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FARMACOLOGIA
TURMA EAGS
Farmacologia
Para administrar medicamentos, é necessário que haja um conhecimento básico na área
da farmacologia, facilitando a compreensão sobre a natureza e o mecanismo de ação dos fármacos,
bem como os cuidados de administração. Seguem alguns termos ligados ao tema:
• Adição - Combinação de duas drogas cujo efeito é igual à soma de cada uma isoladamente
• Antagonismo - Combinação de duas drogas cujo efeito é menor que cada uma isoladamente
• Biodisponibilidade - Fração do medicamento que atinge a circulação sistêmica sem sofrer
modificações metabólicas após ter sido administrado por qualquer via
• Depressão - Diminuição da atividade celular de um órgão em virtude da administração de um
fármaco
• Dosagem - É a quantidade total de medicamento prescrita para o tratamento do paciente
• Dose - Fração do medicamento a ser administrada ao paciente de cada vez
• Droga - Substância usada como medicamento, remédio
• Efeito adverso - Efeito diferente do planejado
• Efeito colateral - Efeito inesperado, sem relação com a ação principal do fármaco
• Efeito de primeira passagem - Modificação metabólica que o fármaco sofre ao ser administrado
por via oral, por ocasião da sua passagem pelo tubo digestivo até chegar ao Sistema Porta no
fígado
• Estimulação - Aumento na atividade celular de um órgão em virtude da administração de um
fármaco
• Fármaco - O mesmo que medicamento
Antagonsitas
• Outro exemplo de interação medicamentosa com efeito
antagonístico surge quando se toma um antiácido
simultaneamente com um anti-inflamatório - o pH do
estômago precisa ser ácido para absorver o anti-
inflamatório, diminuindo assim a absorção do
medicamento.
• Os antagonistas são muito usados intencionalmente para
diminuir o efeito de compostos químicos prejudiciais. Se
um paciente tem excesso de serotonina existem vários
medicamentos (como a alossetrona, cetanserina e a
ondansetrona) que vão se ligar a um dos tipos de
receptores da serotonina sem ativá-los, impedindo que a
própria serotonina de se ligar e os ativar, diminuindo o
efeito desse tipo de receptor no organismo.
Farmacologia
• Farmacocinética - Reações apresentadas pelo organismo a partir da administração
de um determinado fármaco
• Farmacodinâmica - Ação que se espera do fármaco ao ser administrado no
organismo
• Farmacologia - Ciência que estuda os medicamentos, seu mecanismo de ação e as
reações do organismo a partir da administração dos mesmos
• Iatrogenismo - Dano causado ao paciente decorrente de um erro cometido por
profissional de saúde
• Idiossincrasia Sensibilidade anormal a uma droga
• Meia-vida - Tempo de distribuição, permanência e eliminação de um fármaco no
organismo
• Reação alérgica - Reação que o indivíduo pode apresentar após uso continuado de
um fármaco
• Sinergismo - Combinação de duas drogas cujo efeito é maior do que a soma de
cada uma isoladamente
• Tolerância - Resistência que o organismo adquire com o uso contínuo de
determinado fármaco ou substância, exigindo doses cada vez maiores para que
seu efeito seja percebido.
Medicamentos
Com relação à sua natureza, os fármacos podem ter origem:
• Animal – Elaborados a partir do organismo de um animal. Ex.: Insulina.
• Mineral – Elaborados a partir de elementos minerais da natureza. 
• Ex.: Sais minerais, Ferro. 
• Vegetal – Elaborado a partir de plantas. Ex.: Digitálicos. 
• Sintéticos – Elaborados em laboratório. Ex.: Aspirina. 
Com relação à sua ação, os fármacos podem ser:
• Paliativos – Amenizam sinais e sintomas, mas não curam efetivamente. 
Ex.: Corticosteroides, analgésicos. 
• Curativos – Curam a doença em sua origem. Ex.: Antibióticos. 
• Diagnósticos – Auxiliam no diagnóstico de doenças. Ex.: Contrastes. 
• Preventivos – Atuam na prevenção de doenças. Ex.: Vacinas.
Medicamentos
Com relação às suas formas de apresentação, os fármacos podem se apresentar como: 
• Comprimido –Unidade de medicamento para dose individual, sob a forma de pó comprimido em 
molde próprio.
• Cápsula –Grânulos ou gel envolvidos por uma capa gelatinosa.
• Drágea – Unidade de medicamento para dose individual, sob a forma circular, polida e colorida.
• Pílula – Unidade de medicamento para dose individual, misturando pó e líquido, sob a forma 
redonda ou oval. 
• Solução – Preparação líquida contendo soluto completamente dissolvido em um solvente. 
• Suspensão –Preparação em pó para ser reconstituída por um líquido. 
• Xarope – Preparação constituída por água, açúcar e medicamento.
• Supositório –Preparação medicamentosa com formato próprio a ser introduzida em um orifício do 
corpo. 
• Pomada – Mistura de medicamentos com base gordurosa para efeito local.
Com relação ao efeito desejado, o medicamento pode apresentar: 
• Efeito sistêmico – Efeito no qual o fármaco é absorvido diretamente na circulação sanguínea. 
• Efeito local – Efeito no qual o fármaco age em determinado local, sem chegar à corrente sanguínea.
Medicamentos
Regras dos nove acertos: 
• Paciente certo 
• Medicamento certo
• Via certa 
• Hora certa 
• Dose certa 
• Registro da administração correta
• Orientação sobre a razão da indicação do medicamento (o 
profissional e o paciente) 
• Forma farmacêutica 
• Resposta certa do medicamento
Tipos de medicamentos
• Antibióticos – São substâncias antimicrobianas produzidas por células vivas que se destinam
a inibir o crescimento bacteriano (bacteriostáticos) ou matar as bactérias (bactericida).
Podem ter uma ação sobre vários tipos de microorganismos (amplo espectro) ou uma ação
mais limitada (curto espectro).
• Antimicóticos - Combatem os medicamentos que causam infecções por fungos. Ex.:
Anfotericina, Cetoconazol, Fluconazol, Nistatina, Miconazol e outros.
• Antivirais - Combatem ou controlam as doenças virais. Ex.: Aciclovir Sódico, Cidofovir,
Didanosina (HIV avançado), Fanciclovir (Herpes Zoster e Herpes Genital), Ribavirina (Hepatite
C crônica), Zalcitabina (AIDS), Zidovudina (AIDS) e outros.
• Antiparasitários – Combatem as doenças causadas por parasitos (verminoses). Ex.:
Albendazol (Teníase), Mebendazol (Áscaris, Ancilóstomo, Triquinas, Oxiúros), Tiabendazol
(Larva Migrans), Lindano (pediculose), Permetrina (Pediculose e Escabiose).
• Sulfonamidas – Também chamado de Sulfas, agem no combate de infecções, impedindo o
crescimento de algumas bactérias e de outros micróbios. Imitam o Ácido Para-aminobenzóico
(PABA), importante para as bactérias se reproduzirem, fazendo com que as mesmas,
confundam a Sulfa com o PABA, impedindo assim, sua reprodução. Sulfisoxazol e
Sulfametizol (Infecções urinárias), Sulfametoxazol (Infecções urinárias) associado a Co-
Trimoxazol Trimetropim (Infecções urinárias e Otite Média Aguda).
• Anti-histamínicos São medicamentos indicados para o tratamento das reações alérgicas,
inibindo a Histamina, que é uma substância liberada no organismo quando este entra em
contato com alguma substância tóxica ou causadora de alergia. Exemplos: Maleato de
Clorfeniramina (Apracur, Descon, Benegripe); Maleato de Bromofeniramina (Decongex,
Dimetapp); Cloridrato de Prometazina (Fenergan); Maleato de Clorfeniramina, Loratadina
(Claritin, Histalor, Loralerg, Loranil).
Tipos de antibióticos
Tipos Nomes Atuação
Penicilinas Penicilina, Amoxacilina , 
Clavulin, Ampicilina, 
Oxacilina
Microorganismos diversos
Cefalosporinas 1ª
geração
Cefadroxil, Cefalexina Trato Urinário
Cefalosporinas 2ª
geração
Cefaclor Idem anterior e Ouvido 
Médio e Vias respiratórias
Cefalosporinas 3ª
geração
Ceftriaxona Trato Gastrintestinal e 
Urinário
Tetraciclinas Cloridrato de Tetraciclina Sistema Respiratório e 
Tecidos moles
Eritromicinas Eritromicina, 
Azitromicina
Inibe o crescimento 
microbiano, Espectro 
limitado
Quinolonas Ciprofloxacina (Cipro), 
Norfloxacina, Ácido 
Nalidíxico
Vias respiratórias, 
Urinárias, Trato 
Gastrintestinal
Controle da pressão arterial
Fatores reguladores da PA:
Sistema nervoso (hipotálamo, córtex encefálico, SNA,
barrorreceptores e quimiorreceptores na aorta, carótida epulmão);
Rim (homeostase dos líquidos);
Sistema renina-angiotensina (vasoconstrição).
Controle da pressão arterial
Controle da pressão arterial
Controle da pressão arterial
Tipos de medicamentos
Anti-hipertensivos De uma maneira geral, os anti-hipertensivos tratam a Hipertensão Arterial. Entretanto, há
vários tipos de medicamentos, com ações diferentes, para obter esta mesma finalidade. Incluem-se nesta
categoria os diuréticos, que apesar de não serem amplamente utilizados atualmente, devido à sua capacidade
de eliminar o sódio do organismo, reduzindo o volume vascular, ainda têm lugar no tratamento da
Hipertensão. Exemplos: Furosemida (Lasix, Hidroclorotiazida).
Podem ser citados também os vasodilatadores, que aumentam a amplitude dos vasos sanguíneos
com consequente redução da pressão arterial. Exemplos: Nitritos, Nitroglicerina (Tridil), Cloridrato de
Papaverina. Outros medicamentos agem ainda como vasodilatadores, atuando diretamente na musculatura
lisa vascular. Exemplos: Hidralazina (Apresolina, Lowpress), Diazóxido (Tensuril), Minoxidil (Loniten), Cloridrato
de Prazosina (Minipress).
Há também os que agem no sistema nervoso autônomo, inibindo os centros vasomotores
simpáticos. Exemplos: Cloridrato de Clonidina (Catapres), Monossulfato de Guanetidina, Pindolol, Naldolol,
Cloridrato de Propanolol (Inderal), Atenolol. Agindo sobre o Sistema Nervoso Central e diminuindo a
resistência vascular periférica, pode ser citado o fármaco Metildopa (Aldomet).
Outros fármacos anti-hipertensivos agem bloqueando a entrada de íons-cálcio extracelulares nas
células do miocárdio, reduzindo a resistência vascular periférica com consequente redução da pressão
arterial. Exemplos: Nifedipina (Adalat), Cloridrato de Verapamil (Cordilat), Cloridrato de Diltiazem (Balcor,
Cardizem, Diltiazem).
Tipos de medicamentos
• Vasoconstritores Promovem a vasoconstrição sendo utilizados para estancar hemorragias superficiais,
aliviar a congestão nasal, elevar a pressão sanguínea, aumentar a força de contratilidade do miocárdio.
Exemplos: Epinefrina (Adrenalina), Efedrina, Bitartarato de Metaraminol (Aramine).
• Anticoagulantes e Coagulantes Os anticoagulantes são medicamentos empregados para aumentar o
tempo de coagulação sanguínea, prevenindo a formação de trombos e êmbolos. Exemplos: Heparina
Sódica (Liquemine), Warfarina (Marevan), Enoxaparina Sódica (Clexane). Na categoria dos anticoagulantes,
ainda podem ser citados os antitrombóticos, usados para dissolver trombos e/ou coágulos em pacientes
que sofreram Infarto Agudo do Miocárdio, com obstrução vascular. Exemplos: Estreptoquinase
(Kabikinase, Streptase), Uroquinase. Ainda nesta categoria, há os antiagregadores plaquetários, que
interferem na formação de trombos e êmbolos, obstruindo os vasos sanguíneos e formando os ateromas
em portadores de Aterosclerose. Ao contrário dos acima citados, os coagulantes aceleram o processo de
coagulação do sangue. Exemplos: Sais de Cálcio, Fitonadiona, Vitamina K (Kanakion).
• Antiarrítmicos Servem para tratar arritmias cardíacas, regularizando o ritmo cardíaco e prevenindo a
Fibrilação Atrial. Exemplos: Sulfato de Quinidina (Quinino), Cloridrato de Lidocaína (Xilocaína), Cloridrato
de Propanolol (Inderal), Tosilato de Bretílio, Amiodarona (Ancoron, Atlansil, Miodaron, Diodarone).
• Antilipêmicos São medicamentos que reduzem os valores de colesterol na corrente sanguínea. Exemplos:
Pravastatina sódica, Lovastatina, Sinvastatina (Zocor), Colestiramina.
• Cardiotônicos e Inotrópicos São fármacos que aumentam a força de contratilidade do Miocárdio em
pacientes com Insuficiência Cardíaca. Devem ser administrados cuidadosamente, pois podem ocasionar
bradicardia. Exemplos: Digoxina (Digoxen, Lanoxin, Digoxina), Lactato de Anrinona (Inocor), Cloridrato de
Dobutamina (Dobutrex), Lactato de Milrinona (Primacor).
Tipos de medicamentos
• Antitussígenos e Expectorantes Os antitussígenos são fármacos que inibem o reflexo da tosse através da redução
da excitabilidade dos receptores traqueobrônquicos. Devem ser administrados cautelosamente a pacientes com
Tuberculose, pois a tosse é necessária para que estes possam expelir a secreção. Exemplo: Levodropropizina
(Antux). Os expectorantes são fármacos que diminuem a viscosidade do muco, facilitando a expectoração.
Exemplos: Guaifenesina (Bricanyl, Broncofenil, Eaca Balsâmico, Transpulmin).
• Broncodilatadores Aumenta a broncodilatação, facilitando a respiração antes afetada pelo broncoespasmo.
Exemplos: Aminofilina (Eufilin), Sulfato de Salbutamol (Aerolin), Teofilina (Teolong, Teophyl), Sulfato de Terbutalina
(Bricanil).
• Corticosteroides São fármacos utilizados para aliviar processos inflamatórios. Os corticosteroides apenas aliviam
os sintomas, mas não promovem a cura efetiva. Seu uso continuado traz prejuízos ao organismo. Exemplos:
Glicocorticoides (Cortisona, Hidrocortisona, Prednisona, Prednisolona, Betametasona, Dexametasona);
Mineralocorticoides – Afetam o equilíbrio hidroeletrolítico do organismo (Aldosterona, Acetato de
Fluodrocortisona).
• Analgésicos Incluem-se neste grupo os analgésicos narcóticos e os não narcóticos. Os não narcóticos agem em
nível periférico na redução da dor. Os narcóticos são derivados do ópio e da morfina e agem no SNC, podendo
causar dependência se usados indiscriminadamente. São medicamentos controlados. Exemplos: Não narcóticos:
Acetaminofeno, Dipirona (Novalgina), Propoxifeno; Narcóticos: Papaverina, Morfina, Meperidina (Dolatina,
Dolasol), Tramadol (Sylador, Tramal), Codeína.
• Anti-inflamatórios Combatem os processos inflamatórios, aliviando os sintomas característicos. Entre eles há os
que causam sintomas gástricos acentuados e os que não causam tantos efeitos prejudiciais. Exemplos: Causadores
de sintomas gástricos: Ácido Acetil Salicílico (AAS), Piroxican, Diclofenaco Sódico (Inflamax, Biofenac, Voltaren),
Diclofenaco Potássico (Cataflam), Naproxeno. Outros que não tem efeitos gástricos: Nimesulida (Scaflan),
Celecoxib (Celebra).
Tipos de medicamentos
• Hipoglicemiantes orais São utilizados no tratamento da Diabetes Mellitus no controle da glicemia.
Exemplos: Biguanida (Metformina), Clorpropamida (Diabinese).
• Hormônios Empregados nas terapias de reposição hormonal para efeitos diversos. Exemplos:
Tireoide (Tireoide, Levotiroxina); Hipoglicemiantes (Insulina); Hiperglicemiantes (Glucagon).
• Antiúlceras São utilizados no tratamento de úlceras gástricas, protegendo a mucosa gástrica.
Exemplos: Cimetidina (Tagamet).
• Antiácidos São utilizados para neutralizar a acidez gástrica. Exemplos: Carbonato de Cálcio (Gelmax,
Magnésia Bisurada), Hidróxido de Alumínio.
• Eméticos e Antieméticos Os primeiros provocam o vômito em caso de intoxicações exógenas. Não
estão indicados em casos de ingestão de substâncias corrosivas. Exemplos: Xarope de Ipeca. Os
antieméticos tratam os episódios de vômito. Exemplos: Dimenidrato, Metoclopramida(Plasil).
• Digestivos e inibidores digestivos Os primeiros são utilizados para auxiliar no processo de digestão.
Exemplos: Pancreatina, Pancrelipase, Ácido Clorídrico. Os inibidores digestivos atuam na absorção
da Lipase Gastrointestinal. Exemplos: Orlistat (Xenical).
• Antidiarreicos e Laxantes Os primeiros são utilizados para tratar a diarreia, agindo na diminuição da
motilidade intestinal. Exemplos: Cloridrato de Difenoxilato e Sulfato de Atropina (Lomotil),
Cloridrato de Loperamida (Diaseg, Imosec). Os laxantes, ao contrário dos primeiros, são utilizados
para aliviar a constipação intestinal. Exemplos: Lactulose (Farlac, Lactulona, Lactulosum).
• Antiespasmódicos São utilizados para aliviar os espasmos do trato gastrointestinal, das vias biliares
e geniturinário. Exemplos: Brometo de N-Butilescopolamina + Dipirona Sódica (Algexin Composto,
Disbuspan, Buscopan Plus, Bioscina Composta); Vias urinárias: Cloridrato de Oxibutinina
(Incontinol, Retemic, Urazol).
Tipos de medicamentos
• DROGAS PSICOATIVAS
• Psicoativo é um termo que geralmente se aplica a drogas ou outras substâncias que alteramo
estado mental de uma pessoa por afetar a maneira como o cérebro e o sistema nervoso
funcionam. O uso indiscriminado pode causar efeitos como intoxicação e outros problemas de
saúde. Em algumas situações, contudo, as drogas psicoativas podem ser utilizadas para alterar o
estado mental de uma pessoa a fim de explorá-lo.
• Drogas psiquiátricas, como antidepressivos, e drogas usadas para tratar condições como TDAH,
também são psicoativas. A droga psicoativa mais comumente usada para alterar o próprio estado
mental ou de outra pessoa é o álcool.
• Substâncias naturais, tais como cogumelos alucinógenos, cactos, e as folhas, flores e botões de
certas plantas também pode ser enquadradas nessa categoria. Algumas pessoas consideram estas
substâncias mais aceitáveis do que medicamentos fabricados, uma vez que existem naturalmente,
mas que podem ter um maior risco de sobredosagem ou intoxicação devido à falta de controle
sobre a força dos componentes tóxicos e psicoativos da planta.
• Drogas psicoativas são substâncias químicas que afetam o funcionamento do cérebro, causando
mudanças no comportamento, humor e consciência. Embora essas drogas possam ser usadas
terapeuticamente para tratar distúrbios tanto físicos quanto psicológicos, também são
usadas ​​para fins “recreativos” para alterar o humor, as percepções e o estado de consciência.
Tipos de medicamentos
• Estimulantes e Depressores do Sistema Nervoso Central Os estimulantes como o próprio nome já diz, estimulam
o SNC, aumentando a atividade celular. Exemplos: Cafeína, Sulfato de Anfetamina, Cloridrato de Metilfenidato,
Pemolina, Cloridrato de Doxapram. Ao contrário dos acima citados, os depressores do Sistema Nervoso Central são
utilizados quando há a necessidade de diminuir a atividade celular. São utilizados como anestésicos, podendo ser
administrados via intravenosa, via inalatória e como anestésicos locais. Exemplos: Via Intravenosa: Cloridrato de
Midazolam, Cloridrato de Quetamina, Diazepam (Vallium), Tiopental Sódico (Pentotal); Via Inalatória: Halotano
(Fluotane), Cloridrato de Tetracaína, Óxido Nitroso, Éter vinílico, Éter, Enflurano; Locais: Cloridrato de Procaína,
Cloridrato de Lidocaína, Cloridrato de Etildocaína, Cloridrato de Bupivacaína, Cloridrato de Tetracaína.
• Antidepressivos São fármacos utilizados para o tratamento da depressão como insônia ou hipersônia, fadiga,
tristeza e desânimo, agindo na Serotonina e promovendo ao paciente uma sensação de bem-estar. Exemplos:
Fluoxetina (Prozac, Daforin).
• Ansiolíticos Empregados para tratar estados de ansiedade. Exemplos: Buspirona (Buspanil, Ansitec), Bromazepam
(Lexotan), Lorazepan (Lorax).
• Tranquilizantes São fármacos utilizados para acalmar o paciente, agindo no humor do paciente. Seu uso
indiscriminado e prolongado pode causar dependência.
• São medicamentos psicotrópicos controlados. Exemplos: Carbonato de Lítio, Clormazepina (Amplictil), Tioridazina
(Melleril), Cloridrato de Clordiazepóxido (Menotensil), Clororidrato de Hidroxizina (Hixizine), Cloridrato Dipotássico
(Tranxilene), Haloperidol (Haldol), Risperidona.
• Hipnóticos e Sedativos São utilizados para promover a sedação do paciente. Exemplos: Fenobarbital (Gardenal),
Pentobarbital (Hypnol), Flurozepan (Dalmadorm).
• Antiparkinsonianos Tratam a doença de Parkinson, aliviando seus sintomas característicos. Exemplos: Carbidopa,
Levodopa, Carbidopa + Levodopa.
• Anticonvulsivantes São utilizados no controle das crises convulsivas no tratamento da Epilepsia. São psicotrópicos,
causam dependência. Exemplos: Fenitoína (Hidantal), Ácido Valproico, Topiramato, Fenobarbital, Diazepam.
Tipos de medicamentos
• OPIÓIDES
• Opióide e opiáceo são palavras originadas de “ópio”, que é o suco da papoula Papaver somniferum
(contém morfina dentre os 20 alcaloides que possui).
• Opióide é um narcótico sintético que se assemelha a um opiáceo em sua ação, mas não é derivado do
ópio. Opiáceo é qualquer preparação ou derivação do ópio. A DSM-IV utiliza a nomenclatura opióide para
abranger ambas as classes (opióide e opiáceo).
• Os opiáceos sintetizados a partir de opiáceos naturais mais comuns são a heroína (diacetilmorfina) e a
codeína (3-metoximorfina).
• Os opiáceos e opióides podem ser consumidos oralmente, inalados ou injetados (intravenoso ou
subcutâneo). Os sintomas ao uso incluem sensação de calor, peso nas extremidades, boca seca, coceira no
rosto e, em particular, no nariz, e rubor facial.
• A dependência e o abuso de opiódes não são definidos especificadamente.
• A intoxicação é caracterizada por alterações comportamentais e psicológicas (euforia seguida por apatia,
disforia (estado caracterizado por ansiedade, depressão e inquietude), agitação ou retardo psicomotor,
julgamento comprometido) e alguns sintomas fisiológicos, a saber: miose, fala arrastada, sonolência,
comprometimento na atenção e/ ou memória, e torpor ou coma.
• O delirium por intoxicação com opióides ocorre mais frequentemente após o uso de altas doses, quando
são administrados com outras substâncias psicoativas ou quando o usuário possui dano cerebral anterior.
A abstinência caracteriza-se por cessação ou redução de uso pesado e prolongado, administração de
algum antagonista de opiódes após um período de uso de opióide, presença de três ou mais dos seguintes
sintomas: humor disfórico, dores musculares, lacrimejamento, midríase, sudorese, insônia, entre outros.
Tipos de medicamentos
DROGAS VASOATIVAS – AS PRINCIPAIS DROGAS NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA
São substâncias que apresentam efeitos vasculares periféricos, pulmonares ou
cardíacos, atuando em pequenas doses com resposta dose dependente, de efeito
rápido e curto.
Fonte dos slides das drogs vasotivas: https://www.slideshare.net/resenfe2013/drogas-vasoativas-64264841
https://www.slideshare.net/resenfe2013/drogas-vasoativas-64264841
Cronotrópico - Cronotropismo é um efeito que algumas substâncias tem
sobre o ritmo cardíaco, fazendo com que ele acelere. ... As substâncias
cronotrópicas são aquelas que promovem a abertura dos canais de cálcio,
e assim, a rápida despolarização e um aumento da freqüência cardíaca.
Inotrópico – O inotropismo é a
propriedade que tem o coração de se
contrair ativamente como um todo único,
uma vez estimulada toda a sua
musculatura, o que resulta no fenômeno
da contração sistólica.
Efeito Inotrópico Positivo significa que aumenta a
força de contração do coração, geralmente
aumentando o nível de cálcio intracelular do
miocárdio. Efeito Inotrópico Negativo significa que
diminui a força de contração, diminuindo o débito
cardíaco.
Feocromocitoma é um tumor secretor de catecolaminas das células
cromafins, tipicamente localizado nas adrenais. Causa hipertensão
paroxística ou persistente. O diagnóstico se faz pela medida dos produtos
das catecolaminas no sangue ou na urina.
Inibidores da fosfodiesterase são um grupo diversificado de
medicamentos que atuam bloqueando um ou mais subtipos
da enzima fosfodiesterase (PDE). São usados como anti-
inflamatórios, vasodilatadores, estimulantes e inotrópicos
na insuficiência cardíaca e doenças pulmonares.
O citrato de sildenafila está indicado para o tratamento da disfunção erétil,
que se entende como sendo a incapacidade de obter ou manter uma ereção
(rigidez do pênis) suficiente para um desempenho sexual satisfatório. Para
que este medicamento seja eficaz, é necessário estímulo sexual.
Alteplase é indicado para. Tratamento fibrinolítico do infarto
agudo do miocárdio; Tratamento trombolítico da embolia
pulmonar aguda maciça com instabilidade hemodinâmica;
Tratamento trombolítico do acidente vascular cerebral (AVC)
isquêmico agudo.
A concentração aumentada da metemoglobina no sangue decorre de
alterações congênitas e de exposição a agentes químicos diversos,
resultando em quadro com múltiplos diagnósticos diferenciais, que se
não tratado pode levar ao óbito
Obs.: o uso por tempo
prolongado de nitroprussiato
de sódio pode levar a um
acúmulo de cianeto. Se dose
acima de 2mcg/kg/min por
mais de 3 dias, deve-se
monitorizar níveis de
tiocianato diariamente.
O tratamento da intoxicação
por cianeto pode ser feito
com o uso da
hidroxicobalamina.
FLUSHING – Fluxo (de
sangue) que causa o
avermelhamento
Interações medicamentosas
• INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
• As interações medicamentosas podem ser causadas pela
combinação de medicamentos, alimentos, fitoterápicos etc. Na era da
polifarmácia é comum que pacientes com doenças crônicas e que estejam
usando até uma dezena de medicamentos diferentes não relatem o fato
ao profissional de saúde, já que recebem receitas de prescritores de
diferentes especialidades.
• Vale lembrar que esse problema pode ser causado por alterações
nos efeitos de um medicamento por conta do consumo concomitante de
outro medicamento ou sua utilização juntamente com determinado
alimento ou bebida. Embora em alguns casos os efeitos de medicamentos
combinados sejam benéficos, é comum que as interações
medicamentosas tendam a ser prejudiciais.
• Quase todas as interações do tipo medicamento-medicamento
envolvem itens de prescrição obrigatória, mas algumas incluem
medicamentos isentos de prescrição (MIPs), como o ácido acetilsalicílico,
antiácidos e descongestionantes.
Interações medicamentosas
• CLASSIFICAÇÃO
• Leve: não requer alteração na terapia.
– o acetaminofeno (analgésico), pode reduzir os efeitos da 
furosemida (diurético).
• Moderada: pode causar deterioração no estado clínico.
–  da toxicidade na terapia combinada de rifampicina 
(antibiótico), e isoniazida (antituberculoso), resultando em 
aumento na incidência de hepatite.
• Grave: pode causar dano permanente ou morte.
– ocorrência de arritmia cardíaca quando a terfenadina (anti 
histamínico) é combinado com cetoconazol (antifúngico).
Interações medicamentosas
• INTERAÇÕES FÍSICO-QUÍMICAS
• Os beta-lactâmicos (antibióticos)
– podem ser inativados pelo pH ácido de soros glicosados.
• Alguns antineoplásicos
– como a doxorrubicina, devem ser protegidos da luz por 
serem fotossensíveis e devem ser administrados em 
equipos escuros.
• As penicilinas e as cefalosporinas
– reagem com o grupo amino dos aminoglicosídeos e os 
inativa, portanto não devem ser misturados em soluções 
intravenosas.
Interações medicamentosas
• Exemplos de interação medicamento x medicamento
• Fluoxetina (antidepressivo)
– Fenitoína(anticonvulsivante), Fenilbutazona (anti reumático ), Ácido acetilsalicílico ( analgésico ),
Escopolamina ( úlcera ) e Fenotiazinas (tratamento de surtos psicóticos ) reduz a ligação da
Fluoxetina com aalbumina plasmática, inibindo seu efeito.
• Ciclosporina (imunossupressor)
– Fluconazol (antifúngico), Eritromicina (antibiótico), Metilprednisolona (antiinflamatório
mesteroide), Verapamil (antiarrítmico), Cetoconazol (antifúngico) e Indinavir (anti viral, anti HIV)
são fármacos que fetam as enzimas microssômicas em especial o sistema PUP3A, e pode alterar
as concentrações sanguíneas da Ciclosporina.
• Cimetidina (anti-ulceroso)
– Inibe o citocromo P450 e altera o metabolismo da Varfarina (anti-coagulante), Fenitoína
(anticonvulsivante), Teofilina (broncodilatador) e Carbamazepina (anti-psicótico).
• Retinol (vitamina A)
– Interage com anticoncepcionais orais (estrogênios e progestagênios), aumento da concentração 
sérica da vitamina A.
• Tetraciclina (antibiótico) – Aumento do risco de hipertensão intracraniana
Interações medicamentosas benéficas
• Aumento da eficácia terapêutica
– Exemplo: trimetoprin + sulfametoxazol, broncodilatadores +
anti-secretores;
• Redução dos efeitos tóxicos
– Exemplo: associação de sulfas (cristalúria);
• Obtenção de maior duração de efeito.
– Exemplo: probenecida + penicilinas;
• Combinação de latência curta com duração de efeito
prolongado.
– Exemplo: penicilina G + penicilina procaína;
• Impedimento ou retardo do aparecimento de resistência
bacteriana
– Exemplo: esquema tríplice anti-tbc
Interações medicamentosas
• Para Favero, não há uma escala para classificar quais são as interações mais perigosas, pois elas estão dentro de
um contexto de uso. “A interação pode ser perigosa, mas pode não ser frequente. Mais importante é ressaltar as
de maior frequência”, lembra ele, que cita alguns exemplos de interações.
• 1. Ácido acetilsalicílico (AAS) e captopril – O ácido acetilsalicílico pode diminuir a ação anti-hipertensiva do
captopril.
• 2. Omeprazol, varfarina e clopidogrel – O omeprazol (inibidor da bomba de prótons) pode aumentar a ação da
varfarina e diminuir a ação do clopidogrel (antitrombóticos).
• 3. Ácido acetilsalicílico e insulina – O AAS pode aumentar a ação hipoglicemiante da insulina.
• 4. Amoxicilina e ácido clavulânico – A amoxicilina associada ao ácido clavulânico aumenta o tempo de
sangramento e de protrombina (elemento proteico da coagulação sanguínea) quando usada com AAS.
• 5. Inibidores da monoamina oxidase (IMAO) e tiramina (monoamina derivada da tirosina) – O inibidores da
monoamina oxidase (tratamento da depressão) associada à tiramina (tyros = queijo) pode promover crises
hipertensivas e hemorragia intracraniana. A ingestão de alimentos ricos em tiramina (queijo, vinhos, laticínios) em
indivíduo fazendo uso de IMAO provoca um quadro conhecido como “reação do queijo”; a tiramina é degradada
pela monoamina oxidase no intestino e no fígado, quando a atividade desta enzima encontra-se inibida os níveis
de tiramina aumenta causando efeitos simpaticomiméticos, como elevação acentuada da pressão arterial, cefaleia
pulsátil severa e hemorragia intracraniana. Dessa forma, esses alimentos devem ser evitados em pacientes
hipertensos tratados com um IMAO.
• 6. Omeprazol e fenobarbital – O omeprazol usado com fenobarbital (anticonvulsivante) pode potencializar a ação
do barbitúrico.
• 7. Levodopa e dieta proteica - Levodopa (L-dopa) - usada no tratamento da doença de Parkinson - tem ação
terapêutica inibida por dieta hiperproteica.
• 8. Leite e tetraciclina - Os íons divalentes e trivalentes (Ca2+, Mg2+, Fe2+ e Fe3+) - presentes no leite e em outros
alimentos - são capazes de formar quelatos não absorvíveis com as tetraciclinas, ocasionando a excreção fecal dos
minerais, bem como a do fármaco.
Interações medicamentosas
• 9. Óleo mineral e vitaminas - Grandes doses de óleo mineral interferem na absorção de vitaminas
lipossolúveis (A, D, E, K), β-caroteno, cálcio e fosfatos, devido à barreira física e à diminuição do tempo de
trânsito intestinal.
• 10. Diurético e minerais - Altas doses de diuréticos (ou seu uso prolongado) promove aumento na
excreção de minerais. Exemplo: furosemida, diurético de alça, acarreta perda de potássio, magnésio, zinco
e cálcio.
11. Alimentos e penicilina e eritromicina - Após a ingestão de alimentos ou líquidos, o pH do estômago
dobra. Essa modificação pode afetar a desintegração das cápsulas, drágeas ou comprimidos e,
consequentemente, a absorção do princípio ativo. O aumento do pH gástrico em função dos alimentos ou
líquidos pode reduzir a dissolução de comprimidos de eritromicina ou de tetraciclina.
12. Alimentos e fenitoína ou dicumarol - Medicamentos como a fenitoína ou o dicumarol (Anticoagulante
oral que interfere no metabolismo da vitamina K) desintegram-se mais facilmente com a alcalinização do
pH gástrico. O pH também interfere na estabilidade, assim como na ionização dos fármacos, promovendo
uma alteração na velocidade e extensão de absorção.
13. Antibióticos e vitamina C - Os antibióticos não devem ser misturados com vitamina C ou qualquer
substância que a contenha (sucos cítricos), pois ela inibe a ação dos antibióticos.
14. Anticoncepcionais orais e anti-hipertensivos - Os anticoncepcionais (em geral) podem elevar a
pressão arterial, anulando a ação dos hipotensores.
15. Benzodiazepínicos (em geral) e cimetidina - A administração de cimetidina e alguns benzodiazepínicos
(alprazolam, clordiazepóxido, clorazepato, diazepam e triazolam) resulta em diminuição do clearence
plasmático (clearance é o volume de plasma a partir do qual uma determinada substânciapode ser
totalmente depurada (eliminada) na urina em uma determinada unidade de tempo)e aumento da meia
vida plasmática e concentração destes benzodiazepínicos. Além disso, pode ocorrer aumento do efeito
sedativo com o uso de cimetidina e benzodiazepínicos.
Interações medicamentosas
16. Digoxina e diazepam - O diazepam pode reduzir a excreção renal da digoxina, com
aumento da meia vida plasmática e risco de toxicidade. Esse efeito é também relatado
com o alprazolam.
17. Antidiabéticos orais e pirazolônicos - A administração de fenilbutazona e outros
derivados pirazolônicos (A dipirona sódica é um derivado pirazolônico introduzido na
prática clínica em 1922, na Alemanha), concomitantemente aos antidiabéticos orais,
pode potencializar a atividade hipoglicêmica.
18. Anticoncepcionais orais e indutores de enzimas microssônicas – Os
anticoncepcionais orais (em geral), quando usados com indutores de enzimas
microssônicas (rifampicina, barbitúricos, carbamazepina, fenitoína, primidona,
griseofulvina) podem ter seu efeito anticoncepcional diminuído.
19. Anticoagulantes orais e anticoncepcionais orais – Pode ocorrer a diminuição dos
efeitos dos anticoagulantes (em geral) quando usados com os anticoncepcionais.
20. Bebidas alcoólicas e ansiolíticos, hipnóticos e sedativos - Uma interação muito
relevante é a potencialização do efeito depressor do sistema nervoso central (SNC) do
álcool por ansiolíticos, hipnóticos e sedativos. A depressão resultante dessa interação
pode causar até a morte por falência cardiovascular, depressão respiratória ou grave
hipotermia.
Interações medicamentosas
• Importante: Há também as interações de efeito que ocorrem
quando dois ou mais fármacos em uso concomitante têm ações
farmacológicas similares ou opostas, atuando em sítios e por
mecanismos diferentes. Podem produzir sinergismos ou
antagonismos, sem modificar a farmacocinética ou o mecanismo de
ação, como a potencialização do efeito sedativo dos hipnóticos e
anti-histamínicos pelo uso do etanol.
• “Deve-se considerar que há interações benéficas que são utilizadas
como ferramentas da terapêutica, como o sulfametoxazol associado
com trimetroprima, que produzem uma reação sinérgica para
aumento do espectro antibacteriano”, comenta Favero.
• Outro exemplo é a naloxona (antagonista opioide) usada no
tratamento de intoxicações de fármacos opioides. Eles são
utilizados intencionalmente para bloqueio da toxicidade dos
opioides, em caso de superdosagem de opipoides, e depressão
respiratória por essa substância.
Reações adversas
Existem seis tipos de reações indesejáveis a medicamentos, são elas:
• Superdosagem relativa: ocorre quando um fármaco é administrado em doses terapêuticas, porém apesar disso apresenta
concentrações superiores às normais. Como exemplos pode-se citar a maior ocorrência de surdez em pacientes com insuficiência
renal tratados com antibióticos aminoglicosídeos como a amicacina, e a intoxicação digitálica em pacientes com insuficiência
cardíaca tratados com digoxina, pois em ambos os casos ocorrem alterações funcionais, como função renal diminuída, que podem
provocar aumento do risco de concentrações elevadas do fármaco no organismo.
• Efeitos colaterais: são característicos da própria ação farmacológica do medicamento, porém, seu aparecimento é indesejável
em determinado momento da sua aplicação. Exemplos: broncoespasmo provocado por beta-bloqueadores, sonolência pelos
benzodiazepínicos e arritmias provocadas por glicosídeos.
• Efeitos secundários: ocorrem como conseqüência do efeito desejado do medicamento. Um exemplo é a tetraciclina, ela é um
antimicrobiano de ação bacteriostática e pode depositar-se nos dentes (descolorindo o esmalte) e ossos (provocando redução do
crescimento ósseo), se utilizada na pediatria.
• Idiossincrasia: se caracteriza por uma sensibilidade peculiar a um determinado produto, devido a sua estrutura singular. Por
exemplo: a anemia hemolítica por deficiência de glicose-6-fosfato desidrogenase (G6PD). Este tipo de anemia pode acometer
indivíduos que utilizem primaquina (medicamento antimalárico), este medicamento é bem tolerado pela maioria dos pacientes,
contudo, em uma pequena parcela da população pode causar hemólise, conduzindo a grave anemia.
• Hipersensibilidade: é produzida após a sensibilização prévia do paciente, ocorrendo mediação de algum mecanismo imunitário.
A anafilaxia é um exemplo, ela não tem relação com a dose administrada e é uma reação súbita e potencialmente fatal, causada
pela liberação de histamina e de outros mediadores. A anafilaxia é caracterizada principalmente por erupções urticariformes,
edemas dos tecidos moles, broncoconstrição e queda na pressão arterial.
• Tolerância: pode ser definida como a redução progressiva da intensidade dos efeitos farmacológicos, provocada pela
administração frequente de um fármaco na mesma dose, fazendo com seja necessário aumentar progressivamente a dose na
tentativa de manter a intensidade dos efeitos. Um exemplo seria a tolerância produzida por barbitúricos, reduzindo sua ação
anticonvulsivante.
Reações adversas
• Determinados grupos da população são mais suscetíveis ao surgimento de RAM, nesses indivíduos é
necessária cuidadosa monitoração clínica e criteriosa ralação de benefício/risco, pois o correto
acompanhamento auxilia na prevenção e controle de possíveis reações adversas. Estes grupos se dividem
em:
• Extremos de idade: Os extremos de idade são neonatos, crianças e idosos. Algumas alterações
farmacológicas podem alterar os padrões de desenvolvimento das crianças, como por exemplo os
transtornos do desenvolvimento ósseo provocado por tetraciclinas. Já os pacientes idosos podem
demonstrar dificuldade de adesão ao tratamento, por diversos motivos, entre eles: esquecimento,
incompreensão da terapia, dependência física, polimedicação, entre outros. Um exemplo é a menor
sensibilidade de idosos ao propranolol, a qual, provavelmente ocorre devido ao menor número e afinidade
dos receptores, em comparação a pacientes jovens.
• Gênero: As mulheres apresentam maior risco de desenvolver reações adversas possivelmente devido a um
conjunto de fatores como o uso de contraceptivos, maior concentração de tecido adiposo, uso de
medicamentos para a dismenorréia e complicações obstetrícias.
• Gestantes: durante a gestação é necessário monitorar o uso de medicamentos, pois nesse período a mulher
passa por alterações farmacocinéticas que podem alterar o efeito terapêutico dos medicamentos. Como por
exemplo o aumento do volume sanguíneo que pode aumentar o volume de distribuição de medicamentos
hidrossolúveis. Também podemos citar o uso de diuréticos que ao depletar o volume plasmático, reduzem a
perfusão placentária e provocam atraso no desenvolvimento do feto.
• Patologias: As principais doenças que interferem com as reações adversas são a insuficiência renal e a
insuficiência hepática. Pacientes portadores de insuficiência renal apresentam complicações em relação ao
uso de medicamentos devido às alterações funcionais do rim que podem provocar retenção de água e sódio,
acidose, uremia, entre outros. Em pacientes com insuficiência hepática podem ocorrer sérias alterações na
farmacocinética das drogas, podendo provocar diminuição do nível sérico de albumina, proteínas
plasmáticas defeituosas, acúmulo de bilirrubina, entre outros.
Reações adversas
• Hipersensibilidade: ocorre alteração na reatividade causada pela exposição a um alérgeno. Se
caracteriza por não ser dependente de dose, ser recorrente, não ter relação com a atividade
farmacológica e por existência de sensibilização prévia. As principais manifestações clínicas de
hipersensibilidade são: anafilaxia, doença do soro, febre medicamentosa, reação autoimune contra
determinados tecidos e reações cutâneas.
• Variabilidade genética: são respostas anormais a medicamentos que ocorrem em determinada
população e podem ser provocadas por mudanças farmacocinéticas ou farmacodinâmicas causadas
por polimorfismo genético. Como exemplo pode-se citar a succinilcolina(bloqueador
neuromuscular), ela é inativada por hidrólise pela enzima colinesterase, esta enzima possui
atividade geneticamente determinada, possuindo variantes com importância clínica como a
colinesterase atípica, que acomete aproximadamente 1 em cada 2000 indivíduos da população
caucasiana, aumentando o efeito de bloqueio neuromuscular devido a hidrólise muito lenta da
ligação droga receptor.
• Polimedicação: pacientes hospitalizados estão muito sujeitos a interações medicamentosas, pois
recebem entre 10 e 13 medicamentos durante uma internação. Estas interações muitas vezes não
são corretamente identificadas e são confundidas com outras patologias, portanto, é importante
ressaltar a importância da orientação farmacêutica na prevenção de interações medicamentosas,
preservando a saúde dos pacientes e diminuindo os custos.

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