Buscar

Resumo do Filme SICKO

Prévia do material em texto

Aluno - Fraciele Maciel da Rocha 
R.A - C75HIJ0 
Disciplina - REL PRIV E INTERNET / DIREITO INTERNACIONAL PUBLICO 
Professor - Carlos Eduardo Volante 
Data - 18/03/2020 
 
Resumo do Filme SICKO – SOS SAÚDE 
 
Michael Moore é um grande cineasta e escritor norte-americano conhecido por seus 
documentários enfatizando grandes críticas ao American Way Of Life. Moore foi também 
o produtor/diretor do documentário bastante conhecido Fahrenheit 9/11, no qual desfere 
críticas à invasão norte-americana no Iraque, causas e consequências do atentado de 11 
de setembro de 2001 (o qual se refere o nome) e às relações entre as famílias Bush e Bin 
Laden. 
Incentivado à procura das verdades desse modelo de vida estadunidense, Moore busca 
neste documentário SiCKO (do inglês sick, “doente”) retratar a realidade do modelo de 
saúde dos EUA, basicamente liderado por empresas privadas com planos de saúde 
ineficientes. 
Começa então com relatos de pessoas que sofreram e ainda sofrem com a falta de amparo 
desses planos de saúde, isto quando os têm. De fato, inseridos numa “jogatina” e 
incessante 
busca por lucros exorbitantes, esses planos de saúde consolidaram-se numa grande 
“máquina de fazer dólares” para as empresas farmacêuticas e demais incluídas. Um 
acordo do presidente Nixon com o milionário e dono de uma das maiores companhias de 
saúde do país, Edgar Kaiser, foi o que deu início ao sistema de saúde privado, o qual 
rendeu vários milhões ao império das seguradoras. Em contrapartida, milhões de norte-
americanos não são assegurados e mesmo aqueles que o são, não conseguem a assistência 
mínima e adequada sendo rejeitados, literalmente, no atendimento e tratamento. 
 
Para demonstrar a trama que envolve o sistema de saúde, Moore destaca a presidência de 
Clinton que anunciou uma reforma da saúde dirigida por sua mulher, Hilary Clinton. A 
primeira dama conseguiu efetivar, por um período de tempo, a universalidade do sistema 
sendo possível que os cidadãos desfrutassem do atendimento público de saúde 
independentemente de condições financeiras, sociais e raciais, entre outras. No entanto, 
as empresas envolvidas no amplo negócio da saúde não permaneceram quietas. Afinal, 
seriam bilhões perdidos! Cheques com valores exorbitantes foram dados de “presente” 
aos vários membros do governo, inclusive Hilary, para que “colaborassem” com o sistema 
de seguros de saúde. 
Ainda, usando como comparação, o diretor apresenta os sistemas de saúde da Inglaterra, 
Canadá, França e Cuba, que demonstraram o quão uma gestão eficiente e preocupada com 
seus cidadãos pode garantir resultados eficazes – e gratuitos -, para todos, sem 
discriminação. Com sistemas universais públicos, cada um destes países inova com 
métodos que acabam deixando Moore surpreso. 
 
Assim, com os fatos apresentados nesse riquíssimo trabalho de Michael Moore, pode-se 
aludirão sistema de saúde adotado no Brasil, o SUS (Sistema Único de Saúde). O SUS é 
um sistema universal e gratuito, “direito de todos e dever do Estado” (Art. 196, CF/88). 
Garantido 
constitucionalmente, funda-se sobre cinco princípios observados no texto da Carta. 
Universalidade, para garantir à todos, sem distinção de qualquer natureza. Integralidade, 
para fornecer atendimento integral aos usuários. Equidade, para não fazer distinções à 
quem o serviço é oferecido. Descentralização, para ter direção única em cada esfera do 
poder permitindo, assim, um contato mais direto do usuário com o responsável. 
Participação Social, ao se organizar sobre a diretriz de participação da comunidade. 
 
Houveram, nos últimos anos, avanços na implementação do SUS. Realizaram-se 
inovações institucionais, possibilidade de promover os meios para formalizar a 
participação social na criação de políticas de saúde e no controle do desempenho do 
sistema. Neste trabalho, o SUS aumentou amplamente o acesso aos cuidados de saúde 
para grande parte da população brasileira atingindo a cobertura universal para a vacinação 
e a assistência pré-natal; aumento na conscientização da população sobre o direito à saúde 
vinculado à cidadania; e investiu na expansão dos recursos humanos e da tecnologia em 
saúde, incluindo a produção da maior parte dos insumos e produtos farmacêuticos do país. 
 
Embora pareça um tanto mais avançado e igualitário que o sistema norte-americano, o 
SUS enfrenta alguns problemas. A isto se deve as más administrações, o que se faz 
questionar o princípio da descentralização, em certo aspecto, não permitindo (e o governo 
não cumprindo) a fiscalização efetivamente. 
 
Devem-se ser rediscutidos uma nova estrutura que garanta maior financiamento ao 
sistema, uma revisão nas relações públicas e privadas, pelo crescimento dos planos de 
saúde privados

Continue navegando