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IEPI TEORIA PÓS-HEGEMÔNICA ___________________________________________________________________ TEXTO 1: ACHARYA, Amitav. Norm Subsidiarity and Regional Orders: Sovereignty, Regionalism and Rule Making in the Third World PRINCIPAIS PONTOS (INTRODUÇÃO + CONCLUSÃO) · Ferramenta conceitual para estudar a dinâmica das normas na política mundial. · Subsidiariedade da norma: processo em que os atores locais criam regras com o objetivo de preservar sua autonomia de dominância, negligência, violação ou abuso por parte de atores centrais mais poderosos. Encoraja e autoriza a autonomia local. Comment by Beatriz Carvalho: Localização de governança no nível mais baixo possível · Contribuição para as teoria de Relações Internacionais em três formas: · ressalta a importância dos estudiosos das Relações Internacionais (mais diretamente os construtivistas) interpretarem o processo de criação e difusão de normas como ocorrente “de baixo pra cima”; Comment by Victória Cruvinel: que tenha origem na pressão de países de terceiro mundo · destaca os comportamentos normativos dos países em desenvolvimento e instituições regionais, um aspecto negligenciado da literatura sobre dinâmica da norma; · elucida a teoria e a prática da subsidiariedade da norma como forma de esclarecer o papel de agência dos países em desenvolvimento nas políticas mundiais. · Puchala: poder (ausência de) e riqueza (má distribuição de) são constantes, mas ideias são empoderadoras DESENVOLVIMENTO · Subsidiariedade vs Localização: · Subsidiariedade · expressa relação entre atores locais e poderes externos (medo da dominação), · permite que sejam fazedores ou “recusadores” de regras (quando não lhes convêm, pois existe capacidade e prerrogativa para julgarem isso), · permite exportação e universalização de normas locais, · é específica dos Estados periféricos (pois estes estão mais suscetíveis a terem suas autonomias desafiadas). · Sistema internacional do pós-guerra se assemelha ao Europeu, no qual haviam padrões de civilização que garantiam direito à não intervenção e igualdade · Logo, há um desafio normativo ao Ocidente, buscando adaptar às condições do Terceiro Mundo (1. contestar a marginalização e conquistar autonomia regional; 2. hipocrisia das grandes potências e violação por parte das mesmas) · Efeitos: i. desafiar/resistir; ii. apoiar/reforçar · Localização · Envolve fazer ideias e normas externas consistentes com uma prior cognitiva local · Atores locais são tomadores de normas e redefinem essas normas (importadas) para uso local apenas · É mais genérico e se aplica para quaisquer atores, grande/pequenos, forte/fraco CASOS · SEATO: esforço de segurança coletiva no Terceiro Mundo, concebido pelos EUA, tendo em vista seu interesse de conter o avanço comunista na Ásia, após o conflito na Coreia. · Resolução do CSNU em defesa da liberdade de ataque dos EUA, permitindo o uso de armas nucleares · Criação de uma esfera de influência · Nacionalismo e Anti-colonialismo nos novos Estados no continente asiático (busca por autonomia e representatividade no cenário internacional) · Conferência de Colombo: demonstração dos reais interesses dos países da Ásia, além da hipocrisia dos EUA e da falha das NU → “deslegitimação” de atores e instituições Comment by Beatriz Carvalho: Doutrina Monroe · Explicação bottom-up para a falha da SEATO: oposição dentro do continente asiático, devido à falta de legitimidade e representatividade · Compensação da hipocrisia e da falha das NU pela norma contra defesa garantida, explícita no acordo da ASEAN · Conferência de Bandung (movimento dos não-alinhados e propagação das principais forças na ordem internacional do pós guerra - descolonização, guerra fria, interesses de poder) · Sentimento de exclusão incentiva a subsidiariedade · Efeito sobre os outros continentes: · América Latina → Bolivarianismo, Doutrinas Calvo e Drago · Oriente Médio → Normas arábicas · África → · Necessidade de atenção aos contextos e discursos regionais que determinam o desenvolvimento da subsidiariedade da norma em cada região QUESTÕES PARA DEBATE · A atenção às particularidades regionais é algo presente? · Bretton Woods como imposição das potências às novas normas mundiais x BRICS como forma dos países “periféricos” (de regiões diferentes) apoiar-se e adaptar normas para suas realidades · Embate CONSTRUTIVISMO x PÓS HEGEMÔNICO: ___________________________________________________________________ TEXTO 2: ACHARYA, Amitav; BUZAN, Barry. Why is there no non-Western international relations theory? An introduction. PRINCIPAIS PONTOS (INTRODUÇÃO + CONCLUSÃO) · A maior parte da TRI atual foi produzida por e para o Ocidente (história ocidental = história mundial) · Sociologia da disciplina: variáveis materiais (poder e riqueza) · Foco na Ásia devido à concentração de poder e riqueza similar ao Ocidente, mas com uma história diferente da ocidental · Cox: teoria sempre serve alguém e algum propósito · Teorias universais? · Desafios às TRIs (externos) DESENVOLVIMENTO · As tentativas não-ocidentais de desenvolver TRI são condicionadas àquelas já existentes (como industrialização tardia) 1. TRI Ocidental descobriu o caminho correto para entender RI · Em busca de status científico, TRI Ocidental enfatizou escolhas racionais nas áreas de poder político, estratégia e economia (camisa de força vestfaliana) 2. TRI Ocidental alcançou hegemonia · Impacto imperialista Ocidental no pensamento e nas prática não-Ocidentais · Ascensão do princípio de soberania no não-Ocidente paralela à decadência da mesma no Ocidente 3. TRI não-Ocidental existe mas está escondida · Barreiras linguísticas (Inglês como Língua Franca) · Valores culturais “superiores” (temas priorizados) 4. Condições locais discriminatórias contra a produção de TRI · História Ocidental marcada pelo medo da guerra → TRI como TSP · Especificidades culturais (idioma e “nível” de desenvolvimento que permita a elaboração de teorias universais) · Democracias · Fator institucional: estima de pesquisadores e disponibilidade de professores para pesquisa (uma questão de recursos inadequados) 5. Período de alcance das TRI Ocidentais · Desenvolvimento de TRI não-Ocidental à sombra da penetração e dominação Ocidental · Globalização como imposição econômica e social Ocidental sobre o resto da humanidade CASOS QUESTÕES PARA DEBATE
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