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CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM GESTÃO COMERCIAL NATURA COSMÉTICOS S/A PROJETO INTEGRADO MULTIDISCIPLINAR- PIM III Ana Raniele da Costa Silva - RA 0434148 Bianca dos Santos Silva Ferrara – RA 0401730 Josimeire Sabino da Silva - RA 0403582 Lizandra Becastro Thomaz - RA 0419750 Pâmela Cristina de Campos - RA 0400200 Ronaldo Estevão Rodrigues - RA 0443639 SÃO PAULO 2021 Ana Raniele da Costa Silva - RA 0434148 Bianca dos Santos Silva Ferrara – RA 0401730 Josimeire Sabino da Silva - RA 0403582 Lizandra Becastro Thomaz - RA 0419750 Pâmela Cristina de Campos - RA 0400200 Ronaldo Estevão Rodrigues - RA 0443639 NATURA COSMÉTICOS S/A PROJETO INTEGRADO MULTIDISCIPLINAR- PIM III Trabalho de apresentação do Projeto Integrado multidisciplinar PIM III do Curso Superior em Tecnologia em Gestão Comercial Universidade Paulista – UNIP INTERATIVA – Orientador: Carla Souza SÃO PAULO 2021 RESUMO Este trabalho de pesquisa tem por objetivo analisar a empresa se aplicando, Marketing, Contabilidade e Dinâmica das Relações Interpessoais. As forças do ambiente em que os gestores deveriam se familiarizar com as forças ambientais externas que poderiam interferir nas decisões de Marketing. Nesse sentido, o estudo pode concluir que sua análise é necessária quando a organização realiza seu planejamento de marketing, pois a partir de sua conexão com as classes sociais de seu público alvo, pode-se aproveitar todos os seus estágios, incluindo o declínio, estágio mais crítico e menos aproveitado dos produtos. Conforme SENAC (2006), apud Girão (2012, p.5), “a moda é um mundo sem diferenças entre pessoas, classes e posses. A moda une, pacifica, se estende como um manto que protege e iguala as pessoas”. Entendendo melhor essa afirmação pode-se observar que as classes sociais podem se igualar utilizando os mesmos produtos. Palavras-Chaves: Contabilidade, Marketing, Interpessoais, Relação ABSTRACT This research work aims to analyze the company applying Marketing, Accounting and Dynamics of Interpersonal Relations. The forces of the environment in which managers should familiarize themselves with external environmental forces that could interfere with marketing decisions. In this sense, the study can conclude that its analysis is necessary when the organization carries out its marketing planning, because from its connection with the social classes of its target audience, it can take advantage of all its stages, including the decline, stage more critical and less leveraged of products. According to SENAC (2006), apud Girão (2012, p.5), “fashion is a world without differences between people, classes and possessions. Fashion unites, pacifies, extends like a cloak that protects and equals people”. Understanding this statement better, it can be seen that social classes can be equalized using the same products Keywords: Accounting, Marketing, Interpersonal, Relationship Sumário INTRODUÇÃO ................................................................................................... 6 Capítulo 1 – Análise Mercadológica da Empresa Natura Cosmético S/A.... 7 1.1. Descrição organizacional ............................................................................. 7 1.1.1. Breve histórico ...................................................................................... 7 1.2. Diagnóstico do ambiente de marketing ........................................................ 8 1.2.1. Análise SWOT da empresa NATURA ................................................. 10 1.3. Segmentação de mercado ......................................................................... 11 1.3.1. Critérios para segmentação de mercado NATURA ............................. 12 Capítulo 2 – Composto de Marketing ........................................................... 14 2.1. Produto ...................................................................................................... 14 2.1.1. Níveis de produto ................................................................................... 15 2.1.2. Ciclo de vida do produto ......................................................................... 16 2.1.3. Matriz BCG ............................................................................................. 17 2.1.4. Elementos do produto ............................................................................ 18 2.2. Preço ......................................................................................................... 19 2.3. Praça (distribuição) ................................................................................... 20 2.4. Promoção (comunicação) .......................................................................... 21 Capítulo 3 – Marca .......................................................................................... 23 Capítulo 4 – Contabilidade ............................................................................ 25 Capítulo 5 – Dinâmica das relações interpessoais ..................................... 27 CONCLUSÃO .................................................................................................. 29 REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS ................................................................ 30 APÊNDICE ........................................................................................................31 6 INTRODUÇÃO Quando um produto é lançado no mercado, suas vendas começam a crescer lentamente e o lucro, se houver, será bastante pequeno. Isso pode ser atribuído ao tempo necessário para que os esforços de marketing entrem em vigor. O ponto de venda deve estar de acordo com os objetivos da empresa, em conjunto com os demais integrantes do composto mercadológico, preço, promoção e produto. Conforme Kotler (2006, p. 577) “a propaganda dentro do estabelecimento comercial é elaborada com o intuito de aumentar o número de decisões espontâneas de compra.” Por isso é aconselhável que se use o merchandising para promover produtos, marcas ou serviços como forma de motivar e influenciar as decisões de compra dos consumidores. Existem alguns fatores que devem ser levados em consideração na hora da escolha do ponto correto. O primeiro passo é conhecer o mercado em que está ingressando, o público alvo a que se destina e se corresponderá às expectativas do cliente. O local deve ser escolhido com cuidado, de forma que proporcione segurança e conforto, além de boa localização e infraestrutura. Para entrar no negócio deve-se procurar conhecer o mercado, quesito primordial para o sucesso de uma loja. O perfil da loja depende da região em que será instalada. Conhecer o consumidor e oferecer o que ele deseja é altamente necessário. A princípio, uma loja de cosméticos é um ponto onde o consumidor e o profissional de beleza encontram todos os produtos necessários para o seu dia a dia. O consumidor sempre busca variedade de produtos e atendimento especializado. Assim, deve-se procurar oferecer uma boa variedade de produtos, sem cometer grandes exageros e, observando-se que tais mercadorias têm prazo de validade. Nesse sentido a empresa NATURA visa pelo plano de negócios que é a ferramenta indispensável para o empreendedor identificar oportunidades de negócios, o mercado consumidor, os concorrentes, os fornecedores e as variáveis financeiras do empreendimento. Nele são desenvolvidos, os planos de marketing, de finanças, recursos humanos e operacionais. Assim, o plano de negócios é importante para a integração dos objetivos empresariais, assim como as tomadas de decisões de curto e longo prazo. 7 Capítulo 1 – Análise Mercadológica da Empresa Natura Cosmético S/A 1.1. Descrição organizacional Razão Social:NATURA COSMETICO S/A. Nome Fantasia: NATURA Endereço: AVENIDA ALEXANDRE COLARES, 1188- PQ ANHANGUERA- SÃO PAULO/SP CNPJ: 71.673.990/0001-77 Atividades Econômicas: Comércio atacadista de cosméticos e produtos de perfumaria. Natureza Jurídica: Sociedade Anônima Aberta Market Share: 25,4% 1.1.1. Breve histórico A Natura é uma empresa brasileira que atua no setor de produtos cosméticos. Fundada em 1969 por Antônio Luiz Seabra, hoje está presente no Brasil, Argentina, Chile, Colômbia, etc. O número de colaboradores, atingiu 7.000 em 2013 e o de consultoras estimado em 1,5 milhão (representantes), o grupo passa a ter 40.000 funcionários. A Natura foi criada em agosto de 1969 por Antônio Luiz Seabra após abrir uma loja e uma pequena fábrica no bairro da Vila Mariana em São Paulo, em 1974 a empresa deixou de oferecer seus produtos em lojas e passou a vendê-los no modelo de venda-direta. Em maio de 2019, a empresa anunciou ao mercado a compra da concorrente norte-americana Avon por aproximadamente US$ 3,7 bilhões (cerca de R$ 15 bilhões), criando o quarto maior grupo de beleza do mundo avaliado em US$ 11 bilhões de dólares. A operação foi realizada por meio de trocas de ações entre as duas companhias. Após a fusão com a Avon, anunciada pela Natura em 22 de maio de 2019 e que foi concluída 2020, a Natura assumiu o posto de maior empresa de venda direta do mundo. https://pt.wikipedia.org/wiki/Empresa https://pt.wikipedia.org/wiki/Brasil https://pt.wikipedia.org/wiki/1969 https://pt.wikipedia.org/wiki/Ant%C3%B4nio_Luiz_Seabra https://pt.wikipedia.org/wiki/Brasil https://pt.wikipedia.org/wiki/Argentina https://pt.wikipedia.org/wiki/Chile https://pt.wikipedia.org/wiki/Col%C3%B4mbia https://pt.wikipedia.org/wiki/2013 https://pt.wikipedia.org/wiki/Vila_Mariana_(bairro_de_S%C3%A3o_Paulo) https://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A3o_Paulo_(cidade) https://pt.wikipedia.org/wiki/1974 https://pt.wikipedia.org/wiki/Avon_Products 8 A Natura abriu seu capital na Bovespa em Maio de 2004, tem suas ações listadas no Novo Mercado, o mais alto nível de governança corporativa da Bolsa de Valores de São Paulo, no dia da estreia da empresa na Bovespa, a Natura conseguiu arrecadar R$ 160 milhões. Em 2014, a Natura foi a única empresa brasileira entre as cinquenta marcas de cosméticos mais valiosas do mundo, listadas pelo site Brand Finance. A empresa ficou na 17ª posição, avaliada em US$ 2 465 bilhões. Em 27 de setembro 2015, a Natura recebeu o prêmio internacional Champions of the Earth 2015, na categoria Visão Empreendedora, concedido pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), em reconhecimento ao compromisso da companhia em priorizar a sustentabilidade na sua estratégia de negócios. O prêmio é a mais alta honraria ambiental concedida pelo PNUMA, que reconhece lideranças mundiais em programas ambientais inspiradores em âmbitos de governo, negócios, pesquisa e ativistas. A Natura tem procurado diversificar seus canais e pontos de venda com o objetivo de expandir e explorar novos mercados. 1.2. Diagnóstico do ambiente de marketing O ambiente de marketing consiste em fatores e forças externas que influenciam positiva ou negativamente a administração de marketing em seu relacionamento com os clientes-alvo. As empresas bem-sucedidas sabem a importância da constante observação e adaptação às mudanças do ambiente, pois ele pode oferecer tanto as oportunidades quanto as ameaças (KOTLER; ARMSTRONG, 2000). Atualmente a empresa trabalha com diversos segmentos de mercado, atendendo a diferentes tipos de clientes. Existem produtos para todas as faixas etárias, para homens e mulheres e de várias classes sociais. A empresa também se utiliza de várias estratégias para ser a líder do mercado, sendo que as principais são: ➢ Metodologia de venda diferenciada: a venda direta por consultoria e relacionamento e uma estratégia centrada em relacionamento com as consultoras; https://pt.wikipedia.org/wiki/2004 https://pt.wikipedia.org/wiki/Bolsa_de_Valores_de_S%C3%A3o_Paulo https://pt.wikipedia.org/wiki/Bolsa_de_Valores_de_S%C3%A3o_Paulo https://pt.wikipedia.org/wiki/Programa_das_Na%C3%A7%C3%B5es_Unidas_para_o_Meio_Ambiente https://pt.wikipedia.org/wiki/Sustentabilidade 9 ➢ A nova composição acionária (em 1989) acomodou interesses divergentes; ➢ O uso da internet como meio de relacionamento com as consultoras; ➢ Investimento em pesquisa e desenvolvimento; ➢ Produtos desenvolvidos a partir da flora brasileira ganharam destaque internacionalmente, o que possibilitou que a Natura iniciasse suas operações na França – capital mundial da cosmetologia. A Natura também explora estratégias ligadas ao composto de marketing. Os produtos da empresa são diferenciados, pois há altos investimentos em pesquisa e desenvolvimento, o que possibilitou lançar novos produtos com componentes obtidos da flora brasileira, além do lançamento da linha EKOS e CHRONOS. Além disso, o preço dos cosméticos é acessível a quase todas as classes sociais. O mercado de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos é um dos mais prósperos do mundo. Mesmo com a crise que abalou todos os continentes em 2008, manteve desempenho superior ao da maioria dos segmentos da economia. No Brasil, os resultados foram ainda mais expressivos. Em 2008, o País liderou a taxa de crescimento de participação global do setor, com 27,5%, segundo dados do Euromonitor. O mercado-alvo no Brasil teve evolução, em valores nominais, de 15,2% em 2009, segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal (Sipatesp/Abihpec). O segmento de venda direta também manteve seu ritmo de expansão no País e movimentou, em 2009, R$ 21,85 bilhões, um avanço de 18,4% sobre o ano anterior. A evolução do mercado de higiene e beleza (H&B), segundo a Euromonitor, demonstra que o crescimento em 2020 foi de 4,7% e a projeção para este ano é de aproximadamente de 4,6%. As vendas totais da categoria devem atingir R$ 128 bilhões em 2021. Nos últimos anos em geral o País apresentou índices baixos de crescimento. O quadro abaixo compara a evolução do Produto Interno Bruto, com a da indústria em geral e com os índices da Indústria de Produtos de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos, demonstrando que o setor apresentou, ao longo dos últimos anos, crescimento bem mais vigoroso que o restante da indústria (10,5% de crescimento médio no setor contra 2,9 do PIB Total e 2,3% da Indústria Geral). 10 O microambiente de marketing é composto por forças que podem ser alteradas de acordo com a estratégia de marketing desenvolvida pela empresa. Essas forças afetam diretamente a relação da empresa com o cliente, como por exemplo, o atendimento e a satisfação. Kotler e Armstrong (1998, p.47), conceitua que, “o microambiente consiste em forças próximas à empresa que afetam sua capacidade de servir seus clientes”. As forças que compõem o microambiente, segundo Chaston (1992), são compostas pelos agentes: empresa, clientes, concorrentes, fornecedores e intermediários de marketing. O autor Honorato (2004), reforça a ideia apresentada por Chaston (1992), e introduz os stakeholders como uma força presente no microambiente. Esta força possui o poder de afetar diretamente a empresa. Assim os gestores da empresa NATURA faz análise do microambiente e do macroambiente empresarial levam a busca de uma estratégia efetiva para a garantia de uma vantagem competitiva e que tenham rentabilidade. Quando fala de competição a Avon está no mercado de vendas diretas, a Natura também encontra concorrência nas empresas com sistemas de vendas varejistas e franqueadas como L´Oréal, Nívea, Johnson & Johnson, Unilever, Colgate-Palmolive e O Boticário. As empresas deste setor vendem seus produtos através das cadeias de distribuição de supermercados, lojas de departamento e farmácias, com exceção do O Boticário, que trabalhacom lojas de franquia, sendo normalmente produtos oriundos de produções em massa, com preços mais acessíveis e altas quantidades vendidas. 1.2.1. Análise SWOT da empresa NATURA Costumeiramente, os profissionais apresentados utilizam a análise de SWOT. Esta análise possibilita à empresa a sua auto avaliação frente ao micro e macroambiente. Para Kotler e Keller (2006), como uma ferramenta que visa identificar os pontos fortes e fracos da empresa com relação às oportunidades e ameaças existentes no mercado. Esta análise abrange o ambiente interno e o ambiente externo da empresa. Após a realização da análise de SWOT, a empresa pode estabelecer metas para aproveitar ao máximo todas as vantagens e 11 oportunidades que foram evidenciadas através da análise de SWOT, não se esquecendo de se adaptar as ameaças contidas no ambiente e, buscar minimizar as suas fraquezas no intuito de reduzir as fragilidades da empresa, frente ao concorrente. Quadro 1 - ANÁLISE INTERNA EMPRESA NATURA ANÁLISE EXTERNA NATURA OPORTUNIDADES Expansão nos mercados brasileiro e internacional por ser tratar de uma empresa sustentável. A variedade demográfica e socioeconômica brasileira permite a empresa desenvolver produtos diferenciados para atender as necessidades específicas desses vários nichos. Com uma loja em Paris, a empresa tem a oportunidade de exportar a biodiversidade brasileira presente em seus produtos pela Europa. AMEAÇAS Alto nível de exposição às flutuações da economia e da política brasileira, já que o consumo de seus produtos está relacionado ao poder de compra. A nova legislação global e local, preocupada com o acesso e utilização da biodiversidade, é um fator que acarreta mais custos. A entrada de concorrentes nos canais de vendas diretas afeta os resultados da Natura Fonte: (Próprio Autor, 2021) 1.3. Segmentação de mercado A segmentação de mercado, segundo Weinstein (1995, p. 18) pode ser definida como: “Segmentação é o processo de dividir mercados em grupos de consumidores potenciais com necessidades e/ou características similares, que, provavelmente exibirão comportamento de compra similar. Segmentação de mercado consiste no estudo e pesquisa de um determinado mercado consumidor com o objetivo de dividi-lo em grupos com expectativas semelhantes e necessidades FORÇAS Forte marca, com nome conhecido e admirado no mercado pela imagem associada a responsabilidade social, ao desenvolvimento sustentável e à qualidade de seus produtos. Está listada no Novo Mercado, garantindo padrões de governança corporativa, trazendo mais confiança aos investidores e FRAQUEZAS Necessidade contínua de investimentos em marketing, pesquisa e desenvolvimento para atrair e reter os consumidores. Total dependência dos representantes de vendas diretas. A penetração em regiões remotas aumenta os custos de logística. 12 em comum para, então, escolher qual será o público-alvo mais adequado para os negócios de uma empresa. Uma estratégica sólida de segmentação, de forma a encontrar quais são os consumidores ideais para determinado produto. Só assim é possível compreender realmente quem são e, consequentemente, como chegar até eles. Uma vez segmentado o mercado, oferecer o produto adequado e encontrar o posicionamento correto dentro desse nicho torna-se muito mais assertivo. Ao ter bem definido qual é o público-alvo da empresa, é possível montar um plano de marketing direcionado para ele e fazer um planejamento de comunicação dirigida, ou seja, descobrir como atrair esse público com promoções, benefícios, planos de fidelização específicos, melhorar a qualidade do atendimento, montar estratégias de pós-venda diferenciados e outras ações pontuais. Essa é uma grande vantagem competitiva em épocas de crise e uma vantagem para empresa em questão. A segmentação do mercado é essencial para sobressair sobre a concorrência, garantir a sobrevivência em momentos conturbados e assegurar o crescimento do negócio. Permite racionalizar os meios para atingir um dado segmento de produto ajustando-o aos preços-custos de distribuição e comunicação, com vista a atingir o equilíbrio assim que a empresa Natura faz algumas adaptações. • Permite uma especialização da empresa jogando com as variáveis estratégicas – preço, produto, distribuição e comunicação - evitando desperdícios. • O mercado é heterogéneo e por isso convém proceder à sua segmentação. Assim, as atitudes face a estes segmentos podem ser diferentes. O posicionamento de mercado da Natura, é diferente do da Avon, sua maior concorrente. Enquanto a estratégia de venda da Avon envolve ganhar participação de mercado com a venda de produtos mais baratos (destinado à classe C e D), a Natura foca na venda de produtos que possuam alto valor de percepção, permitindo- lhe estipular preços mais altos (classe A e B). 1.3.1. Critérios para segmentação de mercado NATURA 13 O objetivo da micro segmentação é analisar a diversidade das necessidades dos diferentes grupos de compradores no interior dos produtos-mercado identificados pela análise da macro segmentação. O objetivo da micro segmentação para a empresa NATURA é identificar grupos de compradores que procuram o mesmo conjunto de atributos, segundo os seguintes critérios ➢ Geográficas, que divide o mercado em unidades geográficas diferentes como regiões, norte e sul, número de habitantes desta região, onde se contra a população se é na zona rural ou urbana e seu clima. ➢ Demográficas, o mercado é dividido em grupos que se baseiam em variáveis demográficas isto é idade, sexo, classe social, tamanho da família, nacionalidade, religião, geração, formação educacional, ciclo de vida da família e a renda; ➢ Psicográficas, os consumidores são divididos em grupos diversificados, baseados no estilo de vida e personalidade; ➢ Comportamental, Classifica as pessoas de acordo com sua disposição para comprar, motivação e atitude: Ocasião de compra: é muito comum estabelecer-se uma distinção entre as chamadas viagens de trabalho e viagens de lazer, pois o comportamento é obviamente diferente: Benefícios procurados: para um mesmo produto as motivações de compra dos consumidores podem apresentar muitas diferenças: Utilização: O volume ou taxa de utilização pode ser um critério que dê origem à identificação de grupos de clientes específicos: Atitudes: relativamente a um produto existem sempre atitudes diferentes por parte dos potenciais consumidores 14 Capítulo 2 – Composto de Marketing O propósito do marketing é fazer com que os consumidores conheçam uma marca e se interessem por ela. Os 4 Ps do marketing (Mix de Marketing ou Composto de Marketing) são um conjunto de fatores que uma empresa pode aproveitar para realizar estratégias que a ajudem a obter resultados positivos nas vendas. Zenone e Buairide (2005), definem produto como: o pilar básico da organização e das estratégias de marketing. O Mix de Marketing ou Composto de Marketing é o conjunto das Decisões de Marketing, ou seja, das decisões que o Administrador de Marketing precisa tomar. A estratégia da Natura inspira e serve de referências para empresas que querem se destacar no mercado. Com branding forte, atuação multiplataforma e atenção às causas ambientais, a gigante do setor de perfumaria e cosméticos não para de crescer no Brasil e no mundo. Para potencializar a abrangência da marca, abordagens com foco no engajamento do público, a partir da interação com causas e ações sociais, entraram nos planos da empresa. Existem alguns fatores internos e externos que influenciam no Mix de Marketing. É preciso considerá-los na hora de montar sua estratégia. Internos: Fatores que se encontram dentro da organização e estão relacionados à atmosfera interna da empresa. Externos: Aqueles que se encontram fora daorganização, ou seja, são muitas vezes sociais, culturais e políticos. 2.1. Produto Para Kotler (2000, p. 416),” produto é algo que pode ser oferecido a um mercado para sua apreciação, aquisição, uso ou consumo que pode satisfazer um desejo ou necessidade”. Produto é um conjunto de benefícios que satisfaz um desejo ou uma necessidade do consumidor e pelo qual ele está disposto a pagar em função de sua disponibilidade de recursos (BASTA, 2005) É necessário entender 15 que um mix de produtos é um conjunto de produtos e serviços oferecidos por uma organização. Com a oferta de fragrâncias, sabonetes, produtos para o cabelo, entre outros, a brasileira Natura contribui para tais resultados e sabe que tem muito o que entregar. São relacionados às características do produto que a marca oferta (qualidade, embalagem, entre outros); Algumas linhas NATURA • Todo Dia. Kaiak. Essencial. Ekos. • UNA. Mamãe e Bebê Chronos. Homem. • Plant. Sève. Humor. Biografia. • Naturé Sou. Foto equilíbrio. Faces. • SR N. Luna. Águas. Erva Doce. • Kriska. Ilía. Crer para Ver. Lumina • Ekos retrata o perfil brasileiro Falamos aqui um pouco da proposta de Ekos era resgatar o valor da cultura brasileira e das riquezas da terra através de produtos com embalagens inovadoras que reduziam o impacto ambiental. “Tudo é pensado com base na essência da Natura. Quando lançamos Ekos, uma consultora rechaçou o design do produto, mas o consumidor final não. A linha Ekos é composta por 34 espécies nativas, 56 matérias primas, 812 tipos de produtos, distribuição em oito países e possui cerca de 50 milhões de consumidores. Porém, o desenvolvimento da marca só foi definido após pesquisas fracassadas em outros países, Como todo projeto ousado, o lançamento da marca Ekos também poderia dar errado e a Natura sabia do aumento da complexidade da operação e os riscos existentes em vendas diretas. 2.1.1. Níveis de produto Um produto possui essencialmente 5 níveis de valor que é agregado pelo cliente. Estes níveis são chamados de “hierarquia de valor para o cliente”, sendo eles: • Benefício Central: é o nível mais fundamental, é o serviço ou benefício que o cliente está realmente comprando. 16 • Produto Básico: o profissional de marketing deve transformar o benefício central em um. • Produto Esperado: prepara-se uma série de atributos e condições que os compradores normalmente esperam ao comprar tal produto. • Produto Ampliado: apresenta diferenciais com base na experiência e preferência de cada consumidor. • Produto Potencial: que abrange todas as ampliações e transformações a que o produto deve ser submetido no futuro. Cada nível de produto pode proporcionar uma experiência única para o consumidor e à medida que cada nível vai sendo ultrapassado, agrega-se valor, estabelece-se preferências, ele passa então a oferecer atrativos especiais e a produzir resultados mais eficientes. O foco nestes níveis de valor no desenvolvimento de novos projetos ou produtos é importante para atingirmos e superarmos as expectativas de nossos clientes. Valor para o cliente é a satisfação de um consumidor se sente depois de fazer uma compra de bens ou serviços relativos ao que ela deve dar-se a recebê- los. Um consumidor não considera valor apenas em termos de dinheiro gasto, mas também pode considerar o tempo necessário para a obtenção de um produto comprado e interações com o pessoal de serviço ao cliente. Valor para o cliente tem várias camadas e é melhor pensado como uma hierarquia, segundo o site de marketing de destino. Esta hierarquia determina a importância dos serviços na mente do consumidor em termos de o que o consumidor espera e não espera a partir da experiência de compra. 2.1.2. Ciclo de vida do produto O Ciclo de Vida do Produto é uma ferramenta administrativa que permite analisar como um produto se comporta desde o seu desenvolvimento até a retirada do mercado, levando em conta ainda seu lançamento, crescimento e maturidade em vendas. Sua proposição remete a Theodore Levitt, economista alemão radicado nos Estados Unidos, com atuação destacada junto à Harvard Business School. Ele se caracteriza pela definição de cinco diferentes estágios, sendo que cada um deles possui exigências específicas tanto para estratégia de vendas quanto de marketing. 17 • Desenvolvimento (Development); quando a empresa encontra e desenvolve uma nova ideia de produto, o desenvolvimento do produto começa; • Introdução (Introduction): Nesse ponto falamos sobre vendas, elas crescem lentamente à medida que o produto é introduzido no mercado. Os lucros ainda são inexistentes, porque os pesados gastos com a introdução do produto superam as vendas; • Crescimento (Growth): Aqui ela tem um período de aceitação no mercado e aumento de lucros; • Maturidade (Maturity). O crescimento das vendas diminui porque o produto obteve aceitação pela maioria dos compradores em potencial; • Declínio (Decline): Finalmente, as vendas caem e os lucros caem, porém para esse ponto a alguns produtos não saem facilmente do mercado, como a empresa Americanas e uma loja de departamentos, esse último ciclo não é aceito por todos os produtos. O CVP (ciclo de vida do produto) “normal - padrão” é para a maioria dos produtos em que o gerente de marketing pode controlar os estágios do CVP por várias atividades e estratégias promocionais. Ciclo de vida do produto como ferramenta para gestão de resultados e estratégia de planejamento de vendas para empresa NATURA. A gestão de resultados, assim como a estratégia de planejamento de vendas, sofre alto nível de interferência do ciclo de vida do produto. Pois os lucros e o tempo que o produto estará à venda dependem do tempo do seu ciclo de vida, enquanto o aproveitamento dos altos índices de lucro no estágio de crescimento está diretamente ligado à forma que esse produto será levado até seu mercado alvo, por meio da promoção. Assim como a alteração do seu preço de venda também está associado ao estágio que esse produto se encontra dentro do ciclo. 2.1.3. Matriz BCG Essa é a sigla de um método de análise de compostos de produtos, também conhecido por “portfólio de produtos ou negócios”, desenvolvido pela consultoria Boston Consulting Group, que nos ajuda a entender o grau de atratividade de 18 determinado segmento de mercado e a posição da empresa dentro dele. O método produz uma “matriz de crescimento-participação” relativa do mercado, que tem em seu eixo vertical a expectativa da taxa de crescimento do mercado e no eixo horizontal a expectativa de participação relativa da empresa no mercado. Dessa forma, a matriz produz quatro grandes áreas, classificando os mercados em estudo em: “Estrelas” (mercados com alta taxa de crescimento e alta participação de mercado relativa); “Abacaxis” (o oposto de estrela, ou seja, mercados com baixa taxa de crescimento e baixa participação de mercado relativa); e duas outras situações de mercado conhecidas por “Pontos de Interrogação” (alta taxa de crescimento, mas baixa participação relativa de mercado) e “Vacas Leiteiras” (baixa taxa de crescimento, porém alta participação relativa de mercado). Conhecer o comportamento dessa curva, entendendo-a e acompanhando-a, fará de você um homem de bancada mais interessante do que apenas um formulador de produtos. Todas as empresas possuem em seu portfólio produtos que se encaixam em um ou alguns desses quatros tipos de mercado. O eixo de crescimento do mercado de cosméticos vem apresentando o quanto o mercado vem crescendo e tem espaço para o produto que está sendo analisado, ambas situações a empresa poderiam estar preparadas se tivesse criado a simulação de cenários. A principal função da Projeção de Cenários é analisar o contexto (interno e externo) no qual a empresa está inserida e identificar fatores futurosque são passíveis de ocorrer. Isto possibilita a empresa uma visão mais clara do cenário atual e permite a tomada de decisão mais fundamentada e precisa. O ciclo de vida do produto fornece orientação para uma empresa à medida que avança um produto desde a introdução, passando pelo crescimento e maturidade até o declínio • Estrela: Os produtos naturais como a linha Ekos; • Vaca leiteira: cosméticos Faces de Natura; • Ponto de interrogação: Fragrâncias e Perfumes; • Abacaxi: Não identificado. 2.1.4. Elementos do produto 19 Os elementos básicos de um produto são: Composição do Produto – Para se compor um produto precisa-se de matérias-primas, insumos, mão-de-obra, preço, custo, qualidade, comunicação, marca, embalagem, cor, pesquisa, rótulo, garantia. Valor Agregado do Produto – O produto cresce em função de valores que se podem agregar ao mesmo, tais como: maior durabilidade, melhor serviço prestado, maior tempo de garantia, melhor utilização, melhor desempenho, melhor tecnologia de construção. Valor Percebido no Produto – É muito comum usar-se artifícios, que se chamam apelos, para fazer com que o consumidor veja o produto de forma aumentada. No caso da empresa NATURA os Produtos são cosméticos que vem com alguns parâmetros. ✓ Apelo: Beleza, Aparência, Preservação da Pele ✓ Valor Empresarial do Produto - a empresa vê o produto sob determinados enfoques: ✓ Enfoque Econômico - oferta, Demanda, Custo. ✓ Enfoque Financeiro - lucro, Liquidez, Retorno. ✓ Enfoque Operacional – produção, Produtividade, Tecnologia. ✓ Enfoque de Mercado – consumidores Cativos, Vendas, Fatia de Mercado. 2.2. Preço Na Natura S/A, as suas políticas de preços são claras, com descontos em períodos específicos, dependendo do objetivo a ser alcançado, ou seja, campanhas de marketing para produtos com baixa saídas ou novas saídas, normalmente não ultrapassaram 20%. Para Churchill Jr. e Peter (2013), o preço é conceituado como a quantidade de dinheiro que deve ser dada em troca para se adquirir a propriedade ou o direito ao consumo ou à utilização de um produto ou serviço, a estratégia de preços deve ser formulada para depois ser implementada, podendo ser definida como os direcionamentos que as empresas têm em relação aos seus preços, em seu 20 mercado de atuação, estratégia de preços é uma escolha fundamentada em um conjunto de preços alternativos (ou mesmo em uma tabela de preços), que visam à maximização do lucro e a rentabilidade dentro de um período de planejamento em resposta a um determinado cenário em análise. Precificar um produto pode parecer simples, mas há alguns critérios a ser seguidos: é calcular os custos de produção, distribuição, divulgação, pessoal e venda, dividir pelo número de produtos vendidos, acrescentar uma margem de lucro e está pronto. É o mercado que define o preço, mas é o cliente quem define o quanto está disposto a pagar. Esta é uma das frentes nas quais as empresas precisam atuar para uma boa estratégia do mix de marketing. Mais do que calcular tudo o que é gasto no processo de produção e venda, é preciso levar em consideração o valor agregado que seu produto tem. Isso vai além dos benefícios concretos e mensuráveis. É importante entender que a volatilidade do preço está ligada ao posicionamento de mercado de uma marca ou produto. 2.3. Praça (distribuição) Para Churchill e Peter (2005), canal de distribuição é uma rede (ou sistema) organizada de órgão e instituições que executam todas as funções necessárias para ligar os produtores aos usuários finais, a fim de realizar a tarefa de marketing. Estas estratégias, são executadas por produtores ou intermediários e se classificam de acordo com Churchill e Peter (2005) em três categorias: Logística, transacionais, e de facilitação Nesse ‘P’ e mais do que os canais de distribuição, também é preciso pensar na logística, como tornar o produto visível no mercado. A praça pode-se estar tanto ligada à questão da localização, quanto à questão das instalações em si. A NATURA buscará mais do que ser uma loja tradicional, buscará ser um reflexo completo dos atributos e desejos das marcas, interagindo e buscando não apenas informar, mas se comunicar com seus consumidores. Uma via de mão dupla de troca de informações e aprendizado, visando sua constante evolução. Um dos diferenciais é a disponibilidade da compra facilitada do produto e concentrada em um único lugar. Os canais de distribuição são sistemas que ligam os produtores aos 21 consumidores finais e as funções dos canais de distribuição, são definidas de acordo com a estratégia de distribuição adotada. Logística, transacionais, e de facilitação essas categorias são usadas pela empresa NATURA pois para ela esse P de Praça e mais que essencial pois a empresa fornece o Brasil inteiro, vejamos essas funções: Funções logísticas consistem em concentrar os bens vindos de vários lugares em um único ponto de venda, armazena, protege e mantém estoques, organizando os produtos em quantidades que atendam às necessidades dos clientes, classificar e transportar, administrar os estoques e processar os pedidos. Funções transacionais incluem a compra dos produtos para revenda, promoção destes para potenciais compradores, solicitação de pedidos, assume os riscos dos bens que podem ser danificados, torna-se ultrapassados ou se deteriorarem As funções de facilitação incluem os financiamentos para facilitar as transações, classificação e inspeção dos produtos se baseando pela quantidade. Pesquisar para obter informações sobre o mercado, as vendas, tendências de consumo e a competitividade dos concorrentes. A Natura não possui ponto de venda para seus produtos. Ao invés de ponto de venda, a empresa optou pelo modelo de venda direta através das suas consultoras. Em 2009, atingiu um número histórico: ultrapassou a marca de 1 milhão de consultoras e consultores trabalhando, sendo 879,7 mil no Brasil e 159,2 mil nas operações internacionais. No Brasil, a ampliação da base de CNs em 2009 foi de 20,5%, e fora do País esse crescimento foi de 33,2%. 2.4. Promoção (comunicação) O quarto e último P do Marketing tradicional, Promoção, envolve as estratégias de comunicação e divulgação de uma empresa e suas soluções para o público-alvo. E, pelo que o nome sugere, também é responsável pelos descontos. Esta é a função do quarto elemento do composto de marketing que envolve todas as ações de comunicação realizadas para tornar o produto ou serviço conhecido no mercado, influenciando a decisão de compra do cliente. 22 Entre as ações de promoção, estão as estratégias de marketing tradicional como anúncios em veículos impressos, como jornais e revistas, outdoors e ações de ponto de vendas, entre outros, além das de marketing digital. Para aplicar a estratégia corretamente na prática se deve a um conjunto de ações diretas para incentivar a interação entre uma empresa e os seus consumidores. Os principais objetivos são: fortalecer a marca, conquistar novos clientes e a fidelização daqueles que já compram. Implementar uma promoção de vendas pode ajudar a criar lealdade e entusiasmo pela sua marca, aumentar as vendas e a receita e oferecer informações valiosas sobre o comportamento do consumidor e sua sensibilidade ao preço. Mas é preciso avaliar como a concorrência trabalha a publicidade, periodicidade das divulgações, escolha dos melhores canais de divulgação, a maneira que as mensagens serão passadas aos clientes, entre outros fatores. Existe um setor bem específico para esse P, pois ele e muito visível e necessário na empresa ainda mais para a empresa de Cosméticos onde a beleza e cuidados com a pele ganha cada dia mais espaço, pois se tratando de uma corporação de grande porte a NATURA, tem um jogo de promoção e essencial para todos os produtos. A empresa hoje utiliza, facebook,Instagram, WhatsApp, Site, revendedora, catálogos físicos e virtuais, ecommerce, entre outros. 23 Capítulo 3 – Marca Fundada em 1969, a Natura é uma empresa multinacional brasileira de cosméticos, produtos de higiene e beleza. Líder no setor da venda direta no Brasil a Marca é um sinal distintivo cujas funções principais são identificar a origem e distinguir produtos ou serviços de outros idênticos, semelhantes ou afins de origem diversa. De acordo com a legislação brasileira, são passíveis de registro como marca todos os sinais distintivos visualmente perceptíveis, não compreendidos nas proibições legais, conforme disposto no art. 122 da Lei nº 9279/96. A empresa em análise tem crianças, adolescentes, adultos, homens e mulheres como seu público-alvo, o posicionamento adotado refere-se ao constante processo de crescimento e inovação, sempre se preocupando em oferecer excelência no atendimento. São de classes média e média alta, visto que os preços adotados são variáveis, devido à qualidade dos insumos utilizados. A segmentação adotada é a demográfica, que de acordo com Kotler (2006), divide o mercado em variáveis básicas, tais como idade, renda, grau de instrução, classe social, ocupação, entre outros. Ao optar por esse canal de distribuição direto, a empresa tem como vantagem o maior controle das funções de marketing que são praticadas, não sofrendo influência de intermediários em suas decisões. O objetivo principal da marca de certificação é informar ao público que o produto ou serviço distinguido pela marca está de acordo com normas ou padrões técnicos específicos. Marca figurativa ou emblemática é o sinal constituído por: Desenho, imagem, figura e/ou símbolo. A Natura é uma das marcas nacionais que possuem uma forte vertente em sustentabilidade e esta característica não foi adotada recentemente. O Marketing da Natura já estava trabalhando nos anos 1950 quando as informações sobre empresas e produtos eram praticamente indisponíveis para o consumidor. A trajetória de sucesso da Natura tem grande influência de seus produtos e do comportamento empresarial que ganhou maior visibilidade nos anos 1990. Esta foi a época em que a marca percebeu que o foco do Marketing não poderia ser apenas no consumidor, mas também em todos os stakeholders. 24 A Natura, por seu comportamento empresarial, pela qualidade das relações que estabelece e por seus produtos e serviços, será uma marca de expressão mundial, identificada com a comunidade das pessoas que se comprometem com a construção de um mundo melhor através da melhor relação consigo mesmas, com o outro, com a natureza da qual fazem parte e com o todo. 25 Capítulo 4 – Contabilidade Contabilidade é uma ciência aplicada, que tem como objeto de estudo o patrimônio das entidades, seus fenômenos e variações, tanto no aspecto quantitativo quanto no qualitativo, registrando os fatos e atos de natureza econômico-financeira que o afetam e estudando suas consequências na dinâmica financeira. A Natura Cosméticos S.A é uma sociedade anônima de capital aberto listada no segmento especial denominado Novo Mercado da B3 S.A. - Brasil, Bolsa. As informações relevantes próprias das informações contábeis intermediárias, e somente elas, estão sendo evidenciadas e correspondem às utilizadas pela administração na sua gestão. As informações contábeis intermediárias são elaboradas com base no custo histórico, exceto por determinados instrumentos financeiros mensurados pelos seus valores justos, conforme descrito nas práticas contábeis. As principais práticas contábeis aplicadas na preparação das informações contábeis intermediárias, individuais e consolidadas, estão divulgadas na nota explicativa nas demonstrações e balanços financeiros da Companhia. O balanço patrimonial de uma empresa é uma das ferramentas mais importantes que uma organização pode contar. Imagem 1 – Balanço NATURA S/A 26 Fonte: (NATURA S/A, 2021) A administração dos riscos e a gestão dos instrumentos financeiros são realizadas por meio de políticas, definição de estratégias e implementação de sistemas de controle, definidos pelo Comitê de Tesouraria e aprovados pelo Conselho de Administração da Companhia NATURA. A aderência das posições de tesouraria em instrumentos financeiros, incluindo os derivativos, em relação a essas políticas é apresentada e avaliada mensalmente pelo Comitê de Tesouraria da Companhia e posteriormente submetida à apreciação do Comitê de Auditoria, de Gestão de Riscos e de Finanças, do Comitê Executivo e do Conselho de Administração. A Análise por índices faz parte do sistema de análise das demonstrações contábeis, no que se refere à relação entre grupos, subgrupos e contas das demonstrações contábeis que sejam importantes na análise da situação financeira, desta forma aplicando-se os índices é possível fazer comparações entre empresas do mesmo setor, independentemente do tamanho da empresa. (SANTOS, 2006). Imagem 1- liquidez Fonte: (NATURA S/A, 2021) 27 Capítulo 5 – Dinâmica das relações interpessoais A construção da identidade NATURA passou por um processo de arquitetura. O primeiro passo foi definir a essência da marca para depois partir em busca de sua aspiração. Mas, para dar o segundo passo, a Natura precisava de uma proposta de valor. Foi aí que o Marketing desenvolveu uma estratégia para definir a operação de vendas diretas - hoje com um milhão de consultoras - para chegar à comunidade onde a marca atua. Para entendermos melhor o processo do relacionamento humano é preciso responder à pergunta: O que são relações interpessoais? As relações interpessoais surgem quando iniciamos o processo de autoconhecimento, estudando nossos sentimentos e nossos conflitos internos, podemos modificar o ambiente de trabalho, nosso mundo exterior e resolver conflitos e problemas que enfrentamos no dia a dia, seja na empresa, no ambiente organizacional ou em família. O processo das relações interpessoais é fundamental no desenvolvimento profissional. Relações Interpessoais são: demonstrar a importância da interação entre o indivíduo e a organização; do papel do líder nessas relações; da reflexão sobre o processo grupal; da administração de conflitos; da capacidade na tomada de decisão e na negociação, interna ou externa. Identificar a complexidade do universo individual e da organização como um todo: seus aspectos macroestruturais, sua filosofia, missão, cultura, seus valores, sistemas de gestão e o “ajustamento” das pessoas, conciliando objetivos individuais e organizacionais. A empresa NATURA S/A além de ser objetiva entender os conceitos e as ferramentas referentes às pessoas, também assim como agir sobre as relações que se estabelecem, na organização, entre indivíduos e grupos, bem como seus fatores determinantes. Busca também desenvolver o conhecimento e a habilidade sobre o comportamento humano, as relações interpessoais, o relacionamento intrapessoal e suas especificidades, bem como leva o aluno a aprender como diagnosticar e identificar problemas, com vistas a desenvolver soluções para corrigi-los. Na gestão de pessoas o líder tem um papel importante para o desenvolvimento das relações nas organizações e é responsável por influenciar e auxiliar do grupo para alcançar suas metas e objetivos. A Natura realiza pesquisas com o quadro de funcionários desde 1985, mas apenas recentemente começou a utilizá-las sob uma nova filosofia. "Nos 28 últimos anos, entendemos a importância de gerir essa informação", diz Mariana. "Antes, havia benefícios em função do que a empresa achava, em função das políticas em que a empresa acreditava. Hoje, temos um comportamento que chamamos de cocriação: cocriar soluções para diferentes públicos. A gestãoé um meio de organização e administração. Ela pode ser de diversas áreas e ajudar nas mais variadas formas. A aplicação da gestão em uma empresa é de suma importância, uma vez que essa controla tais áreas. Ela funciona identificando os erros cometidos até então ou que ainda podem ser cometidos, onde se quer chegar, como chegar e direcionar. Dentro da empresa NATURA S/A existem várias gestões dentro da empresa como: ✓ Gestão administrativa financeira da empresa controla tanto as entradas como as saídas e se a empresa tem prejuízo ou lucro. ✓ Gestão de marketing é o planejamento: O que acontece é que quem é responsável e quem realiza as atividades de marketing de uma empresa deve ter clareza de onde o negócio quer chegar. ✓ Gestão de produção: a produção ou transformação de um bem deve ser sempre bem gerida. ✓ A gestão de pessoas pode ser considerada um dos tipos de gestão mais amplo, uma vez que ela controla toda a equipe, independentemente de setor desenvolvendo dentro delas pontos importantes como: Desenvolva a Empatia: Sem empatia é quase impossível construir um bom relacionamento interpessoal em qualquer área da vida e, no trabalho, não é diferente. Mantenha o Respeito: Seja qual for o problema, jamais perca o respeito pelas pessoas com as quais convive ou se deixe levar pela raiva ou pela insatisfação. Tenha uma Comunicação Efetiva: A comunicação, seja ela verbal ou não verbal, é o que gera o vínculo entre as pessoas e os grupos aos quais fazem parte. A gestão de uma empresa é essencial. Sem uma gestão fica difícil ter o controle das áreas da sua empresa. E é assim que elas ficam cada vez mais para trás, principalmente em relação a seus concorrentes. Também deve estar atento a reuniões, análise de desempenho e performance geral da empresa, sempre buscando um ambiente favorável a missão da empresa. 29 CONCLUSÃO Ao término da análise foi possível concluir que os todos métodos e possível e podem ser utilizados como ferramentas de segmentação de mercado, desde que os conteúdos sejam elaborados e direcionados ao nicho desejado. A Natura vem alcançando resultados satisfatórios e crescimento acima da média do setor nos últimos anos. É destaque no mercado de cosméticos não apenas pelo seu crescimento, mas pelas práticas adotadas. Preocupa-se em levar para o mercado as mais novas tendências, investe pesadamente em inovação de produtos, serviços e gestão. Toda a estratégia da Natura está enraizada em conceitos e valores ligados ao relacionamento, à transparência, às questões ligadas à sustentabilidade. Para fazer a análise de microambiente e de macroambiente é preciso reunir todas as questões que envolvem as várias áreas internas e externas de um negócio. Essa análise completa, por sua vez, permite que a empresa atue de forma sólida no mercado e elabore campanhas publicitárias que realmente sejam capazes de atingir o público alvo. Dessa forma, todos os fatores que podem influenciar na estratégia de marketing são levados em consideração por essa pesquisa complexa e profunda. A filosofia da marca é fortemente baseada no bem-estar e, desta forma, é possível atingir o objetivo de se conectar com uma comunidade que acredita na construção de um mundo melhor. “Para a Natura, a marca é cultura, é um jeito de ser e de fazer”, emenda a Gerente Corporativa. Atualmente engajada na causa sustentável como poucas empresas do Brasil, a Natura entende que o consumidor de uma só voz pode se tornar maior do que qualquer mídia e isto faz com que a empresa busque a transparência 30 REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS ABIHPEC. (2010). Regularização Sanitária no Brasil. Acesso em 14/10/2021, disponível em http://abihpec.org.br/areatecnica_regbrasil.php CHASTON, I.. Excelência em marketing: como gerenciar o processo de marketing buscando um melhor desempenho organizacional. São Paulo: Makron Books, 1992. CHIAVENATO, I. Administração: teoria, processo e prática. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007. CHURCHIL JR, G., & PETER, J. P. (2007). Marketing - Criando Valor para os Clientes. Saraiva. FARIAS, C.; DUSCHITZ, C.; CARVALHO, G. M. de. Marketing aplicado. Porto Alegre: Bookman, 2015. HONORATO, G.. Conhecendo o marketing. Barueri: Manole, 2004. KOTLER, P. (2000). Administração de Marketing. São Paulo: Pearson KOTLER, P.; ARMSTRONG, G. Introdução ao Marketing. 4 ed. Rio de Janeiro: LTC, 2000 KOTLER, P.; KELLER, K. L. Administração de marketing. 12. ed. São Paulo: Pearson Pretence Hall, 2006. Natura S/A (2021). Acesso 14/10/2021. Disponivel em https://www.natura.com.br/a- natura/nossa-historia SANTOS, José Luiz dos. Fundamentos de análise das demonstrações contábeis. São Paulo: Atlas, 2006 SEBRAE. (10 de março de 2006). Cosméticos Ganham com Busca de Beleza. Acesso em 14/10/2021. disponível em http://www.sebraesc.com.br/novos_destaques/oportunidade/default.asp?materia=11 335 WEINSTEIN, A. Segmentação de mercado. São Paulo: Atlas, 1995. ZENONE, Luiz Claudio; BUAIRIDE, Ana Maria Ramos. Marketing de promoção e merchandising: conceitos. http://abihpec.org.br/areatecnica_regbrasil.php https://www.natura.com.br/a-natura/nossa-historia https://www.natura.com.br/a-natura/nossa-historia http://www.sebraesc.com.br/novos_destaques/oportunidade/default.asp?materia=11335 http://www.sebraesc.com.br/novos_destaques/oportunidade/default.asp?materia=11335 Eu, Ana Raniele da Costa Silva, portador(a) da cédula de identidade RG 9094952 (SDS- PE) e CPF 116.308.274-01, devidamente matriculado(a) no CST em Gestão Comercial da Universidade Paulista UNIP, matrícula RA n. 0434148 declaro a quem possa interessar e para todos os fins de direito que: a. Sou o(a) legítimo(a) autor(a) do trabalho de conclusão de bimestre – Projeto Integrado Multidisciplinar PIM III (I, II, IV, V, VI, VII, VIII), cujo título é: Natura Cosméticos S/A. b. Respeitei a legislação vigente de direitos autorais, em especial citando sempre as fontes a que recorri para transcrever ou adaptar textos produzidos por terceiros. Declaro-me ainda ciente que se for apurada a falsidade das declarações acima, o PIM será considerado nulo e o certificado de conclusão de curso/diploma emitido será cancelado, podendo a informação de cancelamento ser de conhecimento público. Por ser verdade, firmo a presente declaração. Petrolina. 15/10/2021 APÊNDICE A - DECLARAÇÃO DE AUTENTICIDADE DE PESQUISA 31 PIM III declaração final
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