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SISTEMA DE ENSINO DIREITO TRIBUTÁRIO Crédito Tributário Livro Eletrônico 2 de 83www.grancursosonline.com.br Crédito Tributário DIREITO TRIBUTÁRIO Sumário Apresentação ................................................................................................................................... 4 Crédito Tributário ............................................................................................................................ 5 Crédito Tributário ............................................................................................................................ 5 Modalidades de Lançamento ....................................................................................................... 6 Lançamento por Declaração ......................................................................................................... 6 Lançamento por Homologação .................................................................................................... 7 Lançamento de Ofício ou Direto .................................................................................................. 8 “Lançamento” por Arbitramento .................................................................................................. 9 Suspensão do Crédito Tributário ............................................................................................... 35 Moratória (Arts. 152, 153, 154 e 155 do CTN) ............................................................................ 36 Depósito Integral .......................................................................................................................... 37 Reclamações e Recursos Administrativos ..............................................................................38 Concessão de Medida Liminar em Mandado de Segurança e Concessão de Medida Liminar ou de Tutela Antecipada em outras Espécies de Ação Judicial ............................ 39 Parcelamento ................................................................................................................................. 39 Exclusão do Crédito Tributário ...................................................................................................40 Isenção ............................................................................................................................................40 Anistia .............................................................................................................................................. 41 Extinção do Crédito Tributário ...................................................................................................42 Pagamento (Arts. 157 a 163, CTN) ..............................................................................................42 Pagamento Indevido .....................................................................................................................44 Consignação em Pagamento (Art. 164, CTN) ........................................................................... 47 Compensação (Art. 170, CTN) .....................................................................................................48 Transação (Art. 171, CTN) .............................................................................................................49 Remissão .........................................................................................................................................49 Conversão de Depósito em Renda ............................................................................................. 50 Pagamento Antecipado e Homologação do Lançamento ..................................................... 50 O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANITA CARLA DE MOURA - 03208789297, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 3 de 83www.grancursosonline.com.br Crédito Tributário DIREITO TRIBUTÁRIO Decisão Administrativa Irreformável ....................................................................................... 50 Decisão Judicial Transitada em Julgada ....................................................................................51 Dação em Pagamento de Bens Imóveis ....................................................................................51 Decadência ......................................................................................................................................51 Prescrição ....................................................................................................................................... 52 O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANITA CARLA DE MOURA - 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Estamos trazendo todo o conteúdo relacionado ao crédito tributário, que inicialmente esta- va previsto para ser disponibilizado em duas aulas. Independentemente disso, estamos certos de que o tema não ficará penoso para o estudo em face do acréscimo do número de questões da banca. Vamos então ao nosso tópico da aula! O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANITA CARLA DE MOURA - 03208789297, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 5 de 83www.grancursosonline.com.br Crédito Tributário DIREITO TRIBUTÁRIO CRÉDITO TRIBUTÁRIO Crédito tributário Vimos que a obrigação tributária de pagar um tributo nasce a partir da prática do seu fato gerador previsto em lei. Ocorre que não basta a prática do fato gerador e a consequente obrigação de pagar o tri- buto para se constatar a existência do crédito tributário, é preciso que seja feita a sua devida constituição. Uma vez constituído o crédito tributário, por meio do lançamento, esse só pode ser extinto, modificado ou ter sua cobrança (exigibilidade) suspensa ou excluída conforme determinação legal. Primeiramente trataremos sobre a forma como se dá a constituição do crédito tributário (modalidades de lançamento), para, em seguida, tratarmos sobre as hipóteses de exclusão, suspensão e extinção do crédito tributário. Da análise do artigo 3 do CTN é possível identificar a constituição do crédito tributário como requisito para existência real de um tributo quando o legislador afirma que o tributo é “prestação cobrada por meio de atividade administrativa plenamente vinculada”. Nas palavras de Leandro Paulsen: Com o surgimento da relação jurídico-tributária, decorrente da incidência da norma tributária impo- sivita sobre o fato gerador, surgem o débito e o crédito tributários. Apenas quando formalizada (documentada) a sua existência e liquidez, porém, é que o CTN con- sidera constituído o crédito e que o Fisco pode opor ao contribuinte a sua existência e dele exigir seu cumprimento. Diz-se, então, que o crédito ganha exigibilidade, no sentido de o Fisco poder agir perante o contribuinte exigindo-lhe o pagamento. A referida formalização se dá por meio do ato administrativo de constituição do crédito tributário – lançamento, oportunidade em que: (i) é constatada a ocorrência do fato gerador da obrigação tributária; (ii) é determinada a matéria tributável; (iii) é calculado o valor do tributo devido; (iv) é identificado o sujeito passivo; (v) é proposta a penalidade cabível,se necessário. Essas previsões constam do art. 142, CTN. Art. 142. Compete privativamente à autoridade administrativa constituir o crédito tributário pelo lançamento, assim entendido o procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente, determinar a matéria tributável, calcular o montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo caso, propor a aplicação da penalidade cabível. Previu ainda o legislador ordinário que o lançamento é vinculado e obrigatório, de forma que aquele agente público que constatar a existência de uma obrigação tributária e não forma- lizar o crédito tributário (por meio de lançamento) será responsabilizado. CTN, Art. 142, Parágrafo único. A atividade administrativa de lançamento é vinculada e obrigatória, sob pena de responsabilidade funcional. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANITA CARLA DE MOURA - 03208789297, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 6 de 83www.grancursosonline.com.br Crédito Tributário DIREITO TRIBUTÁRIO Tal disposição está em consonância com o visto na aula que tratamos sobre o conceito de tributo, tendo em vista que a afirmação de que este é “atividade administrativa plenamente vinculada” é justamente afirmar que decorre de um ato obrigatório a ser realizado pelo agente administrativo. Em regra, o contribuinte pratica o fato gerador, nasce a obrigação tributária, mas só depois o crédito tributário é devidamente constituído. Por esta razão, o lançamento tem natureza de- claratória quanto à obrigação tributária e natureza constitutiva quanto ao crédito tributário. No que se refere à lei aplicável para lançar o tributo, considera-se a lei vigente no momento do fato gerador, ainda que esta já esteja revogada. Art. 144. O lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador da obrigação e rege-se pela lei então vigente, ainda que posteriormente modificada ou revogada. Sobre o assunto, o legislador destacou que há 3 hipóteses em que é possível utilizar le- gislação que for editada após o fato gerador: (i) se esta instituir novos critérios de apuração ou processos de fiscalização; (ii) se esta ampliar os poderes de investigação das autoridades administrativa; ou (iii) se esta outorgar ao crédito maiores garantias ou privilégios, exceto, para o efeito de atribuir responsabilidade tributária a terceiros. No parágrafo 2 do art. 144 do CTN, há, ainda uma ressalva de que nos casos em que os impostos sejam lançados por períodos certos de tempo não é possível utilizar legislação pos- teriormente editada como expresso acima. Assim, realizado o lançamento e tendo sido o sujeito passivo notificado da formalização do crédito tributário, só poderá o lançamento ser alterado por 3 razões (art. 145, CTN): (i) impug- nação do sujeito passivo; (ii) recurso de ofício; (iii) iniciativa de ofício da autoridade administra- tiva, nos casos previstos no artigo 149, CTN. ModAlidAdes de lAnçAMento Da análise dos dispositivos do CTN que tratam inicialmente do lançamento, conclui-se que a formalização do crédito tributário é ato exclusivo da autoridade administrativa, havendo ca- sos em que há maior auxílio do contribuinte para que seja efetuado o lançamento. Sendo as- sim, há distintas modalidades de lançamento do crédito tributário, veja: • lançamento misto ou por declaração; • lançamento por homologação; • lançamento direto ou de ofício. lAnçAMento por deClArAção Primeiramente, vamos tratar do lançamento por declaração, previsto no art. 147, CTN: O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANITA CARLA DE MOURA - 03208789297, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 7 de 83www.grancursosonline.com.br Crédito Tributário DIREITO TRIBUTÁRIO Art. 147. O lançamento é efetuado com base na declaração do sujeito passivo ou de terceiro, quan- do um ou outro, na forma da legislação tributária, presta à autoridade administrativa informações sobre matéria de fato, indispensáveis à sua efetivação. Nesta modalidade de lançamento, o contribuinte ou o responsável apresenta uma declara- ção à autoridade administrativa com informações exigidas pela legislação que dão subsídios para que seja feita a devida apuração do crédito tributário. Assim, este lançamento é realizado com auxílio do sujeito, de forma caso este não apre- sente a declaração conforme determinação legal, apresente fora do prazo ou não preste os devidos esclarecimentos à autoridade administrativa, esta promoverá o lançamento de ofício nos termos do art. 149, incisos II e III, CTN transcrito no tópico acima: Art. 149. O lançamento é efetuado e revisto de ofício pela autoridade administrativa nos seguintes casos: II – quando a declaração não seja prestada, por quem de direito, no prazo e na forma da legislação tributária; III – quando a pessoa legalmente obrigada, embora tenha prestado declaração nos termos do inciso anterior, deixe de atender, no prazo e na forma da legislação tributária, a pedido de esclarecimento formulado pela autoridade administrativa, recuse-se a prestá-lo ou não o preste satisfatoriamente, a juízo daquela autoridade. Quanto à possibilidade de retificação da declaração apresentada pelo sujeito passivo, é possível que o declarante retifique a sua declaração apenas se for para reduzir ou excluir o tributo, desde que comprove o erro, e o faça antes da notificação do lançamento. Já se for a própria autoridade administrativa a identificar os erros na declaração, ela poderá retificá-la de ofício no momento da revisão. Tais previsões constam dos parágrafos 1º e 2º do art. 147, CTN. § 1º A retificação da declaração por iniciativa do próprio declarante, quando vise a reduzir ou a ex- cluir tributo, só é admissível mediante comprovação do erro em que se funde, e antes de notificado o lançamento. § 2º Os erros contidos na declaração e apuráveis pelo seu exame serão retificados de ofício pela autoridade administrativa a que competir a revisão daquela. lAnçAMento por HoMologAção Quanto ao lançamento por homologação, previsto no art. 150, CTN, o próprio contribuinte calcula o valor do tributo devido e antecipa o seu pagamento antes mesmo de a autoridade administrativa examinar as peculiaridades do fato gerador e verificar se é mesmo aquele que deve o sujeito passivo efetivamente pagar. Art. 150. O lançamento por homologação, que ocorre quanto aos tributos cuja legislação atribua ao sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa, opera-se pelo ato em que a referida autoridade, tomando conhecimento da atividade assim exercida pelo obrigado, expressamente a homologa. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANITA CARLA DE MOURA - 03208789297, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 8 de 83www.grancursosonline.com.br Crédito Tributário DIREITO TRIBUTÁRIO § 2º Não influem sobre a obrigação tributária quaisquer atos anteriores à homologação, praticados pelo sujeito passivo ou por terceiro, visando à extinção total ou parcial do crédito. § 3º Os atos a que se refere o parágrafo anterior serão, porém, considerados na apuração do saldo porventura devido e, sendo o caso, na imposição de penalidade, ou sua graduação. Assim, o pagamento antecipado tem o condão de extinguir o crédito tributário, de forma que depois dessas ações realizadas pelo sujeito passivo (de prestar informações, apurar o tributo e pagá-lo)cabe ao fisco a homologação tácita ou expressa. § 1º O pagamento antecipado pelo obrigado nos termos deste artigo extingue o crédito, sob condi- ção resolutória da ulterior homologação ao lançamento. Caso a autoridade administrativa não homologue expressamente o pagamento em cinco anos da ocorrência do fato gerador, considera-se tacitamente homologado o lançamento e definitivamente extinto o crédito tributário, exceto se comprovado dolo, fraude ou má fé. Pontue-se, ainda, que embora tenhamos afirmado o prazo de 5 anos para que a homologa- ção expressa, a lei pode prever prazo diverso. § 4º Se a lei não fixar prazo a homologação, será ele de cinco anos, a contar da ocorrência do fato gerador; expirado esse prazo sem que a Fazenda Pública se tenha pronunciado, considera-se homo- logado o lançamento e definitivamente extinto o crédito, salvo se comprovada a ocorrência de dolo, fraude ou simulação. Ademais, se após analisar a declaração e o pagamento do tributo a autoridade administra- tiva identificar que ainda há valor a pagar pelo sujeito passivo, esta procederá ao lançamento de ofício para cobrança da quantia restante. Exemplos de tributos sujeitos a lançamento por homologação: IR, IPI, ICMS. lAnçAMento de ofíCio ou direto Já o lançamento por ofício ou direto, previsto no art. 149, CTN, é aquele em que a Fazenda Pública atua diretamente (i) pois não precisa de nenhum auxílio do sujeito passivo para efetuar o lançamento, já que possui todas as informações necessárias para tal; (ii) porque o sujeito passivo não age conforme determinação legal para auxiliá-la nos casos de lançamento por declaração ou por homologação e ela necessita apurar diretamente o valor do tributo devido (hipótese em que o lançamento de ofício será realizado de forma supletiva); ou (iii) por identifi- car atos fraudulentos, dolosos ou de má-fé praticados pelo sujeito passivo ou terceiro em seu benefício. Art. 149. O lançamento é efetuado e revisto de ofício pela autoridade administrativa nos seguintes casos: I – quando a lei assim o determine; II – quando a declaração não seja prestada, por quem de direito, no prazo e na forma da legislação tributária; O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANITA CARLA DE MOURA - 03208789297, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 9 de 83www.grancursosonline.com.br Crédito Tributário DIREITO TRIBUTÁRIO III – quando a pessoa legalmente obrigada, embora tenha prestado declaração nos termos do inciso anterior, deixe de atender, no prazo e na forma da legislação tributária, a pedido de esclarecimento formulado pela autoridade administrativa, recuse-se a prestá-lo ou não o preste satisfatoriamente, a juízo daquela autoridade; IV – quando se comprove falsidade, erro ou omissão quanto a qualquer elemento definido na legis- lação tributária como sendo de declaração obrigatória; V – quando se comprove omissão ou inexatidão, por parte da pessoa legalmente obrigada, no exer- cício da atividade a que se refere o artigo seguinte; VI – quando se comprove ação ou omissão do sujeito passivo, ou de terceiro legalmente obrigado, que dê lugar à aplicação de penalidade pecuniária; VII – quando se comprove que o sujeito passivo, ou terceiro em benefício daquele, agiu com dolo, fraude ou simulação; VIII – quando deva ser apreciado fato não conhecido ou não provado por ocasião do lançamento anterior; IX – quando se comprove que, no lançamento anterior, ocorreu fraude ou falta funcional da autorida- de que o efetuou, ou omissão, pela mesma autoridade, de ato ou formalidade especial. Parágrafo único. A revisão do lançamento só pode ser iniciada enquanto não extinto o direito da Fazenda Pública. Exemplos de tributos sujeitos a lançamento de ofício: taxas, contribuições de melhoria, COSIP, IPTU. “lAnçAMento” por ArbitrAMento O “lançamento” por arbitramento está previsto no art. 148, CTN: Art. 148. Quando o cálculo do tributo tenha por base, ou tome em consideração, o valor ou o preço de bens, direitos, serviços ou atos jurídicos, a autoridade lançadora, mediante processo regular, arbitrará aquele valor ou preço, sempre que sejam omissos ou não mereçam fé as declarações ou os esclare- cimentos prestados, ou os documentos expedidos pelo sujeito passivo ou pelo terceiro legalmente obrigado, ressalvada, em caso de contestação, avaliação contraditória, administrativa ou judicial. Como se vê, o legislador afirma que o Fisco arbitra o valor ou preço sobre o qual recairá o cálculo do tributo, quando (i) os valores sejam omitidos pelo sujeito passivo ou terceiro, ou quando (ii) as declarações, documentos e esclarecimentos prestados pelo sujeito passivo ou terceiro não mereçam fé. Ressalte-se que parte da doutrina entende que o referido arbitramento é um tipo de lança- mento, mas outra parte conclui que este é somente um critério utilizado para apuração do valor do tributo devido, posição essa mais utilizada em provas. Note que, no fundo, o que é arbitrado é a base de cálculo e não o lançamento em si, que acaba sendo realizado de ofício pela autoridade administrativa. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANITA CARLA DE MOURA - 03208789297, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 10 de 83www.grancursosonline.com.br Crédito Tributário DIREITO TRIBUTÁRIO Ademais, no final do dispositivo supratranscrito, em consonância com o princípio do con- traditório e da ampla defesa, fica assegurado ao sujeito passivo a possibilidade de contestar o valor arbitrado, seja na via administrativa ou judicial. Vamos resolver algumas questões da banca. 001. (CEBRASPE/CESPE/PROC/PGE-BA/2014) De acordo com determinada norma tributá- ria, a venda de mercadoria gera a necessidade de registro contábil e do pagamento do tributo devido. A respeito desse tema, julgue o item seguinte. Suponha que aquele que esteja diretamente vinculado ao fato gerador não realize o registro, mas pague o tributo. Nessa situação, caso seja aplicada pena pecuniária pelo descumprimen- to da obrigação referente ao registro contábil, por meio de lançamento tributário definitivo, fica constituído o crédito tributário. Nessa situação, como o contribuinte deixou de executar uma etapa do processo tributário, ele estará sujeito às penalidades pecuniárias cabíveis. Mesmo que o sujeito passivo tenha efetua- do o pagamento do tributo, a autoridade administrativa deverá efetuar o lançamento referente à penalidade, dando, assim, origem ao crédito tributário. Note que o lançamento e definitivo e constitui o crédito tributário. Certo. 002. (CEBRASPE/CESPE/ADV/AGU/2006) A existência de Estado se deve ao fato de que uma sociedade, para sobreviver, precisa se organizar e fazer com que certos objetivos sejam alcan- çados ou ao menos perseguidos incansavelmente. Para poder funcionar e cumprir seus deter- minados fins, o Estado necessita desenvolver atividades financeiras, arrecadando recursos. Cláudio Borba. Direito tributário. Impetus, 8.ª ed. 2001, p. 2 (com adaptações). Os recursos mencionados no texto acima vêm, em parte, da arrecadação de tributos. No que se refere aos conceitos do direito tributário, à luz da legislação vigente e da Constituição Fede- ral, julgue o item subsequente. Se determinada circunstância gerar uma alteração em um crédito tributário, tal fato não afetará a obrigação que originou tal crédito. É importante ressaltar que o crédito tributário e a obrigação tributária acontecem em momen- tos diferentes, apesar de estarem interligados. A existência da obrigação não garante o paga- mento do tributo, isso só ocorre mediante o lançamento do crédito, assim sendo, esseO conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANITA CARLA DE MOURA - 03208789297, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 11 de 83www.grancursosonline.com.br Crédito Tributário DIREITO TRIBUTÁRIO crédito pode sofrer alterações, mas não alcança a obrigação, conforme preconiza o CTN em seu artigo 140: Art. 140. As circunstâncias que modificam o crédito tributário, sua extensão ou seus efeitos, ou as garantias ou os privilégios a ele atribuídos, ou que excluem sua exigibilidade não afetam a obrigação tributária que lhe deu origem. Certo. 003. (CEBRASPE/CESPE/ADV/AGU/2006) O direito tributário tem nuanças particulares que o diferenciam significativamente das normas do direito privado. Isso se explica, em parte, pelo poder de império do Estado e pela supremacia do todo em detrimento do particular. Conside- rando as particularidades das normas tributárias, julgue o item seguinte. O crédito tributário não tem a sua natureza jurídica alterada pela natureza das garantias que lhe são atribuídas. O crédito tributário não sofrerá nenhuma alteração na sua natureza jurídica em virtude de ga- rantias que, porventura, sejam a ele atribuídas. Note o artigo 183 do CTN, em especial o seu parágrafo único. Art. 183. A enumeração das garantias atribuídas neste Capítulo ao crédito tributário não exclui ou- tras que sejam expressamente previstas em lei, em função da natureza ou das características do tributo a que se refiram. Parágrafo único. A natureza das garantias atribuídas ao crédito tributário não altera a natureza deste nem a da obrigação tributária a que corresponda. Certo. 004. (CEBRASPE/CESPE/AJ/STJ/JUDICIÁRIA/OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDE- RAL/2018) À luz das disposições do Código Tributário Nacional (CTN), julgue o item a seguir. Em regra, a constituição do crédito tributário é regida pela legislação vigente na data do venci- mento do tributo. Na verdade, a legislação aplicada nesses casos deve ser baseada na lei que estava vigente no momento da ocorrência do fato gerador e não na data do vencimento do tributo. Lembre-se que o lançamento ocorre após o fato gerador acontecer, pois se refere a fatos preté- ritos. Dessa forma, o que vale como referência para a autoridade administrativa é o momento do fato gerador, ainda que posteriormente a lei seja modificada ou revogada. Portanto, a ques- tão está errada. Note o disposto no artigo 144 do CTN: O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANITA CARLA DE MOURA - 03208789297, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 12 de 83www.grancursosonline.com.br Crédito Tributário DIREITO TRIBUTÁRIO Art. 144. O lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador da obrigação e rege-se pela lei então vigente, ainda que posteriormente modificada ou revogada. Errado. 005. (CEBRASPE/CESPE/PROC/PREFEITURA DE MANAUS/2018) Julgue o item que se se- gue à luz do que dispõe o Código Tributário Nacional. O lançamento regularmente notificado ao sujeito passivo pode ser modificado em razão do provimento de recurso de ofício. Exatamente, essa é uma das modalidades de modificação do lançamento, prevista pelo CTN. Caso a autoridade não concorde com sua própria decisão no lançamento, ela pode remeter esse processo à segunda instância, a fim de que seja analisado e, se necessário, seja feita a devida modificação. Essa prática é também conhecida como recurso de ofício, pois a própria administração pede a revisão de suas decisões. Esse é um recurso que o auditor pode utilizar nos casos em que o contribuinte já foi notificado. Assim sendo, podemos considerar que a questão está correta. Note o disposto no artigo 145 do CTN: Art. 145. O lançamento regularmente notificado ao sujeito passivo só pode ser alterado em virtude de: I – impugnação do sujeito passivo; II – recurso de ofício; III – iniciativa de ofício da autoridade administrativa, nos casos previstos no artigo 149. Certo. 006. (CEBRASPE/CESPE/ANA PORT III/EMAP/JURÍDICA/2018) Julgue o item a seguir, rela- tivo ao lançamento e à execução fiscal. O lançamento por homologação, também denominado pela doutrina como autolançamento, exige a antecipação do pagamento do tributo sem prévio exame da autoridade administrativa. Isso mesmo, essa é uma das modalidades de lançamento, na qual o contribuinte deve pagar o tributo de forma antecipada. Isso acontece sem prévia análise da autoridade administrativa. A apreciação do valor pago será feita posteriormente pela autoridade administrativa e, em segui- da, feita a homologação, caso esteja tudo certo, claro. Note o disposto no artigo 150 do CTN: Art. 150. O lançamento por homologação, que ocorre quanto aos tributos cuja legislação atribua ao sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa, opera-se pelo ato em que a referida autoridade, tomando conhecimento da atividade assim exercida pelo obrigado, expressamente a homologa. Certo. 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A autoridade ad- ministrativa deverá fazer a conversão em moeda nacional e deverá tomar como base o dia da ocorrência do fato gerador. Note a redação do CTN: Art. 143. Salvo disposição de lei em contrário, quando o valor tributário esteja expresso em moeda estrangeira, no lançamento far-se-á sua conversão em moeda nacional ao câmbio do dia da ocor- rência do fato gerador da obrigação. Certo. 008. (CEBRASPE/CESPE/PROC MUN/PREFEITURA DE FORTALEZA/2017) No que se refere à teoria do tributo e das espécies tributárias, julgue o item seguinte. No que concerne à atividade de cobrança de tributo, não se admite avaliação do mérito ad- ministrativo pelo agente público, uma vez que o motivo e o objeto da atividade administrativa fiscal são plenamente vinculados. O lançamento do crédito tributário é um ato plenamente vinculado e obrigatório, por isso não é admitida nenhuma avaliação de oportunidade ou conveniência por parte do agente público. Além disso, o auditor está sujeito a pena de responsabilidade funcional, em caso de não cum- primento da lei. Sendo assim, podemos afirmar que a questão está correta. Art. 142. Compete privativamente à autoridade administrativa constituir o crédito tributário pelo lançamento, assim entendido o procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente, determinar a matéria tributável, calcular o montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo caso, propor a aplicação da penalidade cabível. Parágrafo único. A atividade administrativa de lançamento é vinculada e obrigatória, sob pena de responsabilidade funcional. Certo. 009. (CEBRASPE/CESPE/PROC MUN/PREFEITURA DE FORTALEZA/2017) Considerando os dispositivos do CTN e a jurisprudênciado STJ em relação ao ato administrativo do lançamento e à atividade desenvolvida para a constituição do crédito tributário, julgue o próximo item. 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Além disso, o entendimento do STJ é de que a declaração entregue pelo contribuinte, reco- nhecendo o tributo devido, enseja a constituição do crédito tributário, sem necessitar de mais providências por parte da autoridade administrativa. Note a posição do STJ: A entrega de declaração pelo contribuinte reconhecendo débito fiscal constitui o crédito tributário, dispensada qualquer outra providência por parte do fisco. (Súmula 436, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 14/04/2010, DJe 13/05/2010). Errado. 010. (CEBRASPE/CESPE/PROC MUN/PREFEITURA DE FORTALEZA/2017) Considerando os dispositivos do CTN e a jurisprudência do STJ em relação ao ato administrativo do lançamento e à atividade desenvolvida para a constituição do crédito tributário, julgue o próximo item. Não havendo prévia instauração de processo administrativo fiscal, será nulo o lançamento do imposto sobre transmissão de bens imóveis e de direitos a eles relativos no caso de existir divergência entre a base de cálculo declarada pelo contribuinte e o valor arbitrado pela admi- nistração tributária. O arbitramento é uma técnica de definição da base de cálculo que a autoridade administrativa utiliza para calcular o valor do tributo em situações em que o contribuinte declara um valor ni- tidamente inferior, comete alguma omissão ou tenha indícios de má fé. É importante destacar que essa técnica só pode ser utilizada quando existir a abertura de um procedimento adminis- trativo fiscal, pois só assim será válido o lançamento de ofício por parte da autoridade. A ins- tauração de processo administrativo fiscal dá oportunidade ao contribuinte de apresentar a defesa em caso de descontentamento com o valor atribuído pelo fisco. O STJ tem entendido que não se pode lançar o imposto por arbitramento sem que ele seja derivado de processo administrativo fiscal instaurado, caso isso aconteça será considerado nulo. Note o julgado: Ementa Resp 1725761 TRIBUTÁRIO. ITBI. BASE DE CÁLCULO. VALOR REAL DE MERCADO DO IMÓVEL. VALOR VENAL DO IPTU OU VALOR DECLARADO EM CARTÓRIO NO NEGÓCIO JURÍDICO. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANITA CARLA DE MOURA - 03208789297, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 15 de 83www.grancursosonline.com.br Crédito Tributário DIREITO TRIBUTÁRIO DESNECESSIDADE. JURISPRUDÊNCIA DO STJ. Trata-se, na origem, de Mandado de Segu- rança destinado a afastar a possibilidade de o Município de São João da Boa Vista/SP fixar como base de cálculo do Imposto de Transmissão de Bens Imóveis por outro critério senão o do valor venal estabelecido para o IPTU ou o valor do negócio jurídico declarado pelos compradores ao Cartório de Registro Imobiliário. O STJ já firmou jurisprudência no sentido da possibilidade de o Município, no exercício da sua competência tributária, vir a arbitrar o valor do ITBI pelo valor real de mercado do imóvel, não ficando adstrito ao valor venal fixado para o IPTU, nem aquele declarado pelo comprador e vendedor no ato do registro imobiliário do negócio jurídico celebrado. Exige-se, apenas, que o arbitramento da base de cálculo seja precedido de regular processo administrativo. Precedentes: AgRg no AREsp 847.280/PR, Rel. Ministro Humberto Martins, Segunda Turma, julgado em 10/03/2016, DJe 17/03/2016; AgRg no REsp 1550035/SP, Rel. Ministro Mauro Campbell Marques, Segunda Turma, julgado em 27/10/2015, DJe 05/11/2015; AgRg no AREsp 547.755/PR, Rel. Ministro Herman Benjamin, Segunda Turma, julgado em 16/10/2014, DJe 30/10/2014. Recurso Especial provido. Acórdão Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as acima indicadas, acordam os Ministros da Segunda Turma do Superior Tribunal de Justiça: “”A Turma, por unanimi- dade, deu provimento ao recurso, nos termos do voto do(a) Sr(a). Ministro(a)-Relator(a).” Os Srs. Ministros Og Fernandes, Mauro Campbell Marques, Assusete Magalhães e Fran- cisco Falcão (Presidente) votaram com o Sr. Ministro Relator.” Certo. 011. (CEBRASPE/CESPE/AFCE/TCE-SC/CONTROLE EXTERNO/DIREITO/2016) No exercí- cio do controle fiscal, o tribunal de contas identificou que a secretaria de fazenda do estado vinha, de forma contumaz, retardando por mais de cinco anos a constituição de muitos dos créditos tributários oriundos de tributos sujeitos a lançamento de ofício, fato que gerou, como consectário lógico, a impossibilidade de cobrar do contribuinte o crédito tributário. Nesses ca- sos, não havia possibilidade de a autoridade competente realizar o lançamento. A respeito dessa situação hipotética e de aspectos legais a ela relacionados, julgue o item que se segue. Considerando-se que, nessa situação, não tenha havido anulação de lançamento por vício for- mal, os tributos referidos deveriam ter sido lançados em até cinco anos, contados do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado. A decadência é a perda do direito da Fazenda Pública de realizar o lançamento do crédito tributário é está prevista no art. 173, CTN: O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANITA CARLA DE MOURA - 03208789297, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 16 de 83www.grancursosonline.com.br Crédito Tributário DIREITO TRIBUTÁRIO Art. 173. O direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário extingue-se após 5 (cinco) anos, contados: I – do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado; II – da data em que se tornar definitiva a decisão que houver anulado, por vício formal, o lançamento anteriormente efetuado. Parágrafo único. O direito a que se refere este artigo extingue-se definitivamente com o decurso do prazo nele previsto, contado da data em que tenha sido iniciada a constituição do crédito tributário pela notificação, ao sujeito passivo, de qualquer medida preparatória indispensável ao lançamento. Como se vê o prazo decadencial é de 5 anos e começa a contar no primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ser efetuado. Certo. 012. (CEBRASPE/CESPE/AFCE/TCE-SC/CONTROLE EXTERNO/DIREITO/2016) No exercí- cio do controle fiscal, o tribunal de contas identificou que a secretaria de fazenda do estado vinha, de forma contumaz, retardando por mais de cinco anos a constituição de muitos dos créditos tributários oriundos de tributos sujeitos a lançamento de ofício, fato que gerou, como consectário lógico, a impossibilidade de cobrar do contribuinte o crédito tributário. Nesses ca- sos, não havia possibilidade de a autoridade competente realizar o lançamento.A respeito dessa situação hipotética e de aspectos legais a ela relacionados, julgue o item que se segue. Caso um contribuinte apresente a declaração exigida por lei e efetive o pagamento antecipado de tributos sujeitos ao lançamento por homologação, desde que inexistente lei estadual que fixe prazo distinto, o prazo para a homologação será de cinco anos, contados da efetiva ocor- rência do fato gerador de cada tributo. Exatamente, quando não há legislação definindo o prazo que a Fazenda tem para efetuar a homologação, o CTN, em seu art. 150, § 4º, orienta que será utilizado o prazo de cinco anos, tomando como base a data da ocorrência do fato gerador para a contagem do referido tempo. Se o fisco não homologar dentro desse período, o crédito tributário será considerado extinto, e consequentemente, homologado. Art. 150. O lançamento por homologação, que ocorre quanto aos tributos cuja legislação atribua ao sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa, opera-se pelo ato em que a referida autoridade, tomando conhecimento da atividade assim exercida pelo obrigado, expressamente a homologa. § 4º Se a lei não fixar prazo a homologação, será ele de cinco anos, a contar da ocorrência do fato gerador; expirado esse prazo sem que a Fazenda Pública se tenha pronunciado, considera-se homo- logado o lançamento e definitivamente extinto o crédito, salvo se comprovada a ocorrência de dolo, fraude ou simulação. Certo. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANITA CARLA DE MOURA - 03208789297, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 17 de 83www.grancursosonline.com.br Crédito Tributário DIREITO TRIBUTÁRIO 013. (CEBRASPE/CESPE/AUD CE/TCE-PA/PROCURADORIA/2016) Com base nas normas gerais e constitucionais de direito tributário, julgue o item que se segue. Situação hipotética: Elza foi notificada em 28/3/2016 a pagar imposto que tinha sido objeto de processo então transitado em julgado. Após o trânsito em julgado do processo, adveio lei que excluiu dos fatos geradores da exação a situação discutida. Assertiva: Nessa situação, Elza tem direito de não pagar o imposto. Nesse caso, Elza terá que pagar o imposto, mesmo que o fato gerador seja excluído da legisla- ção. Lembre-se que o tributo é cobrado com base no momento da ocorrência do fato gerador, assim sendo, no instante em que ele ocorreu, Elza enquadrava-se na qualidade de contribuinte, ou seja, o fato foi consumado e o imposto deverá ser pago. Errado. 014. (CEBRASPE/CESPE/AUD CE/TCE-PA/PROCURADORIA/2016) Com base nas normas gerais e constitucionais de direito tributário, julgue o item que se segue. A constituição de um crédito tributário pode ser ato unilateral da administração pública, bem como pode depender de declaração do contribuinte. Isso mesmo, o fisco pode constituir o crédito tributário sem a necessidade da participação do contribuinte. Esse tipo de situação acontece no lançamento de ofício, em que o auditor lança o crédito sem necessitar que o contribuinte preste informações e nem pague o imposto ante- cipado, ou seja, ele faz tudo sozinho. Ainda sobre a constituição do crédito tributário, há o lançamento por declaração, em que o con- tribuinte fornece informações de fato para que o fisco constitua o crédito tributário e o sujeito passivo, posteriormente, efetue o pagamento. Existe ainda o lançamento por homologação, que é aquele em que o contribuinte declara o imposto e efetua o pagamento de forma antecipada, sem prévio exame do fisco, assim, a Fa- zenda terá cinco anos, a contar da data do fato gerador, para homologar o lançamento, salvo se comprovada a ocorrência de dolo, fraude ou simulação. Certo. 015. (CEBRASPE/CESPE/AUD CE/TCE-PA/FISCALIZAÇÃO/DIREITO/2016) A sociedade empresária XYZ, que tem por objeto social o comércio de roupas e acessórios, encontra es- tabelecida em Belém – PA. No desenvolvimento de sua atividade empresarial, essa pessoa jurídica prestava as declarações exigidas pela legislação tributária relativamente ao imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e prestação de serviço de transporte O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANITA CARLA DE MOURA - 03208789297, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 18 de 83www.grancursosonline.com.br Crédito Tributário DIREITO TRIBUTÁRIO interestadual e intermunicipal e de comunicação (ICMS) e efetuava o pagamento antecipado do crédito tributário. A partir de dezembro de 2011, embora a sociedade empresária tenha continuado a enviar as declarações, deixou de efetuar o pagamento do valor correspondente à obrigação principal. Em fevereiro de 2016, a secretaria de fazenda estadual identificou, me- diante fiscalização no estabelecimento empresarial, o descumprimento das obrigações prin- cipal e acessórias relativas ao pagamento do ICMS, tais como a emissão de notas fiscais e preenchimento de livro fiscal obrigatório. A respeito dessa situação hipotética, julgue o item seguinte. A declaração de ICMS realizada pelo contribuinte constitui o crédito tributário, de modo que não há a necessidade de realização do ato de lançamento por homologação, iniciando-se o prazo prescricional desde o transcurso do prazo de vencimento da obrigação principal. Nessa questão é necessário ficar atento às peculiaridades do lançamento por homologação, quando a declaração: • Declarada e Paga: o prazo para homologação será contado a partir da ocorrência do fato gerador e o fisco terá cinco anos para homologar o lançamento; • Declarada e Não paga: o prazo prescricional será contado a partir da data do vencimen- to da obrigação e a Fazenda terá um prazo de cinco anos para pleitear a cobrança por vias judiciais. Segundo a Súmula 436, do STJ, quando o contribuinte entrega a declara- ção, ele está reconhecendo o débito existente e, dessa forma, é dispensada qualquer outra providência por parte do fisco; • Não declarada e Não paga: o prazo decadencial será contado a partir do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado. Atente-se para a diferença entre o prazo decadencial e prescricional. O primeiro está relaciona- do ao direito de lançar, já o segundo está ligado ao direito de cobrar (o crédito já constituído) o tributo por meio de ação de execução fiscal. Tendo como referência as informações apresentadas acima, fica fácil para afirmar que a ques- tão está correta, pois na situação descrita o contribuinte declarou e não pagou. Nesse caso, abre-se o prazo prescricional para a cobrança, tendo como referência para a contagem, o ven- cimento do tributo. Certo. 016. (CEBRASPE/CESPE/ANA MPU/MPU/APOIO TÉCNICO ESPECIALIZADO/FINANÇAS E CONTROLE/2015) Em relação a crédito e obrigações tributárias, fato gerador e domicílio tri- butário, julgue o item que se segue. Os lançamentos do IPTU e do IPVA são tipicamente da espécie por homologação, pois o con- tribuinte pode calculá-los e pagá-los antecipadamente, por iniciativa própria. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANITA CARLA DE MOURA - 03208789297, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 19 de 83www.grancursosonline.com.br Crédito Tributário DIREITO TRIBUTÁRIO Na verdade, o lançamento para os dois casos descritos na questão será o lançamento de ofício e não por homologação, pois o fisco dispõe das informações dos contribuintes, dessa forma, não será necessária a participaçãodo sujeito passivo para calcular o imposto. Como o fato gerador é ter patrimônio, cada ente tem seu banco de dados, o que facilita na hora de calcular e lançar o imposto. Errado. 017. (CEBRASPE/CESPE/CONT/FUB/2015) Com relação ao Sistema Tributário Nacional (STN), julgue o item subsecutivo. O ato denominado lançamento compete à autoridade tributária tendente a constituir o crédito tributário. Questão com redação muito complicada proposta pela banca. Note a base legal: Art. 142. Compete privativamente à autoridade administrativa constituir o crédito tributário pelo lançamento, assim entendido o procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente, determinar a matéria tributável, calcular o montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo caso, propor a aplicação da penalidade cabível. Parágrafo único. A atividade administrativa de lançamento é vinculada e obrigatória, sob pena de responsabilidade funcional. De acordo com o CTN, o lançamento é um procedimento administrativo tendente à constituição do Crédito Tributário. Como procedimento, pode ser visto, sim como tendente a tal situação. Parte da doutrina entende que esse procedimento administrativo culmina com um ATO admi- nistrativo, o qual constitui efetivamente o crédito. Note que no procedimento se verifica a ocorrência do fato gerador da obrigação correspon- dente, determina-se a matéria tributável, calcula-se o montante do tributo devido, identifica-se o sujeito passivo e, sendo caso, propor-se a aplicação da penalidade cabível. Todo esse proce- dimento culmina, então, com um ATO. O Ato constitui o crédito. É por isso que a redação da assertiva está mal feita em nosso entender, tendo em conta que o lançamento – considerado como um ato – não é tendente a constituir o crédito, mas sim a sua efetiva constituição. Caracterizar o lançamento como procedimento administrativo tendente à constituição do cré- dito seria mais correto, tendo por base a literalidade do CTN. Inobstante isso, a banca considerou a assertiva correta. Certo. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANITA CARLA DE MOURA - 03208789297, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 20 de 83www.grancursosonline.com.br Crédito Tributário DIREITO TRIBUTÁRIO 018. (CEBRASPE/CESPE/CONT/FUB/2015) Com relação ao Sistema Tributário Nacional (STN), julgue o item subsecutivo. A alíquota tributária consiste no percentual a ser aplicado sobre a base de cálculo para deter- minar o valor do tributo. Exatamente, a alíquota é um percentual aplicado sobre a base de cálculo (grandeza econô- mica). Nesse sentido, podemos citar o ICMS, que pode cobrar 17% (percentual fictício) sobre o valor de determinada mercadoria vendida, por exemplo. Já para a alíquota específica, será multiplicado um valor próprio sobre cada unidade do bem, nesse caso, podemos mencionar a cobrança de R$ 2,85 em cada garrafa de bebida, por exemplo. No primeiro caso, temos um per- centual sobre a base de cálculo (ad valorem) e no segundo temos um valor sobre cada unidade (fixa), portanto, a questão está correta. Certo. 019. (CEBRASPE/CESPE/ASS JUR/TCE-RN/TÉCNICO JURÍDICO/2015) A empresa Tripoli Ltda. recolheu ICMS a mais durante determinado período de 2013 em face de errônea interpre- tação da legislação tributária. Independentemente de protesto, a pessoa jurídica ajuizou ação de repetição de indébito em 2015. Ao despachar a demanda, o juízo competente exigiu que a contribuinte demonstrasse a assunção do ICMS ou que estivesse autorizada por quem o assu- miu para demandar contra a fazenda pública. Considerando essa situação hipotética, a interpretação do direito tributário, crédito tributário, repetição de indébito e ICMS, julgue o item a seguir. A modificação da interpretação da legislação tributária possui eficácia ex nunc, quando rea- lizada pela fazenda pública, e o erro do contribuinte na interpretação da legislação tributária pode ensejar a retificação da declaração no lançamento por declaração, desde que antes da notificação. Exatamente, os efeitos causados pela modificação na interpretação da legislação tributária têm efeito ex nunc, ou seja, a inovação será aplicada nos casos posteriores a essa mudança. Art. 146. A modificação introduzida, de ofício ou em consequência de decisão administrativa ou judicial, nos critérios jurídicos adotados pela autoridade administrativa no exercício do lançamento somente pode ser efetivada, em relação a um mesmo sujeito passivo, quanto a fato gerador ocorri- do posteriormente à sua introdução. Também é possível a retificação da declaração por parte do contribuinte antes da notificação, conforme preconiza o CTN, em seu art. 147, §1º. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANITA CARLA DE MOURA - 03208789297, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 21 de 83www.grancursosonline.com.br Crédito Tributário DIREITO TRIBUTÁRIO Art. 147. O lançamento é efetuado com base na declaração do sujeito passivo ou de terceiro, quan- do um ou outro, na forma da legislação tributária, presta à autoridade administrativa informações sobre matéria de fato, indispensáveis à sua efetivação. § 1º A retificação da declaração por iniciativa do próprio declarante, quando vise a reduzir ou a ex- cluir tributo, só é admissível mediante comprovação do erro em que se funde, e antes de notificado o lançamento. Certo. 020. (CEBRASPE/CESPE/CONT/MTE/2014) Julgue o item a seguir, relativo ao tratamento contábil aplicável aos impostos e às contribuições. Na modalidade por homologação, o lançamento tributário é efetuado com base na declaração do sujeito passivo, que, por sua vez, presta informações à autoridade administrativa sobre a matéria de fato. Na verdade, a questão traz o conceito da modalidade por declaração e não por homologação. A característica principal da homologação é que o contribuinte declara e paga antecipada- mente o tributo por ele informado, e num momento posterior, o auditor faz a homologação do tributo. Por fazer essa inversão de conceitos, podemos afirmar que a questão está errada. Art. 147. O lançamento é efetuado com base na declaração do sujeito passivo ou de terceiro, quan- do um ou outro, na forma da legislação tributária, presta à autoridade administrativa informações sobre matéria de fato, indispensáveis à sua efetivação. Art. 150. O lançamento por homologação, que ocorre quanto aos tributos cuja legislação atribua ao sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa, opera-se pelo ato em que a referida autoridade, tomando conhecimento da atividade assim exercida pelo obrigado, expressamente a homologa. Errado. 021. (CEBRASPE/CESPE/ERSPT/ANATEL/DIREITO/2014) Acerca de crédito tributário e lan- çamento tributário, julgue o item subsequente, de acordo as disposições do CTN. Considere que um contribuinte tenha feito uma declaração necessária à elaboração de um lan- çamento tributário. Considere, ainda, que, posteriormente, ele tenha pretendido retificá-la, por ter observado que o valor do tributo que dela resultaria seria superior ao devido. Nessa situa- ção, o contribuinte poderá realizar tal retificação desde que comprove o erro que fundamenta a retificação e desde que a faça antes de notificado o lançamento. O contribuinte poderá fazer a retificação da declaração, desde que sejam observadas as condi- ções dispostas no CTN, em seu art. 147, § 1º, que diz que a retificação poderá ser feita com o O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANITA CARLA DE MOURA - 03208789297, vedada, por quaisquermeios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 22 de 83www.grancursosonline.com.br Crédito Tributário DIREITO TRIBUTÁRIO intuito de reduzir ou excluir o tributo antes da notificação do lançamento e que seja demonstra- do o erro que dá embasamento para a retificação. Esse é o tipo de lançamento por declaração. Art. 147. O lançamento é efetuado com base na declaração do sujeito passivo ou de terceiro, quan- do um ou outro, na forma da legislação tributária, presta à autoridade administrativa informações sobre matéria de fato, indispensáveis à sua efetivação. § 1º A retificação da declaração por iniciativa do próprio declarante, quando vise a reduzir ou a ex- cluir tributo, só é admissível mediante comprovação do erro em que se funde, e antes de notificado o lançamento. Certo. 022. (CEBRASPE/CESPE/ERSPT/ANATEL/DIREITO/2014) Acerca de crédito tributário e lan- çamento tributário, julgue o item subsequente, de acordo as disposições do CTN. Considere que um sujeito passivo tenha sido regularmente notificado de um lançamento tri- butário. Nesse caso, o lançamento tributário poderá ser alterado em virtude de impugnação proposta pelo sujeito passivo, mas não em decorrência de recurso de ofício. A questão erra quando fala que o lançamento não poderá ser modificado em decorrência de recurso de ofício, quando na verdade essa é uma das possibilidades elencadas no art. 145, inciso II, do CTN. Art. 145. O lançamento regularmente notificado ao sujeito passivo só pode ser alterado em virtude de: I – impugnação do sujeito passivo; II – recurso de ofício; III – iniciativa de ofício da autoridade administrativa, nos casos previstos no artigo 149. Errado. 023. (CEBRASPE/CESPE/ERSPT/ANATEL/DIREITO/2014) No que diz respeito à administra- ção tributária, fiscalização, dívida ativa e certidões negativas, julgue o item a seguir, conforme o disposto no CTN e o entendimento do STJ. A declaração do contribuinte formalizada em documento de arrecadação, que quantifica a dí- vida tributária e constitui o crédito tributário, pode ser inscrita em dívida ativa, tal como ocorre com o lançamento tributário. Segundo o entendimento do STJ, a entrega da declaração pelo contribuinte, reconhecendo seu débito junto a Fazenda, constitui o crédito tributário, sem a necessidade de qualquer outra pro- vidência por parte do Fisco. Essa é a base disposta na súmula 436 do STJ: O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANITA CARLA DE MOURA - 03208789297, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 23 de 83www.grancursosonline.com.br Crédito Tributário DIREITO TRIBUTÁRIO Súmula n. 436 A entrega de declaração pelo contribuinte reconhecendo débito fiscal constitui o crédito tributário, dispensada qualquer outra providência por parte do fisco. Como se vê, a redação da assertiva está mal feita, tendo em conta que a declaração do contri- buinte jamais será inscrita em dívida ativa. O que se inscreve em dívida é o crédito não pago no vencimento. Em que pese isso, a banca considerou a assertiva correta. Certo. 024. (CEBRASPE/CESPE/AL/CAM DEP/CONSULTOR DE ORÇAMENTO E FISCALIZAÇÃO FINANCEIRA/2014) Julgue o próximo item, referente à exigibilidade do crédito tributário, isen- ção, lançamento e princípios tributários. No lançamento realizado com base em declaração do sujeito passivo, conhecido como lança- mento por declaração, não é permitida a impugnação, já que não poderia o próprio contribuinte insurgir-se contra ato administrativo para cuja concretização ele tenha colaborado com o fisco. A questão erra quando afirma que, ao sujeito passivo, não será permitida a impugnação, quan- do na verdade essa é uma hipótese contida no CTN, em seu art. 145, inciso I, independente- mente de ser o lançamento efetivado com base em declaração do próprio contribuinte. Caso este tenha percebido alguma divergência entre o que ele informou e o que foi lançado, ele terá o direito de impugnar, mesmo que a declaração tenha sido informada por ele. E, ademais, imagine se o contribuinte se deparar com um lançamento equivocado pelo fisco? Não poderia ele impugnar, mesmo que as informações por ele prestadas estiverem corretas? Pois poderá impugnar sim. Por isso a assertiva está incorreta. Errado. 025. (CEBRASPE/CESPE/DP-DF/2013) Julgue o próximo item, relativo ao crédito tributário. Segundo o disposto no CTN, o crédito tributário é constituído a partir do momento em que ocorre o fato gerador do tributo. O crédito tributário é constituído com o lançamento. Não adianta a existência do fato gerador sem que posteriormente o crédito seja lançado. O fato gerador faz nascer a obrigação tributá- ria e o lançamento – com sua natureza dúplice – declara essa situação e constitui o crédito. Assim, a afirmativa proposta pela questão está errada. 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(CEBRASPE/CESPE/PROC DF/PG-DF/2013) Determinado contribuinte praticou fraude nas suas declarações feitas ao fisco e, com isso, conseguiu suprimir tributo de ICMS do erário público no mês de novembro de 2008. O fisco conseguiu constatar tal supressão apenas em dezembro de 2013, tendo lavrado o respectivo auto de infração. Com relação a essa situação hipotética, julgue o item, que tratam de lançamento, decadência e prescrição. A prescrição ocorreu em virtude de o contribuinte já ter realizado o lançamento e o estado não ter efetivado sua cobrança judicial. Como a questão fala em fraude, o prazo é decadencial e se enquadra na regra geral, ou seja, cinco anos, contados do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento pode- ria ter sido efetuado. Note a dicção do artigo 150, §4º: Art. 150. O lançamento por homologação, que ocorre quanto aos tributos cuja legislação atribua ao sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa, opera-se pelo ato em que a referida autoridade, tomando conhecimento da atividade assim exercida pelo obrigado, expressamente a homologa. § 4º Se a lei não fixar prazo a homologação, será ele de cinco anos, a contar da ocorrência do fato gerador; expirado esse prazo sem que a Fazenda Pública se tenha pronunciado, considera-se homo- logado o lançamento e definitivamente extinto o crédito, salvo se comprovada a ocorrência de dolo, fraude ou simulação. Constatada a ocorrência de dolo, fraude ou simulação, como dito, o prazo é o geral do artigo 173, I, ou seja, ainda válido o lançamento em dezembro de 2013, tendo em conta que tal prazo começou a contar em 1 de janeiro de 2009. Art. 173. O direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário extingue-se após 5 (cinco) anos, contados: I – do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado; Errado. 027. (CEBRASPE/CESPE/PROC DF/PG-DF/2013) Considerando que oagente da autoridade da administração tributária lavre auto de infração e apreensão, com retenção de bens, contra determinada empresa, julgue o seguinte item. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANITA CARLA DE MOURA - 03208789297, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 25 de 83www.grancursosonline.com.br Crédito Tributário DIREITO TRIBUTÁRIO Ainda que a administração tributária não efetive o ato de lançamento da penalidade e cobrança do tributo, a empresa não poderá questionar a legalidade da apreensão de seus bens. Ainda que houvesse a efetivação do lançamento a empresa poderia questionar a legalidade da apreensão. O direito de levar a questão ao judiciário é inalienável. Por esse motivo, a questão está errada. Mas vamos supor que o lançamento fosse efetivado. Nesse caso, já se saberia quem é o su- jeito passivo e o quanto ele deve. Nesses casos, a liberação da mercadoria é situação que se impõe sob pena da utilização de tal apreensão como meio coercitivo para o pagamento do tributo, o que fere a súmula 323 do STF: Súmula n. 323, STF É inadmissível a apreensão de mercadorias como meio coercitivo para pagamento de tributos. Errado. 028. (CEBRASPE/CESPE/AJ/STF/JUDICIÁRIA/2013) Texto para o item. João, com mais de dezoito anos de idade, e seu irmão Pedro, com dezessete anos de idade, ambos residentes no Distrito Federal, em endereço conhecido, constituíram, neste local, um negócio informal e passaram a vender roupas, sem informar esse fato ao fisco, deixando de constar no cadastro fiscal. Após fiscalização, a administração tributária descobriu que a prá- tica da atividade comercial durava mais de dois anos, sem nunca ter sido recolhido nenhum tributo. O fisco lavrou o correspondente auto de infração contra João e Pedro, para cobrar o tributo suprimido. A respeito da situação hipotética apresentada, julgue o item seguinte. Na situação em apreço, a modalidade de lançamento realizada pelo fisco é denominada lan- çamento misto. Na verdade, o que a Fazenda fez não foi um lançamento misto, a lavratura do auto de infração é feito mediante lançamento de ofício, por esse motivo, a questão está errada. Fique atento ao tipo de ato praticado pela Fazenda, pois toda vez que a questão mencionar que foi lavrado um auto de infração estaremos diante de um lançamento de ofício. Errado. 029. (CEBRASPE/CESPE/ANA/MPU/TÉCNICO ESPECIALIZADO/FINANÇAS E CONTRO- LE/2013) No tocante aos princípios e às normas sobre tributação de um modo geral, julgue o próximo item. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANITA CARLA DE MOURA - 03208789297, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 26 de 83www.grancursosonline.com.br Crédito Tributário DIREITO TRIBUTÁRIO Quando o contribuinte é obrigado a efetuar o pagamento do imposto sem que haja o prévio exame da autoridade administrativa, a fazenda pública homologa esse pagamento tacitamen- te. Decorrido o prazo de cinco anos, entretanto, a Fazenda é obrigada a fazer a homologa- ção expressa. A questão aborda o lançamento por homologação, que é quando o contribuinte declara e paga o tributo de forma antecipada, sem que haja um exame prévio por parte do Fisco. A extinção definitiva do crédito tributário só ocorrerá quando a autoridade administrativa fizer a homolo- gação. A fazenda tem um prazo de cinco anos a partir do fato gerador para homologar, caso esse ato não aconteça dentro desse período, considera-se feita a homologação tácita (homo- logação “automática”) e não expressa, como diz a questão. Por esse motivo, podemos consi- derá-la errada. Art. 150. O lançamento por homologação, que ocorre quanto aos tributos cuja legislação atribua ao sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa, opera-se pelo ato em que a referida autoridade, tomando conhecimento da atividade assim exercida pelo obrigado, expressamente a homologa. § 4º Se a lei não fixar prazo a homologação, será ele de cinco anos, a contar da ocorrência do fato gerador; expirado esse prazo sem que a Fazenda Pública se tenha pronunciado, considera-se homo- logado o lançamento e definitivamente extinto o crédito, salvo se comprovada a ocorrência de dolo, fraude ou simulação. Errado. 030. (CEBRASPE/CESPE/TEC /MPU/APOIO ESPECIALIZADO/ORÇAMENTO/2010) A dívi- da ativa da fazenda pública consiste no conjunto de créditos que o Estado tem com terceiros. A respeito desse assunto, julgue o item que se segue. A notificação de lançamento tributário dirigida ao contribuinte constitui ato que implica o exer- cício de uma pretensão de liquidez do crédito correspondente. O lançamento é um ato administrativo praticado pela autoridade administrativa que constitui o crédito tributário, tornando assim, o crédito líquido e certo. A notificação, por sua vez, é o fisco informando ao contribuinte a existência do valor tributário por ele devido e, dessa forma, criando expectativa ou pretensão do seu adimplemento. Como se vê, a assertiva está correta. Após os trâmites de constituição, a notificação é o ato que exterioriza e consolida a liquidez e certeza do crédito tributário. É o ciente do sujeito passivo que estabiliza o lançamento. Até por isso, não poderá ser alterado após a sua ciência, a não ser nas hipóteses do artigo 145 do CTN: O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANITA CARLA DE MOURA - 03208789297, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 27 de 83www.grancursosonline.com.br Crédito Tributário DIREITO TRIBUTÁRIO Art. 145. O lançamento regularmente notificado ao sujeito passivo só pode ser alterado em virtude de: I – impugnação do sujeito passivo; II – recurso de ofício; III – iniciativa de ofício da autoridade administrativa, nos casos previstos no artigo 149. Certo. 031. (CEBRASPE/CESPE/DEF PF/DPU/2010) Acerca do direito tributário e do sistema tribu- tário nacional, julgue o item. À autoridade tributária competente cabe declarar a existência do crédito tributário pelo lançamen- to, ocasião em que deve verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação tributária, calcular o montante do tributo devido e identificar o sujeito passivo. Eventual proposição de aplicação de penalidade pecuniária deve ser objeto de ato administrativo próprio, pois não se trata de tributo. Na verdade, cabe à autoridade administrativa constituir o crédito tributário e não declarar, como afirma a questão. O que se declara, no lançamento, é a ocorrência do fato gerador e a consequente aparição da obrigação tributária. Há outro erro quando a assertiva informa que a aplicação de penalidades pecuniárias não pode ser feita por meio de lançamento, quando na verdade esse é o método correto. Art. 142. Compete privativamente à autoridade administrativa constituir o crédito tributário pelo lançamento, assim entendido o procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente, determinar a matéria tributável, calcular o montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo caso, propor a aplicação da penalidade cabível. Errado. 032. (CEBRASPE/CESPE/ADV/AGU/2009) Com base no Direito Tributário, julgue o item que se segue. Se, na importação de produtos eletrônicos originados da Coreia, determinada pessoa jurídica brasileira pagou US$ 10.000,00, o preço pago pelos produtos deverá ser convertido em moeda nacional ao câmbio do dia do lançamento, para fins de apuraçãodo valor do imposto de im- portação devido. Na verdade, o valor pago pelas mercadorias deverá ser convertido em moeda nacional no dia da ocorrência do fato gerador, salvo disposição de lei em contrário, e não no dia do lançamen- to. Por esse motivo, a questão está errada. Note o artigo 143 do CTN. Art. 143. Salvo disposição de lei em contrário, quando o valor tributário esteja expresso em moeda estrangeira, no lançamento far-se-á sua conversão em moeda nacional ao câmbio do dia da ocor- rência do fato gerador da obrigação. Errado. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANITA CARLA DE MOURA - 03208789297, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 28 de 83www.grancursosonline.com.br Crédito Tributário DIREITO TRIBUTÁRIO 033. (CEBRASPE/CESPE/AA/ANTAQ/QUALQUER ÁREA DE FORMAÇÃO/2009) Julgue o item subsequente com relação a receitas públicas. No que concerne a estágios da receita, o lançamento de ofício é efetuado pela administração sem a participação do contribuinte. Isso mesmo, o lançamento é de competência exclusiva da autoridade administrativa e o lança- mento de ofício é efetuado sem a participação do contribuinte nesse processo. Nesse caso, o Fisco conta com todas as informações necessárias para constituir o crédito tributário. Certo. 034. (CEBRASPE/CESPE/PJ/MPE-RR/2008) Julgue o item a seguir, que tratam de obrigação, de responsabilidade e de crédito tributários, consoante o Código Tributário Nacional. Se um agente tributário detecta, no dia de hoje, a ocorrência de uma importação ocorrida há um mês e cujo imposto foi sonegado, ele deverá, em regra, efetuar o lançamento tributário cal- culando o respectivo valor pela taxa de câmbio de hoje. Na verdade, o valor pago pelas mercadorias deverá ser convertido em moeda nacional no dia da ocorrência do fato gerador, salvo disposição de lei em contrário, e não no dia do lançamen- to. Por esse motivo, a questão está errada. Note o artigo 143 do CTN: Art. 143. Salvo disposição de lei em contrário, quando o valor tributário esteja expresso em moeda estrangeira, no lançamento far-se-á sua conversão em moeda nacional ao câmbio do dia da ocor- rência do fato gerador da obrigação. Errado. 035. (CEBRASPE/CESPE/PJ/MPE-RR/2008) Julgue o item a seguir, que trata de obrigação, de responsabilidade e de crédito tributários, consoante o Código Tributário Nacional. O prazo para lançamento de determinado tributo por homologação sem prazo fixado pela lei a ele relativa será de cinco anos, a contar do pagamento regular. Quando não há legislação definindo o prazo para homologação será utilizado o prazo previsto pelo CTN, em seu art. 150, § 4º, que será de cinco anos, a contar do fato gerador do tributo. Caso seja necessária a realização de um lançamento suplementar, na inexistência de dolo, frau- de ou simulação, o prazo também é de 5 anos contados da data da ocorrência do fato gerador. Errado. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANITA CARLA DE MOURA - 03208789297, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 29 de 83www.grancursosonline.com.br Crédito Tributário DIREITO TRIBUTÁRIO 036. (CEBRASPE/CESPE/JUIZ ESTADUAL/TJ-BA/2012) No caso de, após a ocorrência do fato gerador, advir lei que amplie os poderes de investigação das autoridades administrativas, o lançamento será regido pela lei que estiver em vigor na data da feitura do lançamento. Exatamente, pois a lei está ampliando novos procedimentos para a fiscalização, e esse tipo de inovação deve ser utilizada no momento do lançamento do tributo, pois a mudança é simples- mente procedimental e, por isso, pode ser utilizada no momento do lançamento. Quando há uma mudança nos procedimentos, a essência da obrigação não sofre mudanças, e, por esse motivo, pode ser aplicada no momento do lançamento do tributo. Essa é a dicção do artigo 144,§1º do CTN: Art. 144. O lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador da obrigação e rege-se pela lei então vigente, ainda que posteriormente modificada ou revogada. § 1º Aplica-se ao lançamento a legislação que, posteriormente à ocorrência do fato gerador da obrigação, tenha instituído novos critérios de apuração ou processos de fiscalização, ampliado os poderes de investigação das autoridades administrativas, ou outorgado ao crédito maiores garan- tias ou privilégios, exceto, neste último caso, para o efeito de atribuir responsabilidade tributária a terceiros. Certo. 037. (CEBRASPE/CESPE/ADV/CEF/CEF/2006) No item a seguir apresenta uma situação hi- potética, seguida de uma assertiva a ser julgada com base no Direito Tributário. Um condomínio celebrou contrato com vigência de 1 ano a partir de 12/7/2005 com a pessoa jurídica Delta para a prestação de serviços de conservação e limpeza das partes comuns do edifício. A pessoa jurídica Delta não recolheu a contribuição previdenciária relativa aos seus empregados no exercício de dezembro de 2005. Posteriormente à ocorrência do fato gerador do referido tributo, foi editada norma atribuindo responsabilidade tributária solidária, pelo pa- gamento dos débitos tributários da Delta, do referido condomínio. Nessa situação, com base na ordenação normativa vigente, a autoridade administrativa competente deve aplicar a nova norma para proceder ao lançamento tributário. Regra geral, o lançamento é efetivado com base na legislação vigente ao momento da ocorrên- cia do fato gerador Note a dicção do artigo 144, do CTN: Art. 144. O lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador da obrigação e rege-se pela lei então vigente, ainda que posteriormente modificada ou revogada. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ANITA CARLA DE MOURA - 03208789297, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 30 de 83www.grancursosonline.com.br Crédito Tributário DIREITO TRIBUTÁRIO Inobstante isso, o §1º do mesmo artigo explicita os casos em que a nova legislação pode ser aplicada ao lançamento. A outorga de maiores garantias ou privilégios ao crédito tributária são, por isso, passíveis de serem utilizadas, caso previstas na legislação, no momento do lançamento. § 1º Aplica-se ao lançamento a legislação que, posteriormente à ocorrência do fato gerador da obrigação, tenha instituído novos critérios de apuração ou processos de fiscalização, ampliado os poderes de investigação das autoridades administrativas, ou outorgado ao crédito maiores garan- tias ou privilégios, exceto, neste último caso, para o efeito de atribuir responsabilidade tributária a terceiros. Entretanto, como se vê da parte final do dispositivo acima, a atribuição de responsabilidade posterior à ocorrência do fato gerador não pode ser utilizada quando da data da efetivação do lançamento. Errado. 038. (CEBRASPE/CESPE/AA/ANCINE/QUALQUER ÁREA DE FORMAÇÃO/ÁREA 3/2006) Com referência ao campo de interesse do orçamento público, julgue o item seguinte. O lançamento que tem por finalidade a verificação das condições legais para a existência de um tributo é um procedimento administrativo que verifica a ocorrência do fato gerador da obri- gação correspondente, sem, contudo, identificar o sujeito passivo da obrigação. No momento do lançamento do tributo a autoridade administrativa deve verificar a ocorrência do fato gerador, determinar a matéria tributária, calcular o valor do tributo e identificar o sujeito passivo da obrigação. É impossível lançar um tributo sem a figura do sujeito passivo, por
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