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04 PERSPECTIVAS DE AVALIAÇÃO PRESENTES NO ENSINO BRASILEIRO 30 M at er ia l p ar a u so e xc lu si vo d os a lu n os d a R ed e d e E n si n o D oc tu m . P ro ib id a a re p ro d u çã o e o co m p ar ti lh am en to d ig it al , s ob a s p en as d a le i. PROJETO INTEGRADOR: BASES HISTÓRICAS E POLÍTICAS DA EDUCAÇÃO A avaliação integra a aprednizagem e o ensino. É uma ferramente valiosa de gestão esco- lar, pois auxilia o gestor na tomada de decisões. Como vocês já estudaram, as avaliações podem ser diagnóstica, formativa e somativa. Na maioria das vezes, a avaliação somativa é a mais usada, por ser tradicional, que visa aprovação ou não por meio de médias a serem alcançadas. Mas, sabemos também, que a aprendizagem dos alunos não se resume somente à aplica- ção de provas, não é verdade? Assim, estudar essa unidade visa: POSSIBILITAR a reflexão acerca das avaliações existentes hoje no Brasil A avaliação deve propiciar a aprendizagem ao aluno, levando em conta as suas necessi- dades; a instituição de ensino deve garantir condições propicias de aprendizagem e também a circunscrição de referência do aluno deve prover um ensino de qualidade. ÁRVORE DO CONHECIMENTO Unidade 4 – Perspectivas de avaliação presentes no ensino brasileiro 31 M aterial p ara u so exclu sivo d os alu n os d a R ed e d e E n sin o D octu m . P roib id a a rep rod u ção e o com p artilh am en to d ig ital, sob as p en as d a lei. PROJETO INTEGRADOR: BASES HISTÓRICAS E POLÍTICAS DA EDUCAÇÃO 4.1 AS AVALIAÇÕES EXTERNAS A avaliação é um ponto primordial no desenvolvimento da Educação Brasileira. Hoje ela é vista como um resultado obtido pelos alunos. Todos os envolvidos no processo educativo encaram a avaliação como um momento de verificar o nível e alcance de cada aluno em relação aos objetivos previstos. Por mais que façamos diferentes tipos de avaliação no contexto da educação, no final o que queremos saber é se um determinado aluno conseguiu ou não atingir os objetivos e metas propostas. Vários autores, como Pedro Demo, Luckesi e Perrenoud discutem a avaliação em seu sen- tido ético, de respeito às diferenças, de compromisso com a aprendizagem para todos e com a formação para o exercício da cidadania. Mas, ainda temos um ensino muito tradicional e que a avaliação ainda tem o objetivo de classificar o aluno dentro de um padrão de qualidade nacional. Tem-se a idéia que elevando os índices da educação brasileira, estamos elevando o nível da qualidade da educação e, consequentemente o desenvolvimento dos alunos. Será que isso é verdade? Vale recordar o que é previsto nos Parâmetros Curriculares Nacionais (1998) “A avaliação é hoje compreendida pelos educadores como elemento integrador, entre a aprendizagem e o ensino, que envolve múltiplos aspectos: · O ajuste e a orientação da intervenção pedagógica para que o aluno aprenda da melhor forma; · Obtenção de informações sobre os objetivos que foram atingidos; · Ob- tenção de informações sobre o que foi aprendido e como; · Reflexão contínua para o professor sobre sua prática educativa; · Tomada de consciência de seus avanços, dificuldades e possibilidades.” Nesse caso, a avaliação está a serviço da ação pedagógica e acredita-se que a partir disso, os índices possam melhorar gradativamente, dependendo do trabalhado efetuado e não o con- trário, colocar o foco em índices que na maioria das vezes não espelha a real situação dos alunos, 32 M at er ia l p ar a u so e xc lu si vo d os a lu n os d a R ed e d e E n si n o D oc tu m . P ro ib id a a re p ro d u çã o e o co m p ar ti lh am en to d ig it al , s ob a s p en as d a le i. PROJETO INTEGRADOR: BASES HISTÓRICAS E POLÍTICAS DA EDUCAÇÃO da Escola ou Educação Brasileira. Desde 1988, estamos vendo a criação das avaliações externas, como o Sistema de Avalia- ção da Educação Básica (Saeb), que serve para avaliar ao longo do tempo e diagnosticar fatores que intervém no desempenho dos alunos, além de ser uma ferramenta fundamental na elabora- ção de políticas públicas para a área. O uso pedagógico da avaliação deve ser um instrumento de reflexão constante no am- biente escolar, deve ser um ponto de apoio para repensar e planejar a ação pedagógica. As informações produzidas pelas avaliações externas ainda não são suficientemente ex- ploradas como subsídio para gestão educacional e trabalho pedagógico. Existem dificuldades para a compreensão e o uso dos seus resultados, gerando uma com- petição desnecessária entre as unidades escolares, não atingindo assim, as finalidades educativas. Avaliação externa não acompanha o aluno individualmente. Daí ser essencial a avaliação interna, que permita saber o desempenho de cada um, e também analisar as práticas pedagógi- cas e as condições gerais da escola. É a articulação de todas essas informações que dará um retrato completo para gestores e docentes melhorarem o processo de ensino e garantirem o direito à aprendizagem de cada e toda criança e jovem. Até a próxima! 33 M aterial p ara u so exclu sivo d os alu n os d a R ed e d e E n sin o D octu m . P roib id a a rep rod u ção e o com p artilh am en to d ig ital, sob as p en as d a lei. PROJETO INTEGRADOR: BASES HISTÓRICAS E POLÍTICAS DA EDUCAÇÃO ESTUDO DE CASO II Redigir um texto de resolução do problema escolhido, fundamentado e seguin- do o modelo conforme guia didático Não esqueça de consultar o modelo que disponibilizamos no AVA. Mais uma vez, não esqueça de colocar nas normas da ABNT! 34 M at er ia l p ar a u so e xc lu si vo d os a lu n os d a R ed e d e E n si n o D oc tu m . P ro ib id a a re p ro d u çã o e o co m p ar ti lh am en to d ig it al , s ob a s p en as d a le i. PROJETO INTEGRADOR: BASES HISTÓRICAS E POLÍTICAS DA EDUCAÇÃO RESUMO Na unidade 4 discutimos a importância da avaliação no contexto escolar. Além disso, a diferença e a articulação entre as avaliações internas e externas. Saber analisar os resultados das avaliações externas para refletir sobre as práticas pedagó- gicas da escola e aprimorar o ensino e a aprendizagem. REFERÊNCIAS: BIBLIOGRAFIA BÁSICA: ALVES-MAZZOTTI, A. J. Usos e abusos dos estudos de caso. Cadernos de Pesquisa, São Paulo, v.36, n. 129, 2006. VEIGA, Ilma Passos da. Projeto político-pedagógico da escola: uma construção coleti- va. In: VEIGA, Ilma Passos da (org.). Projeto político-pedagógico da escola: uma cons- trução possível. Campinas: Papirus, 1998. p.11-35. Bibliografia Complementar: ANDRÉ, M. Estudos de Caso revelam efeitos sócio-pedagógicos de um programa de formação de professores. Revista Lusófona de Educação, Lisboa, Portugal, v.06, p.93- 115, 2005.
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