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PIM VI LOGÍSTICA

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UNIVERSIDADE PAULISTA 
CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM 
LOGÍSTICA
PROJETO INTEGRADO MULTIDISCIPLINAR VI
NATURA COSMÉTICOS
ALUNO: RODRIGO SAVANHACO PINTO - RA 2180812
São Joaquim da Barra 
 2022
RESUMO 
Este estudo trata-se de um Projeto referente à pesquisa realizada no período do 
Curso de Graduação Tecnológica em logística da Universidade Paulista UNIP, realizada 
na cidade de São Joaquim da Barra. A empresa estudada nesse período foi a Natura 
cosméticos. Nesta jornada foram detalhadas as seguintes disciplinas, Estatística Aplicada,
Logística para Importação e Exportação e Ética, Cidadania e Sustentabilidade.
O grupo Natura é hoje a maior empresa brasileira de cosméticos e a quarta maior do 
mundo no ramo. Presente em diferentes países ao redor do mundo, hoje a empresa conta
com mais de 100 milhões de consumidores. Um dos motivos que permite que a empresa 
alcance esse número expressivo de clientes está na logística. A Natura entende que a 
logística é muito mais que uma operação da empresa, e sim um braço estratégico no 
alcance de seus resultados.
Palavras chaves: Natura, Estatística Aplicada, Logística para Importação e Exportação e 
Ética, Cidadania e Sustentabilidade.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................…..…...4
2 ESTATÍSTICA APLICADA…………………………………………………...…..........……...5 
2.1 Análise de Mercado …….………..…...........................................................…...……... 5 
2.2 Análise de Mercado da Natura......................................................................….……....5
2.3 Participação de mercado…………………….................................................…..……....6
2.4 Faturamento e Crescimento do Setor……………………………………………………...7
2.5 Faturamento da Indústria Brasileira de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos...8
3 LOGÍSTICA PARA IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO……………........................…..... 9 
3.1 Determinantes do processo de internacionalização………...…………….....…………..9 
3.2 Modos de entrada no mercado internacional……………………………...……………. 10 
3.3 A internacionalização das empresas brasileiras……………….......................……….. 10
3.4 A importância dos canais de distribuição no exterior.........……………………………...10
3.5 Embalagens de Recebimento e Expedição……………………………………………….11
3.6 (RFID Código de barras etc.) / (FIFO - First in First out)………………………………..12
4 ÉTICA, CIDADANIA E SUSTENTABILIDADE..……………………………………………13
4.1 Visão ética………………………………….…………….……………………….…………..13
4.2 Principio ético da empresa…………………………………………………….………..…..13
4.3 Código de conduta………………….……………..……………………………….………..13
4.3 Responsabilidade social…………...……..…………………………………………………14
4.4 Sustentabilidade, Ética e Compliance……………………………………………………..14
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................…...….. 16 
REFERÊNCIAS .....................................................................................................……... 17
1 INTRODUÇÃO
Tudo começou em 1969 quando Luiz Seabra inaugurou uma loja de cosméticos na 
famosa avenida Oscar Freire, na cidade de São Paulo (SP). Mais do que fabricar e vender
cosméticos, a empresa tinha (e continua tendo) como principal objetivo a construção de 
bem-estar entre as pessoas. 
Desde o princípio, todas as ações estavam voltadas para alcançar este objetivo, pois 
acreditam fielmente que através do bem-estar poderiam mudar o mundo. 
Hoje em dia, a Natura é muito conhecida pelas ações em prol do meio ambiente e por 
meio das atividades sustentáveis. Porém, engana-se quem acha que isso trata-se de uma
adaptação ao cenário, ou mesmo uma estratégia de marketing, a Natura já nasceu com 
esta filosofia de trabalho. 
Por acreditar no poder das relações entre as pessoas a empresa chegou à marca de mais
de 100 milhões de consumidores. Este valor é quase que 50% de toda a população 
brasileira. E uma das principais estratégias para alcançar este número expressivo de 
clientes é através da venda direta. 
Hoje a Natura conta com aproximadamente 1,7 milhão de consultoras e consultores no 
Brasil, Argentina, Chile, Colômbia, México e Peru.
Outro fato relevante na história da Natura é a recente aquisição da empresa 
norte-americana AVON. Tal fato aconteceu em 2019 por US$ 3,7 bilhões (cerca de R$ 15 
bilhões), criando o quarto maior grupo de beleza do mundo. A operação foi realizada por 
meio de trocas de ações entre as duas companhias. Outra importante aquisição do grupo 
Natura foi a rede The Body Shop, da L’Oréal, por cerca de € 1 bilhão de euros 
(aproximadamente R$ 6 bilhões), aumentando significantemente sua presença 
internacional e faturamento global.
A Natura não para de crescer e expandir seus negócios, seja através da ampliação de sua
rede de revendedores ou da aquisição de empresas concorrentes. Contudo, não podemos
de deixar de olhar o enorme impacto social que a empresa causa. A Natura acredita que a
beleza deve ser sustentável, e assim ela busca os melhores resultados para seus 
produtos e serviços através da preservação da saúde e segurança de seus trabalhadores,
conservação do meio ambiente e do consumo consciente.
2. ESTATÍSTICA APLICADA
De modo geral, estatística é um campo dedicado à coleta, ao processamento e à análise 
de dados. Seu objetivo é reduzir as incertezas sobre o que está em avaliação e 
apresentar os resultados com a menor margem de erro possível. 
Um dos exemplos de estatística aplicada mais conhecidos é a época de campanhas 
eleitorais. Sabe aquelas pesquisas de intenção de votos ou então para descobrir o grau 
de satisfação com o governo? Sempre tem estatísticos por trás de análises como essas.
Além da política, qualquer área precisa tom ar decisões, não é mesmo? Quanto maior o 
volume de dados, mais precisas elas tendem a ser. É aqui que entram os profissionais 
para planejar e coordenar o levantamento das informações por meio de questionários, 
entrevistas ou outros métodos. Depois, ele organiza tudo. 
Seu trabalho está diretamente ligado à interpretação de dados. Ao cruzar todas as 
informações coletadas, os profissionais de estatística aplicada transformam esse banco 
em insights. A partir daí órgãos públicos e empresas privadas podem extrair conclusões 
mais acertadas. 
2.1 Análise de Mercado 
A análise de mercado é o processo de obtenção de informações sobre o mercado de 
atuação da sua empresa/ideia, bem como os fatores que podem impactar no sucesso ou 
fracasso desse empreendimento. 
É por meio desse processo que você obtém dados sobre o segmento e o contexto nos 
quais sua organização vai atuar, o potencial do seu público-alvo, a relação do seu produto
com os fornecedores e o posicionamento da concorrência. 
Trocando em miúdos, a análise de mercado é uma atividade determinante para o 
nascimento de um negócio. Só assim é possível entender as atividades que merecem sua
atenção e que, de fato, são capazes de tornar o negócio um sucesso.
Um empreendedor precisa ter fé no potencial do seu produto, é claro. Mas, tão importante
quanto a confiança, é te r a certeza do valor do seu negócio e se as pessoas, de fato, 
comprarão a ideia. 
Há dois tipos básicos de análise de mercado: a análise de gabinete e a pesquisa de 
mercado. 
2.2 Análise de Mercado da Natura 
Vamos usar como exemplo a análise de mercado da empresa mostrando os cálculos 
estatísticos na análise de participação de mercado, participação de setor em relação ao 
total, mostrando crescimento por segmento, produto e também número de l ojas em 
determinado período, com os gráficos para análise. 
2.3 Participação de mercado
Também chamado de Market Share ou Quota de Mercado é a participação de uma 
determinada empresa no mercado em que ela está inserida. Para determinar a 
participação de mercado de uma empresa basta descobrir qual é o percentual 
correspondente ao seu negócio em algum aspecto do mercado, como a categoria de 
atuação, o total de vendas ou o faturamento do segmento. Neste exemplo 
demonstraremoso percentual de participação da empresa Natura no setor de Higiene 
Pessoal, Perfumaria e Cosméticos. 
Natura é uma empresa que atua no setor de produtos cosméticos, tecnicamente 
conhecido como Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (HPPC). De acordo com a 
Anvisa, temos os segmentos do setor de HPPC com seus respectivos produtos:
Este segmento é considerado como parte de “consumo não cíclico’’, onde em muitos 
casos o setor não acompanha, nas mesmas proporções, as variações no ambiente 
econômico, sendo assim mesmo em períodos de crises econômicas este setor é capaz de
demonstrar estabilidade e reverter impactos negativos. 
A ABIHPEC (Associação Brasileira d a Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e 
Cosméticos) apresenta como alguns dos fatores para o crescente desenvolvi mento deste
setor o acesso das classes D e E aos produtos do setor, devido ao aumento de renda, 
participação crescente da mulher brasileira no mercado de trabalho, a utilização de 
tecnologia de ponta e o consequente aumento da produtividade, favorecendo os preços 
praticados pelo setor, que tem aumentos menores do que os índices de preços da 
economia em geral. 
No caso da empresa Natura é importante destacar os lançamentos constantes de 
produtos atendendo cada vez mais às necessidades dos consumidores e a forte presença
no mercado nacional e internacional, com maior atuação na América Latina.
2.4 Faturamento e Crescimento do Setor
Nos primeiros 10 meses de 2019, o faturamento da indústria nacional de HPPC 
contabilizou crescimento nominal de 5% em relação a igual período do ano anterior. Em 
termos reais, o aumento das vendas foi de 0,69%. 
Ainda de acordo com a ABIHPEC, o setor de HPPC é um dos que mais cresce no Brasil, 
com mais de 500 mil estabelecimentos, incluindo salões de beleza e clín icas de estética, 
e um alto número de profissionais que impulsionam a atividade da indústria, apresentando
também alta de 0,8% em f aturamento no primeiro semestre de 2020, quando comparado 
com o mesmo período de 2019.
2.5 Faturamento da Indústria Brasileira de Higiene Pessoal, Perfumaria e 
Cosméticos
No último ano a Natura completou a aquisição da empresa norte-americana AVON, 
criando um grupo avaliado em US$ 11 bilhões (cerca de R$ 44,5 bilhões) a Natura&CO, 
se tornando o quarto maior grupo exclusivo de beleza no mundo, com faturamento bruto 
anual superior a US$ 10 bilhões, cerca de 40,2 bilhões em reais, mais de 6,3 milhões de 
representantes e consultoras, 3.200 lojas, mais de 40 mil colaboradores e presença em 
cem países. 
Segundo dados da empresa de pesquisas EuromonitorInternational, as vendas do setor 
de produtos de beleza e cuidados pessoais alcançaram R$ 109,7 bilhões em 2018. E 
segundo dados da mesma empresa, a Na tura é a maior empresa em participação de seu 
segmento de mercado no Brasil, com 11,9% das vendas do seu setor de beleza e 
cuidados pessoais. Globalmente, a Natura tem 1,4%.
3 LOGÍSTICA PARA IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO
O início do processo de internacionalização é um desafio para as empresas brasileiras 
devido à defasagem tecnológica e ao desconhecimento sobre mercados internacionais e, 
além dos desafios naturais enfrentados neste processo, as organizações brasileiras 
precisam construir uma imagem positiva de seus produtos no exterior. No caso do setor 
de cosméticos o mercado é altamente competitivo e dominado por marcas francesas, 
inglesas e americanas e um dos desafios é desenvolver uma diferenciação que conduza 
empresas brasileiras do setor a uma vantagem competitiva sustentável. Nesse sentido, a 
biodiversidade da flora brasileira pode ser identificada como esse fator de diferenciação, 
dado que ela possibilita o desenvolvimento de cosméticos que utilizam princípios ativos 
únicos advindos dessa biodiversidade. 
Contudo, além de um produto diferenciado calcado na biodiversidade, a estratégia de 
distribuição e comercialização também é fator chave para o sucesso dos negócios.
Com o crescimento dos empreendimentos internacionais e da dispersão das bases 
produtivas e comerciais entre os países aumenta proporcionalmente a importância do 
fluxo eficaz de matérias-primas e produtos acabados entre as diversas localidades, 
tornando-se vital para as empresas a correta definição das estratégias de comercialização
e distribuição dos seus produtos.
Com o intuito de contribuir com o avanço do conhecimento sobre a internacionalização 
das empresas brasileiras, os objetivos deste trabalho são: descrever o processo de 
internacionalização de uma empresa brasileira identificando o modelo de entrada adotado
e entender a escolha do canal de distribuição para operar nesse mercado internacional.
3.1 Determinantes do processo de internacionalização
A partir da abertura do mercado, que no Brasil aconteceu fortemente na década de 90, as 
empresas identificaram a necessidade de tornarem-se competitivas mundialmente, 
almejando novos mercados no exterior. Outro determinante do processo de 
internacionalização é a estratégia adotada pela empresa para as suas atividades de 
Pesquisa e Desenvolvimento (P&D). AlEm e Cavalcanti (2005) destacam que, a partir da 
operação em vários países, a empresa passa a ter acesso a novas tecnologias, acesso 
este até então inviabilizado apenas com a operação local. Além disso, a maior escala de 
produção permite reduzir custos de prospecção tecnológica. De acordo com Vernon 
(1996) as empresas que buscam a diversificação internacional devem estender o ciclo de 
vida de seus produtos por meio da comercialização destes no mercado externo a 
princípio, a partir de sua produção doméstica e, com o aumento da demanda, a partir de 
investimento direto no exterior em capacidade de produção. Em estudo com empresas de 
Taiwan e Cingapura, Sim e Pandian (2003) identificaram que estas se internacionalizaram
pelos seguintes motivos: custos mais baixos de mão de obra; joint-venture com 
fornecedores para garantir suprimentos de matéria-prima; aquisições ou joint-venture para
ter acesso à tecnologia; e expansão de mercado pelo acesso ao NAFTA (North American 
Free Trade Agreement) e à Europa. Além disso, as empresas buscavam determinados 
países devido ao custo e vantagens oferecidas por eles tais como facilidades de logística, 
publicidade e relacionamento regional. Dunning (2002) identifica novas razões para 
investimentos diretos das empresas no exterior, principalmente a partir dos anos 90, com 
a explosão do fenômeno da globalização. 
Entre estas razões é possível destacar o crescimento das integrações regionais, resultado
da maturação dos blocos econômicos a exemplo do NAFTA e União Européia; e maior 
quantidade de políticas de atração de investimentos diretos de empresas estrangeiras.
De acordo com Alem e Cavalcanti (2005)a internacionalização possibilita às empresas 
expandir seus mercados, obter ganhos de escala, aumentar sua especialização, obter 
aprendizado e fortalecer sua base financeira possibilitando novos investimentos e 
desenvolvimentos tecnológicos.
3.2 Modos de entrada no mercado internacional
Segundo Buckley e Casson (1998), custos de localização, fatores de internacionalização, 
variáveis financeiras, fatores culturais, estrutura de mercado, estratégia competitiva, 
custos de adaptação (ao ambiente local) e custos de realização de negócios 
internacionais foram identificados na literatura como fatores que exercem influência na 
decisão de entrada no mercado externo. A partir da análise da interação entre estas 
variáveis, Buckley e Casson (1998) definiram um modelo que descreve 12 diferentes 
alternativas de entrada em mercados internacionais, tais como: investimento direto 
internacional (meios de produção e distribuição próprios), investimento direto internacional
em meios de produção, subcontratação, investimento direto internacional em meios de 
distribuição, exportação (para distribuidores independentes) e Joint-Venture em produção 
(subcontrata distribuição), entre outras. Segundo Kim e Hwang, 1992, a entrada no 
mercadoexterno normalmente se dá por intermédio de exportação, pois não exige 
experiência em produção no exterior, apenas investimento em meios para comercializar e 
distribuir seus produtos. Contudo, a exportação implica em altos custos de logística e 
taxas de importação e o controle sobre a comercialização e distribuição é limitado, o que 
pode restringir a competitividade do produto nesse mercado.
3.3 A internacionalização das empresas brasileiras
Os principais motivos para a internacionalização das empresas brasileiras segundo 
estudos da Fundação Dom Cabral (FDC, 2002) são: busca de economia de escala; 
desenvolvimento de competências para atuar em mercados internacionais; exploração de 
vantagens de localização e saturação do mercado brasileiro. Estes mesmos motivos são 
apontados por Cyrino e Pinedo (2007), porém como benefícios da internacionalização. 
Para Ricupero e Barreto (2007), não existem fatores determinantes da internacionalização
que sejam específicos do Brasil, estes autores se norteiam pelas definições da UNCTAD 
(United Nations Conference on Trade and Development), que afirmam que os fatores 
determinantes do processo de internacionalização são semelhantes para qualquer 
empresa de qualquer país, ou seja, estas empresas buscam recursos, mercados, e 
tecnologia. Estes são os mesmos motivos que levam empresas de países desenvolvidos 
a também se internacionalizarem. Ricupero e Barreto (2007), consideram os 
investimentos das empresas no exterior como um indicador de desenvolvimento da 
economia e também que a aquisição de competências permite às firmas se inserirem no 
ambiente globalizado.
3.4 A importância dos canais de distribuição no exterior
Segundo Ventorini (2004), a definição do canal de distribuição é tarefa essencial para o 
êxito no processo de exportação e comercialização no mercado internacional. Para Stern 
et al. (1996) os canais de distribuição são um conjunto de organizações interdependentes 
envolvidas no processo de tornar o produto ou serviço disponível para consumo ou uso. 
Segundo Bradley (1995), a gestão dos canais de distribuição internacionais envolve os 
vários meios existentes para transferência de produtos e serviços de um fabricante 
localizado em um determinado país para o cliente localizado em outro. 
O autor reforça que os mesmos canais de distribuição utilizados no mercado doméstico 
nem sempre podem ser considerados devido à complexidade envolvida na logística 
internacional. A escolha do canal de distribuição influenciará diretamente nos custos da 
empresa e consequentemente no preço final do produto. Além disso, tem papel 
fundamental no estímulo à demanda por meio de atividades promocionais dos 
atacadistas, varejistas e representantes (MACHADO e LIBONI, 2004). Para Stern et al. 
(1996), o canal de distribuição deve estar alinhado com a estratégia de produto/mercado 
adotada pela organização, ou seja, o sistema de distribuição só pode ser desenhado de 
forma adequada se a empresa já tiver definido com clareza o produto e o público alvo em 
questão. Segundo Ventorini (2004), os fatores mais significativos no processo de escolha 
do melhor canal de distribuição são: natureza do produto (dimensão, peso, etc.), 
características do mercado (localização, hábitos de compra, poder aquisitivo, etc.), 
qualificação dos agentes intermediários e vantagens e desvantagens de negociar 
diretamente com os consumidores finais sem intermediários. Machado e Liboni (2004) 
destacam que a distribuição pode ser exclusiva, intensiva ou seletiva. Na distribuição 
exclusiva, o intermediário não pode trabalhar com marcas concorrentes, já na distribuição 
intensiva o foco está em maximizar o volume de vendas, garantindo maior cobertura de 
mercado, conveniência espacial e pulverização do risco. Por fim, a distribuição seletiva 
busca a preservação da imagem do produto e melhor atendimento ao consumidor por 
intermédio da escolha de um número reduzido de intermediários. De acordo com Forner 
(1999), os tipos de canais e agentes que colaboram com a distribuição e colocação do 
produto nos distintos mercados internacionais são: trading companies, comercial 
exportadora, consórcio de exportação, representantes de vendas no exterior, importador-
distribuidor e varejistas (Dealers). Uma das alternativas para comercialização e 
distribuição dos produtos é a venda direta que Coughlan (2002) define como a venda de 
um produto ou serviço ao consumidor face a face, distante de uma localização varejista 
fixa. Para a Associação Brasileira de Empresas de Vendas Diretas – ABEVD (2007) a 
venda direta é “um sistema de comercialização de bens de consumo e serviços 
diferenciados, baseado no contato pessoal, entre vendedores e compradores, fora de um 
estabelecimento comercial fixo, [...] presente em todo o mundo e envolvendo os mais 
diversos setores da economia de produtos de limpeza a automóveis”. 
3.5 Embalagens de Recebimento e Expedição
A Natura possui um CD pequeno localizado em Recife/PE, utilizado como laboratório 
prioritariamente para testes; ou seja, quando a companhia deseja alterar o layout de uma 
caixa (utilizada na entrega dos pedidos), por exemplo, lança o projeto nesta região de 
modo a avaliar o caráter logístico. 
A Natura possui um padrão de Caixa no qual os operadores deverão se adequar, este 
padrão está descrito no Manual Sistema Requisitos Integrados, como segue: 
• O Operador Logístico deve garantir que os produtos sejam acondicionados dentro da 
caixa padrão Natura preservando sua identidade e integridade física. Todos os produtos 
disponíveis nas linhas de separação devem estar devidamente arrumados, limpos e 
organizados em sua respectiva caixa e posição; 
• É necessário evitar a formação de camada extra nas caixas de produtos disponíveis 
para separação; 
• O Operador Logístico deve realizar a separação dos pedidos garantindo o nível de 
serviço e padrões de qualidade requeridos; 
• O Operador Logístico deve garantir que os produtos sejam acondicionados dentro da 
caixa Natura respeitando o limite máximo de peso estabelecido e otimização de cubagem,
conforme abaixo: 
• O Operador Logístico deve assegurar que as caixas sejam lacradas adequadamente 
(cintas ou hot melt);
• Caso falte algum produto nas linhas de separação, o responsável pelo estoque e 
recebimento deve ser informado imediatamente para realizar a reposição na linha; 
• Não devem ser feitas mudanças nas especificações do processo de separação sem 
autorização da Natura; 
Vemos, portanto, que através da padronização adequada, as Caixas Padrão Natura 
agilizam o processo de recebimento e movimentação dos produtos. 
3.6 (RFID Código de barras etc.) / (FIFO - First in First out)
A ordem de atendimento dos pedidos é por ordem de chegada, sendo que dentro de cada
subdivisão por região, atende-se aos pedidos mais antigos,
First in First out (FIFO Primeiro a chegar é o primeiro a sair). Se houver uma região com 
maior atraso que as demais, é atrasado o envio destas para recuperar o atraso da região 
mais prejudicada (backlog). 
O comportamento da atividade de picking no biênio 2003-2004 foi de crescimento na 
quantidade de pedidos bem como na quantidade de itens separados de 24% e 26%, 
respectivamente. 
Após a montagem dos pedidos, é realizada a conferência dos mesmos na estação de 
controle, a qual ocorre em 3 etapas:
1-Leitura do Bar Code - (código de barras) de cada produto contido na caixa do cliente, se
faltar um item do pedido, é acusado na tela de visualização e o colaborador adiciona esse
item ao pedido e se sobrar, é retirado;
2-Conferência do Peso-adiciona-se uma taxa de segurança bem estreita para os pesos e 
se houver discrepância, a caixa é encaminhada para a análise manual; 
3-Análise Manual do Pedido.
4 ÉTICA, CIDADANIA E SUSTENTABILIDADE
Ética é derivado do vocabulário grego ethos (considerando caráter, modo de ser de uma 
pessoa). Se tornando um conjunto de valores e princípios que precedem a conduta 
humana na sociedade. Sendo que o mundo inteiro a váriassociedades de formatos 
diferentes com seus costumes, religiões, regras de sobrevivência. A ética serve para um 
melhor convívio na sociedade. Considerando a sociedade é uma comunidade, uma 
estruturação onde uns suprem o que os outros faltam, e que todos em conjunto realizam o
que ninguém individualmente jamais seria capaz de fazer.
Tratando de ética, direito e moral, a empresa Natura e líder nestes conceitos. 
A construção de relações melhores vem dependendo do que a empresa acredita e prática
no seu cotidiano, através dos seus administradores, gestores e colaboradores.
Ética: mantendo sigilo de informações confidenciais, seja de outras empresas ou de 
próprios colaboradores.
Direito: respeita o conjunto de políticas, normas e procedimentos. Cumprindo com os 
compromissos com o próximo, considerando a sua responsabilidade como um todo. 
Desta forma, conquistando seu espaço no mercado e no mundo.
Moral: tratando as pessoas com respeito e dignidade, sem distinção ou preconceito de 
qualquer espécie, seja raça, sexo, religião, origem nacional ou de quaisquer outras 
condições.
A Natura foi reconhecida como uma das empresas mais éticas do mundo pelo 
Ethisphere Institute, no prêmio: As Empresas mais Éticas do Mundo em 2014, na 
categoria, “Fabricante de Produtos de Consumo”.
4.1 Visão ética
A Natura, por seu comportamento empresarial e humano presa pela qualidade das 
relações que estabelece e por seus produtos e serviços, será uma marca de expressão 
mundial, identificada com a comunidade das pessoas que se comprometem com a 
construção de um mundo melhor através da melhor relação consigo mesmas, com o 
outro, com a natureza da qual fazem parte, com o todo. 
Segundo Vásquez (2008, p.23), “A ética é a teoria ou ciência do comportamento moral 
dos homens em sociedade. Ou seja, é ciência de uma forma específica de 
comportamento humano”.
4.2 Principio ético da empresa
A Natura tem como valor ético a construção de uma sociedade mais justa, igualitária, 
participativa e democrática, que valoriza características como honestidade, integridade e 
transparência em todas as suas atividades e negócios, incluindo as relações com o 
governo. 
4.3 Código de conduta
A Natura proíbe qualquer prática por parte de seus colaboradores, terceiros, fornecedores
e prestadores de serviço de pagamento ou recebimento facilitado (suborno). 
O Código de Conduta e a Política de Integridade contra Corrupção e Suborno da Natura 
não permitem que colaboradores, terceiros, fornecedores e prestadores de serviço se 
envolvam em qualquer atividade corrupta e, de forma direta ou indireta, ofereçam, 
prometam, forneçam ou autorizem qualquer pessoa a fornecer dinheiro ou qualquer coisa 
de valor a algum agente público ou a qualquer pessoa física ou jurídica com o propósito 
de obter ou acumular qualquer vantagem imprópria.
4.3 Responsabilidade social
Entre as práticas de responsabilidade social assumida s como compromisso pela Natura, 
está o desenvolvimento de projetos sociais junto da comunidade, buscando contribuir de 
forma inovadora e exemplar para o aperfeiçoamento da sociedade em respeito, 
diversidade e inovação são essenciais para a Natura, não seria diferente na ação social 
onde a maior existência de um a empresa nos dias futuros são a ajuda ao próximo.
4.4 Sustentabilidade, Ética e Compliance
A Natura tem como um de seus pilares estratégicos a construção de uma sociedade mais 
justa, igualitária, participativa e democrática, que valoriza características como 
honestidade, integridade, diversidade, respeito e transparência em todas as suas 
atividades e negócios.
Para apoiar esta estratégia, temos um time global de Ética & Compliance composto por 
mais de 20 profissionais altamente qualificados, localizados em todas as regiões de 
atuação das empresas do grupo, e que juntos compartilham a Visão de criar o melhor 
programa de Compliance para o melhor grupo de beleza para o mundo.
Para garantir que essa conduta se cumpra sem exceção em todas as relações da 
empresa, todos os colaboradores e aqueles que nos representam, membros do Conselho 
de Administração e comitês, prestadores de serviços, entre outros, devem conhecer e 
aplicar os comportamentos éticos estabelecidos.
Para isso, temos um Código de Conduta Global e processos robustos de Compliance 
para o cumprimento das políticas internas e das leis dos países em que estamos 
presentes.
Para que isso se mantenha, encorajamos a todos realizar manifestações, anônimas ou 
não, a respeito de qualquer prática ou suspeita de violação do Código de Conduta e/ou 
políticas internas.
A Linha Ética da Natura está disponível para colaboradores, representantes Natura, 
terceiros e fornecedores, 24 horas por dia, 7 dias por semana. Por telefone ou 
diretamente pelo site, todos podem tirar dúvidas ou se manifestar por práticas que vão 
contra as orientações de Compliance. As ligações são atendidas no idioma local por uma 
equipe especializada.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este trabalho teve o objetivo de, através da pesquisa na rede e computadores, levantar 
dados do Sistema de Gestão Logística da Empresa Natura Cosméticos e através deles 
realizar uma análise com base nas disciplinas do bimestre: Estatística Aplicada, Logística 
para Importação e Exportação e Ética, Cidadania e Sustentabilidade.
Verificando como a empresa aplica os conceitos das disciplinas em sua estrutura, 
possibilitando ainda, ao aluno, empregar os conhecimentos teóricos adquiridos. 
Destaco como ponto positivo o fato da Natura ser uma empresa líder no mercado 
brasileiro, inclusive com ações na bolsa de valores, possibilitando a obtenção de dados 
logísticos e estruturais da empresa via Web.
Assim foi possível poder aplicar os conceitos aprendidos através dos livros textos, mesmo
que superficialmente, tendo em vista não ser possível uma visita técnica na empresa, o 
que seria de grande valia, porém foi possível comparar o que se aprendeu com os 
procedimentos do dia a dia da empresa.
Por outro lado devido ao porte da empresa, fica igualmente difícil, analisar e propor 
melhorias devido à complexidade da sua estrutura, tanto Logística como de Administração
e também devido ao fato da impossibilidade de visitar alguma unidade da empresa para 
melhor aprofundar o conhecimento da estrutura da mesma.
Ao fim deste projeto, foi identificada de modo prático, que a empresa Natura utiliza todas 
as ferramentas para manter uma boa gestão , buscando sempre melhorias, a empresa 
está a frente de seus principais concorrentes no mercado.
No âmbito geral foi bastante interessante o fato de poder aplicar os conhecimentos 
adquiridos, analisando e interpretando dados Logísticos, verificando assim como é 
importante estes conceitos para que um gestor possa formular estratégias para a sua 
empresa.
REFERÊNCIAS
MULLER, D. B. Ética e Serviço Público . 2006. Disponível em:
<http://www.direitonet.com.br/artigos/exibir/2674/Etica-e-servico-publico>.
NATURA. Nossa história. 2019. Disponível em: 
https://www.natura.com.br/a-natura/nossa-historia Acesso em 07/05/2019
www2.natura.net
HTTPS://pedesenvolvimento.com/2010/11/12/natura-remodela-logística
https://genyo.com.br/blog/gestao-de-recursos-materiais/ 
http://www.administradores.com.br/produção-academica/recursos-materiais-
epatrimoniais/4807/ 
SITE NATURA. Disponível em: https://www.natura.com.br/
HISTÓRIA NATURA. Disponível em:https://pt.wikipedia.org/wiki/Natura
RESPONSABILIDADE SOCIAL NATURA. 
Disponível em: http://www.responsabilidadesocial.com/perfil/natura/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Natura
Apostila Ética e legislação: trabalhista e empresarial / Marcio Antoni Santana – São
Paulo: Editora Sol, 2013
http://www2.natura.net/
https://www.natura.com.br/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Natura
http://www.responsabilidadesocial.com/perfil/natura/

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