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PROCESSO DE COMPRAS DE SUPRIMENTOS NA CONSTRUÇÃO CIVIL

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO 
CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS 
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO 
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE PRODUÇÃO 
 
 
 
 
ÍTALO FERNANDO MENDES LISBOA 
 
 
 
 
 
 
 
PROCESSO DE COMPRAS DE SUPRIMENTOS NA CONSTRUÇÃO CIVIL: 
Proposta de implantação de novo processo em uma empresa de Construção Civil 
em São Luís – MA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
São Luís 
2021 
 
ÍTALO FERNANDO MENDES LISBOA 
 
 
 
 
 
PROCESSO DE COMPRAS DE SUPRIMENTOS NA CONSTRUÇÃO CIVIL: 
Proposta de implantação de novo processo em uma empresa de Construção Civil 
em São Luís – MA 
 
Monografia apresentada à disciplina de 
Trabalho de Conclusão de Curso como 
requisito básico para apresentação do 
Trabalho de conclusão da graduação em 
Engenharia de Produção da Universidade 
Estadual do Maranhão. 
 
Orientador: Prof.º Dr. Jorge Creso Cutrim 
Demétrio 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
São Luís 
2021 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Elaborado por Giselle Frazão Tavares - CRB 13/665 
LISBOA, Ítalo Fernando Mendes. 
 Processo de compras de suprimentos na construção civil: proposta de 
implantação de novo processo em uma empresa de construção civil em São 
Luís – MA / Ítalo Fernando Mendes Lisboa. – São Luís, 2021. 
 
 60 f. 
 
 Monografia (Graduação) – Curso de Engenharia de Produção, 
Universidade Estadual do Maranhão, 2021. 
 
 Orientador: Prof. Dr. Jorge Creso Cutrim Demétrio. 
 
 1.Construção civil. 2.Compras. 3.Suprimentos. 4.Soluções de otimização. 
I.Título. 
 
 
CDU: 658.7:69(812.1) 
 
ÍTALO FERNANDO MENDES LISBOA 
 
 
 
 
PROCESSO DE COMPRAS DE SUPRIMENTOS NA CONSTRUÇÃO CIVIL: 
Proposta de implantação de novo processo em uma empresa de Construção Civil 
em São Luís – MA 
 
Monografia apresentada à disciplina de 
Trabalho de Conclusão de Curso como 
requisito básico para apresentação do 
Trabalho de conclusão da graduação em 
Engenharia de Produção da Universidade 
Estadual do Maranhão. 
 
 
 
São Luís, 10 / 01 / 2022 
ASSINATURAS 
 
_______________________________________________ 
Ítalo Fernando Mendes Lisboa (Orientando) 
Graduando em Engenharia de Produção 
Universidade Estadual do Maranhão 
 
 
_______________________________________________ 
Prof.º Dr. Jorge Creso Cutrim Demétrio (Orientador) 
Doutor em Engenharia de Produção 
Universidade Estadual do Maranhão 
 
 
_______________________________________________ 
Prof. Me. Abraão Ramos da Silva (Avaliador Interno) 
Mestre em Logística e Pesquisa Operacional 
Universidade Estadual do Maranhão 
 
 
_______________________________________________ 
Prof. Dr. Wellinton de Assunção (Avaliador Interno) 
Doutor em Engenharia Mecânica 
Universidade Estadual do Maranhão 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedico este trabalho aos meus pais, 
familiares, amigos e a todos que me 
ajudaram e acreditaram em mim. 
 
AGRADECIMENTOS 
 
Em primeiro lugar, a Deus que fez com que meus objetivos fossem alcançados, 
permitindo ultrapassar obstáculos encontrados no dia a dia e ao longo da confecção 
deste trabalho. 
Agradeço a minha mãe Maria, pela orientação diária e auxílio nos momentos difíceis 
na vida, ajudando a superar, e na satisfação de nossa trajetória com a convivência 
repleta de felicidades e amor. 
Devo agradecer ao meu pai Ferdinan, pelo companheirismo e ensinamentos, que 
apesar da distância, sempre buscamos está juntos, aproveitando ao máximo de 
nossos momentos. 
Sou grato a minha namorada Letícia Fernanda, por contribuir em todos os momentos 
que passamos, especialmente nos momentos felizes, com muito amor e carinho, 
ressalto também pelo companheirismo e auxílio na construção deste trabalho de 
conclusão. 
Tenho que agradecer aos familiares pela confiança e apoio que sempre deram 
durante a minha vida. 
Aos meus amigos e colegas que acompanharam e incentivaram através de gestos ou 
palavras afim de superar todas as dificuldades. 
Ao professor Jorge Creso, por ter sido meu orientador e ter desempenhado tal função 
com dedicação e amizade. 
A todos os amigos da empresa Reformar, pelo fornecimento de informações e 
materiais que foram fundamentais para o desenvolvimento da pesquisa que 
possibilitou a confecção deste trabalho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“A maioria das pessoas não planeja 
fracassar, fracassa por não planejar.” 
(John L. Beckley) 
 
RESUMO 
 
 
As organizações buscam sempre um maior desempenho de seus processos, além do 
controle mais assertivo de suas operações. Deste modo, é imprescindível realizar um 
mapeamento dos processos organizacionais, destacando-se que as empresas que 
não investem nas soluções tecnológicas ou capacitações acabam estagnadas com as 
práticas contemporâneas. Sendo assim, para atender o mercado as organizações 
buscam melhorar os processos e atividades internas. O objetivo central deste trabalho 
é propor a implantação de um novo processo de compras de suprimentos de uma 
empresa de construção civil na cidade de São Luís – MA. Em específico identificar a 
revisão de artigos e livros sobre gestão e métodos de compras; analisar os principais 
insumos em termos de custos e de planejamento; estudar as etapas, processos e 
fluxos de compra realizados pela empresa e elaborar estratégias que otimizem o 
gerenciamento da obra e planejamento do tempo da construção. Realizou-se uma 
busca por autores e conceitos em livros, artigos, trabalhos acadêmicos, entre outros, 
para fundamentar a pesquisa, além da elaboração de uma proposta para um novo 
fluxograma referente ao processo de compras da empresa, utilizando a ferramenta 
Bizagi Modeler, onde é feita a análise dos resultados encontrados e apresentada a 
solução de otimização para o processo de aquisição dos materiais. Por fim, identifica-
se a necessidade da mudança no processo de compras para as novas obras que irão 
surgir na empresa. 
 
Palavras-chave: Construção civil. Compras. Suprimentos. Soluções de otimização. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
 
Organizations are always looking for a better performance of their processes, in 
addition to a more assertive control of their operations. Thus, it is essential to carry out 
a mapping of organizational processes, highlighting that companies that do not invest 
in technological solutions or training end up stagnant with contemporary practices. 
Therefore, to serve the market, organizations seek to improve internal processes and 
activities. The main objective of this work is to propose the implementation of a new 
process of purchasing supplies of a construction company in the city of São Luís - MA. 
Specifically identify the review of articles and books on management and purchasing 
methods; analyze the main inputs in terms of costs and planning; study the stages, 
processes and purchase flows carried out by the company and develop strategies that 
optimize the management of the work and planning of the construction time. A search 
was carried out for authors and concepts in books, articles, academic works, among 
others, to support the research, in addition to the elaboration of a proposal for a new 
flowchart referring to the company's purchasing process, using the Bizagi Modeler tool, 
where the results are analyzed and the optimization solution for the material acquisition 
process is presented. Finally, the need to change the purchasing process for the new 
works that will appear in the company is identified. 
 
Keywords: Civil construction. Purchases. Supplies. Optimization solutions. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ÍNDICEDE ILUSTRAÇÕES 
 
Figura 1 – Simbologia. .............................................................................................. 17 
Figura 2 – A cadeia de suprimentos imediata da empresa. ...................................... 18 
Figura 3 – Relação cliente-construtora-fornecedor. .................................................. 20 
Figura 4 – Classificação da dificuldade na obtenção dos itens. ............................... 25 
Figura 5 – Processo de suprimentos. ....................................................................... 26 
Figura 6 – Estrutura do setor de compras. ............................................................... 28 
Figura 7 – Conhecimentos do Guia PMBok.............................................................. 29 
Figura 8 – Fluxo da gestão de aquisição da construção civil.................................... 31 
Figura 9 – O ciclo de vida de um projeto. ................................................................. 33 
Figura 10 – Benefícios do Planejamento de Obra. ................................................... 36 
Figura 11 – Implantação do projeto. ....................................................................... 411 
Figura 12 – Planta baixa térreo. ............................................................................. 411 
Figura 13 – Planta baixa pavimento tipo. ............................................................... 422 
Figura 14 – Prédio em construção - anexo do Hospital Português. ........................ 422 
Figura 15 – Execução de forro em gesso acartonado drywall e blocos de gesso comum 
para divisórias. ....................................................................................................... 433 
Figura 16 – Concretagem do estacionamento e finalização de pavimento tipo. ..... 444 
Figura 17 – Exemplo de cronograma físico-financeiro do 1º ao 6º mês. ................ 455 
Figura 18 – Exemplo de cronograma físico-financeiro do 7º ao 12º mês. .............. 466 
Figura 19 – Exemplo de modelo de comparativo de fornecedores de composição para 
divisória de bloco de gesso. ................................................................................... 477 
Figura 20 – Exemplo de modelo de comparativo de fornecedores de cabos elétricos.
 ............................................................................................................................... 477 
Figura 21 – Fluxograma de processo de aquisição de material. ............................ 499 
Figura 22 – Proposta de Processo de Compras. .................................................... 522 
Figura 23 – Relatórios de Acompanhamento. ........................................................ 544 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE ABREVIATURA E SIGLAS 
 
BPMN Business Process Management Notation 
CIF Cost, insuranse and freight (Custo, segurança e frete) 
COVID-19 Corona virus disease 2019 
EAP Estrutura analítica do projeto 
GCS Gerenciamento da cadeia de suprimentos 
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística 
ICMS Imposto sobre circulação de mercadorias e serviços 
JIT Just-in-time 
LTDA Sociedade limitada 
PIB Produto Interno Bruto 
PMBOK Project Management Body of Knowledge 
PMI Project Management Institute 
SCM Supply Chain Management 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
 
1 INTRODUÇÃO.............................................................................................. 12 
1.1 Justificativa ................................................................................................ 14 
1.2 Objetivos .................................................................................................... 15 
1.2.1 Objetivo geral ............................................................................................... 15 
1.2.2 Objetivos específicos ................................................................................... 15 
2 REFERENCIAL TEÓRICO ........................................................................... 16 
2.1 Fluxograma ................................................................................................ 16 
2.2 Cadeia de suprimentos ............................................................................. 18 
2.3 Controle de estoque .................................................................................. 21 
2.4 Gestão de compras .................................................................................... 24 
2.5 Gerenciamento de projetos ...................................................................... 29 
2.6 Planejamento de obra ................................................................................ 32 
3 MÉTODO ...................................................................................................... 38 
4 ESTUDO DE CASO .................................................................................. 4040 
4.1 Descrição do objeto de pesquisa: Informar Construções e Consultoria 
LTDA ........................................................................................................4040 
4.2 Definição do Problema ............................................................................ 488 
4.3 Resultados e Discussões .......................................................................... 50 
5 CONCLUSÃO ............................................................................................. 566 
REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 577 
 
12 
 
1 INTRODUÇÃO 
No cenário atual industrial é possível destacar a competitividade entre as 
empresas, o que gera a necessidade de estarem atentas a inovação no mercado. 
Observa-se que as empresas que não investem nas soluções tecnológicas ou 
capacitações acabam estagnadas com as práticas contemporâneas, desta forma, é 
de suma importância melhorar os processos e atividades internas a fim de atender o 
mercado (MARTINS, 2020). 
É visível que o cenário brasileiro vem sofrendo com a recessão em sua 
estrutura administrativa, principalmente direcionado a área da construção civil. Logo 
após o crescimento econômico do setor no período dos anos 2007 a 2012, o país 
apresenta perda significativa nesse ramo econômico (MARTINS, 2020). Com a 
pandemia do COVID-19 esta condição agravou-se, já que valores e prazos de entrega 
referente aos insumos subiram, provocando aos consumidores a desistência de 
reformas e construções (IBGE, 2020). 
De acordo com Szajubok et al (2006), a economia voltada à construção civil 
é bastante dinâmica e complexa, além de precisar de investimento contínuo para 
proporcionar o crescimento da empresa. Entretanto, a fiscalização de suprimentos na 
esfera da construção civil é um processo difícil de ser trabalhado e pouco divulgado. 
O cronograma físico-financeiro é uma alternativa para controlar o processo de 
execução da obra, sendo que as construtoras utilizam esse método para organizar os 
insumos a serem comprados, conforme as etapas de produção. 
Segundo Schramm&Morais (2001), o processo de procura e compra dos 
suprimentos na construção civil é bastante complexo neste setor. Verifica-se, portanto, 
que é preciso considerar vários fatores para um melhor planejamento e para o 
acompanhamento de seus resultados. Assim, esta pesquisa buscou fazer uma análise 
desses fatores como meio de estimar a importância da compra de suprimentos na 
construção civil. 
Conforme Murgueytio (2012), para compreender a aplicação de compras 
em uma construtora, é preciso atribuir pontos ao alinhamento entre essa função ao 
planejamento de obra, isto é, conhecer e prever as etapas da construção e a partir 
dessas etapas viabilizar os insumos a serem comprados,no qual o setor de compras 
irá buscar menor preço entre seus fornecedores. 
13 
 
De acordo com Jacob (2009), o gerenciamento do setor de compras é 
responsável por planejar, dirigir, controlar e coordenar as atividades relacionadas à 
compra de insumos, desde a etapa inicial de aquisição até sua utilização pelo setor 
de execução da obra. É imprescindível que as necessidades da obra estejam 
atreladas a um planejamento quantitativo e qualitativo, para possibilitar aos 
responsáveis pela execução obedecer às quantidades corretas e de acordo com as 
especificações em projeto. Deste modo, é necessário analisar o gerenciamento da 
compra de materiais em uma construção civil, realizada com um sistema de gestão 
integrada a fim de controlar, planejar e redirecionar esforços que possibilitem as 
etapas de execução da obra. 
Para Coletti (2002), as responsabilidades do setor de compras possibilitam 
melhorias no preço global dos suprimentos do empreendimento, e nas condições de 
pagamento, qualidade dos insumos e garantia de prazo de entrega. Para o referido 
autor, é imprescindível alcançar todas estas vantagens competitivas, é necessário que 
o setor de compras esteja estruturado em níveis com processos definidos e possua 
uma gestão organizada, a fim de garantir a eficiência nas comunicações entre as 
etapas para obter melhores resultados. 
Segundo Prodanov & Freitas (2013), a utilização da metodologia de 
aplicação de procedimentos técnicos alinhados na criação de conhecimento, tem 
como objetivo comprovar a validade e utilidade nos diversos âmbitos da sociedade. 
Como base para a realização de coleta de dados será permitido o acesso das 
informações da empresa demonstrando a gestão para realizar compras, iniciando no 
entendimento dos processos de execução dos serviços até a entrega do material. 
Conforme Gil (2002), para compreender a essência do fator de aquisição 
de insumos, é necessário apresentar uma abordagem que pudesse distinguir os itens 
que serão primordiais para a produção de um produto ou execução de uma atividade, 
evidenciando a realização de levantamentos de fornecedores e proporcionado 
amostragem de melhor custo, prazo, qualidade e entre outras características para 
efetivar a escolha do material. 
Para Lobato (2015), os empreendimentos buscam melhorar métodos 
estratégicos para planejar modelos de trabalho que facilitem no decorrer da realização 
de atividades. Na tarefa de aquisição de um material na construção civil, a metodologia 
auxilia no âmbito de análise do ambiente interno e externo acompanhado dos setores 
14 
 
como a cadeia de suprimentos, controle de estoque, gestão de compras e 
planejamento de obras. 
De acordo com Porter (2004), o volume de materiais para iniciar uma 
cotação com fornecedores, torna-se importante para alcançar menores custos, já que, 
é possível barganhar os valores de orçamentos como também receber melhores 
condições em tratativas, como frete CIF (cost, insuranse and freight), que significa 
custo, seguro e frete, e ainda parcelas para pagamentos e prazo de entrega. 
O principal objetivo deste trabalho é avaliar a gestão de compras de 
suprimentos de uma empresa de construção civil na cidade de São Luís – Maranhão, 
com o intuito de identificar a revisão de artigos e livros sobre gestão e métodos de 
compras, além de analisar os principais insumos em termos de custos e de 
planejamento, e ainda estudar as etapas, processos e fluxos de compra realizados 
pela empresa e elaborar estratégias que otimizem o gerenciamento da obra e 
planejamento do tempo da construção. 
1.1 Justificativa 
Para Pires (2008), é perceptível identificar que a construção civil apresenta 
elevada participação na economia nacional, gerando empregos e proporcionando o 
desenvolvimento de outros setores de forma direta e indireta na sociedade, ressalta-
se que o setor de construção constitui na formulação de 13% no PIB brasileiro. 
Atualmente as empresas de construção civil buscam se reinventar para 
sobreviver na dinâmica do mercado competitivo. O alcance das informações nos 
níveis organizacionais é o fator básico para o funcionamento de qualquer empresa, 
permitindo a agilidade na passagem de dados e prevenindo possíveis falhas de 
independentes setores, de acordo com Ospedal (2016). Com o crescimento do 
mercado e atual crise econômica nacional, os administradores de empresas de 
construção devem proporcionar otimizações e qualificações do setor de suprimentos, 
além de preocupar-se com a eficiência destes insumos, por meio de novas tecnologias 
construtivas e com a utilização de softwares, segundo Scheidt&Cardoso (2020). 
Na construção civil o setor de compras desencadeia tarefas essenciais para 
esse ramo de atividade, tendo em vista que os insumos necessários nas construções 
apresentam custos significativos para a obra, conforme Assis (2013). Para Jacob 
15 
 
(2009), as construtoras de sucesso buscam organizar setores internos, principalmente 
as áreas de atuação comercial, suprimentos e administrativo, a fim de proporcionar 
agilidade nas informações e promover a satisfação do cliente. 
1.2 Objetivos 
1.2.1 Objetivo geral 
Desenvolver proposta de implantação de um novo processo de aquisição 
de materiais em uma empresa de construção civil na cidade de São Luís – Maranhão. 
1.2.2 Objetivos específicos 
• Identificar a revisão de artigos e livros sobre gestão e métodos de 
compras; 
• Analisar os principais insumos em termos de custos e de planejamento; 
• Estudar as etapas, processos e fluxos de compra realizados pela 
empresa; 
• Elaborar estratégia que otimize o gerenciamento da obra e 
planejamento do tempo da construção; 
 
16 
 
2 REFERENCIAL TEÓRICO 
Para este trabalho, faz-se necessário destacar alguns conceitos que irão 
auxiliar na compreensão acerca do tema escolhido, deste modo apresenta-se o 
fluxograma, a cadeia de suprimentos, o controle de estoque, a gestão de compras, o 
gerenciamento de projetos e o planejamento de obra para fundamentar a pesquisa. 
2.1 Fluxograma 
Segundo Tannús et al. (2013), o fluxograma é um tipo de diagrama que 
utiliza símbolos padronizados, com o intuito de apresentar uma sequência lógica das 
etapas e realização de um processo, em que muitas vezes utiliza gráficos que ilustram 
a transição de informações entre os elementos que o constitui. É possível ainda 
descrevê-lo como uma representação dos passos necessários de um processo. 
De acordo com Mendonça (2021), toda organização busca eficácia de seus 
processos e controle sobre suas operações, deste modo, é necessário realizar uma 
análise do fluxo e andamento de suas atividades. Através do mapeamento de 
processos, mapas e análises dos fluxos produtivos, é elaborada a identificação das 
atividades exercidas durante o processo, contribuindo para a detecção de possíveis 
falhas, retrabalhos e gargalos, possibilitando a correção e reajustes, através de um 
novo fluxo de gerenciamento desses processos. 
O fluxograma é uma das ferramentas da qualidade, em que a sua principal 
função é identificar a formulação do processo de um produto ou serviço, a fim de 
conceber propostas de melhorias. Segundo Oliveira (2009), fluxograma trata-se de 
uma ferramenta gráfica que trabalha com uma simbologia própria que permite 
compreender de forma simples a ágil o fluxo ou continuidade de um processo, como 
também ampla visualização para promover análises. 
De acordo com Silva&Cruz (2018), o fluxograma diz respeito a formas de 
representar com um passo a passo por meio de símbolos e gráficos que apresentam 
a sequência correta de um trabalho, com o intuito de facilitar sua análise e 
entendimento dos processos realizados em uma organização. Os autores falam que 
esta técnica de representação gráfica utiliza símbolos previamente convencionados, 
17 
 
permitindo a descrição clara e precisa do fluxo ou da sequencia de um processo, bem 
como sua análise eredesenho. 
De acordo com Fitzsimmons (2014), é essencial utilizar a tecnologia da 
informação no âmbito da construção civil, portanto, o fluxograma é caracterizado como 
método de auxílio na organização de dados para ampliar a análise das atividades e 
propor melhorias em pontos que apresentam gargalos na execução da tarefa, 
aumentando a prospecção de produtividade na empresa. 
 
Figura 1 – Simbologia. 
 
Fonte: SILVA&CRUZ (2018) 
 
Para este fim, identificou-se que a criação de um fluxograma para 
compreender e auxiliar as etapas de compras, melhoraria significativamente esta 
etapa de extrema importância para o desenvolvimento da obra, visto que afeta 
diretamente em diversos setores, desde a sua execução, prazos, e entrega final ao 
cliente. Este fator é essencial para o caixa da organização, já que ao efetuar 
aquisições em momentos não oportunos ou errôneos, podem acarretar prejuízos 
significativos. 
 
18 
 
2.2 Cadeia de suprimentos 
A cadeia de suprimentos é um processo fundamental na organização de 
geração de produtos e serviços, que antes era definido como departamento de 
compras, devido a sua função de adquirir materiais, de acordo com Fusinato (2017). 
O autor apresenta que é possível perceber a importância dos pontos de planejamento 
e controle da produção, segundo o processo de formulação e implantação da 
estratégia de suprimentos de uma empresa, visto que estas serão etapas do 
gerenciamento da produção. Sendo ainda, identificados os níveis de planejamento 
estratégico, tático e operacional, como etapas da cadeia de suprimentos. 
Além disso, a cadeia de suprimentos é um conjunto de atividades 
funcionais que envolve controle de estoques, transportes, entre outros, que irão se 
repetir diversas vezes no decorrer do processo, no qual matérias-primas serão 
convertidas em produtos acabados destinados a agregar valor ao consumidor. 
 
Figura 2 – A cadeia de suprimentos imediata da empresa. 
 
Fonte: BALLOU (2009). 
 
Conforme Ballou (2009), as fontes de matérias-primas, fábricas e pontos 
de venda não possuem a mesma localização, além disso o canal apresenta uma 
sequência de etapas de produção, deste modo as atividades logísticas poderão se 
19 
 
repetir várias vezes até o produto chegar ao mercado. Para Bowersox (2013) a 
logística é uma função necessária dentro da gestão da cadeia de suprimentos de uma 
empresa, à medida que é essencial para transportar e posicionar geograficamente o 
estoque. Portanto, a logística representa um subconjunto de atividades que irão 
ocorrer do setor mais abrangente da cadeia de suprimentos. 
 
“O gerenciamento da cadeia de suprimentos (GCS) é a integração dessas 
atividades, mediante relacionamento aperfeiçoados na cadeia de 
suprimentos, com o objetivo de conquistar uma vantagem competitiva 
sustentável.” (BALLOU, 2009, p.28) 
 
De acordo com Martins (2020), a logística é responsável pelo 
gerenciamento de uma cadeira complexa, que vai desde os fornecedores, passa pelos 
processos da empresa, até chegar ao cliente final. O autor aborda alguns fluxos 
importantes que compõem esta cadeira, como recursos, informações e materiais, com 
o intuito de compreender o processo logístico em cada uma de suas etapas, que é 
imprescindível para que as empresas alinhem as demandas do mercado às suas 
ações. 
A logística apresenta o valor pela gestão e posicionamento do estoque, 
com o intuito de combinar o gerenciamento de pedidos, depósito, transporte, estoque, 
manuseio de materiais e a embalagem, que estão integrados por meio de uma rede 
de instalações. Por outro lado, a logística integrada é essencial para a conectividade 
efetiva da cadeia, visto que possui como objetivo, vincular e sincronizar a cadeia de 
suprimentos como um processo contínuo. (BOWERSOX, 2013) 
 
A literatura indica que a logística possui uma visão organizacional holística, 
que administra os recursos materiais, financeiros e humanos, onde exista 
movimento na empresa, gerenciando desde a compra e entrada de materiais, 
passando pelo planejamento de produção, o armazenamento, o transporte, a 
distribuição dos produtos e o retorno dos produtos através da pós-venda ou 
pós-consumo, monitorando as operações e gerenciando as informações. A 
logística é a área da gestão responsável por prover recursos, equipamentos 
e informações para a execução de todas as atividades de movimentação de 
materiais de uma empresa. (FONSÊCA, 2018) 
 
De acordo com Oliveira & Gavioli (2016), a gestão da cadeia de 
suprimentos apresenta um conceito sistemático de gerenciamento que engloba as 
entidades internas da unidade produtiva, como também elementos presentes além de 
suas fronteiras. Sendo assim, as empresas deverão trabalhar juntamente com seus 
fornecedores e consumidores, criando uma rede de relacionamento 
20 
 
intraorganizacional. Na construção civil este conceito torna-se inviável em virtude das 
diversas possibilidades existentes no mercado, tornando-o flexível à procura de 
insumos. 
Martins (2020) apresenta um fluxo relativo à cadeia de suprimentos e o 
relacionamento da construtora e o cliente: 
 
Figura 3 – Relação cliente-construtora-fornecedor. 
 
Fonte: MARTINS (2020) 
 
A partir do esquema proposto, o autor demonstra como a empresa 
contratada fica encarregada de selecionar e gerenciar o fornecedor, sendo 
responsável por manter o contato constante para garantir que a entrega dos materiais 
ocorra conforme o planejado, com o intuito de atender o cronograma. Além da compra 
dos materiais junto aos fornecedores, ele aborda que a empresa se responsabiliza 
ainda com o gerenciamento de mão de obra e equipamentos necessários, garantindo 
ainda os recursos para a execução do projeto. Durante a etapa de execução, a 
fiscalização da obra é responsável por vistoriar o projeto para liberar o pagamento das 
medições da empresa contratada, e ao finalizar esta etapa, entrega a obra finalizada 
ao cliente contratado, conforme o esquema evidencia. 
Atualmente as empresas estão competindo em mercados globalizados, 
com concorrentes altamente capacitados e com tecnologia de ponta. A importância 
crescente na implementação da cadeia de suprimentos direto é adquirida por 
processos como gerenciamento de previsão, estratégias de reposição, armazenagem 
e logística. Uma cadeia de suprimentos confiável é a chave para o sucesso de 
qualquer empresa. Desta forma, Novaes (2007) aponta a SCM (Supply Chain 
Management) como uma nova vantagem competitiva. Conforme Oian et al (2018): 
 
21 
 
“Supply Chain Management ou Gestão da Cadeia de Suprimentos pode ser 
definida de maneira sintética como um conjunto de processos e recursos 
materiais necessários para produzir e entregar um produto para um cliente 
final gerando satisfação ao mesmo.” (OIAN et al, 2018) 
 
Para Fleury (2006), o SCM já está na agenda da maioria dos gerentes das 
grandes empresas internacionais. Artigos na imprensa especializada estão 
anunciando o SCM como a nova fonte de vantagens competitivas. Para Novaes 
(2007), a implementação do SCM requer altos investimentos em informática, já que 
em muitos casos as empresas possuem sistemas autônomos que não conversam 
entre si e que são utilizados nas atividades rotineiras de operação e de controle. 
Deste modo, percebe-se que a tecnologia da informação possibilitará a 
integração dos dados e o compartilhamento mais eficiente de informação entre os 
parceiros da cadeia de valor. Na construção civil, tais ferramentas auxiliam nos 
processos desenvolvidos ao longo da execução da obra, visto que possibilita a 
redução dos custos operacionais, melhoria da produtividade dos ativos e redução dos 
tempos de ciclo. 
2.3 Controle de estoque 
Conforme Andrade & Oliveira (2011), os primeiros habitantes que viviam 
em sociedade e comunidade associadas ao comércio, tinham como o controle de 
estoque um fator indispensável para o sucesso de um negócio. “O controle de estoque 
é o procedimento adotadopara registrar, fiscalizar e gerir a entrada e saída de 
mercadorias e produtos, seja numa indústria ou no comércio.” (2011, p.6). Os autores 
afirmam que para ter um bom controle de estoque é necessário um planejamento com 
a interação dentro da empresa, com o intuito das ações se realizarem a contento de 
todas as partes. 
De acordo com Borges et al. (2010), compreende-se por estoque todo tipo 
de bens físicos que sejam conservados, por algum intervalo de tempo, 
correspondendo tanto a produtos acabados que aguardam venda, como despacho de 
matérias-primas e componentes para a utilização na produção. Para o referido autor, 
existem diversas maneiras de classificar os estoques, equivalendo-se ao fluxo de 
material que entra em uma organização industrial, podendo ser classificado em: 
22 
 
a. Matérias-primas: refere-se a itens comprados e recebidos que ainda 
não constam no processo de produção. Engloba material comprado, 
peças componentes e subconjuntos; 
b. Produtos em processo: trata-se das matérias-primas que já entraram 
no processo de produção, que estão em operação ou que aguardam 
para entrar em operação; 
c. Produtos acabados: consiste nos produtos acabados do processo de 
produção que estão prontos para serem vendidos. Estes podem ser 
retidos na fábrica, no depósito central ou ainda nos pontos do sistema 
de distribuição; 
d. Estoques de distribuição: são produtos acabados localizados no 
sistema de distribuição; 
e. Suprimentos de manutenção, reparo e operação: compreende-se por 
itens utilizados na produção que não tornam partes do produto, 
incluindo ferramentas manuais, peças sobressalentes, lubrificantes e 
materiais de limpeza. 
 
Felix & Gomes (2019) abordam a respeito da gestão de estoque como 
estratégia e função de controlar as demandas de suprimentos da linha de produção, 
além de verificar a disponibilidade de produtos para vendas. Deste modo, é 
identificado recebimento de materiais, separação de produtos, organização de matéria 
prima e consolidação de pedidos, como atividades operacionais dentro do armazém. 
O setor de estoque é necessário para os canteiros de obra armazenarem seus 
insumos, de maneira organizada e eficaz, com o intuito de atender às demandas de 
produção da construção. 
A presença de estoque tem o intuito de equilibrar a demanda e o 
suprimentos para regular o fluxo de materiais da empresa, afirma Provin & Sellitto 
(2011). Além disso, o estoque é um fator primordial na cadeia de suprimentos, 
influenciando a eficiência das empresas caso não seja bem gerenciado, sendo assim, 
é o armazenamento de recursos que serão utilizados no processo de produção ou 
operação de uma empresa (MARTINS&CAMPOS, 2009). 
Conforme Bertaglia (2003) o compreendimento dos objetivos estratégicos 
está relacionado com a gestão de estoque, promovendo o delimitador de metas, 
23 
 
modelos de estoque e forma de realizar as atividades produtivas, ressaltando que, 
para manter este padrão, haverá custos na aquisição e manutenção do estoque, 
gerando impacto financeiro para a empresa. 
Wagner (2012) destaca sobre o método Just-in-time que tem como objetivo 
coordenar atividades de modo que os materiais e componentes adquiridos cheguem 
ao local de manufatura ou montagem, no momento que são requisitados. A demanda 
de componentes e materiais depende da programação de produção finalizada, as 
necessidades podem ser determinadas por meio do foco no produto final, deste modo, 
depois que a programação da produção é estabelecida a chegada pontual de 
componentes e materiais podem ser planejados para coincidir com essas 
necessidades, resultando na redução do manuseio e na minimização dos estoques. 
O autor descreve ainda sobre a aplicação do JIT na construção civil, 
satisfazendo as necessidades à medida que se manifestem, e utilizando a estratégia 
de realizar a compra do material estritamente necessário, reduzindo grandes 
estoques, desperdícios e redução de custos para a obra. 
Segundo Bambirra et al (2019), uma etapa fundamental no processo de 
controle de estoque é realizar de forma assertiva, o pedido de compra, com o objetivo 
de não faltar nenhum produto, e também para que não sejam realizados pedidos 
desnecessários, de modo que o estoque se mantenha sempre volumoso. 
Para Dias (2005) a administração de estoques deverá conciliar da melhor 
maneira os objetivos dos principais setores da empresa, como compras, financeiro, 
produção e vendas, com o propósito de providenciar a real necessidade de 
suprimentos, garantindo a disponibilidade de matérias-primas e minimizando o custo 
unitário por produção. Magdalene & Oliveira (2016), destacam ainda sobre a 
importância das mudanças que vem ocorrendo nas estratégias e práticas gerenciais 
das organizações, que além de refletir na gestão de custos, proporciona às empresas 
buscar por aumento da eficiência e eficácia das atividades que envolvem o 
planejamento, a execução e o controle, objetivando a redução de custos de várias 
formas. 
24 
 
2.4 Gestão de compras 
Segundo Martins (2020), o processo de realização de compras atrelado a 
uma boa gestão e que seja eficaz, irá trazer benefícios de modo significativo às 
empresas, além de promover uma maior agilidade nas operações e melhorias na 
qualidade e preços dos materiais que são adquiridos. Para o referido autor, estudar e 
aplicar a gestão de compras em uma empresa de construção civil irá alinhar os 
objetivos do setor de planejamento da obra a fim de estabelecer prazos limites e 
otimização na realização de cada processo. 
Conforme Mendonça (2021), nos últimos tempos muitas organizações têm 
se adaptado às mudanças e buscando evoluções significativas no mercado, 
reestruturando a função de compras, que tem assumido um papel relevante e 
estratégico nas empresas, especialmente na construção civil. Para o referido autor, a 
área de compras, que antes era exclusivamente operacional, passou a fazer parte de 
um processo complexo e integrado, ganhando espaço e aprofundando sua 
comunicação com as áreas de gestão, nas tomadas de decisões importantes e 
investimentos, além de se conectar ainda mais com outras áreas da empresa, tais 
como engenharia, finanças, arquitetura, qualidade, logística, entre outras. 
De acordo com Jacob (2009), a aquisição de materiais e serviços 
representam 60% do custo da produção de uma obra, ou seja, a redução de custos 
na etapa de compra dos materiais, terá uma grande relevância no lucro da empresa. 
Assim, o setor de compras tem se tornado cada vez mais flexível devido a pressões 
de buscas por maiores reduções de custos, e paralelamente deve fornecer qualidade 
da função de compras dos insumos. 
A maioria das empresas de manufatura gasta mais de 60% do dinheiro que 
recebem em materiais, ou seja, os materiais absorvem uma parte substancial do 
capital investido em uma atividade industrial. Isso enfatiza a necessidade de 
gerenciamento e controle adequados de materiais, porque mesmo uma pequena 
economia de materiais pode reduzir o custo de produção em uma extensão justa e, 
assim, aumentar os lucros (CAVALCANTI, 2017). 
Raimundo (2011) apresenta que o processo de compras equivale 
principalmente no preço, ele afirma que “quanto melhor o preço, melhor a compra” (p. 
23, 2011). O custo do produto irá alterar o lucro da empresa, possibilitando que os 
25 
 
lucros sobre a boa compra, sejam líquidos e certos. O autor aponta ainda sobre a 
classificação de aquisição 1, 2 e 3, que se refere ao processo de compras dos itens 
em estoque. A qualificação e a confiabilidade dos fornecedores estão diretamente 
conectadas a este processo, quanto ao prazo de entrega proposto no ato da compra, 
no qual as classes 1, 2 e 3 organizam-se da seguinte forma: 
 
Figura 4 – Classificação da dificuldade na obtenção dos itens. 
 
Fonte: RAIMUNDO (2011) 
 
O gerenciamento de insumos pode ser pensado como um funcionamento 
integrado das diferentes seçõesde uma empresa que lida com os suprimentos de 
materiais e outras atividades relacionadas, a fim de obter a máxima coordenação e o 
mínimo de gastos em materiais. O gerenciamento de materiais envolve o controle do 
tipo, quantidade, localização, movimento, tempos de compra de vários materiais etc., 
utilizados em uma atividade industrial. As funções da gestão de materiais 
compreendem: planejamento de insumos, aquisição ou compra, recebimento, 
armazenamento, administração da loja, controle de estoque, padronização, 
simplificação, análise de valor, transporte externo (isto é, tráfego, expedição etc.), 
manuseio de materiais (transporte interno), descarte de sucata, excedentes e 
materiais obsoletos (BRANDALISE, 2017). 
De acordo com Magalhães (2015), os objetivos do gerenciamento de 
materiais consistem em: minimizar o custo dos materiais; adquirir e fornecer materiais 
da qualidade desejada, quando necessário, ao menor custo global possível do 
empreendimento; reduzir o investimento vinculado em estoques para uso em outros 
fins produtivos e desenvolver altos índices de rotatividade de estoque; comprar, 
receber, transportar (manusear) e armazenar materiais com eficiência e reduzir os 
custos relacionados; traçar novas fontes de suprimento e desenvolver relações 
26 
 
cordiais com elas, a fim de garantir contínuo material a taxas razoáveis; reduzir custos 
através da simplificação, padronização, análise de valor, substituição de importações, 
etc.; relatar mudanças nas condições de mercado e outros fatores que afetam a 
preocupação; modificar o procedimento de trabalho em papel para minimizar atrasos 
na aquisição de materiais; e por fim, realizar estudos em áreas como qualidade, 
consumo e custo de materiais, a fim de minimizar o custo de produção e treinar 
pessoal na área de gerenciamento de materiais para aumentar a eficiência 
operacional. 
Wagner (2012) afirma que monitorar os pedidos possibilita antecipar 
possíveis atrasos na entrega, além de destacar que alterações internas procedentes 
de planejamento, como quantidade e especificações, devem ser comunicadas. Desta 
forma, a unidade interna da organização pode se precaver contra problemas 
inesperados. O autor demonstra que o controle do processo vai desde a requisição 
de compra ao recebimento do pedido na fábrica, sendo realizado um estudo de 
necessidades, elaborada a requisição de compra, cadastro do fornecedor, pedido de 
compra, cotação, decisão de compra, envio do material pelo fornecedor e concluindo 
o recebimento do material pela empresa. 
 
Figura 5 – Processo de suprimentos. 
 
Fonte: Wagner (2012) 
 
Para Martins (2020), as compras devem ser avaliadas em função da 
quantidade existente disponível em estoque, devendo estar de acordo com a política 
27 
 
de cobertura deles. Tal política está atrelada ao grau de risco que a organização aceita 
correr, devendo estar ciente de cada item em falta no estoque, caso exista alguma 
variação inesperada no consumo, ou problemas no suprimento do fornecedor. 
O referido autor afirma ainda que os objetivos a serem alcançados pela 
gestão de compras podem ser definidos por: 
 
a. Fluxos de suprimentos contínuos; 
b. Otimização dos investimentos; 
c. Melhores condições de preço e prazo; 
d. Manter relacionamento com fornecedores. 
 
O autor destaca uma etapa importante do processo de garantia da 
qualidade de compras, que é a seleção de fornecedores capazes de suprir as 
demandas de fornecimento da empresa, apresentando cinco etapas para avaliá-los: 
a. Desempenho anterior; 
b. Reputação; 
c. Visita e avaliação; 
d. Certificação de terceiros; 
e. Avaliação de amostras de produtos. 
 
O autor apresenta que o departamento de compras ocupa uma posição 
vital e única na organização industrial, pois a compra é uma das principais funções no 
sucesso para uma fabricação moderna. As indústrias de produção em massa, uma 
vez que contam com um fluxo contínuo de materiais certos, exigem uma divisão de 
compras eficiente. 
De acordo com Venanzi (2019), a função de compras é uma agência de 
ligação que opera entre a organização da fábrica e os fornecedores externos em todos 
os assuntos de compras. A compra implica a aquisição de materiais, suprimentos, 
máquinas e serviços necessários para a produção e manutenção da empresa. O autor 
apresenta ainda os objetivos do departamento de compras, que consistem em: 
adquirir o material certo; adquirir material em quantidades certas; adquirir materiais de 
qualidade certa; adquirir de fonte ou fornecedor certo e confiável; e por fim, adquirir 
material economicamente viável, ou seja, pelo preço certo ou razoável. 
 
28 
 
Figura 6 – Estrutura do setor de compras. 
 
Fonte: MARTINS (2020). 
 
Destacam-se ainda as atividades do departamento de compras, que são: 
manter registros indicando possíveis materiais e seus substitutos; manter registros 
de fontes confiáveis de suprimento e preços de materiais; revisar as especificações 
do material com uma ideia de simplificá-las e padronizá-las; estabelecer contatos com 
fontes de suprimento corretas; adquirir e analisar cotações; fazer e acompanhar 
pedidos de compra; manter registros de todas as compras; garantir, por inspeção, que 
o tipo certo (ou seja, quantidade, qualidade etc.) do material foi comprado; atuar como 
ligação entre os fornecedores e os diferentes departamentos da empresa, como 
produção, controle de qualidade, finanças, manutenção, etc., para verificar se o 
material foi comprado no momento certo e a taxas econômicas; manter um suprimento 
ininterrupto de materiais para que a produção continue com menos capital vinculado 
aos estoques; preparar o orçamento de compras; preparar e atualizar a lista de 
materiais exigidos pelos diferentes departamentos da organização dentro de um 
período de tempo especificado; manejar subcontratos no momento de alta atividade 
comercial; e ainda garantir que sejam feitos pagamentos rápidos aos fornecedores no 
interesse de boas relações públicas (CAVALCANTI, 2017). 
De acordo com o autor, existem três seções principais, nomeadamente 
compras, serviço de compras e registros: a seção compras faz pedidos com os 
fornecedores. A seção serviço de compra segue o andamento do pedido no final do 
fornecedor, sua remessa pelo fornecedor e seu recebimento final na empresa e os 
registros mantém todos os registros de cotações, custos, compras etc. 
29 
 
Diante de todas as informações citadas, entende-se que é fundamental o 
conhecimento primário acerca dos aspectos fundamentais da cadeia de suprimentos, 
do controle de estoque, e da gestão de compras, com o intuito de propiciar uma boa 
gestão da obra. 
2.5 Gerenciamento de projetos 
De acordo com Fusinato (2017), o Brasil passa por uma crise que deixa o 
mercado cada vez mais competitivo, em virtude deste cenário, acredita-se que o 
aprimoramento do sistema de gerenciamento de projetos em uma empresa possa 
garantir resultados mais eficientes, assim como mais adequados às necessidades dos 
clientes, propiciando um destaque no mercado. A autora fala ainda sobre o PMI, que 
diz respeito ao Project Management Institute, uma associação sem fins lucrativos que 
possui o objetivo de gerenciamento de projetos, formada por associados que estudam 
o tema nas mais diversas áreas, como farmacêutica, tecnológica, administração e 
construção. A associação elaborou o livro conhecido como “Um Guia do 
Conhecimento em Gerenciamento de Projetos”, que apresenta as diretrizes para o 
gerenciamento de projetos, desde conceitos envolvidos até o ciclo de vida do projeto 
e o gerenciamento deste e seus respectivos processos. 
 
Figura 7 – Conhecimentos do Guia PMBok. 
 
Fonte: FUSINATO (2017) 
30 
 
 
Conforme a ilustração apresentada pela autora, o universo do 
conhecimento de gerenciamento de projetos abordado pelo guia PMBOK, caracteriza-
se por ser aplicável à maioria dos projetos e é reconhecido com relaçãoao seu valor 
e utilidade, cabendo aos responsáveis por cada projeto definir o que é apropriado 
sobre sua aplicação. “[...] um projeto tem como definição ser um esforço temporário 
empreendido para criar um produto, serviço ou resultado exclusivo.” (FUSINATO, 
2016, p. 20). Desta forma, estes apresentam limitação de recursos ou tempo, e são 
ainda planejados, controlado e executados. Como exemplo, a autoria traz um 
empreendimento de edificação, que deve apresentar algumas características 
indispensáveis para seu desenvolvimento como projeto, sendo: 
 
a. Início e fim estabelecidos; 
b. Orçamento determinado; 
c. Metas detalhadas e pré-ordenadas; 
d. Conjunto de funções, que variam de acordo com o grau de 
complexidade do objetivo; 
e. Atividades complexas e inter-relacionadas, que não se limitem 
apenas a documentos, relatório, especificações e desenhos 
projetuais; 
f. Caraterística multiorganizacional, destacando-se que seu 
desenvolvimento depende de organizações externas. 
 
Ribeiro (2013) aborda sobre o objetivo da existência dos projetos dentro 
das organizações, que é conseguir implementar melhorias ou alcançar objetivos 
estabelecidos dentro de um determinado prazo e utilizando recursos disponíveis. Com 
o intuito de reduzir os riscos de fracasso, o gerente de projetos divide o projeto em 
fases, para obter um melhor controle e ainda aumentar as chances de alcançar o 
sucesso. 
“Dividir um projeto em fases é entender o funcionamento do seu ciclo de vida, 
ou seja, entender como cada etapa funciona e como elas estão ligadas umas 
as outras. O entendimento dessas fases pode variar de acordo com a visão 
de cada gerente, e da visão que a empresa tem sobre projetos.” (RIBEIRO, 
2013) 
 
31 
 
O autor apresenta ainda sobre a fase de planejamento, que é responsável 
por identificar e selecionar as melhores estratégias do projeto, detalhando tudo que 
será realizado, incluindo cronogramas, alocação de recursos envolvidos, custos, entre 
outros. O planejamento das aquisições consiste em determinar o que e quando 
comprar, é uma declaração do escopo, verificando onde estão os limites do projeto e 
ainda as informações importantes sobre necessidades e estratégias que precisam ser 
consideradas durante o planejamento de compras. É possível ainda detalhar mais 
essas etapas, direcionando à área da construção civil, desta forma, podendo obter-se 
o seguinte fluxo: 
 
Figura 8 – Fluxo da gestão de aquisição da construção civil. 
 
Fonte: FUSINATO (2017). 
 
Segundo o esquema apresentado pelo referido autor, os produtos devem 
estar descritos com detalhamentos e informações técnicas, sempre que for 
32 
 
necessário, e ainda apresentar as condições de mercado, que possibilita a busca dos 
produtos e serviços disponíveis, os seus respectivos fornecedores e quais os termos 
e condições que estes trabalham. O planejamento deve apresentar ainda os fatores 
que limitam as opções do comprador e outras restrições, tais como as financeiras. 
Deste modo, existem outras saídas dessa etapa de planejar as aquisições, incluindo 
estimativas de custo e cronograma, planos de gerência de qualidade, projeções de 
fluxo de caixa, EAP e riscos; visto que estes fatores são identificados por outros 
setores de gerenciamento, durante o desenvolvimento do projeto. 
Portanto, é importante destacar que o gerenciamento de aquisições e de 
prazos possui grande relevância no decorrer da execução de um projeto de 
construção civil. A definição e detalhamento de recursos financeiros e materiais que 
serão utilizados, deverá ser feito de forma cautelosa, com o intuito de evitar erros e 
distorções de planejamento, que podem acarretar diferenças de prazo e orçamento. 
Deve-se ressaltar a relação entre o planejamento de aquisições e o cronograma de 
uma construção, uma vez que seja possível estimar os insumos que serão 
necessários para a execução das atividades em determinado período. 
 
2.6 Planejamento de obra 
Para Felix & Gomes (2019), o planejamento de obras é imprescindível para 
certificar que a execução da obra será devidamente realizada conforme seu 
cronograma, garantindo que cada etapa seja desenvolvida de modo que esteja 
alinhada ao setor de compras e execução. De acordo com os autores [...] quanto 
melhor a organização da empresa e da obra, maior a probabilidade de as informações 
estarem corretas possibilitando um bom controle [...] (Goldmam, 2004, p.16 apud Felix 
&Gomes, 2019, p. 29). 
Segundo Soares (2014), para o sucesso de uma organização de 
construção civil é necessário buscar soluções com o intuito de controlar os custos na 
execução de uma obra, para que possibilitem utilizar processos com softwares, a fim 
de minimizar erros na execução de pequenas, medias ou grandes tarefas, com a 
concepção de eliminar os riscos na realização das atividades. 
33 
 
Segundo Fleury (2002) planejar e controlar as atividades estabelece como 
fator essencial para o ramo da construção civil, tendo em vista que, a organização dos 
recursos entre mão de obra, materiais, ferramentas e equipamentos, são de suma 
importância para desencadear a realização de uma tarefa, sendo assim, enfatizam a 
necessidade de alocar tais recursos em momentos certos da execução, identificando 
perspectivas de nível tático (curto prazo) ao nível estratégico (longo prazo). 
 
Figura 9 – O ciclo de vida de um projeto. 
 
Fonte: FAGUNDES (2013) 
 
Ribeiro (2006) aborda sobre os processos que são desenvolvidos durante 
o planejamento da obra e produção, sendo eles: os orçamentos; cronograma físico-
financeiro; cronograma de materiais; histograma de mão-de-obra; cronograma de 
entrega de materiais; fluxo de caixa e projeto para o canteiro de obras. O setor de 
engenharia é responsável pelo controle do planejamento de produção, que juntamente 
com o setor de projetos, irá analisar a necessidade de efetuar um replanejamento, de 
acordo com as demandas apresentadas no dia a dia. O autor frisa ainda a importância 
de compatibilização e integração dos setores, troca de experiências e comunicação 
clara que facilitem todo o processo. 
Conforme Dias (2004), o cronograma físico-financeiro é a representação 
gráfica do plano de execução de uma obra, com o objetivo de cobrir todas as fases de 
execução, desde a mobilização, atividades previstas no projeto, até a desmobilização 
do canteiro de obras. Para os referidos autores, como o próprio nome diz, ele é “físico” 
34 
 
por ser responsável pelo acompanhamento das etapas tangíveis do projeto e 
“financeiro” por prever os gastos envolvidos. 
 
“A maneira de representar o cronograma físico-financeiro é importante, pois 
quanto mais claro e detalhado, mais fácil ele será interpretado. Assim, 
certamente, essa ferramenta atuará como um gerador de metas a ser 
estabelecidas para a mão de obra da construção.” (MARTINS&MIRANDA, 
2016) 
 
Uma das principais alternativas nos canteiros de obras, seria a utilização 
de soluções tecnológicas com softwares de gestão segundo Bransalise (2017). 
Identificação de problemas, atribuição de versatilidade, praticidade e flexibilidade são 
umas das características destacadas pelo autor que irão fornecer acesso aos dados 
e informações a respeito da obra de maneira instantânea, independente de horário e 
local, oferecendo mobilidade ao gestor. 
A indústria da construção é um ambiente dinâmico e fragmentado; não é 
homogênea, mas se baseia em regime temporário, equipes de projetos individuais, 
grupo desconhecido de pessoas, combinações para diversas habilidades, com 
diferentes características, valores, prioridades, cultura organizacional e nível de 
experiência e assim por diante (SILVA et al, 2018). 
Conforme Sabbag (2017), para desenvolver o planejamento de obra, as 
organizações devem unificar as tarefas com o objetivo de viabilizar os processos 
construtivos, utilizando a metodologia de atividades sequenciais. Para gerir o projeto 
estratégico é necessárioque a comunicação entre setores seja constante, permitindo 
velocidade na resposta e eficácia na solução de problemas. Dalva (2018) destaca 
sobre o planejamento possibilitar informações sobre a produtividade dos setores de 
orçamento e planejamento, a duração das tarefas e as sequencias de atividades 
esperadas. A autora salienta ainda sobre a previsão de pontos críticos, pois o gestor 
pode prever falas ou problema no processo de construção e buscar medidas cabíveis 
para evitar a situação ou amenizar contratempos possíveis, administrando o 
desenvolvimento do cronograma de atividades, conforme as necessidades. 
O que torna esta comunicação mais complicada são os cinco diferentes 
tipos de informação que devem ser distribuídos e o fato de que cada tipo de 
informação deve ser comunicado de diferentes maneiras para os participantes do 
projeto. Além disso, alguns receptores podem não ter o mesmo nível de 
35 
 
especialização, e ainda alguns deles (por exemplo: trabalhadores) podem não ter 
conhecimento desejado, para decodificar todas as informações (CHAVES, 2015). 
Estes cinco tipos de informação são: informação técnica; informação financeira; 
informações de programação e trabalho em equipe (informação gerencial); alianças 
de informação (contratos e regulamentos) e códigos / legislação. 
Ainda conforme o autor, informações técnicas incluem esquemas, 
permissões de construção, relatórios técnicos, cálculos, desenhos, catálogos dos 
fabricantes e fornecedores, técnicas de fabricação, e assim por diante. Informações 
financeiras incluem relatórios do orçamento, custo de materiais, pagamento de 
trabalhadores, ordens de pagamento e tudo o que tem a ver com as questões 
financeiras de um projeto. Informações de programação e equipe de trabalho 
envolvem prazos, horários, horas de trabalho, planos de trabalho, cartas dos projetos, 
planos de comunicação, minutos, reuniões e qualquer informação gerencial. 
Aliar informações inclui verificar situações que englobam a padronização 
estratégica e como a colaboração deverá ser realizada, restrições de modo a não 
prejudicar a informações confidenciais, condições de contratos, normas de escritório, 
códigos, legislação, outros regulamentos e requisitos técnicos, disposições, 
regulamentos de segurança, normas de higiene e assim por diante. 
Os cinco tipos diferentes de informação e as inúmeras maneiras que esta 
informação deve ser comunicada, a fim de ser perceptível, podem gerar uma grande 
quantidade de documentação, e um enorme acúmulo de dados que passa entre os 
participantes em cada fase do projeto, além do processo de construção que requer 
um esforço intenso, assim como o tempo e custo em ordem a ser recolhido, 
distribuído, gravado e assim por diante (CHAVES, 2015). 
Além disso, se contempla que um projeto de construção envolve pelo 
menos trinta indivíduos participantes (engenheiros, designers, empreiteiros, 
subempreiteiros, fornecedores, autoridades legislativas e outras agências), em 
seguida, um caos na comunicação é esperado uma vez que todos estes participantes 
do projeto sobrecarregam o sistema de informações do projeto durante todas as fases 
com dados. Deste modo, se este sistema de informação é bem planejado e 
organizado, a comunicação é interrompida porque os participantes são seres 
humanos e para que cada um deles possa conceber informações de uma forma 
diferente, não podem estar interessados na mesma, ou podem ser incapazes de 
36 
 
perceber a sua importância (KERZNER, 2016). Além disso, podem enviar informações 
complicadas, escassaz, imprecisas ou enganosas. Como resultado, a coordenação 
de todas essas pessoas diferentes envolvidas em um projeto como este é uma 
experiência assustadora e exaustiva. 
 
Figura 10 – Benefícios do Planejamento de Obra. 
 
Fonte: DALVA (2018) 
 
Na medida que a comunicação intraorganizacional se desenvolve, esta 
apresenta como mecanismo de comunicação entre os funcionários de uma mesma 
empresa, que trabalham sem necessariamente ter contato com os funcionários de 
outras empresas, ou sem o seu trabalho ter uma relação direta com um projeto que 
está em ação, mas realizar um trabalho que ajuda a manter o sistema de gestão 
interna, todos os processos internos da empresa e toda a documentação dos projetos 
que estão em andamento. 
Por outro lado, a comunicação inter-organizacional (que constitui o tema 
deste trabalho), é uma plataforma de comunicação que permite a interação entre os 
representantes das empresas que cooperam para projetos comuns, a fim de realizar 
um trabalho específico, e seus objetivos comuns. Através de projeto de construção e 
padronização desta, se promove uma estreita relação de trabalho entre as diferentes 
37 
 
partes em um projeto de construção. Em outras palavras, entende-se a teoria do 
trabalho em equipe e cooperação muito além das barreiras estreitas de um escritório 
(FERRAZ, 2015). 
Tanto a comunicação inter-organizacional, quanto a intraorganizacional 
pode ser reforçada por vários meios como computadores, e-mails, ou comunicação 
face a face e a escolha do fluxo de informações depende da quantidade de 
informações, a instância a velocidade e precisão (FERRAZ, 2015). 
Para Ribeiro (2006), mesmo que os materiais representem uma 
porcentagem significativa dos custos da construção, e possam representar uma 
contribuição ainda maior no futuro, poucas empresas de construção possuem 
sistemas eficazes de gerenciamento de suprimentos. Decorrente disto, deve ser 
reconhecido que a indústria da construção precisa investir em aprimoramento no 
gerenciamento de suprimentos, observando-se que uma melhor utilização dos 
princípios básicos pode criar diversas oportunidades para aumentar a eficiência na 
construção e reduzir o custo total dos empreendimentos. 
Desta forma, é imprescindível destacar que uma boa negociação requer 
um planejamento prévio, pois proporciona redução de custos para a empresa, além 
da redução do estoque e a entrega em tempo hábil. Negociar em caráter emergencial 
pode gerar custos maiores para a empresa e o prazo desejado para entrega nem 
sempre consegue ser atendido, portanto a negociação com fornecedores pode ser 
desenvolvida de maneira eficaz, através de estratégias e garantindo a satisfação dos 
clientes e equilíbrio do fluxo de caixa. Outra estratégia seria desenvolver parcerias 
com mais de um fornecedor, permitindo que se tenha um poder maior de negociação 
e impedindo que a empresa dependa de um único fornecimento. (FELIX&GOMES, 
2019) 
Ademais, é necessário conhecer os prazos e recursos disponíveis, 
alinhando o pagamento dos fornecedores com a data de recebimento dos serviços 
executados pela empresa. O controle das atividades relacionadas ao setor de 
suprimentos requer o uso de ferramentas auxiliares, que promovam maior gestão do 
planejamento e negociação. Desta forma, o planejamento na construção civil 
possibilita que o empreendimento atinja suas metas e alcance seus objetivos de forma 
eficaz. 
 
38 
 
3 MÉTODO 
Neste estudo desenvolveu-se uma pesquisa exploratória com o intuito de 
coletar informações e dados que contribuíram para escolher o melhor método para 
atingir o objetivo proposto. A pesquisa elaborada se dá pela versatilidade em seu 
planejamento e possibilita estudar outros exemplos que foram estimulados para a 
compreensão do conteúdo. 
Foi adotado o método de estudo de caso, pois foi realizado o levantamento 
de dados referentes à deficiência no processo de compras da empresa analisada, que 
vem causando um grande impacto negativo em toda sua organização. Caracteriza-se 
o estudo em qualitativo devido a possibilidade de estudar as questões dos processos 
de aquisição de materiais com mais detalhes, assim como também obter os dados a 
partir da pesquisa de campo buscando-se no local os fenômenos estudados. 
A metodologia deste trabalho desenvolveu-se a partir da busca por autores 
e conceitosem livros, artigos, bibliografias, trabalhos acadêmicos, entre outros. Para 
o embasamento teórico foram identificadas referências externas de estudos de caso 
semelhantes à empresa em questão, além de ser realizada uma pesquisa de campo 
e registro fotográfico para uma melhor investigação. Foi definida ainda a obra que 
seria o estudo de caso, com a identificação das principais características pertinentes 
à pesquisa, acesso às plantas arquitetônicas, fotografias feitas in loco e conversa com 
os profissionais responsáveis. 
Foi realizado um estudo de todo o material coletado na fase inicial deste 
trabalho e verificou-se que o processo atual de aquisição de insumos da empresa em 
questão apresenta diversos problemas, deste modo, foi utilizado a técnica de 
modelagem BPMN (Business Process Management Notation) com o objetivo de 
avaliar a sequência das atividades e processos realizados na empresa, com o auxílio 
do software Bizagi, foi possível elaborar o desenho atual do fluxo de processos e a 
projeção de um novo modelo de gerenciamento dos processos da organização. 
A partir das informações coletadas, desenvolveu-se um fluxograma com 
propostas de otimização para o processo existente, de modo que o mesmo orientasse 
a equipe atual e os futuros profissionais que fossem contratados na empresa. Além 
disso, o modelo apresentado possibilita uma avaliação de todas as etapas e suas 
39 
 
principais dificuldades enfrentadas, tornando o processo mais assertivo e eficiente 
para o empreendimento. 
Deste modo, foram analisadas as informações recolhidas e juntamente com 
o modelo proposto para o processo de aquisição de materiais pôde-se destacar as 
vantagens que o aperfeiçoamento traria para a empresa, além da importância e 
relevância destes nos processos na construção civil, como também a detecção de 
falhas, aprimorando desta forma a eficiência produtiva e o desempenho 
organizacional. Por fim, o modelo proposto possibilitará uma agilidade nos processos, 
garantindo maior dinâmica e integração dos setores envolvidos, minimizando erros 
nas especificações, quantidades e condições de negociação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
40 
 
4 ESTUDO DE CASO 
4.1 Descrição do objeto de pesquisa: Informar Construções e Consultoria 
LTDA 
A prospecção metodológica abordada possui o intuito qualitativo de 
investigar e solucionar problemas nos procedimentos e processos, a fim de propor a 
identificação de falhas e gargalos oriundos de métodos ineficazes no setor de compras 
de uma empresa do ramo da construção civil, de razão social Informar Construções e 
Consultoria LTDA, e nome fantasia Reformar, instalada na cidade de São Luís – MA. 
A empresa escolhida como objeto de estudo desta pesquisa, possui mais de quinze 
anos atuando no mercado da construção civil na cidade, com uma grande projeção e 
expectativa de expansão para regiões próximas e cidades vizinhas. 
Atualmente, a empresa conta com um corpo tático de cinco funcionários, e 
dois estagiários, distribuídos nos setores de gerência, financeiro, engenharia/projetos 
e compras, sendo considerada, de porte pequeno. Conta ainda com um corpo 
operacional de mais de cinquenta colaboradores, dentre eles incluindo mão de obra 
terceirizada. Além disso, a empresa é financiada por dois sócios majoritários com 
relação familiar entre si. O departamento de engenharia é responsável pela gestão e 
operação das obras em andamento, que se encontra in loco nas respectivas obras, e 
é encarregado pelo planejamento, orçamentos, controle de compras e contratos de 
todas as construções, além de controlar a execução. 
Para realizar o estudo em questão, utilizou-se ferramentas que pudessem 
auxiliar no desenvolvimento da pesquisa, com destaque para a técnica BPMN 
(Business Process Management Notation) que tem por objetivo desenhar através de 
elementos diversos tipos de modelagem de processos, apresentando o fluxo 
sequencial das atividades e processos, com o auxílio da ferramenta Bizagi. Ademais, 
por meio de análise documental, observação, levantamento de dados e descrição das 
principais atividades, entrevistas, levantamento fotográfico, entre outros, pôde-se 
obter material necessário para a completude da pesquisa em si. 
Com o intuito de promover a discussão para a pesquisa, foi escolhida uma 
obra em andamento que fosse utilizada como objeto de estudo para análise e 
aplicando-se os conceitos abordados anteriormente no corpo deste trabalho. A 
41 
 
construção está localizada na Rua do Passeio, número 365, Bairro: Centro, São Luís 
– MA. 
 
Figura 11 – Implantação do projeto. 
 
Fonte: ACERVO PESSOAL (2021) 
 
O edifício comercial possui 3 pavimentos, totalizando 2.437,43 m², além de 
possuir na sua área interna, uma recepção para atendimento, 42 salas comerciais, 
banheiros e estacionamentos. 
 
Figura 12 – Planta baixa térreo. 
 
Fonte: ACERVO PESSOAL (2021) 
42 
 
A construção apresenta uma planta arquitetônica do pavimento tipo que se 
repete no primeiro e segundo andar, com as salas comerciais e banheiros, além das 
escadas de acesso aos outros pavimentos e área de recepção. 
 
Figura 13 – Planta baixa pavimento tipo. 
 
Fonte: ACERVO PESSOAL (2021) 
 
A obra realizada conta com etapas que já estão em fase de finalização, 
como é o caso da fachada frontal e fachada lateral direita, enquanto a área interna do 
edifício está em andamento, com compras de materiais sendo efetuadas, entre outros 
serviços de execução. 
 
Figura 14 – Prédio em construção - anexo do Hospital Português. 
 
Fonte: ACERVO PESSOAL (2021). 
43 
 
Uma das etapas da execução do empreendimento refere-se ao processo 
de aquisição de materiais que é realizado pelo setor de compras da empresa. Para 
atender às demandas e ao planejamento da construção, é solicitado o pedido de 
materiais que são apresentados a partir de um levantamento in loco, com o auxílio do 
projeto executivo e análise operacional feita pelos encarregados da obra. Deste modo, 
os pedidos são enviados ao solicitante, que realiza o orçamento com os fornecedores 
e após a entrega destes orçamentos, apresenta a opção mais viável à diretoria, 
envolvendo custo, qualidade e prazo como requisitos de aprovação. 
A construção interna do empreendimento conta com a aquisição de alguns 
materiais para atender às especificações do projeto arquitetônico, como a compra de 
gesso acartonado drywall para aplicação no forro e blocos de gesso comum para 
execução das divisórias dos ambientes internos. 
 
Figura 15 – Execução de forro em gesso acartonado drywall e blocos de gesso comum para 
divisórias. 
 
Fonte: ACERVO PESSOAL (2021). 
 
Diante da análise praticada na empresa, que possui como característica 
um estudo de caso, devido ao fato de se tratar de um trabalho empírico, pois examinou 
profundamente as atividades e comparações de mudanças funcionais, observou-se a 
necessidade de aprimorar o processo da aquisição de materiais, que durante a 
execução da obra foram sendo solicitados, para melhorar o andamento da construção. 
44 
 
 
Figura 16 – Concretagem do estacionamento e finalização de pavimento tipo. 
 
Fonte: ACERVO PESSOAL (2021). 
 
Para auxiliar o setor de compras da empresa, o cronograma físico-
financeiro é uma ferramenta essencial utilizada pela equipe, apresentando as 
principais informações de custo e prazo de cada etapa da obra. Este conta com a 
descrição das etapas a serem concluídas, sendo organizadas em tempo de execução 
e valores que são destinados para cada, e ainda a porcentagem referente ao valor 
total destinado ao orçamento da obra. 
A planilha apresenta na segunda coluna as diferentes etapas da obra 
dispostas em linhas, organizadas uma abaixo da outra, em geral na ordem de 
execução, destacando-se que quanto mais linhas apresenta o cronograma, maior será 
o detalhamento dos serviços; a terceira coluna representa o percentual destinadoà 
etapa em questão; a quarta coluna demonstra o custo total de execução dos serviços 
em cada etapa da obra; e por fim, as demais colunas indicam o período durante o qual 
a obra será realizada. 
O cronograma físico-financeiro é ordenado em serviços que são 
estipulados e organizados em meses de execução. Deste modo, observa-se que a 
empresa delimita os insumos que serão comprados de acordo com as atividades em 
andamento. Como exemplo, o item 03 que se refere à locação de obra, apresenta um 
percentual de 1,74% da construção e dispôs da aquisição de alguns materiais, como 
tábuas, sarrafos, barrotes, pregos, entre outros, que possuem como orçamento limite 
45 
 
de R$28.881,42. Além disso, para a compra destes insumos, foi necessário realizar 
um procedimento de compras, que conta com a verificação de estoque, solicitação de 
orçamento com fornecedores e a aprovação da compra realizada pela diretoria. 
 
Figura 17 – Exemplo de cronograma físico-financeiro do 1º ao 6º mês. 
 
Fonte: ACERVO PESSOAL (2021). 
 
Além da utilização do cronograma físico-financeiro, a empresa aplica um 
modelo para classificar e avaliar os diferentes tipos de fornecedores e os orçamentos 
apresentados por eles, deste modo é possível identificar qual é melhor custo-benefício 
para o material solicitado na etapa de execução da obra. Observa-se ainda que a 
empresa busca por orçamentos fora da cidade de origem, visto que em alguns casos 
46 
 
estes apresentam valor abaixo do mercado na capital, com foco em compra direto das 
fábricas. 
 
Figura 18 – Exemplo de cronograma físico-financeiro do 7º ao 12º mês. 
 
Fonte: ACERVO PESSOAL (2021). 
 
Foi realizado um levantamento para a compra de materiais que iriam 
compor as divisórias de bloco de gesso, a partir da pesquisa de quatro fornecedores, 
sendo dois locais e dois externos para um comparativo dos valores existentes no 
mercado. Assim observou-se que o fornecedor C, que é um fornecedor fora da cidade, 
apresentou valores menores comparado aos outros, sobre todos os produtos cotados, 
mesmo que este esteja incluindo diferencial de ICMS e frete. Desta forma, foi 
47 
 
escolhido o fornecedor C para atender à demanda solicitada referente à compra dos 
insumos para a divisória de blocos de gesso. 
 
Figura 19 – Exemplo de modelo de comparativo de fornecedores de composição para divisória de 
bloco de gesso. 
 
Fonte: ACERVO PESSOAL (2021). 
 
Realizou-se ainda um segundo levantamento, que diz respeito aos cabos 
elétricos a serem utilizados pela construção, e com base na busca de quatro 
fornecedores, sendo dois locais e dois externos, identificou-se também um 
comparativo dos orçamentos apresentados. O fornecedor D, que é externo, foi eleito 
com a melhor proposta e assim escolhido para atender à solicitação de compra. 
 
Figura 20 – Exemplo de modelo de comparativo de fornecedores de cabos elétricos. 
 
Fonte: ACERVO PESSOAL (2021). 
48 
 
Analisando os dois levantamentos elaborados, observou-se que os 
fornecedores externos, geralmente considerados direto da fábrica, apresentam na 
maioria das vezes os orçamentos mais baixos, em relação aos fornecedores locais. 
Desta forma, a empresa prioriza a compra de insumos direto da fábrica, pois oferecem 
um melhor custo-benefício. No entanto, ela acaba não se organizando para adquirir 
estes materiais no momento que são solicitados, o que acarreta compras fora do 
cronograma e em muitas vezes feitas com urgência, acabando por não ser realizada 
com fornecedores externos, pagando um valor mais alto por comprar em fornecedores 
locais. Além disso, outras atividades são atrasadas pois dependem da aquisição 
destes insumos. Portanto, é importante destacar que o setor de compras requer 
melhorias em seus processos de aquisição de materiais, com o intuito de solucionar 
problemas existentes, e aprimorar sua metodologia, possibilitando mais rapidez e 
diminuição dos custos da execução da obra. 
4.2 Definição do Problema 
Com base na análise dos dados coletados referentes a empresa, e a 
metodologia do processo de compras, observou-se que a organização enfrenta 
diferentes problemas, a destacar: 
 
a. Atraso de pagamento causado pelo atraso no lançamento da nota 
fiscal; 
b. Duplicidade na compra de materiais por falta de comunicação entre 
os gestores; 
c. Problema de pagamento por descontrole no cronograma financeiro; 
d. Atraso na entrega de materiais devido a erro na escolha dos 
fornecedores; 
e. Troca de fornecedores no decorrer da obra por falta de cumprimento 
das metas estabelecidas; 
f. Devido à falta de almoxarifado e de um sistema de controle, como 
softwares de gestão, diversos materiais que sobram das obras, não 
são contabilizados pela empresa, que não possui o controle do 
quantitativo e da possível utilização em outras obras em andamento; 
49 
 
g. Compras de materiais mais caros por falta de planejamento e 
organização. 
 
Com o intuito de solucionar os problemas elencados, é imprescindível 
buscar por modelos que possibilitem mais eficácia para seus processos e controle 
sobre suas operações, como a aplicação de ferramentas de gerenciamento do 
processo de compras. 
Considerando as informações coletadas sobre a estratégia utilizada pela 
empresa para realização de compras, destaca-se o processo atual nas atividades de 
aquisições dos suprimentos, demonstrando o acompanhamento na entrada dos 
pedidos realizados até a entrega do insumo. Observa-se que o processo de compras 
atual da empresa conta com etapas simplificadas na aquisição de materiais, que 
podem ser destacadas pelo seguinte esquema: 
 
Figura 21 – Fluxograma de processo de aquisição de material. 
 
Fonte: O AUTOR com o auxílio do software Bizagi (2021) 
50 
 
O processo atual de aquisição de material inicia a partir da decisão de 
definir os serviços a serem executados, principalmente utilizando-se o cronograma 
físico-financeiro, define-se os materiais que serão solicitados e realiza-se uma busca 
pelos fornecedores que poderão atender à solicitação. Ao receber os orçamentos dos 
diversos fornecedores, é feita uma negociação para redução dos preços e por fim, 
passa pela análise da diretoria para a aprovação. Caso o orçamento não seja 
aprovado, é realizada uma nova busca por fornecedores que atendam às exigências. 
Deste modo, finaliza com a tomada de decisão de efetuar o faturamento/pagamento 
do orçamento, pois mesmo que este esteja aprovado, em alguns casos poderá ser 
adiado conforme programação de pagamento. 
Após a análise da aquisição de materiais atual do setor de compras, e ainda 
outros problemas elencados neste estudo, pôde-se observar a possibilidade de várias 
melhorias no processo, como a comunicação, otimização de tempo, redução de 
custos e ainda agilidade na entrega das obras, entre outras evoluções e 
aperfeiçoamentos. Com o intuito de resolver diversos problemas citados e aperfeiçoar 
o processo de compras da empresa em questão, buscou-se desenvolver um 
fluxograma utilizando o software Bizagi, que é uma ferramenta que auxilia na criação 
de fluxogramas e modelagem de processos colaborativos, para sequenciar todos os 
possíveis passos nos processos de suprimentos. 
Utilizando a ferramenta Bizagi, propôs-se determinadas etapas para a 
aquisição dos materiais da empresa em estudo, com o intuito de aprimorar o setor de 
compras, acelerando processos e reduzindo tempo de obra das construções 
executadas. Buscou-se por especificar os primeiros passos fundamentais na 
aquisição do setor de compras, que envolvem desde a escolha dos fornecedores, até 
a tomada decisão, esta que poderá ser sujeita a análise de gestores e setor financeiro. 
A tomada de decisão poderá implicar na evolução das etapas, visto que somente após 
a aprovação poderá dar continuidade aos processos. 
4.3 Resultados e Discussões 
Diante de um mercado tão inovador, para uma empresa se manter ativa e 
competitiva, esta precisa

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