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UNIVERSIDADE CRUZEIRO DO SUL CURSO BACHAREL EM ADMNISTRAÇÃO ALEXANDRE DUARTE PEREIRA - RGM: 23704021 DIEGO MARCELO FERREIRA - RGM:23925591 JANAÍNA ISABEL AUGUSTA FERREIRA – RGM 24712701 JONATAN WILLIAM FORNAZIER - RGM: 24998699 MAÍRA ROBERTA DE BARROS – RGM: 26257815 MARIANA DE ARRUDA NERI - RGM: 24263192 MAXUEL DOS SANTOS ROSA – RGM 25093011 PAULA SOARES BARBOSA - RGM: 29341655 RICARDO GOMES LIMA DA SILVA - RGM: 25202588 THALIA RECH PADILHA - RGM: 24031984 PROJETO MULTIDISCIPLINAR – AMBIENTE OPERACIONAL EMPRESA: PULL SPORT BRASIL 2022 ESTUDO DE CASO – PULL SPORT Trabalho apresentado como requisito parcial para obtenção de aprovação na disciplina Projeto Multidisciplinar – Ambiente Operacional 2022, na Universidade Cruzeiro do Sul. Tutor: Eduardo Vicente; Pedro Henrique Costa; Rita de Cássia Silva Pereira. BRASIL 2022 RESUMO: Neste estudo investigaremos como era o gerenciamento da Pull Sport antes da consultoria até o momento em que o consultor vivencia os processos da instituição e apresenta para os sócios uma visão que pode impactar na mudança de comportamento da empresa. A Pull Sport atuava no segmento de moda e estética onde teve um grande prestígio nas décadas de 50 e 60. Inserida no ramo da alta costura, fabricava vestidos e malhas de alta qualidade e bom gosto, atendendo um público seleto de mulheres de alto padrão. Por mais conceituada e lucrativa a Pull Sport fosse para aquela época, enfrentava problemas de gestão que impactava na cadeia da operação. O projeto analisa a administração da empresa em todos os seus conceitos, desde o posicionamento dos sócios até as vendas de suas coleções. Quais seriam as melhores ações para uma boa gestão? Nesse conteúdo apresentamos com detalhes algumas perspectivas ideais. Palavras-chave: Consultoria, Administração, Processos, Posicionamento e Problema. SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO: ................................................................................................................ 5 2. A EMPRESA:.......................................................................................................................6 2.1 Organização e estrutura da empresa:.................................................................6 3. HIERARQUIA:....................................................................................................................14 3.1 Objetivos da Empresa:.......................................................................................17 3.2 Pontos Positivos e Negativos da Empresa:.....................................................18 3.3 Era uma boa empresa?:.....................................................................................18 4. CONCLUSÃO: .................................................................................................................. 19 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: ................................................................................. 20 5 1 INTRODUÇÃO: A palavra administração vem do latim ad (direção para tendência para) e minister (subordinação ou obediência), e significa aquele que realiza uma função abaixo do comando de outrem, isto é, aquele que presta um serviço a outro (CHIAVENATO, 1983, p.6) Neste projeto apresentaremos uma análise com o objetivo de diagnosticar, através dos estudos baseados em pesquisas realizadas para a análise de viabilidade financeira, operacional, econômica de mercado, referente ao estudo de caso da empresa Pull Sport em questão. Empresa do ramo de moda e estética que entre os anos 50 e 60 fabricava vestidos e malhas de alta moda, qualidade e bom gosto, fazendo com que sua estratégia era tornar as mulheres brasileiras atualizadas em relação a moda internacional, buscando diferenças pela sua alta qualidade de seus produtos. Apesar da alta lucratividade e marca consolidada, a empresa em questão estava enfrentando sérios desafios em sua administração, bem como a sua respectiva prestação de serviços aos consumidores e aos seus clientes. Neste ponto levamos a seguinte questão: Será que uma administração desorganizada pode levar uma empresa à falência? 6 2 A Empresa: A Pull Sport foi uma empresa de médio porte que atuava no ramo de confecções, na fabricação de vestidos e malhas inspirada na moda europeia, sendo referência de alta moda, qualidade e bom gosto. Uma marca desejada É uma empresa formada por quatro sócios, sendo que o CEO é o senhor DZ. A Pull Sport possui aproximadamente 200 empregados fixos e um número incerto de costureiras próprias e autônomas. Com a sua própria organização estrutural, sua produção era feita de acordo com os pedidos de cada estação. A empresa atuava no setor de moda feminina e sempre buscavam por novidades que surgiam na Europa. 2.1 Organização e estrutura da empresa A estrutura organizacional da Pull Sport pode ser caracterizada como “comissão colegiado”, que se define pela quantidade de membros que dividem ou assumem responsabilidade que na verdade não os cabem. A hierarquia na Pull Sport começa a apresentar problemas no momento em que os próprios acionistas não respeitam a função que lhes foi dada em termos de serviço. A administração da empresa foi responsabilizada ao Sr. Dz e não aos demais sócios, sendo assim a contratação de um consultor era de responsabilidade dele, Dz. Em questão da diretoria da empresa, haviam quatro sócios, onde três desses sócios tinham conhecimento e experiência com moda e de estética, e que participavam frequentemente nas atividades da empresa baseado na área de atuação deles, moda e estética, mas não se envolviam na parte administrativa. 7 FIGURA 1 – ORNOGRAMA CORPORATIVO A empresa Pull Sport não tinha um organograma definido, com base na análise feita podemos dividir a empresa por departamentos: • Administrativo; • Moda; • Estética; • Expedição; • Fábrica; • Modelista; • Produção. Cada departamento possuía funcionários de confiança e competência de acordo com sua especialidade, a divisão do trabalho constitui em atribuir autoridade e transferir responsabilidade e até mesmo a execução de determinada atividade a uma pessoa ou grupo. Dividindo assim, em níveis de qualificação de cada indivíduo. Porém, os colaboradores não sabiam em qual nível hierárquico estavam nem quem seriam seus líderes efetivos, de forma 8 que todos reportavam somente ao senhor DZ. Na empresa Pull Sport fica claro que nunca houve planejamento em várias situações, nem para as tarefas mais simples, a cada setor, as decisões são tomadas de forma repentina e autoritária sem um planejamento de tempo, recursos e ações, ou formas de acompanhamento e controle para os processos. Para ter uma boa administração precisa de planejamento, organização e hierarquia. O planejamento deve sempre estar presente para alcançar o objetivo de crescimento e sucesso, seja em tarefas simples ou em um sofisticado plano de ação comercial. FIGURA 2 – DIVISÃO DE TAREFAS O comando efetivo ficava com o Sr. D.Z ele era o administrador de tempo integral e não decidia e nem opinava sobre moda e estética, os outros três sócios participavam principalmente da moda e estética e das outras atividades da empresa, mais não da parte administrativa. Porum outro lado Todas as tomadas de decisões ficavam concentradas no Sr. DZ, e isso acarretava com que as atividades dos diversos 9 setores não fossem divididas de maneira adequada sem a respectiva liderança e sucessiva tomada de decisão. Na organização consistia em dividir as responsabilidades, implica em um planejamento prévio, tem que ser estabelecido diretrizes das atividades que serão desenvolvidas de forma que a sua execução fique o mais fácil possível mantendo a qualidade e o controle do que está sendo desenvolvido. Falta estrutura para possibilitar que as outras ações administrativas também sejam realizadas com maior eficácia. Logo fica claro que não existia uma organização na Pull Sport. O controle também não estava sendo realizado de forma adequada. A Direção em si consiste em se criar uma comunicação entre todos os envolvidos, uma coisa que não era feito sob demanda e não eram acompanhados os resultados, nem mesmo havia controle de estoques ou gastos. Em uma das ocasiões o consultor mostrou aos sócios todos os indicadores: cronograma de atividades, projeção financeira, redução de custos, redução de quadro de funcionários, plano de qualificação dos mesmos, plano de crescimento. Esse é mais um tópico que não foi suprido, pois todos os líderes/funcionários deveriam estar com o mesmo ritmo/direção, e em questões simples foi possível notar que eles não possuíam comunicação entre si. A Gestão era determinada pelas tendências Europeias no ramo da moda, era inviável a empresa possuir muito material em estoque. A gestão de material é muito importante, especialmente para o setor de indústria pois, compreende todo o planejamento de compra, organização e utilização de todo o material necessário para que as operações funcionem e seu principal objetivo é garantir o fluxo contínuo do estoque, mantendo a qualidade e reduzindo gastos. Na busca de materiais para a nova estação, sem um planejamento prévio, o Sr. D.Z envia dois de seus sócios para a Europa, com muitas malas, na busca por modelos de roupas do mercado europeu, de tantas malas, foi necessário o uso de uma Kombi que ao retornar com os sócios, ela foi literalmente assaltada, as malas foram abertas nos corredores pelos funcionários cuja as palavras que se ouviam eram "bonito", "nada a ver", "maravilha", "esse serve para o Brasil, esse não" 10 Nesse caso, não houve um planejamento quanto a gestão de compra de material para a empresa, analisando a grosso modo, o Sr. D.Z poderia ter planejado o envio de seus sócios para a Europa, visando uma pesquisa de mercado, quais modelos, quais tecidos estão em alta, quais tendências estarão em alta na Europa nessa nova estação, partindo desse princípio, dentro de um orçamento previamente estabelecido, solicitar aos sócios, apenas amostras específicas de tecidos e modelos que farão tendência para assim elaborar um estudo para compra de material necessário para que o processo operacional funcione para garantias do fluxo de estoque daquela estação, mantendo a qualidade e reduzindo gastos. A decisão na parte de gestão de material era precária. Ao analisar a empresa fica evidente a falta de um departamento de logística e gestão de material. Os pedidos de materiais eram realizados pelo pessoal de modelagem e ficavam com a responsabilidade de saber ou prever se iria ter uma aceitação no mercado da moda. Quanto a gestão de pessoas, é um processo que visa melhorar o desempenho dos colaboradores e da empresa tendo como objetivo que o investimento em equipes alcance o potencial de fazer com que profissionais trabalhem mais satisfeitos e engajados gerando impacto positivo nas metas de negócio da empresa, fato esse que não foi possível identificar ao analisar a maneira como foi tomada a decisão do gerente de vendas da empresa ao solicitar de forma repentina que o funcionário do departamento de pessoal que controlava as costureiras autônomas, interrompesse seu trabalho e fosse, na Kombi, para Curitiba, procurar bordadeiras, o que possivelmente veio a gerar uma frustação na equipe de costureiras que temporariamente ficou sem uma liderança imediata, sem suporte, sem apoio, podendo gerar uma possível desmotivação da equipe. Ainda visando o desenvolvimento do capital humano, o fato de buscar recursos longe, "desestruturar" repentinamente uma equipe porque "não tem tempo de otimizar decisões" impacta diretamente no desenvolvimento de pessoas e nos resultados de crescimento de forma consistente da empresa. A falta de sinergia era tanta que até mesmo o administrador geral olhava para um caminho, os colaboradores se empolgavam com novidades e os sócios mais 11 acatavam as opiniões do que realmente direcionavam os departamentos. A empresa Pull Sport não tinha planejamento algum e com isso desagradava funcionários por tanta desordem na empresa. Mudanças de planos eram constantes e interferências em setores eram feitas sem prévio aviso, prioridades não eram atendidas, não havia uma sequência lógica das tarefas para o bom funcionamento da empresa como um todo. Algumas consequências como de falta de organização e planejamento: • A entrega não foi concluída por conta de um problema de outro setor. • Funcionários não tinham um compromisso real com a empresa como um todo. • Gestão de pessoas não tinha planejamento algum. • A falta de estratégia era nítida tendo mais custos, tempo e desgaste da força de trabalho. • Líderes despreparados, sabiam trabalhar, mas não liderar e planejar. A empresa em estudo observa a teoria da administração cientifica (Taylorismo) que tinha como foco a produtiva, ou seja, técnica da empresa, preocupando-se basicamente com as tarefas realizadas pelos empregados. Podemos observar nessa teoria que o capital humano era considerado como instrumento de produção a fim de se atingir a eficiência empresarial. Abaixo relacionamos alguns princípios da administração científica de Taylor: • Planejar - substituir a improvisação pela ciência por meio do planejamento do método; • Preparar - selecionar cientificamente os trabalhadores, de acordo com suas aptidões, prepará-los e treiná-los para produzirem mais e melhor, de acordo com o método planejado. Preparam-se também as máquinas e os equipamentos de produção, bem como o arranjo físico e a disposição racional das ferramentas e de materiais. 12 • Controlar - dominar o trabalho para se certificar de que ele está sendo executado de acordo com as normas estabelecidas e segundo o plano previsto. • Executar - distribuir distintamente as atribuições e as responsabilidades para que a execução do trabalho seja bem mais disciplinada (TAYLOR, 1976). Segundo Vergara (1999), a liderança pode ser retratada como a capacidade de exercer influência sobre indivíduos e grupos. Para Robbins (1999), a liderança é a capacidade de influenciar um grupo em direção à realização de metas. Já para Chiavenato (2005, p.183), é definida como: Uma influência interpessoal, na qual uma pessoa age no sentido de modificar ou provocar o comportamento de uma outra pessoa de maneira intencional, exercida em uma dada situação e dirigida pelo processo de comunicação humana para consecução de um ou mais objetivos específicos. Podemos perceber que há, na empresa, a figura de um líder superior, que é o Senhor DZ, e outros líderes de setores como o do setor de vendas, o chefe de expedição e o senhor Paulo. Quanto aos estilos de liderança presentes no estudo de caso temos apenas: • A liderança autocrática, aquela onde apenas o líder decidee fixa diretrizes, exercida principalmente pelos chefes e gestores dos setores; • A liderança liberal, aquela que o líder dá total liberdade para tomada de decisões e pouco interfere, exercida pelos sócios e pelo senhor DZ. A Gestão de Pessoas (GP) é uma área muito sensível à mentalidade que predomina nas organizações. Ela é extremamente contingencial e situacional, pois depende de vários aspectos como, por exemplo, da cultura que existe em cada organização, da estrutura organizacional adotada, das características do contexto ambiental, do negócio da organização, da tecnologia utilizada, dos processos internos, do estilo de gestão utilizado e de uma infinidade de outras variáveis importantes. (CHIAVENATO, 2008, p.8) 13 A gestão de pessoas era chefiada pelo senhor Paulo que era subordinado ao senhor DZ. Mesmo sendo gestor de pessoas ele não sabia definir quem era realmente os chefes e não tinha poder para decidir nada, apenas obedecer a ordens. Ele demitia, admitia e advertia os funcionários. O Departamento Pessoal era responsável pelo recrutamento, no caso das bordadeiras. No estudo de caso podemos perceber que não existia um plano de carreiras e muito menos ordenamento quanto se tratava da gestão de pessoas. Podemos perceber que pessoas eram demitidas e readmitidas sem nenhum critério aparente. Também existia a ideia de pessoas como apenas recursos da empresa e não como parceiras. De acordo com Half (2022) a “Cultura organizacional, cultura empresarial ou cultura corporativa são os termos que definem o conjunto de hábitos e crenças firmados por meio de normas, valores, expectativas e atitudes compartilhados por todos os integrantes de uma empresa.” Podemos verificar que na empresa a cultura estava mais baseada nas tarefas, principalmente quando observamos o comportamento e a motivação dos funcionários com as roupas trazidas da Europa e como eles agiam quando iriam confecciona-las. A cultura organizacional é responsável por reunir os hábitos, comportamentos, crenças, valores éticos e morais e as políticas internas e externas de uma empresa visando motivar os funcionários e ajudá-los a crescer junto com o empreendimento, assim como uma cultura “desorganizacional” pode empurrar a empresa e os funcionários para problemas de produtividade e no ambiente de trabalho. A cultura organizacional que vai desenvolver diretrizes para uma empresa de sucesso, a começar pela forma como os funcionários vão enxergar o negócio e agir dentro dele, ao analisar a empresa, não foi possível identificar lemas como missão, visão e valores. Acredito que o relatório do consultor apontou os erros que realmente precisavam ser mudados sim na empresa. O fato de a empresa ter fechado 11 meses depois decorre da má administração dela, já que a mesma não possuía planejamento 14 estratégico, controle de custos, organização do pessoal, hierarquia definida entre outros problemas. O fato de a empresa ter sido lucrativa não quer dizer que a empresa era financeiramente saudável e bem administrada. A empresa possuía uma marca consolidada no mercado e isso contribuía para a venda das peças, porém a falta de um planejamento financeiro e administrativo correto contribuiu para o fechamento dela. 3 Hierarquia Podemos observar que a empresa possui uma hierarquia formada pelos sócios (denominado nível estratégico), pelos gerentes e chefes dos setores (denominado nível tático) e depois por aqueles que realizam o trabalho de produção, como as costureiras, as modelos e os demais funcionários (denominados níveis operacionais). Apenas um sócio possuía experiência e conhecimento em administração, o Sr. D.Z, que comandava efetivamente a empresa em tempo integral, mas não opinava e nem decidia sobre a área de moda e estética da empresa. A empresa Pull Sport tinha o tipo “Liderança Liberal”, onde os funcionários têm a liberdade de para exercer suas tarefas e tomar decisões, porém com o tempo é comum não ter respeito dos colaboradores para com seu líder, pois ele foca somente em aumentar a produtividade. A empresa não possuía o fluxo de trabalho otimizado, ficando assim tudo concentrado nas mãos de poucas pessoas. Além disso, era uma empresa difícil de prever grandes futuros, não sendo um lugar provavelmente agradável em relação ao clima organizacional. É essencial para o sucesso de qualquer empresa ter clara as relações de poder e a hierarquia, garantir a harmonia nos relacionamentos e transformá-los em impulso para a produtividade sendo primordial e estratégico para qualquer organização, porém, quando ocorre a falta de habilidade para gerenciar as relações de poder, gerando conflitos internos e problemas de relacionamento podem minar uma equipe, ocasionando prejuízos e comprometendo toda a estrutura da empresa. 15 Á primeira vista a empresa era boa, pois possuía dois prédios, divididos em setores, com o início de uma construção para ampliar o negócio. Possuía cerca de 200 funcionários fora os autônomos. Porém, se formos olhar a fundo, não existiam gestores ou hierarquias bem definidas, o que podemos considerar como o básico dentro de uma organização com muitos colaboradores. De modo geral a empresa não apresentava estabilidade mesmo antes de o consultor tomar qualquer ação. O risco da falência era constante, um mero e recém chegado consultor já se beneficiava com argumentos utilizados por outros colaboradores para com o Sr. DZ. Seria impossível dizer que é uma empresa quando não se tem sustentabilidade. É essencial para o sucesso de qualquer empresa ter clara as relações de poder e a hierarquia, garantir a harmonia nos relacionamentos e transformá-los em impulso para a produtividade sendo primordial e estratégico para qualquer organização, porém, quando ocorre a falta de habilidade para gerenciar as relações de poder, gerando conflitos internos e problemas de relacionamento podem minar uma equipe, ocasionando prejuízos e comprometendo toda a estrutura da empresa. A relação de poder se forma no momento em que alguém deseja algo que depende dá vontade de outro, no entanto, no caso da Pull Sport a relação de poder se inicia com Sr Dz que comandava toda parte administrativa, mesmo tendo outros três sócios que participavam também das atividades da empresa, mas principalmente nas questões de moda e de estética, não tendo qualquer atuação administrativa. Mesmo os sócios, não atuando efetivamente na administração da empresa, decidiram que era essencial a contratação de um consultor através de recomendações de outros empresários amigos, permitindo que dessa forma, pessoas que não fazem parte da empresa, opinassem na forma de gerir a empresa. Mesmo tendo um total de 200 funcionários e várias costureiras autônomas, ao ser questionado pelo então consultor sobre o organograma da empresa, o Sr Paulo gerente administrativo informou que não havia um organograma e mesmo com a elação dos chefes de cada setor, não soube informar quem realmente era o Gestor da empresa. Uma grande parte dos problemas de relacionamentos que prejudicam o bom andamento da empresa pode ser evitado ou, ao menos, minimizada com a simples compreensão a respeito da hierarquia da empresa, quem a conhece bem, não terá dúvidas sobre seu papel e sua importância, entender o fluxo de trabalho a que se 16 está inserido e o impacto que as decisões tomarão em relação a influenciar o resultado de toda a equipe é essencial para o funcionamento da empresa de forma que seja possível cumprir sua estratégia e alcançar os resultados. Fisicamente a empresa ocupava dois prédios, sendo um de quatro andares, porém os trabalhadores de cada andar não circulavam pelos outros andares, em qualquer grupo de pessoas é normal que surjam diferentes níveis de a finidades, porém na empresa, o relacionamento se dava apenas com ospares próximos, evitando assim disseminar uma cultura organizacional ou uma mentalidade de um líder para toda a organização, as relações interpessoais, já são, por si só, desafiadoras e quando envolve poder e falta de hierarquia esse desafio se multiplica. Vemos que se exercia o poder na empresa em fases, ao final da estação, o chefe da expedição era de fato, o chefe geral das fábricas, porém em outro momento a modelista do segundo andar assume o poder ordenando que R J fosse demitido simplesmente pelo fato de o mesmo a estar perturbando. Saber exercer o poder é competência indispensável para um bom líder, agindo dessa forma, a modelista do segundo andar, além de exercer um poder que, aparentemente não era seu, a forma que com que administra esse poder pode banalizar a relação entre todos na equipe, é papel do líder identificar e potencializar as competências de cada colaborador, fazendo com que todos entendam seus papéis na organização, valorizando-os tornando-os menos inseguros e mais confiantes. Se RJ realmente a perturbava, a atuação do líder é essencial para a correção de rota, em geral, uma orientação era mais que suficiente para conscientizar o colaborador do quanto essa situação colocava em risco seu desempenho e o da equipe como um todo, lembrando que zelar pelo espírito de equipe dos comandados é uma das funções primordiais para ser um bom líder. A falta de um modelo hierárquico definido, fica evidente quando em menos de um mês, o chefe de produção da malharia, mais uma vez exercendo o então poder, ordena que RJ fosse readmitido. Após meses de análise, o consultor sugeriu e impôs novas regras mudando totalmente a cultura da empresa, no entanto, mais que simplesmente funcionar como uma distinção de poder a hierarquia tem que ser definida de uma determinada forma que possibilita o funcionamento da empresa cumprindo sua estratégia e alcançando suas metas e resultados, respeitar a hierarquia é sinal de maturidade e um passo 17 importante para sucesso pessoal e para a organização como um todo, mesmo com a definição das novas regras não se define os líderes e a forma clara e objetiva de como a empresa e as equipes serão geridas, ocasionando a quebra da empresa em pouquíssimo tempo. O relatório do consultor apontou os erros que realmente precisavam ser mudados na empresa. O fato de a empresa ter fechado 11 meses depois decorre da má administração dela, já que a mesma não possuía planejamento estratégico, custou a vida da Pull Sport. As mudanças como um todo, estão frequentemente presentes em nosso cotidiano, todavia, existe sempre uma resistência na adaptação a um novo cenário ou situação. Antes de alterar um processo, é necessária uma estratégia, e a tal precisa ser planejada e efetuada gradativamente, o radicalismo ocasionou um caos dentro da empresa que acabou por não ser capaz de digerir tudo de uma só vez, tornando uma empresa lucrativa em dirigida em uma empresa falida O fato de a empresa ter sido lucrativa não quer dizer que a empresa era financeiramente saudável e bem administrada. A empresa possuía uma marca consolidada no mercado e isso contribuía para a venda das peças, porém a falta de um planejamento financeiro e administrativo correto contribuiu para o fechamento dela. 3.1 Objetivos da Empresa O crescimento da Pull Sport necessitava de melhorias na administração e era um dos principais objetivos da empresa, além de ganhar competitividade, aumentar a produtividade, permanecer atualizada no mercado, atender as necessidades do consumidor, seguir as tendências do consumo e melhorar o processo de resultado 18 3.2 Pontos Positivos e Negativos da Empresa 3.3 Era uma boa empresa? Neste sentido, as organizações consideradas realmente boas para se trabalhar são aquelas que tem e que oferecem um plano de carreira e crescimento claro e bem estruturado a seus colaboradores, ao analisar o perfil da Pull Sport, a empresa se torna instável a partir do momento em que não há uma estrutura organizacional da empresa, não há estudo ou mapeamento para tomada de decisões se tratando de gerenciamento humano o que gera insegurança pois tais decisões são embasadas de acordo com o emocional de seus chefes operacionais. 19 4 CONCLUSÃO Após levantamento dos fatos aqui mencionados, concluímos que a empresa Pull Sport apresentava pontos negativos como falta de planejamento e problemas em gestão de pessoas. A liderança dentro da organização era falha e também não existia uma hierarquia clara entre os profissionais. Operacionalmente, devido à problemas no sistema logístico, a expansão do negócio era inviável. Se observa, também, que a empresa tinha dificuldade com o departamento pessoal. Contratações e demissões de funcionários geravam despesas desnecessárias para a empresa. Finalmente, com a chegada do consultor a empresa encerrou suas atividades em poucos meses. Contudo, analisando os pontos positivos, a empresa tinha resultados financeiros satisfatórios e também um bom desenvolvimento geral. Colaboradores dedicados tinham senso de pertencimento. E, com isso, e apesar da visível desordem organizacional, a empresa conseguia uma boa performance, financeiramente. A Pull Sport possuía 3 diretores, cada um com sua função. Sempre visavam atualização fora do país, para implementar novidades europeias. Buscamos relacionar a teoria com pesquisa bibliográfica e trazer um estudo fictício de caso para apresentar o funcionamento de uma empresa, bem como o sistema organizacional – ou os problemas com a falta dele, hierarquia, gestão de pessoas e materiais. Levando em consideração o que notamos desta empresa, que havia um bom ambiente de trabalho, porém com falhas na administração e liderança. Portanto, com ajustes corretos na hierarquia e liderança aliado com bom ambiente, a Pull Sports poderia continuar sua trajetória de sucesso e melhorar continuamente os resultados financeiros. O projeto ambiente operacional nos possibilita a experiência de conhecer de perto a administração e produção de uma empresa e de colocar em prática aprendizados, conceitos, análises e técnicas sobre gestão de um negócio, proporcionando, assim, experiências complementares para a formação profissional dos alunos. 20 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CHIAVENATO, I. Introdução à teoria geral da administração.3.ed. São Paulo: Makron Books, 1993. CHIAVENATO, I. Gerenciando com as pessoas: transformando o executivo em um excelente gestor de pessoas. Rio de Janeiro: Elsevier/Campus,2005. CHIAVENATO,I. Gestão de pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas organizações.3.ed.Rio de Janeiro: Alsevier/Campus, 2008. CHIAVENATO, I. Introdução à teoria geral da administração.4.ed. São Paulo: Makron Books, 2010. HALF,R. Cultura organizacional: tudo que você precisa saber sobre o assunto. < https://www.roberthalf.com.br/blog/gestao-de-talentos/cultura- organizacional-tudo-que-voce-precisa-saber-sobre-o-assunto-rc > Acesso em: 13 mai. 2022. LIMA, J.L.S. Apostila: Teorias Consagradas da Administração. São Paulo: Cruzeiro do Sul,2020. MARQUES, J. R. Unidade de comando na administração: a importância da hierarquia em uma empresa. < https://www.ibccoaching.com.br/portal/unidade-de- comando-na-administracao-importancia-da-hierarquia-em-uma-empresa/ > Acesso em: 13 mai. 2022. ROBBINS, S.P. Administração: mudanças e perspectivas. São Paulo: Saraiva,1999. VERGARA,S.C. Gestão de pessoas. São Paulo: Atlas, 1999. TAYLOR, F. W. Princípios de Administração Científica. São Paulo: Atlas, 1976. https://www.roberthalf.com.br/blog/gestao-de-talentos/cultura-organizacional-tudo-que-voce-precisa-saber-sobre-o-assunto-rc https://www.roberthalf.com.br/blog/gestao-de-talentos/cultura-organizacional-tudo-que-voce-precisa-saber-sobre-o-assunto-rchttps://www.ibccoaching.com.br/portal/unidade-de-comando-na-administracao-importancia-da-hierarquia-em-uma-empresa/ https://www.ibccoaching.com.br/portal/unidade-de-comando-na-administracao-importancia-da-hierarquia-em-uma-empresa/
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