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19
LUANA DOS SANTOS ALMEIDA 
PARTO HUMANIZADO:
ASSISTÊNCIA E CUIDADOS A SAÚDE DA MULHER E DO RECÉM-NASCIDO
Cidade
AnoNiterói
2022
LUANA DOS SANTOS ALMEIDA
PARTO HUMANIZADO:
ASSISTÊNCIA E CUIDADOS NA SAÚDE DA MULHER E DO RECÉM-NASCIDO
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Centro Universitário Anhanguera de Niterói, como requisito parcial para a obtenção do título de graduado em Enfermagem. 
Orientador: Ana Amorim 
Niterói
2022
LUANA DOS SANTOS ALMEIDA
PARTO HUMANIZADO:
ASSISTÊNCIA E CUIDADOS NA SAÚDE DA MULHER E DO RECÉM-NASCIDO
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Centro Universitário Anhanguera de Niterói, como requisito parcial para a obtenção do título de graduado em Enfermagem. 
BANCA EXAMINADORA
Prof(a). Titulação Nome do Professor(a)
Prof(a). Titulação Nome do Professor(a)
Prof(a). Titulação Nome do Professor(a)
Niterói,___ junho de 2022.
Dedico este trabalho...
Ao meu pai e minha irmã que me deram forças e me inspiraram para a conclusão dessa graduação, e a Deus por confiar em mim e me honrar com essa linda profissão. O amor que sinto por vocês foi o que me fez persistir até o final.
 AGRADECIMENTOS 
Agradeço primeiramente a Deus, que com sua infinita misericórdia não desistiu de mim nem dos seus projetos para minha vida. Antes desse sonho vir ao meu coração, esteve antes nos planos dele. Agradeço a minha família que sempre me apoiou e não me deixaram desistir. Em especial, minha irmã Larissa e meu pai, que confiaram e acreditaram em mim desde o início. 
Agradeço aos meus amigos de trabalho, Kelly Castro, Bruno Avelino, Rosana Paula, Graykon Bravo, Thainã Fernandes e minhas enfermeiras, Liliana Xavier, Kelle Tavares e minha referência profissional, Renata Mattos, que me incentivaram continuamente durante os plantões e tanto me ensinaram, fazendo-me apaixonar ainda mais por essa profissão.
Agradeço a minha amiga Ingridy Paixão, a primeira a falar comigo na primeira semana de aula e mesmo após seguir seus sonhos, deixando a graduação, continuou presente em minha vida, me dando forças e torcendo por mim. Agradeço ao meu amigo Leandro, quem Deus me trouxe num momento difícil, onde passei por uma crise financeira a qual ele me ajudou pagando o último semestre para que eu não trancasse o curso.
Louvo a Deus por todo cuidado comigo durante esses longos 7 anos de graduação, que com muitos altos e baixos não me deixou desistir. O seu tempo é perfeito e tudo está no controle de suas mãos. Hoje compreendo seus panos durante todo esse tempo, fazendo-me formar no momento certo. Eu o louvo por todos os seus atos. 
Finalizo meus agradecimentos com a passagem bíblica no livro de Isaías, em 41:20; “Para que todos vejam, e saibam, e considerem, e juntamente entendam que a mão do Senhor fez isto.”
“A enfermagem é uma arte, e para realizá-la como arte, requer uma devoção tão exclusiva, um preparo tão rigoroso, quanto a obra de qualquer pintor ou escultor” 
Florence Naghtingale 
ALMEIDA, Luana dos Santos. Parto Humanizado: Assistência e cuidados na saúde da mulher e do recém-nascido. 2022. Número total de folhas. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Enfermagem) – Centro Universitário Anhanguera de Niterói, Niterói, 2022.
RESUMO
A assistência humanizada durante o processo de parto e nascimento exigem do profissional enfermeiro um olhar holístico e diferenciado. A assistência prestada por esses profissionais, fazem total diferença na qualidade de vida de ambos, trazendo segurança, respeito, amor e cuidado num momento tão delicado e único. Frente a isso tem-se como problema de pesquisa: Qual a real importância do parto humanizado? O objetivo geral desse estudo é compreender a atuação do enfermeiro frente ao parto humanizado para a saúde da mulher e do recém-nascido. Trata-se de um estudo bibliográfico, descritivo e de abordagem qualitativa, desenvolvido através de uma revisão de literatura. Foi evidenciado que a assistência e cuidados do profissional enfermeiro no momento do parto e nascimento trazem diversos benefícios tanto para a saúde emocional quanto física. O clampeamento tardio, contato pele a pele imediato, respeito sobre o tempo do parto, presença do acompanhante e atenção e respeito que são prestados por esses profissionais têm sido um grande diferencial nesses momentos. 
Palavras-chave: Humanização. Enfermagem. Parto. Cuidados. Obstetrícia.			
ALMEIDA, Luana dos Santos. Humanized Birth: Assistance and care in the health of women and newborns. 2022. Número total de folhas. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Enfermagem) – Centro Universitário Anhanguera de Niterói, Niterói, 2022.
ABSTRACT
Humanized care duringthe process of childbirth ans birth requires a holistic and differentiated look from the nurse. The assistance provided by these professionals makes a total difference in the quality of life for both, bringing security, respect, love ans care in such a delicate and only moment. Faced with this, the research problem is: Wha tis the real importance of humanized childbirth? The general objective of this study is to understand the role of nurses in humanized childbirth for the health of women and newborns. This is a bibliographic, descriptive study with a qualitative approach, developed through a literature review. It was eidenced that the assistance and care of the professional nurse at the time of delivery ans birth brings several benefits to both emotional and physical health. Late clamping, immediate skin-to-skin contact, respect for the time of delivery, the presence of a companion and the attention and respect that these professionals provide have been a great differential in these moments. 
Keywords: Humanization. Nursing. Childbirth. Care. Obstetrics.
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
BDENF	Banco de Dados em Enfermagem
SciELO	Scientific Eletronic Library Online
MS	Ministério da Saúde
PHPN	Programa de Humanização no pré-natal e nascimento
OMS	Organização Mundial de Saúde 
COFEN Conselho Federal de Enfermagem
EO Enfermeira Obstétrica
RN Recém-nascido
15
SUMÁRIO
1.	INTRODUÇÃO	13
2.	título do PRIMEIRO capítulo da revisão	16
3.	título do segundo capítulo da revisão	19
4.	título do TERCEIRO capítulo da revisão	22
5.	CONsiderações finais	23
REFERÊNCIAS	24
INTRODUÇÃO
 Entende-se que o papel da equipe de enfermagem frente ao trabalho de parto e nascimento é um trabalho lindo, humanizado e com muitos benefícios para ambos, e que tem sido conquistado dia após dia, adquirindo a confiança dos pacientes e familiares. No Brasil, devido ao aumento do número da violência obstetétrica e do parto cesariana, muitas mulheres desacreditaram da possibilidade de realizar um parto natural, humanizado e respeitoso. 
 Um parto humanizado não significa somente permitir a mulher um parto normal. A humanização na hora do parto é respeitar a paciente como um todo, independente de sua religião, classe social e/ou cultural. No momento do parto a gestante tem direito de escolher seu acompanhante, a liberdade de escolher sua melhor posiçao para parir, esperar com paciência o momento do nascimento, ter contato pele a pele imediato com seu neném, permitir o clampeamento tardio, e, como desejo de muitas mulheres, ter ótimas lembranças de um momento tão importante para a vida dela e de seu bebê. 
 Compreende-se que após o nascimento ter o clampeamento tardio traz muitos benefícios para a saúde do recém-nascido por longos anos, o contato pele a pele é essencial para o vínculo afetivo entre mãe e bebê, o papel do acompanhante, escolhido pela gestante, é primordial para trazer a lembrança familiar nesse momento, fazendo essa gestante se sentir ainda mais confortável e acolhida. 
 Os cuidados de enfermagem no momento do parto são muitos, a equipe muitas vezes já vêm acompanhando essas pacientes durante as consultas pré-natal, e com isso,consquista a sua confiança, conhece sua história e, a tranquiliza e a assiste no momento do parto. Deixar a gestante confortável, tranquila, a vontade e bem assistida é papel fundamental do enfermeiro. Nosso maior objetivo é permitir uma vida saudável aos recém-nascidos, um parto sadio para as gestantes e lembranças lindas e humanizadas, a fazendo sonhar e acreditar que é possível parir de modo natural e respeitoso no Brasil. Diante desses fatos surgiu a questão norteadora desse estudo: Qual a real importância do parto humanizado? 
 Para responder a questão acima, o objetivo geral do estudo é compreender a atuação do enfermeiro frente ao parto humanizado para a saúde da mulher e seu bebê, e com isso foram desenvolvidos três objetivos específicos, que são eles: Estudar os benefícios da humanização na hora do parto, descrever a importância do atuação do(a) enfermeiro(a) no momento do parto e apontar os cuidados de enfermagem a gestantes e seus recém-nascidos.
 Tratou-se de um estudo bibliográfico, descritivo, de abordagem qualitativa a ser desenvolvida a partir de uma revisão de literatura, onde será analisado em cada estudo para a construção deste estudo. A elaboração desde trabalho foi constituída de artigos dos anos de 2017 a 2021, cujas buscas foram através da Biblioteca Virtual em Saúde, literatura latino a seguinte base de dados: Banco de dados em enfermagem (BDENF), Scientific eletronic Library Online (SciELO), fazendo uma busca avançada utilizando as palavras-chaves: enfermagem, assistência, humanização e parto, e através do Google Acadêmico fazendo busca geral de artigos científicos que se enquadrassem dentro do objetivo geral da pesquisa.
 
OS BENEFÍCIOS DA HUMANIZAÇÃO NO MOMENTO DO PARTO E NASCIMENTO 
Humanizar a assistência ao parto e ao nascimento implica em mudança de atitudes e de condutas, por meio de uma assistência que garanta o respeito e a sensibilidade com o trinômio mulher-criança-família. A humanização precisa ir além de tratar bem as pessoas, envolvendo a valorização dos sujeitos e o respeito às suas singularidades. Compreender o significado da humanização do parto e suas implicações positivas na vida da mulher é ter um posicionamento voltado para a atenção aos usuários. Nesse sentido, para que o profissional de saúde possa oferecer um parto e nascimento humanizados, em primeiro lugar, faz-se necessário dar voz às parturientes, ouvir suas queixas, seus anseios, suas dúvidas e expectativas e, a partir disso, delinear as mudanças necessárias na cena do parto. (GOMES et al., 2019 p.6) 
O parto, na antiguidade, era um acontecimento familiar, tendo a mulher como protagonista, e as parteiras prestando uma assistência ao binômio mãe e filho em ambiente “não-hospitalar”. A partir do século XIX, o parto passou a ser tratado como algo que foge ao fisiológico, estando associado a condutas que trazem à tona um novo protagonista, o profissional de saúde. Desta forma, a assistência à mulher na gestação e parto ainda é um desafio, principalmente no que se refere ao ato do cuidar e à implementação das boas práticas ao parto e nascimento. (MONTEIRO, 2020 p.12) 
Segundo Monteiro (2020 p.14) a promoção de uma assistência humanizada baseada no protagonismo das mulheres é competência institucional e converge com a promoção dos direitos das mulheres na assistência ao parto. Assim, os serviços de saúde devem ser responsáveis pela maneira com que as mulheres são tratadas durante o parto, garantindo o desenvolvimento e implementação de políticas sobre direitos e normas éticas.
No Brasil, o Ministério da Saúde (MS) instituiu o Programa de Humanização no Pré-Natal e Nascimento (PHPN), em 2002, com o objetivo de garantir os direitos de escolha da mulher, a reorganização da assistência e o parto com o mínimo de intervenções. (BAGGIO et al., 2021 p.2)
A assistência pré-natal é o primeiro passo para um parto e nascimento saudável, o qual tem por objetivo acolher a mulher desde o início da gestação. Sua importância consiste em proporcionar a manutenção do bem-estar físico e emocional da gestante e em fornecer as informações e orientações sobre a evolução da gravidez. (JARDIM; SILVA; FONSECA; 2019 p.3) 
Segundo Nascimento et al. 2018, a assistência ao pré-natal pressupõe avaliação dinâmica das situações de risco e prontidão para identificar problemas de forma a poder atuar eficientemente e obter um resultado favorável. A ausência de controle pré-natal, por si mesma, pode incrementar o risco para a gestante ou para o bebê. Humanizar o parto é um processo que requer muito mais do que o conforto do ambiente, trata-se de uma série de cuidados desde o pré-natal ao momento do parto e orientações para o pós-parto, que objetivam proporcionam à mulher um elevado grau de satisfação, autonomia e segurança. A gestante deve ter suas vontades atendida de acordo com suas necessidades e possibilidades, com a ajuda dos profissionais de saúde, entre eles enfermeiros capacitados, preparando adequadamente a parturiente para o momento do parto, para que seja de forma tranquila e saudável”. (NASCIMENTO et al., 2020 p.3)
A atenção adequada pode evitar importantes desfechos negativos na mãe e no recém-nascido, contribuindo para a diminuição não só da morbidade como da mortalidade materna e infantil. Portanto, a forma mais adequada que a gestante pode utilizar para garantir o bom desenvolvimento de sua gestação é o acompanhamento por meio das consultas pré-natal (JARDIM; SILVA; FONSECA; 2019 p.4) 
A mulher pode escolher o tipo de parto, a ambiência, o profissional que irá atender-lhe, o acompanhante, os procedimentos aos quais quer ser submetida, entre outras escolhas. Para isso, ela deve estar consciente de seus direitos como paciente, melhorando, assim, sua comunicação com os profissionais de saúde. (JARDIM; SILVA; FONSECA; 2019 p.5) 
Durante o trabalho de parto há fatores como dor, sofrimento, solidão, o próprio parto e hospitalização que amedrontam a parturiente, resultando na falta de controle das situações vivenciadas. Porém, as orientações e apoio por parte dos profissionais de enfermagem, fornecendo explicações sobre as condições de evolução do parto, são estratégias apontadas para a superação destas dificuldades. Se a equipe não desenvolver um manejo correto, a experiência do parto poderá ser traumatizante havendo maior probabilidade de complicações obstétricas. (NASCIMENTO et al., 2018 p.3) 
Os métodos não farmacológicos de alívio da dor são estratégias que os profissionais que acompanham à parturiente podem utilizar com o objetivo amenizar os desconfortos causados durante o trabalho de parto. Esses métodos possuem comprovação científica, necessitam de profissionais qualificados e atualizados para sua implementação. Esses métodos são representados pelas massagens, banho morno, deambulação, exercícios respiratórios, dentre outros. (MONTEIRO, 2020 p.19)
O banho morno é efetivo no alívio da dor durante o trabalho de parto, por proporcionar relaxamento muscular. Entretanto, é um equívoco generalizar esse efeito benéfico para todas as mulheres. Essa prática evidencia a soberania do olhar científico sobre o corpo humano numa relação na qual o corpo é tido como objeto da ciência. (BOMFIM et al., 2021 p.6)
A mulher tem a liberdade para adotar a posição que desejar e que melhor lhe convier, e essa possibilidade de escolha deve ser respeitada e estimulada, pois pode proporcionar para a gestante uma menor duração do trabalho de parto e a diminuição da necessidade de analgesia, além de promover o protagonismo da mulher diante da equipe de saúde. Sendo assim, a assistência pré-natal deve preparar a mulher para que sua voz seja considerada, respeitando o direito ao exercício da autonomia feminina e o direito de escolha informada e consentida no momento do parto. (JARDIM; SILVA; FONSECA; 2019 p.6) 
 [...] é essencial que a equipe entenda o nascimento como um momento fisiológico e natural, entendendo que a mulher e a família devem estar no centro de processo do cuidado, modificando assim a cultura do nascimentocomo um evento mecânico e corriqueiro. [...] a assistência humanizada durante o trabalho de parto envolve a presença de acompanhante, diálogo entre paciente-profissional, técnicas de alívio de dor, ingesta alimentar, liberdade de movimentação e escolha da posição de parir (BARBOSA et al., 2020 p.5)
Durante todo o processo de parturição, a mulher tem a expectativa de receber informações sobre o que acontece com ela e com seu bebê, buscando a oportunidade de participar das decisões com base nas evidências científicas recebidas pelos profissionais de saúde. Para tanto, esses profissionais devem assumir a função de educadores, compartilhando saberes e buscando incentivar a autoconfiança da mulher para viver a gestação e o parto de forma tranquila e segura (JARDIM; SILVA; FONSECA; 2019 p.4) 
Nessa perspectiva, a atenção humanizada ao parto refere-se à necessidade de um novo olhar, compreendendo-o como uma experiência verdadeiramente humana. Acolher, ouvir, orientar e criar vínculo são aspectos fundamentais no cuidado às mulheres. A humanização da assistência tem papel importante para garantir que um momento único, como o parto, seja vivenciado de forma positiva e enriquecedora. (BARBOSA et al., 2020 p.2)
A humanização do parto deve ser entendida como eventos fisiológicos em harmonia, segurança e conforto para a gestante, sendo um processo no qual ela atue como personagem principal e seja respeitada perante suas vontades, as quais contribuam no benefício do nascimento. (NASCIMENTO et al., 2020 p.1)
Assim, a humanização e ética dos profissionais de saúde, aliados à organização das unidades são essenciais para que possam receber os usuários de forma respeitosa e acolhedora. Pode ser compreendida por pelo menos dois aspectos importantes e fundamentais: o primeiro diz respeito à convicção de que é dever das instituições de saúde receber com dignidade os usuários, e que isto requer atitude; o outro requer a adoção de medidas para que os procedimentos feitos sejam benéficos às pacientes, evitando práticas indesejáveis e não humanizadas. Toda parturiente tem o direito de escolher, junto à equipe multiprofissional, os procedimentos mais adequados ao seu processo de parto. (BARBOSA et al., 2020 p.7)
No Brasil, com a expansão da assistência médica, o parto foi institucionalizado a fim de reduzir a mortalidade materna e infantil. Esse atendimento colaborou para que o parto passasse a ser visto como uma patologia que necessitava de intervenção por equipe treinada, retirando da mulher a autonomia no processo de parir. Esse redirecionamento da atenção ao parto contribuiu para o aumento de cesáreas, colocando o Brasil como destaque mundial, cuja média desses procedimentos, por ano, é de 46,6% nos serviços públicos e de 85% na rede privada. (BAGGIO et al., 2021 p.2)
O acolhimento compreende um momento oportuno para que a equipe de saúde possa demonstrar atenção, interesse e disponibilidade, buscando conhecer e compreender as expectativas da gestante e sua família, esclarecendo as dúvidas relacionadas à gestação e ao parto. O acolhimento tende a facilitar a relação da paciente-profissional, evitando, assim, situações de estresse e angústia para a mulher e sua família (BARBOSA et al., 2020 p.5)
Em 2017, o Ministério da Saúde, do Brasil, publicou as diretrizes nacionais de assistência ao parto normal, com o propósito de fornecer informação científica, revisada e atualizada sobre as práticas mais comuns na assistência ao parto e os cuidados com a mulher e o recém-nascido, com o intuito de promover, proteger e incentivar o parto normal com redução de intervenções desnecessárias e os agravos consequentes destas intervenções. (BAGGIO et al., 2021 p.2) 
[...] parto humanizado consiste naquele onde a mulher tem autonomia durante todo o processo, quando ela conhece seu corpo e é respeitada nas suas escolhas, sejam elas na posição de parir, escolha do acompanhante, sem que haja intervenções desnecessárias durante todo o trabalho de parto e parto. (BARBOSA et al., 2020 p.3)
Por todos esses aspectos aqui discutidos, conclui-se que para uma assistência de qualidade ofertada pelos profissionais da saúde para estas mulheres, a humanização do parto é uma necessidade da parturiente que tem o direito de ser protagonista do seu parto, de receber auxílio de forma humanizada. [...] (NASCIMENTO et al., 2018 p.8) 
Humanizar o parto é um processo que requer muito mais do que o conforto do ambiente, trata-se de uma série de cuidados desde o pré-natal ao momento do parto e orientações para o pós-parto, que objetivam proporcionam à mulher um elevado grau de satisfação, autonomia e segurança. A gestante deve ter suas vontades atendida de acordo com suas necessidades e possibilidades, com a ajuda dos profissionais de saúde, entre eles enfermeiros capacitados, preparando adequadamente a parturiente para o momento do parto, para que seja de forma tranquila e saudável. (NASCIMENTO et al., 2020 p.3)
Assim, cada vez mais a Organização Mundial da Saúde (OMS) mostra uma preocupação com os cuidados oferecidos às mulheres, à sua fisiologia e ao seu corpo, inviabilizando a utilização de inúmeros procedimentos desnecessários no cuidado obstétrico que, na atualidade, é amparado pelo modelo tecnocrático no campo do parto e nascimento. Esse modelo apresenta um viés ideológico que, pelas demandas atuais de políticas públicas e do conhecimento científico, deve propor na sua ruptura a possibilidade de incrementar a violência obstétrica no cotidiano de inúmeras maternidades. (de Paula et al., 2020, p.3) 
IMPORTÂNCIA DO PROFISSIONAL ENFERMEIRO NO MOMENTO DO PARTO
Segundo o Conselho Regional de enfermagem (COFEN), nº 477/2013 e 379/2015, o enfermeiro possui autonomia para assistência integral às gestantes, parturientes, puérperas e recém-nascidos.4 Sendo assim a assistência ao parto e nascimento de baixo risco que se mantenha dentro dos limites da normalidade pode ser realizada tanto por médico obstetra quanto por enfermeiro obstetra e obstetriz. Desta forma, é recomendado que os gestores de saúde proporcionem condições para a implementação de modelo de assistência que inclua o enfermeiro obstetra e obstetrizes na assistência ao parto de baixo risco por apresentar vantagens em relação à redução de intervenções e maior satisfação das mulheres. (GOMES et al., 2019 p.6) 
A assistência obstétrica de enfermagem, no Brasil, tem mostrado avanços, destacando-se a reinserção de Enfermeira Obstétrica (EO) no cenário de assistência ao ciclo gravídico puerperal, cuja atuação é baseada em boas práticas, visando cuidados para um padrão de normalidade, com garantia ao respeito à fisiologia do parto e nascimento; logo, considerada menos intervencionista e mais humanizada. Nesse sentido, a humanização na assistência à parturiente visa melhorar as condições do atendimento à mulher, ao recém-nascido e à família e está ligada ao ato de respeitar o desejo da parturiente, seja na escolha do acompanhante, na posição de parir, na redução de condutas intervencionistas e na atenção à fisiologia do parto . (BAGGIO et al., 2021 p.3)
A contribuição do enfermeiro no acompanhamento pré-natal, para o incentivo ao empoderamento da gestante na preparação para o parto natural, tem sido evidenciada como reflexo positivo na experiência da gestação. Preparação essa que deve promover a autonomia feminina, estimulando a escolha informada, resgatando o cuidado centrado nas necessidades da gestante, respeitando o direito ao seu próprio corpo e exercendo uma prática ética fundamentada em evidências. (JARDIM; SILVA; FONSECA; 2019 p.2) 
Aponta-se que o enfermeiro é um dos profissionais mais bem preparados para a atenção pré-natal e que detém um papel privilegiado na promoção da saúde, pelo contato duradouro e próximo com a gestante, permitindo a criação de vínculos de apoio e confiança entre eles. Percebe-se então, que ele está envolvido em várias dimensões do cuidar pela capacidade de prevenir, proteger, tratar, recuperar,promover e produzir saúde. (JARDIM; SILVA; FONSECA; 2019 p.7)
A incorporação ativa de enfermeiros obstetras, obstetrizes, educadores perinatais, psicólogos, doulas, entre outros, na equipe assistencial deve ser promovida, proporcionado uma assistência integral, de acordo com as necessidades da mulher e de sua família. Dessa forma, as potencialidades de cada membro da equipe podem ser utilizadas plenamente, de acordo com suas capacidades técnica e legal, em benefício da mulher e da criança. Com tudo isso, é fácil constatar claramente a gratificação das mulheres pelos enfermeiros ao final do trabalho de parto. (GOMES et al., 2019 p.13) 
A atenção adequada à mulher no momento do parto representa um passo indispensável, a fim de garantir que ela possa exercer a maternidade com confiança, segurança e bem-estar, o qual é um direito fundamental de toda mulher. A equipe de saúde deve estar preparada para acolher a gestante, seu companheiro e sua família, em especial o profissional enfermeiro, o qual deveria respeitar todos os significados desse momento e acrescentar confiança e segurança. Entre as atividades do enfermeiro, este deveria também minimizar a dor, ficar ao lado, dar conforto, esclarecer, orientar, enfim, ajudar a parir e a nascer. (GOMES et al., 2019 p.6) 
O processo de humanização do parto possibilita a inserção do profissional enfermeiro a fim de promover um ambiente mais familiar e acolhedor para parturiente conseguindo assim a participação ativa das parturientes garantindo, seu empoderamento em todas as etapas do processo do trabalho de parto, diminuição da ansiedade e aumento da segurança. (GOMES et al., 2019 p.14) 
O enfermeiro deve refletir sobre a sua atuação no parto humanizado, focando na capacitação e na inclusão de boas práticas, proporcionando assim uma assistência qualificada. Há relatos que as ações realizadas pelo enfermeiro são adequadas para o processo de humanização do parto. É evidente que as impressões das parturientes frente ao desempenho da enfermagem refletem em resultados positivos. Os enfermeiros têm uma apreciação positiva dada pelas parturientes, com relação a assistência prestada. O enfermeiro como cuidador direto tem grandes desafios para a efetivação desta visão holística por parte da equipe envolvida neste momento importante na vida da mulher. (GOMES et al., 2019 p.13) 
[...] a atual política nacional de atenção à saúde materna no Brasil, enfatiza-se a atuação do enfermeiro como o agente para a efetivação do acolhimento, vínculo e práticas humanizadas, apresentando potencial para buscar a retomada do atendimento integral à saúde da mulher e para resgatar seu protagonismo no período gravídico-puerperal (JARDIM; SILVA; FONSECA; 2019 p.2) 
Entende-se que o enfermeiro tem grande importância na disseminação de conhecimentos sobre o percurso da parturição e no fortalecimento da gestante como sujeito e protagonista da sua história. Essa atuação possibilita o exercício do terceiro fator de empoderamento10, o qual se caracteriza como a aquisição do comportamento e das ferramentas necessárias para a interação efetiva da gestante com as outras pessoas envolvidas nesse fenômeno, tendo em vista o alcance de recursos para a autonomia. (JARDIM; SILVA; FONSECA; 2019 p.6) 
A atuação do enfermeiro é fundamental no processo de humanização do parto, pois contribui por meio da explicação à gestante quanto ao desenvolvimento do parto, esclarecendo suas dúvidas, assim, evitando complicações, porém se o profissional não for capaz de transmitir cuidadosamente as informações necessárias e seguras, a chance de o parto ser desfavorável para a gestante será maior. Diante a visão dos enfermeiros quanto a humanização nota-se a necessidade de se capacitar cada vez mais, sobre o processo de humanização e nascimento, por meio de especializações e contínuas atualizações do conhecimento técnico científi-co, além de desenvolver habilidades na prática. (NASCIMENTO et al., 2020 p.5)
A escolha dos profissionais (médico e EO) para assistência ao parto e nascimento foi realizada previamente, assim como a escolha da doula. A EO e a doula acompanharam as mulheres desde a gestação, com visitas domiciliares programadas, para orientação acerca do processo de trabalho de parto e parto, definição do plano de parto e esclarecimento de dúvidas do casal. Contudo, foi na vivência da assistência ao parto que as mulheres perceberam os distintos papéis do médico obstetra, da EO, da doula e do pediatra, entendendo a importância da atuação de cada um. Esses proporcionaram confiança e segurança, mas a EO, particularmente, transmitiu às mulheres sensação de paz, segurança e tran-quilidade durante o processo de parir. (BAGGIO et al., 2021 p.7)
A essência da enfermagem é o cuidado, preferencialmente, humanizado e livre de intervenções e com perspectiva de promover a saúde. Portanto, essa profissão é alinhada ao momento histórico de humanização da assistência ao parto e retorno do protagonismo da mulher nesse cenário. (MONTEIRO, 2020 p.17) 
Algumas modificações para reverter a realidade da institucionalização da assistência ao parto foram sugeridas desde a década de 1980, pelos movimentos em prol da humanização do parto e nascimento, que lutam até hoje pela mudança da assistência ao parto hospitalar medicalizado. Sendo assim, na época, embasado pela publicação da Organização Mundial de Saúde (OMS) de 1985, que tornou legítimas as técnicas humanizadas por meio da medicina baseada em evidências, reivindicaram o uso de tecnologias adequadas ao parto e nascimento e a inclusão da enfermeira obstétrica à assistência ao parto normal. (DIAS; VIEIRA, 2019 p.2)
Além disso, o enfermeiro deve realizar suas práticas educativas de maneira a abordar o incentivo ao aleitamento materno, aos hábitos saudáveis de vida, a avaliação do estado nutricional e acompanhamento do ganho de peso no decorrer da gestação; a identificação de sinais de alarme na gravidez e o reconhecimento do trabalho de parto; a importância do acompanhamento pré-natal, da consulta de puerpério e do planejamento familiar; os direitos da gestante e do pai; entre muitas outras informações. (JARDIM; SILVA; FONSECA; 2019 p.5) 
Assim, observa-se que a postura adotada pelo enfermeiro pode influenciar o alcance do empoderamento instrumental da gestante, produzindo um sentimento de autorrealização e uma maior independência, adquirida através da interação com o ambiente e com outros indivíduos, levando a um aumento na energia psicológica para alcançar a gravidez e o parto desejado. (JARDIM; SILVA; FONSECA; 2019 p.7) 
O profissional de enfermagem tem papel imprescindível na assistência ao parto humanizado, oferecendo informações pertinentes para a parturiente sobre a evolução do parto. Nessa perspectiva, o presente estudo tem como objetivo analisar na literatura cientifica o conhecimento já produzido a cerca dessa temática e destacar a importância deste profissional no momento do parto. (NASCIMENTO et al., 2018 p.3) 
O cuidado oferecido pelas enfermeiras no momento do parto foram avaliados positivamente e são imprescindíveis para favorecer o conforto e bem estar das parturientes, porém não podem em sua totalidade serem considerado um cuidado humanizado pois algumas práticas como manobra de valsavas continuam sendo implementadas; foram observadas também orientações para não gritar na hora parto , o que contraria o principio da autonomia da mulher, princípio este primordial no parto natural humanizado. (NASCIMENTO et al., 2018 p.7) 
Desta forma, fica evidente a importância do incentivo para a formação e qualificação do maior número dos profissionais de enfermagem na condução do parto de risco habitual, com o objetivo de se alcançar mudanças nas práticas e rotinas institucionais. E, alcançar a superação da fragmentação das ações e a integralidade da assistência no que diz respeito sobretudo ao parto e nascimento. (MONTEIRO, 2020 p.19) 
Por sua vez, a literatura traz a enfermagem obstétrica como profissão capaz de garantir a oferta de métodos nãofarmacológicos para alívio da dor, assistir partos com menos intervenções, e, consequentemente, mais humanizados. Porém, no tocante à satisfação das mulheres quanto ao cuidado de enfermagem oferecido durante o processo parturitivo, percebeu-se uma priorização de avaliações quantitativas desses aspectos, tornando-se difícil conhecer, de forma subjetiva, a opinião das mulheres acerca da qualidade do cuidado ofertado pela EO. (MONTEIRO, 2020 p.20) 
CUIDADOS DE ENFERMAGEM A PARTURIENTE E AO RECÉM-NASCIDO APÓS O NASCIMENTO
A equipe de Enfermagem na abordagem à saúde neonatal desenvolve atenção humanizada quando propõe intervenções centradas na família, com vistas à conquista da integralidade do cuidado. O enfermeiro, por sua vez, assume o compromisso de cuidar dos recém-nascidos, priorizando atitudes de zelo e segurança que partam de si e de sua equipe, nos diversos cenários de atenção focados na assistência (PERES et. al.; 2021 p.2)
O período do pós-parto imediato é marcado por modificações biológicas e psicossociais que ocorrem no organismo da mulher pelo retorno do seu corpo ao estado anterior a gestação, bem como na sua adaptação ao papel materno.1Por outro lado, há necessidade de paciência e entendimento por parte de seus familiares e dos profissionais de saúde, emergindo a necessidade de um cuidado adequado que atente para suas peculiaridades. (MESQUITA et al.; 2019 p.2)
As mães necessitam de apoio na sua recuperação física e também psicológica, no desenvolvimento de habilidades para cuidar do RN, e de acesso à informação segura quando dela necessitam. Necessitam também do apoio do companheiro, e querem uma vida conjugal e sexual satisfatórias. O apoio familiar e social é determinante para a mãe, se não for demasiado invasivo. Necessitam ainda de apoio dos profissionais de saúde para promover uma transição para a parentalidade mais serena, através da educação, esclarecimentos e vigilância de saúde. (RASTEIRO, SANTOS, COUTINHO, 2021 p.9)
O pós-parto é entendido como uma fase do período gravídico-puerperal no qual as mulheres vivenciam mudanças biológica, psicológica, sociocultural, transição para a maternidade e transformações na dinâmica familiar, podendo levar a morbimortalidade de mulheres. Dessa forma, a atenção ao pós-parto torna-se um elemento essencial para efetivação de ações com vistas a fornecer aconselhamento e apoio às mulheres para a recuperação da gravidez e do parto, identificação precoce de alterações fisiológica e emocional e gestão adequada das
necessidades de saúde. O objetivo é instrumentalizar as mulheres para cuidado ao bebê e a si mesma, promovendo o seu bem-estar a longo prazo (BARATELI, et al.; 2019 p.2)
Logo após o parto, a mulher deve ser orientada e suas dúvidas esclarecidas quanto aos cuidados a serem prestados e os sinais e sintomas, e a equipe devem estar atentos. A equipe deve perguntar a mulher sobre a presença de dor/desconforto perineal, corrimento de odor fétido, assim como atentar para possíveis sinais de infecção [...], que deverão ser prontamente avaliados. Também deve ser orientada para a importância d higiene perineal, com troca frequente de absorvente higiênico, lavagem das mãos antes e depois de qualquer manipulação vaginal e higiene local diária com banho. [...] Todas as mulheres devem receber apoio no estabelecimento da amamentação e esclarecimento sobre aleitamento materno e sobre como proceder frente a dificuldades que possam surgir nos primeiros dias. (TEIXEIRA et al.; 2019 p.8)
As ações educativas fundamentais executadas pela equipe de enfermagem devem ser permeadas “pela escuta sensível, empatia, acolhimento e a valorização das especificidades das mulheres que sabiamente são influenciadas por expectativas sociais relativas à maternidade”. Este cuidado de enfermagem fornecido a parturiente tem como meta oferecer estratégias para enfrentar e se adaptar nesta transição à maternidade, visando a superação de dificuldades. (TEIXEIRA et al.; 2019 p.2)
O modelo assistencial adotado no atendimento do binômio mãe-filho no puerpério é o sistema de alojamento conjunto que consiste em um sistema hospitalar em que o recém-nascido sadio, logo após o nascimento, permanece ao lado da mãe, 24 horas por dia até a alta hospitalar. Configura-se como ambiente propício tanto para a prestação de cuidados assistenciais à mulher e seu filho e fortalecimento dos laços afetivos entre mãe e filho quanto para orientações para o autocuidado e cuidados com o filho, incentivo à amamentação, além de favorecer o vínculo entre os familiares e contribuir para a redução dos índices de infecção hospitalar. (MESQUITA et al.; 2019 p.2)
Quando o RN nasce com boa vitalidade, deve-se cobrir a criança com um campo ou toalha morna para mantê-la aquecida, enquanto mantém o contato pele a pele. Em seguida, realizar o clampeamento do cordão umbilical entre um a cinco minutos, ou de forma fisiológica quando cessar a pulsação. Após pelo menos uma hora de contato pele a pele, realiza-se os demais procedimentos, como a profilaxia da oftalmia neonatal (método do credé). Recomenda-se também que todos os recém-nascidos recebam vitamina K para a profilaxia da doença hemorrágica. Registrar a circunferência cefálica, temperatura corporal e peso após a primeira hora de vida, dentre outros. (SOUZA et. al.; 2020 p.13 )
O contato pele a pele imediato e contínuo realizado entre a mãe e o bebê na primeira hora do pós-parto imediato, possui o objetivo de melhorar o período de adaptação do RN e da mãe na transição do espaço intra para o extrauterino. (SOUZA et. al.; 2020 p.7)
O banho e a pesagem são cuidados de enfermagem que estão presentes nos diversos cenários de atenção ao recém-nascido. Quando realizado nas primeiras 24horas de vida, podem provocar estresse neonatal, devido às alterações térmicas e cardiorrespiratórias identificadas pela redução da oxigenação. O banho é um processo cultural, que tem como benefícios a limpeza corporal, o estímulo da circulação sanguínea da pele e tecido subcutâneo, além do conforto e bem-estar. Sua realização, respeitando os critérios clínicos do recém-nascido, justifica um modelo de assistência humanizado. (PERES et. al.; 2021 p.10)
A presença do acompanhante ajuda a proporcionar o apoio emocional que a mulher precisa para vivenciar esse momento, oferecendo conforto e encorajamento, o que permite reduzir os sentimentos de solidão, estresse e a ansiedade causados pela vulnerabilidade da mulher e outros fatores, como desconforto durante o trabalho de parto, medo diante do que está por vir, ambiente não familiar e contato com pessoas desconhecidas, configurando-se como um fator importante para a execução de um cuidado qualificado que responda as demandas das puérperas. (MESQUITA et al.; 2019 p.6)
A assistência humanizada no âmbito da neonatologia não está centralizada apenas no recém-nascido, mas também em sua família. Para população neonatal, os cuidados centrados na família são essenciais para a garantia da qualidade assistencial, do menor tempo de internamento, da redução da morbimortalidade, bem como para a melhoria no prognóstico (PERES et. al.; 2021 p.2)
Embora o contato pele a pele precoce seja considerado uma prática evolutiva adequada, separar o RN de sua mãe logo após o nascimento tornou-se uma conduta comum em muitas sociedades industrializadas devido a hospitalização do parto e adesão a práticas rotineiras, impossibilitando um melhor vínculo mãe-bebê. O contato pele a pele na primeira hora de vida do RN saudável é o contato imediato e contínuo, no qual esse RN é colocado sobre o abdômen ou tórax da mãe de acordo com sua vontade, de bruços e coberto com um tecido seco e aquecido, sendo esse contato recomendado pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) quando o RN nasce em boas condições de vitalidade. (SOUZA et. al.; 2020 p.2)
O enfermeiro e a equipe de enfermagem são os profissionais que mais estreitamente se relacionam com a mãe neste período, portanto, devem preparar a gestante para o aleitamento facilitando sua adaptação na fase puerperal, evitando assimdúvidas, dificuldades e possíveis complicações. Evidenciar a importância da atuação do profissional de enfermagem junto à amamentação no puerpério imediato fortalece a relação que mantém com a gestante durante todo o ciclo gravídico puerperal e tem importante papel nos programas de educação em saúde, consultas de rotinas e orientações com vínculos, pois é neste período que há a preparação da gestante para processo de esclarecimento e segurança ao aleitamento. (LUZ et. al.; 2019 p. 2)
Além dos cuidados em geral, existem os cuidados específicos para alguns pacientes, estes incluem a administração de “Imunoglobulina Anti-D que deve ser oferecida para todas as mulheres Rh negativas não sensibilizadas (Coombs indireto negativo) em até 72 horas após o parto, se o recém-nascido for Rh positivo”. Outros cuidados incluem as primeiras 2 horas após o parto, momento crítico do puerpério imediato, onde grande parte das complicações graves ocorrem, estes incluem: “Devem ser verificados a cada 15 minutos os sinais vitais, pois é nessa fase que ocorrem maiores casos de sangramentos [...]. Um procedimento de grande importância neste período imediato é a palpação do globo de segurança de Pinard (contração do útero) [...]. A verificação dos sinais de Homans [...], prevenindo a trombo flebite”. (TEIXEIRA et al.; 2019 p.8)
A atuação do enfermeiro e da equipe de enfermagem deve ocorrer durante a gestação, no pós-parto imediato e no mediato e auxiliar a gestante a se preparar biológica e psicologicamente para o aleitamento. Este preparo exigirá do profissional uma relação de confiança a fim de proporcionar um contato entre puérpera e filho o mais precoce possível. (LUZ et. al.; 2019 p. 6)
Sabe-se que no puerpério a mulher está sujeita a diversos agravos, e devido a isto o Ministério da Saúde criou o Programa Nacional de Humanização do Pré-natal e Nascimento (PHPN), que orienta o atendimento no ciclo gravídico-puerperal, em especial, orientado sobre a importância do acolhimento e na busca por atender as necessidades biológicas, psicológicas e sociais da mulher, tornando o atendimento mais pessoal e menos padronizado. (TEIXEIRA et al.; 2019 p.10)
Neste contexto, o papel desempenhado pela equipe de enfermagem é primordial, por estes profissionais prestarem assistência na sala de parto vinte e quatro horas por dia, e serem facilitadores do vínculo entre mãe e bebê na transição entre o mundo intra e extrauterino. Além disso, a proposta de humanização na assistência ao parto e nascimento preconiza que esses profissionais estimulem essa aproximação no pós-parto imediato, em contato pele a pele,7 colocando o RN sobre o seu tórax, fazendo o clampeamento tardio do cordão umbilical, incentivando a amamentação e fornecendo orientações as mães. (SOUZA et. al.; 2020 p.3)
CONSIDERAÇÕES FINAIS
As considerações finais devem levar a reflexão dos leitores quanto aos objetivos propostos para o seu trabalho, se eles foram alcançados e, caso não o tenha sido, explique o porquê de não ter sido possível.
Deve-se escrever de forma sintética, clara e ordenada os principais pontos abordados ao longo do trabalho. Você deve ficar atento para não apresentar dados quantitativos, muito menos dados novos que não foram discutidos ao longo dos capítulos. 
Neste item, você pode indicar propostas de trabalhos futuros. Faça pelo menos 3 parágrafos bem elaborados (não faça parágrafos com menos de 4 linhas), concluindo o seu trabalho cada parágrafo falando de um capítulo, não coloque referências neste item. 
REFERÊNCIAS
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