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Aula 02 Fungos - Esporotricose, Dermatofitos e Malassezia

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1 
 
Aguda = desenvolvimento da manifestação clinica rapidamente 
Crônico = processo mais lento 
Esporotricose -Fungo 
• Complexo Sporothrix Schenckii 
↪ Fungo dimórfico (ou seja, apresenta duas formas, no 
ambiente é na forma de micélio e no hospedeiro é na forma de 
levedura) 
 
↪ Distribuição mundial (ocorre no mundo todo, mas é 
problema maior em países em desenvolvimento, é mais uma 
doença de caso negligenciada) 
 
↪ Seis espécies filogenéticas: 
 ↳ Sporothrix albicans; 
 ↳ Sporothrix brasiliensis; (presente na maioria dos 
casos no Brasil) 
 ↳ Sporothrix globosa; 
 ↳ Sporothrix luriei; 
 ↳ Sporothrix mexicana; 
 ↳ S. schenckii. (primeira espécie a ser identificada) 
 
 
↪ Doença aguda ou crônica 
 ↳ Diversidade de hospedeiros (zoonose) 
 − Felinos domésticos (mais suscetíveis em 
ambientes urbanos, principalmente por questões imunológicas 
por ter uma menor capacidade de conseguir controlar a 
infecção e acabam apresentando lesões mais importantes, 
manifestações clinicas mais severas) 
 
 − Seres humanos 
 
 − Antro ou saprozoonose (transmissão ocorre 
do felino infectado para o ser humano, o contrário dificilmente 
ocorre, porque por questões imunológicas o humano apresenta 
menor quantidade de fungo em suas lesões, já o felino possui 
uma carga infectante muito alta., tanto nas lesões quanto nas 
mucosas e isso faz com que o felino seja uma fonte de 
infecção importante. Ou a transmissão pode ocorrer partir da 
forma ambiental do fungo (micélio) ou no indivíduo infectado 
(levedura), isso faz com que o fungo esteja amplamente 
disseminado no meio ambiente especialmente se tiver a 
presença de matéria orgânica e isso faz com que o ser humano 
possa se infectar de maneira ambiental também, embora que a 
maioria dos casos esteja relacionada mais com o contato direto 
com felinos infectados, esse é mais o perfil epidemiológico hoje 
em dia.) 
↪ Distribuição ampla no ambiente: solo, água, 
vegetais, animais e seres humanos (principalmente em 
locais de acumulo de matéria orgânica) 
 
↪ Dimorfismo 
 ↳ 25°C: forma micelial (variante M) 
 − Forma infectante presente no ambiente 
 
 
 ↳ 37°C: leveduriforme (variante Y) 
 − Forma parasitária presente no animal 
 
No ser humano o diagnostico direto da lesão é mais difícil, mas 
no felino por citologia é mais fácil identificar grandes quantidades 
de levedura após a coleta 
 
• Características Epidemiológicas 
↪ Micose subcutânea (profunda) mais prevalente 
no mundo 
 ↳ Países tropicais e subtropicais 
 ↳ Centros urbanos 
 ↳ Importância do ambiente 
(pacote da doença: falta de saneamento básico, falta de acesso 
a serviços de saúde, condições climáticas favoráveis para o 
fungo, em cenário urbano de vulnerabilidade social com felinos 
de acesso a ruas fazendo com que a transmissão seja facilitada) 
2 
 
↪ Ocorrência em surtos epidêmicos (população 
grande de felinos infectados e animais com acesso as ruas, a 
identificação são primeiro em animais e depois em humanos, 
por isso a doença é considerada zoonótica) 
 
↪ Problema de saúde pública 
 ↳ Notificação compulsória aos órgãos 
competentes (isso significa que quando o médico veterinário 
tem uma suspeita ou quando confirma um diagnóstico de 
esporotricose, ele tem o dever de notificar os órgãos 
competentes) 
 ↳ Região Metropolitana do rio de janeiro 
(endemia) 
 ↳ Pernambuco 
 ↳ Município de Guarulhos 
 ↳ Camaçari (Bahia) 
 ↳ Conselheiro Lafaiete (Minas Gerais) 
 ↳ Município de São Paulo (CCZ, DVZ ou 
SUVIS – unidades locais de vigilância zoonótica) 
 
• Esporotricose em Felinos 
↪ Transmissão a partir do contato (por animais 
infectados e com acesso as ruas, fonte de infecção aos 
proprietários) 
 ↳ Solo 
 ↳ Troncos de árvores 
 ↳ Arranhadura ou mordedura (brigas por territórios) 
 ↳ Autoinoculação (já que o felino tem grande 
quantidade de fungo nas mucosas no momento da mordedura 
ele acaba inoculando o fungo e como é uma micose profunda 
acomete as camadas mais profundas da derme e normalmente 
isso se inicia com a inoculação mesmo) 
 
Pode ser infectado e levar a transmissão para os 
proprietários 
 
↪ Lesões em região de face, membros e base 
da cauda. (por contas das brigas, transmissão direta, mas pode 
se disseminar por todo o corpo. As primeiras lesões se iniciam 
localmente no local da inoculação e vai fazer com que o fungo 
seja levado a cadeia linfática, já que essa tem como função 
facilitar a destruição dos microrganismos, e com isso pode ter 
uma disseminação linfática por conta do fungo permanecer na 
cadeia e não ser removido facilmente, portanto na esporotricose 
observa-se muito as lesões em rosário porque elas vão 
acompanhando a cadeia linfática e acometem também o tecido 
cutâneo, então elas começam na cadeia linfática e se 
exteriorizam, gerando lesões linfo-cutâneas na esporotricose 
[quadros sistêmicos]) 
 
↪ Sinais respiratórios: espirros e secreções nasais 
(mais frequentes em felinos por conta de as mucosas terem 
mais quantidades de fungos, principalmente na mucosa nasal e 
oral e esse acometimento leva a uma inflamação específica e o 
felino acaba tendo dificuldade respiratória, espirros, secreções 
nasais e, até acometimento pulmonar) 
 
↪ Gatos saudáveis infectados (assintomáticos) 
 ↳ importância epidemiológica (fonte de infecção 
sem apresentar sinais clínicos, portanto o controle é mais difícil) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
• Esporotricose em seres humanos 
↪ Inoculação direta ou traumática 
 ↳ Espinhos, gravetos, detritos orgânicos 
 
↪ Transmissão zoonótica 
 ↳ Arranhadura ou mordedura 
 
↪ Infecção mesmo sem solução de continuidade 
 ↳ Importância: médicos veterinários, tratadores, 
proprietários. (a prevenção é evitar o contato já que não 
existe uma vacina) 
 
 
Lesões em rosário acompanhando a cadeia linfática e se 
exteriorizando, ficando ulceradas. 
 
Lesão a partir da arranhadura de um felino se disseminado 
 
Forma cutânea localizada. Médica veterinária apresentando 
lesão ulcerada com secreção purulenta, devido à 
arranhadura de gato. Infectada durante atendimento clínico 
 
• Esporotricose 
↪ Febre, apatia, anorexia e caquexia (caquexia é um 
animal com a alimentação reduzida, come menos do que 
deveria ficando com uma redução no escore corporal) 
 
↪ Sintomas respiratórios 
 
↪ Nódulos e/ou úlceras independentemente da 
forma 
 ↳ Crostas/ alopecia 
 ↳ Região Cefálica 
 
↪ Infecções bacterianas secundárias 
 
↪ Doenças sistêmicas: sem clínica evidente 
 
 
Forma cutaneolinfática. Lesões ulceradas em cão, localizada 
em membro posterior, acompanhada de nódulos 
subcutâneos ao longo do canal linfático (linfangite nodular 
ascendente) 
 
Lesões acompanhando a cadeia linfática (rosário). Mas, 
normalmente, os cães são mais resistentes a esse fungo 
 
Parte da lesão ulcerativa 
4 
 
• Diagnóstico Laboratorial 
↪ Cultura micológica (pode ser realizado em locais de 
vigilância zoonótica) 
 ↳ Padrão ouro (define se é esporotricose ou não) 
 ↳ Elevadas sensibilidade e especificidade 
 
OPA! A citologia auxilia bastante no diagnostico e na 
prática clinica e permite identificar as leveduras de forma 
rápida, mas não é um exame confirmatório, o exame 
confirmatório é o cultivo da técnica ouro 
 
↪ PCR (exame de biologia molecular – mais caro) 
 ↳ Pesquisa científica (mais usado nesses casos) 
 ↳ Determinação da espécie 
 
↪ Amostras: 
 ↳ Swabs (coletar da borda onde está em maior atividade 
fúngica), aspirados de abscessos, esfregaços da 
cavidade nasal, biópsias de bordas das lesões e 
coleta de sangue (em casos de disseminação sistêmica) 
para avaliação de disseminação hematogênica em 
gatos 
 
Cuidados na obtenção da amostra! 
 
 
↪ Provas sorológicas – pouca utilidade 
 
↪ Histopatológico (pouco utilizado também) 
 ↳ Baixa sensibilidade 
 ↳ Interferência da fase evolutiva da doença 
 
↪ Citopatológico (rápido para a rotina) 
 ↳Maior sensibilidade em felinos – quantidade 
de células leveduriformes alta 
 ↳ Não é confirmatório (apenas o cultivo é) 
• Cultura micológica 
↪ Cultura a 21°C 
 ↳ Forma micelial (forma de crescimento no ambiente) 
 
 ↳ Colônias típicas de Sporothrix schenckii em 
meio Agar Sabouraud com cloranfenicol 
observadas 8 dias após inoculação de amostra de 
exsudato coletado das lesões de um felino com 
suspeita de esporotricose. 
 
 ↳ Os micélios têm hifas delgadas, septadas, 
delicadamente ramificadas, com aglomerados de 
canídeos, em forma de margarida ou crisântemo. 
 
↪ Cultura a 37°C 
 ↳ Ágar-infusão cérebro-coração/BHI (permite o 
crescimento da levedura) 
 
 ↳ Observam-se numerosas estruturas 
pleomórficas dentro e fora dos macrófagos. 
 
 
Fungo na forma leveduriforme 
Micelial Levedura 
 
Sementeria por inundação de amostra descongelada. 
6° dia de incubação em gelose Sabouraud. À esquerda a 
25 graus, à direita a 30 graus celsius 
5 
 
• Prevenção e Controle 
↪ Tratamento dos animais doentes (geralmente com 
a droga itraconazol que é um antifúngico oral e é um 
tratamento que pode variar de 3 meses a 1 anos, depende 
muito do sistema imune de cada indivíduo. O CCZ de São Paulo 
oferece o medicamento já que é uma droga cara e, além disso, 
tratar o animal doente é uma forma de prevenir a disseminação 
da doença para outros animais e para o ambiente – ação do 
SUS, previne o animal e avita casos humanos) 
 
↪ Medidas higiênico-sanitárias (a doença ocorre em 
ambientes de maior vulnerabilidade social com muito acumulo de 
resíduo que favorece a presença de matéria orgânica e 
consequentemente um favorecimento para a manutenção do 
fungo em sua forma ambiental) 
 
↪ Medidas de biossegurança (práticas Cat Friendly) 
 
↪ Esterilização (comportamento) 
 ↳ campanhas de esterilização em massa 
(castração) 
 
↪ Destinação adequada de carcaças de animais 
infectados (enterrado pode contaminar o solo) 
 
↪ Educação em saúde – posse responsável 
 ↳ Abandono 
 
 
 
OPA! Há suspeitas de que animais filantrópicos, como 
roedores, façam parte da cadeia de transmissão da 
esporotricose e amplie a disseminação do fungo no 
ambiente. Por isso que a epidemiologia da Sporothrix é tão 
complexa e sua incidência vem aumentando cada vez mais 
 
OPA! O animal pode receber o tratamento e se curar, 
mas se for exposto ao mesmo ambiente contaminante 
pode se infectar de novo, ou seja, permanece suscetível a 
essa micose mesmo após a cura já que não é uma 
doença que receber um fator de imunidade adquirida. É 
sempre bom deixar claro isso para o tutor 
 
 
https://youtu.be/8aHlZ5X-hJ8 
 
 
 
https://vimeo.com/516333727/65e8cbb022?fbclid=
IwAR3GCqdsqok8nDTBlzsOF7CcLz3EucbDo8_Oy0j
qcw3hcaiRkfmEboBaS1w 
https://youtu.be/8aHlZ5X-hJ8
https://vimeo.com/516333727/65e8cbb022?fbclid=IwAR3GCqdsqok8nDTBlzsOF7CcLz3EucbDo8_Oy0jqcw3hcaiRkfmEboBaS1w
https://vimeo.com/516333727/65e8cbb022?fbclid=IwAR3GCqdsqok8nDTBlzsOF7CcLz3EucbDo8_Oy0jqcw3hcaiRkfmEboBaS1w
https://vimeo.com/516333727/65e8cbb022?fbclid=IwAR3GCqdsqok8nDTBlzsOF7CcLz3EucbDo8_Oy0jqcw3hcaiRkfmEboBaS1w
6 
 
formam micélios 
Dermatófitos e Malassezia pachidermatis 
 
• Micologia Médica 
↪ Infecções causadas por fungos (são chamadas de 
MICOSE qualquer doença ou infecção causada por um fungo) 
 
↪ Fungos: microrganismos celulares eucarióticos 
 ↳ Classificados no reino Fungi. 
 − Leveduras (unicelulares) 
 − Bolores ou Mofos (pluricelulares) 
 − Cogumelos (espécies macroscópicas) 
 
↪ Podem ser patogênicos ou oportunistas 
(patogênicos podem levar a um quadro infeccioso levando a um 
quadro de doença, já os oportunistas fazem parte da microbiota 
natural daquele indivíduo, mas em determinadas situações de 
desequilíbrio podem causar infecções e doenças, como, por 
exemplo, a Cândida, Malassezia. Essa é a principal diferença 
entre patogenicidade e oportunismo) 
 
↪ Animais imunossuprimidos: sujeitos a infecções 
profundas ou sistêmicas causadas por fungos 
patogênicos ou oportunistas. 
(tendem a ter + infecções graves e profundas por fungos em 
pessoas imunossuprimidas, sendo um tratamento + prolongado) 
 
OPA! A maioria dos fungos não são patogênicos 
(saprófito ambiental) e sobrevivem bem no ambiente, 
principalmente na presença de matéria orgânica. Para o 
fungo crescer, principalmente na sua forma ambiental, ele 
vai precisar de 3 condições: umidade, ambiente escuro 
(ausência de luminosidade direta), pH levemente ácido e 
calor (temperatura ambiente). Isso favorece o crescimento 
de bolores, que são aqueles pontinhos preto-esverdeados, 
principalmente se houver resíduos de matéria orgânica. 
A infecção fúngica vai estar sempre associada a resposta 
imune desse hospedeiro, portanto indivíduos 
imunossuprimidos tendem a ter mais manifestações clinicas 
mais graves e quanto maior for essa imunossupressão, 
maior é o favorecimento para as infecções profundas 
(aquela que não é só superficial na epiderme, mas também 
a infecção acontece nas camadas mais profundas da 
derme) ou sistêmicas. 
 
 
 
• Importância dos Fungos 
↪ Ambiental (auxilia na reciclagem de nutrientes, 
auxiliam na decomposição de agentes poluidores) 
 
↪ Agricultura (fertilidade do solo [usados como 
fertilizantes], e podem levar a doenças de plantas, 
precisando de tratamento especifico nos cultivos) 
 
↪ Indústria (álcool, cerveja, vinho, antibióticos 
(penicilina), enzimas, fármacos) 
 
↪ Alimentação (cogumelos comestíveis) 
 
↪ Saúde (micoses no homem e animais, 
micetismo e micotoxicoses) (micetismo é uma doença 
decorrente a ingestão de fungos tóxicos [alucinógenos], 
micotoxicoses acontece pelo consumo de um alimento onde 
houve a produção de alguma toxina devido a uma 
contaminação fúngica [como no amendoim, com a aflatoxina 
que pode levar a doença], nesse causo o que causa a doença é 
a toxina produzida pelo fungo e não ele em si.) (Aflatoxina é 
importante na área de aves e suínos) 
 
• Características Gerais dos Fungos 
↪ Eucariotos com pouca diferenciação celular 
(apresentam estrutura celular com o núcleo organizado) 
 
↪ Aeróbios (crescem na presença de oxigênio) 
 
↪ Não-fotossintéticos 
 
↪ Quimioheterotróficos: obtêm nutrientes do 
meio por absorção (absorvem os nutrientes do meio) 
 
↪ Presença de esporos: nem todos apresentam 
esporos 
 
↪ Podem ser móveis - zoósporo 
 
↪ Parede celular com quitina e polissacarídeos 
(traz maior resistência a sua estrutura) 
7 
 
Di = dois / morfo = forma 
 
↪ Crescem em um ambiente de pH variando de 
5,5 a 6. 
 
↪ Fatores ambientais determinantes: temperatura, 
umidade, luz e pH. (calor, umidade, escuro, levemente 
ácido) 
 
↪ Esporulação: processo de crescimento das 
hifas a partir dos esporos 
 
↪ Micélio: massa filamentosa (estrutura apenas dos 
filamentares) 
 ↳ micélio vegetativo: região da hifa que obtém 
o nutriente para o seu crescimento 
 ↳ micélio reprodutivo: região da hifa que está 
envolvida com a reprodução (reprodução de esporos) 
 
↪ Fungos dimórficos: apresentam duas formas de 
crescimento 
 ↳ Forma Micelial (filamentar ou bolor: forma no ambiente) 
 ↳ Forma de Levedura (forma no hospedeiro) 
 
OPA! Sporothrix schenckii é um fungo dimórfico, ou 
seja, em temperaturas elevadas, principalmente em seus 
hospedeiros principais (felinos), ele vai crescer na sua 
forma de levedura, já no ambiente ele cresce em uma 
temperatura mais baixa na sua forma filamentar, formando 
hifas. Isso é importante para a veterinária porque interfere 
diretamente na epidemiologia (propagação) da doença, 
portanto tanto o animal quanto o ser humano, se tratando 
de esporotricose, vão poder se infectar a partir de outro 
animal infectado (principalmente o felino) na forma de 
levedura, ou a transmissão pode acontecer de forma 
ambiental com o fungo presente na forma de hifa, a partir 
do momento que é causado um ferimento por algo 
infectado no ambiente. Dessa forma, isso impacta 
diretamentena cadeia de transmissão dessa doença já que 
o fungo pode estar presente em ambientes diferentes e 
nos animais infectados 
 
↪ Fungos polimórficos: produzem formas 
adicionais a essas duas (micelial e levedura) 
 
OPA! Fungos são oportunistas, eucariotos (possui 
carioteca – núcleo organizado), existe duas formas de 
fungos: microscópicos (filamentares [podem formar hifas e 
se tornarem macroscópicos – bolor] ou leveduras 
[unicelulares que não formam estruturas]) e macroscópicos. 
 
Micélio é a unidade formadora dos fungos filamentares e é 
comporto por uma porção reprodutiva (superior – responsável 
pela formação/reprodução de esporos) e porção vegetativa 
(inferior – absorve os nutrientes do meio) 
 
 
 
• Morfologia dos Fungos 
↪ Filamentosos: forma de hifas ramificadas 
(fungos pluricelulares) 
 
↪ Leveduras: forma oval ou esférica (fungos 
unicelulares). 
 
 
8 
 
↪ Estrutura da célula fúngica: 
 ↳ Parede celular: quitina e proteínas que 
conferem rigidez 
 ↳ Membrana plasmática: duas camadas de 
fosfolipídios, recobertas por proteínas 
 ↳ Citoplasma: estruturas que participam da 
síntese e do metabolismo energético 
 ↳ Núcleo: moléculas de DNA, RNA ribossomal, 
juntamente com outras proteínas. 
 ↳ Cápsula: mucopolissacarídeos com a função 
de inibir a fagocitose 
 
• Classificação das micoses segundo 
região afetada 
↪ Micoses superficiais e cutâneas 
 ↳ Causam lesões superficiais em epiderme e 
anexos com queratina (existe fungos que consomem 
queratina e isso favorece o processo infeccioso, como o fungo 
dermatófito que causa micose de pé) 
 
 ↳ Ex.: Dermatofitose, candidíase, pitirosporose-
doença ocasionada por Malassezia. 
 
 
(micoses superficiais) 
 
↪ Subcutâneas e/ou profundas (camadas profundas da derme) 
 ↳ Acomete tecidos interiores à epiderme 
 ↳ Lesões ulcerativas 
 ↳ micetoma, feoifomicose, pitiose, esporotricose 
 
 
 
(lesões profundas, ulcerativas que podem disseminar 
sistemicamente. Inclusive fazendo uma disseminação na cadeia 
linfática levando a esses nódulos na imagem 2 acima, cujo as 
lesões são linfo-cutâneas, se disseminando na cadeia linfática que 
acabam levando a uma ulceração de pele) 
 
↪ Sistêmicas 
 ↳ Acometimento de órgãos internos 
 ↳ Pode levar a óbito 
 ↳ Ex.: Histoplasmose, coccidioidomicose, 
aspergilose, criptococose (doenças decorrentes a essa 
disseminação fúngica sistêmica, sendo que o órgão mais afetado 
são os pulmões, como é o caso da pneumonia fúngica sendo 
caso recorrente tanto na histoplasmose quanto na criptococose) 
 
 
(micoses sistêmicas, geralmente a pneumonia é mais comum, 
geralmente é muito dependente da situação imune do 
hospedeiro. Normalmente indivíduos imunossuprimidos tendem a 
ter essas micoses com manifestações clínicas graves.) 
 
9 
 
Macroconídios septados 
e alongados 
Macroconídios septados 
e ovalados 
Macroconídios septados 
na forma de “cachos” 
• Fungos Dermatófitos (são patológicos) 
↪ Dermatofitoses: micoses superficiais causadas 
por fungos filamentosos (fungos que crescem na forma 
de micélios acometendo epiderme) 
 
↪ Queratinofílicos (utilizam da queratina) que infectam 
pele, pelo, lã, pena, chifre, casco, garra e unha 
(dependendo muito da espécie) 
 
↪ Três gêneros mais frequentes como agentes de dermatofitose 
 ↳ Microsporum (mais importante para a veterinária) 
 ↳ Trichophyton 
 ↳ Epidermophyton 
 
↪ Apresentam hifas septadas (por serem filamentosos) 
↪ Crescimento lento 
↪ Aeróbios estritos (precisam da presença de O2 para crescer) 
↪ Formam colônias pigmentadas 
 
OPA! Fungos Dermatófitos causam micose muito 
comuns em animais como a dermatofitose e até em seres 
humanos como aquela micose de unha, que é causada 
também por fungos dermatófitos, pluricelulares. 
 
• Características morfológicas dos 
macroconídios 
Tricophyton 
 ↳ Macroconídios com paredes finas e até 12 
septos. Forma alongada (charuto), fusiforme. 
Microconídios mais abundantes, agrupados e 
globosos. 
 
 
Microsporum 
 ↳ Macroconídios ovalados ou fusiformes, 
paredes rugosas, com até 15 septos internos. 
 
Epidermophyton 
 ↳ Macroconídios abundantes, clavados, isolados 
ou em cachos contendo até 9 septos internos 
 
 
• Fungos Dermatófitos 
↪ Microsporum canis – zoofílico (felinos) – 25% 
portadores assintomáticos! (zoofílico significa que é uma 
espécie que vai infectar principalmente animais, sendo seu 
hospedeiro principal, mas pode infectar seres humanos também 
já que é um agente zoonótico. No felino é mais assintomático, 
não tendo sinal e a transmissão é mais facilitada contaminando o 
ambiente ou animais de forma direta ou indireta. No aspecto 
clínico é bom já que não possui nenhum sintoma apesar de 
estar infectado, já no aspecto epidemiológico é ruim porque é 
difícil fazer o controle de indivíduos assintomáticos e isso facilita 
e mantêm a transmissão tanto no ambiente quanto nos animais) 
 
↪ Microsporum gypseum – geofílico (presente no 
ambiente) 
 
↪ Trichophyton mentagrophytes – zoofílico 
(zoofílico, ou seja, circula principalmente em animais, em 
especial os roedores) 
 
↪ Epidermophyton – antropofílico (circula 
essencialmente em seres humanos, pode ocorrer em animais se 
houver uma transmissão do ser humano para o animal) 
 
Gênero Espécie Hospedeiro 
 
 
 
Microsporum 
M. canis var. canis 
M. canis var. distortum 
M. equinum 
M. gallinae 
M. gypseum 
M. nanum 
M. persicolor 
Gatos e cães; 
Cães; 
Equinos; 
Frangos e perus; 
Equino, cão, roedor. 
Suínos; 
Rato silvestre. 
 
 
 
 
 
Trichophyton 
T. equinum 
T simii 
T. verrucosum 
T. equinum var. 
autotrophicum 
T. mentagrophytes 
var. erinacei 
T. mentagrophytes 
var. mentagrophytes 
Equinos; 
Macaco, aves e cães; 
Bovinos; 
Equinos; 
 
Porco-espinho e cães 
 
Roedor, cães, equinos 
e outras espécies; 
10 
 
T. mentagrophytes 
var. quickeanum 
T. simii 
 
T. verrucosum 
Camundongo; 
 
Macaco, aves 
domésticas e cães; 
Bovinos. 
 
• Sinais Clínicos da Dermatofitose 
↪ Alopecia (ausência de pelos) 
 
↪ Eritema (lesões avermelhadas) 
 
↪ Ausência de prurido (secreção que pode ou não ter) 
 
↪ Lesões circulares (superficiais que vão aumentando), 
com bordos elevados (na região periférica da lesão é 
onde tem mais fungos, região da lesão ativa com resposta 
inflamatória mais intensa, e no centro tem mais células mortas, 
dando o aspecto mais descamativo porque já teve ali a 
resolução do processo.) 
 
↪ Descamação discreta 
 
↪ Localização na cabeça e porção superior do 
corpo (mais a localização pode ser diversa, vai estar 
relacionada com a transmissão) 
 
• Dermatófitos (dermatofitose) 
↪ Queratolíticos (utilizam a queratina como alimento) 
 ↳ Camada córnea da pele 
 
(lesões circulares e múltiplas, onde tem lesão é no local com 
alopecia – difícil a visualização em animais com bastante pelo) 
 ↪ Queratolíticos 
 ↳ Camada córnea 
 
(Às vezes as lesões se sobrepõem. O tratamento pode 
ser utópico (casos leves) ou vira oral (casos mais graves)) 
 
 
(agentes zoonóticos, infectam humanos e animais. Mais comum 
infectar crianças e idosos [sistema imune não muito bem 
estabelecidos e imunossuprimido]. Normalmente a lesão é por 
contato direto do animal com o ser humano ou a partir de 
fômites, já que é um fungo filamentoso na sua reprodução há 
formação de esporos e esses esporos podem contaminar o 
ambiente, como cama, sofá, ambientes compartilhados podem 
levar a transmissão) 
 
• Diagnóstico: exames microscópicos e 
macroscópicos dos fungos 
↪ Exame microscópico: 
 ↳ exame micológico direto 
11 
 
 − exame microscópico com hidróxido de 
potássio 
 − exame microscópico com tinta nanquim 
 − exame microscópico pelo método de Gram 
 − exame microscópico com coloração panótica: 
 ∘ Giemsa, Wright ou Leishman 
 
OPA! O mais comum é o exame de citologia, porque é 
o mais prático já que faz a coleta e uma simples coloração 
como o panóptico e já consegue visualizar a presença do 
fungoe iniciar o tratamento mais precocemente. Mas se 
tratando de infecção fúngica, a confirmação só se dá por 
meio do cultivo 
 
↪ Exame macroscópico: 
 ↳ Cultivo em meio de cultura (definitivo): 
 − Identificação de um agente fúngico 
 − Agar Sabouraud com cloranfenicol 
(antibiótico) e cicloheximida (o antibiótico em meio 
fúngico é para evitar crescimento bacteriano já que na placa a 
bactéria crescer mais rápido do que o fungo, principalmente as 
contaminantes ambientais. Portanto se deixa a placa sem 
antibiótico a bactéria consome todo o substrato antes do fungo 
crescer já que esse cresce lentamente, 7-10 dias) 
 
 ↳ Lâmpada de Wood (cuidado com resultado 
negativo): 
 − indicação de um agente fúngico 
 
(cuidado com resultado negativo, as vezes você não fez o 
isolamento correto e o fungo pode estar presente mesmo 
com o resultado dando um falso negativo) 
 
• Exames Macroscópicos dos Fungos 
↪ Lâmpada de Wood: 
 ↳ técnica empregada para indicar a presença 
de agentes fúngicos na superfície da pele e em 
pelos. (diagnostico sugestivo) 
 
 ↳ Microsporum canis: cor verde azulada. (esse 
fungo é mais comum em pequenos animais) 
 
 ↳ Outros dermatófitos: florescem em 
coloração diferente 
 
 ↳ Cuidado: produtos tópicos e outros agentes 
como Pseudomonas aeroginosa – falsos positivos 
 
 
OPA! Diagnostico mais fácil e barato que permite o 
tratamento imediato, já que o cultivo é mais demorado. 
Mas a confirmação do fungo definitivo é só por meio de 
cultivo, porque se a carga de fungo estiver baixa durante o 
exame da lâmpada, pode ser que de um falso-negativo. 
 
OPA! Um bom fluxograma: lesão característica e 
positivo na lâmpada de wood, você pode iniciar o 
tratamento. Deu negativo, o ideal é fazer o cultivo para 
poder isolar. 
 
• Saúde Pública 
↪ Antropozoonose (pode haver transmissão do animal 
para o ser humano) 
 
↪ Infecções por fungos zoofílicos no homem 
 ↳ Lesão eritematosa, descamativa, 
conformação circular 
 ↳ Antebraço, região cervical 
 ↳ Prurido intenso 
 ↳ Crianças: tinea capitis (couro cabeludo de criança) 
 
↪ Infecção a partir gatos doentes/portadores 
 ↳ 50% pessoas expostas (contato direto e indireto) 
 ↳ 70% das famílias (≥1 pessoa infectada) 
 
 
12 
 
• Prevenção 
↪ Tratamento dos animais doentes (ou 
assintomáticos, isso reduz o risco de transmissão para outros 
animais, reduz contaminação ambiental e reduz o risco de 
transmissão para seres humanos) 
 
↪ Desinfecção do ambiente com hipoclorito de 
sódio (cândida) 
 
↪ Amônia quaternária em superfícies que sofrem 
corrosão por hipoclorito de sódio (superfícies metálicas) 
 
↪ Descartar fômites (são objetos que auxiliam na 
transmissão por um longo tempo, por isso é melhor descartar, 
como: camas, tapetes, carpetes) 
 
OPA! Quando há tratamento das micoses e o animal 
não está mais com sintomas, ele não fica com a imunidade 
adquirida que protege contra futuras infecções. Então um 
animal que passou por um tratamento e se curou 
clinicamente pode se infectar de novo e sofrer um outro 
quadro infeccioso 
 
• Malassezia pachidermatis (são oportunistas) 
↪ Presentes naturalmente na microbiota 
(mamíferos e aves) e só vão levar a 
manifestações clinicas quando esse animal está 
imunossuprimido ou com algum problema de pele 
(dermatológico). 
 
↪ Principais espécies 
 ↳ M. furfur é antropofílica, faz parte da 
microbiota da pele do ser humano 
 
 ↳ M. pachydermatis pode ser encontrada na 
pele de mamíferos e na das aves, particularmente 
junto a áreas ricas em glândulas sebáceas. (comum 
também em áreas de transição entre mucosa e pele) 
 − Diversidade genética: 7 cepas (1a até 1g) 
 − 1a: alta prevalência; variedade de 
 hospedeiros (mais frequente) 
 − 1d: apenas em cães (quadros de pele e otite) 
 
Região anal, o canal auditivo externo (otite externa, 
orelhas pendulares), os lábios e a pele interdigital de 
cães são frequentemente colonizados por essa 
levedura. 
 
 
SRD = Sem Raça Definida 
 
OPA! Acomete mais em orelha pendular porque cria um 
ambiente favorável para o fungo Malassezia se propagar, 
já que é uma região com ausência de luz, presença de 
calor e umidade, e como faz parte da microbiota, sua 
eliminação completa é impossível, tornando esses cães 
mais suscetíveis a desenvolverem casos dermatológicos. E, 
geralmente, as infecções são mistas, então nas otites 
externas tem-se o quadro bacteriano associado ao quadro 
fúngico, portanto é necessário o combinamento de 
antibiótico com antifúngico no tratamento. 
 
OPA! Os sinais clínicos são exsudato escuro, porque a 
infecção fúngica leva a um excesso da produção de cera 
juntamente com a presença do fungo mais com o 
exsudato inflamatório você tem um exsudato escuro-
amarronzada com o odor forte e adocicado/amendoado e 
que coça bastante. O prurido é muito comum a essa otite 
externa por malassezia, inclusive uma das consequências é 
o Otohematoma que por conta desse prurido muito 
intenso o animal acaba rompendo vasos do ouvido externo 
e o sangue acumula levando ao otohematoma. 
 
↪ Otite externa canina 
 ↳ A levedura produz enzima proteolítica que 
resulta em lesão na mucosa do canal auditivo. 
13 
 
 ↳ Produção excessiva e a retenção de cera, 
consequências da hipersecreção de glândulas 
ceruminosas, combinadas com atividade da 
levedura e de outros microrganismos (exsudato 
escuro e inflamatório + produção excessiva de cera + processo 
microbiano de bactéria e fungo = prurido muito intenso) 
 
 
↪ Dermatite seborreica canina 
 ↳ Malassezia como agente de dermatite seborreia canina, 
com lesões muito presentes em áreas de transições de pele 
para mucosas, mas pode ser disseminado em diferentes partes 
do corpo 
 
 ↳ Os fatores que predispõem incluem 
alterações de hipersensibilidade, alterações na 
queratinização, imunossupressão e raças que tem 
dobras de pele persistentemente umedecidas (ex.: 
sharpei e pug, as dobras tem um ambiente perfeito para os 
fungos, sendo raças mais dispostas a quadros de malasseziose). 
Uso prolongado de antibióticos, ou corticóides (o 
uso de antibiótico por muito tempo gera um desequilíbrio na 
microbiota já que ele não elimina somente as bactérias 
patológicas e com isso reduz as bactérias que mantem esse 
equilíbrio gerando uma condição favorável para o crescimento 
do fungo Malassezia) 
 − Outras doenças de base, como, por exemplo, 
um animal que apresentou um quadro de DAP [dermatite 
alérgica a picada de pulga], essa dermatite pode estar 
associada a Malassezia da mesma forma como vimos para 
staphylococcus. O animal que apresentou um quadro de 
pele decorrente de uma doença endócrina, ele também 
pode ter Malassezia junto por ser um agente oportunista 
que vai crescer nessas condições de fragilidade do tecido) 
 
 ↳ Prurido e eritema são acompanhados por 
um exsudato gorduroso de odor fétido, com 
aglutinação dos pêlos. (o que contribui para o aumento da 
secreção das glândulas sebáceas) 
↪ Diagnostico da Malassezia Pachydermatis 
 ↳ Exsudato do canal auditivo afetado deve ser 
submetido à exames laboratoriais. 
 
 ↳ Na dermatite grave, biópsia de pele deve ser 
considerada. 
 
 ↳ Leveduras características são demonstráveis 
em exsudatos. 
 
 ↳ A levedura deve ser cultivada a 37ºC por 3 
ou 4 dias em ágar Sabouraud contendo 
cloranfenicol. (o isolamento em cultivo tem que ser o 
método de escolha para confirmação diagnóstica. O ágar 
sabouraud é um meio que contêm substratos específicos para 
isolar fungos, sendo o principal meio utilizado para crescimento 
fúngico) 
 
Na otite externa canina, placas com ágar sangue e 
ágar MacConkey devem ser inoculadas com 
exsudato para isolar patógenos bacterianos 
associados (já que na maioria das vezes os quadros são de 
infecções mistas, bactérias e fungos associados) 
 
 
 
 
Malassezia após a coloração (formato de sapatinho, pegadas, 
abacates). ps.: também cora no gram. 
14OPA! Fungos unicelulares também podem ser 
patológicos, como é no caso da Malassezia pachydermatis 
que é uma levedura presente em várias espécies de 
mamíferos e aves que acaba sendo um problema 
frequente na prática clínica por conta de ser um 
microrganismo oportunista. 
 
 
 
 
 
Atividade 
↪ O que é micologia? 
R: Área dedicada ao estudo dos fungos patológicos ou oportunistas que levam a quadros de infecções e 
doenças. 
 
↪ De acordo com as características morfológicas, como podem ser classificados os fungos? 
R: Os fungos podem ser classificados como filamentosos (pluricelular), leveduras (unicelular), cogumelos 
(espécies macroscópicas) ou dimórficos (apresentam duas formas, micélio no ambiente e levedura no 
hospedeiro). 
 
↪ Cite 3 características gerais dos fungos 
R: Eucarióticos, aeróbios, quimioheterotróficos, possuem parede celular de quitina e podem ser uni ou 
pluricelulares 
 
↪ O que são fungos dimórficos? 
R: São aqueles que podem apresentar duas formas, no ambiente como micélio e no hospedeiro como 
levedura. 
 
↪ Quais são os principais agentes das dermatofitoses? 
R: Os principais agentes de dermatofitose são os fungos da espécie microsporum, trichophyton e 
epidermophyton 
 
↪ Qual a interpretação diagnóstica de um animal negativo à Lâmpada de Wood? 
R: A melhor interpretação é não descarta a possibilidade de ser infecção fúngica, pode apenas descartar 
que seja uma infecção por alguma espécie de fungo ou não já que em pequenas proliferações também 
pode dar um falso-negativo,mas a cultura deve ser realizada para a identificação ou não do fungo, dando 
início ao tratamento especifico para aquele agente. 
 
↪ Quais as principais características da otite externa canina por Malassezia pachydermatis? 
R: exsudato escuro, com prurido intenso, odor fétido e coceira. 
 
 
LEITURA COMPLEMENTAR: DERMATOFITOSE

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