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1. REMUNERAÇÃO E SALÁRIO Corresponde a contraprestação pecuniária paga ao empregado em decorrência da sua prestação de serviços de serviços Remuneração é gênero do qual salário é espécie. CLT, Art. 457 - Compreendem-se na remuneração do empregado, para todos os efeitos legais, além do salário devido e pago diretamente pelo empregador, como contraprestação do serviço, as gorjetas que receber. (Redação dada pela Lei nº 1.999, de 1.10.1953) 1.1. Gorjeta § 3º Considera-se gorjeta não só a importância espontaneamente dada pelo cliente ao empregado, como também o valor cobrado pela empresa, como serviço ou adicional, a qualquer título, e destinado à distribuição aos empregados. (Redação dada pela Lei nº 13.419, de 2017) Art. 457-A. A gorjeta não constitui receita própria dos empregadores, mas destina-se aos trabalhadores e será distribuída segundo critérios de custeio e de rateio definidos em convenção ou acordo coletivo de trabalho. (Incluído pela Medida Provisória nº 905, de 2019) Produção de efeitos § 1º Na hipótese de não existir previsãoo em convenção ou acordo coletivo de trabalho, os critérios de rateio e de distribuição da gorjeta e os percentuais de retenção previstos nos § 2º e § 3º serão definidos em assembleia geral dos trabalhadores, na forma prevista no art. 612. (Incluído pela Medida Provisória nº 905, de 2019) Produção de efeitos § 2º As empresas que cobrarem a gorjeta deverão inserir o seu valor correspondente em nota fiscal, além de: (Incluído pela Medida Provisória nº 905, de 2019) Produção de efeitos I - para as empresas inscritas em regime de tributação federal diferenciado, lançá-la na respectiva nota de consumo, facultada a retenção de até vinte por cento da arrecadação correspondente, para custear os encargos sociais, previdenciários e trabalhistas derivados da sua integração à remuneração dos empregados, a título de ressarcimento do valor de tributos pagos sobre o valor da gorjeta, cujo valor remanescente deverá ser revertido integralmente em favor do trabalhador; (Incluído pela Medida Provisória nº 905, de 2019) Produção de efeitos II - para as empresas não inscritas em regime de tributação federal diferenciado, lançá-la na respectiva nota de consumo, facultada a retenção de até trinta e três por cento da arrecadação correspondente para custear os encargos sociais, previdenciários e trabalhistas, derivados da sua integração à remuneração dos empregados, a título de ressarcimento do valor de tributos pagos sobre o valor da gorjeta, cujo valor remanescente deverá ser revertido integralmente em favor do trabalhador; e (Incluído pela Medida Provisória nº 905, de 2019) Produção de efeitos http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L1999.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L1999.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13419.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Mpv/mpv905.htm#art28 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Mpv/mpv905.htm#art28 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del5452.htm#art53§1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Mpv/mpv905.htm#art28 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del5452.htm#art53§1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Mpv/mpv905.htm#art28 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del5452.htm#art53§1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del5452.htm#art53§1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Mpv/mpv905.htm#art28 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del5452.htm#art53§1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del5452.htm#art53§1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Mpv/mpv905.htm#art28 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del5452.htm#art53§1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del5452.htm#art53§1 III - anotar na Carteira de Trabalho e Previdência Social e no contracheque de seus empregados o salário contratual fixo e o percentual percebido a título de gorjeta. (Incluído pela Medida Provisória nº 905, de 2019) Produção de efeitos § 3º A gorjeta, quando entregue pelo consumidor diretamente ao empregado, terá os seus critérios definidos em convenção ou acordo coletivo de trabalho, facultada a retenção nos parâmetros estabelecidos no § 2º. (Incluído pela Medida Provisória nº 905, de 2019) Produção de efeitos § 4º As empresas deverão anotar na Carteira de Trabalho e Previdência Social de seus empregados o salário fixo e a média dos valores das gorjetas referentes aos últimos doze meses. (Incluído pela Medida Provisória nº 905, de 2019) Produção de efeitos § 5º Cessada pela empresa a cobrança da gorjeta de que trata este artigo, desde que cobrada por mais de doze meses, esta se incorporará ao salário do empregado, tendo como base a média dos últimos doze meses, exceto se estabelecido de forma diversa em convenção ou acordo coletivo de trabalho. (Incluído pela Medida Provisória nº 905, de 2019) Produção de efeitos § 6º Comprovado o descumprimento do disposto nos § 1º, § 3º, § 4º e § 6º, o empregador pagará ao empregado prejudicado, a título de pagamento de multa, o valor correspondente a um trinta avos da média da gorjeta recebida pelo empregado por dia de atraso, limitada ao piso da categoria, assegurados em qualquer hipótese os princípios do contraditório e da ampla defesa. (Incluído pela Medida Provisória nº 905, de 2019) Produção de efeitos 1.1.1. Repercussões da gorjeta sobre outras verbas Súmula nº 354 do TST GORJETAS. NATUREZA JURÍDICA. REPERCUSSÕES (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 As gorjetas, cobradas pelo empregador na nota de serviço ou oferecidas espontaneamente pelos clientes, integram a remuneração do empregado, não servindo de base de cálculo para as parcelas de aviso-prévio, adicional noturno, horas extras e repouso semanal remunerado. 1.2. Natureza das verbas pagas pelo empregador 1.2.1. VERBAS QUE INTEGRAM O SALÁRIO CLT, Art. 457. § 1o Integram o salário a importância fixa estipulada, as gratificações legais e as comissões pagas pelo empregador. (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017) a) Comissões: forma de salário condicionada ao resultado do trabalho realizado pelo empregado (pode constituir única forma de salário, ou não). Empregado comissionista é aquele que recebe seu salário de forma variável, ou seja, o pagamento é feito de acordo com a comissão estipulada com o seu empregador. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Mpv/mpv905.htm#art28 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del5452.htm#art53§1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Mpv/mpv905.htm#art28 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Mpv/mpv905.htm#art28 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del5452.htm#art53§1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Mpv/mpv905.htm#art28 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del5452.htm#art53§1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Mpv/mpv905.htm#art28 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Mpv/mpv905.htm#art28 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del5452.htm#art53§1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Mpv/mpv905.htm#art28 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del5452.htm#art53§1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13467.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13467.htm#art1 Comissionista puro é aquele que recebe sua remuneração de forma variável, ou seja, seu salário irá depender do seu rendimento. Por outro lado, o funcionário que recebe por comissão mista é aquele que além da comissão também recebe um valor fixo, sendo assim, beneficiadocom pelo menos um salário mínimo em sua remuneração. Importante lembrar que mesmo sendo o comissionista puro suscetível de salário variável, caso o mesmo não atinja sua "meta" de produção, não poderá o empregador deixar seu funcionário desamparado, devendo neste caso, ser pago ao empregado pelo menos um salário mínimo, respeitando-se assim, a dignidade do trabalhador. Súmula nº 27 do TST COMISSIONISTA (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 É devida a remuneração do repouso semanal e dos dias feriados ao empregado comissionista, ainda que pracista. Súmula nº 340 do TST COMISSIONISTA. HORAS EXTRAS (nova redação) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 O empregado, sujeito a controle de horário, remunerado à base de comissões, tem direito ao adicional de, no mínimo, 50% (cinqüenta por cento) pelo trabalho em horas extras, calculado sobre o valor-hora das comissões recebidas no mês, considerando-se como divisor o número de horas efetivamente trabalhadas. b) Gratificações legais: por exemplo a gratificação por exercício de função paga, no termos do art. 62, parágrafo único, CLT, em decorrência do cargo de confiança. Não se tratando de gratificação paga pelo empregador ao empregado, ainda que de forma habitual, não integra o salário do mesmo. 1.2.2. VERBAS NÃO QUE INTEGRAM O SALÁRIO (AINDA QUE HABITUAIS) CLT, Art. 457. § 2o As importâncias, ainda que habituais, pagas a título de ajuda de custo, auxílio-alimentação, vedado seu pagamento em dinheiro, diárias para viagem, prêmios e abonos não integram a remuneração do empregado, não se incorporam ao contrato de trabalho e não constituem base de incidência de qualquer encargo trabalhista e previdenciário. (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13467.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13467.htm#art1 a) Ajuda de custo: é o valor, normalmente fixado unilateralmente pelo empregador, atribuído ao empregado, pago uma única vez, ou eventualmente, para cobrir despesas de deslocamento por ele realizadas, como, por exemplo, despesas de transferência, acompanhamento de clientes, eventos profissionais etc. Incidência: PAGAMENTO INSS FGTS IR Ajuda de custo Não Não Não b) Auxilio-alimentação: é um benefício que visa subsidiar as despesas com a alimentação do trabalhador, concedido pelo empregador ao empregado, seja por força de disposição contida na Convenção ou no Acordo Coletivo da categoria ou, ainda, por mera liberalidade. CLT, Art. 457. § 5º O fornecimento de alimentação, seja in natura ou seja por meio de documentos de legitimação, tais como tíquetes, vales, cupons, cheques, cartões eletrônicos destinados à aquisição de refeições ou de gêneros alimentícios, não possui natureza salarial e nem é tributável para efeito da contribuição previdenciária e dos demais tributos incidentes sobre a folha de salários e tampouco integra a base de cálculo do imposto sobre a renda da pessoa física. (Redação dada pela Medida Provisória nº 905, de 2019) c) Prêmios ou bônus: CLT, Art. 457. § 4o Consideram-se prêmios as liberalidades concedidas pelo empregador em forma de bens, serviços ou valor em dinheiro a empregado ou a grupo de empregados, em razão de desempenho superior ao ordinariamente esperado no exercício de suas atividades. (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017) Essa verba tem natureza condicional e é devida quando o empregado implementa certas condições previamente estabelecidas pelo empregador. d) Abonos: O abono é uma verba paga ao empregado que decorre de um ato de liberalidade do empregador. Geralmente é pago em parcela única, sem que exista um motivo determinante específico para tal acréscimo. Em muitos casos, o abono serve para compensar um reajuste salarial não concedido ou para complementá-lo, quando insuficiente. O abono não integra a remuneração para todos os efeitos legais. e) Diárias para viagem: As diárias para viagem são valores pagos habitualmente ao empregado para cobrir despesas necessárias, tais como: alimentação, transporte, hotéis, alojamento, para realização de serviços externos. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Mpv/mpv905.htm#art28 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Mpv/mpv905.htm#art28 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13467.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13467.htm#art1 f) Participação nos lucros ou Resultados (PLR): está prevista no artigo 7º, inciso XI da Constituição Federal de 1988, regulamentado com a edição da Lei 10.101/2000. É uma forma de bonificação oferecida pela empresa que tem como principal objetivo reter talentos e motivar seus funcionários. A PLR é uma bonificação, ou seja, um benefício concedido ao trabalhador. Os valores pagos, portanto, não possuem natureza de salário, nem podem substituí- lo ou complementá-lo. Por não se tratar de salário, não incide sobre essa parcela tributos, encargos previdenciários ou trabalhistas. Súmula nº 451 do TST PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS E RESULTADOS. RESCISÃO CONTRATUAL ANTERIOR À DATA DA DISTRIBUIÇÃO DOS LUCROS. PAGAMENTO PROPORCIONAL AOS MESES TRABALHADOS. PRINCÍPIO DA ISONOMIA. (conversão da Orientação Jurisprudencial nº 390 da SBDI-1) – Res. 194/2014, DEJT divulgado em 21, 22 e 23.05.2014 Fere o princípio da isonomia instituir vantagem mediante acordo coletivo ou norma regulamentar que condiciona a percepção da parcela participação nos lucros e resultados ao fato de estar o contrato de trabalho em vigor na data prevista para a distribuição dos lucros. Assim, inclusive na rescisão contratual antecipada, é devido o pagamento da parcela de forma proporcional aos meses trabalhados, pois o ex-empregado concorreu para os resultados positivos da empresa. 1.3. Formas de pagamento do salário a) Salário por tempo: A forma de se calcular o salário dos empregados pelo tempo é a mais utilizada pelas empresas. A Forma de cálculo - leva-se em consideração, para fins de pagamento do salário, o tempo de serviço em que o empregado esta a disposição do empregador. Nesta modalidade de cálculo não se leva em conta a efetiva produtividade do empregado. b) Salário por Produção: por produção é aquele calculado tomando-se por base o resultado do trabalho do empregado. Esta modalidade de cálculo não se leva em conta o tempo desprendido para a realização da tarefa. Ocorre para aqueles empregados que trabalham por comissão ou que recebem por unidade produzida. c) Salário por tarefa: representa a conjunção dos dois primeiros, ou seja: Salário do empregado é calculado tomando-se por base a produção e o tempo em que o empregado gastou para a realização daquela tarefa. Será http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10641213/artigo-7-da-constituição-federal-de-1988 http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10726653/inciso-xi-do-artigo-7-da-constituição-federal-de-1988 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/188546065/constituição-federal-constituição-da-republica-federativa-do-brasil-1988 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1035435/lei-10101-00 observado tanto o tempo a disposição ao empregador, quanto o resultado do trabalho, ou seja, a produção. 1.4. MEIO DE PAGAMENTO DO SALÁRIO a) Salário em espécie (dinheiro): A prestação do salário em espécie é paga obrigatoriamente em moeda corrente do país. - art. 463 da CLT CLT, Art. 463 - A prestação, em espécie, do salário será paga em moeda corrente do País. Parágrafo único - O pagamento do salário realizado com inobservância deste artigo considera-se como não feito. b) Depósito bancário: CLT, Art. 464 - Parágrafo único. Terá força de recibo o comprovante de depósito em conta bancária, aberta para esse fim em nome de cada empregado, com o consentimento deste,em estabelecimento de crédito próximo ao local de trabalho. (Parágrafo incluído pela Lei nº 9.528, de 10.12.1997) c) Salário em utilidade: Além da prestação de salário em espécie, pode o empregador pagar tal prestação salarial em utilidade (salário in natura) – art. 458 e inc. I a VI daCLTT Esse salário utilidade nada mais é do que o pagamento salarial feito pelo empregador ao seu empregado mediante o fornecimento de bens ou serviços de valor econômico. Tais utilidades integram o salário do trabalhador, isto para a finalidade de produção dos efeitos legais, servindo de base de cálculo para horas extras, férias, 13º salário, FGTS, dentre outros títulos trabalhistas. – Art. 458 da CLT. Requisitos para haver salário in natura: I - Habitualidade: prestação fornecida com habitualidade, por força do contrato ou do costume. - art. 458 da CLT. II - Gratuidade: a prestação fornecida é feita de forma gratuita ao empregado, não havendo qualquer tipo de cobrança. III - Finalidade retributiva: deve ser entregue pelo trabalho e não para o trabalho. Assim, a prestação não se constitui uma mera contrapartida dos serviços prestados pelo empregado. Trata-se sim de um ganho econômica prestado diretamente pelo empregado. Parcelas in natura integrantes do salário do empregado http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9528.htm#art3 Representam as parcelas in natura a alimentação, habitação, vestuário ou outras que a empresa, por força do contrato ou do costume, fornecer habitualmente ao empregado. – art. 458, § 3º da CLT § 3º - A habitação e a alimentação fornecidas como salário-utilidade deverão atender aos fins a que se destinam e não poderão exceder, respectivamente, a 25% (vinte e cinco por cento) e 20% (vinte por cento) do salário- contratual. (Incluído pela Lei nº 8.860, de 24.3.1994) § 4º - Tratando-se de habitação coletiva, o valor do salário-utilidade a ela correspondente será obtido mediante a divisão do justo valor da habitação pelo número de co-habitantes, vedada, em qualquer hipótese, a utilização da mesma unidade residencial por mais de uma família. (Incluído pela Lei nº 8.860, de 24.3.1994) I - Habitação: até 25% do salário contratual II - Alimentação: até 20% do salário contratual Utilidades fornecidas pelo empregador que não integram o salário: Todas as hipóteses previstas no 2º do art. 458 da CLT § 2o Para os efeitos previstos neste artigo, não serão consideradas como salário as seguintes utilidades concedidas pelo empregador: (Redação dada pela Lei nº 10.243, de 19.6.2001) I – vestuários, equipamentos e outros acessórios fornecidos aos empregados e utilizados no local de trabalho, para a prestação do serviço; (Incluído pela Lei nº 10.243, de 19.6.2001) II – educação, em estabelecimento de ensino próprio ou de terceiros, compreendendo os valores relativos a matrícula, mensalidade, anuidade, livros e material didático; (Incluído pela Lei nº 10.243, de 19.6.2001) III – transporte destinado ao deslocamento para o trabalho e retorno, em percurso servido ou não por transporte público; (Incluído pela Lei nº 10.243, de 19.6.2001) IV – assistência médica, hospitalar e odontológica, prestada diretamente ou mediante seguro-saúde; (Incluído pela Lei nº 10.243, de 19.6.2001) V – seguros de vida e de acidentes pessoais; (Incluído pela Lei nº 10.243, de 19.6.2001) VI – previdência privada; (Incluído pela Lei nº 10.243, de 19.6.2001) VII – (VETADO) (Incluído pela Lei nº 10.243, de 19.6.2001) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8860.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8860.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8860.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LEIS_2001/L10243.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LEIS_2001/L10243.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LEIS_2001/L10243.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LEIS_2001/L10243.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LEIS_2001/L10243.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LEIS_2001/L10243.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LEIS_2001/L10243.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LEIS_2001/L10243.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LEIS_2001/L10243.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LEIS_2001/L10243.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LEIS_2001/L10243.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/Mensagem_Veto/2001/Mv581-01.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LEIS_2001/L10243.htm#art2 VIII - o valor correspondente ao vale-cultura. (Incluído pela Lei nº 12.761, de 2012) Súmula nº 241 do TST SALÁRIO-UTILIDADE. ALIMENTAÇÃO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 O vale para refeição, fornecido por força do contrato de trabalho, tem caráter salarial, integrando a remuneração do empregado, para todos os efeitos legais. Súmula nº 258 do TST SALÁRIO-UTILIDADE. PERCENTUAIS (nova redação) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 Os percentuais fixados em lei relativos ao salário "in natura" apenas se referem às hipóteses em que o empregado percebe salário mínimo, apurando-se, nas demais, o real valor da utilidade. Súmula nº 367 do TST UTILIDADES "IN NATURA". HABITAÇÃO. ENERGIA ELÉTRICA. VEÍCULO. CIGARRO. NÃO INTEGRAÇÃO AO SALÁRIO (conversão das Orientações Jurisprudenciais nºs 24, 131 e 246 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005 I - A habitação, a energia elétrica e veículo fornecidos pelo empregador ao empregado, quando indispensáveis para a realização do trabalho, não têm natureza salarial, ainda que, no caso de veículo, seja ele utilizado pelo empregado também em atividades particulares. (ex-Ojs da SBDI-1 nºs 131 - inserida em 20.04.1998 e ratificada pelo Tribunal Pleno em 07.12.2000 - e 246 - inserida em 20.06.2001) II - O cigarro não se considera salário utilidade em face de sua nocividade à saúde. (ex-OJ nº 24 da SBDI-1 - inserida em 29.03.1996) O salário não pode ser pago integralmente em utilidades. CLT, Art. 82 - Parágrafo único - O salário mínimo pago em dinheiro não será inferior a 30% (trinta por cento) do salário mínimo fixado para a região, zona ou subzona. 1.5. Regras de proteção ao salário http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12761.htm#art14 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12761.htm#art14 O salário tem natureza alimentar e, justamente por isso, é amplamente protegida em relação ao empregador, aos credores do empregado e aos credores do empregador. São regras de proteção ao salario: a) IRREDUTIBILIDADE SALARIAL Em regra o salário não é passível de redução. É clara a regra que impede o empregador de poder reduzir os salários dos seus empregados - art. 7º, inc. VI da CF. Contudo, a redução salarial é possível em casos excepcionais, como, por exemplo, em casos de acordo ou convenção coletiva de trabalho. CLT, Art. 611-A, § 3o Se for pactuada cláusula que reduza o salário ou a jornada, a convenção coletiva ou o acordo coletivo de trabalho deverão prever a proteção dos empregados contra dispensa imotivada durante o prazo de vigência do instrumento coletivo. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) b) INTANGIBILIDADE SALARIAL Os salários são intangíveis, não podendo o empregador descontar o salário de seus empregados por qualquer motivo. – art. 462 da CLT. Porém, da mesma forma que acontece com a redução salarial, é possível que o salário seja descontado em circunstâncias especificas. É o que se observa abaixo: Exceções: I ) Adiantamentos (vales, 1ª parcela de 13º salário) II ) Dispositivos legais (INSS, IR, DSR) III ) Acordo ou Convenção Coletiva de trabalho (contribuição assistencial) IV ) Prejuízo causado pelo trabalhador ao empregador – art. 462, § 1º CLT resultante de culpa (precisa de prévia e expressa previsão contratual) resultante de dolo(não precisa) V ) inserção do trabalhador em programas de seguros coletivos, previdência privada, saúde pessoal e familiar, clubes recreativos, cooperativas de créditos ou de consumo, dentre outros - Súmula nº 342 do TST Súmula nº 342 do TST http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10641213/artigo-7-da-constituição-federal-de-1988 http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10726839/inciso-vi-do-artigo-7-da-constituição-federal-de-1988 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constituição-federal-constituição-da-republica-federativa-do-brasil-1988 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13467.htm#art1 http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10712484/artigo-462-do-decreto-lei-n-5452-de-01-de-maio-de-1943 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983249/consolidação-das-leis-do-trabalho-decreto-lei-5452-43 http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10712484/artigo-462-do-decreto-lei-n-5452-de-01-de-maio-de-1943 http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10712448/parágrafo-1-artigo-462-do-decreto-lei-n-5452-de-01-de-maio-de-1943 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983249/consolidação-das-leis-do-trabalho-decreto-lei-5452-43 DESCONTOS SALARIAIS. ART. 462 DA CLT (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 Descontos salariais efetuados pelo empregador, com a autorização prévia e por escrito do empregado, para ser integrado em planos de assistência odontológica, médico-hospitalar, de seguro, de previdência privada, ou de entidade cooperativa, cultural ou recreativo-associativa de seus trabalhadores, em seu benefício e de seus dependentes, não afrontam o disposto no art. 462 da CLT, salvo se ficar demonstrada a existência de coação ou de outro defeito que vicie o ato jurídico. c) INALTERABILIDADE SALARIAL Tempo de Pagamento do salário (periodicidade) – art. 459 da CLT Não pode haver estipulação do tempo do pagamento do salário por período superior a um mês, salvo quando houver comissões, percentagens e gratificações. Quando houver tal estipulação mensal do pagamento deverá ser efetuado, necessariamente, até o quinto dia útil do mês subsequente ao vencido. As comissões e percentagens, visto sua natureza jurídica, terá seu pagamento exigível somente depois de ultimada a transação à que se referem. – art. 466 da CLT Forma de pagamento do salário - art. 465 da CLT O pagamento do salário é feito, necessariamente, em dia útil, no local de trabalho do trabalhador, dentro de seu horário de trabalho ou, até mesmo, após o encerramento deste. d) PROVA DE PAGAMENTO DO SALÁRIO A prova de pagamento se faz por meio de recibo assinado pelo empregado, sendo plenamente possível o comprovante de depósito bancário como meio de prova. - art. 464 da CLT e § único Salário Complessivo Nula é a cláusula contratual que fixa determinada importância ou percentagem para atender englobadamente vários direito legais ou contratuais do trabalhador. – Súmula 91 do TST Súmula nº 91 do TST http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10712827/artigo-459-do-decreto-lei-n-5452-de-01-de-maio-de-1943 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983249/consolidação-das-leis-do-trabalho-decreto-lei-5452-43 http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10712080/artigo-466-do-decreto-lei-n-5452-de-01-de-maio-de-1943 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983249/consolidação-das-leis-do-trabalho-decreto-lei-5452-43 http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10712124/artigo-465-do-decreto-lei-n-5452-de-01-de-maio-de-1943 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983249/consolidação-das-leis-do-trabalho-decreto-lei-5452-43 http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10712212/artigo-464-do-decreto-lei-n-5452-de-01-de-maio-de-1943 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983249/consolidação-das-leis-do-trabalho-decreto-lei-5452-43 SALÁRIO COMPLESSIVO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 Nula é a cláusula contratual que fixa determinada importância ou percentagem para atender englobadamente vários direitos legais ou contratuais do trabalhador. e) IMPENHORABILIDADE DO SALÁRIO O salário possui a característica de ser absolutamente impenhoráveis e não podem sofrer qualquer tipo de penhora, constrições, ou mesmo execuções por dívidas do empregado, com exceção para satisfação de dívida de prestação alimentícia. – inc. IV do art. 649 do CPC 1.6. Salário mínimo, salário normativo, salário profissional, e piso salarial O salário mínimo é direito de todo trabalhador, em valor fixado por lei. Unificado nacionalmente. O salário mínimo será reajustado periodicamente e deve atender ás necessidades vitais básicas do trabalhador e de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social (art. 7º, IV, CF, e art. 76, CLT). É vedada a vinculação do salário mínimo para qualquer fim. Súmula Vinculante nº 4 do STF Salvo nos casos previstos na Constituição, o salário mínimo não pode ser usado como indexador de base de cálculo de vantagem de servidor público ou de empregado, nem ser substituído por decisão judicial. Salário profissional é aquele devido a determinada profissão e fixado por lei; é o valor mínimo de salário que pode ser pago a trabalhador integrante de determinada profissão regulamentada. Salário normativo ou piso da categoria é fixado em norma coletiva (sentença normativa ou convenção coletiva de trabalho), sendo o valor mínimo de salário que pode ser pago a trabalhador integrante de determinada categoria profissional. O art. 7º, V da CF prevê como direito dos trabalhadores o piso salarial, proporcional à extensão e à complexidade do trabalho. 1.7. Equiparação salarial 1.7.1. Introdução: A equiparação salarial é um instituto do direito do trabalho, garantido constitucionalmente, por meio do qual o trabalhador busca http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10664676/inciso-iv-do-artigo-649-da-lei-n-5869-de-11-de-janeiro-de-1973 http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10664956/artigo-649-da-lei-n-5869-de-11-de-janeiro-de-1973 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91735/código-processo-civil-lei-5869-73 receber salário igual àquele recebido por um colega que realize o mesmo serviço para o mesmo empregador, no mesmo estabelecimento. Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: XXX - proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil; XXXI - proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão do trabalhador portador de deficiência; IGUALDADE SALARIAL (OU ISONOMIA), CLT Art. 461. Sendo idêntica a função, a todo trabalho de igual valor, prestado ao mesmo empregador, no mesmo estabelecimento empresarial, corresponderá igual salário, sem distinção de sexo, etnia, nacionalidade ou idade. (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017) 1.7.2. Terminologia: A palavra paradigma significa modelo ou padrão a ser seguido e tem origem grega. O empregado, que será denominado de paragonado, e do outro o colega a qual se pretende equiparar, que receberá o nome de paradigma. 1.7.3. Requisitos: a) Trabalho para o mesmo empregador: CLT Art. 461. (...) a todo trabalho de igual valor, prestado ao mesmo empregador, (...). O paragonado deverá obrigatoriamente trabalhar no mesmo estabelecimento comercial do paradigma. O paradigma deverá ser obrigatoriamente contemporâneo do paragonado, ficando expressamente vedado a indicação de paradigma remoto. b) Mesmo estabelecimento: CLT Art. 461. (...) no mesmo estabelecimento empresarial, corresponderá igual salário, sem distinção de sexo, etnia, nacionalidade ou idade. (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017) c) Idêntica função: CLT Art. 461. Sendo idêntica a função, (...) Súmula nº 6 do TST III - A equiparação salarial só é possível se o empregado e o paradigma exercerem a mesma função, desempenhandoas mesmas tarefas, não importando se os cargos têm, ou não, a mesma denominação. (ex-OJ da SBDI-1 nº 328 - DJ 09.12.2003) d) Diferença de tempo de serviço para o mesmo empregador não seja superior a quatro anos e a diferença de tempo na função não seja superior a dois anos. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13467.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13467.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13467.htm#art1 O paragonado não poderá ter tempo superior à 2 (dois) anos na mesma função em relação ao paradigma; e não poderá ter tempo superior à 4 (quatro) anos trabalhando para o mesmo empregador. § 1o Trabalho de igual valor, para os fins deste Capítulo, será o que for feito com igual produtividade e com a mesma perfeição técnica, entre pessoas cuja diferença de tempo de serviço para o mesmo empregador não seja superior a quatro anos e a diferença de tempo na função não seja superior a dois anos. (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017) e) Trabalho de igual produtividade e com a mesma perfeição técnica § 2o Os dispositivos deste artigo não prevalecerão quando o empregador tiver pessoal organizado em quadro de carreira ou adotar, por meio de norma interna da empresa ou de negociação coletiva, plano de cargos e salários, dispensada qualquer forma de homologação ou registro em órgão público. (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017) § 3o No caso do § 2o deste artigo, as promoções poderão ser feitas por merecimento e por antiguidade, ou por apenas um destes critérios, dentro de cada categoria profissional. (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017) § 4º - O trabalhador readaptado em nova função por motivo de deficiência física ou mental atestada pelo órgão competente da Previdência Social não servirá de paradigma para fins de equiparação salarial. (Incluído pela Lei nº 5.798, de 31.8.1972) § 5o A equiparação salarial só será possível entre empregados contemporâneos no cargo ou na função, ficando vedada a indicação de paradigmas remotos, ainda que o paradigma contemporâneo tenha obtido a vantagem em ação judicial própria. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) § 6o No caso de comprovada discriminação por motivo de sexo ou etnia, o juízo determinará, além do pagamento das diferenças salariais devidas, multa, em favor do empregado discriminado, no valor de 50% (cinquenta por cento) do limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13467.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13467.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13467.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13467.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L5798.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L5798.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13467.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13467.htm#art1 1.8. Décimo terceiro salário Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: VIII - décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria; Lei. 4.090/62 Art. 1º - No mês de dezembro de cada ano, a todo empregado será paga, pelo empregador, uma gratificação salarial, independentemente da remuneração a que fizer jus. § 1º - A gratificação corresponderá a 1/12 avos da remuneração devida em dezembro, por mês de serviço, do ano correspondente. § 2º - A fração igual ou superior a 15 (quinze) dias de trabalho será havida como mês integral para os efeitos do parágrafo anterior. § 3º - A gratificação será proporcional: (Incluído pela Lei nº 9.011, de 1995) I - na extinção dos contratos a prazo, entre estes incluídos os de safra, ainda que a relação de emprego haja findado antes de dezembro; e (Incluído pela Lei nº 9.011, de 1995) II - na cessação da relação de emprego resultante da aposentadoria do trabalhador, ainda que verificada antes de dezembro. (Incluído pela Lei nº 9.011, de 1995) Art. 2º - As faltas legais e justificadas ao serviço não serão deduzidas para os fins previstos no § 1º do art. 1º desta Lei. Art. 3º - Ocorrendo rescisão, sem justa causa, do contrato de trabalho, o empregado receberá a gratificação devida nos termos dos parágrafos 1º e 2º do art. 1º desta Lei, calculada sobre a remuneração do mês da rescisão. Lei 4.749/65 Art. 1º - A gratificação salarial instituída pela Lei número 4.090, de 13 de julho de 1962, será paga pelo empregador até o dia 20 de dezembro de cada ano, compensada a importância que, a título de adiantamento, o empregado houver recebido na forma do artigo seguinte. Art. 2º - Entre os meses de fevereiro e novembro de cada ano, o empregador pagará, como adiantamento da gratificação referida no artigo precedente, de uma só vez, metade do salário recebido pelo respectivo empregado no mês anterior. Decreto 57.155/65 Art. 1º O pagamento da gratificação salarial, instituída pela Lei nº 4.090, de 13 de julho de 1962, com as alterações constantes da Lei nº 4.749, de 12 de agôsto de 1965, será efetuado pelo empregador até o dia 20 de dezembro de cada ano, tomando-se por base a remuneração devida nesse mês de acôrdo com o tempo de serviço do empregado no ano em curso. Art. 3º Entre os meses de fevereiro e novembro de cada ano, o empregador pagará, como adiantamento da gratificação, de uma só vez, metade do salário recebido pelo empregado no mês anterior. 1.8.1. O 13º salário proporcional será devido nas seguintes hipóteses de rescisão de contrato de trabalho: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9011.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9011.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9011.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9011.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9011.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9011.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L4090.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L4090.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L4090.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L4090.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L4749.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L4749.htm Dispensa sem justa causa Pedido de demissão Termino do contrato de trabalho por prazo determinado Aposentadoria do empregado Morte do empregado (aos depedentes e/ou herdeiros) Súmula nº 14 do TST CULPA RECÍPROCA (nova redação) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 Reconhecida a culpa recíproca na rescisão do contrato de trabalho (art. 484 da CLT), o empregado tem direito a 50% (cinqüenta por cento) do valor do aviso prévio, do décimo terceiro salário e das férias proporcionais. 1.9. ADICIONAIS DE REMUNERAÇÃO 1.9.1. Adicionais legais a) Adicional de hora extra Valor 50% sobre o salário normal CF, Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros XVI - remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinqüenta por cento à do normal; (Vide Del 5.452, art. 59 § 1º) Súmula nº 291 do TST HORAS EXTRAS. HABITUALIDADE. SUPRESSÃO. INDENIZAÇÃO. (nova redação em decorrência do julgamento do processo TST-IUJERR 10700-45.2007.5.22.0101) - Res. 174/2011, DEJT divulgado em 27, 30 e 31.05.2011 A supressão total ou parcial, pelo empregador, de serviço suplementar prestado com habitualidade, durante pelo menos 1 (um) ano, assegura ao empregado o direito à indenização correspondente ao valor de 1 (um) mês das horas suprimidas,total ou parcialmente, para cada ano ou fração igual ou superior a seis meses de prestação de serviço acima da jornada normal. O cálculo observará a média das horas suplementares nos últimos 12 (doze) meses anteriores à mudança, multiplicada pelo valor da hora extra do dia da supressão. Súmula nº 118 do TST JORNADA DE TRABALHO. HORAS EXTRAS (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del5452.htm#art59§1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del5452.htm#art59§1 Os intervalos concedidos pelo empregador na jornada de trabalho, não previstos em lei, representam tempo à disposição da empresa, remunerados como serviço extraordinário, se acrescidos ao final da jornada. Súmula nº 172 do TST REPOUSO REMUNERADO. HORAS EXTRAS. CÁLCULO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 Computam-se no cálculo do repouso remunerado as horas extras habitualmente prestadas. (ex-Prejulgado nº 52). Súmula nº 366 do TST CARTÃO DE PONTO. REGISTRO. HORAS EXTRAS. MINUTOS QUE ANTECEDEM E SUCEDEM A JORNADA DE TRABALHO (nova redação) - Res. 197/2015 - DEJT divulgado em 14, 15 e 18.05.2015 Não serão descontadas nem computadas como jornada extraordinária as variações de horário do registro de ponto não excedentes de cinco minutos, observado o limite máximo de dez minutos diários. Se ultrapassado esse limite, será considerada como extra a totalidade do tempo que exceder a jornada normal, pois configurado tempo à disposição do empregador, não importando as atividades desenvolvidas pelo empregado ao longo do tempo residual (troca de uniforme, lanche, higiene pessoal, etc). Súmula nº 376 do TST HORAS EXTRAS. LIMITAÇÃO. ART. 59 DA CLT. REFLEXOS (conversão das Orientações Jurisprudenciais nºs 89 e 117 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005 I - A limitação legal da jornada suplementar a duas horas diárias não exime o empregador de pagar todas as horas trabalhadas. (ex-OJ nº 117 da SBDI-1 - inserida em 20.11.1997) II - O valor das horas extras habitualmente prestadas integra o cálculo dos haveres trabalhistas, independentemente da limitação prevista no "caput" do art. 59 da CLT. (ex-OJ nº 89 da SBDI-1 - inserida em 28.04.1997) b) Adicional noturno Fundamento legal: CF, art. 7º, IX; XXXIV e paragrafo único; CLT, art. 73; Convenção OIT 171 (ratificada pelo Brasil) e lei. 5.889/73 (art. 5º). Cabimento: trabalhadores URBANOS, AVULSOS E DOMÉSTICOS > a partir das 22:00 horas de um dia até as 05:00 do dia seguinte (art. 73 da CLT). RURAIS - Lavoura a partir das 21:00 horas de um dia até as 05:00 do dia seguinte – Pecuária a partir das 20:00 horas de um dia até as 04:00 do dia seguinte art. 5º da Lei 5.889/73). Ao menor de 18 anos é vedado o trabalho noturno (CF, art. 7º, XXXIII) Hora ficta: A hora de trabalho noturno, dos trabalhadores urbanos e domésticos, será computada como de 52’e 30”. Assim, a jornada noturna terá duração total de 7hs. Tal regra não se aplica aos trabalhadores rurais (60m). Valor do adicional: a) Urbano e doméstico: o trabalho noturno terá remuneração superior a do diurno e, para esse efeito, sua remuneração terá um acréscimo de 20% (vinte por cento), pelo menos, sobre a hora diurna. b) Rural 25% Pagamento do adicional noturno com habitualidade: Súmula nº 60 do TST ADICIONAL NOTURNO. INTEGRAÇÃO NO SALÁRIO E PRORROGAÇÃO EM HORÁRIO DIURNO (incorporada a Orientação Jurisprudencial nº 6 da SBDI- 1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005 I - O adicional noturno, pago com habitualidade, integra o salário do empregado para todos os efeitos. (ex-Súmula nº 60 - RA 105/1974, DJ 24.10.1974) II - Cumprida integralmente a jornada no período noturno e prorrogada esta, devido é também o adicional quanto às horas prorrogadas. Exegese do art. 73, § 5º, da CLT. (ex-OJ nº 6 da SBDI-1 - inserida em 25.11.1996) Transferência de turno: Súmula nº 265 do TST ADICIONAL NOTURNO. ALTERAÇÃO DE TURNO DE TRABALHO. POSSIBILIDADE DE SUPRESSÃO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 A transferência para o período diurno de trabalho implica a perda do direito ao adicional noturno. c) Adicional de insalubridade – Introdução: É um adicional instituído conforme o grau de risco existente na empresa e exercido pela função do empregado Previsão legal: CF, art. 7º, XXIII e CLT, art. 189. Graus de insalubridade – adicionais: o trabalho em condições insalubres gera, para o empregado, o direito à percepeção do adicional de insalubridade em percentuais, podendo variar entre 10% (mínimo), 20% (médio) e 40% (máximo) sobre salário mínimo, (art. 192/CLT e Norma Regulamentadora 15). O grau de risco é verificado conforma o Código Nacional de Atividade http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983249/consolida%C3%A7%C3%A3o-das-leis-do-trabalho-decreto-lei-5452-43 Econômica – CNAE. O médico do trabalho pode auxiliar na interpretação do grau de risco. Exposição intermitente Súmula nº 47 do TST INSALUBRIDADE (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 O trabalho executado em condições insalubres, em caráter intermitente, não afasta, só por essa circunstância, o direito à percepção do respectivo adicional. Eliminação da insalubridade mediante fornecimento de EPI Súmula nº 80 do TST INSALUBRIDADE (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 A eliminação da insalubridade mediante fornecimento de aparelhos protetores aprovados pelo órgão competente do Poder Executivo exclui a percepção do respectivo adicional. Integração da insalubridade na remuneração Súmula nº 139 do TST ADICIONAL DE INSALUBRIDADE (incorporada a Orientação Jurisprudencial nº 102 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005 Enquanto percebido, o adicional de insalubridade integra a remuneração para todos os efeitos legais. (ex-OJ nº 102 da SBDI-1 - inserida em 01.10.1997) Reclassificação ou descaracterização da insalubridade Súmula nº 248 do TST ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. DIREITO ADQUIRIDO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 A reclassificação ou a descaracterização da insalubridade, por ato da autoridade competente, repercute na satisfação do respectivo adicional, sem ofensa a direito adquirido ou ao princípio da irredutibilidade salarial. Fornecimento do EPI Súmula nº 289 do TST INSALUBRIDADE. ADICIONAL. FORNECIMENTO DO APARELHO DE PROTEÇÃO. EFEITO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 O simples fornecimento do aparelho de proteção pelo empregador não o exime do pagamento do adicional de insalubridade. Cabe-lhe tomar as medidas que conduzam à diminuição ou eliminação da nocividade, entre as quais as relativas ao uso efetivo do equipamento pelo empregado. Agente insalubre diverso do apontado na inicial Súmula nº 293 do TST ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. CAUSA DE PEDIR. AGENTE NOCIVO DIVERSO DO APONTADO NA INICIAL (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 A verificação mediante perícia de prestação de serviços em condições nocivas, considerado agente insalubre diverso do apontado na inicial, não prejudica o pedido de adicional de insalubridade. d) Adicional de periculosidade Introdução - É devido ao empregado que presta serviços em contato permanente com explosivos ou inflamáveis em condições de risco acentuado. Atividades perigosas: art. 193 da CLT, inflamáveis, explosivo ou energia elétrica; roubos ou outras espécies de violência física nas atividades profissionais de segurança pessoal ou patrimonial; e, atividade de trabalhador em motocicleta. Súmula nº 361 do TST ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. ELETRICITÁRIOS. EXPOSIÇÃO INTERMITENTE (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 O trabalho exercido em condições perigosas, embora de forma intermitente, dá direito ao empregado a receber o adicional de periculosidade de forma integral, porque a Lei nº 7.369, de20.09.1985, não estabeleceu nenhuma proporcionalidade em relação ao seu pagamento. Adicional: é de 30% sobre o salário contratual e integra a remuneração do empregado, salvo para fins de gratificações, prêmios etc. (Enunciado 191). Sua percentagem é de 30% sobre o salário base, CLT art. 193 § 1º. O Médico do Trabalho tem importante participação na definição do quadro periculoso. Habitualidade Súmula nº 132 do TST ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. INTEGRAÇÃO (incorporadas as Orientações Jurisprudenciais nºs 174 e 267 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005 I - O adicional de periculosidade, pago em caráter permanente, integra o cálculo de indenização e de horas extras (ex-Prejulgado nº 3). (ex-Súmula nº 132 - RA 102/1982, DJ 11.10.1982/ DJ 15.10.1982 - e ex-OJ nº 267 da SBDI-1 - inserida em 27.09.2002) II - Durante as horas de sobreaviso, o empregado não se encontra em condições de risco, razão pela qual é incabível a integração do adicional de periculosidade sobre as mencionadas horas. (ex-OJ nº 174 da SBDI-1 - inserida em 08.11.2000) EXPOSIÇÃO EVENTUAL, PERMANENTE E INTERMITENTE Súmula nº 364 do TST ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. EXPOSIÇÃO EVENTUAL, PERMANENTE E INTERMITENTE (inserido o item II) - Res. 209/2016, DEJT divulgado em 01, 02 e 03.06.2016 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983249/consolida%C3%A7%C3%A3o-das-leis-do-trabalho-decreto-lei-5452-43 http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10743259/artigo-193-do-decreto-lei-n-5452-de-01-de-maio-de-1943 http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10743225/par%C3%A1grafo-1-artigo-193-do-decreto-lei-n-5452-de-01-de-maio-de-1943 http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10743225/par%C3%A1grafo-1-artigo-193-do-decreto-lei-n-5452-de-01-de-maio-de-1943 I - Tem direito ao adicional de periculosidade o empregado exposto permanentemente ou que, de forma intermitente, sujeita-se a condições de risco. Indevido, apenas, quando o contato dá-se de forma eventual, assim considerado o fortuito, ou o que, sendo habitual, dá-se por tempo extremamente reduzido. (ex-Ojs da SBDI-1 nºs 05 - inserida em 14.03.1994 - e 280 - DJ 11.08.2003) II - Não é válida a cláusula de acordo ou convenção coletiva de trabalho fixando o adicional de periculosidade em percentual inferior ao estabelecido em lei e proporcional ao tempo de exposição ao risco, pois tal parcela constitui medida de higiene, saúde e segurança do trabalho, garantida por norma de ordem pública (arts. 7º, XXII e XXIII, da CF e 193, §1º, da CLT). Súmula nº 447 do TST SÚMULA Nº 447 ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. PERMANÊNCIA A BORDO DURANTE O ABASTECIMENTO DA AERONAVE. INDEVIDO. Res. 193/2013, DEJT divulgado em 13, 16 e 17.12.2013 Os tripulantes e demais empregados em serviços auxiliares de transporte aéreo que, no momento do abastecimento da aeronave, permanecem a bordo não têm direito ao adicional de periculosidade a que aludem o art. 193 da CLT e o Anexo 2, item 1, "c", da NR 16 do MTE. Pagamento espontâneo / fato incontroverso Súmula nº 453 do TST ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. PAGAMENTO ESPONTÂNEO. CARACTERIZAÇÃO DE FATO INCONTROVERSO. DESNECESSÁRIA A PERÍCIA DE QUE TRATA O ART. 195 DA CLT. (conversão da Orientação Jurisprudencial nº 406 da SBDI-1) – Res. 194/2014, DEJT divulgado em 21, 22 e 23.05.2014 O pagamento de adicional de periculosidade efetuado por mera liberalidade da empresa, ainda que de forma proporcional ao tempo de exposição ao risco ou em percentual inferior ao máximo legalmente previsto, dispensa a realização da prova técnica exigida pelo art. 195 da CLT, pois torna incontroversa a existência do trabalho em condições perigosas. e) Adicional de Transferência Introdução: No caso de necessidade de serviço, poderá o empregador transferir o empregado para localidade diversa da constante do contrato de trabalho. Requisitos: - Real necessidade de serviço; - Anuência do empregado; - localidade diversa da contratação do empregado; - Transferência provisória. Súmula nº 43 do TST TRANSFERÊNCIA (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 Presume-se abusiva a transferência de que trata o § 1º do art. 469 da CLT, sem comprovação da necessidade do serviço. Adicional: 25% do salário. Empregados que não podem recusar a transferência - os que exerçam cargo de confiança e - aqueles cujos contratos tenham como condição, implícita ou explícita, a transferência. Em todo caso a transferência deve decorrer de real necessidade de serviço. Transferência no caso de extinção do estabelecimento: não será considerada ilícita. Transferência que não importe a mudança de domicilio Súmula nº 29 do TST TRANSFERÊNCIA (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 Empregado transferido, por ato unilateral do empregador, para local mais distante de sua residência, tem direito a suplemento salarial correspondente ao acréscimo da despesa de transporte. 2. DURAÇÃO DO TRABALHO 2.1. Jornada de trabalho 2.1.1. Introdução: No Brasil, todo trabalhador contratado com carteira assinada, ou seja, numa relação de emprego, tem a jornada de trabalho estipulada no contrato de trabalho. A lei exige que fique clara, por escrito, a duração do trabalho que esse profissional terá de cumprir diariamente. 2.1.2. Definição: É o montante de horas de um dia de labor. São computadas não só o tempo efetivamente trabalhado, mas também o tempo a disposição do empregador. 2.1.3. São três as teorias sobre a abrangência da jornada de trabalho: a) Teoria do tempo efetivamente trabalhado, não se computando as paralisações, como os intervalos; b) Teoria do tempo a disposição do empregador, é o mais abrangente, considerando como jornada de trabalho não só o tempo de efetivo serviço, como o tempo à disposição do empregador. c) Teoria do tempo in itinere: considera como jornada de trabalho todo o período, desde o momento em que o empregado se dirige ao trabalho até quando ele retorna para a sua casa. Nenhum dos sistemas é unicamente adotado, mas um sistema hibrido, considerando a jornada de trabalho o tempo de serviço, a disposição do empregador. Porém, a Reforma Trabalhista Lei, nº 13.467/2017, no § 2º do artigo 58 da CLT, passou a desobrigar o pagamento de horas in itinere, as chamadas horas de trajeto ou horas de percurso. Art. 58 - A duração normal do trabalho, para os empregados em qualquer atividade privada, não excederá de 8 (oito) horas diárias, desde que não seja fixado expressamente outro limite. § 2º O tempo despendido pelo empregado desde a sua residência até a efetiva ocupação do posto de trabalho e para o seu retorno, caminhando ou por qualquer meio de transporte, inclusive o fornecido pelo empregador, não será computado na jornada de trabalho, por não ser tempo à disposição do empregador. (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017) 2.1.4. Natureza jurídica São duas as teorias sobre a natureza jurídica da jornada de trabalho: a) Natureza jurídica de norma de ordem publica, já que há interesse social na sua limitação, em proteção da saúde e da vida do trabalhador, bem como a sua dignidade como pessoa. b) Natureza jurídica de norma privada, já que esta inserido como uma das condições essenciais do contrato de trabalho. É possível, dentro da autonomia da vontade, convencionar a respeito das condições de jornada. 2.1.5. Classificação No que tange a duração, pode ser classificada: A - Normal, ou comum, são as oito horas diárias, de acordo com previsão na Constituição da República, em seu artigo 7º, inciso XIII, inclui, entre os direitos dos trabalhadores, a “duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, facultada a compensação de horários e a http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13467.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/ConstituicaoCompilado.htmredução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho”., ou menor de acordo com previsão legal ou convencional; B - Extraordinária, ou suplementar, são as excedentes ao horário normal. Quanto ao período: A - Diurna, quando o horário ocorre, no meio urbano, das 5h as 22h; B - Noturna, quando o horário urbano é das 22h as 5h, na agricultura é das 21h as 5h e na pecuária é das 20h as 4h. 2.1.6. Variação de registro de ponto de horário Art. 58 § 1º.Não serão descontadas nem computadas como jornada extraordinária as variações de horário no registro de ponto não excedentes de cinco minutos, observado o limite máximo de dez minutos diários. Art. 4º § 2º Por não se considerar tempo à disposição do empregador, não será computado como período extraordinário o que exceder a jornada normal, ainda que ultrapasse o limite de cinco minutos previsto no § 1o do art. 58 desta Consolidação, quando o empregado, por escolha própria, buscar proteção pessoal, em caso de insegurança nas vias públicas ou más condições climáticas, bem como adentrar ou permanecer nas dependências da empresa para exercer atividades particulares, entre outras: I - práticas religiosas; II - descanso; III - lazer; IV - estudo; V - alimentação; VI - atividades de relacionamento social; VII - higiene pessoal; VIII - troca de roupa ou uniforme, quando não houver obrigatoriedade de realizar a troca na empresa.” SUM-366 CARTÃO DE PONTO. REGISTRO. HORAS EXTRAS. MINUTOS QUE ANTECEDEM E SUCEDEM A JORNADA DE TRABALHO. Não serão descontadas nem computadas como jornada extraordinária as variações de horário do registro de ponto não excedentes de cinco minutos, observado o limite máximo de dez minutos diários. Se ultrapassado esse limite, será considerada como extra a totalidade do tempo que exceder a jornada normal. SÚMULA Nº 449. MINUTOS QUE ANTECEDEM E SUCEDEM A JORNADA DE TRABALHO. LEI Nº 10.243, DE 19.06.2001. NORMA COLETIVA. FLEXIBILIZAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE. A partir da vigência da Lei nº 10.243, de 19.06.2001, que acrescentou o § 1º ao art. 58 da CLT, não mais prevalece cláusula prevista em convenção ou acordo coletivo que elastece o limite de 5 minutos que antecedem e sucedem a jornada de trabalho para fins de apuração das horas extras. SUM-338 JORNADA DE TRABALHO. REGISTRO. ÔNUS DA PROVA I - É ônus do empregador que conta com mais de 10 (dez) empregados o registro da jornada de trabalho na forma do art. 74, § 2º, da CLT. A não-apresentação injustificada dos Unisalesiano - Apostila de Direito do Trabalho 2019- Prof. Ms. José Pancotti Jr. 133 controles de frequência gera presunção relativa de veracidade da jornada de trabalho, a qual pode ser elidida por prova em contrário. II - A presunção de veracidade da jornada de trabalho, ainda que prevista em instrumento normativo, pode ser elidida por prova em contrário. III - Os cartões de ponto que demonstram horários de entrada e saída uniformes são inválidos como meio de prova, invertendo-se o ônus da prova, relativo às horas extras, que passa a ser do empregador, prevalecendo a jornada da inicial se dele não se desincumbir. SUMULA 50 DO TRT/2º REGIÃO. HORAS EXTRAS. CARTÕES DE PONTO. AUSÊNCIA DE ASSINATURA DO EMPREGADO. VALIDADE. A ausência de assinatura do empregado nos cartões de ponto, por si só, não os invalida como meio de prova, pois a lei não exige tal formalidade. O registro de ponto indicando horários de efetivo labor inferiores ao correto e ajustado horário de trabalho, desde que estas variações não excedam cinco minutos, não será debitadas nem remuneradas. Não há violação dos deveres do empregado, não se configurando justa causa. Não há o dever de remunerar horas extras. A limitação é de 10 minutos diários. Caso as variações do horário lançadas no registro de ponto, excedentes do limite legal, resultem em horário de trabalho efetivo inferior a jornada normal, ficará afastada a vedação de serem descontadas da jornada de trabalho, com as conseqüências jurídicas daí decorrentes. 13.1.7 . Turno ininterrupto de revezamento: O inciso XIV do art. 7º da CF, prevê a “jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento, salvo negociação coletiva”. Na CLT o tema é tratado na Seção II, artigos 58 a 65. Esse regime acarreta desgaste à saúde superior ao de quem trabalha em horários regulares. Por isso, a Constituição (artigo 7º, inciso XIV) limitou a jornada em turnos de revezamento a seis horas por dia. Essa duração só pode ser alterada por meio de negociação coletiva. CF, art. 7º, XIV - jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento, salvo negociação coletiva; SUM-360.TURNOS ININTERRUPTOS DE REVEZAMENTO. INTERVALOS INTRAJORNADA E SEMANAL. A interrupção do trabalho destinada a repouso e alimentação, dentro de cada turno, ou o intervalo para repouso semanal, não descaracteriza o turno de revezamento com jornada de 6 (seis) horas previsto no art. 7º, XIV, da CF/1988. SUM-423.TURNO ININTERRUPTO DE REVEZAMENTO. FIXAÇÃO DE JORNADA DE TRABALHO MEDIANTE NEGOCIAÇÃO COLETIVA. VALIDADE. Estabelecida jornada superior a seis horas e limitada a oito horas por meio de regular negociação coletiva, os empregados submetidos a turnos ininterruptos de revezamento não tem direito ao pagamento da 7ª e 8ª horas como extras. OJ-420.TURNOS ININTERRUPTOS DE REVEZAMENTO. ELASTECIMENTO DA JORNADA DE TRABALHO. NORMA COLETIVA COM EFICÁCIA RETROATIVA. INVALIDADE. É inválido o instrumento normativo que, regularizando situações pretéritas, estabelece jornada de oito horas para o trabalho em turnos ininterruptos de revezamento SÚMULA Nº 55 DO TRT/2º REGIÃO.TURNOS ININTERRUPTOS DE REVEZAMENTO - CARACTERIZAÇÃO - VALIDADE DA JORNADA DE OITO HORAS PRORROGADA POR ACORDO COLETIVO - PAGAMENTO DE HORAS EXTRAS. I - O turno ininterrupto de revezamento caracteriza-se pela alternância das turmas, perfazendo 24 horas de trabalho, sem interrupção da atividade produtiva, não importando a periodicidade da alternância, podendo ser semanal, quinzenal ou mensal. II - No trabalho em turnos ininterruptos de revezamento em jornada de oito horas são devidos não apenas o adicional, mas a 7ª e a 8ª horas acrescidas do adicional de horas extras. O trabalhador que trabalha em regime de revezamento tem direito a jornada especial, reduzida, em razão do maior desgaste físico-psicologico dele decorrente, com prejuízos a saúde e convívio familiar. É trabalho prestado em turnos de revezamento, ou seja, nos períodos de manhã, tarde e noite (ou mesmo de dia e de noite), os quais são alterados após certo período, que pode ser semanal, quinzenal ou mensal, passando ao turno seguinte. Para esta espécie de labor, a jornada diária é de 6 horas. Contudo, mediante acordo ou convenção coletiva, a jornada pode ser estendida até a oitava diária. E as sétimas e oitavas horas serão remuneradas como hora normal. Somente cabe pagamento da sétima e oitava como horas extras se inexistir acordo ou convenção coletiva de trabalho. OJ-SDI1-275 TURNO ININTERRUPTO DE REVEZAMENTO. HORISTA. HORAS EXTRAS E ADICIONAL. DEVIDOS. Inexistindo instrumento coletivo fixando jornada diversa, o empregado horista submetido a turno ininterrupto de revezamento faz jus ao pagamento das horas extraordinárias laboradas além da 6ª, bem como ao respectivo adicional. 13.1.8 Trabalho em regime de tempo parcial: Algumas categorias cumprem jornada diferenciada por terem regulamentação própria. É o caso de bancários (seis horas diárias ou 30 horas semanais), jornalistas (cinco horas diárias ou 30 horas semanais), médicos (quatro horas diárias), aeronautas (devido às peculiaridades da atividade, a jornada pode chegar a 20 horas), radiologistas (24 horas semanais) e advogados (quatro horas diárias ou 20 horas semanais), entre outros. Trata-se de regra justa, que observa o principio da igualdade material, pois se o empregadotrabalha em jornada reduzida, deve receber o salário proporcional ao tempo trabalhador. Questiona a jurisprudência a manifestação do empregado, no curso do contrato de trabalho, de modificar o contrato de regime integral para regime parcial. Em tal indagação deve ser verificada a manifestação de vontade do empregado e a existência de previa autorização em instrumento coletivo. Com a reforma trabalhista, o regime jurídico das férias dos trabalhadores do regime parcial serão as mesmas do regime integral. Art. 58-A. Considera-se trabalho em regime de tempo parcial aquele cuja duração não exceda a trinta horas semanais, sem a possibilidade de horas suplementares semanais, ou, ainda, aquele cuja duração não exceda a vinte e seis horas semanais, com a possibilidade de acréscimo de até seis horas suplementares semanais. (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017) (Vigência) § 1o O salário a ser pago aos empregados sob o regime de tempo parcial será proporcional à sua jornada, em relação aos empregados que cumprem, nas mesmas funções, tempo integral. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.164-41, de 2001) § 2o Para os atuais empregados, a adoção do regime de tempo parcial será feita mediante opção manifestada perante a empresa, na forma prevista em instrumento decorrente de negociação coletiva. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.164-41, de 2001) § 3º As horas suplementares à duração do trabalho semanal normal serão pagas com o acréscimo de 50% (cinquenta por cento) sobre o salário-hora normal. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) (Vigência) § 4o Na hipótese de o contrato de trabalho em regime de tempo parcial ser estabelecido em número inferior a vinte e seis horas semanais, as horas suplementares a este quantitativo serão consideradas horas extras para fins http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13467.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13467.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13467.htm#art6 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/2164-41.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/2164-41.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/2164-41.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/2164-41.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13467.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13467.htm#art6 do pagamento estipulado no § 3o, estando também limitadas a seis horas suplementares semanais. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) (Vigência) § 5o As horas suplementares da jornada de trabalho normal poderão ser compensadas diretamente até a semana imediatamente posterior à da sua execução, devendo ser feita a sua quitação na folha de pagamento do mês subsequente, caso não sejam compensadas. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) (Vigência) § 6o É facultado ao empregado contratado sob regime de tempo parcial converter um terço do período de férias a que tiver direito em abono pecuniário. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) (Vigência) § 7o As férias do regime de tempo parcial são regidas pelo disposto no art. 130 desta Consolidação. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) 13.1.9 Controle de jornada O controle do tempo de trabalho prestado é feito por meio do ponto. De acordo com o artigo 74, parágrafo 2º, da CLT, "Para os estabelecimentos com mais de 20 (vinte) trabalhadores será obrigatória a anotação da hora de entrada e de saída, em registro manual, mecânico ou eletrônico, conforme instruções expedidas pela Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, permitida a pré-assinalação do período de repouso. (Redação dada pela Lei nº 13.874, de 2019)". E, de acordo com a jurisprudência do TST (Súmula 338), a prova a respeito da jornada deve ser feita pelo empregador. A não apresentação injustificada dos controles de frequência gera presunção relativa de veracidade da jornada de trabalho alegada pelo empregado. Súmula nº 338 do TST JORNADA DE TRABALHO. REGISTRO. ÔNUS DA PROVA (incorporadas as Orientações Jurisprudenciais nºs 234 e 306 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005 I - É ônus do empregador que conta com mais de 10 (dez) empregados o registro da jornada de trabalho na forma do art. 74, § 2º, da CLT. A não-apresentação injustificada dos controles de freqüência gera presunção relativa de veracidade da jornada de trabalho, a qual pode ser elidida por prova em contrário. (ex- Súmula nº 338 – alterada pela Res. 121/2003, DJ 21.11.2003) II - A presunção de veracidade da jornada de trabalho, ainda que prevista em instrumento normativo, pode ser elidida por prova em contrário. (ex-OJ nº 234 da SBDI-1 - inserida em 20.06.2001) III - Os cartões de ponto que demonstram horários de entrada e saída uniformes são inválidos como meio de prova, invertendo-se o ônus da prova, relativo às horas extras, que passa a ser do empregador, prevalecendo a jornada da inicial se dele não se desincumbir. (ex-OJ nº 306 da SBDI-1- DJ 11.08.2003) Excluídos do regime de controle de jornada de trabalho http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13467.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13467.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13467.htm#art6 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13467.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13467.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13467.htm#art6 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13467.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13467.htm#art6 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13467.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13874.htm#art15 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13874.htm#art15 http://brs02.tst.jus.br/cgi-bin/nph-brs?d=BLNK&s1=338&s2=bden.base.&pg1=NUMS&u=http://www.tst.gov.br/jurisprudencia/brs/nspit/nspitgen_un_pix.html&p=1&r=1&f=G&l=0 http://brs02.tst.jus.br/cgi-bin/nph-brs?d=BLNK&s1=338&s2=bden.base.&pg1=NUMS&u=http://www.tst.gov.br/jurisprudencia/brs/nspit/nspitgen_un_pix.html&p=1&r=1&f=G&l=0 Art. 62 - Não são abrangidos pelo regime previsto neste capítulo: I - os empregados que exercem atividade externa incompatível com a fixação de horário de trabalho, devendo tal condição ser anotada na Carteira de Trabalho e Previdência Social e no registro de empregados; II - os gerentes, assim considerados os exercentes de cargos de gestão, aos quais se equiparam, para efeito do disposto neste artigo, os diretores e chefes de departamento ou filial. III - os empregados em regime de teletrabalho Parágrafo único - O regime previsto neste capítulo será aplicável aos empregados mencionados no inciso II deste artigo, quando o salário do cargo de confiança, compreendendo a gratificação de função, se houver, for inferior ao valor do respectivo salário efetivo acrescido de 40% (quarenta por cento). A primeira hipótese, do inciso I, refere-se a empregados que exercem atividade externa incompatível com o a fixação do horário de trabalho, devendo ser anotada na CPTS e no registro de empregados tal condição. Estes dois requisitos não são da essência do ato, mas elementos probatórios, podendo ser suprimidos por outras provas admitidas em direito. Sob o tema: OJ-SDI1-332 MOTORISTA. HORAS EXTRAS. ATIVIDADE EXTERNA. CONTROLE DE JORNADA POR TACÓGRAFO. RESOLUÇÃO Nº 816/1986 DO CONTRAN. O tacógrafo, por si só, sem a existência de outros elementos, não serve para controlar a jornada de trabalho de empregado que exerce atividade externa A segunda hipotese de exclusão de aplicaçãodas normas de duração de trabalho se aplica aos gerentes. É gerente aquele que tem poderes de gestão, como admitir ou demitir funcionários, adverti-los, puni-los, suspende-los, de fazer compras e vendas em nome do empregador, sendo aquels que tem subordinados, pois não se pode falar num chefe que não tem chefiados (MARTINS). O conceito de gerente evoluiu, diminuindo a concentração de poderes numa só pessoa, mas ainda exigindo o cargo de chefia tendo sob sua orientação e coordenação de departamento ou filial da empresa. Além do controle de jornada, afasta-se a incidência dos intervalos intrajornada, adicional noturno e descansos, salvo o semanal remunerado. Requisito não essencial para a configuração do cargo de confiança é de que a gratificação de função, ou mesmo o salário, seja no mínimo 40% superior aos seus subordinados. A CLT cria uma presunção de que tais empregados não estão submetidos ao controle de horário, contudo se o empregado de desimcumbir do seu ônus de provar a ocorrência de fiscalização, serão devidas as horas extras. 13.1.10 Prorrogação da jornada de trabalho Art. 59. A duração diária do trabalho poderá ser acrescida de horas extras, em número não excedente de duas, por acordo individual, convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho. § 1º A remuneração da hora extra será, pelo menos, 50% (cinquenta por cento) superior à da hora normal. § 2o Poderá ser dispensado o acréscimo de salário se, por força de acordo ou convenção coletiva de trabalho, o excesso de horas em um dia for compensado pela correspondente diminuição em outro dia, de maneira que não exceda, no período máximo de um ano, à soma das jornadas semanais de trabalho previstas, nem seja ultrapassado o limite máximo de dez horas diárias. § 3º Na hipótese de rescisão do contrato de trabalho sem que tenha havido a compensação integral da jornada extraordinária, na forma dos §§ 2o e 5o deste artigo, o trabalhador terá direito ao pagamento das horas extras não compensadas, calculadas sobre o valor da remuneração na data da rescisão. § 5º O banco de horas de que trata o § 2o deste artigo poderá ser pactuado por acordo individual escrito, desde que a compensação ocorra no período máximo de seis meses. § 6º É lícito o regime de compensação de jornada estabelecido por acordo individual, tácito ou escrito, para a compensação no mesmo mês. Art. 59-A. Em exceção ao disposto no art. 59 e em leis específicas, é facultado às partes, por meio de convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho, estabelecer horário de trabalho de doze horas seguidas por trinta e seis horas ininterruptas de descanso, observados ou indenizados os intervalos para repouso e alimentação. § 1º A remuneração mensal pactuada pelo horário previsto no caput abrange os pagamentos devidos pelo descanso semanal remunerado e pelo descanso em feriados e serão considerados compensados os feriados e as prorrogações de trabalho noturno, quando houver, de que tratam o art. 70 e o § 5º do art. 73. § 2º É facultado às entidades atuantes no setor de saúde estabelecer, por meio de acordo individual escrito, convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho, horário de trabalho de doze horas seguidas por trinta e seis horas ininterruptas de descanso, observados ou indenizados os intervalos para repouso e alimentação. Art. 59-B. O não atendimento das exigências legais para compensação de jornada, inclusive quando estabelecida mediante acordo tácito, não implica a repetição do pagamento das horas excedentes à jornada normal diária se não ultrapassada a duração máxima semanal, sendo devido apenas o respectivo adicional. Parágrafo único. A prestação de horas extras habituais não descaracteriza o acordo de compensação de jornada e o banco de horas. Art. 60 - Nas atividades insalubres, assim consideradas as constantes dos quadros mencionados no capítulo "Da Segurança e da Medicina do Trabalho", ou que neles venham a ser incluídas por ato do Ministro do Trabalho, Industria e Comercio, quaisquer prorrogações só poderão ser acordadas mediante licença prévia das autoridades competentes em matéria de higiene do trabalho, as quais, para esse efeito, procederão aos necessários exames locais e à verificação dos métodos e processos de trabalho, quer diretamente, quer por intermédio de autoridades sanitárias federais, estaduais e municipais, com quem entrarão em entendimento para tal fim. Parágrafo único. Excetuam-se da exigência de licença prévia as jornadas de doze horas de trabalho por trinta e seis horas ininterruptas de descanso. 13.1.11 Acordo de prorrogação da jornada de trabalho O limite é de duas horas extras por dia, contudo, se forem prestadas horas extras acima do referido limite, ou mesmo sem a existência de acordo de prorrogação, o empregado faz jus ao seu regular recebimento, restando ao empregador penalidade administrativa. SUM-376 HORAS EXTRAS. LIMITAÇÃO. ART. 59 DA CLT. REFLEXOS. I - A limitação legal da jornada suplementar a duas horas diárias não exime o empregador de pagar todas as horas trabalhadas. II - O valor das horas extras habitualmente prestadas integra o cálculo dos haveres trabalhistas, independentemente da limitação prevista no "caput" do art. 59 da CLT. 13.1.12 Prorrogação de jornada decorrente de necessidade imperiosa Art. 61 - Ocorrendo necessidade imperiosa, poderá a duração do trabalho exceder do limite legal ou convencionado, seja para fazer face a motivo de força maior, seja para atender à realização ou conclusão de serviços inadiáveis ou cuja inexecução possa acarretar prejuízo manifesto. § 1º O excesso, nos casos deste artigo, pode ser exigido independentemente de convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho. § 2º - Nos casos de excesso de horário por motivo de força maior, a remuneração da hora excedente não será inferior à da hora normal. Nos demais casos de excesso previstos neste artigo, a remuneração será, pelo menos, 50% superior à da hora normal, e o trabalho não poderá exceder de 12 (doze) horas, desde que a lei não fixe expressamente outro limite. É necessidade imperiosa: a) motivo de força maior, como uma tempestade que atinge parte da obra em construção, necessitando de prorrogação de jornada para reparos urgentes; b) realização ou conclusão de serviços inadiáveis ou cuja execução possa acarretar prejuízo manifesto, como a exigência de empresa alimentícia de prorrogação de jornada para o congelamento de mercadoria recebida. Diante da imprevisibilidade da necessidade de horas extras, a prorrogação pode ser exigida, ainda que sem acordo. Na hipotese de serviços inadiáveis ou cuja inexecução possa acarretar prejuízo manifesto, o trabalho não pode exercer 12 horas, o que resulta de no maximo 04 horas extras. Art. 501 - Entende-se como força maior todo acontecimento inevitável, em relação à vontade do empregador, e para a realização do qual este não concorreu, direta ou indiretamente. § 1º - A imprevidência do empregador exclui a razão de força maior. No caso de força maior não há limite para a prorrogação de jornada. 13.1.13 Prorrogação para recuperação de tempo de não realização de trabalho § 3º - Sempre que ocorrer interrupção do trabalho, resultante de causas acidentais, ou de força maior, que determinem a impossibilidade de sua realização, a duração do trabalho poderá ser prorrogada pelo tempo necessário até o máximo de 2 (duas) horas, durante o número de dias indispensáveis à recuperação do tempo perdido, desde que não exceda de 10 (dez) horas diárias, em período não superior a 45 (quarenta e cinco) dias por ano, sujeita essa recuperação à prévia autorização da autoridade competente A aplicabilidade deste parágrafo do art. 61 é restrita aos casos de impossibilidade de realização de trabalho, por causas acidentais ou de força maior, em que se admite prorrogação de jornada para recuperar o tempo perdido.
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