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SAI V – DIP Aula 2 Cecilia Antonieta 82 A 1 DOENÇAS RESPIRATÓRIAS INFLUENZA VÍRS INFLUENZA importantes patógenos humanos res- ponsáveis por epidemias sazonais e pandemias. Taxas substânciais de morbidade e mortalidade. Impacto financeiro a cada ano. Conhecida popularmente como gripe – infecção aguda causada pelo vírus influenza. Zoonose Humanos infecção assintomáticas a quadros respiratóri- os graves, potencial de óbito. EPIDEMIOLOGICAMENTE alta taxa de recorrência, capa- cidade de acometer indivíduos em todas as faixas etárias. Complicações são frequentes. 3-5 milhões de infecções/ano e óbitos 250-500 mil/ano no mundo. TAXONOMIA Família Orthomyxociridae Gêneros Influenzavirus A, B, C e outros dois gêneros: Thogovírus e Isavirus. Agrupamento variações antigênicas na nucleoproteína (NP) e na proteína de matriz (M1). GÊNEROS A mais responsável pelas pandemias e epidemias sazonais. Cepas geneticamente variáveis e consideradas as mais virulentas. Grande espectro de reservatórios animais, entre mamíferos e aves. B contém, quase que exclusivamente, vírus que causam infecções em humanos. C menos comuns, e frequentemente causam somente uma infecção leve (crianças). CLASSIFICAÇÃO DOS VÍRUS INFLUENZA A SUBTIPOS propriedades antigênicas das duas glicoproteínas de superfície viral – Hemaglutinina (HA) e Neuroaminidades (NA). Atualmente são conhecidos 18 subtipos de HA (H1-H18) e 11 de NA (N1-N11). Há 198 formas diferentes de combinações, entretanto nem todas parecem ser viáveis na natureza e algumas são restritas a alguns hospedeiros. Historicamente, três subtipos de HA (H1, H2 e H3) pos- suem habilidade de transmissão eficiente entre huma- nos, cocirculando atualmente com maior frequência os subtipos sazonais H1 e H3. Entretanto, outros subtipos, como H5, H6, H7 e H9, oca- sionalmente acometem humanos e são considerados possíveis ameaças para uma futura pandemia. NOMENCLATURA Tipo (A) / hospedeiro (omite-se no caso dos humanos) / local de isolamento / número da amostra / ano de isolamento / seguido pela descrição entre parênteses do subtipo HA e NA. MORFOLOGIA VIRAL O RNA do vírus não possui proto-oncogenes e o sistema reparador. No vírus o estímulo de oncogênese sofrido é permanente e há acúmulo das mutações. MECANISMOS EVOLUTIVOS DRIFT mutação antigênica minor resultante do acúmu- lo de mutações que alteram o tipo de aminoácidos nos epítopos das proteínas, ocorrendo tanto na hemagluti- nina como na neuraminidase, resultando na alteração gradual do vírus. SHIFT troca de um antígeno associada com um patóge- no viral devido à aquisição de um gene novo inteiro ou alteração de um gene pré-existente. Quanto mais drift acumulado, maior a chance de sofrer um shift. O vírus influenza A é o que mais acumula shift e drift, enquanto o B e C, acumulam apenas drift. PATOGENIA ÁCIDO SIÁLICO (AS) receptor presente em diversas célu- las do corpo humano e, nas vias respiratórias, há todas as terminações, além de grande quantidade desses re- ceptores, o que leva a maior acometimento. O vírus influenza pode causar dano a outros tecidos que tenham AS (muscular liso e miocárdico). Ao adentrar a nasofaringe, o vírus adentra a célula hu- mana através da hemaglutinina (HA) que se liga ao re- ceptor AS que sofre alteração morfológica e internaliza SAI V – DIP Aula 2 Cecilia Antonieta 82 A 2 o vírus que libera todo o material genético dele. O RNA da célula humana transcreve o material, há fusão com as proteínas estruturais e não estruturais expressas na membrana citoplasmática da células do hospedeiro, e saída do vírus de dentro da célula. A saída de bilhões de partículas resulta na morte da célula. Nos locais de epitélio estratificado há menos dano, pois a regeneração celular é mais eficaz, já nos locais de epitélio simples há mais destruição. O dano no epitélio simples pode causar pneumonite vi- ral, pois o dano epitelial gera exposição da lâmina pró- pria e, consequentemente, exposição de Fator de necro- se Tecidual do lado endotelial e alteração da unidade morfofuncional alveolar. Radiologicamente, é vista com infiltrado intersticial reticulonodular e consolidações e, na TC, padrão de vidro-fosco e pequenas condensações. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS – GRIPE X RESFRIADO Diferenciam-se na intensidade dos sintomas. Infecções agudas febris. Ocorrem durante o ano todo, mais frequente nos meses do outono e do inverno, predominando no Sudeste. GRIPE Influenza A e B. RESFRIADO metapneumovírus, vírus sincial, rinovírus, adenovírus. Sintomas Resfriado Gripe Febre Pouco frequente em adultos, mais comum em crianças e insidiosa Febre alta em todas as faixas etárias e de início abrupto Tosse Leve e moderada Muito frequente e moderada Mialgia Leve a moderado Intensa Astenia Pode durar 2-3 semanas Prostração Leve Início abrupto e intensa Cong. nasal Frequente Presente Odinofagia Cefaleia Rara Início abrupto e intensa *COVID pode classificar como gripe ou resfriado devido à variação de intensidade e é diagnóstico diferencial para ambas. COMPLICAÇÕES podem ocorrer por questões sistêmicas ou pelo trato respiratório. Pneumonia bacteriana e por outros vírus; sinusite; otite; desidratação; piora das doenças crônicas (insuficiência cardíaca, asma ou diabetes); pneumonia primária por ví- rus influenza que ocorre predominantemente em indiví- duos com doenças cardiovasculares e em gestantes. CARACTERÍSTICAS GERAIS PERÍODO DE INCUBAÇÃO 1-4 dias. TRANSMISSIBILIDADE 24h antes do início dos sintomas até 3 dias após a febre. (1 semana) Tende à resolução espontânea em 7 dias. Alguns casos podem evoluir com complicações. CONDIÇÕES DE RISCO Grávidas em qualquer idade gestacional. Puérperas até 2 semana após o parto (incluindo as que tiveram aborto ou perda fetal). Adultos a partir de 60 anos. Crianças menores que 5 anos com especial atenção à faixa etária de 6 meses a 2 anos. População indígena aldeada. Pneumopatias (incluindo asma). Paciente com tuberculose de todas as formas (há evidências de maior complicação e possibilidade de reativação). Cardiovasculopatias (excluindo hipertensão arterial sistêmica). Nefropatias. Hepatopatias. Doenças hematológicas (incluindo anemia falciforme). Distúrbios metabólicos. Transtornos neurológicos e do desenvolvimento que podem comprometer a função respiratória ou aumentar o risco de aspiração. Imunossupressão. Obesidade (IMC a partir de 40 em adultos). DEFINIÇÃO DE CASOS SUSPEITO ADULTOS SÍNDROME GRIPAL febre de início súbito e tosse ou dor de garganta + dois ou mais: cefaleia, mialgia ou artralgia. SRAG Síndrome gripal + Dispneia ou um dos sinais de gravidade: SAI V – DIP Aula 2 Cecilia Antonieta 82 A 3 ▪ SatO2 < 95%, ▪ Desconforto respiratório ou taquipneia, ▪ Piora nas condições clínicas da doença de base, ▪ Hipotensão; Ou IRpA (Insuficiência Respiratória Aguda). CRIANÇAS rouquidão e linfadenopatia cervical são mais comuns. SÍNDROME GRIPAL menores de 2 anos de idade, considera-se também: febre de início súbito (mesmo que referida) e sintomas respiratórios (tosse, coriza e obstrução nasal), na ausência de outro diag-nóstico específico. SRAG além dos itens anteriores, observar os batimen- tos de asa de nariz, cianose, tiragem intercostal, desidra- tação e inapetência. Todos os pacientes com síndrome gripal devem ser ori- entados a retornar em caso de piora do quadro clínico, quando deverão ser reavaliados quanto aos critérios de SRAG ou outros sinais de agravamento (SatO2 < 95%); desconforto respiratório ou taquipneia; piora nas condi- ções clínicas da doença de base; hipotensão; rebaixa- mento do nível de consciência; recusa alimentar; desi- dratação. DIAGNÓSTICO Clínico, o exame laboratorial é confirmatório. PCR E IFI – swab nasal.As amostras de secreções respiratórias devem ser coletadas preferencialmente no 3º dia após o início dos sintomas e, no máximo, até o 7º dia. O exame laboratorial para diagnóstico específico do vírus influenza somente está indicado para processamento de amostras nos casos de SRAG. COMPLICAÇÕES Semelhante entre COVID e Influenza. Sinais de agravamento: ▪ Aparecimento de dispneia ou taquipneia ou hipoxemia – SpO2 < 95%. ▪ Persistência ou aumento da febre por mais de três dias (pode indicar pneumonite primária pelo vírus Influenza secundária a uma infecção bacteriana). ▪ Exacerbação de doença preexistente (DPOC, cardio- patia ou outras doenças de repercussão sistêmica). ▪ Disfunções orgânicas graves (IRA). ▪ Miosite comprovada por creatinofosfoquinase – CPK (≥ 2-3x). ▪ Alteração do sensório. ▪ Exacerbação dos sintomas gastrintestinais em crianças. ▪ Desidratação. TRATAMENTO O oseltamivir e o zanamivir são drogas antivirais que impedem a ação do DNA. Zanamivir uso somente é autorizado em casos de intole- rância gastrintestinal grave, alergia e resistência ao fosfato de Oseltamivir. INDICAÇÃO SRAG todos. SG com fatores de risco. AJUSTE DO DE ACORDO COM A FUNÇÃO RENAL QUIMIOPROFILAXIA 70-90% de efetividade e atua como ferramente adjuvan- te. Não é recomendada se a exposição à infecção pelo vírus (suspeito ou confirmado) for em período acima de 48 horas. INDICAÇÕES ▪ Pessoas com risco de complicações, não vacinadas ou vacinadas há menos de 2 semanas, após exposi- ção a caso suspeito ou confirmado; SAI V – DIP Aula 2 Cecilia Antonieta 82 A 4 ▪ Pessoas com graves deficiências imunológicas (imu- nossupressão, HIV com imunodepressão avançada); ▪ Crianças < 9 anos (com menos de 2 anos) com fato- res de risco, comorbidades, ou exposição a caso sus- peito ou confirmado no intervalo entre a 1ª e 2ª do- se, ou < 2 semanas após 2ª; ▪ Profissionais de laboratório não vacinados ou vaci- nados a < 2 semanas, e que tenham manipulado amostras clínicas de origem respiratória que conte- nham o vírus influenza sem uso adequado de EPI; ▪ Trabalhadores de saúde não vacinados ou vacinados a < 2 semanas, e que estiveram envolvidos na reali- zação de procedimentos invasivos geradores de ae- rossóis ou na manipulação de secreções de caso sus- peito ou confrimado de influenza, sem o uso ade- quado de EPI; ▪ Residentes em instituições fechadas e hospitais de longa permanência, durante surtos na instiuição. VACINAÇÃO Anual, promove imunidade no período de circulação sa- zonal do vírus, reduzindo o número de casos e evolução para formas graves. VACINAS TRIVALENTES similar ao vírus influeza A/California/7/ 2009 (H1N1)pdm09 + vírus similiar ao vírus influenza A/Hong Kong/4801/2014 (H3N2) + vírus similar ao vírus influenza B/Brisbane/60/2008. QUADRIVALENTES inlcusão de um vírus similar influenza B/Phuket/3073/2013, adicionalmente aos três tipos de cepas especificadas anteriormente. A vacina tetravalente só existe na rede privada e só disponibilizada para quem tem fator de risco. Na rede pública só é disponibilizada a trivalente. INDICAÇÕES pneumopatas, cardiopatas, obesos, diabe- tes, imunossupressão, transplantados, doenças neuro- lógicas crônicas, hepatopatia crônica, DRC, profissionais de saúde, gestantes, idosos, crianças < 5 anos. PRECAUÇÕES Uso de máscara cirúrgica ao entrar no quarto, a menos de 1 metro do paciente – substituí-la a cada contato com o paciente. Higienização das mãos antes e depois de cada contato. Uso de máscara cirúrgica no paciente durante transporte. Limitar procedimentos indutores de aerossóis (intubação, sucção, nebulização). Uso de dispositivos de sucção fechados. Manter paciente preferencialmente em quarto privativo. Quando em enfermaria, respeitar a distância mínima de 1 metro entre os leito durante o tratamento com fosfato de Oseltamivir. COVID-19 SARS-COV-2 ordem Nidovirales, família Coronaviridae, gênero Betacoronavírus. PROTEÍNAS ESTRUTURAIS Spike (S) responsável pela ligação ao receptor da célula do hospedeiro (AEC2). Envelope (E) Membrana (M) Nucleocapsídeo (N) VOC (VARIANTES DE PREOCUPAÇÃO) importância clíni- ca e epidemiológica. Decorrem de acúmulo mutacional. ALFA B.1.1.7, identificada no Reino Unido. BETA B.1.351, identificada na África do Sul. GAMA P.1, identificada no Brasil. DELTA B.1.617.2, identificada na Índia. Representam a possibilidade de maior agressividade, o escape da imunidade adquirida e podem gerar doença mais grave. As mutações são relativamente poucas, con- siderando o tamanho do código genético do vírus. Não importa a quantidade da mutação, mas sim a qualidade. TRANSMISSÃO Gotículas e aerossol – transmissão respiratória, por isso deve-se manter um distanciamento mínimo de 1 m entre as pessoas. Com o uso de anteparo físico (PFF2), a transmissão é mitigada em até 25h de exposição no raio de menos 1 m. Os fômites ficam colonizados, porém não possuem viabilidade de colonização. SAI V – DIP Aula 2 Cecilia Antonieta 82 A 5 TRANSMISSIBILIDADE calculada por meio da realização do swab e PCR ou Teste de Antígenos. Se RT-PCR positiva coloca-se na cultura de linfócito: Vírus vivo/viável houver multiplicação do vírus dentro do linfócito. Vírus não vivo não há multiplicação viral, existe apenas o fragmento de RNA. A RT-PCR positiva não significa nada, a clínica (febre, tosse) do paciente é que vai ser significativa. A PCR pode ficar positiva durante até 90 dias, porém não com a partícula viral viável de ser transmitida. FORMA LEVE até 10 dias. FORMA GRAVE OU LEVE-GRAVE OU IMUNOSSU- PRIMIDOS até 20 dias. Na nova abordagem do MS, uma pessoa com exame po- sitivo e com poucos sintomas repete o exame com 5-7 dias e se negativo retorna ao trabalho com a utilização de máscara. EVOLUÇÃO INCUBAÇÃO 2-14 dias. Contágio se torna infecção com a multiplicação, viabilidade, invasão tecidual, ativação e resposta imune. Primeiramente há resposta da imunidade inata e poste- rior da imunidade adaptativa que, dependendo do pa- drão de resposta inflamatória, vai ativar mais ou menos a indução da resposta. Ao final de semana, meses ou até anos, ocorrer a imunidade celular do linfócito TCD4 e a imunidade por plasmáticos, através dos linfócitos B, IgG, IgM e IgA. SINAIS E SINTOMAS tosse, secreção nasal, espirro e con- gestão nasal, dispenia, dor torácica, taquipneia, anore- xia, diarreia, náusea, vômito, cefaleia, febre, fadiga, dor muscular, artralgia, quadro neurológico. A proliferação viral ocorre dias antes e, à medida que ocorre a apresentação de antígenos para o linfócito B, via recrutamento de resposta imune-celular de TCD4, principalmente, ocorre a produção de anticorpos. A quantidade de anticorpos torna-se cada vez mais substancial por ml de sangue. AGRESSÃO VIRAL E INFLAMATÓRIA NO PULMÃO Sars- Cov-2 adentra nos pneumócitos tipo 1 e 2, infesta a célu- la, destrói a célula, expõe fator tecidual, consequente- mente, ativa a cascata de coagulação extrínseca (Fator de Von Willebran, Fator VII) e ativa complemento. O fator de inflamação é mais trombótico (influenza – mais hemorrágico, consome tanto fator de coagulação que se torna incoagulável). DOENÇA VIRAL AGUDA SISTÊMICA gera mais doença sistêmica do que respiratória, mas pode fazer síndrome respiratória grave ou não. PNEUMONIA SECUNDÁRIA ocorre quando há disbiose do trato respiratório, pois ao desnudar o epitélio, au- menta a proliferação do vírus. Quanto maior essa proli- feração, maior a chance de bactérias descerem para o trato respiratório inferior. FORMAS CLÍNICAS ASSINTOMÁTICOS/PRÉ-SINTOMÁTICOS 30%. LEVE oligossintomáticos respiratórios, síndrome gripal, resfriado comum, pneumonia leve, formas atípicas não respiratórias. Estabilidade respiratória, hemodinâmica e neurológica. Sat >94% ar ambiente, FR < 30, SpO2/FiO2 > 300. MODERADA pneumonia moderada. Estabilidade hemodinâmica e neurológica; SRAL: Sat < 94% ar ambiente, FR > 30, SpO2/FiO2 235-300. GRAVE pneumonia grave. Estabilidade hemodinâmica e neurológica; SRAG: SpO2/FiO2 150-235. CRÍTICA SRAG em UTI IOT/VM. SRAG SpO2;FiO2 < 150, necessidade de IOT/VM em UTI; e/ou instabilidade hemodinâmica e neurológica. DIAGNÓSTICO RT-PCR TESTE DE ANTÍGENO coleta-se secreção pelo swab de nasofaringe. O antígeno é a proteína da superfície do vírus que fica solúvel na secreção. É mais barato e possui sensibilidade/especificidade semelhante ao RT-PCR. Quando é negativo e o indivíduo sintomático é necessário que seja confirmado pelo RT-PCR. Indivíduos sintomáticos ou com contato com pessoas com Covid ou assintomáticos expostos, não importa a procedência da indicação do exame, se Teste do SAI V – DIP Aula 2 Cecilia Antonieta 82 A 6 Antígeno positivo é fechado o diagnóstico de produção de proteína do Sars-Cov-2, e se confirmado com PCR, pode-se afirmar que é uma infecção pelo Sars-Cov-2, mas não necessariamente a doença de Covid. NAAT: Teste de Amplificação de Ácidos Nucleicos. SOROLOGIA falhas, não predizem o período de contami- nação. Pessoas adoecidas com Dengue podem obter falso-positivo de IgM/IgG de Covid. TRATAMENTO Ainda não existe no Brasil. TOCILIZUMABE anticorpo monoclonal, validado no Brasil, mas ainda não há consenso pois não existem literatura sobre seu uso sem corticoide. CORTICOIDE não é indicado na forma leve e se o paci- ente não está em uso de oxigênio. Indicado na forma grave se necessário o uso de oxigênio suplementar. FORMA GRAVE/AVANÇADA VIGILÂNCIA DA HIPÓXIA com controle clínico ou com oxímetro digital e visita domiciliar ou telemedicina. CONTROLE DE COMORBIDADE HAS, DM, tabagismo, IC. Não parar o tratamento de doença de base. SINTOMÁTICOS analgésicos, antipirético, AINEs (ao fim do 7º dia), descongestionantes nasais e xaropes expectorantes (cuidado com a impactação de muco). DEXAMETASONA é segura e não é necessário escalo- nar a dose. Dose 6 mg por 10 dias ou 20 mg por 5 dias seguido de 10 mg por mais 5 dias. Na falta de dexametasona pode ser utilizada a metil- prednisolona com a dose equivalente. ANTICOAGULAÇÃO PROFILÁTICA se já houver trom- bo. Utiliza o Score Padua para verificar o grau de risco de TEV. ANTIBITICOTERAPIA se o paciente tiver, documenta- damente e clinicamente, suspeita de Pneumonia Bacte- riana associada. Pneumonia bacteriana tosse produtiva com escarro pu- rulenta, a TC demonstra pneumonia lobar ou bronco- pneumonia com broncograma aéreo. SÍNDROME PÓS-COVID O sintoma que prevalece é a fadiga (principalmente em MMII), seguida de dispneia, dor articular, dor torácica, sintomas neurológicos (bradipsiquismo). No gênero feminino, ultrapassa 1 ano. REINFECÇÃO Observada pelo menos 45 dias da anterior, mas o mais comum é após 3 meses. RETIRADA DO ISOLAMENTO O ideal é 10 dias, se forma leve, e 20 dias se grave ou imunossuprimido. REFERÊNCIAS CDC – CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION. Antigen test algorithm. 2020. DE TRATAMENTO DE INFLUENZA, Protocolo. recurso eletrônico. Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis.–Brasília: Ministério da Saúde, 2017.
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