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Processo civil I AULA 3 DOS PEDIDOS 070815

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DOS PEDIDOS
Art. 322. O pedido deve ser certo.
§ 1o Compreendem-se no principal os juros legais, a correção monetária e as verbas de sucumbência, inclusive os honorários advocatícios.
§ 2o A interpretação do pedido considerará o conjunto da postulação e observará o princípio da boa-fé.
Art. 323. Na ação que tiver por objeto cumprimento de obrigação em prestações sucessivas, essas serão consideradas incluídas no pedido, independentemente de declaração expressa do autor, e serão incluídas na condenação, enquanto durar a obrigação, se o devedor, no curso do processo, deixar de pagá-las ou de consigná-las.
Art. 324. O pedido deve ser determinado.
§ 1o É lícito, porém, formular pedido genérico:
I - nas ações universais, se o autor não puder individuar os bens demandados;
II - quando não for possível determinar, desde logo, as consequências do ato ou do fato;
III - quando a determinação do objeto ou do valor da condenação depender de ato que deva ser praticado pelo réu.
§ 2o O disposto neste artigo aplica-se à reconvenção.
Art. 325. O pedido será alternativo quando, pela natureza da obrigação, o devedor puder cumprir a prestação de mais de um modo.
Parágrafo único. Quando, pela lei ou pelo contrato, a escolha couber ao devedor, o juiz lhe assegurará o direito de cumprir a prestação de um ou de outro modo, ainda que o autor não tenha formulado pedido alternativo.
Art. 326. É lícito formular mais de um pedido em ordem subsidiária, a fim de que o juiz conheça do posterior, quando não acolher o anterior.
Parágrafo único. É lícito formular mais de um pedido, alternativamente, para que o juiz acolha um deles.
Art. 327. É lícita a cumulação, em um único processo, contra o mesmo réu, de vários pedidos, ainda que entre eles não haja conexão.
§ 1o São requisitos de admissibilidade da cumulação que:
I - os pedidos sejam compatíveis entre si;
II - seja competente para conhecer deles o mesmo juízo;
III - seja adequado para todos os pedidos o tipo de procedimento.
§ 2o Quando, para cada pedido, corresponder tipo diverso de procedimento, será admitida a cumulação se o autor empregar o procedimento comum, sem prejuízo do emprego das técnicas processuais diferenciadas previstas nos procedimentos especiais a que se sujeitam um ou mais pedidos cumulados, que não forem incompatíveis com as disposições sobre o procedimento comum.
§ 3o O inciso I do § 1o não se aplica às cumulações de pedidos de que trata o art. 326.
Art. 328. Na obrigação indivisível com pluralidade de credores, aquele que não participou do processo receberá sua parte, deduzidas as despesas na proporção de seu crédito.
Art. 329. O autor poderá:
I - até a citação, aditar ou alterar o pedido ou a causa de pedir, independentemente de consentimento do réu;
II - até o saneamento do processo, aditar ou alterar o pedido e a causa de pedir, com consentimento do réu, assegurado o contraditório mediante a possibilidade de manifestação deste no prazo mínimo de 15 (quinze) dias, facultado o requerimento de prova suplementar.
Parágrafo único. Aplica-se o disposto neste artigo à reconvenção e à respectiva causa de pedir.
INTRODUÇÃO
O pedido é considerado o núcleo da petição inicial. Como o juiz não pode prestar a tutela jurisdicional senão quando requerida pela parte (art. 2º), conclui-se que o pedido formulado pelo autor na petição inicial é a condição sem a qual a o exercício da jurisdição não se legitima. O pedido é o limite da jurisdição.
E o pedido exprime o que o autor quer do Estado frente ao réu. O pedido dá ao juiz o limite da demanda, isto é, o juiz não poderá julgar além do que está sendo pedido pelo autor, conforme prescreve o princípio da congruência (arts. 141 e 492 do CPC). 
Deve haver coerência/consonância entre o pedido e os fatos e fundamentos jurídicos (causa de pedir), sendo vício grave a incoerência. 
O pedido tem dupla finalidade. A primeira é obter a tutela jurisdicional do Poder Judiciário, que pode ser por exemplo uma sentença condenatória. A segunda finalidade é obter o direito subjetivo postulado frente ao réu. 
Por isso fala-se em pedido Imediato e Mediato.
O pedido imediato consiste no requerimento para que o Poder Judiciário profira uma sentença declaratória (para que se declare ou não a existência de um direito), uma sentença constitutiva (quando há alteração de situação jurídica – ex. modifique situação jurídica) ou uma sentença condenatória (quando há inadimplemento por parte do réu). 
O pedido mediato é a utilidade da sentença, a obtenção do bem jurídico pretendido com a condenação do réu, como a condenação ao pagamento de um valor a título de danos morais, que o réu seja condenado a desocupar um imóvel ou condenado a pagar determinada quantia por ter sido o causador de um acidente de trânsito. O pedido mediato pode ser genérico nas hipóteses previstas na lei.
Exemplo: “O autor requer a condenação do réu ao pagamento de danos morais no valor de R$ 50.000,00.” O pedido Imediato consiste no pedido de CONDENAÇÃO do réu a título de danos morais. Já o pedido mediato consiste em que a condenação por danos morais seja no valor de R$ 50.000,00.
PEDIDO CERTO E DETERMINADO
Segundo os arts. 322 e 324 o pedido deve ser certo E determinado. Certo é o pedido que vem expresso na petição inicial. Determinado quer dizer definido e delimitado em sua qualidade e quantidade (condenar a pagar determinada quantia ou a entregar um veículo, ou tantas sacas de café tipo arábica).
É necessário precisar tanto o pedido imediato (sentença condenatória, declaratória ou constitutiva) quanto o pedido mediato (condenação a danos materiais ou morais em determinado valor, o despejo de determinado imóvel, etc). 
Não se admite o pedido tácito ou implícito. 
A exceção é a formulação de pedido genérico (art. 324, § 1º)
PEDIDO GENÉRICO: 
Pedido genérico é aquele em que falta a definição da quantidade ou qualidade, sendo certo somente em relação ao gênero. 
Neste caso o pedido é certo e determinado no tocante ao an debeatur (o que nos é devido), sendo indeterminado no tocante ao quantum debeatur (quanto nos é devido).
Importante salientar que o objeto imediato do pedido (Ex. Pedido de condenação, execução, declaração, etc) nunca pode ser genérico e há de ser sempre determinado. Porém o pedido mediato, em determinadas situações pode ser genérico. 
O § 1º do art. 324 estabelece as hipóteses em que o pedido pode ser genérico.
Art. 324. O pedido deve ser determinado.
§ 1o É lícito, porém, formular pedido genérico:
I - nas ações universais, se o autor não puder individuar os bens demandados;
II - quando não for possível determinar, desde logo, as consequências do ato ou do fato;
III - quando a determinação do objeto ou do valor da condenação depender de ato que deva ser praticado pelo réu.
Mesmo aqui não se pode fazer expressões vagas, como perdas e danos ou lucros cessantes.
O pedido deve ser especificado com a caracterização respectiva, isto é com a respectiva descrição do dano.
Ações universais são aquelas em que não é possível o autor individualizar na petição os bens, pois são aquelas em que a pretensão recais sobre uma universalidade. Exemplo: petição inicial versando sobre abertura de inventário (herança), onde o herdeiro não sabe discriminar a totalidade dos bens deixados pelo falecido. 
Quando não for possível determinar, de modo definitivo, as consequências do ato ou fato jurídico. Nesta hipótese o autor sabe que tem um determinado prejuízo, mas não tem como quantificá-lo. Neste caso deverá fazer a descrição minuciosa da lesão que sofreu (Ex: o prejuízo correspondente a perda da colheita de certa lavoura de café que foi incendiada ou o descarrilhamento de um trem de carga em várias casas próximas a linha de trem, etc), pois este valor será apurado durante a instrução do processo. 
O pedido também pode ser genérico quando a condenação depender de ato a serpraticado pelo réu. Como exemplo temos a situação em que o autor pede que o réu preste contas (ação de prestação de contas) dos imóveis e negócios que está administrando para o autor, pois somente após a prestação de contas é que o autor poderá saber se teve ou não algum prejuízo com a má administração e, consequentemente, poderá cobrá-los.
DO PEDIDO ALTERNATIVO (ART. 325)
Pedidos alternativos são aqueles em que o réu poderá cumprir por duas ou mais maneiras a obrigação que tem com o autor. 
O devedor se desvincula da obrigação cumprindo qualquer uma delas.
Quem faz a escolha: vide parágrafo único do art. 325. Se não houve previsão em lei ou contrato, a escolha inicialmente irá recair para o devedor. Se este não se manifestar no prazo concedido pelo juiz, a escolha irá passar para o autor.
Exemplo: em determinado caso o autor pode pedir a condenação do réu a entregar um carro novo ou o pagamento de seu valor correspondente.
Obrigação alternativa no Código Civil: arts. 252/256
DOS PEDIDOS SUCESSIVOS (ART. 326)
Pedidos sucessivos são aqueles em que o autor formula dois ou mais pedidos. São elaborados numa ordem sucessiva, pois na eventualidade do juiz não acolher o primeiro deles, ainda resta o segundo (ou terceiro, quarto, …) a ser analisado.
Teremos então um pedido principal e um pedido subsidiário ou eventual (ou sucessivo) para a hipótese de não vingar o primeiro. 
Não há limite para formulação dos pedidos subsidiários.
Os pedidos devem ser apreciados nesta ordem: primeiro o pedido principal e depois os pedidos sucessivos, na ordem em que foram formulados pelo autor na petição inicial.
O juiz não pode apreciar o pedido subsidiário ante de analisar o pedido principal. O pedido sucessivo somente será examinado pelo juiz se o pedido principal não puder ser acolhido.
Um exemplo seria o do autor em que pede que a concessionária seja condenada a entregar um carro novo, zero km. Pede, ainda, caso o juiz entenda que o caso não permite a condenação da concessionária a lhe entregar um novo carro, que ela seja então condenada a consertar o carro comprado pelo autor e que lhe foi entregue com defeitos.
Compra de um imóvel em que o réu entrega ao autor uma área menor do que a foi comprada. O autor pode formular um pedido principal em que pede a condenação do réu a complementar a área que adquiriu. Caso não seja possível, pede o abatimento proporcional do preço. Caso o juiz não concorde com os dois pedidos anteriores, que seja apreciado o pedido de rescisão do contrato com a devolução dos valores que foram pagos.
DO PEDIDO CUMULATIVO (ART. 327)
A lei não impede que a ação tenha dois ou mais pedidos. Quando o autor formula vários pedidos em uma mesma ação fala-se em cumulação de pedidos ou pedidos cumulados.
É importante mencionar que neste caso o autor pretende o acolhimento simultâneo de todos eles, o que o faz distinguir do pedido de natureza sucessiva.
A título de exemplo, normalmente na petição inicial o autor pede a condenação do réu ao pagamento da quantia de R$ e a entrega de …. Saliento que foi usado o termo “e”, que no caso significa o pedido de condenação do réu de forma cumulativa em dois pedidos. Em se tratando de pedido sucessivo, o autor costuma usar a expressão “ou.”.
Cada pedido distinto representa uma lide a ser composta pelo órgão judicial, ou seja, uma pretensão do autor resistida pelo réu.
A cumulação está condicionada aos requisitos do art. 327, §§ 1º, 2º e 3º. 
Compatibilidade entre os pedidos. Os pedidos devem ser compatíveis entre si, ou seja não podem se repelir ou se excluir reciprocamente, sob pena de inépcia da inicial. Lembremos, antes de declarar a inépcia, o juiz deve dar oportunidade para que a parte autora exclua um dos pedidos ou conserte a petição inicial. Exemplo: em uma ação de dissolução de união de fato, a mulher pede a meação dos bens adquiridos em sociedade e ao mesmo tempo pede indenização pelos serviços domésticos prestados.
Ainda, quanto a compatibilidade dos pedidos, Fredie Didier leciona que o autor deve sair da cumulação dos pedidos e partir para a formulação de pedidos de natureza sucessiva. Cita o seguinte exemplo de pedidos incompatíveis, mas que podem ser analisados pelo juiz se formulados de forma sucessiva: a) revisão e nulidade do contrato; b) resolução e abatimento do preço; c) complementação da área e resolução do contrato. 
Juiz competente para julgar todos os pedidos. O juiz deve ser competente para conhecer dos pedidos. Caso o juiz tenha competência para um pedido e não tenha para outro, não poderá haver cumulação. Exemplo: é o que pode ocorrer quando se formam pedidos contra litisconsortes facultativos, sendo que um deles goza de juízo privativo, como a União Federal. O autor ajuíza uma ação contra a União Federal e o Município de Caratinga em que pede a condenação da União a lhe fornecer o remédio X toda semana e o Município de Caratinga a lhe fornecer o remédio Y todo mês. 
Também não é possível a cumulação de pedidos quando o tribunal tiver varas específicas para determinados processos (Ex: cível, família, sucessões, fazenda pública) 
Que seja adequado para todos os pedidos o tipo de procedimento. Não há problema se todos os pedidos puderem ser processados pelo rito ordinário, pois nestes casos a parte autora estará renunciando à sumariedade ou a especialidade de um determinado pedido de rito especial. Contudo, não é possível a cumulação de pedidos relacionados a processos diferentes (cumular pedido de natureza executiva com pedido de processo de conhecimento). 
DO PEDIDO INDIVISÍVEL (ART. 328)
Quando vários credores são titulares, em conjunto, de uma relação insuscetível de cumprimento fracionário ou parcial, ou seja, uma obrigação indivisível.
Procura-se com este tipo de pedido regular a demanda que envolve relação jurídica creditícia em que há pluralidade de credores em torno de um objeto indivisível, e somente um ou alguns deles vai a juízo pedir a efetivação desta obrigação. Nestas situações qualquer deles é parte legítima para pedir a prestação por inteiro, já que ela é indivisível.
Obrigação indivisível no Código Civil: arts. 258 a 263.
Entende-se por obrigação indivisível aquela cuja prestação tem por objeto uma coisa ou fato não suscetível de divisão, por sua natureza, por motivo de ordem econômica ou dada a razão determinante do negócio jurídico (art. 258, CC).
Existe solidariedade ativa quando na obrigação concorrer mais de um credor com direito à dívida toda (CC, arts 264 e 265). Há indivisibilidade ativa na obrigação quando a prestação não puder se efetuar por partes (CC, art. 260). 
Recebida por um dos credores a prestação por inteiro, os demais credores dele é que poderão exigir a parte que lhes competia (art. 261, CC), arcando, contudo, com as despesas que lhe competia no processo para a cobrança do crédito (despesas do processo).
MODIFICAÇÃO E ADITAMENTO DO PEDIDO PELO AUTOR (ART. 329)
Como antes da citação a relação processual ainda não está completa, o autor poderá aditar ou modificar o pedido ou a causa de pedir, independentemente de qualquer autorização. As despesas que eventualmente decorrerem dessa modificação deverão ser carreadas ao autor, que a elas deu causa, sendo responsável pelo pagamento.
 Depois da citação, completada a relação processual, que de acordo com o entendimento dominante é no sentido de que se opera com a juntada do mandado de citação no processo, o autor não poderá modificar o pedido ou a causa de pedir, salvo se houver autorização do réu (art. 329, II).
DO PEDIDO DE PRESTAÇÕES SUCESSIVAS (OU PERIÓDICAS) (ART. 323)
Pedidos de prestação periódica resultam de ações que visam cumprimento de obrigações por trato sucessivo. Ex: locação; alimentos, etc. Ou seja, quando a obrigação se desdobra em várias prestações periódicas que irão vencer ao longos dos meses e, via de consequência, do curso do processo.
Quando ocorre o vencimento de prestações no cursodo processo. O devedor, a medida em que forem vencendo as prestações, cumpre de imediato pagá-las ou depositá-las em juízo, sendo que se não o fizer, a sentença irá incluir as prestações vincendas e não pagas na sentença condenatória, até o integral cumprimento da obrigação. 
De tal modo, a sentença irá incluir as prestações que venceram até o ajuizamento da ação, as prestações que venceram no curso do processo até a prolação da sentença, bem como as prestações que venceram durante o processo de execução até a data do efetivo pagamento da condenação. 
O pedido de prestações periódicas ocorre mesmo sem menção expressa do autor na petição inicial. O juiz já procede de ofício, automaticamente, em face da determinação da lei.
DA INTERPRETAÇÃO DO PEDIDO (ART. 322)
Como já sabemos, é o autor quem delimita a lide, quando formula o pedido na petição inicial, sendo que a sentença deve ser dada de forma congruente com o pedido, já que o juiz não pode decidir fora do que foi pedido.
Ou seja, o juiz não pode conceder ao autor mais do que ele pediu, nem decidir abaixo do que foi pedido, nem fora dos limites do pedido.
Salientamos que as matérias de ordem pública (ex: nulidade de citação, prescrição, decadência, condições da ação, etc) estão fora da regra da congruência, pois o juiz tem de decidi-las de ofício, independente de pedido da parte ou interessado.
Portanto, ao interpretar o pedido, o juiz deve fazê-lo de forma restritiva.
Contudo, há alguns pedidos que se encontram compreendidos na petição inicial, como se fossem pedidos implícitos. Isto porque seu exame decorre da lei, prescindindo de pedido expresso do autor. 
São eles: os juros legais (art. 322); a correção monetária, porque se trata de mera atualização monetária, as custas processuais e os honorários advocatícios.
DO PEDIDO COMINATÓRIO
Cominar significa ameaçar com pena ou castigo.
Pedidos cominatórios são aqueles que tenham por objetivo fixar uma medida judicial que force o réu a cumprir a sentença (ou liminar) dentro de um determinado prazo fixado pelo juiz, sendo que normalmente se opera através da cominação de uma multa ao réu pelo atraso no descumprimento da decisão judicial. 
A multa também é conhecida pelo nome de astreinte. 
A multa pode ser estabelecida de ofício pelo juiz.
A multa serve como um castigo, de forma de coagir, a estimular o réu a cumprir voluntariamente uma ordem judicial. A função da cominação é tornar mais segura e rápida o cumprimento da obrigação por parte do réu.
O pedido cominatório é possível quando se tratar de pedido de fazer, não fazer ou entregar coisa. O pedido cominatório não é cabível quando se tratar de pedido que tenha como finalidade condenar o réu a pagar quantia certa (dinheiro).
Multa (astreinte) no CPC: art. 497, 536, 537

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