVEL DE PRESSÃO SONORA – DECIBEL ...................................... 8 
2.2.3. GRANDEZAS E DEFINIÇÕES ASSOCIADAS AO SOM/RUÍDO ....... 11 
2.2.4. "COMBINANDO" VALORES EM DECIBEL ....................................... 11 
2.2.5. AUDIBILIDADE / SENSAÇÃO SONORA .......................................... 13 
2.2.6. RESPOSTAS DINÂMICAS ............................................................... 15 
2.2.7. VALOR EFICAZ (RMS) .................................................................... 15 
2.2.8. DETERMINAÇÃO DE NÍVEL DE RUÍDO DE FONTE EM PRESENÇA 
DE RUÍDO DE FUNDO ......................................................................................... 16 
2.3. AVALIAÇÃO DA EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL AO RUÍDO .................... 17 
2.3.1. ASPECTOS TÉCNICO-LEGAIS ....................................................... 17 
2.3.2. DOSE DE RUÍDO............................................................................. 19 
2.3.3. NÍVEL MÉDIO (LAVG) ........................................................................ 23 
2.3.4. DOSIMETRIA DE RUÍDO ................................................................. 24 
2.4. EXERCÍCIOS ......................................................................................... 25 
2.5. NORMA BRASILEIRA NBR 1051 – CONTEXTO E APLICAÇÃO ............. 28 
2.5.1 EFEITOS .......................................................................................... 28 
2.5.2. ASPECTOS LEGAIS ........................................................................ 29 
2.5.3. PRINCIPAIS ASPECTOS DA NBR 10151 ........................................ 32 
2.5.3.4. DETERMINAÇÃO DO NÍVEL CORRIGIDO – LR......................... 34 
2.5.3.5. CONTEÚDO NECESSÁRIO PARA O RELATÓRIO DE ENSAIO 34 
2.6. ATENUAÇÃO DE PROTETORES AURICULARES.................................. 36 
2.6.1. O MÉTODO DO RC/NRR ................................................................. 36 
2.6.2. O MÉTODO DO RC/NRR - QUAL O DBC A USAR? ........................ 37 
2.6.3. CORREÇÕES PARA O USO REAL DOS PROTETORES................. 37 
2.6.4. USO DO DBA AO INVÉS DO DBC ................................................... 38 
2.6.5. O NRRSF......................................................................................... 39 
2.6.6. CÁLCULO DE ATENUAÇÃO AO RUÍDO .......................................... 39 
2.7. ESCLARECIMENTOS E DÚVIDAS SOBRE O AGENTE RUÍDO ............. 45 
2.7.1. PARA COMEÇO DE CONVERSA .................................................... 45 
2.7.2. MEDINDO O NÍVEL DE PRESSÃO SONORA .................................. 47 
2.7.3. CALIBRAÇÃO E AFERIÇÃO ............................................................ 48 
2.7.4. FAZENDO A DOSIMETRIA .............................................................. 49 
2.7.5. ATENUAÇÃO DE PROTETORES .................................................... 50 
2.7.6. DÚVIDAS INICIAIS .......................................................................... 51 
2.7.7. ALGUMAS CURIOSIDADES ............................................................ 52 
 
Sumário 
 
 
ii 
2.8. TESTES ................................................................................................. 54 
CAPÍTULO 3. EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL ÀS VIBRAÇÕES MECÂNICAS ... 57 
3.1 PRÉ-REQUISITOS .................................................................................. 58 
3.2 MODELO MECÂNICO SIMPLIFICADO DO CORPO HUMANO ................ 58 
3.3 CLASSIFICAÇÃO, OCORRÊNCIAS E EFEITOS DA EXPOSIÇÃO ........... 59 
3.4 PARÂMETROS E CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ...................................... 59 
3.5 CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DA EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL A 
VIBRAÇÃO............................................................................................................... 60 
3.5.1. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DA EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL A 
VIBRAÇÃO EM MÃO E BRAÇOS ......................................................................... 61 
3.5.1.1. MEDIÇÃO TRIAXIAL (ISO 5349-2: 2001) ................................... 64 
3.5.2. VIBRAÇÕES DE CORPO INTEIRO ................................................. 68 
3.5.2.2. CONSIDERAÇÕES SOBRE A ISO 2631-1:1997 - VIBRAÇÃO 
MECÂNICA E CHOQUE – AVALIAÇÃO DA EXPOSIÇÃO HUMANA À VIBRAÇÃO 
DE CORPO INTEIRO........................................................................................ 71 
3.5.2.3 CONSIDERAÇÕES SOBRE A DIRETIVA 2002/44/EC DA 
COMUNIDADE EUROPEIA............................................................................... 77 
3.6 MEDIDAS PREVENTIVAS ....................................................................... 77 
3.7 EXPOSIÇÃO À VIBRAÇÃO E A APOSENTARIA ESPECIAL .................... 77 
3.9. EXERCÍCIOS ......................................................................................... 80 
CAPÍTULO 4. ILUMINAÇÃO ............................................................................. 83 
4.1. A CIÊNCIA DA ILUMINAÇÃO ................................................................. 84 
4.1.1. A NATUREZA FÍSICA DA LUZ ......................................................... 84 
4.1.2. GERAÇÃO, PROPAGAÇÃO E PERCEPÇÃO DA LUZ...................... 86 
4.1.3. INCANDESCÊNCIA E LUMINESCÊNCIA ......................................... 86 
4.1.4. REFLEXÃO, TRANSMISSÃO E ABSORÇÃO ................................... 88 
4.1.5. REFLEXÃO LUMINOSA ...................................................................88 
4.1.6. TRANSMISSÃO LUMINOSA ............................................................ 88 
4.1.6.1. TRANSPARÊNCIA E TRANSLUCIDEZ...................................... 89 
4.1.6.2. DIFUSÃO .................................................................................. 89 
4.1.6.3. TRANSMISSÃO SELETIVA ....................................................... 90 
4.1.6.4. ESPALHAMENTO RETROATIVO .............................................. 91 
4.1.6.5. TRANSMITÂNCIA E TRANSMISSIVIDADE ............................... 91 
4.1.7. REFRAÇÃO ..................................................................................... 91 
4.1.8. ABSORÇÃO..................................................................................... 96 
4.1.9. CURVA ESPECTRAL DE EFICIÊNCIA LUMINOSA .......................... 96 
4.1.9.1. CORES ..................................................................................... 97 
4.1.9.2. BRILHO..................................................................................... 97 
4.1.10. GRANDEZAS E UNIDADES FOTOMÉTRICAS............................... 99 
4.1.11. FLUXO RADIANTE ...................................................................... 101 
4.1.12. FLUXO LUMINOSO ..................................................................... 101 
4.1.13. EFICÁCIA LUMINOSA ................................................................. 102 
4.1.14. EFICIÊNCIA GLOBAL DE UMA LÂMPADA .................................. 103 
4.1.15. INTENSIDADE LUMINOSA DE FONTE PONTUAL....................... 104 
4.1.15.1. ÂNGULO SÓLIDO ................................................................. 104 
 
Sumário 
 
 
iii 
4.1.15.2. INTENSIDADE LUMINOSA.................................................... 104 
4.1.16. ILUMINÂNCIA DE UMA SUPERFÍCIE .......................................... 106 
4.1.16.1. ILUMINÂNCIA MÉDIA............................................................ 106 
4.1.16.2. ILUMINÂNCIA NUM PONTO ................................................. 107 
4.1.16.3. MEDIÇÃO DA ILUMINÂNCIA................................................. 109 
4.1.17. LUMINÂNCIA E PERCEPÇÃO DE BRILHO.................................. 109 
4.1.17.1. VARIAÇÃO APENAS DA INTENSIDADE LUMINOSA ............ 111 
4.1.17.2. VARIAÇÃO APENAS DA ÁREA ............................................. 111 
4.1.17.3. VARIAÇÃO APENAS DA DISTÂNCIA DE OBSERVAÇÃO ..... 111 
4.1.17.4. VARIAÇÃO APENAS DA DIREÇÃO DE OBSERVAÇÃO ........ 111 
4.1.18. REFLETÂNCIA ............................................................................ 112 
4.1.19. MÉTODO PONTO A PONTO PARA CÁLCULO DA ILUMINÂNCIA 113 
4.2. A NATUREZA DO PROBLEMA............................................................. 116 
4.2.1. GERENCIAMENTO MODERNO, ILUMINAÇÃO, SEGURANÇA E 
PRODUTIVIDADE .............................................................................................. 116 
4.2.2. ILUMINAÇÃO E PRODUTIVIDADE ................................................ 117 
4.2.2.1. PESQUISAS DE LABORATÓRIO ............................................ 117 
4.2.2.2. PESQUISAS EM MINAS SUBTERRÂNEAS............................. 117 
4.2.3. ILUMINAÇÃO E ACIDENTES ......................................................... 118 
4.2.3.1. DADOS GERAIS DA INDÚSTRIA ............................................ 118 
4.2.4. ILUMINAÇÃO E SAÚDE OCUPACIONAL....................................... 119 
4.2.4.1. CONSEQUÊNCIAS DE UMA ILUMINAÇÃO INADEQUADA ..... 119 
4.2.4.2. RISCOS ASSOCIADOS........................................................... 120 
4.3. EXEMPLOS OCUPACIONAIS .............................................................. 120 
4.4. NORMAS TÉCNICAS E LIMITES DE TOLERÂNCIA ............................. 123 
4.4.1. TERMOS TÉCNICOS DE ILUMINAÇÃO......................................... 123 
4.4.2. ILUMINAÇÃO DE AMBIENTES DE TRABALHO INTERNOS .......... 124 
4.4.2.1. NBR 5413: 1992 ...................................................................... 124 
4.4.2.2. NHO-11 ................................................................................... 128 
4.4.2.2.1. CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO .................................................. 129 
4.4.2.2.2. ESCALA DE ILUMINÂNCIA MÍNIMA ..................................... 130 
4.4.2.2.3. ANÁLISE PRELIMINAR ........................................................ 131 
4.4.2.2.4. REPRODUÇÃO DE COR MÍNIMA ........................................ 132 
4.4.2.3. AVALIAÇÃO EM ÁREAS EXTERNAS ...................................... 133 
4.4.2.4. LIMITES DE TOLERÂNCIA ..................................................... 133 
4.5. AÇÕES CORRETIVAS ......................................................................... 134 
4.6. CASOS REAIS ..................................................................................... 135 
4.7. TÓPICOS AVANÇADOS – PROJETO DE ILUMINAÇÃO EM SUBSOLO136 
4.7.1. OBJETIVOS DE UM PROJETO MINEIRO DE ILUMINAÇÃO .......... 136 
4.7.2. PROJETO PELO MÉTODO PONTO A PONTO .............................. 139 
4.8. TESTES ............................................................................................... 141 
CAPÍTULO 5. PRESSÕES .............................................................................. 145 
5.1. PRESSÕES ANORMAIS ...................................................................... 146 
5.2. EFEITOS DA PRESSÃO ATMOSFÉRICA NO ORGANISMO ................ 146 
5.2.1. BAROTRAUMA .............................................................................. 146 
 
Sumário 
 
 
iv 
5.2.2. EMBOLIA TRAUMÁTICA PELO AR................................................ 147 
5.2.3. EMBRIAGUEZ DAS PROFUNDIDADES......................................... 147 
5.3. MEDIDAS DE CONTROLE ................................................................... 148 
5.3.1. COMPRESSÃO ............................................................................. 148 
5.3.2. DESCOMPRESSÃO ...................................................................... 148 
5.3.3. CÂMARA DE COMPRESSÃO ........................................................ 150 
5.4 RESUMO DAS MEDIDAS DE CONTROLE PARA TRABALHO SOB AR 
COMPRIMIDO EM TUBULÕES PNEUMÁTICOS E TÚNEIS PRESSURIZADOS..... 155 
5.4.1. RELATIVAS AO AMBIENTE........................................................... 155 
5.4.2. RELATIVAS AO PESSOAL ............................................................ 155 
5.5. CORRELAÇÃO ENTRE A ALTITUDE, A PRESSÃO ATMOSFÉRICA E A 
PRESSÃO PARCIAL DO OXIGÊNIO ...................................................................... 156 
5.6. EFEITOS DA ALTITUDE NO ORGANISMO .......................................... 157 
5.6.1. A CURTO PRAZO .......................................................................... 157 
5.6.2. A MÉDIO PRAZO ........................................................................... 157 
5.6.3. A LONGO PRAZO.......................................................................... 157 
5.7. MEDICINA HIPERBÁRICA E OXIGENIOTERAPIA HIPERBÁRICA (O2HB)
 .............................................................................................................................. 157 
5.8. TESTES ............................................................................................... 159 
BIBLIOGRAFIA .............................................................................................. 161 
ANEXO A ....................................................................................................... 165 
ANEXO B ....................................................................................................... 170 
 
 
Capítulo 1. Introdução aos Agentes Físicos 
 
 
eHO – 102 Agentes Físicos I / 1
o
 ciclo de 2021. 
1 
 
 
 
 
 
CAPÍTULO 1. INTRODUÇÃO AOS AGENTES FÍSICOS 
 
 
OBJETIVOS DO ESTUDO 
Conceituar e apresentar a classificação dos agentes físicos e do espectro 
eletromagnético. 
 
Ao final deste módulo o aluno deveráestar apto a: 
 
 Identificar, na classificação geral dos agentes físicos, o domínio de cada agente 
físico na faixa espectral de sua família; 
 Reconhecer fontes potenciais dos agentes físicos do capítulo; 
 Aplicar os limites de exposição correspondentes; 
 Aplicar a legislação ocupacional pertinente; 
 Enunciar as principais características de cada agente; 
 Enunciar as medidas gerais de controle relativas a cada agente. 
 
 
Capítulo 1. Introdução aos Agentes Físicos 
 
 
eHO – 102 Agentes Físicos I / 1
o
 ciclo de 2021. 
2 
 
1.1. CONCEITUAÇÃO 
Em última análise, todos os agentes físicos representam formas de energia, 
dispersas no ambiente por sua geração inerente associada a sistemas ou equipamentos, 
ou ainda por desvios ou vazamentos deles (controláveis ou não), que venham a interagir 
com o homem em seu trabalho. 
 
O organismo está exposto a ondas de natureza mecânica (ruído, ultrassom e 
infrassom), forças ou esforços (vibrações mecânicas), interações elétricas, magnéticas e 
eletromagnéticas (ionizantes e não ionizantes), partículas subatômicas (ionizantes), 
interações térmicas diretas (calor e frio), variações de pressão. A ACGIH estende a 
consideração de agentes físicos aos esforços repetitivos e levantamento de pesos, já no 
campo da ergonomia. Esta grande família não tem fim, pois pesquisadores continuam 
evidenciando partículas formadoras de partículas subatômicas (embora provavelmente 
sem risco de exposição ocupacional). 
 
1.2. CLASSIFICAÇÃO E CONSIDERAÇÕES INICIAIS 
A classificação tradicional dos agentes físicos é: 
 
 Ruído (ondas de pressão, ondas mecânicas); 
 Interações Térmicas: 
 Calor; 
 Frio; 
 Vibrações; 
 Pressões Anormais; 
 Radiações Eletromagnéticas. 
 Ionizantes: 
 Radiação ou partículas alfa, beta; 
 Radiação gama; 
 Raios X; 
 Nêutrons. 
 Não-Ionizantes: 
 Radiofrequência e Micro-ondas; 
 Radiação Infravermelha; 
 Radiação Visível (LUZ); 
 Radiação Ultravioleta; 
 LASER e MASER. 
 
Devemos agregar ainda, complementando as famílias: 
 Infrassom, Ultrassom (ondas de pressão, mecânicas); 
 Campos magnéticos estáticos; 
 Campos elétricos estáticos. 
 
Uma classificação sucinta do espectro eletromagnético é dada na Figura 1.1, como 
aparece no livreto de limites de exposição da ACGIH (v. referências). 
 
Capítulo 1. Introdução aos Agentes Físicos 
 
 
eHO – 102 Agentes Físicos I / 1
o
 ciclo de 2021. 
3 
 
Todos os agentes serão detalhados nos assuntos subsequentes, mas uma exceção 
deve ser feita quanto às pressões anormais, pois não são em verdade do ofício da 
higiene ocupacional. Essas exposições ocorrem em ambientes hipobáricos e hiperbáricos 
(sendo mais frequentes e graves os do último caso). 
 Os ambientes hiperbáricos são aqueles representados por trabalhos em tubulões 
ou caixões pneumáticos, ou ainda no mergulho subaquático. Pressões da ordem dos 4 
kgf/cm2 (primeiros casos) até dezenas de kgf/cm2 (no mergulho profundo) submetem o 
organismo a riscos de doenças específicas e acidentes descompressivos (com risco de 
fatalidades). Todavia, não são do ofício da higiene no sentido que não existe o processo 
de reconhecimento, avaliação e controle do agente na forma tradicional. 
 As variações de pressão são impostas pelo processo, e o controle dos tempos e 
gradientes de pressão (compressivos e descompressivos) são a chave do controle, além 
da grande supervisão médica necessária. São, portanto, medidas de controle 
operacional, administrativo e médico que predominam, e a ação sobre o agente é 
bastante relativizada. São em verdade um caso à parte nos agentes físicos. 
 
Vale ainda comentar que em muitos “membros” das famílias de radiações existe 
conhecimento ainda por se consolidar, e áreas polêmicas quanto a efeitos nocivos como 
as linhas transmissão de alta tensão, os telefones celulares e suas antenas rádio base. 
Neste último caso, é bom lembrar do alerta da OMS/IARC sobre o risco aumentado 
de alguns tumores de cérebro vinculados à exposição a telefones celulares. Veja em 
www.iarc.fr. Também há zonas de penumbra nos casos das reais potencialidades 
carcinogênicas dessas radiações não ionizantes para outras situações. 
Finalmente, vale lembrar que muitos dos membros dessas famílias não apresentam 
qualquer estímulo sensorial por ocasião da exposição, o que torna seu reconhecimento 
difícil, aliado ao fato de muitos equipamentos industriais não apresentarem informações 
“explícitas” sobre sua possível emissão. 
 
Capítulo 1. Introdução aos Agentes Físicos 
 
 
eHO – 102 Agentes Físicos I / 1
o
 ciclo de 2021. 
4 
 
 
Figura 1.1. O Espectro Eletromagnético e os TLVs relacionados. 
 
Capítulo 1. Introdução aos Agentes Físicos 
 
 
eHO – 102 Agentes Físicos I / 1
o
 ciclo de 2021. 
5 
 
1.3. TESTES 
1. Qual dessas é uma Radiação Eletromagnética Ionizante? 
a) Radiação Infravermelha. 
b) Radiação Ultravioleta. 
c) Radiação gama. 
d) Laser. 
e) Micro-ondas. 
Feedback: item 1.2. 
2. Todos os agentes físicos produzem efeitos sensoriais relevantes no momento da 
exposição. Esta afirmação é: 
a) Verdadeira. 
b) Falsa. 
Feedback: item 1.2. 
3. Qual das situações abaixo corresponde a uma exposição a pressões acima da 
atmosférica? 
a) Viajar em avião não pressurizado. 
b) Trabalhar ao nível do mar. 
c) Escalar montanhas altíssimas. 
d) Praticar mergulho submarino. 
e) Andar de bicicleta em La Paz (Bolívia). 
Feedback: item 1.2. “Os ambientes hiperbáricos são aqueles representados por 
4. São exemplos de radiações não ionizantes: 
a) Micro-ondas, raios X, luz visível. 
b) Ultravioleta, radar, raios gama. 
c) Elétrons, nêutrons, partículas alfa. 
d) Radiofrequência, ultravioleta, luz visível. 
e) Nêutrons, partículas beta, laser. 
Feedback: item 1.2. 
5. São exemplos de radiações ionizantes: 
a) Micro-ondas, maser, raios X. 
b) Luz visível, ultravioleta, infravermelho. 
c) Partículas beta, nêutrons, partículas alfa. 
d) Raios gama, laser, radiofrequência. 
e) Luz visível, laser, maser. 
Feedback: item 1.2. 
 
 
 
Capítulo 2. Avaliação e Controle da Exposição Ocupacional ao Ruído 
 
 
eHO – 102 Agentes Físicos I / 1
o
 ciclo de 2021. 
6 
 
 
 
 
CAPÍTULO 2. AVALIAÇÃO E CONTROLE DA EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL 
AO RUÍDO 
 
 
OBJETIVOS DO ESTUDO 
 
Ao final deste módulo, o aluno deverá estar apto a: 
 
 Fornecer conceitos básicos sobre ruído, sua avaliação e aspectos técnico-legais 
ocupacionais; 
 Reconhecer a questão do ruído ambiental e a Norma NBR 10151; 
 Apresentar os conceitos básicos sobre a atenuação de protetores auriculares. 
 
 
 
Capítulo 2. Avaliação e Controle da Exposição Ocupacional ao Ruído 
 
 
eHO – 102 Agentes Físicos I / 1
o
 ciclo de 2021. 
7 
2.1. INTRODUÇÃO 
O ruído é um dos principais agentes físicos presentes nos ambientes de trabalho, 
em diversos tipos de instalações ou atividades profissionais. Por sua enorme ocorrência e 
visto que os efeitos à saúde dos indivíduos expostos são consideráve is, é um dos 
maiores focos de atenção dos higienistas e profissionais voltados para a segurança e 
saúde do trabalhador. 
 
2.2. GRANDEZAS, UNIDADES E EMBASAMENTO TEÓRICO INICIAL 
2.2.1. SOM 
Por definição, o som é uma variação da pressão atmosférica capaz de sensibilizar 
nossos ouvidos. 
 
Figura 2.1. Representação da variação da pressão atmosférica. 
 
Esta variação de pressão pode ser representada sob a forma de ondas senoidais, 
com as seguintes grandezas associadas: 
 
 
 
Capítulo 2. Avaliação e Controle da Exposição Ocupacional ao Ruído 
 
 
eHO – 102 Agentes Físicos I / 1
o
 ciclo de 2021. 
8 
P 
 
 
 
 
 
 
 
 
 A 
 
 
 t
 
 
 
 
 
  
 
 
Figura 2.2. Grandezas das ondas senoidais. 
 
2.2.2. NÍVEL DE PRESSÃO SONORA – DECIBEL 
Como os sons podem abarcar uma gama muito grande de variação de pressão 
sonora (faixa dinâmica), quevai de 20 Pa até 200 Pa (Pa = Pascal), seria pouco prática 
a construção de instrumentos para a indicação direta da pressão sonora. Quando a 
grandeza varia muito na faixa de valores usuais, usa-se um artifício. 
Para contornar este problema, utiliza-se uma escala logarítmica de relação de 
grandezas, o decibel (dB). 
O decibel não é uma unidade em si, e sim uma relação adimensional definida pela 
seguinte equação: 
 
 
 L = 20.log
oP
P
 
Sendo: 
L = nível de pressão sonora (dB) 
Po = pressão sonora de referência, por convenção, 20 Pa 
P= Pressão sonora encontrada no ambiente (Pa) 
 
 
Capítulo 2. Avaliação e Controle da Exposição Ocupacional ao Ruído 
 
 
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Para pensar: 
Quantos dB seriam indicados para uma pressão sonora de 20 Pa? (limiar 
aproximado da audição). 
Quantos seriam lidos para uma pressão sonora de 200 Pa? (limiar de audição 
acompanhada de dor). 
 
OBSERVAÇÃO: Ao se utilizar o dB fala-se "nível de pressão sonora". 
Rigorosamente falando, dever-se-ia sempre indicar o valor de referência (20 Pa). Por 
exemplo, 90 dB a 20 Pa (também se usa 90 dB e 20 Pa). Isto não é realmente feito, 
pois a referência é universal no caso das avaliações de ruído. 
Outros: "dB" - O uso do dB se estende a toda grandeza que varia muito, como 
potências elétricas e eletromagnéticas. Mesmo na acústica, há referências diferentes, por 
exemplo, no caso da audiometria. 
 
Nota 2.1. Usando a equação básica: 








0
log10
A
A
dB , exprimir em dB a atenuação 
que a tela protetora da porta do forno de micro-ondas oferece, se o valor atenuado (após 
a tela) é 100.000 vezes menor que o valor interno, sendo este a referência. 
 
Resposta: 
dB
A
A
dB 50
10
log10
0
5







 


 
Ou seja, a tela atenua 50 dB (esta é a atenuação real para o caso de fornos de 
micro-ondas). 
 
A seguir é apresentada uma ilustração comparativa entre situações práticas de 
ruído e os níveis em dB. 
 
 
 
Capítulo 2. Avaliação e Controle da Exposição Ocupacional ao Ruído 
 
 
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Figura 2.3. Situações práticas de ruído e os níveis em dB. 
 
Capítulo 2. Avaliação e Controle da Exposição Ocupacional ao Ruído 
 
 
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11 
2.2.3. GRANDEZAS E DEFINIÇÕES ASSOCIADAS AO SOM/RUÍDO 
 Amplitude (A) – é o valor máximo, considerado a partir de um ponto de 
equilíbrio, atingido pela pressão sonora. A intensidade da pressão sonora é a 
determinante do “volume” que se ouve; 
 Comprimento de Onda () – é a distância percorrida para que a oscilação repita 
a situação imediatamente anterior em amplitude e fase, ou seja, repita o ciclo; 
 Período (T) – é o tempo gasto para se completar um ciclo de oscilação. 
Invertendo-se este parâmetro (1/T), se obtém a frequência (f); 
 Frequência (f) – é o número de vezes que a oscilação é repetida numa unidade 
de tempo. É dada em Hertz (Hz) ou ciclos por segundos (CPS). As frequências 
baixas são representadas por sons graves, enquanto que as frequências altas 
são representadas por sons agudos; 
 Tom Puro: é o som que possui apenas uma frequência. Por exemplo: Diapasão, 
gerador de áudio; 
 Ruído: É um conjunto de tons não coordenados. As frequências componentes 
não guardam relação harmônica entre si. São sons “não gratos” que nos 
causam incômodo, desconforto. Um espectro de ruído industrial pode conter 
praticamente todas as frequências audíveis. 
 
2.2.4. "COMBINANDO" VALORES EM DECIBEL 
Como o decibel não é linear, não pode ser somado ou subtraído algebricamente. 
Para se somar dois níveis de ruído em dB, o caminho natural seria transformar cada um 
em Pascal, através da fórmula já representada, então somar-se-iam algebricamente e, ao 
final, o resultado seria transformado de Pascal para dB. Este método não é prático, 
apesar de correto. A fórmula genérica para a combinação de "n" níveis em dB é: 
Ln= 10 log ( 
n
1i
10
Li
10 ) 
Para uma maior agilidade na combinação de níveis em dB, utiliza-se a tabela 2.1. 
 
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Tabela 2.1. Diferença entre níveis e a quantidade a ser adicionada ao maior nível. 
Diferença entre níveis 
(dB) 
Quantidade a ser adicionada ao 
nível maior (dB) 
0,0 3,0 
0,2 2,9 
0,4 2,8 
0,6 2,7 
0,8 2,6 
1,0 2,5 
1,5 2,3 
2,0 2,1 
2,5 2,0 
3,0 1,8 
3,5 1,6 
4,0 1,5 
4,5 1,3 
5,0 1,2 
5,5 1,1 
6,0 1,0 
6,5 0,9 
7,0 0,8 
7,5 0,7 
8,0 0,6 
9,0 0,5 
10,0 0,4 
11,0 0,3 
13,0 0,2 
15,0 0,1 
 
Nota: para diferenças superiores a 15, considerar um acréscimo igual a zero, 
ou seja, prevalece apenas o maior nível. 
 
 
Capítulo 2. Avaliação e Controle da Exposição Ocupacional ao Ruído 
 
 
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Quadro 2.1. Combinação de níveis em dB 
Combine: 
 
95 & 95 = 98 dB 
95 & 90 = 96,2 dB 
95 & 85 = 95,4 dB 
95 & 75 = 95 dB 
 
Aspectos Práticos: 
 Cada 3 dB a mais ou a menos no nível significam o dobro ou a metade da 
potência sonora; 
 Fontes mais de 10 dB abaixo de outras (num certo ponto de medição) são 
praticamente desprezíveis; 
 A fonte mais intensa é a que "manda" no ruído total em um certo ponto. 
 
2.2.5. AUDIBILIDADE / SENSAÇÃO SONORA 
Tendo em vista que o parâmetro estudado é a pressão sonora, que é uma variação 
de pressão no meio de propagação, deve ser observado que variações de pressão como 
a da pressão atmosférica são muito lentas para serem detectadas pelo ouvido humano. 
Porém, se essas variações se processam mais rapidamente – no mínimo 20 vezes por 
segundo (20 Hz) – elas podem ser ouvidas. 
O ouvido humano responde a uma larga faixa de frequências (faixa audível), que 
vai de 16-20 Hz a 16-20 kHz. Fora desta faixa o ouvido humano é insensível ao som 
correspondente. Estudos demonstram que o ouvido humano não responde linearmente 
às diversas frequências, ou seja, para certas faixas de frequências ele é mais ou menos 
sensível. 
Um dos estudos mais importantes que revelaram tal não-linearidade foi a 
experiência realizada por Fletcher e Munson nos anos 30, que resultaram nas curvas 
isoaudíveis. 
Para compensar essa peculiaridade do ouvido humano, foram introduzidos nos 
medidores de nível sonoro filtros eletrônicos com a finalidade de aproximar a resposta do 
instrumento à resposta do ouvido humano. São chamadas “Curvas de Ponderação ou de 
Compensação” (A,B,C). Vide ilustração a seguir. 
 
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Figura 2.4. Curvas de ponderação ou de compensação. 
 
Destas curvas, a curva “A” é a que melhor correlaciona Nível Sonoro com 
Probabilidade de Dano Auditivo. Portanto é a comumente utilizada em avaliação de ruído 
industrial. 
Observar: o dB "compensado" funciona como uma avaliação "subjetiva" ou do risco 
ao homem; o dB (linear) é uma avaliação objetiva do ruído no ambiente e é importante 
para se conhecer uma fonte de ruído. 
 
Quadro 2.2. Um tom puro de 100 Hz é medido por um medidor nos circuitos A, B, C e 
linear. Que valores serão lidos? 
 
Resposta: 
LINEAR) VALOR REAL (OBJETIVO) 
C) MESMO VALOR 
B) -5dB 
A) -20dB 
OBS: VEJA AS CURVAS DE COMPENSAÇÃO NA FIGURA 2.4. 
 
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O mesmo vai ser feito para um tom puro de 1000 Hz. Que valores serão lidos? 
 
Resposta: TODOS OS VALORES SERÃO IGUAIS 
Se você fabricasse um calibrador de ruído de tom puro, que frequência selecionaria? 
 
Resposta: 
1000 Hz PARA PODER CALIBRAR EM TODAS AS ESCALAS. 
 
2.2.6. RESPOSTAS DINÂMICAS 
Os medidores de ruído dispõem de padrõespara as velocidades de respostas, de 
acordo com o tipo de ruído a ser medido e os objetivos da avaliação. A diferença entre 
tais respostas está no tempo de integração do sinal, ou constante de tempo. 
 “Slow” – resposta lenta – avaliação ocupacional de ruídos contínuos ou 
intermitentes, avaliação de fontes não estáveis; 
 “Fast” – resposta rápida – avaliação ocupacional legal de ruído de impacto (com 
ponderação dB (C)), calibração; 
 “Impulse” – resposta de impulso – para avaliação ocupacional legal de ruído de 
impacto (com ponderação linear). 
 
2.2.7. VALOR EFICAZ (RMS) 
Na representação gráfica em onda senoidal, os valores máximos e mínimos 
atingidos pela mesma são os valores de pico. Tomando-se toda a amplitude (positiva e 
negativa) da onda, temos o valor pico a pico. No caso da avaliação de ruído, o que 
interessa é o valor eficaz desta onda, uma vez que o valor médio entre semiciclo positivo 
e negativo seria zero. O valor eficaz é uma média quadrática (“root mean square” – 
RMS). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Figura 2.5. Representação dos valores de pico e do valor eficaz. 
 
 
Para uma senóide, o valor RMS é 0,707 do valor de pico. O valor de pico, 1,414 
vezes o RMS (raiz de 2). Em dB, o valor de pico está 3 dB acima do valor RMS. Estas 
relações só valem para sons senoidais (tons puros). Para um ruído qualquer, a relação 
deve ser medida (não pode ser prevista). Notar ainda: Os aparelhos de medição 
convencional sempre estão medindo o valor RMS corrente. Este valor pode apresentar 
máximos (dependendo da fonte de ruído) e mínimos. Esse máximos não devem ser 
chamados de "picos", pois o valor de pico é uma designação específica, o maior valor da 
pressão sonora ocorrido no intervalo de medição (há medidores especiais para isso). 
 
2.2.8. DETERMINAÇÃO DE NÍVEL DE RUÍDO DE FONTE EM PRESENÇA DE RUÍDO 
DE FUNDO 
Ruído de Fundo: é o ruído de todas as fontes secundárias, ou seja, quando 
estamos estudando o ruído de uma determinada fonte num ambiente, o ruído emitido 
pelas demais é considerado ruído de fundo. 
A maneira natural de se realizar tal determinação seria desativar as demais fontes, 
ou seja, eliminar todo o ruído de fundo e fazer a medição apenas da fonte de interesse. 
Contudo, tal procedimento nem sempre é simples ou viável, na prática. Sendo assim, 
pode ser utilizado o conceito da "subtração" de dB, através da qual se determina o nível 
da fonte a partir do conhecimento do “decréscimo” global advindo da desativação da 
fonte de interesse. São utilizadas as terminologias e o gráfico abaixo: 
 
Ls+n= ruído total (fonte e fundo) Exemplo: Ls+n=60 dB e Ln=53 dB 
Ln= ruído de fundo Ls+n-Ln=7 dB - L=1 dB 
Ls= ruído da fonte Ls=Ls+n-L = 60-1 = 59dB 
Ls = Ls+n - L 
 
 
 
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17 
 
 
Figura 2.6. Decréscimo global advindo da desativação da fonte de interesse. 
 
Aspectos práticos: 
 Se desligada a fonte, o ruído total se altera pouco, ela é pouco importante; 
 Se desligada a fonte, o ruído total cai muito, a fonte é quem "manda" no ruído 
total (naquele ponto de medição). 
 
2.3. AVALIAÇÃO DA EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL AO RUÍDO 
2.3.1. ASPECTOS TÉCNICO-LEGAIS 
De acordo com a Legislação Brasileira, através da Portaria 3214/78 do Ministério do 
Trabalho - NR 15, Anexo 1, os Limites de Tolerância para exposição a ruído contínuo ou 
intermitente são representados por níveis máximos permitidos, segundo o tempo diário 
de exposição, ou, alternativamente, por tempos máximos de exposição diária em função 
dos níveis de ruído existentes. Estes níveis serão medidos em dB(A), resposta lenta. A 
Tabela 2 da NR 15 da supracitada Portaria é reproduzida a seguir: 
 
Tabela 2.2. NR 15 - Limites de Tolerância para Ruído contínuo ou intermitente. 
Nível de Ruído dB (A) Máxima Exposição Diária Permissível 
85 8 horas 
86 7 horas 
87 6 horas 
88 5 horas 
89 4 horas e 30 minutos 
90 4 horas 
91 3 horas e 30 minutos 
92 3 horas 
93 2 horas e 40 minutos 
94 2 horas e 15 minutos 
95 2 horas 
96 1 hora e 45 minutos 
 
Capítulo 2. Avaliação e Controle da Exposição Ocupacional ao Ruído 
 
 
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98 1 hora e 15 minutos 
100 1 hora 
102 45 minutos 
104 35 minutos 
105 30 minutos 
106 25 minutos 
108 20 minutos 
110 15 minutos 
112 10 minutos 
114 08 minutos 
115 * 07 minutos 
*As atividades ou operações que exponham os trabalhadores a níveis de ruído, contínuo ou 
intermitente, superiores a 115 dB (A), sem proteção adequada, oferecerão risco grave e iminente. 
Quadro 2.3. Se em um dado ponto o ruído de fundo é de 82 dBA, qual o máximo valor 
de uma nova fonte a ser colocada nesse ponto, sem que se exceda o nível permissível 
para 8 horas diárias? 
Observação: O nível permissível para 8 horas diárias é de 85 dBA (tabela 2.2.). 
Resposta: 
Qual será o nível que combinado com um nível de 82 resulta em 85 dBA? 
 
 
 
 
 
Lembrete: A soma de duas fontes com níveis iguais resulta sempre num 
acréscimo de 3 dB ao valor de qualquer uma das fontes. 
 
Capítulo 2. Avaliação e Controle da Exposição Ocupacional ao Ruído 
 
 
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19 
2.3.2. DOSE DE RUÍDO 
Os limites de tolerância fixam tempos máximos de exposição para determinados 
níveis de ruído. Porém, sabe-se que praticamente não existem tarefas profissionais nas 
quais o indivíduo é exposto a um único e perfeitamente constante nível de ruído durante 
a jornada. O que ocorre são exposições por tempos variados a níveis de ruído variados. 
Para quantificar tais exposições utiliza-se o conceito da DOSE, resultando em uma 
ponderação para cada diferentes situações acústicas, de acordo com o tempo de 
exposição e o tempo máximo permitido, de forma cumulativa na jornada . 
Calcula-se a dose de ruído da seguinte maneira: 
D = Te1 / Tp1 + Te2/Tp2 + ..... Tei / Tpi + ...... + Ten /Tpn 
Onde: 
D= dose de ruído 
Tei= tempo de exposição a um determinado nível (i) 
Tpi= tempo de exposição permitido pela legislação para o mesmo nível (i) 
 
Com o cálculo da dose, é possível determinar a exposição do indivíduo em toda a 
jornada de trabalho, de forma cumulativa. 
Se o valor da dose for menor ou igual à unidade (1), ou 100%, a exposição é 
admissível. Se o valor da dose for maior que 1 ou 100%, a exposição ultrapassou o l imite, 
não sendo admissível. Exposições inaceitáveis denotam risco potencial de surdez 
ocupacional e exigem medidas de controle. 
 
Aspectos práticos. 
 A dose de ruído diária é o verdadeiro limite de tolerância (técnico e legal); 
 A dose diária não pode ultrapassar a unidade ou 100%, seja qual for o tamanho 
da jornada; 
 A dose de ruído é proporcional ao tempo: sob as mesmas condições de 
exposição, o dobro do tempo significa o dobro da dose, etc.; 
 Quanto mais alto o nível de um certo ruído e quanto maior o tempo de 
exposição a esse nível, maior sua importância na dose diária; 
 Devemos reduzir os tempos de exposição aos níveis mais elevados, para 
assegurar boas reduções nas doses diárias; 
 Toda exposição desnecessária ao ruído deve ser evitada. 
 
Deve ser ressaltado que em casos de avaliação de doses em tempos inferiores aos 
da jornada, o valor da dose pode ser obtido através de extrapolação linear simples (regra 
de três), como no exemplo: 
 
Tempo de avaliação = 6h 30 min; dose obtida = 87 % p/ jornada de 8 horas: 
6,5 87 
8,0 DJ DJ = 
6,5
87x8
 = 107% 
 
Capítulo 2. Avaliação e Controleda Exposição Ocupacional ao Ruído 
 
 
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20 
Todavia, essa extrapolação pressupõe que a amostra feita foi representativa . 
Nota 2.2. Numa determinada indústria, a exposição o operador de campo A é a 
seguinte: 
 
Nível de ruído junto à zona 
auditiva (dBA) 
Tempo de exposição 
diária (horas) 
85 6 
90 2 
 
A exposição ultrapassa o limite de tolerância? 
 
Resposta: 
Pela tabela 2.2, os limites para 85 dB (A) e 90BdB(A) são respectivamente 8 
e 4 horas. Portanto a dose de ruído será: 
25,1
4
2
8
6
D ou 125% 
O limite será excedido se a soma ultrapassar 1. 
Portanto: 
1,25 > 1 LIMITE EXCEDIDO 
 
 
 
 
Capítulo 2. Avaliação e Controle da Exposição Ocupacional ao Ruído 
 
 
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21 
Nota 2.3. Na mesma empresa, o operador B possui o seguinte perfil de exposição: 
 
Nível de ruído junto à zona 
auditiva (dBA) 
Tempo de exposição 
diária (horas) 
85 4 
95 1 
68 1 
90 2 
 
A exposição ultrapassa o limite de tolerância? 
 
Resposta: 
Pela tabela 2.2., temos que o limite para 85, 90 e 95 dB são, respectivamente, 
8, 4 e 2 horas. Assim: 
5,1
2
1
4
2
8
4
D ou 150% 
Portanto, excede o limite. 
NOTA: Nos cálculos de dose só são levados em conta valores iguais ou superiores 
a 80 dBA. Esta orientação é uma recomendação da OSHA (legislação norte -
americana), NIOSH (entidade de estudos e pesquisas, governamental, norte – 
americana) e da NHO-01 (norma ocupacional da Fundacentro, autarquia dedicada a 
estudos e pesquisas do Ministério do Trabalho e Emprego). 
 
 
 
Capítulo 2. Avaliação e Controle da Exposição Ocupacional ao Ruído 
 
 
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22 
Nota 2.4. 
A) O mecânico de manutenção possui o seguinte perfil de exposição: 
 
Nível de ruído junto à zona 
auditiva (dBA) 
Tempo de exposição 
diária (horas) 
100 1 
95 0,5 
85 6 
75 0,5 
 
Qual sua dose de ruído? 
 
Resposta: 
Pela tabela 2.2, temos que o limite para 85, 95 e 100 dB são, respectivamente, 
8, 2 e 1 horas: 
2
1
1
2
5,0
8
6
D ou 200% 
 
B) Na mesma empresa, porém em outro setor, há um operador de extrusora que se 
expõe a um nível único de 90 dB (A) por toda sua jornada de 8 horas. Qual sua dose? 
 
Resposta: 
Utilizando a mesma tabela 2.2., o limite para 90 dB (A) é de 4 horas. Portanto: 
2
4
8
D 
Ou seja, 200% 
 
 
 
 
Capítulo 2. Avaliação e Controle da Exposição Ocupacional ao Ruído 
 
 
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23 
Quadro 2.4. Se um trabalhador fica exposto por 5 horas a 86 dBA, qual o tempo 
máximo que poderá ficar exposto a 97 dBA, sem exceder a dose diária? 
Se sua jornada é de 8 horas, a dose seria ultrapassada? 
 
Resposta: 
𝐷 = 
5
7
+
𝑥
1,51
= 1 
 
 x = 0,43 horas ou 
 
 x = 26 minutos 
 
COMO A DOSE FOI ATINGIDA (1) ÀS 5H 21MIN DE JORNADA, SE A JORNADA 
TOTAL É DE 8 HORAS A DOSE SERÁ ULTRAPASSADA. 
 
2.3.3. NÍVEL MÉDIO (LAVG) 
É o nível ponderado sobre o período de medição, que pode ser considerado como 
nível de pressão sonora contínuo, em regime permanente, que produziria a mesma dose 
de exposição que o ruído real, flutuante, no mesmo período de tempo. No caso dos 
limites de tolerância NR 15, a fórmula simplificada de cálculo é: 
Lav g = 80+16,61 log (0,16 CD/TM) 
Sendo: 
TM= (tempo de amostragem (horas decimais)) 
CD= contagem da dose (porcentagem) 
 
Quadro 2.5. A fórmula do tempo permitido a um certo nível de ruído (Anexo 1 da NR 15) 
é dada por 
Tempo permitido
)
5
80
(
2
16


L
 
 
Calcule os tempos permitidos para nos níveis de 80 a 84 dBA, não presentes na 
tabela da NR-15. 
 
Capítulo 2. Avaliação e Controle da Exposição Ocupacional ao Ruído 
 
 
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24 
 
Resposta: 
 Para um nível de 80 dB (A), temos que: 
Tempo permitido 
 Para um nível de 81 dB (A), temos que: 
Tempo permitido (13 horas e 55 minutos) 
 Para um nível de 82 dB (A), temos que: 
Tempo permitido (12 horas e 8 minutos) 
 Para um nível de 83 dB (A), temos que: 
Tempo permitido (10 horas e 33 minutos) 
 Para um nível de 84 dB (A), temos que: 
Tempo permitido 
 
 
 (9 horas e 11 minutos) 
 
 
 
2.3.4. DOSIMETRIA DE RUÍDO 
Dificilmente na prática se observam exposições a poucos níveis discretos e bem 
diferenciados, facilitando o cálculo manual da dose. O que se observará frequentemente 
é uma exposição a níveis de ruído que oscilam muito rapidamente, com difícil obtenção 
 
Capítulo 2. Avaliação e Controle da Exposição Ocupacional ao Ruído 
 
 
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 ciclo de 2021. 
25 
de dados relativos aos tempos de exposição correspondentes. Para se obter uma dose 
representativa, torna-se necessário o uso de um dosímetro. 
Em suma, o dosímetro é um instrumento que será instalado em determinado 
indivíduo e fará o trabalho de obtenção da dose (integração no tempo), acompanhando 
todas as situações de exposição experimentadas pelo mesmo, informando em seu 
"display" o valor da dose acumulado ao final da jornada, bem como vários outros 
parâmetros, tais como Nível Médio (Lavg), Nível Máximo etc. 
 
 
 
 
 
 
Figura 2.7. Dosímetro de Ruído. 
Figura 2.8. Funcionário com dosímetro de ruído 
instalado no bolso, e microfone fixado junto à 
zona auditiva. 
 
2.4. EXERCÍCIOS 
1) A fórmula do tempo permitido a um certo nível de ruído (Anexo 1 da NR 15) é 
dada por: 
 
Tempo permitido = 16 / 2(L-80)/5 
 
Calcule os tempos permitidos para os níveis de 80 e 84dBA, não presentes na 
tabela. 
Resposta: 
Para um nivel de 80 dB(A), temos que: 
tempo permitido = 16 / {2 [(80-80)/5]} = 16 horas 
Para um nivel de 84 dB(A), temos que: 
tempo permitido = 16 / {2 [(84-80)/5]} = 9,1896 horas 
9,1896 horas = 9 horas e 0,1896*60 = 11 minutos. 
Ou seja 9 horas e 11 minutos. 
 
 
Capítulo 2. Avaliação e Controle da Exposição Ocupacional ao Ruído 
 
 
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 ciclo de 2021. 
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2) Se um trabalhador fica exposto por 5 horas a 86 dBA, qual o tempo máximo que 
poderá ficar exposto a 97 dBA* , sem exceder a dose diária? Se sua jornada é de 8 
horas, a dose seria ultrapassada? 
Resposta: 
D = 5/7 + x/1,25 = 1 >>>> x=0,36 h ou 21 min 
*Obs: deve ser aproximado para 98 dBA para ter maior segurança. 
COMO A DOSE FOI ATINGIDA (1) ÀS 5H 21MIN DE JORNADA, SE A 
JORNADA TOTAL É DE 8 HORAS A DOSE SERÁ ULTRAPASSADA. 
3) Qual o nível médio de exposição que um trabalhador está submetido se a 
dosimetria de jornada é de 344% e sua jornada é de 6 horas? 
Resposta: 
Lavg = 80 + 16,61 Log (0,16 . CD/TM) 
Lavg = 80 + 16,61 Log (0,16 . 344 / 6) ≈ 96 dBA 
 
4) Qual o nível médio permissível para uma exposição que respeite o limite de 
tolerância, em uma jornada de 6 horas? E de 7 horas? E de 4 horas? Quais as 
doses máximas permitidas nesses casos? O que se conclui? 
Resposta: 
6h - 87 dBA 
7h - 86 dBA 
4h - 90 dBA 
EM TODOS OS CASOS A DOSE MÁXIMA PERMISSÍVEL É DE 100 % 
PARA QUE O NÍVEL MÉDIO SEJA REPRESENTATIVO DA EXPOSIÇÃO, É 
NECESSÁRIO CONHECER A DURAÇÃO DA JORNADA. 
NO CASO DA DOSE, NÃO É NECESSÁRIO, POIS A DOSE É UM INDICADOR 
ABSOLUTO. 
 
5) Se em um dado ponto o ruído de fundo é de 82 dBA, qual o máximo valor de 
uma nova fonte a ser colocada nesse ponto, sem que se exceda o nível 
permissível para 8 horas diárias? 
Resposta: 
8 HORAS DIÁRIAS = 85 .dBA >>>>> QUE SERÁ A COMBINAÇÃO DE UM 
NÍVEL DE 82 COM OUTRO DE ? 82! 82 “+” 82” = 85 
 
6) Um tom puro de 100 Hz é medido por um medidor nos circuitos A, B,C e linear. 
Que valores serão lidos? 
Resposta: 
LINEAR - VALOR REAL (OBJETIVO) 
C - MESMO VALOR 
B - -5 .dB 
A - -20 .dB 
VEJA AS CURVAS DE COMPENSAÇÃO. 
 
7) O mesmo vai ser feito para umtom puro de 1000 Hz. Que valores serão lidos? 
Resposta: 
TODOS OS VALORES SERÃO IGUAIS. 
 
Capítulo 2. Avaliação e Controle da Exposição Ocupacional ao Ruído 
 
 
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 ciclo de 2021. 
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8) Se você fabricasse um calibrador de ruído de tom puro, que frequência 
selecionaria ? 
Resposta: 
1000 Hz PARA PODER CALIBRAR EM TODAS AS ESCALAS. 
 
9) A fórmula da intensidade sonora em um dado ponto, para uma fonte pontual em 
espaço aberto, é I = W/4r2 , onde W é a potência sonora da fonte e r a distância 
da fonte ao ponto em que se deseja a intensidade. Se a distância à fonte é 
dobrada, qual a nova intensidade? Se dB=10 log I/Io, em quantos dB se reduziu 
a intensidade? Se a relação entre a pressão sonora e a intensidade é I = k p2, onde 
k é constante, qual a variação no nível de pressão sonora, em dB? Se a potência 
sonora dobrar, como fica o novo nível de pressão sonora? 
 
 
Capítulo 2. Avaliação e Controle da Exposição Ocupacional ao Ruído 
 
 
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2.5. NORMA BRASILEIRA NBR 1051 – CONTEXTO E APLICAÇÃO 
2.5.1 EFEITOS 
Poluição sonora é um dos maiores causadores de estresse na vida moderna e um 
dos problemas urbanos contemporâneos mais graves. É a terceira maior poluição 
ambiental segundo a OMS. 
O início do estresse auditivo é observado para exposições a níveis de pressão 
sonora a partir de 55 dB(10). 
Em condições de silêncio, o sono apresenta uma qualidade maior. Na medida em 
que o ruído aumenta, o organismo, mesmo dormindo, começa a manifestar gradualmente 
seu alerta. A partir do valor médio de 35 dB(A) verificam-se mudanças nas reações 
vegetativas, no eletroencefalograma e na estrutura do sono, ficando o mesmo mais 
superficial. Quando o ruído de fundo atinge 65 dB(A), os reflexos protetores do ouvido 
médio parecem entrar em ação, anulando em parte a audição e propiciando insegurança 
pela perda da vigília. Este aspecto é evidenciado por uma reação de maior latência para 
dormir. Devido a isto, provavelmente a 75 dB(A) de ruído de fundo a qualidade do sono 
se recupera parcialmente, porém é inferior àquela observada a níveis mais silenciosos. A 
poluição sonora reduz significantemente a qualidade absoluta do sono, implicando na 
diminuição do desempenho físico, mental, psicológico e perda provável da alerta 
auditivo(9). 
No estado de vigília, um ruído com nível equivalente de até 50 dB(A) pode 
perturbar, mas é adaptável. A partir de 55 dB(A) pode provocar estresse leve, gerar 
dependência e desconforto. O estresse degradativo do organismo começa por volta de 
65 dB(A) com desequilíbrio bioquímico, aumentando certos riscos (infarte, derrame 
cerebral, infecções, etc.)(9) . 
Exposições ao ruído podem aumentar a pressão sanguínea, o ritmo cardíaco e as 
contrações musculares. São capazes de interromper a digestão, as contrações do 
estômago, o fluxo da saliva e dos sucos gástricos. Induzem uma maior produção de 
adrenalina e outros hormônios, aumentando, no sangue, o fluxo de ácidos graxos e 
glicose. Exposições prolongadas e habituais ao ruído intenso podem produzir mudanças 
fisiológicas mais duradouras e até mesmo permanentes, incluindo desordens 
cardiovasculares, de ouvido-nariz-garganta e em menor grau, alterações sensíveis na 
secreção de hormônios, nas funções gástricas, físicas e cerebrais(5). 
Em trabalhadores com casos de estresse crônico (permanente), tem sido 
constatado efeitos psicológicos, distúrbios neurovegetativos, náuseas, cefaléias, 
irritabilidade, instabilidade emocional, redução da libido, nervosismo, ansiedade, 
hipertensão, perda de apetite, sonolência, insônia, aumento de prevalência de úlcera s, 
consumo de tranquilizantes, perturbações labirínticas, fadiga, aumento do número 
de acidentes, de consultas médicas e do absenteísmo(5).
 
Em certos tipos de atividades de longa duração que requerem muita atenção e se 
desenvolvem de forma contínua, um nível acima de 90 dB afeta desfavoravelmente a 
produtividade e a qualidade do produto. Estima-se que um indivíduo normal precisa 
gastar aproximadamente 20% de energia extra para realizar uma tarefa sob efeito de um 
ruído intenso considerado perturbador. 
 
Capítulo 2. Avaliação e Controle da Exposição Ocupacional ao Ruído 
 
 
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A surdez ocupacional induzida pelo ruído depende de características ligadas ao 
homem (susceptibilidade individual), ao meio, ao agente (tipo de ruído, frequências, 
duração, pausas, etc.) e ao tempo de exposição. A ocorrência da surdez profissional está 
relacionada à exposição ao ruído intenso e durante um longo período, estando os dois 
fatores interligados. As perdas auditivas causadas pelo ruído excessivo podem ser 
divididas em três tipos: 
a) Trauma Acústico - perda auditiva de ocorrência repentina, causada pela 
perfuração do tímpano acompanhada ou não da desarticulação dos ossículos 
do ouvido médio, ocorrida geralmente após a exposição a ruído de impacto de 
grande intensidade (tiro, explosão, etc.) com grandes deslocamentos de ar. 
b) Surdez temporária - também denominada de mudança temporária do limiar 
auditivo, ocorre após uma exposição a um ruído intenso, por um curto período 
de tempo. 
c) Surdez permanente - A exposição repetida dia após dia, a um ruído excessivo, 
podendo levar o indivíduo a uma surdez permanente. 
 
2.5.2. ASPECTOS LEGAIS 
A Poluição Sonora é ocasionada pelo excesso de ruído gerado pela circulação de 
veículos, comércio, industrias, aeroportos, e sua má localização. A necessidade de 
criação de um programa que estabelecesse normas, métodos e ações para controlar o 
ruído excessivo e seus reflexos sobre a saúde e bem estar da população em geral, levou 
o governo federal a criar o Programa Nacional de Educação e Controle da Poluição 
Sonora - Silêncio, instituído pelo CONAMA por meio das Resoluções 01/90 e 02/90, sob 
a coordenação do IBAMA. Os objetivos do programa são (4)(6): 
Capacitação técnica e logística de pessoal nos órgãos de meio ambiente estaduais 
e municipais em todo o país; 
Divulgação, junto à população, de matéria educativa e conscientizadora dos efeitos 
prejudiciais e introdução do tema "Poluição Sonora" nos currículos escolares de 
2º grau; 
Incentivo à fabricação e uso de máquinas e equipamentos com níveis mais baixos 
de ruído operacional; 
O estabelecimento de convênios, contratos e atividades afins com órgãos e 
entidades que possam contribuir para o desenvolvimento do Programa. 
Merece também destaque a criação do Selo Ruído(6) cujo objetivo é fornecer ao 
consumidor informações sobre o ruído emitido por eletrodomésticos, brinquedos, 
máquinas e motores, a fim de permitir a seleção de produtos mais silenciosos, e 
incentivar a sua fabricação. 
A seguir, relacionamos as legislações federais que versam sobre o tema: 
Resolução CONAMA nº 1/90 - Estabelece critérios, padrões, diretrizes e normas 
reguladoras da poluição sonora; 
Resolução CONAMA nº 2/90 - Estabelece normas, métodos e ações para controlar 
o ruído excessivo que possa interferir na saúde e bem-estar da população; 
http://www.ibama.gov.br/atuacao/conqual/selologo.exe
http://www.ibama.gov.br/atuacao/conqual/ruido.htm
 
Capítulo 2. Avaliação e Controle da Exposição Ocupacional ao Ruído 
 
 
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Resolução CONAMA nº 1/93 – Estabelece para os veículos automotores nacionais 
e importados, exceto motocicletas, motonetas ciclomotores, bicicletas com 
motor auxiliar e veículos assemelhados, limites máximos de ruído com veículos 
em aceleração e na condição parado; 
Resolução CONAMA nº 2/93 - Estabelece para motocicletas, motonetas, triciclos, 
ciclomotores, bicicletas com motor auxiliar e veículos assemelhados, nacionais 
ou importados, limites máximos de ruído com o veículo em aceleração e na 
condição parado; 
Resolução CONAMA nº 8/93 - Estabelecea compatibilização dos cronogramas de 
implantação dos limites de emissão dos gases de escapamento com os de ruído 
dos veículos pesados no ciclo Diesel, estabelecidos na Resolução CONAMA nº 
1/93; 
Resolução CONAMA nº 20/94 - Institui o Selo Ruído como forma de indicação do 
nível de potência sonora medida em decibel, dB(A), de uso obrigatório a partir 
desta Resolução para aparelhos eletrodomésticos, que venham a ser 
produzidos, importados e que gerem ruído no seu funcionamento; 
Resolução CONAMA nº 17/95 - Ratifica os limites máximos de ruído e o 
cronograma para seu atendimento determinados no artigo 2º da Resolução 
CONAMA nº 08/93, excetuada a exigência estabelecida para a data de 1º de 
janeiro de 1996. 
Além das Legislações Federais sobre tema, existem diversos instrumentos Legais 
nos âmbitos estaduais e municipais. Particularmente no estado de São Paulo, 
destacamos o programa criado pela Prefeitura de São Paulo. A multiplicidade de 
estabelecimentos geradores de poluição sonora motivou a Administração Municipal a 
controlar e disciplinar esse tipo de atividade, adotando medidas para preservar o sossego 
público e garantir a qualidade de vida por meio da proteção do meio ambiente. A ação 
fiscalizadora como meio de controle e combate à poluição sonora originou o PROGRAMA 
SILÊNCIO URBANO – PSIU. 
Esse programa foi criado pelo Decreto 34.569 de 06 de outubro de 1994 e 
reestruturado pelo Decreto 35.928 de 06 de março de 1996. Sua finalidade principal é 
coibir a emissão excessiva de ruídos produzidos em quaisquer atividades comerciais 
exercidas em ambiente confinado e que possa causar incômodo e interferir na saúde e 
no bem estar dos munícipes, de acordo com as disposições da Lei 11.501/94 alterada 
pela Lei 11.986/96. Iniciando suas atividades ligada à Secretaria Municipal do Meio 
Ambiente, a coordenação do programa passou a ser feita pela Secretaria Municipal de 
Abastecimento (SEMAB), em 29 de fevereiro de 1996, através do Decreto 35.919. 
O PSIU recebe uma grande quantidade de reclamações por mês. Os responsáveis 
pelos estabelecimentos denunciados são oficiados e posteriormente intimados a 
comparecer a SEMAB, para serem orientados a sanar as irregular idades constatadas. 
Persistindo as reclamações, o estabelecimento será vistoriado e, confirmado o problema, 
sofrerá as penalidades previstas pela lei. 
Se forem constatadas durante uma vistoria a emissão excessiva de ruído e a falta 
de licença de funcionamento, o estabelecimento será multado. A persistência da 
irregularidade ocasionará nova multa e o fechamento administrativo. O PSIU exerce 
controle e fiscalização em locais confinados, cobertos ou não, que possam emitir ruídos 
 
Capítulo 2. Avaliação e Controle da Exposição Ocupacional ao Ruído 
 
 
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excessivos, de maneira constante e permanente. Desse modo, pode-se receber 
denúncias de estabelecimentos como: templos religiosos, salas de reuniões, oficinas, 
bares, padarias, boates, salões de festas, restaurantes, pizzarias, casas de espetáculos, 
indústrias e de todo o local sujeito à licença de funcionamento, que possa produzir 
barulho. 
Particularmente em relação às Legislações Federais destacamos três tópicos 
contidos na RESOLUÇÃO CONAMA Nº 001, de 08 de março de 1990: 
I - A emissão de ruídos, em decorrência de quaisquer atividades industriais, 
comerciais, sociais ou recreativas, inclusive as de propaganda política, obedecerá, no 
interesse da saúde, do sossego público, aos padrões, critérios e diretrizes 
estabelecidos nesta Resolução. 
II - São prejudiciais à saúde e ao sossego público, para os fins do item anterior os 
ruídos com níveis superiores aos considerados aceitáveis pela norma NBR 10151 - 
Acústica — Medição e avaliação de níveis de pressão sonora em áreas habitadas — 
Aplicação de uso geral. 
III - Na execução dos projetos de construção ou de reformas de edificações para 
atividades heterogêneas, o nível de som produzido por uma delas não poderá ultrapassar 
os níveis estabelecidos pela NBR 10152 – Acústica — Níveis de pressão sonora em 
ambientes internos a edificações. 
Os itens apresentados anteriormente citam as referências normativas que contêm 
as condições exigíveis para avaliação da aceitabilidade do ruído em comunidades, 
especificando método para a medição do ruído e a fixação dos níveis de ruído 
considerados compatíveis com o conforto acústico em ambientes diversos. 
A Norma Regulamentadora NR-17 do Ministério do Trabalho e Emprego (8) (MTE) 
que trata sobre “ERGONOMIA” também dispõe sobre conforto acústico. Nela, são 
apresentadas recomendações para níveis de conforto acústico, sendo referendada a 
norma NBR 10152. A seguir apresentamos um excerto da NR-17 com tais 
recomendações. 
Item 17.5.2. da NR-17 - Nos locais de trabalho onde são executadas atividades que 
exijam solicitação intelectual e atenção constantes, tais como: salas de controle, 
laboratórios, escritórios, salas de desenvolvimento ou análise de projetos, dentre outros, 
são recomendadas as seguintes condições de conforto: 
a) Níveis de ruído de acordo com o estabelecido na NBR 10152, norma brasileira 
registrada no INMETRO; 
b) Índice de temperatura efetiva entre 20ºC (vinte) e 23ºC (vinte e três graus 
centígrados); 
c) Velocidade do ar não superior a 0,75m/s; 
d) Umidade relativa do ar não inferior a 40 (quarenta) por cento. 
Item 17.5.2.1. da NR-17 - Para as atividades que possuam as características 
definidas no sub item 17.5.2, mas não apresentam equivalência ou correlação com 
aquelas relacionadas na NBR 10152, o nível de ruído aceitável para efeito de conforto 
será de até 65 dB (A) e a curva de avaliação de ruído (NC) de valor não superior a 60 dB. 
Para os trabalhadores expostos ao ruído, ultrapassadas as condições de conforto 
acústico, a exposição ocupacional ao ruído pode ser considerada como atividade 
 
Capítulo 2. Avaliação e Controle da Exposição Ocupacional ao Ruído 
 
 
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insalubre podendo ocasionar perda auditiva, caso sejam excedidos os limites previstos na 
NR-15. 
A Legislação Brasileira considera como insalubres as atividades ou operações que 
impliquem em exposições a níveis de ruído contínuo ou intermitente por tempos 
superiores aos limites de tolerância fixados pela Norma Regulamentadora NR-15(7), 
anexo I, da Portaria nº 3214 de 08/06/1978, da SSMT/MTE (Ministério do Trabalho e 
Emprego). 
2.5.3. PRINCIPAIS ASPECTOS DA NBR 10151 
O método de avaliação envolve as medições do nível de pressão sonora 
equivalente (LAeq, T), em decibéis ponderados segundo a curva “A”, integrado em um 
intervalo de tempo T para ruídos sem característica especial. Esta curva tem por objetivo 
adequar a resposta do medidor em relação à resposta em frequência do ouvido humano. 
Define: nível de pressão sonora equivalente (LAeq, T), nível de pressão sonora total e 
residual, ruído com características especiais, ou seja, de caráter impulsivo ou ruído com 
componentes tonais. 
EQUIPAMENTOS DE MEDIÇÃO: medidor e calibrador - mínimo tipo 2 – com 
certificado de calibração pela Rede Brasileira de Calibração (RBC) ou INMETRO. 
As avaliações de nível de pressão sonora devem ser feitas em dB(A) para ruído 
sem características especiais. Nos demais casos, quando forem necessárias medidas 
para correção ou redução do nível sonoro, serão feitas medições complementares com 
análises de frequências (espectros em bandas de oitava). 
O nível de ruído residual é aquele existente na ausência da fonte sonora em 
questão. 
Em qualquer caso, os ruídos considerados intrusivos, ou seja, alheios ao objeto de 
medição deverão ser descartados da análise. 
2.5.3.1. PROCEDIMENTOS DE MEDIÇÃO 
MEDIÇÃO NO EXTERIOR DAS EDIFICAÇÕES: 
Em medição ao ar livre, é obrigatório o uso de protetor de vento acoplado, 
independente da velocidade do ar; 
As medições devem ser efetuadaspreferencialmente em pontos afastados entre 
1,2 e 1,5 m do solo e a pelo menos 2 m do limite da propriedade e de 
superfícies refletoras, como muros, paredes, etc. (para a edificação que contém 
a fonte); 
O posicionamento dos pontos deve seguir os exemplos de localização declarados 
na norma sempre que possível, caso não seja possível, declarar no relatório o 
procedimento realizado e as razões para adoção dos mesmos; 
Nota: a norma considera edificações que contém a fonte e a hab itação do 
reclamante. 
 
 
Capítulo 2. Avaliação e Controle da Exposição Ocupacional ao Ruído 
 
 
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PARA MEDIÇÕES NO INTERIOR DE EDIFICAÇÕES: 
As medições devem ser efetuadas a uma distância de no mínimo 0,5 m de 
quaisquer superfícies (parede, teto e piso) e pelo menos 1 metro de elementos 
com significativa transmissão sonora, como janelas, portas ou entradas de ar – 
para ambientes com área inferior a 30 m2, realizar 3 medições em 3 posições 
uniformemente distribuídas (ao final, tomar a média logarítmica dos dados, 
determinando assim o valor L int), se possível com alturas diferentes (nos locais 
onde há permanência de pessoas) afastadas entre si em pelo menos 0,7 m. 
OBS: Medir com as janelas abertas; 
Para ambientes com área superior a 30 m2, adicionar um ponto de medição a cada 
30 m2 de área adicional. 
 
2.5.3.2 OBSERVAÇÕES PARA RUÍDOS COM CARACTERÍSTICAS ESPECIAIS 
 Os níveis de pressão sonora com característica de som impulsivo devem ser 
caracterizados utilizando o descritor LAFmax que corresponde ao nível máximo de pressão 
sonora ponderada na curva “A” com janela de integração do equ ipamento em modo fast 
(125 milissegundo). O ruído será considerado com característica de som impulsivo 
quando LAFmax – LAeq, T ≥ 6 dB; 
Para caracterização de ruído com componentes tonais, deverá ser utilizado o 
descritor LZeq, T,f Hz(1/3) que corresponde ao nível equivalente sem aplicação de curva de 
ponderação (Z de zero), integrado no intervalo de tempo T em bandas proporcionais de 
1/3 de oitava. As medições deverão ser realizadas no mínimo nas frequências centrais 
nominais de: 50 Hz, 63 Hz, 80 Hz, 100 Hz, 125 Hz, 160 Hz, 200 Hz, 250 Hz,315 Hz, 400 
Hz, 500 Hz, 630 Hz, 800 Hz, 1 kHz, 1,25 kHz, 1,6 kHz, 2 kHz, 2,5 kHz, 3,15 kHz, 4 kHz,5 
kHz, 6,3 kHz, 8 kHz e 10 kHz. O ruído será considerado com característica de som tonal 
quando LZeq, T,fHz(1/3) medido na banda de 1/3 de oitava de interesse exceder os valores de 
LZeq,T,f Hz(1/3) das bandas de 1/3 de oitava adjacentes conforme o disposto abaixo: 
25 Hz a 125 Hz, diferença maior ou igual a 15 dB; 
150 Hz a 400 Hz, diferença maior ou igual a 8 dB; 
 
 
2.5.3.3. AVALIAÇÃO DO RUÍDO 
O Limite de nível de pressão sonora em função dos tipos de áreas habitadas e do 
período (RLAeq), é apresentado em tabela da norma, reproduzida a seguir: 
 
 
 
 
Capítulo 2. Avaliação e Controle da Exposição Ocupacional ao Ruído 
 
 
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Tabela 2.3. NBR-10151 - Limites de níveis de pressão sonora em função dos tipos de áreas 
habitadas e do período. 
 
Os limites de horário para período diurno e noturno da tabela podem ser definidos 
pelas autoridades de acordo com os hábitos da população. Porém, o período noturno não 
deve começar depois das 22h e não deve terminar antes das 7h (domingo ou feriado até 
às 9 h). 
 
2.5.3.4. DETERMINAÇÃO DO NÍVEL CORRIGIDO – LR 
 Para ambientes externos, LR = LAeq + KI + KT. 
 Para ambientes internos, LR = Lint – k + 10 + KI + KT pelo 
Onde: 
 KI = 5 quando é caracterizado som impulsivo; 
 KT = 5 quando é caracterizado som tonal; 
 k é o índice de correção de reverberação para ambientes internos, e deverá ser 
usado 0 para ambiente mobiliado e 3 quando estiver vazio. 
Se o nível corrigido LR for superior ao valor da tabela 2.3 para a área e horário em 
questão, é constatado que a situação não está atendendo a norma. 
 
2.5.3.5. CONTEÚDO NECESSÁRIO PARA O RELATÓRIO DE ENSAIO 
 Marca, tipo ou classe e número de série de todos os equipamentos de medição 
utilizados; 
 Data e número do último certificado de calibração de cada equipamento de 
medição; 
 Desenho esquemático e/ou descrição detalhada dos pontos da medição, horário 
e duração das medições do ruído; 
 Nível de pressão sonora corrigido; 
 Nível de ruído ambiente; 
 Valor do nível de critério de avaliação (NCA) aplicado para a área e o horário da 
medição; 
 Referência a essa Norma. 
 
Capítulo 2. Avaliação e Controle da Exposição Ocupacional ao Ruído 
 
 
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Nota 2.5. Motivada pela reclamação de um morador, uma empresa vizinha avaliou os 
níveis de ruído segundo os procedimentos da NBR 10151 no interior da habitação. 
Os níveis medidos e demais informações estão apresentados na tabela 2.4. 
 
Resposta: 
Considerando-se as informações obtidas, a análise foi resumida na tabela 
2.5. O critério técnico-legal vigente é da NBR 10151. A média logarítmica dos 
níveis equivalentes medidos em local interno Lint foram acrescidas de 10 dB(A) 
para serem corrigidas para o ambiente externo e também de 5 dB(A) de forma a 
compor s níveis corrigidos LR, já que também foi constatado que o ruído possui 
características tonais. Foi observado também que os ambientes se 
encontravam mobilhados, portanto k = 0. 
Os níveis de critério de avaliação RLAeq foram determinados 
considerando-se o período (diurno ou noturno) e a classificação do 
zoneamento (tipo de área), que neste caso corresponde a uma área mista, com 
vocação comercial e administrativa. 
As medições foram realizadas durante 10 minutos. 
Comparar os resultados com os critérios técnico-legais vigentes, relacionados com o 
conforto da comunidade. 
 
 
 
Capítulo 2. Avaliação e Controle da Exposição Ocupacional ao Ruído 
 
 
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36 
Comparando-se os níveis de critério de avaliação com os níveis 
corrigidos de pressão sonora, verificamos que para o período noturno o critério 
foi superado, sendo procedente a reclamação. 
Tabela 2.4 – Comparação com o critério 
Local Hora / 
Período 
Lint - dB(A) LR - dB(A) RLAeq - 
dB(A) 
Sala de 
estar 
14:10 / 
diurno 
43,8 58,8 60 
Sala de 
estar 
22:20 / 
noturno 
41,5 56,5 
 
55 
Quarto 14:20 / 
diurno 
44,1 59,1 60 
Quarto 22:30 / 
noturno 
40,8 55,8 55 
 
 
2.6. ATENUAÇÃO DE PROTETORES AURICULARES 
2.6.1. O MÉTODO DO RC/NRR 
Este é o método base, que serve para entender as variações que atualmente 
existem. É um método de número único, desenvolvido para ser de uso prático (o tempo 
não atestou isso, como vamos ver). O NIOSH suprimiu a medição espectral, 
anteriormente utilizada no método original. No lugar do espectro do ruído, colocou um 
espectro rosa e um estimador astuto, a diferença C-A, que o corrige tecnicamente, ao 
calcular o NRR, de forma que o ruído real é superestimado em risco, com um nível de 
confiança de 98%. 
Também foi estabelecido o mesmo nível de confiança (98%) em relação aos dados 
de atenuação do protetor, deduzindo-se dois desvios padrão. Digo isto para que se 
conheça a segurança embutida neste número, que integra os dados do protetor e prevê 
o enfrentamento do pior espectro (percentil 98 em "dificuldade de atenuação"). Feito 
isto, com uma elegância e prestidigitação científica notáveis, a conta do usuário fica 
simples: ele deve subtrair o NRR do ruído ambiental avaliado em dBC, obtendo o nível 
que atinge o ouvido em dBA. 
 
dBC(ambiente) - NRR = dBA (ouvido) 
 
 
Capítulo 2. Avaliação e Controle da Exposição Ocupacional ao Ruído 
 
 
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Observe que tem que ser o dBC, pois o método prevê assim. No próximo tópico, 
vamos discutir qual seria este dBC, que passa a ser o indicador do espectro, e que vai 
ser usado na fórmula.Para Pensar: 
Quais os conceitos relativos aos "dB" compensados? O que é dBA? O que é 
dBC? Volte ao primeiro módulo, se necessário. 
 
Para Pensar: 
O que se busca é um nível atenuado menor que 85 dBA, para jornadas de 8h. E se 
a jornada for de 12 horas, qual será esse nível? 
 
 
2.6.2. O MÉTODO DO RC/NRR - QUAL O DBC A USAR? 
Vimos que o trabalho do técnico fica simples: ele deve subtrair o NRR do ruído 
ambiental avaliado em dBC, obtendo o nível que atinge o ouvido em dBA. 
 
 
 
É importante discutirmos este dBC que será utilizado na fórmula. Ele deve 
representar a exposição do trabalhador que está sendo protegido. Uma representação fiel 
da exposição, sobretudo quando os níveis são muito variáveis, só é possível com 
dosimetria. Da dosimetria, obtém-se o nível médio da jornada. Porém, esse nível deve 
ser obtido na curva de compensação C, e não A, como se trabalha usualmente. 
Observe-se, portanto, que o dosímetro deverá operar em circuito C. 
Os dosímetros atuais permitem isso, e não é por outro motivo que possuem o 
circuito C. Se não for possível fazer uma dosimetria C, deve-se eleger um nível em dBC 
que represente a jornada. Neste caso, não há alternativa a não ser a escolha do máximo 
nível dBC da jornada, ou seja, da máxima fonte em dBC das situações de exposição. 
Esta é uma consideração a favor da segurança, mas também certamente 
excessivamente coservadora em muitos casos, pois o tempo de permanência sob tal 
nível pode ser mínimo. Do exposto, a melhor opção será a dosimetria C, obtendo-se o 
nível médio Lavg (C). 
Nossa próxima discussão deve abordar os descontos a serem aplicados ao NRR, 
de forma que seu valor reflita adequadamente as situações de uso real. Isto porque o 
NRR é obtido em condições ideais de laboratório, dificilmente reprodutiveis no dia-a-dia 
das empresas. 
 
Para Pensar: 
Qual o conceito de nível médio (Lavg)?O que o diferencia do Nível Equivalente 
(Leq)? 
 
 
2.6.3. CORREÇÕES PARA O USO REAL DOS PROTETORES 
Nas partes anteriores definimos que vamos nos limitar aos métodos de número 
único, e vimos o método NIOSH no.2, do Rc ou NRR, que chamaremos também de 
dBC(ambiente) - NRR = dBA (ouvido) 
 
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NRR tradicional. Discutimos as possibilidades de consideração do dBC ambiental a ser 
usado na fórmula. Mas, falta ainda considerar as correções a serem feitas quanto ao 
uso real. Isso se deve ao fato de o NRR ser obtido em laboratório, em condições muito 
especiais, e que diferem dramaticamente da realidade de campo. Vejamos: no 
laboratório, os protetores são novos, são colocados por pessoas experientes no perfeito 
ajuste do protetor e orientados / supervisionados por experts dos fabricantes; além disso, 
não há nenhuma interferência negativa dos protetores com outros EPIs . No campo, os 
protetores não são novos, são colocados de forma deficiente, recebem interferências de 
outros EPIs na sua perfeita vedação acústica, e ainda mais: não são usados todo o 
tempo. Para este último caso, há maneiras de considerar os tempos de não uso do 
protetor. Para os outros desvios há fatores de correção que são recomendados pelo 
NIOSH, e que diferem de acordo com o tipo de protetor: 
- 25% de desconto para protetores circum-auriculares 
- 50% de desconto para os protetores de inserção de espuma de expansão lenta 
- 70% de desconto para os protetores de inserção pré-moldados (polímeros de 
forma fixa). 
Estes descontos devem ser aplicados ao NRR nominal (de fábrica) antes de serem 
usados na equação básica do método nº2. 
 
2.6.4. USO DO DBA AO INVÉS DO DBC 
Tudo o que foi falado até agora, e parte dos valores ambientais do ruído em dBC, 
fazem parte do método do NRR. Mas devido à "sonora" pressão, bastante 
compreensível, de técnicos da área para o uso do dBA ambiental (que todos já possuem 
- é o nível médio das dosimetrias), foi desenvolvida uma alternativa com o uso do dBA 
ambiental. Note-se que no método básico, é a diferença C-A (valor dBC - dBA) 
"representa"o ruído. Sem o dBC, perde-se o indicador e para isso, admite-se que se vai 
enfrentar um ruído muito desfavorável, o que quer dizer, com grande conteúdo de baixas 
frequências. O NIOSH admitiu uma diferença C - A = 7, para representar esse ruído. Na 
fórmula básica, no lugar do dBC teríamos dBA + 7, ou, alternativamente, o NRR seria 
descontado em 7. Por isso, ao usarmos diretamente o dBA ambiental é preciso fazer 
uma subtração de 7 no NRR. Se chamarmos esse NRR para uso do dBA de NRRa, 
então: 
 
NRRa = NRR - 7 
 
Feito isto, o restante das considerações, descontos e fórmulas vistas ficam válidos, 
mas, pelo conceito da correção (ela se aplicaria ao dBA, "levando-o" a um dBC de pior 
caso), observe que é necessário ANTES corrigir o NRR e depois aplicar o ( -7). 
 
Para Pensar: 
Por que C-A é um indicador do espectro do ruído? Podemos identificar a frequência 
de um tom puro, com as leituras A e C? 
 
 
 
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2.6.5. O NRRSF 
O que temos falado até agora diz respeito ao NRR que chamaremos de 
"tradicional". Isto, para se contrapor ao NRRsf, que é uma proposta relativamente nova, 
mas já posta em prática inclusive no país. Vários fabricantes já possuem seus protetores 
ensaiados para esse fim, e sabem quais são os NRRsf dos mesmos. Nós vimos que 
devem ser feitos descontos nas atenuações dos NRR "tradicionais", devido às grandes 
diferenças de performance entre o laboratório e o campo. Ora, os pesquisadores 
verificaram que, se os ensaios de laboratórios fossem feitos com sujeitos "ingênuos" 
quanto à proteção auditiva, que apenas leriam as instruções das embalagens, colocando 
então os protetores para fazer o teste, então os dados obtidos se aproximariam do 
desempenho (real) de campo. Trata-se da Norma ANSI S 12. 6 / 97 B. 
O NRRsf é calculado a partir desses dados de atenuação, com algumas 
peculiaridades, quais sejam: o nível de proteção estatístico para as variações da linha 
de produção do protetor é de 84% (contra 98% no método tradicional) e subtrai -se 
diretamente do dBA, com correção de 5 ao invés de 7, já embutida no número. Estas 
duas diferenças entre o NRR e o NRRsf tornam este último efetivamente menos protetor 
no sentido estatístico, tanto em termos dos protetores produzidos (variabilidade do 
produto) como em termos dos espectros de ruído que se venha enfrentar (a correção de 
5, ao invés de 7, é benévola quanto ao ruído de baixa frequência a ser enfrentado ao se 
utilizar apenas o dBA). Portanto: 
dBA - NRRsf = dBA (ouvido) 
Não é necessário fazer nenhuma outra correção, com exceção da devida ao tempo 
de uso real. 
2.6.6. CÁLCULO DE ATENUAÇÃO AO RUÍDO 
Há então 3 métodos apresentados para cálculo de atenuação, com variantes: 
NRR tradicional, a partir do dBC ambiental, em Lavg; 
- variante : dBC máximo da jornada no lugar do Lavg (C); 
NRR tradicional, ajustado para uso do dBA ambiental (NRRa = NRR - 7), sendo o 
dBA usualmente o Lavg(A); 
- variante : dBA máximo da jornada; 
NRRsf , obrigatoriamente a partir do dBA ambiental (seja Lavg(A) ou máximo dBA 
da jornada). 
 
Todos os casos, exceto o último, devem sofrer correções “campo -laboratório”, 
conforme já mencionado. 
“Todos os casos devem ter correção para tempo real de uso, se o protetor não for 
utilizado 100% do tempo.” Não foi abordado aqui o método "longo", ou de análise 
espectral, ou o chamado método NIOSH n°. 1. Todos os 4 métodos (longo, NRR, NRRa, 
NRRsf) são utilizáveis para fins previdenciários, como descrito na IN 78 do INSS. 
 
 
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