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Crase-Gramática

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SISTEMA DE ENSINO
GRAMÁTICA
Crase
Livro Eletrônico
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Crase
GRAMÁTICA
Sumário
Crase .................................................................................................................................................. 3
Mapa Mental .................................................................................................................................. 37
Questões Comentadas em Aula .................................................................................................38
Gabarito ........................................................................................................................................... 55
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Crase
GRAMÁTICA
CRASE
Na aula passada, estudamos aspectos relativos à Sintaxe de Regência, e vimos que certas 
palavras exigem o emprego de preposição. Hoje, nosso assunto será CRASE.
Mas, o que é crase?
CRASE NÃO É O ACENTO, CRASE É O FENÔMENO!
Para começar, ao contrário do que muita gente pensa, “crase” não é o nome do acento em-
pregado sobre a vogal “a” (`). O nome do acento é grave.
Dá-se o nome de crase ao encontro de duas vogais iguais e contíguas.
Na língua portuguesa, só se registram com o acento grave os encontros da preposição a 
com outro a, que poderá ser um artigo definido feminino (a/as), um pronome demonstrativo (a/
as) ou um pronome relativo (a qual/as quais/aquele, aquela, aquilo).
COMO ANALISAR A OCORRÊNCIA DE CRASE?
Da mesma forma como você ensina uma criança a atravessar a rua. “Filhinho, você deve 
olhar para os dois lados!”. Então aplicamos essa lição à análise de crase – devemos olhar para 
os dois lados.
Esquema “TERMO REGENTE + TERMO REGIDO”
De um lado, há um termo regente, que pode ou não exigir uma preposição (e, nesta aula, só nos 
interessa a preposição a).
Do outro lado, há um termo regido, que pode aceitar ou não um artigo definido feminino. Nessa 
posição de “termo regido” também pode existir um pronome demonstrativo a(s), aquele(s), 
aquela(s) ou aquilo, um pronome relativo a qual/as quais.
Se houver o encontro da preposição a com o outro a, ocorre a crase: os dois viram um só “a” e 
recebem o acento grave (`) para indicar essa fusão: à.
Você conhece o ditado “Bom filho _____ casa torna”?
Como você acha que seria preenchida a lacuna acima?
Antes de qualquer coisa, ajuda (e muito) construir a oração na ordem direta (SUJEITO + 
VERBO + COMPLEMENTO): “Bom filho torna... casa.”.
De um lado, o termo regente (verbo tornar = retornar) exige a preposição a (“Alguém torna/
retorna a algum lugar.”).
Do outro lado, “casa”, no sentido de lar, não recebe o acompanhamento do artigo. Veja os 
seguintes exemplos, para observar que não há artigo antes de “casa = lar”:
• Quando eu for para casa, avisarei.
• Passei o fim de semana em casa.
A palavra “casa” nesse sentido só aceita artigo quando identificado como a casa de al-
guém (“Nunca mais piso na casa da minha sogra!”)
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Crase
GRAMÁTICA
Como o termo regido não aceita o artigo definido, há a ocorrência de apenas um “a”, que é 
a preposição exigida pelo termo regente (o verbo TORNAR), não ocorrendo crase. Por isso, a 
construção correta é “bom filho a casa torna”.
Em resumo: só haverá crase (fusão) se houver dois “as” - o termo regente exigir a preposi-
ção a e o termo regido:
• for o pronome demonstrativo a(s), aquele(s), aquela(s), aquilo;
• for o pronome relativo a qual/as quais;
• admitir artigo definido feminino (singular ou plural): a(s).
• Para ter certeza de que a palavra admite o artigo definido feminino, construa uma frase 
em que essa palavra seja o sujeito e verifique a possibilidade de colocar o artigo antes 
dela.
• Exemplo: a palavra escolhida é “você”: não seria possível usar o artigo feminino antes 
desse pronome de tratamento: “A você está linda hoje” – estranho, não é??? Logo, não 
há crase antes de “você”.
Podemos ilustrar esse processo da seguinte forma:
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Crase
GRAMÁTICA
Nesse resumo estão várias daquelas regras de crase. Não ocorre crase:
• antes de palavra masculina (pois não admite artigo definido feminino por ser masculina);
• antes de verbo (pois não admite artigo definido feminino – mesmo quando substantiva-
do, recebe o artigo masculino e não feminino – “o ranger”, “o regressar”);
• antes de pronomes em geral; com exceção dos pronomes possessivos (como veremos 
adiante) e os enumerados no resumo (demonstrativos a, aquele, aquela, aquilo, e relati-
vos a qual, e seus plurais), todos os demais não admitem artigo definido feminino;
• antes de substantivos em sentido vago, genérico (não admitem artigo definido feminino 
por serem vagos, genéricos, como no exemplo do adágio);
• em expressões de palavras repetidas (cara a cara, dia a dia, boca a boca).
Existem alguns casos em que o “a” recebe o acento grave (à) mesmo não havendo esse 
encontro de dois “as”. São os chamados casos especiais:
• locuções femininas, sejam elas adverbiais (à força, à vista, à uma [=a uma só voz]), ad-
jetivas (à fantasia, à toa), conjuntivas (à medida que, à proporção que) ou prepositivas 
(à espera de, à procura de);
• diante de masculino, em que esteja subentendida a expressão “à moda de”, “à maneira 
de” (“Ele escrevia à Machado de Assis.”, “O artilheiro fez um gol à Romário.”).
Cuidado: em “bife a cavalo” ou em “frango a passarinho” não está subentendida essa 
expressão (não é “à maneira do cavalo” ou “ao modo do passarinho”...rs...) e, por isso, não 
leva acento.
Polêmico é o emprego do sinal com a palavra “distância”. Celso Luft, consagrado linguista, 
nos ensina que todas as locuções femininas (e as adverbiais se incluem aí) devem ser acen-
tuadas. Assim, em “ensino à distância”, essa expressão recebe acento grave por ser uma lo-
cução adverbial feminina. Contudo, muitos gramáticos discordam desse posicionamento, sob 
o argumento de que, como ocorre em “casa” (= lar) e “terra” (≠ bordo), “distância” não possui 
determinante e, por isso, não recebe acento (seria, então, um “ensino a distância”). Ainda não 
obtivemos um posicionamento definitivo das bancas sobre o tema. Assim, na hora da prova, 
avalie todas as opções cuidadosamente.
Por fim, antes de iniciarmos os comentários às questões de prova, destacamos dois casos 
chamados “facultativos”, explicando onde reside essa “faculdade”:
• pronomes possessivos – esses pronomes admitem o artigo definido antes de si (“Minha 
mesa está suja” ou “A minha mesa está suja”). Por isso, caso se empregue o pronome 
possessivo com artigo, desde que o termo regente exija preposição a, haverá crase (pre-
posição a + artigo definido feminino + possessivo = à sua – “Refiro-me à sua irmã.”); em 
se escolhendo não colocar o artigo antes do possessivo, haverá somente a preposição 
e, por isso, não haverá a ocorrência de crase (preposição a + possessivo = a sua - “Re-
firo-me a sua irmã.”). Alguns autores chamam de um caso facultativo de crase, mas o 
que ocorre, na verdade, é o uso opcional doartigo definido feminino;
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Crase
GRAMÁTICA
• com a locução prepositiva “até a” (que é a junção das duas preposições: até + a). Haven-
do um termo regido que admita o artigo definido, haverá crase (até a + a = até à – “Andei 
até à entrada de sua casa.”). Essa locução prepositiva equivale à preposição “até”, que, 
quando usada na forma simples, não leva à fusão de dois ‘as’, pois só existe um – o arti-
go (até + a = até a - “Andei até a entrada de sua casa.”). Por isso, alguns falam simples-
mente que, com a preposição “até”, a crase é facultativa. Na verdade, o que é facultativo 
é o uso da locução prepositiva “até a” ou da preposição simples “até” – com a primeira, 
haverá crase (até à); com segunda, não (até a).
A maior parte das questões de crase envolve o esquema “TERMO REGENTE + TERMO RE-
GIDO”, como veremos a partir de agora.
Bons estudos!
001. (CESPE/MPE-CE/ANALISTA MINISTERIAL/2020) Não há conclusões unânimes, mas 
a ciência e os especialistas caminham para o entendimento de que o preconceito seja um 
conceito aprendido. Por definição, o preconceito é uma opinião formada antes da aquisição 
dos conhecimentos adequados; um sentimento desfavorável, concebido antecipadamente ou 
independente de experiência ou razão. Assim, foge da postura típica dos animais, que só pas-
sam a rejeitar aquilo que os prejudica a partir da experiência adquirida. O racismo prevê uma 
superioridade racial independente da experiência pessoal.
Um estudo neurológico realizado pela pesquisadora Eva Telzer, da Universidade de Illinois, ana-
lisou a reação de uma estrutura cerebral chamada amígdala, ligada a sensações como medo e 
ansiedade, em crianças e adolescentes de 4 a 16 anos. O estudo mostrou que a amígdala não 
responde à questão racial em crianças: a sensação de medo começa a aparecer ao longo da 
adolescência, o que pode indicar que o racismo é aprendido ao longo da vida.
Já as pesquisas na área de psicologia experimental, que muitas vezes estudam o comportamento 
dos animais, poderiam encontrar uma explicação para o racismo de bases evolutivas — apesar de 
não existirem, nos animais, traços de preconceito ou discriminação propriamente dita. “Nós não 
identificamos em animais um correlato exato ao preconceito, especialmente porque preconceito 
é uma construção verbal e social típica das culturas humanas”, diz Patrícia Izar, professora douto-
ra do departamento de psicologia experimental da Universidade de São Paulo (USP). “O que existe 
tipicamente entre os primatas, os macacos, é um comportamento de proteger o grupo ao qual 
eles pertencem; em geral, um grupo com alto grau de parentesco contra outro grupo.”.
O geneticista Sérgio Pena não concorda com estudos evolutivos: “Ao postular a existência de 
uma natureza humana evolutivamente moldada para ser etnocêntrica, paroquial, bairrista e 
chauvinista, esses discursos geralmente terminam por atribuir ao racismo uma inevitabilidade 
natural. Isso não é verdade. Pelo contrário, as ‘raças’ e o racismo não têm nenhuma justificativa 
biológica e não passam de uma invenção muito recente na história da humanidade.”.
Internet: <www.uol.com.br> (com adaptações).
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Crase
GRAMÁTICA
Acerca das ideias, dos sentidos e dos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o 
item a seguir.
- O emprego do sinal indicativo de crase no trecho “não responde à questão racial” é obrigatório, 
dados o caráter definido do termo “questão racial” e a acepção do verbo responder no período.
Essa questão ilustra bem o esquema TERMO REGENTE x TERMO REGIDO.
De um lado, o termo regente - verbo RESPONDER - exige a preposição A (como vimos na aula 
passada, esse verbo é indiferentemente TD ou TI). De outro, o termo regido aceita artigo defi-
nido feminino antes de si:
RESPONDER A + a questão racial → responder à questão racial.
Certo.
002. (FCC/TRF-2ª/TÉCNICO/2014) Analise a afirmação a seguir.
- Em O alarme não se limita à iminente entrada da Amazon no mercado brasileiro de livros, o 
acento indicativo da crase está corretamente empregado, assim como o está em “Pediu àquela 
velha amiga que lhe emprestasse o livro de edição já esgotada”.
De um lado, temos como termo regente o verbo PEDIR, que é bitransitivo (pediu algo A alguém), 
ou seja, o termo exige a preposição A; de outro, o termo regido é o pronome demonstrativo 
“aquela”, que admite a contração com a preposição “a”, formando “àquela”. Tudo certo.
Certo.
003. (CESPE/MPE-CE/TÉCNICO MINISTERIAL/2020) Entre todos os fatores técnicos da mo-
bilidade, um papel particularmente importante foi desempenhado pelo transporte da informa-
ção — o tipo de comunicação que não envolve o movimento de corpos físicos ou só o faz 
secundária e marginalmente. Desenvolveram-se, de forma consistente, meios técnicos que 
também permitiram à informação viajar independentemente dos seus portadores físicos — e 
independentemente também dos objetos sobre os quais informava: meios que libertaram os 
“significantes” do controle dos “significados”. A separação dos movimentos da informação em 
relação aos movimentos dos seus portadores e objetos permitiu, por sua vez, a diferenciação 
de suas velocidades; o movimento da informação ganhava velocidade num ritmo muito mais 
rápido que a viagem dos corpos ou a mudança da situação sobre a qual se informava. Afinal, 
o aparecimento da rede mundial de computadores pôs fim — no que diz respeito à informação 
— à própria noção de “viagem” (e de “distância” a ser percorrida), o que tornou a informação 
instantaneamente disponível em todo o planeta, tanto na teoria como na prática.
Zygmunt Bauman. Globalização: as consequências humanas. Trad. Marcus Penchel. Rio de Janeiro: Zahar, 
1999 (com adaptações).
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Crase
GRAMÁTICA
Com relação aos aspectos linguísticos e aos sentidos do texto precedente, julgue o item a seguir.
A supressão do acento indicativo de crase em “à própria noção de ‘viagem’” manteria os senti-
dos e a correção gramatical do texto.
Vamos reler a passagem do texto:
“Afinal, o aparecimento da rede mundial de computadores pôs fim — no que diz respeito à infor-
mação — à própria noção de ‘viagem’”
O termo regente é a expressão “pôr fim” - alguém põe fim A alguma coisa. Então, vamos fazer 
a checagem:
• de um lado o termo regente exige a preposição A.
• o outro lado, o termo regido admite artigo definido feminino (a própria noção de viagem).
Pronto! Ocorre crase, por isso não procede a afirmação de que a supressão do acento manteria 
os sentidos e a correção gramatical do texto.
Errado.
004. (FCC/SABESP/ADVOGADO/2014) Para chegar a esta conclusão, os pesquisadores fize-
ram uma escavação arqueológica nas ruínas da antiga cidade de Tikal, na Guatemala.
O a empregado na frase acima, imediatamente depois de chegar, deverá receber o sinal indica-
tivo de crase caso o segmento grifado seja substituído por:
a) emitir uma opinião desse tipo
b) semelhante resultado
c) uma tal ilação
d) afirmações como essa
e) comprovação dessaassertiva
O verbo CHEGAR, como vimos, rege a preposição “a” (Quem diz “CHEGAR EM” não chega a lu-
gar algum). E você entendeu o porquê de não ter sido usado o acento grave ali? Vamos aplicar 
a técnica do “termo regente x termo regido”.
De um lado, o termo regente é o verbo CHEGAR, que exige a preposição A. De outro, o termo 
regido é o pronome demonstrativo “ESTA”. Note que não poderíamos empregar um artigo de-
finido feminino antes desse pronome (“A esta casa é muito bonita”???), por isso não ocorre 
crase. O que existe ali é apenas a preposição, sem artigo.
Quando o examinador pergunta em qual das substituições vai ocorrer crase, teremos de ana-
lisar simplesmente o termo regido, porque este é o elemento que será substituído. Para que 
ocorra crase, é preciso que este elemento admita o emprego do artigo definido feminino.
�a) “Para chegar a emitir uma opinião...” - Não! Antes de verbo não se emprega artigo definido 
feminino.
�b) “Para chegar a semelhante resultado” – substantivo masculino.
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Crase
GRAMÁTICA
�c) “Para chegar a uma tal ilação” – já existe artigo, só que indefinido, por isso não podemos 
colocar um artigo DEFINIDO ali.
�d) “Para chegar a afirmações como essa” – o substantivo está no plural, e o que o examinador 
quer é simplesmente empregar o acento grave, ou seja, busca a forma “à”, e não “às”.
�e) “Para chegar a comprovação dessa assertiva” – Até que enfim! O substantivo “comprova-
ção” admite artigo definido feminino e, por isso, ocorre crase: “Para chegar à (a preposição + a 
artigo) comprovação dessa assertiva”
Letra e.
005. (CESPE/MPE-CE/TÉCNICO MINISTERIAL/2020)
Em qualquer tempo ou lugar, a vida social é sempre marcada por rituais. Essa afirmação pode 
ser inesperada para muitos, porque tendemos a negar tanto a existência quanto a importân-
cia dos rituais na nossa vida cotidiana. Em geral, consideramos que rituais seriam eventos de 
sociedades históricas, da vida na corte europeia, por exemplo, ou, em outro extremo, de socie-
dades indígenas. Entre nós, a inclinação inicial é diminuir sua relevância. Muitas vezes comen-
tamos “Ah, foi apenas um ritual”, querendo enfatizar exatamente que o evento em questão não 
teve maior significado e conteúdo. Por exemplo, um discurso pode receber esse comentário 
se for considerado superficial em relação à expectativa de um importante comunicado. Ritual, 
nesse caso, é a dimensão menos importante de um evento, sinal de uma forma vazia, algo 
pouco sério — e, portanto, “apenas um ritual”. Agimos como se desconhecêssemos que forma 
e conteúdo estão sempre combinados e associamos o ritual apenas à forma, isto é, à conven-
cionalidade, à rigidez, ao tradicionalismo. Tudo se passa como se nós, modernos, guiados pela 
livre vontade, estivéssemos liberados desse fenômeno do passado. Em suma, usamos o termo 
ritual no dia a dia com uma conotação de fenômeno formal e arcaico.
Mariza Peirano. Rituais ontem e hoje. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2003, p. 7-8 (com adaptações).
Com relação às ideias, aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto anterior, julgue o 
item a seguir.
No trecho “em relação à expectativa de um importante comunicado”, a retirada do sinal indica-
tivo de crase no vocábulo “à” prejudicaria a correção gramatical do texto.
Cuidado com o enunciado. O examinador afirma que a retirada do acento grave prejudicaria a 
correção gramatical do texto. Vejamos.
O termo regente é a expressão “EM RELAÇÃO A” (terminada com a preposição A).
De outro, o termo regido é o substantivo “expectativa”, que aceita artigo definido feminino.
Ocorre crase, portanto, e o acento grave não poderia ser retirado, conforme afirmou o 
examinador.
Certo.
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Crase
GRAMÁTICA
006. (FCC/SEFAZ-RJ/AUDITOR/2014) Analise a afirmativa que se segue, acerca de aspectos 
do excerto.
No segmento embargos opostos pela Espanha à navegação da Holanda (linhas 5 e 6), o acento 
indicativo da crase está corretamente empregado, mas seu uso seria indevido se, em lugar de 
a navegação, houvesse “aquele tipo de navegação”.
Quando a banca sugerir uma troca, vá com calma. Lembre-se: o papel do examinador é ludi-
briar o candidato!…rs…
A construção original era:
“embargos opostos pela Espanha à navegação da Holanda”
O examinador propõe a troca de “a navegação” por “aquele tipo de navegação” e afirma que o 
acento grave, em “àquele”, seria indevido. Certo?
Não! A preposição não poderia ser dispensada, pois ela é exigida pelo adjetivo “opostos”. As-
sim, o encontro da preposição “a” (do termo regente “opostos”) com o termo regido “aquele” 
levaria a “àquele tipo de navegação”.
Errado.
007. (FCC/TRF-3ª/ANALISTA/2016)
O museu é considerado um instrumento de neutralização – e talvez o seja de fato. Os obje-
tos que nele se encontram reunidos trazem o testemunho de disputas sociais, de conflitos 
políticos e religiosos. Muitas obras antigas celebram vitórias militares e conquistas: a maior 
parte presta homenagem às potências dominantes, suas financiadoras. As obras modernas 
são, mais genericamente, animadas pelo espírito crítico: elas protestam contra os fatos da 
realidade, os poderes, o estado das coisas. O museu reúne todas essas manifestações de 
sentido oposto. Expõe tudo junto em nome de um valor que se presume partilhado por elas: 
a qualidade artística. Suas diferenças funcionais, suas divergências políticas são apagadas. 
A violência de que participavam, ou que combatiam, é esquecida. O museu parece assim de-
sempenhar um papel de pacificação social. A guerra das imagens extingue-se na pacificação 
dos museus.
Todos os objetos reunidos ali têm como princípio o fato de terem sido retirados de seu con-
texto. Desde então, dois pontos de vista concorrentes são possíveis. De acordo com o pri-
meiro, o museu é por excelência o lugar de advento da Arte enquanto tal, separada de seus 
pretextos, libertada de suas sujeições. Para o segundo, e pela mesma razão, é um “depósito 
de despojos”. Por um lado, o museu facilita o acesso das obras a um status estético que as 
exalta. Por outro, as reduz a um destino igualmente estético, mas, desta vez, concebido como 
um estado letárgico.
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A colocação em museu foi descrita e denunciada frequentemente como uma desvitalização do 
simbólico, e a musealização progressiva dos objetos de uso como outros tantos escândalos su-
cessivos. Ainda seria preciso perguntar sobre a razão do “escândalo”. Para que haja escândalo, é 
necessário que tenha havido atentado ao sagrado. Diante de cada crítica escandalizada dirigida 
ao museu, seria interessante desvendar que valor foi previamente sacralizado. A Religião? A 
Arte? A singularidade absoluta da obra? A Revolta? A Vida autêntica? A integridade do Contexto 
original? Estranha inversão de perspectiva. Porque, simultaneamente, a crítica mais comum con-
tra o museu apresenta-o como sendo, ele próprio, um órgão de sacralização. O museu, por retirar 
as obras de sua origem, é realmente “o lugarsimbólico onde o trabalho de abstração assume 
seu caráter mais violento e mais ultrajante”. Porém, esse trabalho de abstração e esse efeito de 
alienação operam em toda parte. É a ação do tempo, conjugada com nossa ilusão da presença 
mantida e da arte conservada.
(Adaptado de: GALARD, Jean. Beleza Exorbitante. São Paulo, Fap.-Unifesp, 2012, p. 68-71)
Avalie a afirmação abaixo.
Em... presta homenagem às potências dominantes... (1º parágrafo), o sinal indicativo de crase 
pode ser suprimido excluindo-se também o artigo definido, sem prejuízo para a correção.
Caso um vocábulo seja usado em sentido vago, genérico, não se pode empregar o artigo e, por 
isso, não ocorre crase. A preposição é o único “a” que haverá na construção.
O examinador sugere a troca de “presta homenagem às potências dominantes” por “presta ho-
menagem a potências dominantes”.
Tal sugestão está correta, considerando que esse “a” não receba nenhum acento e que “po-
tências dominantes” esteja sendo usado de forma vaga, genérica (sem identificar nenhuma 
potência dominante).
Certo.
008. (FCC/ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DE ALAGOAS/ANALISTA LEGISLATIVO/2020) Tem-se 
a expectativa de que...I... futura revolução tecnológica culmine no desenvolvimento de inovações 
que abranjam de novos remédios...II... criação de materiais artificiais que hoje se restringem ape-
nas...III... imaginação.
Preenchem corretamente as lacunas I, II e III da frase acima:
a) a − à − à
b) à − a − a
c) à − à − à
d) a − a − a
e) à − a − à
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Crase
GRAMÁTICA
Esse é um formato de questão muito comum nas provas da Fundação Carlos Chagas.
Vamos analisar cada item.
I – Tem-se a expectativa de que.... FUTURA REVOLUÇÃO TECNOLÓGICA culmine...
Quando o termo exerce a função de SUJEITO, não pode estar regido por preposição, por isso a 
lacuna será preenchida apenas pelo artigo definido feminino “a”.
Com isso, eliminamos as opções B, C e E. Já temos 50% de chance de acertar!!!
II – que abranjam novos remédios..... criação de materiais
O segmento “criação de materiais” indica a finalidade dos novos remédios, por isso poderia ser 
preenchida com a preposição PARA ou A. Em seguida, o termo regido é criação, que aceita o 
artigo definido feminino: novos remédios para a/à criação...
Já conseguimos a resposta: opção A.
III – que hoje se restringem apenas..... imaginação
O termo regente é o verbo RESTRIGIR-SE, que exige a preposição A. Como o termo regido ad-
mite artigo definido feminino, ocorre crase: se restringem à imaginação.
Letra a.
009. (FCC/TST/TÉCNICO ADMINISTRATIVO/2017)...... mobilização dos mais diversos profis-
sionais que faziam...... vezes de figurantes da ópera e dos estudantes que participavam do 
coro da Ufgrs,...... que se acrescentar a dedicação do maestro Pablo Komlós, formado pela 
Academia Real da Hungria, sob a orientação de Kodály, então...... frente da Ospa, em que se 
manteve até 1978.
Preenche correta e respectivamente as lacunas da frase acima:
a) A − as − há − a
b) À − às − há − a
c) A − às − a − à
d) A − às − a − a
e) À − as − há – à
Vamos deixar o preenchimento da primeira lacuna para depois, pois precisaríamos saber se 
“mobilização” atua como núcleo do sujeito ou como complemento preposicionado do verbo 
ACRESCENTAR, que é um verbo TRANSITIVO DIRETO E INDIRETO (acrescentar alguma coisa a 
outra). Então, vamos começar pela segunda lacuna.
A expressão “fazer as vezes” equivale a “desempenhar o papel de outra pessoa” ou “substituir”, 
e não tem acento grave (não se trata da expressão “às vezes”, no sentido de “por vezes”, “de 
vez em quando”). Assim, a lacuna será preenchida com “as”. Eliminamos as opções B, C e D.
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GRAMÁTICA
Na terceira lacuna, temos uma locução verbal, em que o verbo HAVER faz parte: “há que se 
acrescentar”. Como as duas opções restantes indicavam a mesma forma de preenchimento, 
nada mudou.
Na última lacuna, temos a locução feminina “à frente de”, com acento grave. Então, a res-
posta será E.
Sabendo que a primeira lacuna seria preenchida com “À”, confirmamos que este termo seria o 
objeto indireto do verbo ACRESCENTAR: “há que se acrescentar a dedicação do maestro Pablo 
Komlós à mobilização dos mais diversos profissionais…”.
Letra e.
010. (FCC/TRE-RN/ANALISTA/2011) O valor que atribuímos...... coisas é resultado, não raro, 
de uma história pessoal e intransferível, de uma relação construída em meio a acidentes e 
percalços fundamentais. Assim, nosso apreço por elas não corresponde absolutamente...... 
valorização que alcançariam no mercado, esse deus todo-poderoso, que, no entanto, resta im-
potente quando ao valor econômico se superpõe...... afeição.
Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na ordem dada,
a) às - à - a
b) as - à - a
c) as - a - à
d) às - a - a
e) às - à - à
Você vai ficar com torcicolo de tanto olhar para um lado e para o outro (…rs…).
Mais do que nunca, aplicaremos a técnica “termo regente x termo regido”.
1ª lacuna:
Termo regente: o verbo ATRIBUIR é bitransitivo (atribuir algo a alguém). O sujeito da constru-
ção está oculto mas pode ser identificado a partir da desinência verbal: (nós) atribuímos. O 
objeto direto é representado pelo pronome relativo “que”, cujo antecedente é “valor”. Então, 
substituindo o pronome pelo nome, teríamos: “atribuímos valor (OD)..... coisas (OI)”. Assim, o 
termo regente exige a preposição “a”.
Termo regido: o substantivo “coisas” admite o artigo definido feminino plural (as).
Assim, ocorre crase, formando “às”.
2ª lacuna:
Termo regente: o verbo CORRESPONDER é transitivo indireto (algo não corresponde a al-
guma coisa).
Termo regido: o substantivo “valorização” admite artigo definido feminino singular: a.
Assim, ocorre crase: “nosso apreço por elas não corresponde absolutamente à valorização...”.
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3ª lacuna:
O verbo SUPERPOR-SE (derivado do PÔR) é transitivo indireto (alguma coisa se superpõe a 
outra). Acontece que esse objeto indireto já foi apresentado na construção: “... resta impotente 
quando ao valor econômico se superpõe...”. Então, o que se segue exerce a função sintática de 
SUJEITO (a afeição se superpõe ao valor econômico). Por isso, não há preposição antes des-
se elemento.
A ordem seria, então: às – à - a
Letra a.
011. (FUNDATEC/ESE/2019)
Empreendedores e suas bolinhas de gude
Por Romero Rodrigues
Outro dia me perguntaram se as startups iriam matar as grandes corporações, os incumben-
tes. Não sou grande fã de profecias radicais e apocalípticas. A provocação ia ainda mais longe: 
será que as corporações, ao se tornarem cada vez mais ágeis, vão competir de igual para igual 
com as startups?
O que vai, de fato, acontecer? Como será o futuro? Quem morre e quem predomina?
Quando olho para trás e faço uma retrospectiva, racionalizando sobre o que aconteceu até 
hoje, fica claro para mim que a dinâmica não vai mudar. A grande vantagem competitiva da 
startup em relação _______ grande corporação é como numa referência à Teoria da Evolução 
das Espéciesde Charles Darwin: a sua adaptabilidade. A corporação é mais forte (do ponto de 
vista econômico) e mais inteligente (quando consideramos todo o seu capital humano); por-
tanto, a startup deve se adaptar mais rápido. Não importa quão rápida e grande a corporação 
se torne, sempre existirá espaço para a inovação se manifestar no ecossistema de startups.
Como não nego meu passado de engenheiro, vou me permitir fazer uma analogia para descre-
ver essa dinâmica entre startups e corporações: visualize uma sala quadrada e com pé direito 
alto. Imagine quatro esferas grandes ______ ocupam toda sala, sendo que cada uma delas 
encosta na outra e todas encostam no chão, no teto e nas paredes, ocupando todo espaço. 
Repare que as esferas se encostam umas nas outras, num único ponto. É também num único 
ponto que as esferas tocam as paredes, o teto e o chão.
Digamos que essa sala seja um grande mercado, um mercado qualquer que você queira esco-
lher, o mercado financeiro ou de comércio eletrônico, por exemplo. As esferas são as grandes 
empresas desse mercado, as corporações, os incumbentes, os big players.
Você diria que nesse mercado existe espaço para crescer? Sob o olhar dos céticos, com certe-
za não. Os céticos têm seus olhos exatamente na metade da altura da sala. A única coisa que 
eles enxergam é uma esfera tocando a outra e não há um vão sequer entre elas. O mercado 
está quase todo tomado.
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Já os empreendedores estão deitados no chão da sala, brincando com suas bolinhas de gude. 
Da perspectiva deles, é possível visualizar as quatro esferas, _______ só tocam o chão em quatro 
pequeninos pontos. Para eles, o mercado é completamente inexplorado, virgem, um oceano azul.
As empresas que estão montando são, por enquanto, pequenas bolas de gude, soltas no chão 
dessa sala. Elas têm muito espaço para rolar, experimentar e descobrir. A corporação, já grande 
e disputando market share com outras corporações, dispõe de muito menos liberdade. Além 
de mais liberdade para experimentar, a startup também tem muita oportunidade gerada pela 
sombra das quatro grandes esferas que estão lá no alto.
A startup ainda vai ter muito espaço para crescer antes de começar a incomodar as esferas 
que estão acima dela. Num determinado momento, já grande o suficiente, a esfera da startup 
finalmente toca a esfera da corporação. A startup começa, então, a empurrar as demais esfe-
ras. Nesse momento, há alguns caminhos alternativos: a sala (mercado) cresce para acomo-
dar o crescimento da nova esfera; alguma das outras esferas diminui de tamanho, perdendo 
espaço, ou uma das esferas grandes adquire a esfera que a está incomodando.
A verdade é que não importa quão grande seja o mercado ou quão grande sejam as grandes 
empresas. As startups sempre estarão mais próximas do problema, em contato mais próximo 
com o cliente e com maior velocidade para se adaptar. A startup é desenhada para continuar 
experimentando, para ter uma estrutura organizacional rasa, para testar hipóteses de forma 
despretensiosa e repetitiva.
(Fonte: https://www.istoedinheiro.com.br – 25/09/19 – texto adaptado)
Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas.
a) à – as quais – as quais
b) a – as quais – nas quais
c) à – os quais – das quais
d) a – os quais – as quais
e) à – as quais – nas quais
Ainda no esquema “termo regente x termo regido”, teremos de avaliar cada segmento.
1ª lacuna: A grande vantagem competitiva da startup em relação..... grande corporação
O termo regente é a expressão “em relação a”, de que a preposição A faz parte.
O termo regido é “grande corportação”, que aceita o emprego do artigo definido feminino.
Logo, ocorre crase: em relação à grande corporação
Eliminamos as opções B e D.
2ª lacuna: Imagine quatro esferas grandes ...... ocupam toda sala
O pronome relativo omitido retoma “quatro grandes esferas” e irá exercer a função de SUJEITO 
da forma verbal OCUPAR (quatro grandes esferas ocupam...).
Como o sujeito é termo que não pode estar regido por preposição, empregamos apenas o pro-
nome relativo as quais.
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Eliminamos a opção C.
3ª lacuna: é possível visualizar as quatro esferas,............. só tocam o chão em quatro peque-
ninos pontos.
O termo omitido é um pronome relativo que retoma “as quatro esferas” e exerce a função 
de SUJEITO da forma verbal TOCAM, por isso não há preposição - apenas o pronome relati-
vo as quais.
é possível visualizar as quatro esferas, as quais só tocam o chão...
As lacunas serão preenchidas por à - as quais - as quais.
Letra a.
012. (FCC/TST/ANALISTA JUDICIÁRIO/2017) A coletânea de aforismos que constituem os 
dois volumes de Humano, demasiado humano, considerado o marco inicial do segundo perío-
do da produção de Nietzsche, é um ajuste de contas definitivo com as ideias fundamentais do 
sistema filosófico de Schopenhauer.
Dedicando o livro à memória do filósofo francês Voltaire e escolhendo como epígrafe uma 
citação de René Descartes, Nietzsche já o insere simbolicamente na tradição da filosofia das 
Luzes, caracterizada pela confiança no poder emancipatório da ciência, em seu triunfo contra 
as trevas da ignorância e da superstição. Não por acaso, portanto, a obra tem como subtítulo 
Um livro para espíritos livres.
Se, para o jovem Nietzsche, era a arte – e não a ciência – o que constituía a atividade meta-
física do homem, em Humano, demasiado humano ela é destituída desse privilégio. Fazendo 
uma referência velada a pressupostos fundamentais da filosofia de Schopenhauer, dos quais 
partilhara, Nietzsche toma agora o cuidado de se afastar criticamente deles. “Que lugar ainda 
resta à arte? Antes de tudo, ela ensinou, através de milênios, a olhar com interesse e prazer a 
vida, em todas as suas formas. Essa doutrina foi implantada em nós; ela vem à luz novamente 
agora como irresistível necessidade de conhecer. O homem científico é o desenvolvimento do 
homem artístico”.
Se, para o jovem Nietzsche, o aprofundamento do conhecimento científico conduzia à prolife-
ração de um saber erudito e estéril, que sufocava a vida, para o Nietzsche do período interme-
diário o conhecimento científico torna livre o espírito.
Pouco mais tarde, Nietzsche aprofundaria seu novo entendimento relativo ao papel da ciência 
e à oposição entre esta e a arte. Contrapondo-se àqueles que valorizam apenas a imaginação e 
as obras-primas do disfarce estético, o filósofo afirma: “eles pensam que a realidade é horrível; 
contudo, não pensam que o conhecimento até da mais horrível realidade é belo, do mesmo 
modo que aquele que conhece bastante e amiúde está, por fim, muito longe de considerar 
horrível o grande todo da realidade, cuja descoberta lhe proporciona sempre felicidade. A feli-
cidade do homem do conhecimento aumenta a beleza do mundo”.
(Adaptado de: GIACOIA JUNIOR, Oswaldo. Nietzsche. São Paulo, Publifolha, 2000, p. 42-46)
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O elemento sublinhado pode sercorretamente substituído pelo que se encontra entre pa-
rênteses em:
a) conduzia à proliferação de um saber erudito (à uma difusão)
b) Fazendo uma referência velada a pressupostos fundamentais (à ideias)
c) relativo ao papel da ciência (à função)
d) Contrapondo-se àqueles que valorizam (à quem)
e) cuja descoberta lhe proporciona (à qual)
Vamos analisar cada proposta de substituição.
�a) A forma “à uma difusão” não é válida, pois não é possível ocorrer crase antes de artigo inde-
finido (uma), uma vez que não se emprega artigo definido junto com artigo indefinido.
�b) Se houver crase antes de palavra feminina no plural, a forma correta será às, por haver en-
contro da preposição A com o artigo definido feminino AS, e não à (singular).
�c) A troca de “relativo ao papel” por “relativo à função” é válida, já que a preposição A, exigida 
pelo termo regente “relativo”, se encontra com o artigo definido feminino que antecede “fun-
ção”. Essa é a resposta.
�d) O termo regente é o verbo CONTRAPOR, que é transitivo direto e indireto, com a preposi-
ção A. Originalmente, a crase se deve a partir do encontro dessa preposição com o pronome 
demonstrativo “aquele”. Só que a troca desse pronome pelo indefinido “quem” impossibilita a 
ocorrência de crase, uma vez que esse pronome não aceita artigo definido feminino antes de 
si: a forma válida seria a quem (sem acento).
�e) No trecho original, o pronome relativo CUJO estabelece uma relação entre “realidade” e “des-
coberta” (“... realidade, cuja descoberta lhe proporciona sempre felicidade”). O tema PRONO-
MES será nosso próximo assunto, por isso não vamos nos aprofundar - como não há um termo 
regente a exigir a preposição A, não é possível a troca do pronome relativo cuja por à qual.
Letra c.
013. (CESPE/TJ-AM/ASSISTENTE JUDICIÁRIO/2019)
Texto CB3A1-I
O maior desafio do Poder Judiciário no Brasil é tornar-se cada vez mais acessível às pessoas, 
até mesmo a quem não pode arcar com o custo financeiro de um processo. De um modo am-
plo, o acesso à justiça significa a garantia de amparo aos direitos do cidadão por meio de uma 
ordem jurídica justa e, caso tais direitos sejam violados, a possibilidade de ele buscar a devida 
reparação. Para tornar efetivo esse direito fundamental e popularizá-lo, foram feitas várias 
mudanças na lei ao longo dos anos. Esse movimento de inclusão é conhecido como ondas 
renovatórias. Atualmente, já se fala no surgimento da quarta onda, que está relacionada aos 
avanços da tecnologia.
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Na primeira onda renovatória, buscou-se superar as barreiras econômicas do acesso à justiça. 
No Brasil, as medidas para garantir a assistência judiciária a quem não pode arcar com as 
custas de um processo ou ser assistido por um advogado particular foram efetivadas princi-
palmente pela Lei n.º 1.060, de 1950, e pela criação da Defensoria Pública da União, em 1994, 
que atende muitos segurados do INSS que têm de recorrer ao Poder Judiciário para conseguir 
um benefício.
A segunda onda renovatória enfrentou os desafios de tornar o processo judicial acessível a 
interesses coletivos, de grupos indeterminados, e não apenas limitado a ser um instrumento 
de demandas individuais. Para assegurar a tutela dos direitos difusos, que dizem respeito à 
sociedade em geral, foram criados instrumentos para estimular a democracia participativa. Os 
principais avanços ocorreram com a entrada em vigor da Lei da Ação Civil Pública, em 1985, e 
do Código de Defesa do Consumidor, em 1990, que, conjuntamente, formaram o microssiste-
ma processual para assegurar os interesses da população.
A terceira onda encorajou uma ampla variedade de reformas na estrutura e na organização dos 
tribunais, o que possibilitou a simplificação de procedimentos e, consequentemente, do pro-
cesso. Entendeu-se que cada tipo de conflito tem uma forma adequada de solução: a decisão 
final para uma controvérsia pode ser tomada por um juiz, árbitro ou pelas próprias partes, com 
ou sem o auxílio de terceiros neutros, como mediadores e conciliadores.
Hoje, na quarta onda renovatória, a chamada revolução digital e suas mudanças rápidas ace-
leraram a engrenagem judicial. Esse processo de transição do analógico para o digital não se 
resume apenas à virtualização dos tribunais com a chegada do processo eletrônico. As tecno-
logias da informação e comunicação oferecem infinitas possibilidades para redesenhar o que 
se entende por justiça.
As plataformas digitais de solução de conflitos popularizaram serviços antes tidos como ca-
ros e pouco acessíveis. Hoje existe até a oferta de experiências de cortes online, nas quais as 
pessoas têm acesso aos tribunais com um clique, sem sair de casa.
Mariana Faria. O que tecnologia tem a ver com acesso à justiça?
13/6/2018. Internet: <www.dacordo.com.br> (com adaptações).
Com relação aos aspectos linguísticos e aos sentidos do texto CB3A1-I, julgue o item a seguir.
A inserção do sinal indicativo de crase em “a quem” não comprometeria a correção gramati-
cal do texto.
Como vimos, não é possível ocorrer crase antes da maior parte dos pronomes, uma vez que 
esses, em sua maioria, não aceitam artigo definido feminino. Por isso, a inserção do acento 
grave antes do pronome quem COMPROMETERIA, sim, a correção gramatical do texto.
Errado.
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014. (FCC/TRT-1ª/ANALISTA/2011)...... pessoas de fora, estranhas...... cidade, a vida urbana 
exerce uma constante atração, apesar dos congestionamentos e dos altos índices de violên-
cia, inevitáveis sob...... condições urbanas de alta densidade demográfica.
Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na ordem dada:
a) Às - à - as
b) As - à - às
c) As - a - às
d) Às - a - às
e) As - à - as
Vamos diretamente às lacunas.
1ª lacuna:
Para começar, não sabemos qual a função sintática do sintagma “... pessoas de fora”, por isso 
precisamos ler toda a estrutura oracional.
“.... pessoas de fora, estranhas.... cidade, a vida urbana exerce uma constante atração...”.
Alguns autores consideram o verbo EXERCER bitransitivo (exercer algo a/sobre/em alguém). 
Luft ressalta que, na verdade, quem exige a preposição é o termo da posição de objeto direto 
(atração). Alheios a essa discussão acadêmica, notamos que um dos elementos é regido por 
preposição, que pode ser “a”.
Assim, na posição de termo regido, teríamos “as pessoas de fora”, que aceita artigo defini-
do feminino.
Ocorre, portanto, crase: “Às pessoas de fora (...) a vida urbana exerce uma constante atração...”.
2ª lacuna:
O adjetivo “estranhas” exige a preposição “a” (alguém é estranho a algo/alguém). Na posição 
de termo regido, temos o substantivo feminino “cidade”, que aceita artigo definido feminino: 
“estranhas à cidade”.
3ª lacuna:
Antes da palavra que foi omitida, já está presente a preposição “sob”. Assim, o que se lhe segue 
não pode ser outra preposição, mas o artigo definido feminino plural que antecede o substan-
tivo “condições”: “... inevitáveis sob as condições urbanas...”.
Preenchemos as lacunas com: Às – à - as
Letra a.
015. (FCC/TRT-15ª REGIÃO/ANALISTA/2015) O termo entre parênteses preenche correta-
mente a lacuna da frase em:
a) A mudança, começaram...... senti-la apenas os descendentes dos escravos. (à)
b) Não foi apenas com o intuito de libertar...... escravos que se promulgou a lei Áurea. (aos)
c)As condições iniciais dos libertos eram muito próximas...... de escravidão. (as)
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d) ...... vésperas do século XX ainda eram debatidas questões como a escravidão. (Às)
e) Muito embora lhes fosse conferida...... condição de liberto, muitos continuavam sub-
jugados. (à)
A banca “modernizou” aquele tipo de questão. Agora, coloca a sugestão de preenchimento na 
própria opção, devendo o candidato marcar a que preenche corretamente a lacuna.
�a) No meio de uma locução verbal, há apenas a preposição (sem artigo), por isso não ocorre 
crase e não se coloca o acento grave. É o que acontece em “começaram a senti-la”. Como a 
sugestão do examinador é a forma “à” (com acento), está errada a indicação.
�b) O verbo LIBERTAR é transitivo direto (libertar alguém), por isso o complemento não exige 
preposição: libertar os escravos. Como a sugestão da banca é “aos”, a opção está incorreta.
�c) O adjetivo “próximas” exige a preposição “a” (coisas próximas a outra). Em seguida, na ex-
pressão “da escravidão”, a preposição “de” indica a existência de um pronome que retoma 
“condições”: “As condições iniciais dos libertos eram muito próximas a + as condições de 
escravidão”. Só que, no lugar de repetir “as condições”, o autor pode substituir pelo pronome 
demonstrativo “as”. De um lado, o termo regente (próximas) exige a preposição “a”. De outro, 
há um pronome demonstrativo “as”. Ocorreu crase: “As condições iniciais dos libertos eram 
muito próximas às de escravidão”! Só que a banca sugere o preenchimento com “as”, sem 
acento. Errou!
�d) Nesta opção, a frase começa com uma locução prepositiva: “Às vésperas de”. Por ser femi-
nina, recebe acento grave, exatamente como sugeriu o examinador. Esta é a resposta!
�e) Em uma construção passiva, a palavra “condição” é o núcleo do sujeito: “a condição de liber-
to lhes fosse conferida…”. Por isso, há apenas um artigo definido feminino, sem acento! Item 
errado.
Letra d.
016. (FCC/TRT-9ª REGIÃO/TÉCNICO/2015) O segmento sublinhado está corretamente subs-
tituído pelo que se encontra entre parênteses em:
a) A serenidade corresponde a um estado de espírito... (à uma condição psicológica)
b) O termo serenidade costuma estar associado a mais de um significado... (à significa-
dos diversos)
c) ... não convém nos compararmos com as outras pessoas... (às outras pessoas)
d) ... se andar abaixo dela, tenderá a se deprimir... (à depressões)
e) ... conformados com nossas limitações... (à sermos limitados)
�Também é comum que a banca apresente sugestão de troca, que muitas vezes já apresenta 
erro, facilitando a nossa vida!
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Crase
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�a) A banca sugere “à uma condição psicológica”, só que, como vimos, não pode haver crase se 
não houver um artigo definido, e este é impedido de figurar antes de um artigo indefinido.
�Se você encontrar um “à” antes de “uma”, pode ter certeza de que ocorreu uma das seguintes 
situações:
�- Esse “uma” é um numeral e normalmente está indicando o horário determinado: Marcamos de 
nos encontrar à uma [à uma hora da tarde/ à uma hora da manhã].
�Não confunda essa construção com “a uma hora dessas”, em que “uma” é artigo indefinido e 
não há indicação de hora determinada, por isso não ocorre crase (não há acento).
�- É a locução adverbial “à uma”, que equivale a “simultaneamente”, “todos ao mesmo tempo”, “a 
uma só voz”, como em “As mulheres, à uma, se opuseram à proposta.”. Caso de emprego obri-
gatório de acento grave, por se tratar de uma locução adverbial feminina.
�b) Antes de palavra masculina, ainda mais no plural, não se emprega “à”, por isso há erro na 
sugestão “à significados diversos”.
�c) De um lado, temos um termo regente, que é o verbo COMPARAR, transitivo direto e indireto 
(comparar uma coisa a outra). De outro, o pronome indefinido “outras”. Vamos, então, verificar 
se “outras” admite artigo definido feminino. Para termos certeza disso, vamos empregar essa 
expressão como sujeito de uma frase: “Outras mulheres não fariam isso./As outras mulheres 
não fariam isso.”. Sim, antes de “outras”, é possível o emprego de artigo definido feminino. As-
sim, ocorre crase em “não convém nos compararmos às outras pessoas”. É válida a sugestão 
do examinador e essa é a resposta.
�d) Por ser feminina plural, a palavra “depressões” admitira um artigo definido feminino plural, 
e não singular.
�e) Antes de verbo, não há artigo definido feminino e, portanto, nada de ocorrência de crase.
Letra c.
017. (FCC/TRT-9ª REGIÃO/ANALISTA/2015) Verifique se a proposta de redação mantém a 
correção gramatical:
Depois da morte de Picasso, em 1973, a organização do espólio do artista concedeu uma au-
torização à outras coleções para que pudessem adquirir obras suas.
Veja como é importante resolvermos questões anteriores das bancas! Mais uma vez, o exami-
nador emprega acento grave antes de “outras”.
De um lado, o termo regente é o verbo CONCEDER, que se apresenta como transitivo direto e 
indireto (concedeu algo a alguém).
Do outro, o termo regido é “outras coleções”. Como vimos, o pronome “outro” admite artigo 
antes de si.
Estaria certa a construção, se tivesse empregado a forma no plural (“às”), uma vez que o termo 
regido é plural (coleções).
Errado.
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Crase
GRAMÁTICA
018. (FCC/TRF-4ª REGIÃO/ANALISTA/2015) Considerados o contexto e a norma-padrão, 
avalie a afirmação a seguir.
Em O rubor pode subir às faces de alguém, está correto o emprego do sinal de crase, assim 
como o está em “O sentimento de vergonha é comum à qualquer pessoa”.
Ao contrário de “outro”, o pronome indefinido “qualquer” não admite artigo definido antes de si.
Veja como ficaria se fosse o sujeito de uma frase:
“Qualquer mulher é capaz disso.”
E se colocarmos um artigo antes do pronome, como fica?
“A qualquer mulher é capaz disso”???? Não deu certo, o que significa que não podemos acentu-
ar o “a” que surgir antes de “qualquer” – ele será apenas uma preposição.
Assim, o correto seria “O sentimento de vergonha é comum a qualquer pessoa.”.
Errado.
019. (CESPE/SLU-DF/ANALISTA DE GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS/2019)
Texto CB1A1-I
Como em todas as tardes abafadas de Americana, no interior de São Paulo, o paranaense Adílson 
dos Anjos circula entre velhas placas de computador, discos rígidos quebrados, estabilizadores de 
energia enferrujados, monitores com tubos queimados e outras velharias do mundo da informáti-
ca. Ao ar livre, as pilhas, que alcançam um metro de altura, refletem os raios de sol de forma difu-
sa e provocam um incessante piscar de olhos. Por trás delas, um corredor estreito, formado por 
antigos decodificadores de televisão a cabo, se esconde sob uma poeira fina que sobe do chão.
Com uma chave de fenda na mão direita, Adílson mantém, de joelhos, uma linha de produção 
repetitiva. Desparafusa as partes mais volumosas de uma CPU carcomida, crava sua ferra-
menta em fendas predeterminadas e, com os dedos da outra mão, faz vergar parte do alumínio 
do aparelho. Com um solavanco, arrancado corpo da máquina uma chapa fina e esverdeada 
conhecida como placa-mãe. Com zelo, deposita-a perto dos pés. O resto faz voar por cima de 
sua cabeça: com um ruído estridente, tudo se espatifa metros atrás.
Há cerca de um ano, Adílson vive com os cerca de 600 reais que ganha por mês coletando, 
separando e revendendo sobras de computadores, que recebem o nome de e-lixo. Todos os 
meses, ele transforma 20 toneladas de sucata eletrônica em quilos e quilos de alumínio, ferro, 
cobre, plástico e até mesmo ouro.
Não há dados no Brasil a respeito do número de pessoas que vivem do mercado de sucata 
eletrônica, nem do volume de dinheiro que ele movimenta. A falta de dados e a consequente 
ausência de projetos voltados para o bom aproveitamento dos detritos eletrônicos atestam 
que o e-lixo brasileiro ainda se move pela sombra.
Na Europa e nos Estados Unidos, estudos sobre o assunto atestam que o montante de lixo 
digital em circulação na Terra cresce 5% ao ano. A sucata eletrônica, sozinha, já abocanha uma 
fatia maior do que a das fraldas infantis no bolo de resíduos sólidos gerados pelo ser humano.
Cristina Tardáguila. Ruínas eletrônicas. Internet: <www.piaui.folha.uol.com.br> (com adaptações).
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Crase
GRAMÁTICA
Com relação às ideias e aos aspectos linguísticos do texto CB1A1-I, julgue o item seguinte.
Sem prejuízo para os sentidos e para a correção gramatical do texto, a forma verbal “alcançam” 
poderia ser substituída por chegam à.
A construção original é:
Ao ar livre, as pilhas, que alcançam um metro de altura
A troca do verbo ALCANÇAR pelo verbo CHEGAR modifica a relação de regência, uma vez que 
o verbo original é transitivo direto (alcançam algo) e o da sugestão é transitivo indireto, com 
a preposição A (chegam a algo). Assim, o novo termo regente exige a preposição A. Só que o 
termo regido é um elemento masculino (metro) que não admite artigo definido feminino. Logo, 
não ocorre crase e o emprego do acento está inadequado.
Errado.
020. (FCC/TRT-4ª REGIÃO/TÉCNICO/2015) A idealização das mulheres em seus papéis fa-
miliares é muito semelhante àquelas idealizações divulgadas no final do século XVIII e início do 
século XX nos grandes centros europeus.
Mantém-se a correção no emprego do sinal indicativo de crase se o segmento grifado na frase 
acima for substituído por:
a) à uma determinada idealização divulgada.
b) à cada uma das idealizações divulgadas.
c) à algumas idealizações divulgadas.
d) à típica idealização divulgada.
e) à qualquer das idealizações divulgadas.
Nesse tipo de questão, o candidato ganha tempo, eliminando rapidamente as sugestões 
inválidas.
Lembrando que o termo regente “semelhante” estava indicado no enunciado, vamos analisar 
as sugestões de sequência.
�a) Não cabe artigo definido antes de artigo indefinido.
�b) O pronome “cada” não admite artigo definido antes de si.
�c) O pronome “algumas” não aceita artigo definido antes de si, muito menos um artigo no 
singular.
�d) Correto! De um lado, o termo regente “semelhante” exige a preposição “a”. De outro, o termo 
regido “idealização” admite artigo definido feminino. Assim, ocorre crase, indicado com o em-
prego do acento grave: “semelhante à típica idealização divulgada”.
�e) Antes de “qualquer” não há artigo definido feminino.
Letra d.
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Crase
GRAMÁTICA
021. (FGV/TJ-CE/TÉCNICO JUDICIÁRIO/2019) “Todos aqueles que devem deliberar sobre ques-
tões dúbias devem também manter-se imunes ao ódio e à simpatia, à ira e ao sentimentalismo”.
Nesse pensamento de um historiador latino, ocorreu duas vezes a utilização correta do 
acento grave indicativo de que houve crase; a frase abaixo em que esse mesmo acento está 
equivocado é:
a) Quem perdoa uma culpa encoraja à cometer muitas outras;
b) A aspiração à glória é a última da qual se conseguem libertar os homens mais sábios;
c) Quem aspira à sumidade, raras vezes consegue passar do meio;
d) Veja o que ocorreu com muitos intelectuais, condenados à fama imortal;
e) Todos somos levados à obediência eterna a Deus.
Cuidado com o enunciado! A banca quer a opção com EQUÍVOCO, ou seja, a que está errada.
O erro está na opção A. O termo regente é o verbo ENCORAJAR, que, na construção, é transiti-
vo indireto (encorajar A fazer algo). Só que o termo regido é um VERBO, termo que não aceita 
artigo definido feminino, por isso o emprego do acento grave é inadequado.
Letra a.
022. (FCC/SABESP/TÉCNICO EM GESTÃO/2014) No trecho Refiro-me aos livros que foram 
escritos e publicados, mas estão – talvez para sempre – à espera de serem lidos (6º parágrafo), 
o uso do acento de crase obedece à mesma regra seguida em:
a) Comunique às minhas alunas que as provas estão corrigidas.
b) Acostumou-se àquela situação, já que não sabia como evitá-la.
c) Informou à paciente que os remédios haviam surtido efeito.
d) Vou ficar irritada se você não me deixar assistir à novela.
e) Acabou se confundindo, após usar à exaustão a velha fórmula.
Muitos candidatos podem ter errado a questão por não compreender o enunciado, por isso 
CUIDADO ao ler o comando da questão, viu? Não se apresse!!!
No enunciado, o examinador apresenta um caso de emprego do acento grave por LOCUÇÃO 
ADVERBIAL FEMININA: à espera de, e exige que o candidato identifique em qual das opções o 
acento grave foi usado seguindo a mesma regra.
Isso ocorreu na opção E: “usar à exaustão a velha fórmula”.
Note que, em todas as opções, o acento grave foi usado corretamente, então fico imaginando 
o pobre do candidato que, por não ter compreendido o enunciado, ficou procurando “pelo em 
ovo”...rs...
Letra e.
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Crase
GRAMÁTICA
023. (CESPE/BNB/ANALISTA DE SISTEMAS/2018)
O avião demorou a decolar, havia nevascas pela Europa, fui parar em Copenhague, perdi a 
conexão em Paris, me mandaram para Buenos Aires, mas gostei de chegar em casa quase 
à meia-noite. O menino já estaria dormindo, e mesmo a Vanda logo iria para a cama. Estaria 
bicando um vinho, ou fechando as cortinas, ou tomando um banho, ou em frente ao espelho, 
catando fios de cabelo branco, para mim era importante pegá-la desprevenida, queria ver com 
que gênero de surpresa me receberia. Girei a chave, na sala havia uma árvore de Natal, a Vanda 
estava no quarto, do corredor ouvi sua voz. Devo ter aberto a porta com muito ímpeto, pois a 
babá, que estava sentada na ponta da cama, se levantou num pulo. Mas o menino não se me-
xeu, continuou recostado na cabeceira com os olhos fitos na televisão.
Chico Buarque. Budapeste. São Paulo: Companhia das Letras, 2003 (com adaptações).
Julgue o item seguinte, relativo aos sentidos e a aspectos linguísticos do texto precedente.
O acento indicativo de crase em “à meia-noite” poderia ser suprimido, sem comprometimento 
da correção gramatical do texto, uma vez que é facultativo o uso de artigo definido feminino 
antes de termos que indicam horário, como “meia-noite”.
Por se tratar de uma locução adverbial feminina, a expressão “à meia-noite” não dispensa o 
emprego do acentograve e, por isso, a afirmação do examinador está incorreta.
Errado.
024. (FCC/TRT-3ª REGIÃO/ANALISTA JUDICIÁRIO/2015) Sete décadas depois − porção ín-
fima da história da humanidade −, aquele que foi chamado Dia da Vitória e comemorado louca-
mente nas ruas do mundo metamorfoseou-se em Dia das Esperanças Perdidas: a guerra não 
acabou. Os Aliados desvincularam-se, tornaram-se adversários. A guerra continua, está aí, es-
palhada pelo mundo, camuflada por diferentes nomenclaturas, inconfundível, salvo em breves 
hiatos sem hostilidades, porém com intensos ressentimentos.
Analise o comentário acerca do parágrafo acima:
Em salvo em breves hiatos sem hostilidades, a substituição do segmento destacado por “a ex-
ceção de” preserva o sentido e a correção originais.
Na expressão “à exceção de”, o núcleo da locução prepositiva é um termo feminino (exceção), 
por isso é obrigatório o emprego do acento grave.
Errado.
025. (FCC/TRT-9ª REGIÃO/ANALISTA/2015) Verifique se está correta a redação da frase que 
se encontra em:
Em Origem, Thomas Bernhard discorre sobre o período de sua formação em que, à procura de 
si mesmo, descobriu também a literatura.
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Crase
GRAMÁTICA
A banca tem certa obsessão pelas locuções femininas, viu?
Agora, a expressão em análise é “à procura de”. Como a palavra “procura” é um substantivo 
feminino (observe que se trata do substantivo “procura”, e não do verbo “procurar”), o acento é 
obrigatório. Portanto, a construção está correta.
Certo.
026. (FGV/TJ-AL/TÉCNICO JUDICIÁRIO/2018)
Ressentimento e Covardia
Tenho comentado aqui na Folha em diversas crônicas, os usos da internet, que se ressente 
ainda da falta de uma legislação específica que coíba não somente os usos mas os abusos 
deste importante e eficaz veículo de comunicação. A maioria dos abusos, se praticados em 
outros meios, seriam crimes já especificados em lei, como a da imprensa, que pune injúrias, di-
famações e calúnias, bem como a violação dos direitos autorais, os plágios e outros recursos 
de apropriação indébita.
No fundo, é um problema técnico que os avanços da informática mais cedo ou mais tarde co-
locarão à disposição dos usuários e das autoridades. Como digo repetidas vezes, me valendo 
do óbvio, a comunicação virtual está em sua pré-história.
Atualmente, apesar dos abusos e crimes cometidos na internet, no que diz respeito aos cronis-
tas, articulistas e escritores em geral, os mais comuns são os textos atribuídos ou deformados 
que circulam por aí e que não podem ser desmentidos ou esclarecidos caso por caso. Um 
jornal ou revista é processado se publicar sem autorização do autor um texto qualquer, ainda 
que em citação longa e sem aspas. Em caso de injúria, calúnia ou difamação, também. E em 
caso de falsear a verdade propositadamente, é obrigado pela justiça a desmentir e dar espaço 
ao contraditório.
Nada disso, por ora, acontece na internet. Prevalece a lei do cão em nome da liberdade de ex-
pressão, que é mais expressão de ressentidos e covardes do que de liberdade, da verdadeira 
liberdade.
(Carlos Heitor Cony, Folha de São Paulo, 16/05/2006 – adaptado)
“No fundo, é um problema técnico que os avanços da informática mais cedo ou mais tarde colo-
carão à disposição dos usuários e das autoridades”.
O acento grave indicativo da crase empregado nesse segmento é devido ao mesmo fator da 
seguinte frase:
a) À noite, todos os gatos são pardos;
b) Pagar à vista é coisa rara hoje em dia;
c) Entregou o livro à aluna;
d) Saiu à procura da namorada;
e) Ficava contente à proporção que superava os obstáculos.
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Crase
GRAMÁTICA
A expressão “à disposição de” é uma locução prepositiva feminina (a última palavra da locu-
ção é uma PREPOSIÇÃO) e, por isso, recebe acento grave. O mesmo ocorre na opção D, com a 
expressão prepositiva feminina “à procura de”.
A maldade da banca está em especificar que tipo de locução feminina teríamos na passa-
gem, e não apenas uma locução feminina qualquer. Note que, logo na primeira opção, a banca 
apresenta outra locução feminina, só que de valor ADVERBIAL (tempo). Em seguida, na opção 
B, a locução adverbial feminina “à vista” e, na opção E, a locução conjuntiva feminina “à pro-
porção que”.
Se o candidato não tomar cuidado, marca logo a opção A e parte para o abraço... de consolo, 
por ter errado. Leia tudo, com calma. Pense que a banca é seu maior adversário - tome cuidado 
na hora da prova!
Letra d.
027. (FCC/POLITEC AP/PERITO MÉDICO/2017) Julgue a correção gramatical da afirma-
ção abaixo.
Há pessoas que à partir da própria experiência, julgam que a morte possa ser sanada tal e qual 
a induziu o jovem aluno de medicina diante do velho professor.
Além de um problema de estruturação dos períodos e outro de pontuação, a forma “à partir de” 
não é aceita, pois não há acento grave em locuções que não sejam femininas. Acabamos de 
comentar isso, não é?
Errado.
028. (FCC/PREFEITURA DE MACAPÁ/EDUCADOR SOCIAL/2018) Há pouco, em belo artigo, 
anunciou-se num jornal “a morte da voz humana”. Nenhum exagero no título. Um software que 
“aperfeiçoa” a afinação dos cantores está criando padrões de perfeição inatingíveis para hu-
manos, oferecendo a recompensa sem esforço e tornando dispensáveis a vocação, o talento e 
o mérito na música popular. “É como se Ronaldinho Gaúcho usasse uma chuteira que acertas-
se o gol por si. Treinar pra quê?”
O grito de protesto foi dado por quem tem toda a autoridade para fazê-lo: João Marcello Bôs-
coli, músico, produtor e diretor de gravadora. Como se não bastasse, é filho de Elis Regina e 
do compositor Ronaldo Bôscoli, um dos criadores da bossa nova, e enteado do pianista César 
Camargo Mariano, com quem Elis se casou ao se separar de Bôscoli. Nunca houve gente mais 
exigente em música.
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Crase
GRAMÁTICA
Para João Marcello, pior até do que dar afinação a quem não tem, o programa faz com a voz o 
que outro já fez com a figura humana. Assim como um software de retoque fotográfico “gerou 
um padrão estético em que poros, rugas de expressão e outras características se tornaram 
defeitos”, o software de afinação passa o rodo e “corrige” tudo o que considera imperfeito num 
cantor: afinação, respiração, pausas, volume, alcance − sem se importar se pertencem à sua 
expressão e emoção.
Ele vai mais longe: “Hoje em dia, tomamos remédio quando sentimos tristeza, dopamos as 
crianças quando estão agitadas, passamos horas no computador quando nossa vida nos 
parece desinteressante” etc. − e “usamos softwares de afinação quando temos um cantor 
desafinado”.
O filho da cantora mais afinada do Brasil defende os desafinados no que eles têm de mais pre-
cioso: sua falível condição humana, essencial à obra de arte.
(Adaptado de: CASTRO, Ruy. A arte de querer bem: crônicas. Rio de Janeiro: Sextante, 2018. Edição digital)
Considerando-se o contexto, afirma-se corretamente:
a) No segmento sem se importar se pertencem à sua expressão e emoção (3º parágrafo), a 
crase pode ser suprimida semprejuízo da correção.
b) No segmento sua falível condição humana, essencial à obra de arte (último parágrafo), o si-
nal de crase pode ser suprimido sem prejuízo da correção.
c) O segmento sublinhado em Para João Marcello, pior até do que dar afinação a quem não tem 
(3º parágrafo) exprime noção de finalidade.
d) Na frase É como se Ronaldinho Gaúcho usasse uma chuteira que acertasse o gol por si (1º 
parágrafo), o pronome sublinhado retoma “Ronaldinho Gaúcho”.
e) Sem prejuízo da correção, o segmento Nenhum exagero no título (1º parágrafo) pode ser 
reescrito do seguinte modo: Não houve quaisquer exagero no título.
Antes de pronomes possessivos, o emprego do artigo é facultativo e, consequentemente, a 
ocorrência de crase. Assim, o acento grave poderia ser suprimido sem prejuízo ao aspecto 
gramatical em “pertencem à sua expressão e emoção”. Está certa a afirmação do examinador 
na opção A.
Vejamos as demais opções.
�b) O termo regente “essencial” exige a preposição A (algo é essencial A alguma coisa/alguém). 
O termo regido é “obra”, substantivo que aceita o artigo definido feminino. Por isso, ocorre cra-
se e o acento não poderia ser suprimido.
�c) Não há ideia de finalidade em “Para João Marcello”.
�d) O pronome relativo QUE retoma “chuteira”, e não “Ronaldinho Gaúcho”.
�e) A palavra “quaisquer” está no plural, mas o elemento a que se refere está no singular - erro 
de concordância.
Letra a.
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Crase
GRAMÁTICA
029. (FCC/TRT-23ª/ANALISTA/2016)
Nasci na Rua Faro, a poucos metros do Bar Joia, e, muito antes de ir morar no Leblon, o Jar-
dim Botânico foi meu quintal. Era ali, por suas aleias de areia cor de creme, que eu caminhava 
todas as manhãs de mãos dadas com minha avó. Entrávamos pelo portão principal e seguí-
amos primeiro pela aleia imponente que vai dar no chafariz. Depois, íamos passear à beira 
do lago, ver as vitórias-régias, subir as escadarias de pedra, observar o relógio de sol. Mas 
íamos, sobretudo, catar mulungu.
Mulungu é uma semente vermelha com a pontinha preta, bem pequena, menor do que um grão 
de ervilha. Tem a casca lisa, encerada, e em contraste com a pontinha preta seu vermelho é 
um vermelho vivo, tão vivo que parece quase estranho à natureza. É bonita. Era um verdadeiro 
prêmio conseguir encontrar um mulungu em meio à vegetação, descobrir de repente a casca 
vermelha e viva cintilando por entre as lâminas de grama ou no seio úmido de uma bromélia. 
Lembro bem com que alegria eu me abaixava e estendia a mão para tocar o pequeno grão, 
que por causa da ponta preta tinha uma aparência que a mim lembrava vagamente um olho.
Disse isso à minha avó e ela riu, comentando que eu era como meu pai, sempre prestava 
atenção nos detalhes das coisas. Acho que já nessa época eu olhava em torno com olhos 
mínimos. Mas a grandeza das manhãs se media pela quantidade de mulungus que me resta-
va na palma da mão na hora de ir para casa. Conseguia às vezes juntar um punhado, outras 
vezes apenas dois ou três. E é curioso que nunca tenha sabido ao certo de onde eles vinham, 
de que árvore ou arbusto caíam aquelas sementes vermelhas. Apenas sabíamos que surgiam 
no chão ou por entre as folhas e sempre numa determinada região do Jardim Botânico.
Mas eu jamais seria capaz de reconhecer uma árvore de mulungu. Um dia, procurei no dicioná-
rio e descobri que mulungu é o mesmo que corticeira e que também é conhecido pelo nome de 
flor-de-coral. ‘’Árvore regular, ornamental, da família das leguminosas, originária da Amazônia 
e de Mato Grosso, de flores vermelhas, dispostas em racimos multifloros, sendo as sementes 
do fruto do tamanho de um feijão (mentira!), e vermelhas com mácula preta (isto, sim)’’, dizia.
Mas há ainda um outro detalhe estranho – é que não me lembro de jamais ter visto uma 
dessas sementes lá em casa. De algum modo, depois de catadas elas desapareciam e hoje 
me pergunto se não era minha avó que as guardava e tornava a despejá-las nas folhagens 
todas as manhãs, sempre que não estávamos olhando, só para que tivéssemos o prazer de 
encontrá-las. O fato é que não me sobrou nenhuma e elas ganharam, talvez por isso, uma 
aura de magia, uma natureza impalpável. Dos mulungus, só me ficou a memória − essa me-
mória mínima.
(Adaptado de: SEIXAS, Heloísa. Semente da Memória. Disponível em: http://heloisaseixas.com.br)
Quanto à ocorrência de crase, considere as frases abaixo.
I – No segmento... encontrar um mulungu em meio à vegetação... (2º parágrafo), pode-se subs-
tituir corretamente o elemento sublinhado por “por entre”, sem que nenhuma outra alteração 
seja feita.
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Crase
GRAMÁTICA
II – No segmento Disse isso à minha avó e ela riu... (3º parágrafo), pode-se suprimir o artigo 
definido sem prejuízo para o sentido e a correção.
III – Uma redação correta para o segmento... na hora de ir para casa (3º parágrafo), caso se 
substitua a preposição “em” por “a”, é: “à hora de ir para casa”.
Está correto o que consta em
a) I, II e III.
b) I, apenas.
c) III, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I e II, apenas.
Vamos analisar cada uma das afirmações:
I – O examinador propõe trocar o elemento sublinhado em “em meio à vegetação” por “por en-
tre”. Acontece que, na expressão “por entre”, já existem duas preposições: por e entre. Não há 
a preposição “a”, que justificaria o emprego do acento grave, que, se você não percebeu, não foi 
sublinhado! Assim, segundo a proposta, a expressão seria “por entre à vegetação”, incorrendo 
em erro, pois antes de “vegetação”, só deveria haver o artigo “a”, e não a preposição “a” contra-
ída com o artigo “a”. ITEM ERRADO
II – Vimos ser facultativo o emprego do artigo antes de pronomes possessivos, o que torna 
“facultativo” o emprego do acento grave. Assim, estão certas as duas formas: “à minha avó” 
ou “a minha avó” (nesse último caso, haveria apenas a preposição a, sem artigo). ITEM CERTO
III – Precisamos reler a passagem do texto para análise.
Mas a grandeza das manhãs se media pela quantidade de mulungus que me restava na palma 
da mão na hora de ir para casa.
A preposição “em” indica momento, podendo ser substituída pela preposição “a”, sem nenhum 
problema. Veja alguns exemplos:
- Naquele momento, estava sozinho/Àquele momento, estava sozinho.
- Naquela hora da madrugada/Àquela hora da madrugada
Portanto, está correta a troca da preposição “em” pela preposição “a” na indicação de momen-
to. Como o substantivo “hora” está acompanhado de artigo, ocorre crase: “à hora de ir para 
casa”. ITEM CERTO
Estão certas as afirmativas II e III.
Letra d.
030. (FCC/DEFENSORIA RS/2011) A crase é facultativa em SOMENTE uma alternativa abaixo.
a) ...por toda sua carreira graças a pontas de cigarro... (linhas 2 e 3)
b) ...chegou”, disse a promotora pública no caso, Kathleen Rice. (linhas 54 e 55)
c) ...receber pena de 25 anos a prisão perpétua... (linha 20)
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Crase
GRAMÁTICA
d) ...ligou Roger Williams a uma ponta de cigarro... (linha 49)
e) ...dentro de seu carro em frente a sua casa... (linhas

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