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Interações medicamentosas Cirurgia II A interação medicamentosa é definida como uma resposta farmacológica ou clinica à administração de uma combinação de medicamentos, diferentes dos efeitos de dois agentes administrados individualmente. As interações podem ser de 3 tipos: • Interação medicamento-medicamento • Interação medicamento-alimento • Interação medicamento-bebida alcoólica • Interações medicamentos-exames laboratoriais. As interações medicamentosas podem ocorrer entre medicamentos sintéticos, fitoterápicos, chás e ervas medicinais. Efeitos Os efeitos das interações medicamentosas podem ser: • Benéficas • Maléficas Na grande maioria das vezes as interações são prejudiciais, e podem ser por erro de prescrição ou por automedicação. Interações medicamentosas comuns Existem algumas interações medicamentos que são comuns entre usuários de medicamentos. Antiácidos e anti-inflamatórios Os antiácidos diminuem o efeito dos anti- inflamatórios, nesses casos uma ótima saída é o uso de anti-inflamatórios + analgésicos, como: • Ibuprofeno • Naproxeno Interações medicamentos – alimentos Os leites e os alimentos lácteos podem reduzir a absorção das tetraciclinas e consequentemente diminuir seu efeito terapêutico, Realizar a ingestão desses alimentos uma hora depois ou duas horas antes da administração das tetraciclinas. Interações medicamentos – bebidas alcoólicas O uso de bebidas alcoólicas pode aumentar a toxicidade hepática do paracetamol. Não faça uso de bebidas alcoólicas enquanto estiver usando paracetamol. O uso desses medicamentos traz problemas a longo prazo. Interações medicamentos – exames laboratoriais Durante o tratamento com amoxicilina, o exame de urina pode encontrar-se alterado, indicando uma falsa presença de glicose na urina. Exemplos de interações • AAS com Captopril o O AAS pode diminuir a ação do Captopril • Omeprazol, varfarina e clopidogrel o O omeprazol (inibidor da bomba de prótons) pode aumentar a ação da varfarina e diminuir a ação do clopidogrel (antitrombóticos) • AAS com a insulina o O AAS pode aumentar a ação hipoglicemiante da insulina • Amoxicilina e Ácido Clavulânico o A amoxicilina associada ao ácido clavulânico aumenta o tempo de sangramento e de protrombina (elemento proteico da coagulação sanguínea) quando usada com AAS. • Inibidores da monoamina oxidase (MAO) e tiramina (monoamina derivada da tirosina) o Os inibidores da MAO (tratamento da depressão) associada à tiramina (tratamento tireoide) pode promover crises hipertensivas e hemorragias intracraniana. • Omeprazol e fenobarbital o O omeprazol usado com fenobarbital (anticonvulsivante) pode potencializar a ação do barbitúrico (mexe com a parte neurológica) • Levodopa e dieta proteica o A levodopa, usada no tratamento da doença de Parkinson, tem sua ação inibida quando usada com uma dieta hiperproteica. • Leite e tetraciclina o Os íons presentes no leite nos compostos lácteos são capazes de formar quelatos não absorvíveis com as tetraciclinas, ocasionando excreção fecal dos minerais, bem como o fármaco. • Óleo mineral e vitaminas o Grandes doses de óleo mineral interferem na absorção de vitaminas lipossolubilidade, beta- carotina, cálcio e fosfato, devido a barreira física e à diminuição do T. de trânsito intestinal. • Diuréticos e minerais o Altas doses de diuréticos promove aumento na excreção de minerais. • Alimentos e penicilina e eritromicina o Quando realizada a ingestão de alimentos oi líquidos, faz com que o aumento do pH gástrico aumente e assim, reduza a dissolução de comprimidos de eritromicina ou da tetraciclina. • Alimentos e fenitoína (anticonvulsivo) ou dicumarol (hemorragias) o Esses medicamentos se desintegram com mais facilidade no pH alcalino gástrico e assim, promovendo uma alteração na velocidade na da absorção • Antibióticos e Vitamina C o Os antibióticos não devem ser misturados com vitamina C ou qualquer substancia que o tenha, inibindo a ação dos antibióticos • Anticoncepcionais orais e anti- hipertensivos o Os anticoncepcionais (em geral) pode elevar a pressão arterial, portanto anulando a ação dos hipotensores. • Benzodiazepínicos (em geral) e cimetidina (gástrico) o A administração de cimetidina e alguns benzosiapínicos, resulta em diminuição do clearence plasmático e aumento da meia vida plasmática e concentração desses benzodiazepínicos. Aumentando do efeito sedativo. • Digoxina (insuficiência cardíaca) e Diazepam o Diazepam pode reduzir a excreção renal da digoxina, aumento de meia vida plasmática e risco de toxicidade. • Antidiabéticos orais e pirazolônicos (analgésicos-dipirona) o A administração de fenilbutazona e outros derivados pirazolônicos, concomitantemente aos antidiabéticos orais que pode potencializar a atividade hipoglicêmica. • Anticoncepcionais orais e indutores de enzimas microssônicas o Esses indutores de enzimas microssônicas (rifampicina, barbitúricos, carbamazepina, fenitoína, primidona e griseofulvina) reduzem o efeito anticoncepcional. • Bebidas alcoólicas e ansiolíticos, hipnóticos e sedativos o Ocorre a potencialização do efeito depressor do sistema nervoso central (SNC), podendo causar a morte por falência cardiovascular, depressão respiratória ou grave hipotermia.
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