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UNIFIPMOC – AFYA - 1° PERÍODO DE MEDICINA 
ACADÊMICA: CAMILLA PATRICIA RESENDE OLIVEIRA 
TEMA: Trabalho de parto
Define-se o início do trabalho de parto a partir da entrada da paciente ao centro obstétrico, com dilatação cervical entre 3 e 4cm, contrações significantes e membranas fetais íntegras.
O processo, conforme já dito, caracteriza-se por contrações uterinas sequenciais, que tendem a modificar a configuração plástica do colo do útero e a descida da apresentação fetal. Clinicamente, divide-se o parto propriamente dito em quatro fases ou estágios principais:
1. Dilatação ou apagamento do colo do útero;
2. Expulsão ou parto do feto;
3. Estágio da placenta, dequitação, delivramento, decedura ou secundamento;
4. Período de Greenberg.
· Dilatação ou apagamento do colo do útero: 
Inicia-se a dilatação progressiva do colo uterino até a cérvice expandir-se totalmente. A mulher sente dolorosas contrações rítmicas que vêm, primeiramente, a cada 30 minutos e, depois, a cada 10 minutos. O saco amniótico é comprimido contra o canal cervical, contribuindo parcialmente para a formação da “bolsa d’água”, de modo que ambos passam a exercer pressão para dilatar as porções baixas do útero. No entanto, se as membranas fetais estiverem rompidas, a pressão é efetuada pela parte “exposta” do feto (normalmente a cabeça).
Na primeira parte, há a divisão preparatória ou de aceleração, momento no qual se iniciam mudanças plásticas no colo uterino. Em seguida, tem-se a desaceleração máxima ou dilatação rápida, quando a dilatação vai de 3 a 9cm. Por fim, ocorre a desaceleração ou divisão pélvica, anterior à dilatação completa.
         
Também é comum separar o padrão de dilatação em fase latente (preparação) e fase ativa (dilatação) – esta última contém as fases de aceleração, de dilatação rápida e de desaceleração. 
Fase latente
            Caracterizada por contrações uterinas regulares e perceptíveis, mas pouco dolorosas, responsáveis pela dilatação de 3 a 5cm. Caso essa fase estenda-se por mais de 20 horas (primíparas) ou 14 horas (multípara), diz-se que houve prolongamento anormal das contrações.
Fase ativa
            A partir desse momento, as contrações tornam-se dolorosas, pois a frequência e intensidade aumentam progressivamente no intuito de promover a rápida dilatação do colo uterino. Costuma durar de 2,4 a 5,2 horas em multíparas e de 4,6 a 11,7 horas em primíparas.
· Expulsão ou parto do feto:
            Esse estágio refere-se à expulsão do bebê, processo iniciado a partir da dilatação completa do colo uterino (cerca de 10cm). Embora as contrações tenham significativa relevância nessa segunda etapa, a principal força vem, na realidade, dos músculos abdominais e do diafragma, que elevam a pressão intra-abdominal.
Após passar pelo colo e pela vagina – distendida pela impulsão fetal – o feto sai do corpo da mãe e é denominado, então, recém-nascido (RN) ou neonato. A saída do feto evolui com a descida do polo cefálico e esta, por sua vez, é dividida em duas fases: (1) pélvica e (2) perineal. Enquanto em (1) a apresentação fetal está acima do plano +3 de DeLee; em (2), a apresentação está abaixo do plano +3 de DeLee.
Para as mulheres primíparas, a expulsão dura cerca de 50 minutos; já para as mulheres multíparas, cerca de 20 minutos.
· Estágio da placenta:
Essa fase começa a partir do nascimento do RN e é encerrada pela expulsão da placenta e das membranas fetais. Tais elementos são expelidos, após a expulsão do feto, graças às contrações uterinas restauradas e à pressão intra-abdominal aumentada. Quando o estágio da placenta dura mais de 60 minutos, ocorre a placenta retida, visto que normalmente – em cerca de 90% dos casos – essa fase dura apenas 15 minutos.
Nesse período do trabalho de parto, podem acontecer dois tipos distintos de dequitação: (1) de Baudelocque-Schultze ou central, quando a placenta estava inserida posteriormente ao fundo do útero ou (2) de Baudelocque-Duncan ou periférica, quando a placenta estava inserida na parede lateral do útero. No primeiro mecanismo, predominante, a exteriorização da face placentária fetal é seguida pela eliminação do coágulo (hematoma retroplacentário). Porém, em situações mais raras, o sangramento – devido ao descolamento pela face materna – é seguido da exteriorização placentária. Em ambos os casos, é comum que ocorra perda sanguínea de até 500mL.
· Período de Greenberg:
Após a dequitação, sucede esse estágio, conhecido pela retração uterina e pela formação de coágulos fisiológicos. Esses coágulos impedem as grandes hemorragias e são dependentes da contração uterina, do miotamponamento e do trombotamponamento. Assim, espera-se que, dentro de 1 hora após o parto, o útero adquira maior tônus, entrando na fase de contração uterina fixa que atua na manutenção da hemostasia uterina. Entretanto, quando o trabalho de parto é prolongado ou abrupto, a hemostasia uterina pode ser comprometida, levando a perdas sanguíneas significativas. Isso porque, nessa situação de desequilíbrio, os períodos de contração e relaxamento miometrial (fase de indiferença miouterina) são prolongados, de maneira que alimentam a perda sanguínea.
REFERÊNCIAS: Montenegro, CAB; Rezende Filho, J. Rezende Obstetrícia Fundamental. 13a Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 12a edição, 2011.
Zugaib, M. Obstetrícia. 2a ed. Barueri, SP: Manole, 2016.

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