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Insuficiência Respiratória Aguda e VMNI

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ACLS 
 
THAYNÁ FIGUEIRÊDO – MEDICINA 
 
INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA AGUDA E VMNI 
 Insuficiência respiratória aguda pode ser definida 
como uma incapacidade do sistema respiratório em 
captar oxigênio (PO²) e/ou remover o gás carbônico 
do sangue e dos tecidos do organismo. 
 O SNC, SNP e músculos respiratórios e caixa 
torácica constituem a “bomba” ventilatória do 
sistema e são responsáveis pelo volume minuto e 
pela ventilação alveolar. Falhas na sua função 
resultam em represamento de CO² no sangue e 
hipercapnia que pode comprometer a oxigenação de 
forma secundária, impedindo a renovação do gás 
alveolar. 
 As afecções do parênquima pulmonar e das vias 
aéreas (principalmente as inferiores) resultam em 
prejuízo principalmente da oxigenação, sendo 
mantida a eliminação de CO² desde que a “bomba” 
ventilatória esteja funcionando adequadamente. 
 O sistema de transporte de gases para os tecidos do 
organismo quando não estão funcionando bem 
(quadros de choque ou disfunção da hemoglobina) 
também podem ser causas de insuficiência 
respiratória. 
 Classificação da insuficiência respiratória: 
o Hipercápnica. 
o Hipoxêmica. 
o Mista. 
INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA HIPERCÁPNICA 
 Se caracteriza por uma elevação da PaCO² acima 
de 50mmhg com acidemia resultante, ou seja, 
pH<7,34. 
 Está associada à HIPOVENTILAÇÃO 
ALVEOLAR, sendo a hipoxemia dela resultante, 
de grau leve. 
 Causas: 
o Distúrbios associados com eliminação 
inadequada de CO². 
o Cérebro: 
 Drogas: Opioides, benzodiazepínicos, 
venenos, barbitúricos. 
 Metabólicos: Hiponatremia, hipocalcemia, 
hiperglicemia, mixedema, neoplasias. 
 Infecção: Meningite, encefalite, 
poliomielite. 
o Nervos e músculos: 
 Trauma: Medula espinhal, diafragma. 
 Drogas/toxinas: Bloqueadores 
neuromusculares, aminoglicosídeos. 
 Metabólicos: Hipocalemia, hipercalemia, 
hipofosfatemia, hipomagnesemia. 
 Infecções: Tétano, poliomielite. 
o Outras: 
 Miastenia gravis. 
 Esclerose múltipla. 
 Distrofia muscular. 
 Guillain-Barre. 
o Vias aéreas superiores: 
 Crescimento tissular: Neoplasias malignas, 
pólipos, bócio. 
 Infecções: Epiglotite, laringotraqueíte. 
 Traumas: Fratura de costela, contusão 
torácica. 
 Outras: Paralisia bilateral de cordas vocais, 
edema de laringe, traqueomalácia. 
ACLS 
 
THAYNÁ FIGUEIRÊDO – MEDICINA 
 
 
 
 
INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA HIPOXÊMICA 
 É definida por uma PaO² < 60mmhg, em ar 
ambiente, ou caracteristicamente na vigência de 
oxigenoterapia. 
 Ocorre quando há alteração das trocas gasosas 
pulmonares, decorrente de lesão parenquimatosa 
pulmonar e dos variados graus de desequilíbrio 
ventilação/perfusão (V/Q). 
 Causas: 
o Captação anormal de oxigênio. 
o Neoplasia. 
o Infecções: Virais, bacterianas, fúngicas. 
o Trauma: Contusão pulmonar, laceração. 
o Outros: Broncoespasmo, ICC, SDRA, 
atelectasia, embolia pulmonar. 
INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA MISTA 
 Está presente quando ocorre hipoxemia grave 
associada à retenção de CO² com acidose 
respiratória. 
 
 Etapas das trocas gasosas pulmonares: 
1. Ventilação alveolar. 
2. Difusão. 
3. Perfusão. 
4. Relação V/Q. 
 A ventilação alveolar depende de: 
o Centro respiratório: Ponte e bulbo. 
o Medula: C3, C4, C5 (raízes do nervo frênico). 
o Nervos periféricos: Inervação do diafragma. 
o Músculos da respiração: Conjunto. 
o Caixa torácica: Permite expansão. 
o Vias aéreas: Permite o fluxo. 
 Espaço morto: Ocorre quando os alvéolos bem 
ventilados, porém pouco perfundidos, V/Q alta (não 
é hipoventilar). 
 Efeito shunt: Ocorre quando os alvéolos mal 
ventilados, porém bem perfundidos, V/Q baixa. 
o V/Q = 1 (Normal). V: Ventilação. Q: Troca. 
o Q=0 (Espaço morto). 
o ↓V/Q (Hipoventilação). 
o V=0 (Shunt). 
FISIOPATOLOGIA INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA 
AGUDA 
 Hipoxêmica 
 Incompatibilidade entre a ventilação alveolar e 
perfusão pulmonar. 
 Difusão diminuída de O² através da membrana. 
 Hipoventilação alveolar. 
 Altitudes elevadas. 
 Manifestações clínicas: 
o Estado mental alterado: Agitação, sonolência. 
o Trabalho respiratório aumentado, batimento 
de asa de nariz, uso de musculatura acessória, 
taquipneia, hiperpneia. 
o Bradipneia. 
o Cianose de membranas e mucosas. 
o Diaforese, taquicardia, hipertensão. 
 DEZ MANDAMENTOS DA INSUFICIÊNCIA 
RESPIRATÓRIA 
 Consciência: 
ACLS 
 
THAYNÁ FIGUEIRÊDO – MEDICINA 
 
o Sonolência/torpor/coma. 
 Dispneia: 
o Moderada/intensa. 
 Frequência respiratória: 
o > 35irpm. 
 Saturação O²: 
o <90%. 
 PaO²: 
o <60mmhg. 
 PaCO²: 
o >50-55mmhg. 
 Cianose: 
o Intensa +++/++++. 
 Estado hemodinâmico: 
o Instável. 
 Aspecto radiológico: 
o Hiperdensidade intensa. 
 Ph: 
o <7.35 ou >7.45. 
 Condições fisiopatológicas determinantes. 
 Hipoxêmica: 
o Hipoventilação/hiperventilação. 
o Defeito de difusão. 
o Alta V/Q espaço morto. 
 Hipercápnica: 
o Hipoventilação. 
o Baixa V/Q shunt. 
o Graves defeitos de V/Q. 
TESTES LABORATORIAIS 
 Gasometria arterial. 
 Radiografia de tórax. 
 Hemograma, eletrólitos. 
 Relação PaO²/FiO²: 
o Normal >400. 
o Déficit de oxigenação: >300<400. 
o Insuficiência respiratória: >200<300. 
o Insuficiência respiratória grave: <200. 
TRATAMENTO 
 Restauração das trocas gasosas adequadas para 
fornecer a distribuição de oxigênio aos órgãos vitais 
(VMNI, VMI, oxigenoterapia). 
 Tratamento da patologia de base. 
 Fornecimento de oxigênio: 
 Movimento de O² pela membrana: Eleva PaO² e 
PO² capilar. 
 PaO²: Aumenta com o fornecimento de O² 
suplementar, melhorando PO². 
 Intervenção para ganhar tempo. 
 Cânula nasal (CNAF- Cânula nasal de alto 
fluxo): 
o O² 100%: Fluxo baixo (0,5-5l/min). 
o Resseca mucosa: Fluxo alto. 
o Se baixo fluxo: Baixo O². 
 Máscara facial de ar (máscara de Venturi): 
o Liberam 100% de O² através da mistura de jato 
de ar. 
o Alto fluxo e O² controlado. 
 Máscara facial com reservatório: 
o Alto fluxo e alta concentração. 
 Ventilação não invasiva com pressão positiva 
(VNPP): 
o Assistência ventilatória sem uma via aérea 
definitiva. 
o Máscara nasal ou facial conectado VM. 
 BiPAP: 
o Pressão positiva de ar em dois níveis. 
ACLS 
 
THAYNÁ FIGUEIRÊDO – MEDICINA 
 
 CPAP: 
o Pressão positiva contínua de ar. 
VENTILAÇÃO MECÂNICA NÃO INVASIVA (VMNI) 
 Objetivos: 
o Melhorar trocas gasosas. 
o Aliviar trabalho respiratório. 
o Evitar intubação orotraqueal. 
 Vantagens: 
o Redução dos riscos da ventilação mecânica. 
o Redução da infecção respiratória. 
o Redução da morbimortalidade. 
o Redução estadia UTI/hospital. 
 Indicações: 
o Apneia obstrutiva do sono. 
o Asma, DPOC. 
o Edema agudo de pulmão. 
o Pneumonia, LPA, SARA (inicial). 
o Doença neuromuscular. 
 Contraindicações: 
o PCR. 
o Trauma grave. 
o Redução drive respiratório. 
o Instabilidade hemodinâmica. 
o Hemorragia digestiva alta. 
o Pós-operatório recente facial ou esofágico. 
 Contraindicações relativas: 
o Ansiedade. 
o Paciente não colaborativo. 
o SARA. 
o Trauma, queimadura da face. 
o Alterações anatômicas faciais. 
o Obesidade mórbida. 
o Aumento de secreção. 
 Complicações: 
o Ventilador: Correção lenta da insuficiência 
respiratória, distensão gástrica. 
o Máscara: Vazamentos, irritação ocular, 
necrose tecidual. 
o Perda da proteção das vias aéreas inferiores: 
Broncoaspiração. 
TRATAMENTO FARMACOLÓGICO 
 Broncodilatadores. 
1 Beta 2 agonista de curta duração: 
o Salbutamol (Aerolin). 
o Fenoterol (Berotec). 
1.2 Beta 2 agonista de longa duração: 
o Salmeterol (Serevent). 
o Formoterol (Fluir). 
1.3 Ultra longa duração: 
o Indacaterol (Onbrize). 
o Vilanterol (Relvar- Associação com 
fluticasona). 
o Olodaterol (Striverdi). 
2Anti-colinérgicos de curta duração: 
o Brometo de ipatrópio (Atrovent). 
2.2 Longa duração: 
o Brometo de tiotrópio (Spiriva). 
o Brometo de glicopirrônio (Seebri, ultribro- 
associação com indacaterol). 
o Brometo de aclidínio (Bretaris). 
ACLS 
 
THAYNÁ FIGUEIRÊDO – MEDICINA 
 
 Corticoides inalatórios: 
1. Beclometasona (Clenil, Fostair). 
2. Fluticasona (Seretide- associação com salmeterol, 
Relvar- associação com indacaterol). 
3. Budesonida (Busonid, Pulmicort, Foraseq- Alenia- 
Symbicort) associação com formoterol. 
4. Mometasona (Oximax). 
5. Ciclesonida (Alvesco). 
INTUBAÇÃO OROTRAQUEAL 
 Máscara e ressuscitador manual conectados ao 
oxigênio. 
 Material para aspiração orotraqueal. 
 Testar o cuff antes da intubação. 
 Retirar próteses dentárias. 
 Proteção: Luvas, máscaras e óculos. 
 Sedação: Midazolam e fentanil. 
 TOT; 7,0 -7,5 – 8,0 – 9,0 – 9,5 e 10. 
 Ausculta final e radiografia de tórax.

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